O documento apresenta uma palestra sobre normatização da estratificação de risco e parametrização das consultas de atenção à saúde para hipertensão arterial. O seminário discute a epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico e tratamento da hipertensão, incluindo a classificação de risco cardiovascular pelo escore ERG.
Estratificação de Risco Cardiovascular na Hipertensão Arterial: Seminário Colaborativo CONASS/SMS Uberlândia
1. Seminário Centro Colaborador PAS CONASS / SMS Uberlândia MG
Normatização da Estratificação de Risco e
Parametrização das Consultas de Atenção à
Saúde: Hipertensão Arterial
André Augusto Jardim
Médico pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM)
Especialista em Cardiologia pelo HC UFU e Soc Bras de Cardiologia
Associado do Departamento de Cardiogeriatria da Sociedade Brasileira
de Cardiologia
Coordenador do Programa de Saúde do Idoso da SMS de Uberlândia
16. Pressão arterial: Aferição
• Explicar o procedimento
• 3 a 5 min de repouso
• Ambiente calmo e silencioso
durante aferição
• Evitar: atividade fisica,
bexiga repleta, cigarro,
bebida alcoólica
• Paciente sentado
• Pernas descruzadas, dorso
recostado
• Braço apoiado, nível do
coração
• Aferir a pressão após 3 min
de ortostatismo em idoso,
diabético ou outra condição
clínica com risco de
hipotensão
17. Pressão arterial: Classificação
Classificação Pressão Arterial Sistólica (mmHg) Pressão arterial diastólica (mmHg)
Normal ≤120 E ≤80
Pré-Hipertensão 121-139 E 81-89
Hipertensão estágio 1 140-159 Ou 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 Ou 100-110
Hipertensão estágio 3 ≥180 Ou ≥110
• Hipertensão arterial sistólica isolada: pressão arterial sistólica ≥ 140mmHg e pressão arterial diastólica <
90mmhg.
• Considerar o Estágio mais avançado na Classificação de valores discrepantes.
Adaptado de Malaquias, 2017
27. Hipertensão: Avaliação inicial
Tabela: Avaliação inicial do paciente hipertenso
Análise de urina
Potássio plasmático
Sódio plasmático
Glicose de jejum
Creatinina séria com Taxa de Filtração Glomerular Estimada
Colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides
Ácido úrico
Eletrocardiograma
28. Hipertensão: Avaliação complementar
Tabela: Avaliação clínica complementar para população especial
Rx de Tórax Suspeita clínica de insuficiência cardíaca ou acometimento pulmonar
Suspeita de dilatação da aorta
Ecocardiograma Evidência de hipertrofia ventricular esquerda ao ECG
Suspeita de insuficiência cardíaca
Presença de dois ou mais fatores de RISCO ALTO
Microalbuminúria em amostra
isolada de urina (pela relação
urinária albumina/creatinina)
Diabetes
Síndrome metabólica
Presença de dois ou mais fatores de RISCO ALTO
Ultrassom de carótidas Sopro carotídeo
DCV cerebrovascular ou em outros territórios manifesta
Teste Ergométrico Suspeita de doença coronariana estável
Diabetes
Antecedente familiar em primeiro grau para DAC em paciente com
pressão arterial controlada
29. Estratificação de risco: Conceito
• Ferramenta baseada em algoritmo que correlaciona fatores de
risco e chance de eventos cardiovasculares ao longo do tempo.
• Calibração para população estudada.
• Simplicidade e rapidez de aplicação.
• Custo efetivo.
• Suporte de software desenhado para o cálculo.
• Acurácia discriminatória.
• Baseados em sexo, idade, HDL-c, CT, PA, medicação, DM, TBG.
Petterle, 2011; Chacra, SOCESP, 2019
30. Estratificação de risco: Algoritmos
Framingham
• Estima probabilidade de morte por doença coronariana, acidente vascular
cerebral, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica em 10 anos
• Estratificação em Alto e Baixo Risco
Reynolds
• Estima probabildade de morte, infarto, acidente vascular cerebral e revascularização em
10 anos
• Acrescenta valores de proteína C reativa e história familiar de doença cardiovascular
ERG
• Estima a probabilidade (fatal ou não-fatal) de infarto agudo do miocárdio, acidente
vascular cerebral, insuficiência cardíaca ou doença arterial periférica em 10 anos
• Recomendação atual da Sociedade Brasileira de Cardioloiga
31. Estratificação de risco: Justificativa
• Passo crítico na prevenção primária.
• Identificação daqueles que mais se beneficiarão de
atenção e tratamento em nível primário.
• Redução significativa no número de eventos
cardiovasculares no grupo intervenção.
• Apropriada, segura e custo-efetiva.
• Quanto ↑risco, ↑custo da assistência.
• Estratos diferentes devem recebem conduta
preventiva em intensidade distinta.
De Paola, 2012; Lloyd-Jones, 2018
32. Estratificação de risco: Limitações
• 2/3 de eventos ocorrem na
população de RISCO BAIXO e
RISCO INTERMEDIÁRIO.
• Fisiopatologia peculiar da
aterosclerose.
• Fatores genéticos, ambientais
variáveis ao longo da vida não
contabilizados.
• Acurácia discriminatória (área sob a
curva ROC) de 0,70 a 0,75.
• Introdução da estratégia de
“RECLASSIFICAÇÃO” para melhora
da acurácia discriminatória.
Chacra, SOCESP, 2019
33. • Aplicado na avaliação inicial.
• Possibilidade de reavaliação ao longo
da assistência.
• Portadores de doença aterosclerótica
manifesta (acidente vascular cerebral,
infarto agudo do miocárdio,
revascularização ou angioplastia
prévia e doença arterial periférica
obstrutiva) são excluídos da avaliação
de risco e manejados em nível de
prevenção secundária.
ERG: Conceito
36. Tabela: Fatores de classificação em RISCO ALTO
Doença aterosclerótica clinicamente manifesta: arterial
coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica.
História pessoal de procedimento de revascularização
arterial.
Doença renal crônica definida por Taxa de Filtração
Glomerular (TFG) < 60ml/min em fase não dialítica.
Hipercolesterolemia familiar com concentração de LDL-c
≥190mg/dL.
Diabetes mellitus.
ERG Etapa 1: Exclusão de RISCO ALTO
37. Tabela: Fatores de classificação em RISCO ALTO
Doença aterosclerótica clinicamente manifesta: arterial
coronária, cerebrovascular ou obstrutiva periférica.
História pessoal de procedimento de revascularização
arterial.
Doença renal crônica definida por Taxa de Filtração
Glomerular (TFG) < 60ml/min em fase não dialítica.
Hipercolesterolemia familiar com concentração de LDL-c
≥190mg/dL.
Diabetes mellitus.
ERG Etapa 1: Exclusão de RISCO ALTO
RISCO ALTO
38. ERG: Etapa 2
• Cálculo do ERG
• Distribuição de pontos e
percentual de risco
atribuído
• Doença manifesta
• RISCO ALTO automático
• Finaliza processo
Etapa
1
Etapa
2
39. ERG Etapa 2: Pontuação sexo feminino
Tabela: Distribuição de pontos no escore de risco global para o sexo feminino
Pontuação Idade (anos) HDL-c CT PAS (não
tratada)
PAS (tratada) Fumo Diabetes
-3 <120
-2 60+
-1 50-59 <120
0 30-34 45-49 <160 120-129 Não Não
1 35-44 160-199 130-139
2 35-39 <35 140-149 120-129
3 200-239 130-139
4 40-44 240-279 150-159 Sim
5 45-49 280+ 160+ 140-149
6 150-159 Sim
7 50-54 160+
8 55-59
9 60-64
10 65-69
11 70-74
12 75+
40. ERG Etapa 2: Pontuação sexo feminino
Tabela: Distribuição de pontos no escore de risco global para o sexo feminino
Pontuação Idade (anos) HDL-c CT PAS (não
tratada)
PAS (tratada) Fumo Diabetes
-3 <120
-2 60+
-1 50-59 <120
0 30-34 45-49 <160 120-129 Não Não
1 35-44 160-199 130-139
2 35-39 <35 140-149 120-129
3 200-239 130-139
4 40-44 240-279 150-159 Sim
5 45-49 280+ 160+ 140-149
6 150-159 Sim
7 50-54 160+
8 55-59
9 60-64
10 65-69
11 70-74
12 75+
VARIÁVEIS
41. ERG Etapa 2: Pontuação sexo feminino
Tabela: Distribuição de pontos no escore de risco global para o sexo feminino
Pontuação Idade (anos) HDL-c CT PAS (não
tratada)
PAS (tratada) Fumo Diabetes
-3 <120
-2 60+
-1 50-59 <120
0 30-34 45-49 <160 120-129 Não Não
1 35-44 160-199 130-139
2 35-39 <35 140-149 120-129
3 200-239 130-139
4 40-44 240-279 150-159 Sim
5 45-49 280+ 160+ 140-149
6 150-159 Sim
7 50-54 160+
8 55-59
9 60-64
10 65-69
11 70-74
12 75+
VARIÁVEIS
VALORES
42. ERG Etapa 2: Pontuação sexo feminino
Tabela: Distribuição de pontos no escore de risco global para o sexo feminino
Pontuação Idade (anos) HDL-c CT PAS (não
tratada)
PAS (tratada) Fumo Diabetes
-3 <120
-2 60+
-1 50-59 <120
0 30-34 45-49 <160 120-129 Não Não
1 35-44 160-199 130-139
2 35-39 <35 140-149 120-129
3 200-239 130-139
4 40-44 240-279 150-159 Sim
5 45-49 280+ 160+ 140-149
6 150-159 Sim
7 50-54 160+
8 55-59
9 60-64
10 65-69
11 70-74
12 75+
VARIÁVEIS
VALORES
PONTUAÇÃO
45. ERG Etapa2: Pontuação sexomasculino
Tabela: Distribuição de pontos no escore de risco global para o sexo masculino
Pontuação Idade (anos) HDL-c CT PAS (não
tratada)
PAS (tratada) Fumo Diabetes
-2 60+ <120
-1 50-59
0 30-34 45-49 <160 120-129 <120 Não Não
1 35-44 160-199 130-139
2 35-39 <35 200-239 140-149 120-129
3 240-279 160+ 130-139 Sim
4 280+ 140-159 Sim
5 40-44 160+
6 45-49
7
8 50-54
9
10 55-59
11 60-64
12 65-69
13
14 70-74
15+ 75+
46. ERG Etapa2: Risco sexo masculino
Tabela: Escore de risco cardiovascular global para sexo masculino de acordo com pontuação obtida
Pontuação Risco (%) Pontuação Risco (%)
≤-3 <1 8 6,7
-2 1,1 9 7,9
-1 1,4 10 9,4
0 1,6 11 11,2
1 1,9 12 13,2
2 2,3 13 15,6
3 2,8 14 18,4
4 3,3 15 21,6
5 3,9 16 25,3
6 4,7 17 29,4
7 5,6 18+ >30
47. ERG: Etapa 3
• Reclassificação
• Fatores agravantes
• RISCO INTERMEDIÁRIO
para RISCO ALTO
• Cálculo do ERG
• Distribuição de pontos e
percentual de risco
atribuído
• Doença manifesta
• RISCO ALTO automático
• Finaliza processo
Etapa
1
Etapa
2
Etapa
3
48. ERG Etapa3: Reclassificação
Tabela: Fatores agravantes do risco cardiovascular
Fatores de reclassificação de RISCO INTERMEDIÁRIO para RISCO ALTO
• História familiar de doença aterosclerótica coronariana prematura em familiar de primeiro grau, homem < 55 anos ou mulher < 65
anos.
• Diagnóstico de Síndrome Metabólica:
a. Obesidade abdominal: homem ≥ 94 cm e mulher ≥ 80cm
b. HDL-c: homem < 40mg/dL e mulher < 50mg/dL
c. Triglicérides (ou tratamento atual de trigliceridemia) ≥ 150mg/dL
d. Pressão arterial (ou tratamento atual de hipertensão: pressão arterial sistólica ≥ 130mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥
85mmHg
e. Glicemia (ou tratamento atual de diabetes): ≥ 100mg/dL.
• Doença renal crônica com taxa de filtração glomerular de 15-59mL/min/1,73m2 com ou sem microalbuminúria em amostra isolada
de 30-300mg/g de creatinina ou proteinúria 24hrs > 300mg/g de creatinina.
• Hipertrofia ventricular esquerda confirmada por ecodopplercardiograma.
• Proteína C-reativa ultrassensível > 2mg/L.
• Espessura íntimo-média de carótidas > 1,0mm.
• Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade e sexo.
• Índice tornozelo braquial < 0,9.
• História pessoal de menopausa precoce < 40anos e/ou história de pré-eclâmpsia.
• História pessoal de condição inflamatória crônica: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, HIV/SIDA.
49. ERG Etapa3: Reclassificação
Tabela: Fatores agravantes do risco cardiovascular
Fatores de reclassificação de RISCO INTERMEDIÁRIO para RISCO ALTO
• História familiar de doença aterosclerótica coronariana prematura em familiar de primeiro grau, homem < 55 anos ou mulher < 65
anos.
• Diagnóstico de Síndrome Metabólica:
a. Obesidade abdominal: homem ≥ 94 cm e mulher ≥ 80cm
b. HDL-c: homem < 40mg/dL e mulher < 50mg/dL
c. Triglicérides (ou tratamento atual de trigliceridemia) ≥ 150mg/dL
d. Pressão arterial (ou tratamento atual de hipertensão: pressão arterial sistólica ≥ 130mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥
85mmHg
e. Glicemia (ou tratamento atual de diabetes): ≥ 100mg/dL.
• Doença renal crônica com taxa de filtração glomerular de 15-59mL/min/1,73m2 com ou sem microalbuminúria em amostra isolada
de 30-300mg/g de creatinina ou proteinúria 24hrs > 300mg/g de creatinina.
• Hipertrofia ventricular esquerda confirmada por ecodopplercardiograma.
• Proteína C-reativa ultrassensível > 2mg/L.
• Espessura íntimo-média de carótidas > 1,0mm.
• Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade e sexo.
• Índice tornozelo braquial < 0,9.
• História pessoal de menopausa precoce < 40anos e/ou história de pré-eclâmpsia.
• História pessoal de condição inflamatória crônica: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, HIV/SIDA.
RISCO INTERMEDIÁRIO
RISCO ALTO
50. ERG: Etapa 4
• Reclassificação
• Fatores agravantes
• RISCO INTERMEDIÁRIO
para RISCO ALTO
• Populações especiais
• Diabéticos
• Idosos
• Jovens
• Cálculo do ERG
• Distribuição de pontos e
percentual de risco
atribuído
• Doença manifesta
• RISCO ALTO automático
• Finaliza processo
Etapa
1
Etapa
2
Etapa
3
Etapa
4
51. Populações especiais
Diabetes
• Fator de risco
independente.
• Estratificados no
Protocolo de Diabetes.
• ACCORD BP: efeito
sinérgico do controle
glicemia e PA.
Idosos
• Falha poder
discriminatório.
• Disautonomia,
comorbidade múltipla,
polifarmácia,
fragilidade, declínio
cognitivo,
funcionalidade.
• Decisão terapêutica
balizada pela Avaliação
Clínico-Funcional do
Idoso.
Jovem
• Performance de
acurária incerta antes
dos 45 anos.
• HOPE-3: razoável
benefício de
tratamento da pressão
arterial em paciente de
RISCO BAIXO e RISCO
INTERMEDIÁRIO.
52. Idosos: Considerações especiais
•Sintoma.
•Doença.
Conceitos
fundamentais
•Gravidade da doença, patologias
associadas, complicações, risco de
intervenção teraêutica
•Comorbidade múltipla
•Diagnósticos agudos e crônicos
•Classificação clínico-funcional
•Síndomes geriátricas
•Polifarmácia: indicações, interações,
benefício baseado em evidências,
custo.
Avaliação
geriátrica ampla
•Foco no manejo de
sintomas,
funionalidade e
sobrevida.
•Considerar
prognóstico
cardiovascular e
funcional.
•Considerar
funcionalidade e
independência.
Manejo
54. Acompanhamento
Classificaçã
o de Risco
Periodicidade mínima de atividades/ano - APS
Médico Enferm. Cirurgião
Dentista
Nutri. Educ.
Físico
Assist.
Social
Farmacêu. Psicólogo Fisio.
Risco Baixo Anual Anual Anual
Fator risco
Atividade em
grupo
Atividade
em grupo
Fator risco
Atividade
em grupo
Fator risco
Atividade em
grupo
Fator risco
Atividade em
grupo
Fator risco
Atividade
em grupo
Risco
Intermediário
Semestr. Semestr. Semestr.
Fator risco
Atividade em
grupo
Atividade
em grupo
Fator risco
Atividade
em grupo
Fator risco
Atividade em
grupo
Fator risco
Atividade em
grupo
Fator risco
Atividade
em grupo
Risco Alto1
Quadrim.
Quadrim. Semestr. Semestr.
Atividade
em grupo
Anual Semestr. Semestral Semestr.
55. Acompanhamento
Periodicidade mínima de atividades/ano – AE*
Tecnologia
Leve
Saúde do Idoso2 Cardio3 Nefro4
Médico Enfermeira
Atenção compartilhada
em grupo
3 consultas até
estabilização
3 consultas até
estabilização
Atenção compartilhada
em grupo
3 consultas até
estabilização
3 consultas até
estabilização
Atenção continua
3 consultas até
estabilização
3 consultas até
estabilização
Semestr. Anual
56. Acompanhamento
• Pessoas usuárias de alto risco passam inicialmente pela Atenção Contínua, com equipe
multidisciplinar. Usuários assistidos pelo Ciclo de Atenção Contínua que estiverem com critérios de
estabilidade não têm necessidade de acompanhamento na Atenção Especializada
(Cardiologista/Nefrologista/Geriatra)
• Após avaliação pela atenção contínua, pessoas idosas com IVCF-20 ≥ 15, classificados como
frágeis de alta complexidade serão acompanhados pela AAE de saúde do idoso até estabilização,
compartilhado com a médico e enfermeira da APS na unidade de atenção primária à saúde.
• Encaminhamento de pacientes com classificação de RISCO ALTO, ou pacientes de qualquer
classificação de risco sem controle terapêutico satisfatório (pressão arterial superior a 140/90mmHg)
mesmo com uso de três classes de anti-hipertensivos ou naqueles portadores de lesões de órgão-
alvo (doença cardiovascular, renal, cerebrovascular ou vascular periférica – consulte Tabela 04 e
Tabela 09), ou suspeita de hipertensão secundária (exemplo: coarctação de aorta, feocromocitoma,
estenose de artéria renal, Síndrome de Cushing), ou hipertensão associada a gestação
(encaminhamento à Ginecologia e Obstetrícia concomitante). Para o acompanhamento de
pacientes com instabilidade clínica na Atenção Primária à Saúde e na Atenção Especializada
considera-se que pacientes instáveis irão necessitar de maior número de consultas, que serão
gerenciadas caso a caso, até a estabilização que poderá ocorrer em média num período de 4
meses.