O documento descreve a diversidade cultural da África, dividida em duas regiões principais separadas pelo deserto do Saara. Detalha alguns dos principais reinos e civilizações africanas, como o Império de Axum e o Império do Mali, além de falar sobre os povos Bantos e Iorubás e suas influências na cultura brasileira.
2. O Continente Africano
A África possui mais de
50 países e centenas de
etnias. A diversidade
cultural é a marca
desse continente.
3. África subsaariana – Angola, Congo,
Quênia, África do Sul e demais
países do continente.
África do norte – Formado por
Marrocos, Tunísia, Argélia,
Líbia e Egito.
África do norte
Deserto do Saara
África subsaariana
Deserto do Saara – Maior deserto
do mundo, com mais de 7
milhões de quilômetros
quadrados). Atravessa dez países
e divide o continente em duas
partes distintas.
As “Duas Áfricas”
4. A comunicação entre as duas Áfricas só foi possível
porque alguns seres humanos se adaptaram ao deserto:
vida nômade, uso do camelo e localização dos oásis.
A grande motivação foi o
comércio, mas também
proporcionou grande intercâmbio
cultural.
Tuaregue de grupo nômade da região sudeste da Líbia, no oásis do lago
Umm al Maa.
Os tuaregues são um grupo nômade que mantém suas tradições nos
dias atuais.
As “Duas Áfricas”
5. As fontes da história
africana
• Fontes escritas
• Escritos árabes
• Fontes orais
• Fontes
arqueológicas
6.
7.
8. O intenso comércio na região possibilitou que a população local entrasse em
contato com a escrita e que suas aldeias se desenvolvessem e se tornassem
cidades, dentre as quais podemos destacar Axum e Adúlis.
Os primeiros habitantes que chegaram à
região (hoje ocupada por países como
Somália, Etiópia, Eritreia e Djibuti) vieram do
sul da península Arábica, por volta do século
VII a.C.
A Civilização de Axum
9. A rica atividade comercial axumita possibilitou que sua civilização se
expandisse, dominando territórios da península Arábica e do Reino de
Kush, além de outras áreas vizinhas.
No século II a.C., Adúlis tinha um dos portos mais movimentados do
mar Vermelho, enquanto Axum, localizada no interior, se consolidava
como um importante centro comercial.
A Civilização de Axum
10. Até a metade do século IV, a população axumita era politeísta, porém,
com a conversão do rei Ezana ao cristianismo, o Reino de Axum se
tornou o primeiro reino cristão do continente africano – ainda hoje a
Etiópia é um país cristão.
O território de Axum foi
invadido e dominado pelos
muçulmanos no século VII.
Campo de estelas, monumentos religiosos ou
funerários, na cidade de Axum, atual Etiópia. Na
entrada do campo está a estela do rei Ezana (centro),
primeiro rei a se converter ao cristianismo (cerca do
ano 300 da Era Cristã).
A Civilização de Axum
14. Os congos e os
portugueses
• O contato dos portugueses com as
autoridades políticas deste reino
teve grande importância na
articulação do tráfico de escravos.
Uma expressiva parte dos escravos
que trabalharam na exploração
aurífera do século XVII,
principalmente em Minas Gerais,
era proveniente da região do Congo
e de Angola. O intercâmbio cultural
com os europeus acabou trazendo
novas práticas que fortaleceram a
autoridade monárquica no Congo.
18. Os bantos Os bantus constituem um
grupo etnolinguístico
localizado principalmente
na África subsariana e que
engloba cerca de 400
subgrupos étnicos
diferentes.
Muitos alimentos
cultivados e consumidos
pelas populações bantas
se incorporaram à
alimentação cotidiana
da população brasileira,
como o jiló, a melancia,
o maxixe, a galinha
d'angola, o quiabo, o
azeite de dendê e o
feijão-fradinho. No
campo da música, os
bantos forneceram
grande parte do ritmo
que caracteriza a música
brasileira. O gosto dos
bantos pelos batuques,
atabaques e
instrumentos de
percussão se refletiu em
gêneros musicais como
o samba, a bossa nova, o
coco, o maracatu, o
pagode etc. A língua
portuguesa possui várias
palavras de origem
banto.
19. Os Iorubás
• são um dos maiores grupo
étno-linguístico ou grupo
étnico na África Ocidental,
composto por 30 milhões de
pessoas em toda a região.
Constituem o segundo maior
grupo étnico na Nigéria,
com aproximadamente 21%
da sua população total.
• O Brasil foi um dos países
que receberam os povos
iorubás, trazidos como
escravos na época do tráfico
negreiro. Por isso, nossa
cultura é bastante
influenciada por estes povos
e por sua religião/fé. Na
Bahia, blocos de carnaval
como Olodun, Ilê Ayê e
Filhos de Gandhy possuem
influecia Iorubá.
20. Panteão Iorubá
Aganju – orixá dos vulcões e desertos, pai de Xangô, às vezes seu irmão
em outras histórias
Babaluaê – orixá da doença e das infecções, e também da cura de
todos os males
Erinlê – orixá da saúde física e do bem-estar, também o médico dos
deuses
Exu – orixá das encruzilhadas, dos cruzamentos, trapaceiro, brincalhão,
mensageiro entre os homens e os deuses
Ibejí – divindades africanas infantis da juventude e da vitalidade,
também conhecidos como os gêmeos sagrados, um menino e uma
menina
Obatalá – orixá da humanidade e da retidão moral e espiritual,
também rei das roupas brancas e segundo filho de Olorun
Obá - orixá do casamento e da vida doméstica, também a mulher
abandonada de Xangô e filha de Iemanjá
Oxumaré - orixá do movimento direto, serpente-arco-íris, guardião das
crianças, da mudança de sexos, senhor das coisas alongadas e
controlador do cordão umbilical
Oko - orixá da agricultura e da colheita
Olokun - orixá das profundezas dos oceanos, dos abismos e significa
sabedoria insondável
21. Panteão Iorubá
Olorun – Deus e Criador do Universo, também pai de todos os
orixás, também conhecido como o Pai do Céu
Ori – conceito metafísico de intuição espiritual de uma pessoa
e seu destino, significa “cabeça”
Orunmilá - orixá da sabedoria, da adivinhação e da previsão
Oxum - orixá da beleza, do amor, da fertilidade e das águas
doces (rios)
Oxossi - orixá da caça e defensor dos acusados e daqueles que
são vítimas de injustiça
Oiá – orixá guerreira dos ventos, das mudanças repentinas,
dos furacões e poderosa feiticeira
Ossain - orixá da floresta, curandeiro natural e guardião das
ervas
Xangô - orixá do fogo, do relâmpago e do trovão, também
representa o poder masculino e a sexualidade
Iemanjá – mãe divina africana, divindade da humanidade, dos
mares, filha de Obatalá e esposa de Aganju/Xangô
22.
23. Mamãe oxum na cachoeira – Zeca Baleiro
Eu vi mamãe oxum na cachoeira
Sentada na beira do rio
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio pra enfeitar o seu gongá
Colhendo lírio lirulê
Colhendo lírio lirulá
Colhendo lírio pra enfeitar o seu gongá
(Repete 4X)
Ê areia do mar que o céu serena
Ê areia do mar que o céu serenou
Na areia do mar mar é areia
Maré cheia ê mar marejou
Ê areia do mar que o céu serena
Ê areia do mar que o céu serenou
Na areia do mar mar é areia
Maré cheia ê mar marejou