BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
Exercícios físicos para sobreviventes oncológicos
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2. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Introdução
• A incidência de câncer no Brasil tem crescido, como
em todo o mundo, sendo apresentado como resultado
das transformações globais das décadas mais
recentes.
• As estatísticas apontam que mais de 7 milhões de
pessoas morrem anualmente vitimadas pela doença.
(BRASIL, 2006, p. 10)
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3. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
NEOPLASIA
"Neoplasia é uma massa anormal de
tecido cujo crescimento excede e
não está coordenado ao crescimento
dos tecidos normais e que persiste
mesmo cessada a causa que a
provocou.“
Rupert Willis
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4. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Carcinogênese ou
Oncogênese
São termos que designam o
processo de desenvolvimento
de uma neoplasia, desde as
alterações mais precoces no
DNA, que supostamente
ocorrem em uma só célula ou
em um pequeno grupo delas,
até a formação de um tumor
que pode destruir o organismo
hospedeiro.
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5. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Conceito Popular
O Câncer é definido como um grupo de
doenças que se caracterizam pela
perda do controle da divisão celular e
pela capacidade de invadir outras
estruturas orgânicas.
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6. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Causas
Os eventos básicos da oncogênese são conhecidos
em nível molecular. Resultam de agressão ao
genoma da célula, com alterações do DNA
(mutações) ou expressão anômala de genes
normais. Tais alterações levam à ativação ou
inativação de genes que coordenam funções
essenciais da célula, como proliferação,
diferenciação, morte por apoptose e estabilidade
do genoma. O acúmulo de mutações nesses
genes críticos leva à perda progressiva da
homeostase e ao aparecimento do fenótipo celular
maligno.
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7. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Causas
• Em muitos casos a causa é
desconhecida;
• Agentes oncogênicos conhecidos
constituem pequeno percentual de casos;
• Agentes ambientais não identificados são
responsáveis por 95% dos casos.
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8. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
AGENTES ONCOGÊNICOS
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Classificação Geral dos Agentes Cancerígenos
Agentes Exemplos
Químicos Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, aminas
aromáticas, dieta, hormônios, metais
Físicos Raios ultravioleta (UVI), radiação ionizante (raios
X, gama, outras partículas)
Biológicos Vírus do papiloma
10. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Terapêutica
Radioterapia
A radioterapia é um método capaz de
destruir células tumorais, empregando
feixe de radiações ionizantes. Uma
dose pré-calculada de radiação é
aplicada, em um determinado tempo, a
um volume de tecido que engloba o
tumor, buscando erradicar todas as
células tumorais, com o menor dano
possível às células normais
circunvizinhas, à custa das quais se
fará a regeneração da área irradiada.
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11. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
• Os efeitos imediatos: anovulação ou azoospermia,
epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e
plaquetopenia);
• Os efeitos tardios (raros e ocorrem quando as doses
de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas):
atrofias e fibroses; alterações de caráter genético e o
desenvolvimento de outros tumores malignos são
raramente observados.
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12. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Terapêutica
Quiomiterapia
A quimioterapia é o método que
utiliza compostos químicos
(quimioterápicos) no tratamento de
doenças causadas por agentes
biológicos. Pode ser chamada de
quimioterapia antineoplásica ou
quimioterapia antiblástica.
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13. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra 13
Precoces*
(de 0 a 3 dias)
Imediatos
(de 7 a 21 dias)
Tardios
(meses)
Ultra-Tardios
(meses ou anos)
• Náuseas
• Vômitos
• Mal estar
• Adinamia
• Artralgias
• Agitação
• Exantemas
• Flebites
• Mielossupressão
granulocitopenia
plaquetopenia anemia
• Mucosites
• Cistite hemorrágica
devida à ciclofosfamida
• Imunossupressão
• Potencialização dos
efeitos das radiações
devida à actinomicina D, à
adriamicina e ao 5-
fluoruracil
• Miocardiopatia devida aos
antracícliclos e outros
• Hiperpigmentação e
esclerodermia causadas pela
bleomicina
• Alopecia
• Pneumonite devida à bleomicina
• Imunossupressão
• Neurotoxidade causada pela
vincristina, pela vimblastina e pela
cisplatina
• Nefrotoxidade devida à cisplatina
• Infertilidade
• Carcinogênese
• Mutagênese
• Distúrbio do
crescimento em
crianças
• Seqüelas no
sistema nervoso
central
• Fibrose/cirrose
hepática devida ao
metotrexato
14. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Sintomas
• Problemas frequentes, como a Síndrome da Fadiga
Oncológica e a diminuição da Capacidade Física,
afetam mais de 70% dos pacientes durante o
tratamento de quimio e radioterapia, podendo
persistir por anos após o término da terapêutica,
impondo limitações às atividades cotidianas.
(DIMEO et al., 1997a; 1997b; 1997c; DIMEO, 2001)
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15. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Sistema Imunológico
• Neutrófilos
• Linfócitos
• Monócitos
• Células destruidoras
naturais (natural killer
cells)
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16. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Neutrófilo
Leucócito granular com um núcleo
com três a cinco lobos
conectados por finos fios de
cromatina e citoplasma contendo
finos grânulos.
Possuem as propriedades de
quimiotaxia; aderência a
complexos imunes e fagocitose.
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17. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Linfócito
Qualquer leucócito mononuclear
encontrado no sangue, linfa e
tecidos linfóides.
Têm um papel importante na defesa
do corpo humano contra
microrganismos. Os linfócitos são
mais atuantes em infecções virais.
Pequenos: linfócitos B e T
(imunidade humoral e celular)
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18. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Monócito
É um leucócito desenvolvido
a partir da medula óssea,
possui um núcleo ovóide
ou na forma de um rim,
circula depois na corrente
sanguínea cerca de 1 dia
e finalmente deslocam-se
para os tecidos onde, são
denominados macrófagos.
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19. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Células Destruidoras
Naturais (NKC)
São um tipo de linfócitos naturais do
sistema imunológico.
Elas são ativadas em resposta a
diferentes estímulos, nomeadamente
por citocinas.
São citotóxicas (tóxicas para a célula) e
identificam as células com vírus
(comprometidas) e as destroem,
sendo capazes de destruir células
tumorais.
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20. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Atividade Física
No passado
Repousar e evitarem esforço físico, pois como a
maioria das doenças crônicas é associada
com alterações funcionais, resultando em um
enfraquecimento no desempenho físico
Evitando fadiga, cansaço e taquicardia.
Nos últimos anos
Evidências científicas tem mudado
dramaticamente as idéias sobre exercício
para pacientes com doenças crônicas
(CUST et al., 2007; DALLAL et al., 2007; DIMEO, 2000;
NÖTHLINGS et al., 2007; QUIST et al., 2006;THUNE et al.,
1997)
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21. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Os efeitos da atividade física não se limitam à
melhora das funções cardiovascular ou
muscular, melhora a capacidade física
aumenta a sensação de controle,
independência e auto-estima dos pacientes;
resulta em melhor interação social e uma
redução da ansiedade e do medo.;
A atividade física, ainda, pode resultar em
melhora no estado do humor e maior
autoconfiança;
Conduz a uma melhor capacidade funcional e,
assim, a altos níveis de independência física
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22. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Atividade Aeróbica
É uma promessa de novos caminhos para o
tratamento da SFO. Assim, poderia avaliar os
efeitos da atividade física em pacientes com alto
risco para desenvolver fadiga severa ou
duradoura (por exemplo, pacientes com
malignidade hematológica submetidos a
radioterapia ou quimioterapia convencional;
pacientes submetidos a transplante medular; e,
pacientes que foram submetidos a cirurgia
gastrointestinal ou pulmonar) .
(AZNAR et al, 2006; DIMEO et al, 1997a; 1997b; 1997c;
DIMEO, 2000; DIMEO et al., 2004a; 2004b)
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23. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Atividade de Resistência
Tem mostrado reduzir a perda de
massa muscular em pacientes
que receberam altas doses de
corticóides, mesmo durante
diferentes protocolos de
quimioterapia
(GALVÃO; NEWTON, 2005; LUCÍA et al., 2003;
LUCIA et al., 2005).
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24. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Resposta Imune ao
Exercício
Outros estudos antecipam o efeito sobre o sistema imune
que a atividade física proporciona nos pacientes,
diminuindo a incidência e severidade de infecções em
pacientes com câncer em diferentes estágios,
aumentando o número de granulócitos e diminuindo o
quantitativo de linfócitos e monócitos.
(DIMEO et al., 2004; PETERS et al., 1994; 1995).
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Em um estudo com sobreviventes de câncer
foi encontrada melhorias em um número de
componentes do sistema imune como um
resultado da prática de exercícios, por
exemplo, um aumento de atividade de células
exterminadoras naturais (as células NK).
(COURNEYA, 2007)
25. Profa. Dtda. Jani Cleria P. Bezerra
Intervenções
• 15 mulheres (37,5±3,1 anos)
• VO2max 34,4 (±1,4ml.kg-1.min-1)
• 3 sessões de 30 minutos de caminhada
• ~60% VO2max
• Neutrófilos, leucócitos, monócitos e
células destruidoras naturais (natural
killer cells).
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Nieman, et al, 2005