O objetivo deste documento é recuperar um pouco da história da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde. Para a elaboração deste documento,
foram ouvidas pessoas que fizeram parte dessa história, como gestores de políticas públicas voltadas para a infância no Brasil. Também foram consultadas publicações oficiais, artigos e legislação que auxiliaram na tarefa de descrever a evolução da gestão de saúde da criança no País.
As dificuldades em encontrar documentação oficial sobre as políticas públicas de atenção à saúde da criança desenvolvidas na primeira metade do século XX fi zeram com que esta pesquisa se restringisse mais detalhadamente à segunda metade do século passado, principalmente a
partir da década de 1970, com o relato dos entrevistados.
Esperamos que esta publicação sirva de subsídio para refl exão sobre a evolução da gestão de
saúde da criança no nível Federal, desde a criação do Departamento Nacional da Criança, na década de 1940 do século XX, até o final da primeira década do século XXI.
A PNAISC é orientadora das práticas de atenção à saúde da criança. Conhecer os seus princípios e eixos estratégicos amplia as ações dos profissionais em prol de garantir uma atenção integral à criança e sua família.
Material de 14 de julho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
No final da década de 1980 e início de 1990 presenciamos, na América Latina, um movimento de maior visibilidade no campo da Saúde Pública, no sentido de implantar ações de saúde voltadas ao adolescente. Para compreender a Saúde Integral do adolescente, é importante entender a adolescência, a partir das políticas públicas de saúde, o que nos permite ter a ideia da complexidade do tema, levando em consideração a juventude como fenômeno existencial, o que afeta a cada um de nós.
Roteiro de Consulta de Puericultura 0 a 02 anos - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - Internato em Pediatria I (PED I) - Ambulatório de Puericultura - Natal/RN - Brasil
A PNAISC é orientadora das práticas de atenção à saúde da criança. Conhecer os seus princípios e eixos estratégicos amplia as ações dos profissionais em prol de garantir uma atenção integral à criança e sua família.
Material de 14 de julho de 2019
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Eixo: Atenção à Criança
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No final da década de 1980 e início de 1990 presenciamos, na América Latina, um movimento de maior visibilidade no campo da Saúde Pública, no sentido de implantar ações de saúde voltadas ao adolescente. Para compreender a Saúde Integral do adolescente, é importante entender a adolescência, a partir das políticas públicas de saúde, o que nos permite ter a ideia da complexidade do tema, levando em consideração a juventude como fenômeno existencial, o que afeta a cada um de nós.
Roteiro de Consulta de Puericultura 0 a 02 anos - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - Internato em Pediatria I (PED I) - Ambulatório de Puericultura - Natal/RN - Brasil
O acesso venoso periférico constitui-se em uma alternativa rápida e segura, indispensável nas situações de urgências. Através de dispositivos endovenosos, permite à equipe uma via de acesso capaz de prover a infusão de grandes volumes ao paciente, sendo também utilizada para a infusão de drogas de efeitos diversos e de rápida resposta.
Aleitamento materno - Aula ministrada pela Dr. Devani Ferreira Pires para os membros da Liga de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - LAPED - UFRN - (Natal - Brasil)
O cotidiano de trabalho em uma unidade de saúde possui baixa densidade tecnológica, com altíssima complexidade. Só quem já trabalhou em uma unidade, percebe o desafio de se trabalhar em equipe, de se realizar planejamento de ações. Ao encerrar a primeira etapa, comum a todos os profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF), ressaltamos a necessidade de habilidades e atitudes especiais de toda a equipe com relação ao atendimento de crianças.
SAVASSI, LCM. A saúde e a realidade da criança no país.
Aula dada para a Disciplina Fundamentos Saúde da Criança. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2015
Este documento do Ministério da Saúde incorpora, num enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde como princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no combate à violência doméstica e sexual. Agrega, também, a prevenção e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico. Além disso, amplia as ações para grupos historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades
e necessidades.
A Política Nacional proposta considera a diversidade dos municípios e estados, que apresentam diferentes níveis de desenvolvimento e de organização dos seus sistemas locais de saúde e tipos de gestão. É, acima de tudo, uma proposta de construção conjunta e de respeito à autonomia dos diversos parceiros – entes fundamentais para a concretização das políticas – enfatizando a importância do empoderamento das usuárias do SUS e sua participação nas instâncias de controle social.
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento, como assistência neonatal no nascimento, contato pele a pele imediato e ininterrupto, clampeamento oportuno do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida e alta hospitalar segura.
Material de 21 de junho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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O acesso venoso periférico constitui-se em uma alternativa rápida e segura, indispensável nas situações de urgências. Através de dispositivos endovenosos, permite à equipe uma via de acesso capaz de prover a infusão de grandes volumes ao paciente, sendo também utilizada para a infusão de drogas de efeitos diversos e de rápida resposta.
Aleitamento materno - Aula ministrada pela Dr. Devani Ferreira Pires para os membros da Liga de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - LAPED - UFRN - (Natal - Brasil)
O cotidiano de trabalho em uma unidade de saúde possui baixa densidade tecnológica, com altíssima complexidade. Só quem já trabalhou em uma unidade, percebe o desafio de se trabalhar em equipe, de se realizar planejamento de ações. Ao encerrar a primeira etapa, comum a todos os profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF), ressaltamos a necessidade de habilidades e atitudes especiais de toda a equipe com relação ao atendimento de crianças.
SAVASSI, LCM. A saúde e a realidade da criança no país.
Aula dada para a Disciplina Fundamentos Saúde da Criança. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2015
Este documento do Ministério da Saúde incorpora, num enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde como princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no combate à violência doméstica e sexual. Agrega, também, a prevenção e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/aids e as portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico. Além disso, amplia as ações para grupos historicamente alijados das políticas públicas, nas suas especificidades
e necessidades.
A Política Nacional proposta considera a diversidade dos municípios e estados, que apresentam diferentes níveis de desenvolvimento e de organização dos seus sistemas locais de saúde e tipos de gestão. É, acima de tudo, uma proposta de construção conjunta e de respeito à autonomia dos diversos parceiros – entes fundamentais para a concretização das políticas – enfatizando a importância do empoderamento das usuárias do SUS e sua participação nas instâncias de controle social.
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento, como assistência neonatal no nascimento, contato pele a pele imediato e ininterrupto, clampeamento oportuno do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida e alta hospitalar segura.
Material de 21 de junho de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
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Contribuição do Coletivo de profissionais-trabalhadores no campo da Saúde da Criança em todo o país, que participaram da construção da
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC) do Ministério da Saúde com o apoio da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis - EBBS/IFF/Fiocruz para a equipe de Transição na Saúde – Governo Lula.
O presente documento está organizado a partir de sua Introdução em três partes:
1-Diagnóstico da situação da saúde da criança no brasil hoje;
2- Proposições para atenção integral e gestão no campo da saúde da criança para além da área específica da saúde: visão holística da criança e políticas intersetoriais, considerando a primeira infância;
3- Propostas de ações para os primeiros 100 dias de governo.
Assinam o documento como representantes deste Coletivo:
Liliane Mendes Penello, Médica psiquiatra, Ex-coordenadora técnica da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis (EBBS/IFF/Fiocruz)
Paulo Vicente Bonilha Almeida, Médico pediatra, Ex-Coordenador de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde (GSCAM/DAPES/SAS/MS)
Parabéns!
Excelentes análises de conjuntura e muito boas propostas de ação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
É com alegria que apresentamos nosso primeiro boletim informativo com as principais notícias e ações sobre desenvolvimento integral da primeira infância, realizadas pelo governo federal juntamente com muitos de vocês.
Que 2015 traga a perspectiva de se construir muito mais em prol das nossas crianças! E que possamos continuar a fazê-lo de forma democrática, criativa e parceira!
Um excelente 2015 para todos!
Abraço,
Paulo Bonilha e equipe CGSCAM.
Ministério da Saúde
Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
* Prof. Marcus Renato de Carvalho é membro do Comitê de Especialistas para o Desenvolvimento da Primeira Infância representando a ReHuNa.
Esse é o Relatório do Mapeamento
Obesidade na Primeira Infância.
Segue agora, o documento em PDF.
Este é um dos produtos do Projeto Observatório Nacional Primeira Infância, e tivemos a parceria do NUTROCIENCIA Assessoria e Equilibrium Consultoria na execução técnica, alem da colaboração do CEIIAS, com Evelyn Eisenstein.
Trata-se não somente de um tema de grande importância para as políticas de prevenção da Primeira Infância, como também de forte vertente intersetorial. Este relatório com certeza, servira de base para futuras ações da RNPI no Eixo Programático Obesidade PI , escolhido no Planejamento Estratégico ( 2015/17).
Agradecemos as parcerias e apoio financeiro para a concretização deste Mapeamento: Fundação Abrinq- Save the Children; Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Jose Luiz Egydio Setubal e Instituto Alana.
Abraços a todos/as
Luzia Laffite
Coordenadora da Secretaria Executiva
A Amamentação ideal deve ocorrer desde a sala de parto até dois anos ou mais, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês e complementado, a partir daí, com alimentação saudável e equilibrada.
Parabenizamos os integrantes do Departamento de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria por mais essa publicação atualizada, abrangente e útil aos profissionais de saúde.
Sumário:
Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM):
29 anos de história
Os Reflexos da Amamentação na Vida Adulta
Como ser um “Pediatra Amigo da Amamentação?”
Cuidados no pós-parto influenciam o futuro sucesso
na amamentação
Avaliação da perda de peso no período neonatal imediato
Leite materno para prematuros: obstáculos
e suporte nas unidades neonatais
Doação de leite humano: o que o pediatra precisa saber?
Aleitamento materno e distúrbios gastrintestinais funcionais
Como apoiar a mulher que amamenta na volta ao trabalho
Como e quando desmamar
*Faltou mencionar a Iniciativa Consultório Amigo da Amamentação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Semelhante a SAÚDE da CRIANÇA: 70 anos de história. Ministério da Saúde, Brasil (20)
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Esse é o capítulo sobre políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento da 4ª edição do livro “Amamentação – bases científicas” – GEN Editora, 2017.
“Manejo Ampliado” é um conjunto de saberes que vão mais além dos conhecimentos biomédicos necessários para a assistência clínica ao binômio lactante-lactente.
É a capacitação de profissionais para elaborarem programas, políticas, eventos em prol da amamentação, com enfoque de gênero, interseccionalidade, diversidade e inclusão.
São apresentadas várias iniciativas internacionais e nacionais das ONGs e dos governos municipais, estaduais e federal.
Inclui um histórico das Semanas Mundiais de Aleitamento e dos Encontros Nacionais de Aleitamento desde 1991.
É o aleitamento pela ótica da saúde coletiva.
Mande suas críticas, sugestões e outras iniciativas não citadas.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a posição conjunta e a visão de um grupo de trabalho especializado, global e multissetorial sobre a implementação da Metodologia Mãe Canguru (MCC) para todos os bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer (BPN), como base para o cuidado de recém-nascidos prematuros e/ou doentes.
O documento resume as informações básicas, as evidências e a justificativa para disponibilizar o MMC para todos os recém-nascidos prematuros ou de BPN e busca mobilizar a comunidade internacional de saúde materna, neonatal e infantil e as famílias para se unirem para apoiar a implementação do MMC para todos os prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer para melhorar a saúde e o bem-estar deles e de suas mães e famílias.
Este documento de posição destina-se a ser utilizado por gestores, parceiros de desenvolvimento, lideranças do pessoal de saúde, pediatras neonatologistas, lideranças da sociedade civil (por exemplo, organizações de pais e profissionais) e organizações de pesquisa envolvidos na pesquisa de implementação do MMC.
O MMC é uma intervenção que permite à mãe assumir um papel central em sua própria vida
e os cuidados do seu recém-nascido, revertendo assim a mudança de poder entre a mãe e o responsável pelos cuidados de saúde, prestadores ou sistemas de saúde. Humaniza os cuidados maternos e neonatais, capacitando e envolvendo
aqueles que mais cuidam do RN, em vez de focar predominantemente em soluções tecnológicas.
Assim, o MMC pode servir como ponto de partida para uma reformulação mais ampla do sistema de saúde e para a prestação de serviços,
transformação dos cuidados maternos e neonatais, e um modelo do que pode ser realizado quando
as partes interessadas relevantes têm o poder de desempenhar os papéis que lhes são naturalmente confiados no cuidado dos seus
recém-nascidos.
Esse documento mostra como o Cuidado Mãe-Canguru pode ser revolucionário na atenção neonatal.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
SAÚDE da CRIANÇA: 70 anos de história. Ministério da Saúde, Brasil
1.
2. Saúde da
Criança 1
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
Brasília – DF
2011
Série I. História da Saúde
70 ANOS DE HISTÓRIA
Gestões e gestores de políticas públicas
de atenção à saúde da criança:
4. 4 70
anos
Saúde da
Criança 5
Breve histórico sobre as origens da Área Técnica
de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
sumário
Introdução
Gestões e gestores
A Área Técnica de Saúde da Criança
e Aleitamento Materno nos dias de hoje
Legislação referente à saúde da criança
Referências
ANEXO - DECRETO-LEI Nº 2.024 –
DE 17 DE FEVEREIRO DE 1940
PÁG.07
PÁG.09
PÁG.17
PÁG.49
PÁG.53
PÁG.67
PÁG.71
5. 6 70
anos
Saúde da
Criança 7
O objetivo deste documento é recuperar um pouco da história da Área Técnica de Saúde da
Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde. Para a elaboração deste documento,
foram ouvidas pessoas que fizeram parte dessa história, como gestores de políticas públicas
voltadas para a infância no Brasil. Também foram consultadas publicações oficiais, artigos e
legislação que auxiliaram na tarefa de descrever a evolução da gestão de saúde da criança
no País.
As dificuldades em encontrar documentação oficial sobre as políticas públicas de atenção à saú-
de da criança desenvolvidas na primeira metade do século XX fizeram com que esta pesquisa
se restringisse mais detalhadamente à segunda metade do século passado, principalmente a
partir da década de 1970, com o relato dos entrevistados.
Esperamos que esta publicação sirva de subsídio para reflexão sobre a evolução da gestão de
saúde da criança no nível Federal, desde a criação do Departamento Nacional da Criança, na
década de 1940 do século XX, até o final da primeira década do século XXI.
IntroduçãoDécada de 1950
6. Saúde da
Criança 9
A Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, tal como se apresenta hoje, foi
assim denominada em 1998, mas sua história vem sendo construída há décadas, passando
por uma série de mudanças de nomenclatura e gestão. Atualmente, a Área é subordinada ao
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), da Secretaria de Atenção à Saúde
(SAS), do Ministério da Saúde (MS).
Breve histórico sobre as origens da
Área Técnica de Saúde da Criança
e Aleitamento Materno
Décadas de 1930-1940
O primeiro programa estatal de proteção à maternidade, à infância e à adolescência de que se
tem notícia foi instituído durante o Estado Novo (1937/1945). As atividades desse programa
eram desenvolvidas pelo Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde
(MES), por intermédio da Divisão de Amparo à Maternidade e à Infância.
Em 1940, essas atividades foram delegadas ao Departamento Nacional da Criança (DNCr), cria-
Década de 1960
7. Saúde da
Criança 11
e) promover a cooperação da União com as instituições de caráter privado, mediante a
concessão da subvenção federal destinada à manutenção e ao desenvolvimento dos seus
serviços de proteção à maternidade, à infância e à adolescência;
f) fiscalizar, em todo o país, a realização das atividades que tenham por objetivo a proteção
à maternidade, à infância e à adolescência.
O Departamento tinha como foco: Programa Alimentar, Programa Educativo, Programa de For-
mação de Pessoal e Programa de Imunização. Também prestava assistência técnica e financeira
aos estados e municípios e contava com o apoio do Instituto Fernandes Figueira e do Centro de
Orientação Juvenil. Assim, o DNCr coordenou a assistência materno-infantil no Brasil até o ano
de 1969, desenvolvendo atividades dirigidas à infância, à maternidade e à adolescência, com o
objetivo de normatizar o atendimento à dupla mãe-filho e combater a mortalidade infantil.
Décadas de 1950-1970
Com o desmembramento do Ministério da Edu-
cação e Saúde, foi instituído, em 25 de julho de
1953, o Ministério da Saúde, que incorporou e
assumiu as ações até então de responsabilidade
do DNCr.
Com a extinção do DNCr, em 1969, foi criada,
em 1970, a Coordenação de Proteção Materno-
Infantil (CPMI). Essa coordenação era vinculada
do pelo presidente Getúlio Vargas com a assinatura do Decreto-Lei nº 2.024, de 17 de fevereiro.
O documento estabelecia as orientações para a implantação, nas esferas estadual e municipal,
de serviços públicos e privados de proteção a esses grupos populacionais, e delegava ao DNCr
as atribuições assim descritas no Decreto-Lei:
a) realizar inquéritos e estudos relativamente à situação, em que se encontra, em todo o
país, o problema social da maternidade, da infância e da adolescência;
b) divulgar todas as modalidades de conhecimentos destinados a orientar a opinião pú-
blica sobre o problema da proteção à maternidade, à infância e à adolescência, já para
o objetivo da formação de uma viva consciência social da necessidade dessa proteção,
já para o fim de dar aos que tenham, por qualquer
forma, o mister de tratar da maternidade ou de cui-
dar da infância e da adolescência os convenientes
ensinamentos desses assuntos;
c) estimular e orientar a organização de estabele-
cimentos estaduais, municipais e particulares des-
tinados à proteção à maternidade, à infância e à
adolescência;
d) promover a cooperação da União com os estados,
o Distrito Federal e o Território do Acre, mediante a
concessão do auxilio federal para a realização de
serviços destinados à proteção à maternidade, à
infância e à adolescência;
10
8. 12 70
anos
Saúde da
Criança 13
Décadas de 1980-1990
Em 1983, o Ministério da Saúde, por meio
da DINSAMI, elaborou o Programa de As-
sistência Integral à Saúde da Mulher e da
Criança (PAISMC). O objetivo era melho-
rar as condições de saúde da mulher e da
criança, incrementando a cobertura e a ca-
pacidade resolutiva da rede pública de ser-
viços de saúde.
No ano seguinte, o PAISMC deu lugar a dois programas específicos para a saúde da mulher e
da criança, que funcionavam de forma integrada: Programa de Assistência Integral à Saúde da
Mulher (PAISM) e Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC). Ambos surgiram
como resposta do setor saúde aos agravos mais frequentes desse grande grupo populacional,
e seus principais objetivos eram diminuir a morbimortalidade infantil e materna e alcançar me-
lhores condições de saúde por meio do aumento da cobertura e da capacidade resolutiva dos
serviços, conforme preconiza a Constituição Federal e o Sistema Único de Saúde (SUS).
As principais ações relativas ao PAISM e PAISC podem assim ser resumidas:
PAISM: assistência pré-natal; prevenção da mortalidade materna; doenças sexualmente trans-
missíveis; assistência ao parto e puerpério; planejamento familiar; controle do câncer ginecoló-
gico e mamário; promoção ao parto normal.
à Secretaria de Assistência Médica e tinha como atribuição planejar, orientar, coordenar, con-
trolar, auxiliar e fiscalizar as atividades de proteção à maternidade, à infância e à adolescência,
conforme Decreto nº 66.623, de 22 de maio de 1970.
Em 1975, foi criado o Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil, cujo propósito era contri-
buir para a redução da morbidade e da mortalidade da mulher e da criança. O programa objeti-
vava concentrar recursos financeiros, preparar a infraestrutura de saúde, melhorar a qualidade
da informação, estimular o aleitamento materno, garantir suplementação alimentar para a pre-
venção da desnutrição materna e infantil, ampliar e melhorar a qualidade das ações dirigidas
à mulher durante a gestação, o parto e o puerpério, e à criança menor de 5 anos. Entre suas
diretrizes básicas destacou-se o aumento da cobertura de atendimento à mulher, à criança e,
consequentemente, a melhoria da saúde materno-infantil.
O Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil compreendia seis subprogramas: Assistência
Materna; Assistência à Criança e ao Adolescente; Expansão da Assistência Materno-Infantil;
Suplementação Alimentar por meio do Programa de Nutrição em Saúde do Instituto Nacional
de Alimentação e Nutrição (PNS/INAN); Educação para a Saúde; e Capacitação de Recursos
Humanos.
Em 1976, a Coordenação de Proteção Materno-Infantil passou a chamar-se Divisão Nacional de
Saúde Materno-Infantil (DINSAMI). Vinculada à Secretaria Nacional de Programas Especiais de
Saúde, a DINSAMI se tornou o órgão responsável, no nível central, pela assistência à mulher, à
criança e ao adolescente.
9. 14 70
anos
Saúde da
Criança 15
A Figura 1, por meio de uma linha do tempo, apresenta os diversos setores e programas pelos
quais foram desenvolvidas as políticas públicas de atenção à saúde da criança ao longo de
70 anos.
Figura 1. Linha do tempo da gestão de saúde da criança no Brasil
LEGENDA
DNRC: Departamento Nacional da Criança
CPMI: Coordenação de Proteção Materno-Infantil
DINSAMI: Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil
PAISMC: Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança
PAISM: Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PAISC: Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança
CORSAMI: Coordenação de Saúde Materno-Infantil
ATSCAM: Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
PAISC: crescimento e desenvolvimento; controle das diarreias e desidratação; controle das infec-
ções respiratórias agudas (IRA); prevenção e manejo do recém-nascido de baixo peso; preven-
ção de acidentes e intoxicações; assistência ao recém-nascido.
Em 1990, a DINSAMI passou a ser denominada Coordenação de Saúde Materno-Infantil (COR-
SAMI), que tinha como competência a normatização da assistência à saúde da mulher e da
criança, em nível nacional, a ser desenvolvida pelas diversas instâncias do Sistema Único de
Saúde (SUS). O objetivo era garantir as condições favoráveis à reprodução sadia e ao crescimen-
to e desenvolvimento do ser humano. Tal assistência compreendia ações de caráter promocio-
nal, preventivo, recuperador e reabilitador desses grupos.
A CORSAMI era subordinada ao Departamento de Assistência e Promoção à Saúde (DAPS) da
Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério, e estavam hierarquicamente ligados a ela dois
serviços de atenção a esses grupos populacionais: Serviços de Assistência à Saúde da Mulher
e Serviço de Assistência à Saúde da Criança.
Em 1996, a CORSAMI foi extinta por meio da Portaria nº 2.179, de 1º de novembro, dando lugar
à Coordenação de Saúde da Mulher e à Coordenação de Saúde da Criança e do Adolescente,
subordinadas à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.
Em 1998, as coordenações foram substituídas pelas atuais Áreas Técnicas de Saúde da Mulher,
Saúde da Criança e Saúde do Adolescente e do Jovem. Neste mesmo ano, o Programa Nacional
de Incentivo ao Aleitamento Materno (INAM) foi extinto, e suas ações incorporadas pela Área
Técnica de Saúde da Criança, que passou a designar-se “Área Técnica de Saúde da Criança e
Aleitamento Materno (ATSCAM)”.
10. Saúde da
Criança 17
O Quadro 1 lista as gestões e os gestores que estiveram à frente das políticas públicas dire-
cionadas à saúde da criança, no período de 1973 a 2010:
Quadro 1. Gestões e gestores da saúde da criança. Brasil, 1973–2010
Período Nome
Área responsável pela
saúde da criança
1973–1975 Dalva Coutinho Sayeg * CPMI
1975–1979 Cyro Coimbra de Resende
1975–1976 CPMI
1976–1979 DINSAMI
1979–1980 Manuel Carvalho Branco Neto + DINSAMI
1980–1981 Enrique Rivero Ortiz + DINSAMI
1981–1985 Ana Maria Segal Corrêa DINSAMI
1985–1988 Zuleica Portela Albuquerque DINSAMI
1989–1990 Antônio Marcio Junqueira Lisboa DINSAMI
1990–2003 Ana Goretti Kalume Maranhão
1990–1998 Serviço de Assistência
à Saúde da Criança/CORSAMI
1998–2003 ATSCAM
2003–2005 Alexia Luciana Ferreira ATSCAM
2005–2007 Ana Cecília Sucupira ATSCAM
2007–2010 Elsa Regina Justo Giugliani ATSCAM
Gestões e gestores
* Falecida após a entrevista + Falecidos
Década de 1970
11. 18 70
anos
Saúde da
Criança 19
A seguir, são apresentadas informações sobre as gestões e gestores de saúde da criança do
Ministério da Saúde, por ordem cronológica, obtidas a partir de questionários respondidos
pelos gestores.
Dalva Coutinho Sayeg
Período de gestão: 1973 – 1975.
Formação profissional: Médica pediatra e sanitarista.
Cargo ocupado: Coordenadora da Coordenação de Proteção Materno-Infantil (CPMI).
Ministros: Mário Machado de Lemos e Paulo de Almeida Machado.
Políticas desenvolvidas:
• Promoção do aleitamento materno.
• Prevenção de doenças infectocontagiosas.
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
• Promoção de creches locais com ênfase na saúde integral em menores de cinco anos.
Principais ações:
• Assinatura de convênios com os governos estaduais para implantação do Programa Nacional
de Saúde Materno-Infantil.
• Realização de seminários regionais com a participação de secretários de saúde e autoridades
locais.
• Formação de equipes com os técnicos da Coordenação de Proteção Materno-Infantil para
assessorar os estados.
Publicações:
• Programa de Saúde Materno-Infantil.
Instituições apoiadoras:
Legião Brasileira de Assistência (LBA); Fundação Cesp; Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP);
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Fundação Kellog.
Marcos da gestão:
• Realização de seminários regionais e implantação do Programa Materno-Infantil em todo o País.
• Estabelecimento de verbas específicas diferenciadas para repasse aos estados.
Episódio marcante: “Foram muitos momentos impactantes, mas é importante ressaltar que
o Ministro da Saúde esteve presente em todas as aberturas dos seminários. Fato inédito até
então!”.
Mensagem:
“Cuidar da criança é dever de todos para que se possa ter uma população com
cidadãos que vão dar continuidade ao desenvolvimento do país”.
Data de entrevista: 13/08/2009
Cyro Coimbra de Resende
Período de gestão: 1975 – 1979.
Formação profissional: Médico
Cargo ocupado:
•1975-1976: Coordenador da Coordenação de Proteção Materno-Infantil (CPMI).
•1976-1979: Diretor da Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (Dinsami).
Ministro: Paulo de Almeida Machado.
12. 20 70
anos
Saúde da
Criança 21
Políticas desenvolvidas:
• Promoção do aleitamento materno.
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
• Vacinação (imunização com esquemas básicos, por idade).
• Terapia de reidratação oral (TRO) – soro caseiro.
• Controle das infecções respiratórias agudas (IRA).
• Estímulo ao alojamento conjunto de mãe e bebê nas maternidades.
• Capacitação das equipes de saúde.
Principais ações:
• Divulgação do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil junto às Secretarias Estaduais
de Saúde.
• Divulgação do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil junto à Sociedade Brasileira de
Pediatria, Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Legião Brasileira de Assistência
(LBA), Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), OPAS e Unicef.
• Divulgação do programa em congressos nacionais, encontros regionais de saúde, universida-
des federais e estaduais de todo o Brasil.
• Divulgação do cartão da criança para acompanhar o crescimento.
• Vacinação iniciada na primeira semana de nascimento e complementada em anos posteriores
com o uso de esquemas vacinais aprovados.
• Apoio e incentivo financeiro a várias entidades instituídas e funcionando no controle e assis-
tência a crianças prematuras localizadas em Brasília, Goiânia, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, com acomodações de UTI ou CTI.
Publicações:
• BRASIL. Ministério da Saúde. Revisão do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil.
[Brasília, DF, 1997-].
• BRASIL. Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil. Normas para a
identificação e controle dos riscos reprodutivo, obstétrico e da infertilidade no Programa de
Saúde Materno-Infantil. Brasília, DF, 1978.
• BRASIL. Ministério da Saúde; BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Saúde da população
estudantil. Brasília, DF.
Instituições apoiadoras:
Universidades brasileiras (Unicamp-Campinas, UFRJ, UFCE, UFPE, UFBA, UFPR, UFRGS, UFGO);
Sociedade Brasileira de Pediatria (nacional e filiada do DF); Sociedade Brasileira de Ginecologia
e Obstetrícia (nacional e filiadas); Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Fundo das Na-
ções Unidas para a Infância (Unicef).
Marcos da gestão:
• Reuniões repetidas com as equipes especializadas das secretarias de saúde estaduais e mu-
nicipais.
• Contatos permanentes com setores afins de diversas universidades brasileiras.
• Entrosamento com a Sociedade Brasileira de Pediatria e com as chefias e filiadas da Socieda-
de Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
• Assessoria permanente da OPAS e Unicef.
• Contato permanente com a Legião Brasileira de Assistência (LBA).
Episódio marcante: Divulgação do Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil e sua implan-
tação em âmbito nacional.
Mensagem:
“Devemos apoiar e estimular o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A
melhor maneira de divulgar a existência dos serviços é a boa assistência prestada
à população”.
Data da entrevista: 16/07/2010
13. 22 70
anos
Saúde da
Criança 23
Ana Maria Segal Corrêa
Período de gestão: 1981 – 1985.
Formação profissional: Médica sanitarista e epidemiologista.
Cargo ocupado: Diretora da Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (DINSAMI).
Ministro: Waldyr Arcoverde.
Políticas desenvolvidas:
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança que incluía acompanhamento
do crescimento e desenvolvimento, controle de doenças diarreicas/hidratação oral, promoção
do aleitamento materno, controle de infecções respiratórias e imunização, desenvolvidas em
parceria com outras secretarias do Ministério da Saúde.
Principais ações:
• Formulação das políticas correspondentes aos Programas de Assistência integral à Saúde da
Mulher e da Criança.
• Elaboração de projetos para busca de financiamento para insumos, materiais, transferência
de tecnologia para produção de sais de hidratação oral, compra de equipamentos para os la-
boratórios e para distribuição aos estados, produção de materiais gráficos, campanhas publi-
citárias, capacitação de profissionais, reuniões técnicas, supervisão nos estados e municípios,
contratação de consultorias, etc.
• Reuniões com especialistas para discussão de propostas assistenciais.
• Seminários regionais e estaduais para elaboração de projetos estaduais.
• Oficinas de capacitação de gestores e profissionais.
• Seminários de avaliação.
Publicações:
• Textos técnicos de descrição e lançamento dos programas e manuais técnicos correspondentes.
Instituições apoiadoras:
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Fundo das Nações Unidas
para Atividades de População (UNFPA).
Marcos da gestão:
• Integração das atividades resultantes da formulação do Paisc como modelo assistencial, dan-
do mais visibilidade às atividades, com o consequente reforço orçamentário por meio de proje-
tos, o que viabilizou um grande movimento nacional de promoção do aleitamento materno e do
controle de doenças diarreicas, abrangência nacional do programa de controle de diarreia, com
impacto populacional atestado pela redução das internações hospitalares por esta enfermidade.
Episódio marcante: “Um pesquisador internacional de renome perguntou a mim e a Neide Glo-
ria, certa vez em Washington, como nós, jovens e sem titulações universitárias, enfrentávamos
as resistências, especialmente do meio acadêmico. A pergunta tinha a ver com a grande resis-
tência do meio acadêmico para substituir os tratamentos convencionais da doença diarreica
centrados no médico pela hidratação oral, de aplicação inclusive por leigos. A resposta foi: com
o atrevimento próprio dos jovens. E foi com o atrevimento e certo grau de irreverência que foi
possível enfrentar os acadêmicos daquela época, ciosos de sua competência e primazia no cui-
dado à saúde e, também, os “controlistas” das políticas de população, que gostariam de manter
seu poder em relação às atividades de planejamento familiar”.
Mensagem:
“Gostaria de desejar muito sucesso à Dra. Elsa Giugliani e toda a sua equipe
técnica. Os tempos são outros e certamente os desafios continuam muito grandes,
há de ter muita perseverança para vencê-los”.
Data da entrevista: 3/8/2009
14. 24 70
anos
Saúde da
Criança 25
Zuleica Portela Albuquerque
Período de gestão: 1985 – 1988.
Formação profissional: Médica pediatra.
Cargo ocupado: Diretora da Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (Dinsami).
Ministros: Carlos Sant’Anna, Roberto Santos e Luiz Carlos Borges da Silveira.
Políticas desenvolvidas:
• Atenção Integrada à Saúde da Mulher e da Criança (Paismc), incluindo acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento, controle de doenças diarreicas e terapia de reidratação oral
(TRO), controle das infecções respiratórias agudas e apoio ao controle de doenças imunopreve-
níveis.
Principais ações:
• Formação do Comitê de Saúde Perinatal (com participação do Ministro da Saúde e do Presi-
dente do Centro Latino Americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano - Clap).
Publicações:
• Material Modulado de Capacitação para Multiplicadores do Programa de Atenção Integrada à
Saúde da Criança (Paisc).
• Manuais Técnicos sobre:
– Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento.
– Controle de Doenças Diarreicas Agudas.
– Controle de Infecções Respiratórias Agudas.
Instituições apoiadoras:
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps); Instituto de Medicina
Integral Professor Fernandes Figueira (Imip); Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Ce-
brap); Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); Conselho de Direitos da Mulher; Uni-
versidade de Brasília (UnB); Fundação Sesp (FSESP); CNPq; Organizações Feministas em São
Paulo, RJ e Recife; Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Centro Latino Americano de
Perinatologia e Desenvolvimento Humano (Clap).
Marcos da gestão:
• Consolidação das políticas da gestão anterior.
• Integração com o Inamps na produção de normas técnicas conjuntas da saúde da mulher e
da criança.
• Articulação com a Central de Medicamentos do MS (Ceme) para a retirada de medicamentos
comprovadamente sem efeito ou prejudiciais no tratamento da diarreia.
Episódio marcante: “Depoimento emocionado que recebi de um pediatra do interior do Ama-
zonas, durante um curso de capacitação de multiplicadores para o Paisc, no qual afirmava que
tinha 20 anos de formado trabalhando em serviço público de saúde no seu estado e que aquele
curso oferecido pelo Ministério da Saúde era o primeiro em que participava”.
Mensagem:
“A criança é o futuro da humanidade – cuidar bem dela é responsabilidade de todos:
governos, sociedade civil, comunidade e família”.
Data da entrevista: 16/7/2009
15. 26 70
anos
Saúde da
Criança 27
Antonio Marcio Junqueira Lisboa
Período de gestão: 1989 – 1990.
Formação profissional: Médico pediatra e neonatologista.
Cargo ocupado: Diretor da Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (Dinsami).
Ministro: Seigo Tsuzuki.
Políticas desenvolvidas:
• Políticas de saúde relativas à saúde da mulher, criança e do adolescente (Paism, Paisc e
Prosad).
• Assistência técnica a entidades públicas e privadas no campo da saúde da mulher, criança e
do adolescente.
• Acompanhamento, análise e divulgação das informações epidemiológicas pertinentes às áre-
as de saúde da mulher, criança e do adolescente.
Principais ações:
• Desenvolvimento do Paism, Paisc e do Programa de Assistência Integral à Saúde do Adoles-
cente (Prosad).
• Linha de ação normativa: revisão, elaboração, distribuição, apoio, implementação, atualiza-
ção e avaliação de normas.
• Desenvolvimento de recursos humanos: coordenação, formação, treinamentos, reciclagens,
educação continuada, supervisão e avaliação.
• Educação em saúde: conteúdos, apoio, protótipos, pré-testes, apoio difusão, apoio, adaptação
local e avaliação.
• Assistência técnica: planejamento e programação, áreas específicas, avaliação.
• Avaliação e acompanhamento de pesquisas: Sistema Integrado de Saúde (SIS), pesquisas,
inquéritos, áreas sentinelas, pesquisas bibliográficas, Avaliação e Reconhecimento de Aprendi-
zagem Prévia (Arap).
• Apoio logístico: aquisição e distribuição de suprimentos críticos ou essenciais e avaliação.
Publicações:
• Assistência Integral à Saúde da Criança – material instrucional.
• Assistência Integral à Saúde da Mulher – material instrucional.
• Módulo para o Programa de Saúde do Adolescente.
• Assistência Integral à Saúde da Criança – guia do monitor.
• Manual de Assistência Perinatal.
• Cartão da Criança.
Instituições apoiadoras:
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Fundo das Nações Unidas para a População
(Funuap); Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Banco Mundial; Ministério da Educa-
ção; Relações Exteriores; Secretarias Estaduais de Saúde; Faculdades de Medicina; Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) e filiadas; Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Fe-
brasgo) e filiadas; Pastoral da Criança; Academia Nacional de Medicina; Conselho Nacional
de Ciência e Tecnologia; Inam; Legião Brasileira de Assistência, Associações de Serviço (Lions,
Rotary Club); e Associações Profissionais e Populares.
Marcos da gestão:
• Reuniões estaduais para unificação e integração das ações da Área Materno-Infantil.
• Participação no Ministério da Criança.
• Parceria com os Comitês da Sociedade Brasileira de Pediatria.
16. 28 70
anos
Saúde da
Criança 29
Episódio marcante: “Em função de minhas atividades como coordenador da Dinsami, fui eleito
membro honorário da Academia Nacional de Medicina”.
Mensagem:
“É muito mais fácil construir crianças do que seguir tentando consertar adul-
tos”.
Data da entrevista: 10/7/2009
Ana Goretti Kalume Maranhão
Período de gestão: 1990 a 2003.
Formação profissional: Médica pediatra.
Cargo ocupado:
• 1990 – 1996 – Responsável pelo Serviço de Assistência à Saúde da Criança, subordinado à
Coordenação de Saúde Materno-Infantil (Corsami).
• 1996 – 1998 – Coordenadora de Saúde da Criança.
• 1998 – 2003 – Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
(ATSCAM).
Ministros: Alceni Guerra; José Goldemberg; Adib Jatene; Jamil Haddad; Saulo Pinto Moreira;
Henrique Santillo; José Carlos Seixas; Carlos César de Albuquerque; José Serra; Barjas Negri e
Humberto Costa.
Políticas desenvolvidas:
• Construção de parcerias com instituições não governamentais, sociedades científicas, Socie-
dade Brasileira de Pediatria, universidades e comunidade.
• Pactuação entre estados e municípios com o compromisso dos gestores de adotar uma agen-
da voltada para a sobrevivência infantil.
• Promoção do aleitamento materno.
• Acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança.
• Prevenção e controle das doenças diarreicas e das infecções respiratórias agudas.
• Prevenção de acidentes e violência na infância.
Principais ações:
• Projeto Carteiro Amigo.
• Projeto Bombeiros da Vida.
• Fortalecimento da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano.
• Implementação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
• Implementação da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI).
• Implementação da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo-Peso: Método Canguru.
• Projeto Biblioteca Viva.
• Campanha Nacional de Registro de Nascimento.
• Instituição da Semana Mundial da Amamentação.
• I Pesquisa Nacional de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e no DF.
Publicações:
• Assistência perinatal e neonatal no Brasil: um desafio para o serviço de saúde. Tema/Radis,
Rio de Janeiro, n. 17, fev.1999.
• ARROS, F. C. et al. Management of childhood diarrhoea at the household level: a population-ba-
sed survey in North-East Brazil. Bulletin of the World Health Organization, Genebra, v. 69, n. 1,
p. 59–65, 1991. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2393218/>.
Acesso em: 26 nov. 2010.
17. 30 70
anos
Saúde da
Criança 31
• BRASIL. Ministério da Saúde. A monitorização da saúde da criança em situação de risco e o
município. Brasília, DF, 1998.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-
peso: método mãe canguru. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://www.metodomaecangu-
ru.org.br/manual.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Projetos Especiais de Saúde. Metas da Cúpula
Mundial em Favor da Infância: avaliação de meia década: 1990-1995. Brasília, DF, 1997.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desen-
volvimento infantil. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/crescimento_desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Norma brasileira de comercialização de: alimentos para lacten-
tes e crianças de primeira infância, bicos, chupetas e mamadeiras. Brasília, DF. Disponível em:
<www.aleitamento.com/upload%5Carquivos%5Carquivo1_203.pdf>. Acesso em: 26 Nov. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Materno-Infantil. Manual de promoção do aleita-
mento materno: normas técnicas. Brasília, DF, 1997.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Ações básicas
de saúde e desenvolvimento da criança: texto de apoio ao trabalho do instrutor supervisor na
capacitação do agente comunitário de saúde. Brasília, DF, 1994.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde Ma-
terno-Infantil. Assistência e controle das doenças diarreicas. Brasília, DF, 1993.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Manual de normas para
controle e assistência das infecções respiratórias agudas. 3. ed. Brasília, DF, 1993.
• INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. O município nas ações de saúde e
saneamento. Rio de Janeiro: IBAM/Unicef, 1992. 100 p. (Saúde e Município).
• Informes sobre a Saúde da Criança (Informe Saúde Especial nº 30, 42, 49 e 50 do Ministério
da Saúde).
• Módulos de Capacitação da IHAC.
• Módulos de Atenção às Doenças Prevalentes na Infância.
• Cartão da Criança (quatro versões).
Instituições apoiadoras:
Organização Mundial da Saúde (OMS); Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef); CITYBANC; Unesco; Organização Internacional do
Trabalho (OIT); Ministério da Educação; Ministério da Justiça; Casa Civil; Ministério do Trabalho;
Anvisa; Instituto Fernandes Figueira (Fiocruz); CONANDA; Comunidade Solidária; Ministério Pú-
blico; Universidades Federais (USP, UFRJ, UFMG, UFPI, UFPE); IMIP; Abrinq; Instituto da Crian-
ça; Fundação Orsa; BNDES; Correios e Telégrafos; Corporação do Corpo de Bombeiros; Nestlé;
Abrapur; Sociedade Brasileira de Pediatria; Pastoral da Criança; Conselho Federal de Nutrição;
Organização Doutores da Criança; IBFAN; Amigas do Peito; Instituto de Saúde São Paulo; Centro
de Lactação de Santos; Hospital Albert Sabin (CE); entre outras.
Marcos da gestão:
• Apoio por parte dos dirigentes do Ministério da Saúde na implantação dos programas e ações,
com especial ênfase para os ministros Adib Jatene, José Serra e Jarbas Negri, do Secretário João
Yunes e da Coordenadora do Programa Materno-Infantil, Josenilda Caldeira Brant.
• Parcerias, inclusive com obtenção de prêmios nacionais e internacionais.
Episódio marcante: “A emoção de receber os prêmios pelas ações desenvolvidas pela minha
equipe, de participar de iniciativas que humanizaram a permanência das crianças hospitaliza-
das, como o “Projeto Biblioteca Viva”; participar junto com os carteiros e bombeiros do senti-
mento de responsabilidade social compartilhada e do orgulho que tinham de poder ser também
agente de mudança; ter sido homenageada pelo Hospital Pediátrico Albert Sabim da SES/CE,
com a inauguração do Centro de Referência da Saúde da Criança para a região Nordeste “Ana
Goretti Kalume Maranhão” em dezembro de 2002; ter sido agraciada com a Medalha da Ordem
do Mérito Médico, concedida pelo Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso em
18. 32 70
anos
Saúde da
Criança 33
dezembro de 2002; participar de ações que comprovadamente reduziram as mortes infantis;
conhecer pessoas em todo o Brasil que sabiam muito e me ensinaram muito; voar em um heli-
cóptero com porta amarrada com barbante na época da cólera, em plena tempestade, no inte-
rior do Ceará; dormir em hotéis pouco recomendados, ser vigiada pelo porteiro, em Manaus, nos
treinamentos que fazíamos do Paisc e muitos outros.
Mensagem:
“Os esforços desenvolvidos, durante a década de 1990, estiveram mais voltados para
o combate das doenças infecciosas e da desnutrição, obtendo-se, assim, maior re-
dução da mortalidade no período pós-neonatal. A mortalidade por causas perinatais
representa, hoje, o principal contingente das mortes no primeiro ano de vida. Esse
novo perfil da mortalidade infantil no Brasil implica em priorizar as ações multis-
setoriais dirigidas à melhoria das condições de vida e de saúde das mulheres (pré-
natal, parto e nascimento). Portanto, o trabalho conjunto entre essas duas áreas
é fundamental para o sucesso das políticas de saúde voltadas para a criança”.
Data da entrevista: 10/7/2009
Alexia Luciana Ferreira
Período de gestão: 2003 – 2005.
Formação profissional: Psicóloga.
Cargo ocupado: Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
(ATSCAM).
Ministro: Humberto Costa.
Políticas desenvolvidas:
• Humanização e integralidade da atenção.
• Organização da assistência integral ao recém-nascido desde o pré-natal e após alta da mater-
nidade.
• Promoção do crescimento e desenvolvimento saudáveis.
• Estímulo ao aleitamento materno.
• Desenvolvimento de linhas de cuidado para atenção às doenças prevalentes na infância.
• Prevenção de acidentes na infância.
• Implantação de comitês de mortalidade infantil.
Principais ações:
• Lançamento da agenda como diretriz para a organização da atenção à criança.
• Elaboração da Caderneta de Saúde da Criança para crianças até 10 anos e distribuição de 3,5
milhões de cadernetas para todas as crianças nascidas no Brasil, a cada ano, na rede pública
e privada.
• Assinatura de termo de compromisso com as entidades que representam operadoras e pres-
tadores de serviços privados para adoção da Caderneta de Saúde da Criança.
• Regulamentação e primeira edição do Prêmio Fernandes Figueira.
• Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
• Expansão da Rede de Bancos de Leite Humano.
• Congresso Internacional de Bancos de Leite Humano e Aleitamento Materno.
• Seminário Nacional de Urgência Pediátrica.
• Estudos de Avaliação do Método Canguru.
Publicações:
• BRASIL. Ministério da Saúde. Agenda de compromissos com a saúde integral da criança e
19. 34 70
anos
Saúde da
Criança 35
a redução da mortalidade infantil. Brasília, DF, 2004. Disponível em: <http://portal.saude.gov.
br/portal/arquivos/pdf/agendacomprocrianca.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos comitês de prevenção do óbito infan-
til e fetal. Brasília, DF, 2004. Disponível em: <http://abenfo.redesindical.com.br/arqs/
outros/03052010/20050138M.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual para utilização da caderneta de saúde da criança. Bra-
sília, DF, 2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual%200902.
pdf>. Acesso em: 22 dez. 2010.
• Caderneta de Saúde da Criança (até 10 anos de idade).
Instituições apoiadoras:
Sociedade Brasileira de Pediatria; Associação Brasileira de Enfermagem; Conselho Nacional de
Direitos da Criança – Conanda; Organização Pan-Americana de Saúde OPAS/OMS e em especial
o Centro Latino-Americano de Perinatologia – Clap; Unicef; Instituto Materno-Infantil de Pernam-
buco – Imip; Coordenações de Saúde da Criança das Secretarias Municipais e Estaduais de
Saúde; Escola Nacional de Saúde Pública ENSP/Fiocruz; Universidade Federal de Minas Gerais;
Universidade Federal de Pelotas; Universidade Federal do Ceará; Universidade de São Paulo;
BNDES, entre outras.
Marcos da gestão:
• Coletivização de toda a produção técnica, com a participação de grandes especialistas do país.
• Orientação à gestão da atenção integral buscando romper com a desarticulação dos projetos
e programas.
• Disponibilização efetiva da Caderneta de Saúde da Criança para os serviços públicos e privados.
Episódio marcante: O lançamento da Caderneta foi manchete do Jornal Hoje e do Jornal Na-
cional, enchendo a equipe de alegria; o seminário de Urgência Pediátrica reuniu duzentos pro-
fissionais do SAMU de todo o Brasil para discutir com os especialistas a atenção às principais
urgências e treinou estes profissionais; pessoalmente, toda esta história foi atravessada pelo
nascimento de minha filha Lara, que teve o privilégio de permanecer em minha sala de trabalho
dos 3 aos 10 meses sendo amamentada, cuidada por uma babá e por toda a equipe de saúde
da criança, conhecida por todo o Ministério e por todo o país.
Mensagem:
“O desafio de garantir a saúde integral da criança e a redução da mortalidade
infantil exige a capacidade de garantir a prioridade política e a articulação das
ações em todos os níveis de atenção, “costurando” a linha de cuidado da atenção
à saúde da criança como direito de cidadania”.
Data da entrevista: 15/7/2009
Ana Cecília Sucupira
Período de gestão: 2005 – 2007.
Formação profissional: Médica pediatra.
Cargo ocupado: Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
(ATSCAM).
Ministros: Saraiva Felipe, José Agenor Silva e José Gomes Temporão.
Políticas desenvolvidas:
• Pacto pela Saúde com o componente Pacto pela Vida, com prioridade para a redução da mor-
talidade infantil.
20. 36 70
anos
Saúde da
Criança 37
• Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
• O compromisso do Brasil com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM.
• Política Nacional de Humanização da Assistência Obstétrica e Neonatal.
• Pacto um Mundo para a Criança e o Adolescente no Semiárido.
Principais ações:
• Criação da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal.
• I Seminário para Elaboração da Política Nacional de Aleitamento Materno.
• Revisão da Portaria que normatiza o credenciamento e o sistema de reavaliação dos hospitais
da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
• Fixação da data de realização no Brasil da Semana Mundial da Amamentação de acordo com
o calendário internacional.
• Proposta de criação da Iniciativa Unidade Básica Amiga do Aleitamento Materno – IUBAAM.
• Semana Mundial da Amamentação.
• Dia Nacional de Doação de Leite Humano.
• Prêmio Bibi Vogel.
• Criação e implantação do Comitê Nacional de Aleitamento Materno.
• Projeto de Investigação sobre os Comitês de Prevenção do Óbito Fetal e Infantil.
• 1ª Mostra Nacional de Saúde da Criança.
• Seminário de lançamento no Brasil das curvas de crescimento da OMS.
• Kit Família Brasileira Fortalecida.
• Seminários de Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada Baseada em Evidências Científicas
nos estados brasileiros para implantação da Política Nacional de Humanização da Assistência
Obstétrica e Neonatal.
• Aprovação da nova fórmula para a solução de reidratação oral.
• Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança.
• Reestruturação do Centro de Referência de Saúde da Criança da região Norte.
• Cursos de capacitação em Reanimação Neonatal.
• Chamada Nutricional da Região Norte.
•Elaboração da nova Caderneta de Saúde da Criança.
Publicações:
• BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da criança: passaporte da cidadania. 3.
ed. Brasília, DF, 2007. Disponível em: <http://www.soperj.org.br/download/cadernetasaudeda-
criancatodos.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2010.
• KIT família brasileira fortalecida. Elaborado em parceria com o Unicef. Disponível em: <http://
www.unicef.org/brazil/pt/resources10178.htm>. Acesso em: 22 dez. 2010.
• CONVERSANDO sobre saúde com crianças. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, 2007.
80 p. (Série ciência hoje na escola, v. 14). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&task=doc_download&gid=1859&Itemid>. Acesso em: 22 dez. 2010.
Instituições apoiadoras:
OPAS, Unicef, OMS, Conasems, Conass, Faculdade de Medicina da USP, SBP, IMIP, Instituto Fer-
nandes Figueira, Fiocruz, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, Escola de
Saúde Pública do Ceará, secretarias estaduais e municipais de saúde, destacando os estados
do Ceará, Maranhão, Pernambuco, Amazonas, Pará, Piauí, Bahia, Acre, Paraná e Santa Catarina,
entre outros, e municípios como Sobral, Fortaleza, Aquiraz, entre outros.
Marcos da gestão:
• Lançamento da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal.
• Lançamento da nova Caderneta de Saúde da Criança.
• 1ª Mostra Nacional de Saúde da Criança.
21. 38 70
anos
Saúde da
Criança 39
Mensagem:
“A redução da mortalidade infantil tem permitido às crianças vivenciar novas ex-
periências ao longo da infância. É preciso pensar, também, em políticas de saúde
que garantam qualidade de vida para essas crianças, com foco nas ações que lhes
permitam realizar seu potencial de desenvolvimento, tais como políticas de redu-
ção da violência contra crianças, de alimentação saudável, de ações de saúde para
a criança em idade escolar, atividades esportivas e de lazer, entre outras. Isso
implica em ações intersetoriais mobilizando os diferentes setores do governo e da
sociedade civil”.
Data da entrevista: 27/9/2010
Elsa Regina Justo Giugliani
Período de gestão: 2007 – 2010.
Formação profissional: Médica pediatra.
Cargo ocupado: Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
(ATSCAM).
Ministro: José Gomes Temporão.
Políticas desenvolvidas:
Foram priorizadas quatro linhas de cuidado:
• Incentivo e Qualificação do Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento.
• Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno.
• Atenção à Saúde do Recém Nascido.
• Prevenção de Violências e Promoção da Cultura de Paz.
Principais ações:
• Revisão e atualização da Caderneta de Saúde da Criança, individualizada por sexo.
• Participação na Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis.
• Elaboração do documento da Política Brasileira de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento
Materno.
• Idealização e implementação da Rede Amamenta Brasil.
• Pesquisa de avaliação da implantação da Rede Amamenta Brasil.
• Realização dos II e III Seminários Nacionais de Políticas Públicas em Aleitamento Materno.
• Ampliação e fortalecimento da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.
• Ampliação e fortalecimento da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano.
• Ampliação e fortalecimento do Método Canguru.
• Realização da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno.
• Coordenação das Semanas Mundiais de Aleitamento Materno.
• Elaboração das Normas Técnicas para as Salas de Apoio à Amamentação, em parceria com
a Anvisa.
• Lançamento da campanha para instalação de salas de apoio à amamentação nos locais de
trabalho das mulheres.
• Inauguração da Sala de Apoio à Amamentação para as funcionárias do Ministério da Saúde.
• Participação no Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
• Participação ativa no Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia
Legal.
• Participação ativa no Plano de Qualificação da Atenção em Maternidades e Rede Perinatal no
Nordeste e Amazônia Legal.
• Capacitação de médicos e enfermeiros em reanimação neonatal, em parceria com a SBP.
• Projeto de capacitação de parteiras, em parceria com a Área Técnica de Saúde da Mulher do
Ministério da Saúde e ONG Curumin.
22. 40 70
anos
Saúde da
Criança 41
• Inclusão de maternidades de todo o Brasil na Rede de Informação Neonatal/Fiocruz.
• Capacitação de profissionais do Nordeste e Amazônia Legal em AIDPI Neonatal.
• Adoção da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e
suas Famílias em Situação de Violência.
• Articulação de redes para a atenção integral à criança, adolescente e a suas famílias em situ-
ação de violência.
Publicações:
• BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da criança. 6. ed. Brasília, DF, 2009. Re-
visada e nas versões menino e menina. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/sau-
de/visualizar_text o.cfm?idtxt=29889&janela=1>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA; ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Iniciati-
va Hospital Amigo da Criança: revista, atualizada e ampliada para o cuidado integral. Brasília:
Ministério da Saúde, 2008. cinco módulos.
– Módulo 1 – Histórico e Implementação. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/iniciativa_hospital_amigo_crianca_modulo1.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
– Módulo 2 – Fortalecendo e Sustentando a Iniciativa Hospital Amigo da Criança: um Curso
para Gestores. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/iniciativa_hospi-
tal_amigo_crianca_modulo2.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
– Módulo 3 – Promovendo e Incentivando a Amamentação em um Hospital Amigo da Criança:
Curso de 20 horas para Equipes de Maternidade. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/iniciativa_hospital_amigo_crianca_modulo3.pdf>. Acesso em: 17 dez.
2010.
– Módulo 4 – Autoavaliação e monitoramento do hospital. Disponível em: <http://bvsms.sau-
de.gov.br/bvs/publicacoes/iniciativa_hospital_amigo_crianca_modulo4.pdf>. Acesso em: 17
dez. 2010.
– Modulo 5 – Avaliação e reavaliação externa. Indisponível na web por se tratar de conteúdo
restrito.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Amamenta Brasil: caderno do tutor. Brasília, DF, 2009.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rede_amamenta_brasil_cader-
no_tutor.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição Infantil: aleitamento materno e ali-
mentação complementar. Brasília, DF, 2009. (Cadernos de atenção básica, n. 23). Disponível
em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimen-
tacao.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias.
2. ed. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ama-
mentacao_uso_medicamentos_2ed.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. A legislação e o marketing de produtos que interferem na ama-
mentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/legislacao_marketing_produtos_amamentacao.pdf>. Acesso
em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capi-
tais Brasileiras e no Distrito Federal. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/pesquisa_prevalencia_aleitamento_materno.pdf>. Acesso em: 17 dez.
2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nos Muni-
cípios Brasileiros. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/pesquisa_aleitamento_municipios_brasileiros.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do Comitê de
Prevenção do Óbito Infantil e Fetal. 2. ed. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_obito_infantil_fetal_2ed.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
23. 42 70
anos
Saúde da
Criança 43
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de orientações sobre o transporte neonatal. Brasília,
DF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_orientacoes_
transporte_neonatal.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças,
adolescentes e suas famílias em situação de violência: orientação para gestores e profissio-
nais de saúde. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco-
es/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
Cartilhas
• BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha para a mãe trabalhadora que amamenta. Brasília, DF,
2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mae_trabalhado-
ra_amamenta.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Impacto da violência na saúde das crianças e adolescentes:
prevenção de violências e promoção da cultura de paz. Brasília, DF, 2010. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/impacto_violencia_saude_criancas_adolescen-
tes.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: materiais informativos. [Brasília, DF, 2007?].
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_materiais_info-
mativos.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
Folders
• BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Amamenta Brasil. Brasília, DF, 2009. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/rede_amamenta_brasil.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Apoio à mulher trabalhadora para manter a amamentação.
Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/apoio_mulher_
trabalhadora_amamentacao.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Nada mais natural que amamentar: nada mais importante que
apoiar. Brasília, DF, 2008. Semana Mundial da Amamentação 2008. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/folder/nada_mais_natural_amamentar_2008.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Amamentação em todos os momentos: mais saúde, cari-
nho e proteção. Brasília, DF, 2009. [Semana Mundial da Amamentação 2009]. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/semana_mundial_amamentacao_2009.pdf>. Acesso
em: 17/12/2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Amamente: dê ao seu filho o que há de melhor. Brasília, DF,
2010. Semana Mundial da Amamentação 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/
portal/saude/area.cfm?id_area=1700>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Para você é leite, para a criança é vida. Brasília, DF, 2007. [Dia
Nacional de Doação de Leite Humano 2007]. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/redeblh/
media/folderdoacao2007.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Para você é leite, para a criança é vida. Brasília, DF, 2008. [Dia
Nacional de Doação de Leite Humano 2008]. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
folder/para_voce_leite_crinca_vida.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2010.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Para você é leite, para a criança é vida. Brasília, DF, 2009. Dia
Nacional de Doação de Leite Humano 2009. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/por-
tal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspdetalhecampanha&co_seq_campanha=3545>.
Acesso em: 20 dez. 2010.
Vídeos
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
PEDIATRIA. Amamentação: muito mais do que alimentar a criança. [S.l.: s.n., 200-]. 1 DVD (22
min), color. Em português e espanhol.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Sala de Apoio à Amamentação. [S.l.: s.n., 200-].
24. 44 70
anos
Saúde da
Criança 45
• BRASIL. Ministério da Saúde. Iniciativa Hospital Amigo da Criança. [S.l.: s.n., 200-]. Em por-
tuguês e inglês.
Capítulos de livro
• FRIAS, P.G.; MULLACHERY, P.H.; GIUGLIANI, E.R.J. Políticas de saúde direcionadas às crianças
brasileiras: breve histórico com enfoque na oferta de serviços de saúde. In: BRASIL. Ministério
da Saúde. Saúde Brasil 2008: 20 Anos de Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: <http://www.rededepesquisaaps.org.br/UserFiles/
File/biblioteca/saude_brasil_2008_web_20_11.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2010.
• GIUGLIANI, E.R.J. As políticas de saúde para a criança no Brasil. In: FIGUEIRA, Fernando. Pe-
diatria. 4ª ed. Rio de Janeiro: Medbooks, 2011.
• ESPÍRITO SANTO, L.C. Formulação e implementação de políticas públicas de promoção, pro-
teção e apoio à amamentação no Brasil. In: PROENF: saúde materna e neonatal: Programa
de Atualização em Enfermagem. Porto Alegre: Artmed/Pan-americana, 2009. p. 9–38. ABEn/
ABENFO.
• ESPÍRITO SANTO, L.C. Políticas públicas em aleitamento materno. In: CARVALHO, M.R.; TAVA-
RES, L.A. Amamentação: bases científicas. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
Artigos
• BARROS, F.C.; MATIJASEVICH, A.; GIUGLIANI, E.R.J. et al. Recent trends in maternal, newborn,
and child health in Brazil: progress toward Millennium Development Goals 4 and 5. American
Journal of Public Health, Washington, DC, v. 100, n. 10, p. 1877-–889, 2010.
•SOUZA,C.B.;ESPÍRITOSANTO,L.C.;GIUGLIANI,E.R.J.Politiquepubliquedesoutienàl’allaitement
maternel: l’expérience du Brésil. La Santé de L´Homme, [S.l.], n. 408, p. 34–36, 2010.
• VENANCIO S.I.; ESCUDER, M.M.L; SALDIVA, S.R.D.M.; GIUGLIANI, E.R.J. Breastfeeding practice
in the Brazilian capital cities and the Federal District: current status and advances. Jornal de
Pediatria, Rio de Janeiro, v. 86, n 4, p. 317–324, 2010.
Outras
• BRASIL. Ministério da Saúde; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Nota téc-
nica conjunta nº01/2010 ANVISA e Ministério da Saúde: sala de apoio à amamentação em
empresas. Anexo da PORTARIA Nº 193, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/prt0193_23_02_2010.html>. Acesso em:
20 dez. 2010.
Publicações em andamento
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método
Canguru: manual técnico. No prelo.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: Método
Canguru: caderno do tutor. No prelo.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Livro da parteira. Publicação em conjunto com a Área Técnica
de Saúde da Mulher e Grupo Curumim. No prelo.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Trabalhando com parteiras tradicionais: caderno do facilitador.
No prelo.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais
de saúde. 4 v. No prelo.
Volume 1 – Cuidados Gerais.
Volume 2 – Intervenções Comuns, Icterícia e Infecções.
Volume 3 – Cuidados com os Recém-Nascidos com Problemas Respiratórios, Cardiocirculató-
rios, Metabólicos, Neurológicos, Ortopédicos e Dermatológicos.
Volume 4 – Cuidados com o Recém-Nascido Pré-Termo.
• CHAPARRO, C.M.; LUTTER, C. Além da sobrevivência: práticas integradas de atenção ao parto,
benéficas para a nutrição e a saúde de mães e crianças. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011.
No prelo.
25. 46 70
anos
Saúde da
Criança 47
• VENANCIO S.I.; ESCUDER, M.M.L; SALDIVA, S.R.D.M.; GIUGLIANI, E.R.J. The Baby-Friendly Hos-
pital Iniciative: effects on breastfeeding indicators in Brazil.
Instituições apoiadoras:
Secretarias estaduais e municipais de saúde; Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Funda-
ção Oswaldo Cruz (Fiocruz); Instituto Fernandes Figueiras (IFF); Fundo das Nações Unidas para
a Infância (Unicef); Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS); Instituo de Medicina Integral
Fernando Figueira (Imip); Universidade Federal do Ceará; Universidade Federal do Maranhão;
Universidade de São Paulo-Ribeirão Preto; Universidade Estadual de Londrina; Escola Nacional
de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); Pastoral da Criança; Anvisa; Instituto de Saúde – SES-SP;
IBFAN; Centro de Lactação de Santos; entre outros.
Marcos da gestão:
• Idealização e Implementação da Rede Amamenta Brasil.
• Elaboração do documento sobre a Política Brasileira de Promoção, Proteção e Apoio ao Alei-
tamento Materno.
• Criação da Rede Ibero-Americana de Bancos de Leite Humano.
• Iniciativa Hospital Amigo da Criança implantada em todos os estados da Federação.
• Elaboração da Norma Técnica para as Salas de Apoio à Amamentação.
• Realização da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno e sua Repercussão.
• Criação da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e
suas Famílias em Situação de Violência.
• Plano de Qualificação da Atenção em Maternidades e Rede Perinatal no Nordeste e Amazônia
Legal.
• Elaboração e disponibilização da obra “Atenção à Saúde do Recém-Nascido: Guia para os
Profissionais de Saúde”.
• Atuação do Comitê Nacional de Aleitamento Materno, não apenas assessorando, mas tam-
bém ajudando na implementação da política de promoção, proteção e apoio ao aleitamento
materno.
• Gestão do orçamento: pautada em grandes projetos em parceria com instituições de apoio.
Episódio marcante:
Foram muitos os episódios marcantes, começando pela indicação, totalmente inesperada, para
coordenar a Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno e o movimento nacio-
nal, liderado pela SBP, para que a indicação se concretizasse. O carinho e o acolhimento das
pessoas nas incontáveis viagens. A espera de seis horas na estrada para que as águas do rio
baixassem para que pudéssemos seguir para Uimaritã – RR, para a felicidade dos mosquitos.
Participação nas “caravanas do Ministério da Saúde” aos 17 estados incluídos no Pacto pela
Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal. A entrega dos certificados da
Rede Amamenta Brasil para as primeiras unidades básicas de saúde em Corumbá-MS. Ter sido
escolhida a “madrinha” da Rede Amamenta de Peruíbe-SP. A entrega da placa de Hospital Amigo
da Criança ao Hospital Maternidade Mãe Esperança, em Porto Velho-RO, garantindo que todos
os estados da Federação tenham Hospitais Amigo da Criança. E muitos outros...
Mensagem:
“O cargo de coordenadora da Área é temporário, se vai... mas a experiência e,
sobretudo, as pessoas por este Brasil afora, com quem compartilhei as alegrias e
frustrações na caminhada em busca da melhoria da saúde da criança brasileira –
estas não vão embora, vão ficar para sempre”.
Data da entrevista: 17/12/2010
26. Saúde da
Criança 49
Atualmente, a ATSCAM é o setor do Ministério da Saúde (MS) responsável por propor e coorde-
nar as políticas governamentais de atenção à saúde da criança brasileira de zero a nove anos
de idade. Uma de suas principais atribuições é apoiar os estados e municípios a colocar em
prática as recomendações e políticas públicas elaboradas, de forma a cumprir os compromissos
assumidos pelo Brasil, de proteção e atenção à saúde da criança, como os Objetivos de Desen-
volvimento do Milênio (ODM), o Pacto pela Saúde, o Pacto de Redução da Mortalidade Materna
e Neonatal, e o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal.
A ATSCAM propõe modelos de atenção que integram ações de promoção, vigilância, prevenção e
assistência em “linhas de cuidado”, que interrelacionam-se visando à atenção integral da saúde
da criança. Quatro linhas de cuidado prioritárias têm norteado as ações da ATSCAM, conforme
ilustrado na Figura 2:
A Área Técnica de Saúde da Criança e
Aleitamento Materno nos dias de hoje
Década de 1970
27. 50 70
anos
Saúde da
Criança 51
Figura 2: Linhas de cuidado prioritárias da ATSCAM
As principais ações de cada linha de cuidado estão descritas no Quadro 2.
Quadro 2. Linhas de cuidado prioritárias e principais ações da ATSCAM
Linha de cuidado Ações
Incentivo e Qualificação
do Acompanhamento
do Crescimento e
Desenvolvimento
• Elaboração e distribuição da Caderneta de Saúde da Criança – Passapor-
te para a Cidadania – versões menino e menina.
• Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis.
Atenção à Saúde
do Recém-Nascido
• Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal (Renospe).
• Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Can-
guru.
• Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância no Período Neo-
natal – AIDPI Neonatal.
• Trabalhando com Parteiras Tradicionais.
• Capacitação em Reanimação Neonatal, em parceria com a SBP.
• Plano de Qualificação da Atenção em Maternidades e Rede Perinatal no
Nordeste e Amazônia Legal.
• Sistema de Informação Perinatal em Maternidades Sentinela.
Promoção, Proteção e
Apoio ao Aleitamento
Materno
• Rede Amamenta Brasil.
• Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
• Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
• Método Canguru.
• Monitoramento e Avaliação.
• Educação, Comunicação e Mobilização Social.
• Proteção Legal ao Aleitamento Materno.
Prevenção de Violências
e Promoção da
Cultura de Paz
•Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adoles-
centes e suas Famílias em Situação de Violência e estratégias e articulação
de redes para a atenção integral à criança, ao adolescente e suas famílias
em situação de violência.
28. Saúde da
Criança 53
Nos últimos 70 anos, importantes leis e portarias foram publicadas no país, a fim de assegurar
o direito da criança brasileira de 0 a 9 anos à saúde. Hoje, a legislação brasileira trata de uma
série de temas, como imunização, aleitamento materno, atenção à saúde do recém-nascido,
nutrição, prevenção de acidentes e violências e muitos outros, conforme apresentado em ordem
cronológica no Quadro 3.
Quadro 3. Legislações relacionadas às políticas públicas de saúde da criança
continua
Ano Tema Legislação Definições
1953
Proteção legal ao aleita-
mento materno
Convenção 103 da
Organização Interna-
cional do Trabalho (OIT)
(ratificada no Brasil em
1966)
Garante a licença maternidade de no
mínimo 12 semanas.
Legislação referente à saúde da criança
Década de 1980
29. 54 70
anos
Saúde da
Criança 55
Ano Tema Legislação Definições
1973 Imunização Lei 6.259
Institui o sistema nacional de vigilância
epidemiológica e imunização estabele-
cendo normas técnicas referente a noti-
ficação de doenças e funcionamento do
programa de imunização.
1975
Direitos das mulheres
gestantes, parturientes,
puérperas e família
Lei nº 6.202
RegulamentaaLei1.044de21/10/1969
e institui o regime de exercícios domici-
liares a estudantes gestantes a partir do
8º mês e durante 3 meses após o parto.
1977 Imunização Portaria MS nº 452
Define vacinas obrigatórias para me-
nores de um ano (contra tuberculose,
poliomielite, difteria, tétano e coquelu-
che).
1981
Gestão e articulação
política
Portaria MS nº 42 e
198
Institui no MS o Grupo Técnico-Executivo
do Programa Nacional de Incentivo ao
Aleitamento Materno (PNIAM).
1982
Gestão e articulação
política
Portaria MS nº 298
Institui o grupo de trabalho para coorde-
nar as ações dos programas de suple-
mentação alimentar, incentivo ao AM e
controle de doenças diarreicas.
1983 Alojamento conjunto
Portaria Inamps/MS
nº 18
Estabelece normas e torna obrigatória a
permanência do bebê ao lado da mãe,
24h por dia, através do Sistema de Alo-
jamento Conjunto nos hospitais públicos
e conveniados.
Ano Tema Legislação Definições
1986 Alojamento conjunto
Portaria do Ministério
da Educação – MEC
Institui a obrigatoriedade do alojamento
conjunto em hospitais universitários.
1988
Norma de comercializa-
ção dos substitutos do
leite materno
Aprovação, pelo Conse-
lho Nacional de Saúde,
da norma para comer-
cialização de alimentos
para lactentes (resolu-
ção nº 5)
Aprova o Código Internacional de Co-
mercialização de Substitutos do Leite
Materno.
1988 Creches Portaria MS nº 321
Estabelece as normas e padrões mí-
nimos para a construção, instalação e
funcionamento de creches, em todo o
território nacional. Previa uma sala de
apoio à amamentação, definida como
“Elemento destinado à recepção das
mães que necessitam amamentar os fi-
lhos que se encontram sob a proteção
e cuidados da creche, devendo contar
com equipamento apropriado”.
1988 Banco de Leite Humano Portaria MS nº 322
Regula a instalação e funcionamento
dos Bancos de Leite Humanos.
1990
Norma de comercializa-
ção dos substitutos do
leite materno
Aprovação do código de
defesa do consumidor.
Traz artigos da Norma de Comercializa-
ção de Alimentos para Lactentes.
1990
Estatuto da Criança e
do Adolescente.
Lei Federal nº 8.069
Dispõe, dos artigos 7º ao 14, sobre o di-
reito da criança e do adolescente à vida
e à saúde.
continua
continua
continuação continuação
30. 56 70
anos
Saúde da
Criança 57
Ano Tema Legislação Definições
1990 Banco de Leite Humano Portaria nº 1.390
Institui a Comissão Central de Banco de
Leite Humano – CCBLH.
1992
Norma de comercializa-
ção dos substitutos do
leite materno
Aprovação, pelo Conse-
lho Nacional de Saúde,
do novo texto da norma
para comercialização
de alimentos para lac-
tentes (resolução nº 31)
Traz item específico sobre o uso de bicos
e mamadeiras.
1992
Norma de comercializa-
ção dos substitutos do
leite materno
Acordo Mundial entre o
Unicef e a OMS, com a
associação internacio-
nal de fabricantes de
alimentos
Cessa o fornecimento gratuito ou a bai-
xo custo de leites artificiais a maternida-
des e hospitais.
1993 Alojamento conjunto
Portaria MS/GM
nº 1.016.
Aprova as normas básicas para implan-
tação do alojamento conjunto.
1994
Norma de comercializa-
ção dos substitutos do
leite materno
Publicado Parecer
nº 62/94 da consultoria
jurídica do Ministério
da Saúde.
Redefine as penalidades para as infra-
ções à Norma.
1994
Hospital Amigo da
Criança
Portaria MS nº 1.113
Assegura o pagamento de 10% a mais
sobre a assistência ao parto, aos Hos-
pitais Amigos da Criança, vinculados ao
Sistema Único de Saúde.
1994
Hospital Amigo da
Criança
Portaria SAS/MS nº 155
Estabelece diretrizes e normas do Hos-
pital Amigo da Criança.
Ano Tema Legislação Definições
1994
Atendimento ao recém-
nascido
Portaria SAS/MS nº 96
Define o atendimento ao recém-nascido
na sala de parto quanto ao pagamento
do pediatra e neonatologista.
1994 Triagem neonatal
Resolução CNS/MS
nº 146
Indica aos Conselhos de Saúde que de-
senvolvam política para realização do
rastreamento neonatal, para diagnósti-
co precoce da fenilcetonúria e do hipo-
tiroidismo congênito, para o alojamento
conjunto e utilização do cartão da crian-
ça a partir do nascimento.
1996
Transmissão vertical e
aleitamento materno
Portaria GM/MS
nº 2.415
Determina medidas para prevenção da
contaminação pelo HIV por intermédio
do aleitamento materno.
1998 Gestação de alto risco
Portaria GM/MS
nº 3.016
Institui o Programa de Apoio à implan-
tação dos Sistemas Estaduais de Refe-
rência Hospitalar para atendimento à
gestante de alto risco.
1998
Unidade de Terapia
Intensiva
Portaria GM/MS
nº 3.432
Estabelece critérios de classificação
entre as diferentes unidades de terapia
intensiva.
1999 Banco de Leite Humano Portaria MS nº 50
Institui na Secertaria de Políticas de
Saúde a Comissão Nacional de BLH com
finalidade de prestar assessoramento
técnico na direção e coordenação fede-
ral das ações de BLH em todo o território
nacional.
continua
continua
continuação continuação
31. 58 70
anos
Saúde da
Criança 59
Ano Tema Legislação Definições
1999 Banco de Leite Humano Portaria MS nº 812
Aprova o Plano de Trabalho que tinha
como objetivo a implantação do “Proje-
to da Rede Nacional de Bancos de Leite
Humano”.
1999
Cuidados intermediá-
rios neonatais
Portaria GM nº 1.091
Cria a unidade de cuidados intemedi-
ários neonatal no âmbito do SUS para
atendimento ao recém-nascido de mé-
dio risco.
2000
Humanização no pré-
natal e nascimento
Portaria GM/MS
nº 569, 570, 571 e 572
Institui o Programa de Humanização
no Pré-Natal e Nascimento – PHPN e
os componentes Incentivo à Assistên-
cia Pré-Natal, Organização, Regulação
e Investimentos na área de Assistência
Obstétrica e Neonatal, sistemática de
pagamento a assistência ao parto e ga-
rantia da presença de pediatra na sala
de parto.
2000
Atendimento ao recém-
nascido
Portaria GM nº 072
Inclui na tabela de procedimentos do
SIH/SUS o atendimento ao recém-nasci-
do de baixo peso.
2000 Método Mãe Canguru Portaria GM/MS nº 693
Aprova a norma de orientação para a im-
plantação do Método Mãe Canguru.
2001 Triagem neonatal Portaria MS nº 822
Cria o Programa Nacional de Triagem
Neonatal.
Ano Tema Legislação Definições
2001
Maus tratos contra
crianças
Portaria MS nº 1.968
Dispõe sobre a comunicação de casos
suspeitos de maus tratos contra crian-
ças.
2001
Normas para comercia-
lização de alimentos
para lactentes
Portaria MS nº 2.051
Estabelece os novos critérios da Nor-
ma Brasileira para Comercialização de
Alimentos para Lactentes e Crianças
de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e
Mamadeiras.
2002 Banco de Leite Humano Portaria GM/MS nº 698
Define a estrutura e as normas de atua-
ção e funcionamento dos Bancos de Lei-
te Humano.
2002
Transmissão vertical do
HIV e sífilis
Portaria GM/MS
nº 2.104
Institui no âmbito do SUS o Projeto Nas-
cer Maternidades.
2002
Registro civil de
nascimento
Portaria GM/MS nº 938
Inclui na tabela de procedimentos do
SIH/SUS o incentivo ao registro civil de
nascimento.
2002 Triagem neonatal
Portaria GM/MS
nº 1.069
Define mecanismos de ampliação do
acesso dos portadores triados no pro-
grama de Triagem Neonatal ao trata-
mento e acompanhamento das doenças
diagnosticadas.
2002 Gestação de alto risco
Portaria GM/MS
nº 1.343
Inclui na tabela de procedimento do
SIH/SUS atendimento da gestante de
alto risco em hospitais de referência.
continuacontinua
continuação continuação
32. 60 70
anos
Saúde da
Criança 61
Ano Tema Legislação Definições
2002
Normas para comercia-
lização de alimentos
para lactentes
RDC Anvisa nº 221 e
222
Complementa a Portaria nº 2.051 de
9/1/2001.
2003 Premiações Portaria GM/MS nº 728
Institui o Prêmio Fernando Figueira des-
tinado ao reconhecimento de estabele-
cimentos hospitalares com atendimento
pediátrico e incentivo ao aleitamento
materno.
2003 Aleitamento materno
Portaria GM/MS
nº 1.893
Institui o dia 1º de outubro como o Dia
Nacional de Doação do Leite Humano.
2003
Transmissão vertical do
HIV
Portaria GM/MS
nº 1.930
Qualifica estados para o recebimento de
recursos adicionais para disponibiliza-
ção da fórmula infantil às crianças ex-
postas ao HIV verticalmente.
2004
Hospital Amigo da
Criança
Portaria MS nº 1.117
Define valores de remuneração dos es-
tabelecimentos de saúde credenciados
como Amigo da Criança.
2004 Premiações Portaria MS nº 1907
Institui o Prêmio Nacional Bibi Vogel
destinado ao reconhecimento de muni-
cípios com ações inovadoras na promo-
ção, proteção e apoio ao aleitamento
materno.
2004
Hospital Amigo da
Criança
Portaria SAS/MS
nº 756
Estabelece normas para habilitação do
Hospital Amigo da Criança.
2004
Prevenção do óbito
infantil
Portaria GM/MS
nº 1.258
Institui o Comitê Nacional de Prevenção
do Óbito Infantil e Neonatal.
Ano Tema Legislação Definições
2005
Pacto Nacional pela Re-
dução da Mortalidade
Materna e Neonatal
Portaria GM/MS nº 427
Institui a Comissão Nacional de Monito-
ramento e Avaliação da Implementação
do Pacto Nacional pela Redução da Mor-
talidade Materna e Neonatal e dá outras
providências.
2005
Direitos das mulheres
gestantes, parturientes,
puérperas e família
Lei Federal nº 11.108
Altera a Lei nº 8.080, de 1990, para ga-
rantir às parturientes o direito à presen-
ça de acompanhante, durante o traba-
lho de parto, parto e pós-parto imediato,
no âmbito do Sistema Único de Saúde
– SUS.
2005
Redução de mortalida-
de materna e infantil
Portaria MS nº 386
Aprova o regimento interno da Comissão
Nacional de Monitoramento e Avaliação
da Implementação do Pacto Nacional
pela Redução da Mortalidade Materna
e Neonatal.
2005 Atenção ao parto
Portaria GM/MS
nº 2.418
Regulamenta a presença do acompa-
nhante para mulheres gestantes.
2005 Caderneta da Criança Portaria GM/MS nº 964
Aprova resolução Mercosul/GMC nº
04/05 e seu anexo “Informação bási-
ca comum para caderneta de saúde da
criança”.
2005 Caderneta da Criança
Portaria GM/MS
nº 1.058
Institui a disponibilização gratuita da Ca-
derneta de Saúde da Criança.
continua
continua
continuação continuação
33. 62 70
anos
Saúde da
Criança 63
Ano Tema Legislação Definições
2005 NBCAL Portaria nº 1.449
Institui grupo de trabalho com o objetivo
de estabelecer critérios para o primeiro
monitoramento oficial da NBCAL.
2005 Brinquedoteca
Portaria GM/MS nº
2.261
Estabelece as diretrizes de instalação e
funcionamento de Brinquedotecas.
2006
Normas à comercializa-
ção de alimentos para
lactentes
Lei 11.265
Regulamenta a comercialização de ali-
mentos para lactentes e crianças de pri-
meira infância.
2006 Banco de Leite Humano Resolução RDC nº 171
Dispõe sobre o regulamento técnico
para o funcionamento de Bancos de Lei-
te Humano.
2006
Gestão e articulação
política
Portaria MS nº 618
Institui o Comitê Nacional de Aleitamen-
to Materno do Ministério da Saúde.
2006 Imunização
Portaria GM/MS
nº 1.602
Institui os calendários de vacinação da
criança, adolescente, adulto e idoso.
2006 Banco de Leite Humano
Portaria GM/MS
nº 2.193
Define a estrutura e funcionamento dos
Bancos de Leite Humano.
2007
Normas para comercia-
lização de alimentos
para lactentes
Lei nº 11.474
Altera a lei nº 11.265 que regulamenta a
comercialização de alimentos para lac-
tentes e crianças de primeira infância.
2007 Método Mãe Canguru
Portaria GM/MS
nº 1.683
Aprova norma para implantação do Mé-
todo Canguru.
2007 Aleitamento materno
Portaria GM/MS
nº 2.160
Altera a composição do Comitê Nacio-
nal de Aleitamento Materno, instituído
pela Portaria nº 618, de 23 de março de
2006.
Ano Tema Legislação Definições
2008
Direitos das mulheres
gestantes, parturientes,
puérperas e família
Lei nº 11.770
Estabelece a licença maternidade de
seis meses, sem prejuízo do emprego e
do salário, para as funcionárias públicas
federais, ficando a critérios dos estados,
municípios e empresas privadas a ado-
ção desta Lei – Programa Empresa Ci-
dadã.
2008 Aleitamento materno
Portaria GM/MS
nº 2.799
Instiui a Rede Amamenta Brasil.
2008 Aleitamento materno Portaria SAS/MS nº 9
Altera critério 8 das normas para habili-
tação da IHAC.
2008 Saúde perinatal
Portaria GM/MS
nº 2.800
Institui a Rede Norte-Nordeste de Saú-
de Perinatal.
2008
Serviços de atenção
obstétrica e neonatal
RDC Anvisa nº 36
Regulamenta o funcionamento dos Ser-
viços de Atenção Obstétrica e Neonatal
e seus anexos.
2009
Sistema de informações
sobre óbitos e nascidos
vivos
Portaria MS nº 116
Regulamenta a coleta de dados, fluxo e
periodicidade de envio das informações
sobre óbitos e nascidos vivos para os
Sistemas de Informações em Saúde sob
gestão da Secretaria de Vigilância em
Saúde.
continua
continua
continuação continuação
34. 64 70
anos
Ano Tema Legislação Definições
2009
Pacto pela Redução
da Mortalidade Infantil
Nordeste–Amazônia
Legal
Portaria MS nº 364
Constitui o Grupo Ministerial com a fi-
nalidade de elaborar plano de ação em
parceria com os gestores do SUS visan-
do à redução da mortalidade infantil nos
estados que compõem a Amazônia Le-
gal e a região Nordeste, bem como mo-
nitorar e avaliar a implementação das
ações propostas.
2009 Mobilização social Portaria MS nº 2.394
Institui a Semana Mundial da Amamen-
tação no Brasil, tendo como data 1º a 7
de agosto, e estabelece parceria com a
Sociedade Brasileira de Pediatria.
2010 Aleitamento materno
Portaria Anvisa nº 193
– Nota Técnica Conjun-
ta Anvisa/MS
Orienta a instalação de salas de apoio à
amamentação em empresas públicas e
privadas e a fiscalização desses ambien-
tes pelas vigilâncias sanitárias locais.
continuação
Década de 1980
35. Saúde da
Criança 67
BRASIL. Decreto nº 66.623, de 22 de maio de 1970. Disponível em: <http://www6.senado.gov.
br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=180519>. Acesso em: 12 jan. 2011.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.024, de 17 de fevereiro de 1940. Disponível em: <http://www.ciespi.
org.br/base_legis/baselegis_view.php?id=148>. Acesso em: 12 jan. 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instrumento gerencial da saúde da mulher, da criança e do ado-
lescente. Brasília, DF, 1995. v. 1.
BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório anual de avaliação: PPA 2000–2003 – Exercício 2002.
Brasília, DF, [2003?].
BRASIL. Ministério da Saúde. Aleitamento materno e orientação alimentar para o desmame.
Brasília, DF,1986.
BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de avaliação do Projeto de Assistência integral à Saú-
de da Mulher e da Criança: primeira parte. Brasília, DF, 1986.
BRASIL. Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil. Relatório de ativida-
des 1990. [Brasília, DF, 1991?].
Referências
Década de 1990
36. 68 70
anos
MENDES, M.F. Puerpério na atenção básica: as interfaces da assistência institucional e das
práticas de cuidados de saúde. 2003. 127 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Uni-
versidade Federal de Santa Catarina, 2003.
NAGAHAMA, Elizabeth Eriko Ishida; SANTIAGO, Silvia Maria. A institucionalização médica do par-
to no Brasil. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csc/v10n3/a21v10n3.pdf>. Acesso
em: 26 nov. 2010. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10. n. 3, p.651–657, 2005.
PEREIRA, André Ricardo. A criança no Estado Novo: uma leitura na longa duração. Revista Bra-
sileira de História, São Paulo, v. 19, n. 38, p. 165–198, 1999.
Década de 2000
37. Saúde da
Criança 71
ANEXO
DECRETO-LEI Nº 2.024 -
DE 17 DE FEVEREIRO DE 1940
Fixa as bases da organização da proteção à maternidade, à infância e à adolescência em
todo o país.
O Presidente da Republica, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DA COORDENAÇÃO DAS ATIVIDADES NACIONAIS RELATIVAS À PROTEÇÃO À MATERNIDADE,
À INFÀNCIA E À ADOLESCÊNCIA
Art. 1º Será organizada, em todo o país, a proteção à maternidade, à infância e à adoles-
cência. Buscar-se-á, de modo sistemático e permanente, criar para as mães e para as crianças
favoráveis condições que, na medida necessária, permitam àquelas uma sadia e segura ma-
ternidade, desde a concepção até a criação do filho, e a estas garantam a satisfação de seus
direitos essenciais no que respeita ao desenvolvimento físico, à conservação da saúde, do bem
estar e da alegria, à preservação moral e à preparação para a vida.
Década de 2010
38. 72 70
anos
Saúde da
Criança 73
Art. 2º Para o objetivo mencionado no artigo anterior, far-se-á, nas esferas federal, estadual
e municipal, a necessária articulação dos órgãos administrativos relacionados com o problema,
bem como dos estabelecimentos ou serviços públicos ora existentes ou que venham a ser insti-
tuídos, com a finalidade de exercer qualquer atividade concernente à proteção, à maternidade,
à infância e à adolescência.
Art. 3º Os poderes públicos, para o mesmo objetivo, estimularão, em todo o país, a organi-
zação de instituições particulares que se consagrem, de qualquer modo, à proteção à materni-
dade à infância e à adolescência, e com elas cooperarão da maneira necessária a que tenham
as suas atividades desenvolvimento progressivo e útil.
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS ADIMINISTRATIVOS FEDERAIS RELATIIVOS À PROTEÇÃO MATERNIDADE, À IN-
FANCIA E À ADOLESCÊNCIA
Art. 4º Fica criado, no Ministério da Educação e Saude, o Departamento Nacional da Crian-
ça, diretamente subordinado ao Ministro de Estado.
Parágrafo único. Fica criado, no quadro I do Ministério da Educação e Saude, o cargo em
comissão, padrão P, de diretor do Departamento Nacional da Criança.
Art. 5º Será o Departamento Nacional da Criança o supremo órgão de coordenação de
todas as atividades nacionais relativas à proteção à maternidade, à infância e à adolescência.
Art. 6º Compete especialmente ao Departamento Nacional da Criança:
a) realizar inquéritos e estudos relativamente à situação, em que se encontra, em todo o
país, o problema social da maternidade, da infância e da adolescência;
b) divulgar todas as modalidades de conhecimentos destinados a orientar a opinião públi-
ca sobre o problema da proteção à maternidade, à infância e à adolescência, já para o ob-
jetivo da formação de uma viva consciência social da necessidade dessa proteção, já para
o fim de dar aos que tenham, por qualquer forma, o mister de tratar da maternidade ou de
cuidar da infância e da adolescência os convenientes ensinamentos desses assuntos;
c) estimular e orientar a organização de estabelecimentos estaduais, municipais e particu-
lares destinados à proteção à maternidade, à infância e à adolescência;
d) promover a cooperação da união com os estados, o Distrito Federal e o território do
Acre, mediante a concessão do auxilio federal para a realização de serviços destinados à
proteção à maternidade, à infância e à adolescência;
e) promover a cooperação da união com as instituições de caráter privado, mediante a
concessão da subvenção federal destinada à manutenção e ao desenvolvimento dos seus
serviços de proteção à maternidade, à infância e à adolescência;
f) fiscalizar, em todo o país, a realização das atividades que tenham por objetivo a proteção
à maternidade, à infância e à adolescência.
Art. 7º O Conselho Nacional de Serviço Social cooperará com o Departamento Nacional
da Criança no estudo das questões relativas à proteção à maternidade, à infância e à adoles-
cência.
Parágrafo único. Para o efeito do presente artigo terá o Conselho Nacional de Serviço So-
cial uma secção especialmente consagrada à matéria dessa proteção.
Art. 8º Nas repartições regionais do Ministério da Educação e Saúde, serão montados os
serviços administrativos destinados a promover a necessária vinculação do Departamento Nacio-
nal da Criança com as atividades realizadas pelos poderes públicos estaduais e municipais e pe-
las instituições particulares, no terreno da proteção à maternidade, à infância e à adolescência.
39. 74 70
anos
Saúde da
Criança 75
CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS RELATIVOS À PROTEÇÃO À MA-
TERNIDADE, À INFANCIA E À ADOLESCÊNCIA
Art. 9º Cada um dos estados, bem como o Distrito Federal e o território do Acre organiza-
rão, dentro do território respectivo, com os seus recursos próprios e com o auxilio federal que
lhes for concedido, um sistema de serviços destinados à realização das diferentes modalidades
de proteção à maternidade, à infância e à adolescência.
Art. 10. Haverá, em cada estado, no Distrito Federal e no território do Acre, uma repartição
central especialmente destinada à direção das atividades concernentes à proteção à materni-
dade, à infância e à adolescência. Esta repartição manterá permanente entendimento com o
Departamento Nacional da Criança.
Parágrafo único. Nas unidades federativas em que, articulado com o Conselho Nacional de
Serviço Social, se organizar um conselho congênere, terá este uma seção especialmente dedi-
cada aos assuntos relativos à proteção à maternidade, à infância e à adolescência.
Art. 11. Os estados e o território do Acre, por meio da repartição de que trata o artigo ante-
rior, coordenarão e estimularão os serviços municipais e particulares de proteção à maternida-
de, à infância e à adolescência, e com eles cooperarão financeira e tecnicamente.
Parágrafo único. Incumbe ao Distrito Federal exercer, com relação aos serviços particula-
res de proteção à maternidade, à infância e à adolescência, as atribuições conferidas aos Esta-
dos e ao Território do Acre pelo presente artigo.
Art. 12. Deverão os municípios, com os recursos de que possam dispor, organizar serviços
destinados à proteção à maternidade, à infância e à adolescência, bem como subvencionar as
instituições particulares que tenham essa finalidade.
Art. 13. Será constituído na sede de cada município, sob a forma de uma junta, um órgão
especial que terá a atribuição de cuidar permanentemente da proteção à maternidade, à infân-
cia e à adolescência, promovendo a execução das medidas que forem necessárias para que se
efetive, em cada caso, essa proteção.
Parágrafo único. As regras gerais, que presidirão a organização das juntas municipais de
proteção à maternidade, à infância e à adolescência, constituirão matéria de um decreto-lei
especial.
CAPÍTULO IV
DAS PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE A HIGIENE E A MEDICINA DA CRIANÇA
Art. 14. Será organizada, como dependência do Ministério da Educação e da Saúde e para
cooperar com o Departamento Nacional da Criança, sob sua direção, um instituto científico des-
tinado a promover pesquisas relativamente à higiene e à medicina da criança.
Art. 15. Na medida em que o permitirem os seus recursos financeiros, promoverão as dife-
rentes unidades federativas a organização de institutos destinados à realização das pesquisas
mencionadas no artigo anterior. Estes institutos deverão articular-se com o correspondente ins-
tituto federal, para maior rendimento dos seus trabalhos.
CAPÍTULO V
DA COOPERAÇÃO DOS ORGÃOS ADMINISTRATIVOS DE PROTEÇÃO À MATERNIDADE, À IN-
FÂNCIA E À ADOLESCÊNCIA COM A JUSTIÇA DE MENORES
Art. 16. O Departamento Nacional da Criança e os demais órgãos congêneres da adminis-
tração federal, estadual e municipal cooperarão, de modo regular e permanente, com a justiça
de menores, a fim de que se assegure à criança, colocada por qualquer motivo sob a vigilância
da autoridade judiciária, a mais plena proteção.
40. 76 70
anos
Saúde da
Criança 77
Parágrafo único. Serão instituídos, nas diferentes unidades federativas, centros de obser-
vação destinados à internação provisória e ao exame antropológico e psicológico dos menores
cujo tratamento ou educação exijam um diagnóstico especial.
CAPÍTULO VI
DA COMEMORAÇÃO DO DIA DA CRIANÇA
Art. 17. Será comemorado, em todo o país, a 25 de março de cada ano, o Dia da Criança.
Constituirá objetivo principal dessa comemoração avivar na opinião pública a consciência da
necessidade de ser dada a mais vigilante e extensa proteção à maternidade, à infância e à ado-
lescência.
CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA A OBRA DE PROTEÇÃO À MATERNIDADE, À INFÂNCIA
E À ADOLESCÊNCIA
Art. 18. Do orçamento da união, dos estados e dos municípios constarão, anualmente, os
recursos necessários à manutenção e ao desenvolvimento dos serviços de proteção à materni-
dade, à infância e à adolescência.
Art. 19. Fica instituído um fundo nacional de proteção à criança, que será formado por do-
nativos especiais e por contribuições regulares anuais de quantos (pessoas naturais ou pessoas
jurídicas de direito privado) queiram cooperar na obra de proteção à maternidade, à infância e à
adolescência, e bem assim pelos legados que forem instituídos com esta finalidade e por quais-
quer outros recursos de proveniência particular.
§ 1º As importâncias atribuídas ao fundo e não destinadas a uma aplicação determinada
serão recolhidas, mediante guia, ao Banco do Brasil, e escrituradas em conta corrente especial,
aos juros que forem convencionados, os quais serão escriturados na mesma conta, ficando tudo
à disposição do Departamento Nacional da Criança, para o fim de serem atendidas as despe-
sas de reforma, melhoramento ou ampliação dos estabelecimentos particulares de proteção à
maternidade, à infância e à adolescência, bem como as de construção e instalação de novos
estabelecimentos particulares com a mesma finalidade, de acordo com o que for autorizado
pelo Presidente da República.
§ 2º Quando a pessoa, de quem provierem os recursos, determinar expressamente a apli-
cação que devam ter, providenciará o Departamento Nacional da Criança no sentido do exato
cumprimento dessa determinação.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 20. Para o fim da conveniente organização de todo o sistema de órgãos administra-
tivos referidos neste decreto-lei, promoverá o Ministério da Educação e Saude, desde logo, os
necessários entendimentos com os governos dos estados, do Distrito Federal e do território
do Acre.
Art. 21. O Departamento Nacional da Criança promoverá, desde logo, o levantamento de
minucioso censo dos estabelecimentos ou serviços públicos e particulares destinados à prote-
ção à maternidade, à infância e à adolescência, existentes em todo o pais.
Parágrafo único. As autoridades estaduais e municipais cooperarão, pela forma que lhes
for solicitada, para a realização desse trabalho.
Art. 22. Fica extinta no Ministério da Educação e Saúde a Divisão de Amparo à Maternida-
de e à Infância do Departamento Nacional de Saúde.
41. 78 70
anos
Parágrafo único. Fica igualmente extinto, no quadro I do Ministério da Educação e Saúde, o
cargo em comissão, padrão N, de diretor da Divisão de Amparo à Maternidade e à Infância.
Art. 23. Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 24. Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1940, 119º da Independência e 52º da República.
GETÚLIO VARGAS.
Década de 2010