Os aqueus, eólios e jônios foram os primeiros povos a formar cidades autônomas na Grécia antiga, desenvolvendo a agricultura e o comércio marítimo. Ao longo dos séculos, os gregos elaboraram práticas políticas e valores que influenciaram as sociedades ocidentais, como a democracia em Atenas e a filosofia de pensadores como Sócrates e Platão.
2. Por volta de 2,5 mil anos a. C., uma região da Península Balcânica passou a
abrigar vários povos de descendência indo-europeia.
3. Aqueus, eólios e jônios
foram as primeiras
populações a formarem
cidades autônomas que
viviam do desenvolvimento
da economia agrícola e do
comércio marítimo com
outras regiões do Mar
Mediterrâneo. Estes povos
foram responsáveis pelo
desenvolvimento da
civilização grega.
4. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também
chamados helenos) elaboraram práticas políticas,
conceitos estéticos e outros valores que ainda se
encontram nas sociedades ocidentais de nosso
tempo. Para entendermos essa herança,
observem a divisão do passado desse importante
povo.
5.
No Período Pré-Homérico (XX – XII
a.C.), houve a ocupação da Grécia e a
formação das primeiras cidades. Nessa
época, vale destacar a civilização
creto-micênica que se desenvolveu
graças ao seu movimentado comércio
marítimo. Ao fim dessa época, as
invasões dóricas foram responsáveis
pela destruição dessa civilização e o
retorno às pequenas comunidades
agrícolas de subsistência.
6. Diz a lenda que um rei, de nome Minos, governou uma dessas ilhas - Creta. Em Creta, o
soberano era ele próprio um sacerdote, mas não era considerado um deus, como no
Egito.
Por volta de 2000 a.C., havia na ilha de Creta aldeias de camponeses, cada qual com o seu
chefe, que deviam obediência e pagavam impostos ao rei, cuja residência era o palácio.
Em Creta existiam alguns gigantescos palácios, sendo que um dos mais ricos e conhecidos
era o de Cnossos.
7. São poucas as informações sobre o modo de vida dos
povos originais. Além da arqueologia, contamos com
as narrativas transmitidas por gerações e só escritas
por volta do século VIII a.C. entre elas, destacam-se a
Ilíada e a Odisseia, atribuídas a um poeta cego
chamado Homero.
A Ilíada narra a lendária Guerra de Troia, numa luta que envolveu homens e
deuses. A Odisseia fala das aventuras de Ulisses no seu retorno à Ítaca e na
retomada de seu trono e sua vida familiar.
8. No Período Homérico (XI – VIII a.C.), as comunidades familiares (os genos)
transformam-se nos mais importantes núcleos socioeconômicos de toda a
Grécia. Em cada genos, uma família desenvolvia atividades agrícolas de
maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas produzidas sua força de
trabalho. Com o passar do tempo, as limitações da agricultura e o aumento
populacional pôs fim ao genos.
9. Entre os séculos VIII e VI a.C., ou
Período Arcaico, os genos perderam
espaço para uma pequena elite de
proprietários de terra – os aristoi.
Tendo poder sobre os terrenos mais
férteis, eles se organizaram em
cidades cada vez maiores, formando
as aristocracias ou governo dos
“melhores cidadãos”, aqueles que
tinham o poder militar e o direito de
participar das decisões. É aqui que
temos o nascimento das primeiras
cidades-Estado da Grécia Antiga, das
quais destaca-se Atenas e o seu
modelo político representativo: a
Democracia.
10. Os dórios conquistaram a região
do Peloponeso, dominando os
aqueus que ali viviam, e nela
fundaram Esparta: a grande rival
de Atenas.
Sua região se contrastava com o
conjunto das terras da Grécia,
facilitando a prática da
agricultura que garantia a
sobrevivência dos genos. Devido
ao crescimento demográfico era
preciso mais terras, por isso,
levou os povos de Esparta a
conquistar a região vizinha, a
Messênia.
11. Paralelamente, os gregos excluídos nesse processo de apropriação das
terras passaram a ocupar outras regiões do Mar Mediterrâneo (sul da
Europa, norte de África e Oriente Médio), mas mantendo sempre o vínculo
com a Grécia continental.
12. No Período Clássico (séculos V e IV
a.C.), a liberdade política das várias
cidades-Estado era ameaçada pelos
grandes conflitos externos e
internos. Foi a fase das sangrentas
guerras contra o Império Persa.
Inicialmente, os persas tentaram
invadir o território grego usando seu
enorme exército. Contudo, a união
militar das cidades-Estado possibilitou
a vitória dos gregos.
13. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar entre si
para saber quem imperaria na Península Balcânica.
14. O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um
alvo fácil para qualquer nação militarmente preparada. A partir do século IV
a.C., os macedônios iniciaram as investidas militares que determinaram o fim
da autonomia política dos gregos. Esses eventos marcaram o Período
Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o
território grego.
15. Contribuições da Antiga Grécia para a Cultura:
Os gregos foram os responsáveis pelo nascimento da Filosofia, palavra que
significa “amor ao saber”. Um dos mais importantes pensadores gregos foi
Pitágoras, que foi um estudioso da Matemática (é considerado o “pai” dessa
área do saber). Foi ele quem formulou teorias sobre os números e os
classificou em categorias – como pares, ímpares e primos; e também defendia
a ideia de que a Terra é redonda. Euclides estabeleceu os fundamentos da
Geometria, estudando as formas (círculo, quadrado, triângulo e outras).
Arquimedes, por sua vez, ficou conhecido por definir que “um copo
mergulhado na água sofre um impulso equivalente ao deslocamento do
líquido”.
16. O ponto alto da filosofia grega foi no período Clássico (século IV a.C.) Foi o
tempo de Sócrates, que ensinava ao ar livre e foi condenado à morte por
envenenamento por causa de suas ideias avançadas; seu discípulo Platão
escreveu vários textos em forma de diálogos, onde estimulava a busca da
razão das coisas. Aristóteles foi responsável pelo estabelecimento das bases
da Lógica, ciência que estuda a diferença dos argumentos verdadeiros e
falsos. A História também era vista como um ramo da Filosofia,
principalmente depois que as narrativas poéticas da Mitologia foram posta
de lado para explicar os fatos de uma forma realista; como Heródoto na
guerra contra os persas.