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FARMACOTERAPIA EM
PEDIATRIA
1. INTRODUÇÃO
• Crianças não são pequenos adultos
• Parâmetros farmacocinéticos variam muito,
não só entre crianças e adultos, mas também
nas várias faixas de idade das crianças
• As taxas de desenvolvimentoe o tamanho de
fígado e rins alteram a biotransformação e a
excreção de muitas drogas
• O mito de que recém-nascidos e neonatos
não sentem dor é falso. O manejo
farmacológico da dor nesses pacientes é
importante.
• São necessários métodos especiais de
administração de drogas para crianças
pequenas
• Muitos medicamentos utilizados em
pediatria não estão disponíveis em
dosagens apropriadas, sendo preciso que
se adaptem as doses para adultos
• A eficiência e a segurança das diversas
intervenções farmacológicas pode variar de
acordo com as diversas faixas de idade das
crianças e também variar de uma droga
para outra.
• Doenças concomitantes podem influenciar
a determinação da dose necessária para se
atingir um objetivo terapêutico em pediatria.
2. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
ABSORÇÃO
pH gástrico de recém-nascidos e prematuros: 6-
8, caindo para 1-3 nas 1as 24h de vida (nos
nascidos a termo) cuidado na
administração de ácidos e bases fracos
Prematuros: taxa de esvaziamento gástrico,
desenvolvimento muscular e taxa de
perfusão dos músculos via IM contra-
indicada
Hidratação da pele e área/peso em
crianças aumentam a abs cutânea
Distribuição
Quantidade de água/peso corporal e
volumes do liquido extracelular nas crianças
aumentam volumes de distribuição das drogas.
ligação a proteinas plasmaticas em
prematuros e recém-nascidos.
Redistribuição e distribuição de drogas muito
lipossolúveis em rn e prematuros
(dependem da quantidade de tec. adiposo)
BIOTRANSFORMAÇÃO
Até a adolescência, os processos de
biotransformação hepatica ainda estão
imaturos, diminuindo, assim, a eficiência dos
mesmos. Isso se reflete em aumento da
toxicidade de algumas drogas e diminuição
dos efeitos das drogas que são ativadas pela
biotransformação.
EXCREÇÃO
Os processos envolvidos na excreção renal,
sobretudo a filtração glomerular são
incompletes durante o primeiro ano de vida,
fazendo com que os clearances de uma
série de drogas sejam menores nessa fase.
3. Aspectos farmacodinâmicos e
toxicodinâmicos
A farmacoterapia pediátrica deve levar em conta
as diferenças exibidas pelos processos
patofisiológicos em crianças e em adultos. Ex:
asma crônica .
Os alvos moleculares das drogas se apresentam
diferentes, tanto em afinidade quanto em
morfologia, em crianças e em adultos
diferenças no efeito e na toxicidade de muitas
drogas.
Ex: digoxina, que em crianças se distribui
menos e age menos no alvo molecular;
aminoglicosídeos, que são menos tóxicos em
crianças
4. FATORES QUE AFETAM A
FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA
-comorbidades: doenças hepáticas e renais,
fibrose cística
5. Problemas específicos da
farmacoterapia pediátrica
-manejo da dor: fibras C., não mielinizadas,
propagam a dor em crianças sensação
mais difusa que em adultos e mobilização menor
do sist. analgésico endógeno.
o controle da dor é fundamental tanto na
administração de medicamentos (com o uso de
anestésicos locais, por exemplo, durante
administração de injetáveis, ou a utilização de
vias alternativas de administração) quanto
durante o tratamento das diversas patologias
(com bombas de admistração “inteligente”e
adesivos transdérmicos contendo opioides, por
exemplo).
-alterações nas doses e nas formas
farmacêuticas utilizadas por adultos: diluições
maiores trazem erros maiores; administração
de comprimidos, cápsulas e drágeas depois
de abertos/triturados e misturados a alimentos
ou bebidas interações, perda de parte
do medicamento
-doses estabelecidas para adultos e
extrapoladas: doses empíricas; crianças obesas
?
-várias drogas administradas juntas por um único
acesso venoso podem interagir orientar a
equipe de enfermagem
-baixo compliance: sabor, cor, odor e aspecto
desagradáveis para as crianças; vergonha de usar os
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Farmacoterapia em pediatria

  • 2. 1. INTRODUÇÃO • Crianças não são pequenos adultos • Parâmetros farmacocinéticos variam muito, não só entre crianças e adultos, mas também nas várias faixas de idade das crianças • As taxas de desenvolvimentoe o tamanho de fígado e rins alteram a biotransformação e a excreção de muitas drogas
  • 3. • O mito de que recém-nascidos e neonatos não sentem dor é falso. O manejo farmacológico da dor nesses pacientes é importante. • São necessários métodos especiais de administração de drogas para crianças pequenas • Muitos medicamentos utilizados em pediatria não estão disponíveis em dosagens apropriadas, sendo preciso que se adaptem as doses para adultos
  • 4. • A eficiência e a segurança das diversas intervenções farmacológicas pode variar de acordo com as diversas faixas de idade das crianças e também variar de uma droga para outra. • Doenças concomitantes podem influenciar a determinação da dose necessária para se atingir um objetivo terapêutico em pediatria.
  • 5. 2. ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS ABSORÇÃO pH gástrico de recém-nascidos e prematuros: 6- 8, caindo para 1-3 nas 1as 24h de vida (nos nascidos a termo) cuidado na administração de ácidos e bases fracos
  • 6. Prematuros: taxa de esvaziamento gástrico, desenvolvimento muscular e taxa de perfusão dos músculos via IM contra- indicada Hidratação da pele e área/peso em crianças aumentam a abs cutânea
  • 7. Distribuição Quantidade de água/peso corporal e volumes do liquido extracelular nas crianças aumentam volumes de distribuição das drogas. ligação a proteinas plasmaticas em prematuros e recém-nascidos.
  • 8. Redistribuição e distribuição de drogas muito lipossolúveis em rn e prematuros (dependem da quantidade de tec. adiposo)
  • 9. BIOTRANSFORMAÇÃO Até a adolescência, os processos de biotransformação hepatica ainda estão imaturos, diminuindo, assim, a eficiência dos mesmos. Isso se reflete em aumento da toxicidade de algumas drogas e diminuição dos efeitos das drogas que são ativadas pela biotransformação.
  • 10. EXCREÇÃO Os processos envolvidos na excreção renal, sobretudo a filtração glomerular são incompletes durante o primeiro ano de vida, fazendo com que os clearances de uma série de drogas sejam menores nessa fase.
  • 11. 3. Aspectos farmacodinâmicos e toxicodinâmicos A farmacoterapia pediátrica deve levar em conta as diferenças exibidas pelos processos patofisiológicos em crianças e em adultos. Ex: asma crônica .
  • 12. Os alvos moleculares das drogas se apresentam diferentes, tanto em afinidade quanto em morfologia, em crianças e em adultos diferenças no efeito e na toxicidade de muitas drogas. Ex: digoxina, que em crianças se distribui menos e age menos no alvo molecular; aminoglicosídeos, que são menos tóxicos em crianças
  • 13. 4. FATORES QUE AFETAM A FARMACOTERAPIA PEDIÁTRICA -comorbidades: doenças hepáticas e renais, fibrose cística
  • 14. 5. Problemas específicos da farmacoterapia pediátrica -manejo da dor: fibras C., não mielinizadas, propagam a dor em crianças sensação mais difusa que em adultos e mobilização menor do sist. analgésico endógeno.
  • 15. o controle da dor é fundamental tanto na administração de medicamentos (com o uso de anestésicos locais, por exemplo, durante administração de injetáveis, ou a utilização de vias alternativas de administração) quanto durante o tratamento das diversas patologias (com bombas de admistração “inteligente”e adesivos transdérmicos contendo opioides, por exemplo).
  • 16. -alterações nas doses e nas formas farmacêuticas utilizadas por adultos: diluições maiores trazem erros maiores; administração de comprimidos, cápsulas e drágeas depois de abertos/triturados e misturados a alimentos ou bebidas interações, perda de parte do medicamento -doses estabelecidas para adultos e extrapoladas: doses empíricas; crianças obesas ?
  • 17. -várias drogas administradas juntas por um único acesso venoso podem interagir orientar a equipe de enfermagem -baixo compliance: sabor, cor, odor e aspecto desagradáveis para as crianças; vergonha de usar os medicamentos quando outras crianças estão perto; -uso de drogas psicoativas de abuso e/ou álcool por adolescentes