O documento discute recursos terapêuticos paliativos em oncologia. Aborda os tipos de câncer e tratamentos convencionais, além da atuação da estética no tratamento do câncer para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Também apresenta a importância do esteticista na equipe multidisciplinar para cuidar dos efeitos colaterais da doença e proporcionar bem-estar.
1. Recursos Terapêuticos
Paliativos em Oncologia
Professor Dr. Anjo de castro – 2021.1
Biomédico patologista clinico –imunologista clinico e
Acupunturista
Doutor em psicanalise clinica
2. Conteúdo programático
• Estética na oncologia
• Tipos de câncer
• Tipos de tratamento convencional para o câncer
• Alterações no Sistema Tegumentar decorrentes do câncer
• Atuação da Estética no tratamento do câncer: aspectos psicossociais
• Tipos de cirurgias oncológicas
• Procedimentos estéticos: Maquiagem Reparadora, Recursos manuais,
Recursos Eletroterápicos, Micropigmentação.
3. Avaliação
• A avaliação de rendimento dos discentes se processará conforme
as demandas e especificidades da disciplina considerando ainda
o exposto no Regimento da Faculdade e, conforme
entendimento com a Coordenação de Curso.
Dados norteadores do processo de avaliação:
• NP 1: 50% - através de trabalhos em grupo e seminários
• 50% - avaliação escrita e presencial
• NP2: 50% - avaliação de seminários em grupo.
• 50% – avaliação escrita e presencial
4. Projeto
• Desenvolver projeto em instituições que atendam
pacientes com câncer.
• Objetivo: introduzir a estética paliativa.
6. CONTEXTUALIZAÇÃO
• O câncer ocorre quando células do nosso organismo
passam por proliferação desregulada, e embora as
causas não sejam totalmente estabelecidas, os fatores
que contribuem para tal desregulação estão ligados a
um fraco sistema imunológico e diversos carcinógenos
(Cassar).
7. Contextualização
• Essa doença tem preocupado cada vez mais a
população mundial. Desde 2014 a Organização
Mundial de Saúde (OMS) passou a considerar a
doença um problema de saúde pública, pois estima-se
que até 2025 pelo menos 25% da população mundial
terá sofrido com algum tipo de câncer.
8. CONTEXTUALIZAÇÃO
• Levando-se em consideração os dados estatísticos do
Brasil, entre 2016 e 2017 serão relatados
aproximadamente 600 mil novos casos, sendo os
homens mais acometidos pelo câncer de próstata,
enquanto as mulheres desenvolverão em maior
quantidade problema nas mamas (INCA, 2016).
9. •Embora os casos da doença estejam crescendo
rapidamente, os tratamentos também têm avançado
consideravelmente, e a estética paliativa têm
demonstrado grande eficácia na qualidade de vida.
•Segundo a OMS, este tratamento se realizado em
ambiente hospitalar, por uma equipe multidisciplinar
que se preocupe em melhorar a qualidade de vida não
apenas do doente, mas também de sua família, reduzirá
sofrimentos físicos, espirituais e psicossociais (OMS,
2009; Waterkemper & Reibnitz, 2010).
10. Importância do Esteticista
• Alguns tipos de massagem podem agregar sensações
de bem-estar e conforto. Uma massagem relaxante
pode proporcionar diversos efeitos fisiológicos, como
estimulação das glândulas hormonais, eliminação de
ácido lático acumulado na musculatura, ajuda a
melhorar a concentração intelectual, reduz estresse
emocional e físico, ajuda a regular funções dos órgãos
internos, aumenta vasodilatação, melhora oxigenação
e reduz a pressão sanguínea.
11. Importância do Esteticista
• Estudos mostram que o toque pode fazer uma pessoa
liberar neurotransmissores como endorfina e
serotonina, que agem diretamente em suas emoções,
proporcionando felicidade e bem-estar (Pereira,
2013).
• A partir disso, o profissional de estética torna-se
importante na atuação junto à equipe multidisciplinar
de um hospital no cuidado de pacientes oncológicos.
12. Importância do Esteticista
• Para isso deve estar bem capacitado, dotado de
conhecimentos aprofundados em anatomia, fisiologia,
histologia, citologia, cosmetologia, entre outras áreas.
• Durante o tratamento do câncer, o paciente pode
sofrer efeitos colaterais, e muitos deles se manifestam
através da pele, oportunizando ao profissional de
estética aconselhar e cuidar caso isso ocorra.
• Ayres, Kátia C. & Nobile, Mª. Lígia M.O. Estética Paliativa em Pacientes Oncológicos no Intra-hospitalar .
13. ONCOLOGIA
•Denominada, no Brasil, como Cancerologia, é a
especialidade médica que estuda as neoplasias ou os
tumores, no organismo;
•Oncologia ( oncos = tumor) refere-se ao estudo dos
tumores ou neoplasia.
•Neoplasia significa “crescimento novo”. É a formação
de um tecido com crescimento desordenado,
autônomo e persistente.
14. Oncologia
• Esta especialidade da Medicina conta hoje, com o
auxílio de ações multidisciplinares, como: pediatria,
patologia, radiografia, psiquiatria, psicologia, cirurgia,
entre outras.
• A principal preocupação em oncologia é o bem-estar do
paciente, onde busca-se alcançar três passos:
• A CURA
• REMISSÃO: quando a cura não é possível.
• QUALIDADE DE VIDA
15. Neoplasia
• O oncologista inglês Willis definiu neoplasia como,
uma massa anormal de tecido, cujo crescimento
excede aquele dos tecidos normais e não está
coordenado com ele, persistindo da mesma maneira
excessiva após o término do estímulo que induziu a
alteração.
• O tecido possui alterações na sua forma e estrutura. E
com o Crescimento desordenado as células perdem os
genes que regulam a apoptose.
16. • A neoplasia é considerada como predadora do
hospedeiro no sentido de que o crescimento do tecido
neoplásico compete com as células e tecidos normais
quanto ao suprimento de energia e substrato
nutricional.
•Em última análise, todas as células neoplásicas
dependem do hospedeiro para nutrição e suprimento
vascular e em alguns casos de suprimento endócrino.
Portanto, as células neoplásicas não possuem uma
autonomia completa.
17. CÂNCER
•Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento
desordenado (maligno) de células que invadem os
tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase)
para outras regiões do corpo.
•Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser
muito agressivas e incontroláveis, determinando a
formação de tumores (acúmulo de células cancerosas)
ou neoplasias malignas.
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19. CORPO NORMAL
•FORMADO POR MILHÕES DE CÉLULAS
•Células com Função definida,
•Células com crescimento definido,
•Células com Divisão e multiplicação definidas.
20. Célula normal
• Cada célula obedece a regras básicas:
• Divide-se quando necessário;
• Respeita limites dos órgãos;
• Morre quando chega a hora;
• Não se desloca de seus limites predeterminados;
• Trabalha em harmonia com o resto do corpo
23. Célula cancerosa
Perde a obediência a s regras básicas:
• Se divide sem parar;
• Não respeita limites do órgão;
• Não respeita as células ao lado;
• Não morre como células normais;
• Se desloca fora de seus limites podendo se espalhar
pelo corpo – metástase;
• Invade e destrói órgãos vizinhos.
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27. Classificação
• Podem ser classificados em: ◦ Benignos ◦ Malignos
Todos os tumores, benignos e malignos, possuem dois
componentes básicos:
◦ Células neoplásicas proliferantes, que constituem o
parênquima.
◦ Estroma de suporte, constituído de tecido conjuntivo
e vasos sanguíneos.
28. •Parênquima: São células que dão função ao órgão.
(Ex: Cérebro = neurônios). Na neoplasia são as células
neoplásicas em divisão.
•Estroma (Conjuntivo de apoio): Dá o apoio para o
parênquima crescer, como vascularização,
sustentação e irrigação nervosa.
•As drogas quimioterápicas servem para atacar o
conjuntivo de apoio na intensão de destruir o apoio
do crescimento das células neoplásicas e o tumor
involuir.
•
29. Velocidade de crescimento
• Em sua maioria, os tumores benignos, crescem
lentamente no decorrer de um período de anos.
• BENÍGNOS:
• Crescimento lento.
• São encapsuladas por uma cápsula organizada de
fibrose.
• Em geral os cânceres crescem rapidamente,
disseminando e matando seu hospedeiro.
31. Invasão local
•BENÍGNOS
•Não fazem invasão.
•Sem capacidade de infiltração.
•A cápsula fibrosa é retirada por completo.
•Facilmente palpável e móvel.
•Não há chance de retornar (sem recidivas).
32. Invasão local
MALÍGNOS:
•Invadem os tecidos circundantes.
•Fazem infiltrações progressivas.
•Após a retirada das células, as mesmas podem voltar
a aparecer (com recidivas).
•Metástase.
33. Metástase
•É a passagem de células neoplásicas para outros
órgãos próximos ou distantes.
•As metástases inequivocamente caracterizam um
tumor como maligno.
•Com poucas exceções, todos os cânceres podem
sofrer metástases. Ex.: gliomas e os carcinomas
basocelulares da pele.
34. Vias de disseminação das metástases
•1. Implantação direta nas cavidades corporais ou
superfícies: Quando a neoplasia maligna penetra numa
cavidade aberta.
Ex.: peritônio.
•2. Disseminação linfática: Se constitui a via mais
comum para a disseminação inicial dos carcinomas.
•Ex.: câncer de mama para os linfonodos axilares.
35. Vias de disseminação:
•3. Disseminação hematogênica: É típica de sarcomas,
mas também é utilizada por carcinomas.
•As artérias, com suas paredes mais espessas, são
menos facilmente penetradas do que as veias.
36. Metástases:
• Metástases de implantação direta: É a passagem das
células neoplásicas a partir de um órgão para outro de
forma direta, sem utilizar o sangue ou a linfa.
• Ex.: Neoplasias Abdominais e de Cavidade.
•
37. Metástases:
•Metástase de disseminação linfática: É quando as
células neoplásicas se disseminam pelo vaso linfático de
um órgão para outro.
•Ex.: Câncer de mama e tireoide.
• Metástases de disseminação hematogênica: As células
neoplásicas utilizam o sangue (vasos sanguíneos) para
se disseminar (passar de um órgão para outro).
• Ex.: Fígado e Pulmão (órgãos mais vascularizados, assim
recebem todo o sangue para ser drenado).
38. Carcinogênese:
• 1ª Etapa: INICIAÇÃO (agente iniciador)
• Interação de agente químico como DNA da célula. Ex.:
Hidrocarboneto aromático (cigarro).
• Causa uma alteração/mutação permanente do DNA Celular.
• A célula precisa sofrer um (01) ciclo de replicação para a
fixação da mutação; O processo é irreversível; É
independente de dose.
• No final da 1ª etapa, a célula estará iniciada, será mutante,
podendo ou não se tornar uma célula neoplásica.
39. Carcinogênese:
• 2ª Etapa: PROMOÇÃO (agente promotor)
• Não reage diretamente com o material genético da
célula. Age no ciclo de divisão na célula iniciada.
Ex.: Hormônios
• Causa aumento das divisões celulares
•O processo é reversível - Dose dependente.
40. Carcinogênese:
• 3ª Etapa: MANIFESTAÇÃO / PROGRESSÃO (a célula
adquire características cancerígenas)
• Produção de toxinas, que lesionará qualquer tecido.
• Adquire a capacidade de invasão pela falta de coesão
e presença de pseudópodes.
• Alto poder de metástase – sai de um órgão e se
desenvolve em outro.
41. Carcinogênese:
• A neoplasia benigna pode se transformar em maligna,
principalmente as de glândulas, pois as células estão
constantemente sofrendo a influência de hormônios
42. Nomenclatura:
• Neoplasia benigna - Tecido de origem + Sufixo OMA
• Tec. Ósseo: OSTEOMA
• Cartilagem: CONDROMA
• Músculo Liso: LEIOMIOMA (geralmente acontece no
útero)
• Pele: PAPILOMA
43. Nomenclatura:
• Rins: ADENOMA
• Mama: CISTOADENOMA
Obs.: Há exceções como:
• SEMIOMA - câncer de testículo e,
• MELANONA - câncer de pele.
44. Epidemiologia
• O câncer (neoplasia maligna) está em 2º lugar entre as
doenças que mais matam.
• Fatores Geográficos - Países:
• Japão – câncer de estômago (alimentação).
• Estados Unidos – câncer de próstata (hormônio).
• Brasil – Câncer de pulmão e mama (cigarro e mama).
• Nova Zelândia – câncer de pele (sol).
45. Epidemiologia
• Fatores Ambientais:
• Uso do Cigarro, Álcool;
• Obesidade (gorduras);
• Reposição de estrógenos ou uso de anticoncepcionais
(câncer de endométrio e ovário).
46. Epidemiologia
• Fator Sexo: masculino/ feminino
Homens : Estômago; pulmão; próstata; intestino.
Mulheres : Mama; útero; pulmão.
• Idade:
◦ De 15 a 30 anos: Leucemias e Câncer no SNC.
◦ De 35 a 45 anos: Mama e útero; Pulmão e intestino.
◦ De 45 a 55 anos: Útero e mama; Próstata.
• Pré-neoplasias adquiridas: ◦ Fígado cirrótico ◦ Displasias ◦
Hiperplasias ◦ Metaplasias.
48. Classificação das neoplasias
• Como se viu
• , a neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou
totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com
efeitos agressivos sobre o homem.
• Neoplasias podem ser benignas ou malignas .
• As neoplasias benignas e os tumores benignos têm seu crescimento de forma
organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos.
Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e os
tecidos adjacentes. O lipoma (que tem origem no tecido gorduroso), o mioma
(que tem origem no tecido muscular liso) e o adenoma (tumor benigno das
glândulas) são exemplos de tumores benignos.
• As neoplasias malignas ou os tumores malignos manifestam um maior grau de
autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e provocar metástases,
podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do hospedeiro.
49. TIPOS MAIS COMUNS
Câncer de mama
Câncer de próstata
Câncer de pele
Carcinoma basocelular
Melanoma
Câncer colorretal
Câncer de pulmão
Leucemia
Linfoma