Resumo de trecho Linha e Volume e Superfície, do livro Universos da Arte, de Fayga Ostrower
Livro onde Fayga descreve sua experiência educativa sobre a análise e interpretação de obras de arte com um grupo de funcionários de uma empresa
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. 13ª edição. Rio de Janeiro. Campus, 1983
9. O que é a linha?
Qual a função espacial de linha
dentro de um quadro?
Elementos Visuais - Linha
10. Elementos Visuais - Linha
Ao contrário das palavras, os elementos visuais
Não tem significados pré-estabelecidos
Nada representam
Nada descrevem
Nada assinalam
Não são símbolos de nada
Não definem nada –
Nada, antes de entrarem num contexto formal
Cada elemento visual configura o espaço de maneira diferente
Ao caracterizarem o espaço, os elementos também se caracterizam
11. Elementos Visuais - Linha
A linha Configura um espaço linear, de uma única dimensão
Através dela apreendemos um espaço direcional,
funcionam como setas, dirigindo nossa atenção dizendo: siga
nessa ou naquela direção
13. Elementos Visuais - Linha
A linha determina uma direção no espaço
Linhas estáticas
Horizontal - estática, calma, superioridade
Vertical - prontidão, equilíbrio
Linhas dinâmicas
Diagonal - instabilidade, atividade
Curva - continuidade, totalidade
Direção
14. Elementos visuais - Linha
Direção
Linha Horizontal
Estática
Calma
Os olhos atravessam toda a imagem calmamente sem serem forçados à leitura.
As linhas horizontais comunicam pela largura e estabilidade.
Cena Rio Com Farmstead - Salomon Van Ruysdael – óleo s/tela
15. Elementos visuais - Linha
Direção
Linha Vertical
Prontidão
Equilíbrio
Superioridade
Retrato de D. João VI por Jean-Baptiste DebretO Lavrador – Cândido Portinari
16. Elementos visuais - Linha
As linhas verticais na imagem “interceptam” os olhos que a
leem obrigando-os a dirigir para cima e/ou para baixo
Nos dois casos, as sensações comunicadas são diferentes,
e podem ser de exaltação ou de opressão
As linhas verticais comunicam, habitualmente, altura e rigidez
Direção
17. Elementos visuais - Linha
Souvenir of Mortefontaine, 1864 - Camille Corot – 1796-1875
http://paintingdb.com/art/xl/11/10138.jpg - http://www.wikiart.org/en/camille-corot
Direção
Linha Diagonal
Instabilidade
Atividade
Dinamismo
18. Elementos visuais - Linha
Direção
Linha Diagonal
Instabilidade
Atividade
Dinamismo
19. Le Pont de L'Europe, 1881-1882 - Gustave Caillebotte: 1894
Elementos visuais - Linha
Direção
Linha Diagonal
Instabilidade
Atividade
Dinamismo
20. Elementos visuais - Linha
As linhas diagonais da composição atravessam
a imagem segundo planos inclinados num só sentido
O elemento principal, se for móvel, parece estar
subindo ou a descendo em relação a esses planos
Comunica, por isso, uma sensação de dificuldade ou facilidade
Pelo seu dinamismo, podem também transmitir desequilíbrio e
instabilidade, dependendo do modo como estão dispostas no plano
Direção
21. Arte Europeia - Barroco
Linha Curva
Continuidade
Totalidade
Deposição de Cristo
Caravaggio
23. Elementos visuais - Linha
The Luncheon of the Boating Party, 1880-1881
Pierre-Auguste Renoir – 1841-1919
Direção
Linha Curva
Continuidade
Totalidade
24. Elementos visuais - Linha
Caravaggio – A incredulidade de Tomé
https://literarizando.wordpress.com/2009/08/08/artes-plasticas-no-barroco-europeu-caravaggio-e-bernini/
Direção
Linha Curva
Continuidade
Totalidade
25. Elementos visuais - Linha
Direção
No Parlamento ucraniano, briga e confusão Deputados do partido nacionalista Svoboda e legisladores comunistas
trocaram agressões físicas e verbais
http://oglobo.globo.com/mundo/no-parlamento-ucraniano-briga-confusao-12124713
http://www.dailydot.com/lol/ukranian-government-fistfight-turned-into-painting/
28. No Parlamento ucraniano, briga e confusão
Deputados do partido nacionalista Svoboda e legisladores comunistas trocaram agressões físicas e verbais
http://oglobo.globo.com/mundo/no-parlamento-ucraniano-briga-confusao-12124713
29.
30. Elementos visuais - Linha
Quando predominam, as linhas curvas transmitem
a sensação de instabilidade, nervosismo, desequilíbrio
Mas podem também transmitir movimento e ritmo visual
Direção
31. Elementos visuais - Linha
Movimento
Percorrendo uma imagem com os olhos
durante a observação seguindo uma ou várias direções
(horizontal, vertical, inclinado e curva)
estamos trabalhando também com o
elemento básico do movimento
32. Elementos visuais - Linha
Modulação de movimento da linha: intervalos (espaço e no tempo)
Movimento
Introduzindo pausas e modulando as velocidades das linhas,
modula-se o fluir do tempo
33. Elementos visuais - Linha
Movimento
Modulação de movimento da linha: intervalos (espaço e no tempo)
34. Elementos visuais - Linha
Modulação de movimento da linha: Contrastes de direção
Quanto maiores os contrastes menos a velocidade e maior o peso visual e vice-versa
Movimento
35. Elementos visuais - Linha
As banhistas, 1900 - Paul Cezanne – 1839-1906 - http://www.wikiart.org/en/paul-cezanne#close
Movimento
Introduzindo-se intervalos, ou contrastes de direção, reduz-se a velocidade do movimento
36. O espaço linear sempre será frágil e de pouca substância,
sempre será um espaço tridimensional de qualidade expressiva das linhas
. Fina . Grossa . Sinuosa . Quebrada
Elementos visuais - Linha
40. Wols - Alfred Otto Wolfgang Schulze (Alemanha -1913-1951) - Arte Informal - http://www.theoldhand.com/2013/12/09/wols/
Elementos visuais - Linha
Quebrada
44. Superfície
Linha
Elemento de grande mobilidade
organização espacial Plana
Superfície
Delimitação de uma área
(presença de um novo elemento visual)
Organização espacial em duas dimensões
altura e largura
Elementos
46. Superfície
Com o elemento a percepção do elemento superfície
as linhas perdem
Sua independência
Sua mobilidade
(Superfície de caráter mais estático, menos dinâmico)
48. Superfície
Na superfície o movimento terá que ser
introduzido por outros fatores visuais
Ao se acumularem várias formas, com margens sinuosas,
tamanhos e posições diferentes,
temos o movimento visual
50. Outro fator importante na superfície é a
percepção de planos sobrepostos
Superfície
superposição
51. Superfície
Superfície Fechada Superfície Aberta
As margens nos permitem inferir uma estrutura
interna, com centros e eixos
Superfícies reguladas pela margem (Mais rígida)
Área interna nos permite perceber
uma faixa externa
Superfícies reguladas pela articulação
da área interior (Mais móvel)
superposição
53. Características
. Sempre nos faz perceber o espaço profundo
. Só ocorre com superfícies mais ou menos fechadas
. Agrupadas em sequências rítmicas, criam campos de energia
que se expandem e se contraem
. O espaço é dinâmico
Superfície
superposição
60. Superfície
Elementos
Linha
Elemento de grande
mobilidade
organização espacial Plana
Superfície
Delimitação de uma área
Organização espacial
em duas dimensões
altura e largura
Volume
Delimitação de um espaço
Organização espacial
em três dimensões
altura, largura e profundidade
62. As linhas quando vistas em conjunto com horizontais e verticais, as diagonais
introduzem a dimensão da profundidade
O contexto espacial se modifica
Volume
74. Volume
Ao serem interligadas superfícies mais próximas a outras mais distantes, surgem linhas
diagonais. Na verdade, essas são linhas de junção horizontal que se afastam,
visualmente de um primeiro plano
75. Cristiano Mascaro - https://tudoqueseve.wordpress.com/tag/cristiano-mascaro/
Volume
As linhas horizontais da frente
são parâmetro de comparação
às que se afastam se
encaminham para o fundo
76. Na representação superfície
a representação tamanhos, a forma
assume um caráter hierárquico
Volume
Proximidade e afastamento
77. Volume
Proximidade e afastamento
Na representação Volume
a representação tamanhos, a forma
Perde seu caráter hierárquico
Indica unicamente relações
espaciais de proximidade ou distância
83. Esquema de proporções Leonardo da VInce
Esquema de proporções Jacopo Tintoretto
Renascimento Barroco
Volume
84. Toda imagem do espaço absorve o espectador
numa imagem refletida
. Perspectiva oriental
não focal -Obliquidade unilateral nas imagens japonesas
. Perspectiva central renascentista
. Perspectivas diagonais barrocas
O espectador sente intuitivamente que certas referências são feitas à
sua própria existência
Volume
85. O homem tornou-se a medida de todas as coisas
Em consonância com seu tempo, a arte do Renascimento
busca a clareza, a objetividade e o equilíbrio
O homem já não é a principal e única medida do universo
Renascimento Barroco
Volume
86. Enquanto a linha e a superfície ainda se inserem no plano pictórico,
os elementos restantes, volume, luz e cor,
ultrapassam a estrutura bidimensional
Volume, luz e cor são considerados elementos mais dinâmicos
Elementos Visuais
87. Perspectiva
Museu de Tókio: http://www.tnm.jp/modules/r_collection/?controller=top
Dicas de leitura: 10 livros para ler antes de clicar -
http://iphotochannel.com.br/index.php/inspiracao/10-livros-para-ler-antes-de-clicar/
HELLER, Eva. A psicologia das cores, Barcelona, Espanha. Editorial Gustaco Gili, 2012
PARRAMON, José M. Assim se compõe um quadro. Barcelona, Espanha – Instituto
Parramon edições, 1988
Referências