Fáscia e seus trilhos anatômicos: o que devemos conhecer para realizar atividades funcionais.
Aula Ministrada no Congresso de Biomecânica no Fitness Brasil 2013
2. Introdução
Há necessidade de reconhecermos que as
ações estáticas e dinâmicas das unidades
funcionais e anexos do sistema músculo
esquelético, dependem dos
conhecimentos dos folhetos, do superficial
e do profundo, da morfologia dos tecidos
e da biomecânica globalizada de todo o
sistema.
3. Atividades (treinamento) Funcionais
Sistema de
treinamentofocadonosmovimentosfundamentai
s do
homemprimitivoequesãoexecutadostambém
no cotidiano do homemmoderno,
tendocomocaracterísticarealizar a convergência
das habilidadesbiomotorasfundamentais,
paraprodução de atosmaiseficientes.
- Instabilidade;
- Core.
6. Introdução
“Em termos funcionais, é ilógico tentar
considerar o músculo como uma estrutura
separada da fáscia, já que ambos são tão
estreitamente relacionados. Tire a ação do
tecido conjuntivo e o músculo que resta
pareceria uma estrutura gelatinosa, sem
forma ou capacidade funcional”.
11. O tecido conjuntivo é o componente anatômico
que envolve e une todas as células, estruturas e
sistemas do Corpo Humano, sendo o principal
responsável pela forma que temos e por nossa
capacidade de adaptação ao campo gravitacional.
Tecido Conjuntivo
12. Embriologia
- A gênese óvulo fecundado.
- 3 sistemas funcionais: ectoderma,
endoderma e mesoderma
- No corpo humano, a posição no
espaço físico tridimensional
(estrutura física) é determinada por
elementos derivados do
mesênquima, especificamente
osso, músculo, ligamento, tendão e
fáscia.
Tecido Conjuntivo
13. Fáscia
• Fáscia – derivado do latin ``banda´´;
• Anatomia - membrana de Tec. Conjuntivo,
que envelopa todo o corpo e suas partes,
assegurando-lhes sustentação.
15. Constituintes do Tecido Conjuntivo
• Diferentes tipos de
células;
• Diferentes tipos de
Fibras;
• Substância
Fundamental
Amorfa.
16. Constituintes do Tecido Conjuntivo
Diferentes tipos de células:
• Mesenquimatosas: indiferenciadas;
• Fibroblastos: precursoras das fibras e G.A.G.s;
• Mastócitos: reações imunitárias. Ex: heparina,
histamina, dopamina, serotoninae ácido hialurônico;
17. • Macrófagos: fagocitam bactérias e corpos estranhos,
sintetizam interferon;
• Plasmócitos: produção de anticorpos;
• Leucócitos: defesa patogênica;
• Adipócitos: reserva energética, isolante térmico e
proteção;
• Pigmentares: coloração.
Constituintes do Tecido Conjuntivo
18. Constituintes do Tecido Conjuntivo
• Diferentes tipos de
células;
• Diferentes tipos de
Fibras;
• Substância
Fundamental Amorfa.
19. Fibras Colágenas:
• Proteínas de curta duração;
• Contém 3 cadeias de aminoácidos
enrolados (glicina, prolina e
hidroxiprolina)
• Densas e longas;
• Arranjadas em feixes ondulados
(plissado);
• Aspecto estriado.
Constituintes do Tecido Conjuntivo
20. Fibras Colágenas:
• Rápida renovação;
• Grande força de tração;
• Cede apenas 10% do seu tamanho
(pouca extensibilidade);
• Sintetizadas pelos fibroblastos,
osteoblastos, condrócitos e cél.
musculares lisas.
Constituintes do Tecido Conjuntivo
21. Fibras Reticulares:
• Colágeno de pequeno calibre;
• Finas, frouxas e irregulares;
• Ricas em microfilamentos;
• Formam redes em torno das
células e órgãos delicados;
• Encontrada também em pequena
quantidade dentro do tec. adiposo
e conj. frouxo
Constituintes do Tecido Conjuntivo
22. Fibras Elásticas:
• Proteínas de longa duração;
• Cadeias de aminoácidos
entrelaçadas aleatoriamente
(desmosina, isodesmosina,
prolina e glicina)
• Elos cruzados espaçados;
• Finas e longas;
• Não estriadas;
• Cor amarelada.
Constituintes do Tecido Conjuntivo
23. Fibras Elásticas:
• Cede 150% do seu tamanho;
• Sem força de tração;
• Pouco renovada;
• Sintetizadas pelos
fibroblastos, condrócitos e
céls. musculares lisas
Constituintes do Tecido Conjuntivo
24. Constituintes do Tecido Conjuntivo
• Diferentes tipos de
células;
• Diferentes tipos de
Fibras;
• Substância
Fundamental Amorfa.
26. Constituintes do Tecido Conjuntivo
• Características:
– Incolor;
– Transparente;
– Hiperhidratada;
– Viscosa ;
– Preenche os espaços
entre as células e as
fibras do tecido
conjuntivo.
• Propriedades:
– Preenhimento;
– Nutrição;
– Defesa;
– Facilitar a
movimentação das
fibras;
Substância Fundamental Amorfa
29. • Localização Anatômica:
– Subcutânea;
• Características:
– Rica em tecido conjuntivo
frouxo e adiposo;
– Embebida em linfa intersticial;
– Espessura variável;
– Rica em vasos linfáticos e
periféricos;
– Estica-se em qualquer direção.
Fáscia superficial
30.
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32. • Localização Anatômica:
– Abaixo da superficial
– Desdobra-se fundindo-se
com tendões, ligamentos,
ossos, etc.
• Características:
– Tecido conjuntivo denso e
sem gordura
– Espessura variável
– Firme e rígida
Fáscia Profunda
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35. • Localização Anatômica:
– Localização profunda
– Envolve as membranas
serosas que recobrem as
vísceras, nervos e vasos
• Características:
– Tecido conjuntivo variável
– Forma a camada fibrosa das
membranas serosas que
cobrem as vísceras ( pleura,
peritônio, pericárdio, etc.)
Fáscia Subserosa ou Visceral
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37.
38.
39. Propriedades das fáscias
• É ricamente dotada de terminações nervosas;
• Tem a capacidade de adaptar-se de maneira
elástica;
• Oferece uma extensa conexão muscular;
• Suporta e estabiliza, enfatizando, assim, o
equilíbrio postural do corpo;
• As especializações fasciais produzem faixas de
tensão definidas;
40. Propriedades das fáscias
• As mudanças fasciais predispõem à congestão
crônica do tecido; articulares e periarticulares;
• Tal congestão crônica passiva precede a formação
do tecido fibroso, que por sua vez desencadeia um
aumento na concentração de íons hidrogênio das
estruturas articulares e periarticulares;
• A tensão repentina (trauma) sobre o tecido fascial
geralmente resulta em dor do tipo em queimação;
41. Propriedades das fáscias
• A fáscia é a principal arena dos processos
inflamatórios;
• Os fluidos e processos infecciosos geralmente
percorrem os planos fasciais;
• A mudança fascial precede muitas doenças
crônicas degenerativas;
• Ajuda na economia circulatória, especialmente
dos fluidos venoso e linfático;
42. Propriedades das fáscias
• O SNC é cercado pelo tecido fascial (dura-máter)
que conecta-se ao osso no crânio, de forma que
a disfunção desse tecidos pode ter efeitos
profundos e disseminados;
• Responde ao Modelo de Tensigridade.
45. Causas de Disfunção
• Uso excessivo, incorreto, insuficiente;
• Tensões posturais;
• Estados emocionais negativos crônicos;
• Fatores reflexivos;
• Fatores congênitos.
46. Reação a Tensão
Quando o sistema musculoesqulético está
sendo utilizado incorretamente, ocorre
uma seqüência de eventos que pode ser
resumida da seguinte forma:
47. Aumento do Tônus;
Detritos metabólicos Falta de O2
Edema e isquemia
Dor / desconforto
Hipertonicidade
Reação a Tensão
48. Inflamação ou irritação crônica
Estímulos nervosos ao SNC – hiper-reatividade
Os macrófagos são ativados, a vascularidade e
a atividade fibroblástica são aumentadas
Reação a Tensão
49. Aumenta ligação cruzada
Distorções em outros locais
(estruturas nervosas, musculares linfáticas e vasos sanguíneos)
Mudanças nos tecidos elásticos
(hipertonicidade muscular)
Inibição do seu antagonista
Reação a Tensão
50. Reação em cadeia
Excesso de tensão Isquemias
Biomecânica anormal
Desequilíbrios e / ou Restrições articulares
(restrições fasciais)
Reação a Tensão
51. Evolução de hiper-reatividade
O desperdício de energia / fadiga
Mudanças funcionais
Feedback neurológico / incapacidade de relaxar
Reação a Tensão
52. Alterações musculoesqueléticas crônicas e dor
Nesse estágio, a restauração da forma
funcional normal requer uma ação que
envolva as mudanças diversificadas que
ocorreram.
Reação a Tensão
66. “A fáscia reage ás cargas e tensões de uma
forma elástica e ao mesmo tempo
plástica; a sua reação depende do tipo,
duração e quantidade da carga impostos”
Ação sobre a Fáscia