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Hemorragia Pós
Parto
MR2 LORENA LUCENA
INTRODUÇÃO
• 14.000.000 de casos de HPP no mundo por ano
• 140.000 mortes por HPP no mundo por ano
• A maioria das mortes são evitáveis
• A HPP é a segunda causa de morte materna no Brasil
• Estima-se 01 caso de HPP a cada 10 partos
A HPP é uma importante
causa de morbimortalidade
materna
Definição de hemorragia pós-parto (HPP)
É a perda sanguínea acima de 500 ml após parto vaginal ou acima de
1000 ml após parto cesariana nas primeiras 24 horas OU qualquer perda
de sangue pelo trato genital capaz de causar instabilidade
hemodinâmica.
Classificação da HPP
• HPP PRIMÁRIA: é a HPP que ocorre nas primeiras 24 horas pós-
parto.
• HPP SECUNDÁRIA: é a HPP que ocorre após 24 horas até 12 semanas
pós-parto.
Causas da HPPMnemônico 4T
Tônus (atoniauterina), Trauma (no canal de parto),
Tecido (placentário retido), Trombina (coagulopatias)
FATORES DE RISCO
Estratificação de risco
A maioria dos casos de HPP ocorrem em pacientes sem fatores de risco
evidentes.
Todos profissionais e instituições de saúde que realizam partos devem estar
preparados para tratá-la
● RISCO BAIXO, MÉDIO OU ALTO;
● Evitar locais onde não há possibilidade de monitoramento adequado.
Não encaminhar pacientes de médio e alto risco para enfermarias ou
quartos que oferecem apenas vigilância risco habitual
● Os quadros hemorrágicos mais graves tendem a ocorrer em
pacientes com fatores de risco (ex: acretismo placentário)
Profilaxia universal
OMS: MANEJO ATIVO DO 3º PERÍODO
A principal estratégia de prevenção da HPP é o uso universal da
ocitocina pós-parto
reduz em aproximadamente 50% o risco de HPP (atonia)
● USO UNIVERSAL DE UTEROTÔNICOS: ESCOLHA OCITOCINA 10UI INTRAMUSCULAR
(ALTERNATIVAS ERGOMETRINA IM OU MISOPROSTOL 600MCG)
● TRAÇÃO CONTROLADA DO CORDÃO UMBILICAL + MASSAGEM UTERINA
● CLAMPEAMENTO OPORTUNO DE CORDÃO UMBILICAL + CONTATO PRECOCE MÃE - BEBÊ
Diagnóstico e estimativa da perda volêmica
● Estimativa visual
● Pesagem de compressas
● Dispositivos coletores
● Sinais vitais / graus de choque
Índice de Choque
IC é Marcador de instabilidade
hemodinâmica mais
precoce do que os sinais
vitais (considerados
isoladamente) Simples,
rápido, barato e seu valor
tende a aumentar com a
gravidade da hemorragia
Necessidade de TRATAMENTO
“O tratamento da HPP deve ser rápido e baseado na causa específica
da hemorragia.”
“4 Ts”
INTERCORRÊNCIA
FREQUÊNCIA RELATIVA
TÔNUS
Atonia Uterina
70%
TRAUMA
Lacerações, hematomas, inversão e rotura uterina
19%
TECIDO
Retenção de tecido placentário, coágulos, acretismo placentário
10%
TROMBINA
Coagulopatias congênitas (ex: von Willebrand) ou adquiridas (ex:
CIVD), uso de anticoagulantes (ex: heparina, aspirina)
1%
Tratamento e a “hora de ouro”
HORA DE OURO na HPP: consiste na recomendação do controle do sítio
de sangramento, sempre que possível, dentro da primeira hora a partir
do seu diagnóstico; ou pelo menos estar em fase avançada do
tratamento ao final dessa hora.
OBJETIVO: permitir ações rápidas e oportunas, evitando assim a tríade
letal da HPP: acidose, coagulopatia e hipotermia.
Tratamento: atonia (70-80%)
Tratamento: trauma (19%)
Tratamento: tecido (10%)
Tratamento: tecido (1%)
Conclusões
• As mortes maternas por HPP podem ser evitadas através de medidas de
complexidade variável adotadas durante o pré-natal, parto e pós-parto.
• O uso universal da ocitocina (10UI IM) após os partos deve ser inserido na rotina de
todas as maternidades
• O diagnóstico precoce da HPP é essencial para um tratamento oportuno.
• O índice de choque é marcador simples e precoce de instabilidade hemodinâmica nos
quadros de HPP e deve ser inserido de rotina na avaliação desses quadros.
• Se sua maternidade não tem um protocolo de HPP: adote um imediatamente!
• O traje antichoque não pneumático é uma nova tecnologia adjuvante no tratamento
da HPP, mas não
substitui o tratamento tradicional e seu sucesso está vinculado a presença de um
protocolo para HPP.
• O tratamento da HPP deve ser agressivo, multidisciplinar e sequenciado.
• O monitoramento após quadro hemorrágico deve ser rigoroso e em ambiente
adequado.
Referências
• Organização Pan-Americana da Saúde. Recomendações assistenciais para prevenção, diagnóstico
e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília: OPAS; 2018
• Osanan GC, Padilla H, Reis MI, Tavares AB. Strategy for Zero Maternal Deaths by Hemorrhage in
Brazil: A Multidisciplinary Initiative to Combat Maternal Morbimortality. Rev Bras Ginecol Obstet.
2018 Mar;40(3):103-105. doi: 10.1055/s-0038-1639587. Epub 2018 Apr 2. PubMed PMID:
29609191.
• Committee on Practice Bulletins-Obstetrics. Practice Bulletin No. 183: Postpartum Hemorrhage.
Obstet Gynecol. 2017 Oct;130(4):e168-e186. doi: 10.1097/AOG.0000000000002351. PubMed
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  • 2. INTRODUÇÃO • 14.000.000 de casos de HPP no mundo por ano • 140.000 mortes por HPP no mundo por ano • A maioria das mortes são evitáveis • A HPP é a segunda causa de morte materna no Brasil • Estima-se 01 caso de HPP a cada 10 partos A HPP é uma importante causa de morbimortalidade materna
  • 3. Definição de hemorragia pós-parto (HPP) É a perda sanguínea acima de 500 ml após parto vaginal ou acima de 1000 ml após parto cesariana nas primeiras 24 horas OU qualquer perda de sangue pelo trato genital capaz de causar instabilidade hemodinâmica. Classificação da HPP • HPP PRIMÁRIA: é a HPP que ocorre nas primeiras 24 horas pós- parto. • HPP SECUNDÁRIA: é a HPP que ocorre após 24 horas até 12 semanas pós-parto. Causas da HPPMnemônico 4T Tônus (atoniauterina), Trauma (no canal de parto), Tecido (placentário retido), Trombina (coagulopatias)
  • 5. Estratificação de risco A maioria dos casos de HPP ocorrem em pacientes sem fatores de risco evidentes. Todos profissionais e instituições de saúde que realizam partos devem estar preparados para tratá-la ● RISCO BAIXO, MÉDIO OU ALTO; ● Evitar locais onde não há possibilidade de monitoramento adequado. Não encaminhar pacientes de médio e alto risco para enfermarias ou quartos que oferecem apenas vigilância risco habitual ● Os quadros hemorrágicos mais graves tendem a ocorrer em pacientes com fatores de risco (ex: acretismo placentário)
  • 6. Profilaxia universal OMS: MANEJO ATIVO DO 3º PERÍODO A principal estratégia de prevenção da HPP é o uso universal da ocitocina pós-parto reduz em aproximadamente 50% o risco de HPP (atonia) ● USO UNIVERSAL DE UTEROTÔNICOS: ESCOLHA OCITOCINA 10UI INTRAMUSCULAR (ALTERNATIVAS ERGOMETRINA IM OU MISOPROSTOL 600MCG) ● TRAÇÃO CONTROLADA DO CORDÃO UMBILICAL + MASSAGEM UTERINA ● CLAMPEAMENTO OPORTUNO DE CORDÃO UMBILICAL + CONTATO PRECOCE MÃE - BEBÊ
  • 7. Diagnóstico e estimativa da perda volêmica ● Estimativa visual ● Pesagem de compressas ● Dispositivos coletores ● Sinais vitais / graus de choque
  • 8. Índice de Choque IC é Marcador de instabilidade hemodinâmica mais precoce do que os sinais vitais (considerados isoladamente) Simples, rápido, barato e seu valor tende a aumentar com a gravidade da hemorragia
  • 9. Necessidade de TRATAMENTO “O tratamento da HPP deve ser rápido e baseado na causa específica da hemorragia.” “4 Ts” INTERCORRÊNCIA FREQUÊNCIA RELATIVA TÔNUS Atonia Uterina 70% TRAUMA Lacerações, hematomas, inversão e rotura uterina 19% TECIDO Retenção de tecido placentário, coágulos, acretismo placentário 10% TROMBINA Coagulopatias congênitas (ex: von Willebrand) ou adquiridas (ex: CIVD), uso de anticoagulantes (ex: heparina, aspirina) 1%
  • 10. Tratamento e a “hora de ouro” HORA DE OURO na HPP: consiste na recomendação do controle do sítio de sangramento, sempre que possível, dentro da primeira hora a partir do seu diagnóstico; ou pelo menos estar em fase avançada do tratamento ao final dessa hora. OBJETIVO: permitir ações rápidas e oportunas, evitando assim a tríade letal da HPP: acidose, coagulopatia e hipotermia.
  • 15. Conclusões • As mortes maternas por HPP podem ser evitadas através de medidas de complexidade variável adotadas durante o pré-natal, parto e pós-parto. • O uso universal da ocitocina (10UI IM) após os partos deve ser inserido na rotina de todas as maternidades • O diagnóstico precoce da HPP é essencial para um tratamento oportuno. • O índice de choque é marcador simples e precoce de instabilidade hemodinâmica nos quadros de HPP e deve ser inserido de rotina na avaliação desses quadros. • Se sua maternidade não tem um protocolo de HPP: adote um imediatamente! • O traje antichoque não pneumático é uma nova tecnologia adjuvante no tratamento da HPP, mas não substitui o tratamento tradicional e seu sucesso está vinculado a presença de um protocolo para HPP. • O tratamento da HPP deve ser agressivo, multidisciplinar e sequenciado. • O monitoramento após quadro hemorrágico deve ser rigoroso e em ambiente adequado.
  • 16. Referências • Organização Pan-Americana da Saúde. Recomendações assistenciais para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília: OPAS; 2018 • Osanan GC, Padilla H, Reis MI, Tavares AB. Strategy for Zero Maternal Deaths by Hemorrhage in Brazil: A Multidisciplinary Initiative to Combat Maternal Morbimortality. Rev Bras Ginecol Obstet. 2018 Mar;40(3):103-105. doi: 10.1055/s-0038-1639587. Epub 2018 Apr 2. PubMed PMID: 29609191. • Committee on Practice Bulletins-Obstetrics. Practice Bulletin No. 183: Postpartum Hemorrhage. Obstet Gynecol. 2017 Oct;130(4):e168-e186. doi: 10.1097/AOG.0000000000002351. PubMed PMID: 28937571.