O documento discute a evolução do conceito de beleza ao longo da história, desde a Grécia Antiga até a arte contemporânea. Na Grécia, a beleza era associada à harmonia e proporção. Durante o Renascimento, a beleza estava ligada à imitação da natureza. Na arte contemporânea, os artistas passaram a valorizar mais a matéria em si do que um ideal de beleza.
2. Para os gregos não havia uma
estética e nem uma teoria de beleza
propriamente ditas
A beleza se encontra associada à
outras Qualidades:
O mais justo é o mais belo
Bem e bom
3. No caso do corpo humano assumem
um papel relevante também as
qualidades da alma e do caráter, eu
são percebidas mais com os olhos
da mente do que com aqueles do
corpo
6. Beleza Ideal:
Harmonia de corpo = Beleza das formas,
justa proporção e simetria
e
Harmonia de alma = Bondade do corpo
7. Arcaica: Clássica: Helenística:
Período arte Romana:
Na Grécia Antiga, esta arte tradicional ocorreu em três fases
distintas:
busca da perfeição Perfeição Transformação da
perfeição
8. A Beleza segundo os filósofos
Sócrates
1- Beleza ideal: representa a natureza de uma montagem das partes
2- Beleza espiritual: exprime a alma através do olhar
3- Beleza útil e funcional
Platão
1- Harmonia e proporção das parte
2- Beleza como esplendor
3- Beleza geométrica
9. A proporção e a Harmonia
O corpo humano
Na interpretação de Pitágoras e de seus discípulos: na oposição
de dois contrários, só um deles representa a perfeição.
O ímpar, a reta e o quadrado são bons e belos
Os contrários são maus e desarmônicos
A harmonia não é ausência, mas equilíbrio de contrastes:
Amor e ódio
Paz e guerra
Calma e movimento
10. Segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e
geométricos declarados, o sentido das proporções foram
mudando
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14. O Feio
Cada cultura colocou ao lado da concepção de belo a idéia do
feio. (mesmo sem sabermos se na época, determinadas obras
são consideradas feias)
Idade média o feio é considerado como antítese do belo
Uma desarmonia que viola as regras da proporção.
A arte tem poder de representar o feio de modo belo,
torná-lo aceitável.
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17. Renascimento
A perspectiva é uma perfeita adaptação da matéria à forma.
A boa representação em perspectiva passa a ser considerada
justa e realista,bela e agradável.
18. Renascimento
Concepção de beleza através de:
- Imitação da Natureza
O artista é ao mesmo tempo criador da novidade e imitador
da natureza
- Contemplação de um grau de perfeição sobrenatural
A beleza divina se difunde não apenas na criatura humana
mas também na natureza.
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21. A mulher
A mulher renascentista usa
cosméticos e dá atenção
aos cabelos. Seu corpo é
para ser exaltado com jóias
Mais tarde o corpo da
mulher se mostra e serve
como contraponto à
expressão privada
23. Mulher que se sente feliz
apenas por existir e poder
mostrar-se.
24. Enquanto consolida-se (proporção e simetria do corpo), na pintura
de representação homens poderosos, a figura masculina serve
para exaltar a liberdade do pintor em relação aos Cânones
25. O Renascimento vive uma situação conflituosa:
Beleza =
Proporção das parte
Beleza =
Inquieta, informe,
surpreendente
Sociedade inquieta: o
homem é tirado de seu
centro do mundo sendo
deslocado para um ponto
periférico
26. Na filosofia:
“A beleza nada mais é que uma graça que nasce da
proporção, conveniência e harmonia entre as coisas” Bembo
Assim abre-se caminhos para concessões subjetivas e
particulares do belo
27. O Maneirismo
A necessidade de não rejeitar o patrimônio artístico herdado e
e um sentimento de estranheza em relação ao mundo
provoca, uma série de interpretações diferenciadas e em
várias direções para cada artista deste período
Os artistas do maneirismo dissolvem as regras
A beleza clássica é percebida como vazia, desprovida de
alma. Suas figuras se lançam para o fantástico
28. Não mais a distinção entre
Proporção e desproporção
Forma e informe
Visível e invisível
Belo e feio
Verdadeiro e falso
30. Ela pode dizer
belo através do feio
Verdadeiro através do falso
Vida através da morte (este tema muito presente na
mente barroca
O Barroco
É a combinação entre imaginação exata e efeito surpreendente
O século do barroco exprime uma beleza além do bem e do mal
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33. Não há uma linha que
não se carregue de
tensão
Uma beleza dramática,
sofredora
Êxtase de Santa Teresa
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36. Kant
A estética do Século XVIII dá ampla ressonância aos aspectos
subjetivos indetermináveis pelo gosto
Em A crítica da Razão, Kant põe na base da experiência
estética o prazer desinteressado que se produz na
contemplação da Beleza:
Belo é aquilo que agrada de maneira desinteressada, sem ser
originado por um remissível ou por um conceito: o gosto é. Por
isso, a faculdade de julgar desinteressadamente um objeto (ou
uma representação) mediante um prazer ou um desprazer; o
objeto deste prazer é aquilo que definimos como belo.
37. A existência do mal e do feio não contradizem a ordem
positiva e substancialmente boa da criação
A natureza não é mais um lindo jardim inglês.
É Algo mais potente que provoca uma espécie de
sufocação da vida
Kant reconhece a independência da razão humana em
relação à natureza
38. O sublime
Uma nova concepção do belo
Pesquisa das regras para
a produção da obra
Reconhecimento dos
efeitos que ela produz
Compreensão do
sujeito sobre a obra
Belo ligado aos
sentidos, ao
reconhecimento do
prazer
Avanço da idéia do
sublime
39. Manet Afirma que:
“Não há senão uma coisa verdadeira: fazer a primeira vista o que
se vê”
“Não se faz uma paisagem, uma marina, uma figura: se faz a
impressão, em uma certa hora do dia, de uma paisagem, de uma
marina, de uma figura”.
A busca da beleza abandona o céu e leva o artista a mergulhar
no vivo da matéria
O artista esquece até o ideal do belo que o guiava e acaba por
entender a arte, não mais como registro e provocação de um
êxtase, mas como instrumento de conhecimento.
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41. A Arte contemporânea descobriu o valor e a
fecundidade da matéria.
Isso não quer dizer que os artistas de outrora
ignorassem o fato de que trabalhavam sobre um
material e não compreendessem que esse material
lhe viriam restrições e sugestões criativas,
obstáculos e libertações.