SlideShare uma empresa Scribd logo
Extração de óleo de coco utilizando
extrator Soxhlet e determinação dos
índices de iodo e saponificação
1.0 INTRODUÇÃO
Os lipídeos são um grupamento heterogêneo dos compostos, incluindo
gorduras, óleos, esteroides, ceras e compostos afins, que são relacionadas por
semelhanças nas suas propriedades químicas e físicas. Em geral, os lipídeos são
relativamente insolúveis em água e solúvel em solventes apolares como o éter e o
clorofórmio (LEVITOV et al.,2013)
A extração de óleo com solvente é um processo de transferência de
constituintes solúveis (o óleo) de um material inerte para um solvente com o qual a
matriz se acha em contato. Os processos que ocorrem são meramente físicos, pois o óleo
transferido para o solvente é recuperado sem nenhuma reação química. Atualmente, os
óleos de origem vegetal representam um dos principais produtos extraídos de plantas,
sendo maior parte empregado para fins alimentícios. Um exemplo de óleo utilizado na
dieta humana é o óleo de coco, formado principalmente por ésteres de triglicerois. Este
óleo é insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos, onde seus ácidos graxos
possuem ligações insaturadas, indicando as suas características físicas. O tamanho e o
número de instauração da cadeia determinam o estado físico do produto, pois quanto
menor a cadeia e maior o número de instaurações, menor o ponto de fusão, sendo este
líquido a temperatura ambiente (BRUM, 2009).
A extração de lipídios é um procedimento importante para estudos
bioquímicos, fisiológicos e nutricionais dos mais diversos tipos de alimentos. A
extração do óleo de coco pode ser realizada por métodos clássicos como o desenvolvido
por Soxhlet em 1879. A insolubilidade dos lipídeos em água torna possível sua
separação dos outros componentes da amostra como as proteínas e carboidratos
(BRUM,2009).
A extração pelo extrator de Soxhlet consiste no tratamento sucessivo e
intermitente da amostra imersa em um solvente (éter de petróleo, éter dietílico ou n-
hexano), graças à sifonagem e subseqüente condensação do solvente aquecido dentro do
balão (BRUM,2009)
A reação de saponificação é a reação entre um ácido graxo, que existe em
óleos e gorduras, com uma base forte com aquecimento. O índice de saponificação é
definido como o número que representa a massa em miligramas de hidróxido de
potássio nescessaria para saponificar 1g de gordura (OSAWA,2013).
O índice de iodo está relacionado com as reações de halogenação, onde cada
dupla ligação dos ácidos graxos insaturados podem reagir com dois átomos de iodo. A
quantidade em gramas de iodo absorvido por 100g de lipídio é chamado de índice de
iodo, que é uma estimativa do grau de insaturação dos óleos e gorduras
(OSAWA,2013).
2.0 OBJETIVOS
Devido à importância de se conhecer alguns parâmetros para a caracterização
de um óleo ou gordura, o principal objetivo desse trabalho foi extrair o óleo do coco a
partir de coco ralado vendido comercialmente e determinar o índice de saponificação e
o índice de iodo para caracteriza-lo.
3.0 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS E REAGENTES
Aparelho Soxhlet; Balão de fundo redondo; Bureta; Pipetas volumétricas;
Proveta; Béquer; Condensador de bolas; Manta aquecedora; Erlenmeyer; Coco ralado;
papel de filtro; Hexano; Óleo de coco; Solução alcoólica de hidróxido de potássio 0,5
mol.L-1; Ácido clorídrico 0,5 mol.L-1; Solução de fenolftaleína; Clorofórmio; Solução
de iodo-bromada; Solução de iodeto de potássio 15%; Solução de tiossulfato de sódio
0,1 mol.L-1; Solução de amido 1%.
3.2 EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE COCO UTILIZANDO EXTRATOR SOXHLET
Preparou-se um cartucho com um papel de filtro e montou-se um sistema de
extração, como a Figura 1.
Figura 1: sistema de extração utilizando extrator Soxhlet.
Foi pesado 20,004 g de coco ralado e colocado dentro do cartucho. A
extremidade superior deste foi fechada com algodão e assim foi colocado dentro do tubo
extrator.
Dentro do balão foi colocado 200 mL de hexano e também algumas pedras de
porcelana. Aqueceu-se o sistema de forma a observar o gotejamento do solvente
condensado sobre o cartucho e aguardou-se o sistema completar 5 ciclos. Após os
ciclos, o cartucho foi retirado e aqueceu-se novamente o sistema para iniciar a separação
do solvente. No fim, a solução resultante foi deixada em descanso por uma semana para
que houvesse a separação do solvente.
3.3 CARACTERIZAÇÃO
3.3.1 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE IODO
Foram adicionados 0,342 g de óleo de coco em um erlenmeyer de 250 mL
junto com 10 mL de clorofórmio e 25 m L da solução iodo-bromada. Fechou-se o
erlenmeyer e colocou-se em repouso por 60 minutos ao abrigo de luz e temperatura
ambiente. Em seguida, adicionou-se 10mL da solução de iodeto de potássio a 15% e
100 mL de água recém fervida e fria.
Titulou-se a solução de tiossulfato de sódio 0,1 M até o aparecimento de uma
fraca coloração amarela. Adicionou-se 1,5 mL da solução indicadora de amido 1% e
continuou-se a titulação até o aparecimento da cor azul.
Repetiu-se o procedimento para um controle (ausência de óleo).
3.3.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO
Adicionou-se 1,979 g de óleo de coco em um balão de 250 mL. Com o auxílio
de uma pipeta volumétrica, foram adicionados mais 25 mL de solução alcoólica de
hidróxido de potássio 0,5 M, ao balão.
Em seguida foi montado o sistema de refluxo e deixou-se em ebulição durante
30 minutos. Após o aquecimento, adicionaram-se algumas gotas de fenolftaleína. Esta
solução foi titulada com ácido clorídrico 0,5M.
Para um controle, titulou-se 25 mL da mesma solução alcoólica de hidróxido
de potássio utilizada para saponificar a gordura, com ácido clorídrico 0,5M. Por fim,
obteve-se o índice de saponificação.
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a montagem do esquema da Figura 1, preparou-se um cartucho de papel
onde foi inserido 20,004 g de coco ralado e, separadamente, 200 mL de hexano no
interior do balão presente no sistema de extração. O hexano foi adicionado devido à
característica que os lipídeos apresentam por serem insolúveis ou pouco solúveis em
água e solúveis em solventes orgânicos (álcool, benzeno, éter, etc.) apresentando baixa
polaridade (CISTERNAS et al., 2011). A extração foi iniciada a partir do auxílio de
uma manta aquecedora, onde ocorreu a evaporação do solvente para o extrator, o qual
foi condensado ao passar pelo condensador, sendo armazenado no Soxhlet até chegar à
altura do sifão, nesta etapa o solvente e os lipídeos do coco que nele estavam
dissolvidos retornavam para o balão. Este processo foi realizado por cinco ciclos de
extração. É importante evidenciar também a presença do óleo de coco no hexano devido
à solução contida no Soxhlet estar turva.
O hexano é um solvente apolar de ponto de ebulição 69 oC, sendo-se assim
mais volátil que o óleo de coco. Desta forma, a solução óleo de coco/ hexano foi
armazenada em uma capela durante uma semana até a evaporação completa do hexano,
onde o produto final foi de 6,77g de óleo de coco.
O rendimento de óleo de coco pode ser calculado pela equação (1).
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (%) =
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑐𝑜 (𝑔)
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑐𝑜 𝑟𝑎𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑔)
𝑥 100 (1)
Fazendo os cálculos, foi obtido um rendimento de 34%. OLIVEIRA et
al.(2013) obtiveram para o óleo de coco babaçu e o mesmo método de extração, um
rendimento de 81,53% para o solvente hexano, 57% para etanol e 80,11% para a
mistura de hexano etanol. Como pode ser observado, o solvente hexano apresentou um
melhor rendimento sobre os demais solventes sendo, portanto mais eficiente na
extração. O rendimento obtido neste trabalho foi baixo, possivelmente devido o tempo
de 1h de extração não ter sido suficiente para extrair todo o óleo do coco ralado,
comparado ao trabalho de OLIVEIRA et al.(2013), que foi de 4h.
O índice de iodo é a medida da insaturação que classifica óleos, gorduras e é
utilizado como controle de alguns processamentos. Convencionalmente expresso como
o peso de iodo adicionado por 100 gramas da amostra, esse índice é baseado no fato de
que iodo, sob determinadas condições, pode ser quantitativamente introduzido nas
duplas ligações dos ácidos graxos insaturados e triacilglicerol (CRUZ, 2015), conforme
a Figura 2.
Essa reação (Figura 2) deve ser realizada em um período mínimo de 1 hora em
ausência de luz, pois a mesma pode catalisar a reação de substituição, resultando em
medições de índice de iodo não condizentes com o número de insaturações presentes no
óleo.
Segundo (MAIA, 2006), quanto maior o índice de iodo, maior o número de
duplas ligações (insaturações) presentes no óleo, consequentemente, maior será a sua
capacidade de absorção de iodo.
Para a determinação do índice de iodo, utiliza-se um caso particular de
titulação, denominado iodometria ou tiossulfatometria. O método baseia-se em uma
titulação de óxido-redução, em que a espécie a ser titulada é o iodo (I2) através de um
titulante composto por um agente redutor, como uma solução padronizada de tiossulfato
de sódio (LEAL, 2008). A equação química envolvida no processo é dada por:
2𝑆2 𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐼2 → 𝑆4 𝑂6 (𝑎𝑞)
2−
+ 2𝐼(𝑎𝑞)
2−
Equação (1)
Figura 2: Reação de halogenação
A determinação do índice de iodo é dada por:
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑜𝑑𝑜 =
(𝑉 𝑏− 𝑉𝑎) 𝑥 𝑀 𝑥 12 ,69
𝑃
Equação (2)
Onde:
M = molaridade da solução de Na2S2O3.5H2O;
Vb = volume (mL) da solução de tiossulfato gasto na titulação do controle;
Va = volume (mL) da solução de tiossulfato gasto na titulação da amostra;
P = massa da amostra em gramas.
Utilizou-se 0,342 g de óleo de coco, sendo gastos 36,5 mL de tiossulfato de
sódio para reduzir o iodo. Em seguida foi realizada a titulação com o branco (amostra de
controle com ausência de óleo de coco), obtendo-se 37,5 mL de tiossulfato. O valor
obtido para o índice de iodo foi de 3,71g I2/ 100 g.
O valor do índice de iodo estabelecido pela ANVISA varia de 6-11 para o
método de Wijs. O método de Wijs é o mais utilizado porque é o mais exato, entretanto,
apresenta instabilidade (CECCHI,2003). O método de Hanus apresenta resultados entre
2 a 5% mais baixos que o de Wijs, por outro lado, o reagente de Hanus é mais estável
que o de Wijs, sendo, portanto um reagente mais simples para realização da prática.
Considerando a margem de erro, podemos inferir que os resultados estão de acordo com
a regulamentação da ANVISA.
Outra análise importante que deve ser considerada para caracterização de um
óleo é o índice de saponificação, que indica a quantidade relativa de ácidos graxos de
alto e baixo peso molecular. O índice de saponificação é a quantidade de base
necessária para saponificar definida quantidade de óleo e/ou gordura. A equação
química que descreve o processo de saponificação esta descrita abaixo (Equação 3):
Equação 3: Reação de determinação do índice de saponificação (TOFANI,
2004).
O índice de saponificação é expresso em número de miligramas de hidróxido
de potássio necessário para saponificar um grama da amostra, conforme Equação 4:
𝐼 =
( 𝑉𝑏−𝑉𝑎) 𝑥 28
𝑚
Equação (4)
Onde:
Vb = volume (mL) da solução de HCl gasto na titulação do controle;
Va = volume (mL) da solução de HCl gasto na titulação da amostra;
m = massa da amostra em gramas
Para obter o índice de saponificação, adicionou-se 1,979g de óleo de coco,
livre de solvente, dentro de um balão. Posteriormente, adicionou 25 mL de solução
alcoólica de hidróxido de potássio 0,5 M. Iniciou o processo de refluxo por 30 minutos,
sendo este o tempo necessário para ocorrer à reação entre o KOH e a gordura (óleo de
coco) formando o sabão.
Para quantificar a quantidade de hidróxido necessária para ocorrer à
saponificação, fez-se a titulação da amostra com HCL 5M, obtendo um volume de 2,5
mL e posteriormente, realizou-se uma titulação branco, obtendo um volume médio de
(21,3 ± 0,17) mL
O índice de saponificação obtido foi de 264, o que comprova a eficiência do
método, uma vez que a regulamentação da ANVISA descreve índices variando de
248-265.
O índice de saponificação de uma matéria graxa, pode se determinar com
precisão à quantidade de álcali necessário à completa saponificação do produto. Daí a
sua importância para o produtor de sabão.
Sabe-se que a composição química do óleo de coco é rica em ácido láurico
C12:0 , dessa forma, RITTNER (1995), descreve que as gorduras de origem láurica
apresentam algumas características particularmente interessantes, quando comparadas
com outros óleos ricos em ácido graxos insaturados, oléico e linoléico, principalmente.
As associações de Sebo e Óleos de origem láurica, para fabricação de sabão,
proporcionam misturas de ácidos graxos desde o C₆(Capróico) até os C₁₈(Esteárico e
Oléico). Essa diversidade de ácidos graxos de cadeias de tamanhos diferentes formará
um equilíbrio no produto acabado, dependendo de que tipo de sabão se deseja obter.
Devido à elevada quantidade de ácido Laúrico (um ácido saturado), a tendência da
matéria que contenha esse ácido em maior quantidade, como é o óleo de coco, é de
formar sabões duros.
5.0 CONLUSÕES
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] LEVITOV, A. B.; DALLAS, A. P.; SLONIM, A. D. Bioquímica Ilustrada de Harper.
AMGH Editora, 2013.
[2] BRUM et al. Métodos de extração e qualidade da fração lipídica de matérias-primas de
origem vegetal e animal. Quím. Nova, São Paulo, v. 32, n. 4, 2009.
[3] OSAWA et al. Titulação potenciométrica aplicada na determinação de ácidos graxos
livres de óleos e gorduras comestíveis. Quím. Nova, São Paulo , v. 29, n. 3, June 2006.
[4] CISTERNAS, R. J; MONTE, O; MONTOR, R. W; Fundamentos Teóricos e Práticas
em Bioquímica. São Paulo: Atheneu, 2011.
[5] CECCHI, H. M. Fundamentos Teóricos e práticos em análises de alimentos.
Campinas: Editora UNICAMP, 2003.
[6] OLIVEIRA, L. R. et al. Caracterização físicoquímica do óleo bruto de babaçu
(Orbinya phalerata Mart.) comercializado na zona rural de José Freitas – PI. Congresso
de Pesquisa e Inovação d Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica, João
Pessoa,2013.
[7] CRUZ, S.L. óleo das sementes de atemoia ´gefner`: caracterização química, físico-
química e produção de biodiesel. Tese de doutorado, 2015.
[8] MAIA, E.L. Material didático e teórico: tecnologia do pescado I. Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará, 2006.
[9] LEAL, R. V. P. Avaliação metrológica de métodos para determinação do índice de
iodo em biodiesel b100.Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, 2008.
[10] RITTNER, H. Sabão: tecnologia e utilização. São Paulo: Câmara Brasileira do
livro, 1995
[11] TOFANINI A.J. Controle de qualidade em comestíveis. Trabalho de conclusão
de curso, Florianópolis, 2004.
[12] Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RESOLUÇÃO - RDC Nº
482, DE 23 DE SETEMBRO DE 1999. Disponível em
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a2190900474588939242d63fbc4c6735/R
DC_482_1999.pdf?MOD=AJPERES> acesso em : 28 de agosto de 2015.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)
Anne Carolina Vieira Sampaio
 
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Karen Pirovano
 
Relatório 5 adsorção
Relatório 5   adsorçãoRelatório 5   adsorção
Relatório 5 adsorção
Aline Fonseca
 
Relatorio 3 leite de magnésia
Relatorio 3  leite de magnésiaRelatorio 3  leite de magnésia
Relatorio 3 leite de magnésia
Dianna Grandal
 
Relatório de Refratometria
Relatório de RefratometriaRelatório de Refratometria
Relatório de Refratometria
Railane Freitas
 
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
Texto nº 3   Volumetria de NeutralizaçãoTexto nº 3   Volumetria de Neutralização
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
Marta Pinheiro
 
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕESQuimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Jessica Amaral
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
Adrianne Mendonça
 
Relatório sintese de salicilato de metila
Relatório sintese de salicilato de metilaRelatório sintese de salicilato de metila
Relatório sintese de salicilato de metila
Douglas Pul
 
Relatorio 5
Relatorio 5Relatorio 5
analise instrumental
analise  instrumentalanalise  instrumental
analise instrumental
Adrianne Mendonça
 
Relatório de polarimetria
Relatório de polarimetria Relatório de polarimetria
Relatório de polarimetria
Railane Freitas
 
Relatorio - uv vis - Métodos Instrumentais
Relatorio - uv vis -  Métodos Instrumentais Relatorio - uv vis -  Métodos Instrumentais
Relatorio - uv vis - Métodos Instrumentais
Juliana Teófilo
 
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
Léo Morais
 
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometriaRelatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Fernanda Borges de Souza
 
Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente
Rock Dellura
 
Condutometria relatorio
Condutometria   relatorioCondutometria   relatorio
Condutometria relatorio
marcelazmarques
 
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscinaRelatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
arceariane87
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação Potenciométrica
Priscila Siqueira
 
Pagamento de cana por teor de sacarose
Pagamento de cana por teor de sacarose Pagamento de cana por teor de sacarose
Pagamento de cana por teor de sacarose
Leandro Cândido
 

Mais procurados (20)

Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)Relatorio de adsorção1 (1)
Relatorio de adsorção1 (1)
 
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8Relatório de cromatografia- organica - aula 8
Relatório de cromatografia- organica - aula 8
 
Relatório 5 adsorção
Relatório 5   adsorçãoRelatório 5   adsorção
Relatório 5 adsorção
 
Relatorio 3 leite de magnésia
Relatorio 3  leite de magnésiaRelatorio 3  leite de magnésia
Relatorio 3 leite de magnésia
 
Relatório de Refratometria
Relatório de RefratometriaRelatório de Refratometria
Relatório de Refratometria
 
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
Texto nº 3   Volumetria de NeutralizaçãoTexto nº 3   Volumetria de Neutralização
Texto nº 3 Volumetria de Neutralização
 
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕESQuimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
 
Relatório sintese de salicilato de metila
Relatório sintese de salicilato de metilaRelatório sintese de salicilato de metila
Relatório sintese de salicilato de metila
 
Relatorio 5
Relatorio 5Relatorio 5
Relatorio 5
 
analise instrumental
analise  instrumentalanalise  instrumental
analise instrumental
 
Relatório de polarimetria
Relatório de polarimetria Relatório de polarimetria
Relatório de polarimetria
 
Relatorio - uv vis - Métodos Instrumentais
Relatorio - uv vis -  Métodos Instrumentais Relatorio - uv vis -  Métodos Instrumentais
Relatorio - uv vis - Métodos Instrumentais
 
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
54302847 relatorio-acidos-bases-e-oxidos
 
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometriaRelatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
Relatório - volumetria de óxido-redução permanganometria
 
Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente Producao de Sabao e Detergente
Producao de Sabao e Detergente
 
Condutometria relatorio
Condutometria   relatorioCondutometria   relatorio
Condutometria relatorio
 
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscinaRelatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
Relatorio analitica 2 determinação de cloro ativo em produto para piscina
 
Titulação Potenciométrica
Titulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica
Titulação Potenciométrica
 
Pagamento de cana por teor de sacarose
Pagamento de cana por teor de sacarose Pagamento de cana por teor de sacarose
Pagamento de cana por teor de sacarose
 

Destaque

Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extração
vanessaracele
 
Processo completo da extração
Processo completo da extraçãoProcesso completo da extração
Processo completo da extração
Luiz Flávio Melo Tannús
 
Aula 02
Aula 02Aula 02
Aula 04
Aula 04Aula 04
Tecnicas aulas experimentais
Tecnicas aulas experimentaisTecnicas aulas experimentais
Tecnicas aulas experimentais
Silvia Lane Freitas Silva
 
Destilação
DestilaçãoDestilação
Destilação
lucianeteles
 
TM conforme fhb 3ed
TM conforme fhb 3edTM conforme fhb 3ed
TM conforme fhb 3ed
Rinaldo Ferreira
 
Método de extração por solvente
Método de extração por solventeMétodo de extração por solvente
Método de extração por solvente
Láyla Vieira
 
Coeficiente partição (4)
Coeficiente partição (4)Coeficiente partição (4)
Coeficiente partição (4)
Anne Carolina Vieira Sampaio
 
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
Julai1991
 

Destaque (10)

Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extração
 
Processo completo da extração
Processo completo da extraçãoProcesso completo da extração
Processo completo da extração
 
Aula 02
Aula 02Aula 02
Aula 02
 
Aula 04
Aula 04Aula 04
Aula 04
 
Tecnicas aulas experimentais
Tecnicas aulas experimentaisTecnicas aulas experimentais
Tecnicas aulas experimentais
 
Destilação
DestilaçãoDestilação
Destilação
 
TM conforme fhb 3ed
TM conforme fhb 3edTM conforme fhb 3ed
TM conforme fhb 3ed
 
Método de extração por solvente
Método de extração por solventeMétodo de extração por solvente
Método de extração por solvente
 
Coeficiente partição (4)
Coeficiente partição (4)Coeficiente partição (4)
Coeficiente partição (4)
 
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS (Cromatografia de papel, Cromatografia de camada delg...
 

Semelhante a Extração de óleo de coco utilizando extrator Soxhlet e determinação dos índices de iodo e saponificação

Relatório3 bioq.i
Relatório3   bioq.iRelatório3   bioq.i
Relatório3 bioq.i
marcelazmarques
 
Relatorio tamara producao de sabao
Relatorio tamara producao de sabaoRelatorio tamara producao de sabao
Relatorio tamara producao de sabao
tamiiSacramento
 
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdfAula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
DeborahArajo6
 
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletróliseTrabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
cmdantasba
 
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
Anne Carolina Vieira Sampaio
 
Biodiesel
BiodieselBiodiesel
Biodiesel
belavideira
 
Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres
nataschabraga
 
Artigo 5
Artigo 5Artigo 5
Artigo 5
Andre Metedor
 
Aula-lipidios-1-2012-21.ppt
Aula-lipidios-1-2012-21.pptAula-lipidios-1-2012-21.ppt
Aula-lipidios-1-2012-21.ppt
esdras69
 
Suspensões e generalidades
Suspensões e generalidadesSuspensões e generalidades
Suspensões e generalidades
Bnb Percussionista
 
Produção e análise de biodiesel do óleo frito
Produção e análise de biodiesel do óleo fritoProdução e análise de biodiesel do óleo frito
Produção e análise de biodiesel do óleo frito
Carlos Kramer
 
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetaisCarac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Ádina Santana
 
Cartaz biodiesel
Cartaz biodieselCartaz biodiesel
Cartaz biodiesel
belavideira
 
Aula 08 tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
Aula 08   tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11Aula 08   tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
Aula 08 tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano finalCristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
AcessoMacauba
 
Soluções e cálculos químicos (mariana)
Soluções e cálculos químicos (mariana)Soluções e cálculos químicos (mariana)
Soluções e cálculos químicos (mariana)
Leonardo Carneiro
 
áCidos graxos em óleo
áCidos graxos em óleoáCidos graxos em óleo
áCidos graxos em óleo
allisonthome
 
Poster biodiesel
Poster biodieselPoster biodiesel
Poster biodiesel
belavideira
 
Cinetica parte i
Cinetica parte iCinetica parte i
Cinetica parte i
Leandro Da Paz Aristides
 
Cinetica parte i
Cinetica parte iCinetica parte i
Cinetica parte i
Leandro Da Paz Aristides
 

Semelhante a Extração de óleo de coco utilizando extrator Soxhlet e determinação dos índices de iodo e saponificação (20)

Relatório3 bioq.i
Relatório3   bioq.iRelatório3   bioq.i
Relatório3 bioq.i
 
Relatorio tamara producao de sabao
Relatorio tamara producao de sabaoRelatorio tamara producao de sabao
Relatorio tamara producao de sabao
 
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdfAula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
Aula_Bromato-Lipídios_análise.pdf
 
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletróliseTrabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
 
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
6 relatorio de orgânica experimental 2 (redução biológica do acetoacetato de ...
 
Biodiesel
BiodieselBiodiesel
Biodiesel
 
Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres Relatório sobre esteres
Relatório sobre esteres
 
Artigo 5
Artigo 5Artigo 5
Artigo 5
 
Aula-lipidios-1-2012-21.ppt
Aula-lipidios-1-2012-21.pptAula-lipidios-1-2012-21.ppt
Aula-lipidios-1-2012-21.ppt
 
Suspensões e generalidades
Suspensões e generalidadesSuspensões e generalidades
Suspensões e generalidades
 
Produção e análise de biodiesel do óleo frito
Produção e análise de biodiesel do óleo fritoProdução e análise de biodiesel do óleo frito
Produção e análise de biodiesel do óleo frito
 
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetaisCarac. físico-quimica de óleos vegetais
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
 
Cartaz biodiesel
Cartaz biodieselCartaz biodiesel
Cartaz biodiesel
 
Aula 08 tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
Aula 08   tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11Aula 08   tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
Aula 08 tecnologia da engenharia química - operações unitárias i - 25.03.11
 
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano finalCristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
Cristalização a seco do óleo da castanha de macaúba renata mariano final
 
Soluções e cálculos químicos (mariana)
Soluções e cálculos químicos (mariana)Soluções e cálculos químicos (mariana)
Soluções e cálculos químicos (mariana)
 
áCidos graxos em óleo
áCidos graxos em óleoáCidos graxos em óleo
áCidos graxos em óleo
 
Poster biodiesel
Poster biodieselPoster biodiesel
Poster biodiesel
 
Cinetica parte i
Cinetica parte iCinetica parte i
Cinetica parte i
 
Cinetica parte i
Cinetica parte iCinetica parte i
Cinetica parte i
 

Último

Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
Marlene Cunhada
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
LILIANPRESTESSCUDELE
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
silvamelosilva300
 

Último (20)

Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
GÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptxGÊNERO      TEXTUAL     -     POEMA.pptx
GÊNERO TEXTUAL - POEMA.pptx
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptxAula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
Aula 2 - Revisando o significado de fração - Parte 2.pptx
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
 

Extração de óleo de coco utilizando extrator Soxhlet e determinação dos índices de iodo e saponificação

  • 1. Extração de óleo de coco utilizando extrator Soxhlet e determinação dos índices de iodo e saponificação
  • 2. 1.0 INTRODUÇÃO Os lipídeos são um grupamento heterogêneo dos compostos, incluindo gorduras, óleos, esteroides, ceras e compostos afins, que são relacionadas por semelhanças nas suas propriedades químicas e físicas. Em geral, os lipídeos são relativamente insolúveis em água e solúvel em solventes apolares como o éter e o clorofórmio (LEVITOV et al.,2013) A extração de óleo com solvente é um processo de transferência de constituintes solúveis (o óleo) de um material inerte para um solvente com o qual a matriz se acha em contato. Os processos que ocorrem são meramente físicos, pois o óleo transferido para o solvente é recuperado sem nenhuma reação química. Atualmente, os óleos de origem vegetal representam um dos principais produtos extraídos de plantas, sendo maior parte empregado para fins alimentícios. Um exemplo de óleo utilizado na dieta humana é o óleo de coco, formado principalmente por ésteres de triglicerois. Este óleo é insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos, onde seus ácidos graxos possuem ligações insaturadas, indicando as suas características físicas. O tamanho e o número de instauração da cadeia determinam o estado físico do produto, pois quanto menor a cadeia e maior o número de instaurações, menor o ponto de fusão, sendo este líquido a temperatura ambiente (BRUM, 2009). A extração de lipídios é um procedimento importante para estudos bioquímicos, fisiológicos e nutricionais dos mais diversos tipos de alimentos. A extração do óleo de coco pode ser realizada por métodos clássicos como o desenvolvido por Soxhlet em 1879. A insolubilidade dos lipídeos em água torna possível sua separação dos outros componentes da amostra como as proteínas e carboidratos (BRUM,2009). A extração pelo extrator de Soxhlet consiste no tratamento sucessivo e intermitente da amostra imersa em um solvente (éter de petróleo, éter dietílico ou n- hexano), graças à sifonagem e subseqüente condensação do solvente aquecido dentro do balão (BRUM,2009) A reação de saponificação é a reação entre um ácido graxo, que existe em óleos e gorduras, com uma base forte com aquecimento. O índice de saponificação é definido como o número que representa a massa em miligramas de hidróxido de potássio nescessaria para saponificar 1g de gordura (OSAWA,2013).
  • 3. O índice de iodo está relacionado com as reações de halogenação, onde cada dupla ligação dos ácidos graxos insaturados podem reagir com dois átomos de iodo. A quantidade em gramas de iodo absorvido por 100g de lipídio é chamado de índice de iodo, que é uma estimativa do grau de insaturação dos óleos e gorduras (OSAWA,2013). 2.0 OBJETIVOS Devido à importância de se conhecer alguns parâmetros para a caracterização de um óleo ou gordura, o principal objetivo desse trabalho foi extrair o óleo do coco a partir de coco ralado vendido comercialmente e determinar o índice de saponificação e o índice de iodo para caracteriza-lo. 3.0 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 MATERIAIS E REAGENTES Aparelho Soxhlet; Balão de fundo redondo; Bureta; Pipetas volumétricas; Proveta; Béquer; Condensador de bolas; Manta aquecedora; Erlenmeyer; Coco ralado; papel de filtro; Hexano; Óleo de coco; Solução alcoólica de hidróxido de potássio 0,5 mol.L-1; Ácido clorídrico 0,5 mol.L-1; Solução de fenolftaleína; Clorofórmio; Solução de iodo-bromada; Solução de iodeto de potássio 15%; Solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol.L-1; Solução de amido 1%. 3.2 EXTRAÇÃO DE ÓLEO DE COCO UTILIZANDO EXTRATOR SOXHLET Preparou-se um cartucho com um papel de filtro e montou-se um sistema de extração, como a Figura 1.
  • 4. Figura 1: sistema de extração utilizando extrator Soxhlet. Foi pesado 20,004 g de coco ralado e colocado dentro do cartucho. A extremidade superior deste foi fechada com algodão e assim foi colocado dentro do tubo extrator. Dentro do balão foi colocado 200 mL de hexano e também algumas pedras de porcelana. Aqueceu-se o sistema de forma a observar o gotejamento do solvente condensado sobre o cartucho e aguardou-se o sistema completar 5 ciclos. Após os ciclos, o cartucho foi retirado e aqueceu-se novamente o sistema para iniciar a separação do solvente. No fim, a solução resultante foi deixada em descanso por uma semana para que houvesse a separação do solvente. 3.3 CARACTERIZAÇÃO 3.3.1 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE IODO Foram adicionados 0,342 g de óleo de coco em um erlenmeyer de 250 mL junto com 10 mL de clorofórmio e 25 m L da solução iodo-bromada. Fechou-se o erlenmeyer e colocou-se em repouso por 60 minutos ao abrigo de luz e temperatura ambiente. Em seguida, adicionou-se 10mL da solução de iodeto de potássio a 15% e 100 mL de água recém fervida e fria. Titulou-se a solução de tiossulfato de sódio 0,1 M até o aparecimento de uma fraca coloração amarela. Adicionou-se 1,5 mL da solução indicadora de amido 1% e continuou-se a titulação até o aparecimento da cor azul. Repetiu-se o procedimento para um controle (ausência de óleo).
  • 5. 3.3.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO Adicionou-se 1,979 g de óleo de coco em um balão de 250 mL. Com o auxílio de uma pipeta volumétrica, foram adicionados mais 25 mL de solução alcoólica de hidróxido de potássio 0,5 M, ao balão. Em seguida foi montado o sistema de refluxo e deixou-se em ebulição durante 30 minutos. Após o aquecimento, adicionaram-se algumas gotas de fenolftaleína. Esta solução foi titulada com ácido clorídrico 0,5M. Para um controle, titulou-se 25 mL da mesma solução alcoólica de hidróxido de potássio utilizada para saponificar a gordura, com ácido clorídrico 0,5M. Por fim, obteve-se o índice de saponificação. 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a montagem do esquema da Figura 1, preparou-se um cartucho de papel onde foi inserido 20,004 g de coco ralado e, separadamente, 200 mL de hexano no interior do balão presente no sistema de extração. O hexano foi adicionado devido à característica que os lipídeos apresentam por serem insolúveis ou pouco solúveis em água e solúveis em solventes orgânicos (álcool, benzeno, éter, etc.) apresentando baixa polaridade (CISTERNAS et al., 2011). A extração foi iniciada a partir do auxílio de uma manta aquecedora, onde ocorreu a evaporação do solvente para o extrator, o qual foi condensado ao passar pelo condensador, sendo armazenado no Soxhlet até chegar à altura do sifão, nesta etapa o solvente e os lipídeos do coco que nele estavam dissolvidos retornavam para o balão. Este processo foi realizado por cinco ciclos de extração. É importante evidenciar também a presença do óleo de coco no hexano devido à solução contida no Soxhlet estar turva. O hexano é um solvente apolar de ponto de ebulição 69 oC, sendo-se assim mais volátil que o óleo de coco. Desta forma, a solução óleo de coco/ hexano foi armazenada em uma capela durante uma semana até a evaporação completa do hexano, onde o produto final foi de 6,77g de óleo de coco. O rendimento de óleo de coco pode ser calculado pela equação (1). 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (%) = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑜𝑏𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 ó𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑐𝑜 (𝑔) 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑐𝑜 𝑟𝑎𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝑔) 𝑥 100 (1)
  • 6. Fazendo os cálculos, foi obtido um rendimento de 34%. OLIVEIRA et al.(2013) obtiveram para o óleo de coco babaçu e o mesmo método de extração, um rendimento de 81,53% para o solvente hexano, 57% para etanol e 80,11% para a mistura de hexano etanol. Como pode ser observado, o solvente hexano apresentou um melhor rendimento sobre os demais solventes sendo, portanto mais eficiente na extração. O rendimento obtido neste trabalho foi baixo, possivelmente devido o tempo de 1h de extração não ter sido suficiente para extrair todo o óleo do coco ralado, comparado ao trabalho de OLIVEIRA et al.(2013), que foi de 4h. O índice de iodo é a medida da insaturação que classifica óleos, gorduras e é utilizado como controle de alguns processamentos. Convencionalmente expresso como o peso de iodo adicionado por 100 gramas da amostra, esse índice é baseado no fato de que iodo, sob determinadas condições, pode ser quantitativamente introduzido nas duplas ligações dos ácidos graxos insaturados e triacilglicerol (CRUZ, 2015), conforme a Figura 2. Essa reação (Figura 2) deve ser realizada em um período mínimo de 1 hora em ausência de luz, pois a mesma pode catalisar a reação de substituição, resultando em medições de índice de iodo não condizentes com o número de insaturações presentes no óleo. Segundo (MAIA, 2006), quanto maior o índice de iodo, maior o número de duplas ligações (insaturações) presentes no óleo, consequentemente, maior será a sua capacidade de absorção de iodo. Para a determinação do índice de iodo, utiliza-se um caso particular de titulação, denominado iodometria ou tiossulfatometria. O método baseia-se em uma titulação de óxido-redução, em que a espécie a ser titulada é o iodo (I2) através de um titulante composto por um agente redutor, como uma solução padronizada de tiossulfato de sódio (LEAL, 2008). A equação química envolvida no processo é dada por: 2𝑆2 𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐼2 → 𝑆4 𝑂6 (𝑎𝑞) 2− + 2𝐼(𝑎𝑞) 2− Equação (1) Figura 2: Reação de halogenação
  • 7. A determinação do índice de iodo é dada por: Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐼𝑜𝑑𝑜 = (𝑉 𝑏− 𝑉𝑎) 𝑥 𝑀 𝑥 12 ,69 𝑃 Equação (2) Onde: M = molaridade da solução de Na2S2O3.5H2O; Vb = volume (mL) da solução de tiossulfato gasto na titulação do controle; Va = volume (mL) da solução de tiossulfato gasto na titulação da amostra; P = massa da amostra em gramas. Utilizou-se 0,342 g de óleo de coco, sendo gastos 36,5 mL de tiossulfato de sódio para reduzir o iodo. Em seguida foi realizada a titulação com o branco (amostra de controle com ausência de óleo de coco), obtendo-se 37,5 mL de tiossulfato. O valor obtido para o índice de iodo foi de 3,71g I2/ 100 g. O valor do índice de iodo estabelecido pela ANVISA varia de 6-11 para o método de Wijs. O método de Wijs é o mais utilizado porque é o mais exato, entretanto, apresenta instabilidade (CECCHI,2003). O método de Hanus apresenta resultados entre 2 a 5% mais baixos que o de Wijs, por outro lado, o reagente de Hanus é mais estável que o de Wijs, sendo, portanto um reagente mais simples para realização da prática. Considerando a margem de erro, podemos inferir que os resultados estão de acordo com a regulamentação da ANVISA. Outra análise importante que deve ser considerada para caracterização de um óleo é o índice de saponificação, que indica a quantidade relativa de ácidos graxos de alto e baixo peso molecular. O índice de saponificação é a quantidade de base necessária para saponificar definida quantidade de óleo e/ou gordura. A equação química que descreve o processo de saponificação esta descrita abaixo (Equação 3):
  • 8. Equação 3: Reação de determinação do índice de saponificação (TOFANI, 2004). O índice de saponificação é expresso em número de miligramas de hidróxido de potássio necessário para saponificar um grama da amostra, conforme Equação 4: 𝐼 = ( 𝑉𝑏−𝑉𝑎) 𝑥 28 𝑚 Equação (4) Onde: Vb = volume (mL) da solução de HCl gasto na titulação do controle; Va = volume (mL) da solução de HCl gasto na titulação da amostra; m = massa da amostra em gramas Para obter o índice de saponificação, adicionou-se 1,979g de óleo de coco, livre de solvente, dentro de um balão. Posteriormente, adicionou 25 mL de solução alcoólica de hidróxido de potássio 0,5 M. Iniciou o processo de refluxo por 30 minutos, sendo este o tempo necessário para ocorrer à reação entre o KOH e a gordura (óleo de coco) formando o sabão. Para quantificar a quantidade de hidróxido necessária para ocorrer à saponificação, fez-se a titulação da amostra com HCL 5M, obtendo um volume de 2,5 mL e posteriormente, realizou-se uma titulação branco, obtendo um volume médio de (21,3 ± 0,17) mL
  • 9. O índice de saponificação obtido foi de 264, o que comprova a eficiência do método, uma vez que a regulamentação da ANVISA descreve índices variando de 248-265. O índice de saponificação de uma matéria graxa, pode se determinar com precisão à quantidade de álcali necessário à completa saponificação do produto. Daí a sua importância para o produtor de sabão. Sabe-se que a composição química do óleo de coco é rica em ácido láurico C12:0 , dessa forma, RITTNER (1995), descreve que as gorduras de origem láurica apresentam algumas características particularmente interessantes, quando comparadas com outros óleos ricos em ácido graxos insaturados, oléico e linoléico, principalmente. As associações de Sebo e Óleos de origem láurica, para fabricação de sabão, proporcionam misturas de ácidos graxos desde o C₆(Capróico) até os C₁₈(Esteárico e Oléico). Essa diversidade de ácidos graxos de cadeias de tamanhos diferentes formará um equilíbrio no produto acabado, dependendo de que tipo de sabão se deseja obter. Devido à elevada quantidade de ácido Laúrico (um ácido saturado), a tendência da matéria que contenha esse ácido em maior quantidade, como é o óleo de coco, é de formar sabões duros. 5.0 CONLUSÕES 6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] LEVITOV, A. B.; DALLAS, A. P.; SLONIM, A. D. Bioquímica Ilustrada de Harper. AMGH Editora, 2013. [2] BRUM et al. Métodos de extração e qualidade da fração lipídica de matérias-primas de origem vegetal e animal. Quím. Nova, São Paulo, v. 32, n. 4, 2009. [3] OSAWA et al. Titulação potenciométrica aplicada na determinação de ácidos graxos livres de óleos e gorduras comestíveis. Quím. Nova, São Paulo , v. 29, n. 3, June 2006. [4] CISTERNAS, R. J; MONTE, O; MONTOR, R. W; Fundamentos Teóricos e Práticas em Bioquímica. São Paulo: Atheneu, 2011.
  • 10. [5] CECCHI, H. M. Fundamentos Teóricos e práticos em análises de alimentos. Campinas: Editora UNICAMP, 2003. [6] OLIVEIRA, L. R. et al. Caracterização físicoquímica do óleo bruto de babaçu (Orbinya phalerata Mart.) comercializado na zona rural de José Freitas – PI. Congresso de Pesquisa e Inovação d Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica, João Pessoa,2013. [7] CRUZ, S.L. óleo das sementes de atemoia ´gefner`: caracterização química, físico- química e produção de biodiesel. Tese de doutorado, 2015. [8] MAIA, E.L. Material didático e teórico: tecnologia do pescado I. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2006. [9] LEAL, R. V. P. Avaliação metrológica de métodos para determinação do índice de iodo em biodiesel b100.Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, 2008. [10] RITTNER, H. Sabão: tecnologia e utilização. São Paulo: Câmara Brasileira do livro, 1995 [11] TOFANINI A.J. Controle de qualidade em comestíveis. Trabalho de conclusão de curso, Florianópolis, 2004. [12] Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RESOLUÇÃO - RDC Nº 482, DE 23 DE SETEMBRO DE 1999. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a2190900474588939242d63fbc4c6735/R DC_482_1999.pdf?MOD=AJPERES> acesso em : 28 de agosto de 2015.