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– INFECÇÃO HOSPITALAR NO
PACIENTE CRÍTICO:
INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA


       Dr. Renato Satovschi Grinbaum

         CCIH do H. Beneficência Portuguesa
                  Doutor - Unifesp
Ocorrência de infecções e
agentes
Vigilância nas UTIs
         Taxas preconizadas


   Taxa                            Cálculo                           Referência NNIS


   Pneumonia                     1000 * pneumonias                     4,9 a 18,1
                                 Respiradores-dia

   ITU                            1000 * ITUs                          5,5 a 12,9
                                  Sondas-dia

   Infecção da                    1000 * I.c. sangüíneas               9,0 a 19,4
   corrente                       Cateteres-dia
   sangüínea

As cifras descritas em hospitais americanos podem não ser exatamente aquelas apropriadas para a realidade
brasileira.
As cifras são baseadas no percentil 90 dos dados obtidos no projeto NNIS e a variabilidade reflete as
diferenças de taxas encontradas de acordo com o tipo de UTI. Am J Infect Control 2003; 31: 481-98.
Etiologia da infecção hospitalar
                                      % de ocorrência em

Microrganismo        Bacteremia (2008) Pneumonia (822)     ISC (430)   ITU (468)   Total (3728)



S. aureus            23.6             21.0                 45.8        1.9         22.8 (852)
E. coli              11.3             4.4                  7.2         47.6        13.8 (516)
P. Aeruginosa        7.5              29.4                 10.5        12.6        13.3 (496)
K. pneumoniae        8.9              9.2                  4.2         9.8         8.5 (318)
Enterobacter spp.    8.3              6.8                  6.7         5.8         7.5 (279)
ECN                  12.0             0.5                  3.0         0.6         7.0 (261)
Acinetobacter spp.   6.8              10.8                 2.8         3.0         6.7 (252)
Enterococcus spp.    2.7              4.0                  8.4         5.1         4.0 (147)
Serratia spp.        2.5              3.3                  2.8         2.7         2.7 (102)
Proteus spp.         0.7              -                    3.5         5.1         1.4 (54)


           Sader, H - Braz J Infect Dis 2001; 5(4): 200
Antimicrobial susceptibility:
Enterobacteriaceae Latin American
hospitals SENTRY Programme (2001–2004)

                          % of susceptible strains
                E. coli       Klebsiella      Enterobacter
Antimicrobial   (2606)        spp. (4369)         spp.
agent                                             (753)
Ceftriaxone       92              65                  64
Ceftazidime       93              72                  64
Cefepime          94              77                  87
Aztreonam         93              67                  64
Pip/tazo          94              76                  69
Imipenem         100             >99.9               >99.9
Ciprofloxacin     77              84                  81
Gatifloxacin      78              87                  83
Amikacin          98              84                  85
Problemas brasileiros em UTI

Agente                  Freqüência (% dos
                        isolados)
MRSA                    20-90

VRE                     0-10

Klebsiella ESBL         30-90

Pseudomonas resistente 20-70
aos carbapenêmicos
Acinetobacter resistente 40-90
aos carbapenêmicos
Fontes e reservatórios
Reservatório e fonte

Fontes endogénas: causada pelo microrganismo do
paciente ou por procedimentos invasivos diagnósticos
ou terapêuticos (cateter vascular, sonda vesical,
ventilação mecânica etc.)
Reservatório e fonte
    Fontes exógenas:

•   Ambiente hospitalar - água, ar, mãos e objetos
    inanimados;
•   Equipamentos de assistência ao paciente –
    respiradores, máquinas de diálise, aparelhos de
    monitorização cardiovascular etc.;
•   Profissionais da área da saúde – enfermeiros,
    médicos, fisioterapeutas etc.
Endógena



                       Paciente



          Materiais               Ambiente
Exógena   e soluções                          Exógena
                                  inanimado



                       Profissionais
                       de saúde


                       Exógena
Proteção microbiana:
pneumonia (modelo)
Sonda nasoenteral
pH estômago
Decúbito a 45°
Adesão bacteriana

 Modelo: Pseudomonas aeruginosa
   Ligação com fibronectina
   Exopolissacáride (alginato)
   Formação de biofilme
   Previne ação de neutrófilos e macrófagos
   Dificulta ação de antimicrobianos
Placa dentária
Relação entre as bactérias na placa e as
causadoras da pneumonia associada à
ventilação mecânica




      Heo - Clinical Infectious Diseases 2008; 47:1562–70
Pressão seletiva: antimicrobianos
Extraluminal
               Contiguidade




  Extubação
Colonização
63 excluídos
416 pacientes em UTI




   333 avaliáveis
Resistência à ceftazidima
                                              60(8%)
  em isolados clínicos:
                                         Colonizados por G-
    E. Cloacae: 38%
                                       resistentes à ceftazidima
   P. Aeruginosa: 8%
   K. pneumoniae:4%


                                               3(5%)
                                      Desenvolveram infecção
                                   por G- resistentes à ceftazidima


 D´Agata – Crit Care Med 1999; 27(6): 1090
Cultura de vigilância - ERV
Surto por ERV
Coleta de coprocultura                 Tipo isolamento     n    Óbitos
semanal
                                       Fezes+clínico       30   7
1458 amostras de 724
pacientes de risco                     Fezes               29   0
187 ERV de 61 pacientes                Clínico             2    1
8% colonizados após 6
meses                                  Total               61   8




    Wells, CL et al. - Clin Infect Dis 1995; 21 (1): 45.
Oral decontamination for prevention of pneumonia in
                       mechanically ventilated adults: systematic review and meta-
                                           analysis: Letalidade




                      Chan, E. Y. et al. BMJ 2007;334:889




Copyright ©2007 BMJ Publishing Group Ltd.
Cultura de vigilância: modelo
matemático

         Estimativa de redução de transmissão -
                       precauções
                                                 65



              39




      Somente infectados               Infectados + colonizados


      Clin Infect Dis 38, 1108-1115.
Análise Discriminante

         Examinar diferenças
         entre os grupos

         Determinar formas
         de distinguir grupos

         Classificar novos
         grupos
Método




03/08/2010           Enfª Graciana Maria de Moraes
Tabela 2 - Distâncias de Mahalanobis entre os Grupos
                de Microrganismos Resistentes, considerando as
                variáveis de entrada no HSPE, 2007/2008.

        Passo             Entradas              Estatíst   Entre Grupos   Estatíst   gl1   gl2    Signif.

        1       Passagem UTI                     0,069     ARC e KRC       0,416     1     80,0    0,52
        2       Transferido de outro Hospital    0,096      VRE e PRC      0,416     2     79,0    0,66
Resultados




03/08/2010                             Enfª Graciana Maria de Moraes
Tabela 5 - Resultados da Classificação dos
                   Microrganismos Resistentes em pacientes do
                   HSPE, 2007/2008.

                                    Grupo       MRSA          VRE       PRC       ARC        KRC       Total
             Número Original      MRSA                  12          0         0         8          2           22

                                  VRE                    6          0         0         9          0           15

                                  PRC                    6          0         0         14         1           21

                                  ARC                    0          0         0         17         1           18

                                  KRC                    0          0         0         5          4           9

             Porcent              MRSA                54,5        0,0     0,0       36,4        9,1      100,0

                                  VRE                 40,0        0,0     0,0       60,0        0,0      100,0
Resultados




                                  PRC                 28,6        0,0     0,0       66,7        4,8      100,0

                                  ARC                  0,0        0,0     0,0       94,4        5,6      100,0

                                  KRC                  0,0        0,0     0,0       55,6       44,4      100,0
             38,8% dos grupos foram classificados corretamente.



03/08/2010                                  Enfª Graciana Maria de Moraes
Com que freqüência os profissionais
                de saúde são a fonte de surtos de
                MRSA no hospital?

                                                          191 surtos MRSA




                                               26: profissinal de saúde fonte provável




                                                       2 surtos
                13 surtos
                                                                                           11 surtos
                                             Profissional não teve contato
Profissional provavelmente não relacionado
                                                com paciente ou dados                    Forte evidência
   (biologia molecular ou epidemiologia)
                                                       definitivos




                                                                                                                   3 surtos

                                                                                                           Profissionais portadores
                                                                                                                assintomáticos




                                                                                                                   8 surtos

 Infection Control and Hospital Epidemiology 3006; Volume 27, Issue 10, Pages 1123-1127                    Profissionais sintomáticos
Surto de colonização e infecção por Serratia
marcescens relacionado a profissional de saúde
com mão colonizada por longo tempo




       De Vries - Infect Control Hosp Epidemiol 2006;27:1153-1158
Sobrevivência do MRSA em superfícies e
      fômites (dias)



Fômite                        MRSA1         MRSA2   MSSA

Papeleta plástica             11            >12     >12
Forro de mesa plástico        9             11      12

Cortina de poliester          9             8       >14




          Huang - ICHE 2006; 27(11): 1267
VRE: Reservatórios ambientais

    Local estudado         Contaminação       Reservatórios

    UTI                    12%                Monitores, maçanetas

    Pacientes s/diarréia   15%                Aventais, roupa de cama,
                           cama
    Pacientes c/diarréia   46%                Como acima mais monitores, mesas, chão,
                                              esfigmo, esteto, oxímetro, porta do banheiro

    Quartos                29%
    Após terminal          8%

    Diversos               7-37%              Aventais, camas, roupas, maçanetas, fio de ECG,
                                              banheiro, etc



Weber & Rutala - ICHE 1997; 18(5): 306-309.
Medidas de controle ERV
30
                      Quarto privativo Quarto privativo     Quarto privativo
                      Luvas             Luvas                 Luvas
25
                                        Avental              Avental

20

15                                       Prevalências - cultura

         VAN B epidêmico
10       VAN A epidêmico
         VAN B esporádico
5        VAN A esporádico


0
     1   3 5    7   9 11 1   3     5 7   9 11 1    3   5   7 9 11 1     3      5
         1991                    1992                      1993




Boyce, J. et al. - Controlling VRE. - ICHE 1995; 16(11): 634-637.
Reservatório e fonte
•   Soluções administradas ao paciente podem estar
    contaminadas, como é o caso de soluções
    parenterais com fungos;

•   Dispositivos médicos podem tornar-se reservatórios,
    como válvula cardíaca protética;

•   Paredes e chão têm pouca importância, a não ser que
    acumulem sujidade que possa albergar
    microrganismo;
Reservatório e fonte

•   O ar ambiental não é um reservatório comum de
    microrganismos causadores de infecção hospitalar,
    mas reformas e construções podem liberar fungos, e
    sistemas de ar condicionado com recirculação podem
    conter Aspergillus e Legionella;
Reservatório e fonte

•   Instrumental, equipamento médico-cirúrgico e
    fômites também podem contaminar-se a partir
    dos mesmos reservatórios
Review of mobile communication
devices as potential reservoirs of
nosocomial pathogens




  Brady - Journal of Hospital Infection (2009) 71, 295-300
Mecanismos de transmissão
Análise de P. aeruginosa R em isolados de
       hemoculturas: conter a transmissão não é tão
       fácil


Ribogrupo Local     PCR     Ribogrupo Local   PCR RibogrupoLocal       PCR

71-2      Neuro     -       87-2      IOP     SPM-1   92-5   IOP       SPM-1
71-2      Pneumo -          87-2      IOP     SPM-1   92-5   IOP       -
71-2      IOP       -       87-2      IOP     SPM-1   97-7   Pneumo    SPM-1
71-2      CM        IMP-1   87-2      CM      SPM-1   97-7   Diálise   SPM-1
71-2      UTI       VIM-2   87-2      IOP     SPM-1   89-1   UTIp      -
71-2      CM        VIM-2   87-2      IOP     SPM-1   89-4   CM        -
71-2      Gastrocir -       87-2      IOP     SPM-1   89-5   IOP       SPM-1
71-2      Gastro VIM-2      89-2      IOP     -       89-6   IOP       SPM-1
71-2      CM        VIM-2   89-2      UTI     VIM-2   90-3   CM        -
71-2      UTI       VIM-2   89-2      UTIp    VIM-2   90-5   CM        IMP-1
71-2      IOP       VIM-2   89-2
71-2      Hemato -

                                   Reis- Tese Doutorado UNIFESP2003
Transmissão de patógenos entre
pacientes

                  Contato
                   direto




                  Forma de
      Aerossol                 Ar
                 transmissão




                  Contato
                  indireto
Transmissão cruzada
Transmissão cruzada




Direta               Indireta
Clostridium difficile Skin Contamination in
Patients with C. difficile–Associated
Disease




    Bobulsky - Clinical Infectious Diseases 2008; 46:447–50
Results: Number of Nurses with Organisms
Number of Nurses with gram-negative rods and gram-positive
cocci before and after handwashing

                                 Artificial nails               Natural nails
                                   (N = 56):                     (N = 56):
                                    No. (%)                       No. (%)


Gram-negative rods
Before handwashing                  20 (36%)                        3 (5%)
 After handwashing                  23 (41%)                        5 (9%)


Gram-positive cocci
Before handwashing                   4 (7%)                         4 (7%)
 After handwashing                   4 (7%)                         3 (5%)




 Pottinger, J. et al. (1989). American Journal of Infection Control. 17(6): 340-344.
Efeito dos anéis na contagem
           bacteriana das mãos de
           trabalhadores de saúde

                                       Com anéis   Sem anéis
                                       (n=50)      (n=50)

Antes da lavagem                       3790        3303

Após a lavagem                         2681        1775



Salisbury et al. - AJIC 1997; 25: 24
Tá
The Potential for Airborne Dispersal of
Clostridium difficile from Symptomatic
Patients




        Best - Clinical Infectious Diseases 2010; 50(11):1450–1457
Por que as bactérias da
uti são mais resistentes?
Proteção microbiana
Correlação entre Consumo de
Imipenem e Resistência de P.
aeruginosa




    A tigeciclina diminuiu a ação in vitro contra P. aeruginosa, por isso não é um tratamento
    apropriado para infecções comprovadamente causadas por essa bactéria.
    Lepper PM, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2002;46:2920-2925.
Fatores de risco para resistência
        à ciprofloxacina em K. pneumoniae
Fator                                             Valor de p

Uso prévio de uma quinolona                       0,0065

Isolado produtor de ESBL                          0,012

Centro na Turquia                                 0,011

Uso prévio de cefalosporina de III                0,17

Sonda urinária                                    0,24




           Paterson e cols - Cin Infect Dis 2000; 30: 473
Fatores de risco de desenvolvimento de
infecção hospitalar por MDR-PA



Variáveis                      Valor de P    OR      IC 95%

Ventilação mecânica             0,010a      8,19    1,65-40,7


Exposição a fluoroquinolonas     0,188      2,749   0,61-12,4

Exposição a imipenem ou
                                <0,001a     44,8    9,16-219
meropenem
Rodízio de antimicrobianos
          K. pneumoniae
35   %R                                                                           g/mês800

30


25
                                                                                            600

20
                                                                                            400
15


10
                                                                                            200
 5


 0                                                                                          0
     Out-Dez                            Jul-Set                              Jul-Set
      1993                               1994                                 1995
          % resistentes à ceftazidima             % resistentes à piperacilina-tazobactam
          Consumo ceftazidima                     Consumo piperacilina-tazobactam


           Rice- Clin Infect Dis 1996; 23(7): 118
Tabela 1 - Distribuição dos antibióticos utilizados, de
                  acordo com os microrganismos identificados em
                  cultura dos pacientes internados.
                                              MRSA        VRE         PRC         ARC        KRC
                                               n (%)      n (%)       n (%)       n (%)      n (%)
             Aminoglicosídeos                     -          -           -      1 (5,6)         -
             Ampicilina Sulbactam              2(9,1)        -           -           -          -
             Cefalosporina 1ªgeração              -          -      3 (14,3)         -      1 (11,1)
             Cefalosporina 2ª geração         4 (18,2)   3 (20,0)        -      3 (16,7)        -
             Cefalosporina 3ª geração         5 (22,7)   1 (6,7)     3 (14,3)    3 (16,7)   3 (33,3)
             Cefalosporina 4ª geração        6 (27,3)    3 (20,0)   4 (19,1)    4 (22,2)    1 (11,1)
             Carbapenênicos                  17 (77,3)   5 (33,3)   6 (28,6)    8 (44,4)    4 (44,4)
             Glicopeptídeos                   7 (31,8)   8 (53,3)   14 (66,7)   10 (55,6)   5 (55,6)
             Linezolida                           -      1 (6,7)    1 (4,8)          -          -
             Macrolídeos                     2 (9,1)         -      2 (9,5)     3 (16,7)    2 (22,2)
             Metronidazol                    1 (4,5)         -      3 (14,3)    3 (16,7)    2 (22,2)
Resultados




             Oxacilina                       1 (4,5)         -      1 (4,8)      2 (11,1)       -
             Piperacilina Tazobactam          3 (13,6)   2 (13,3)    9 (42,8)    4 (22,2)   5 (55,6)
             Polimixina                           -          -      3 (14,3)    1 (5,6)         -
             Quinolonas                           -          -      2 (9,5)      2 (11,1)   2 (22,2)
             Sulfonamidas                         -      1 (6,7)         -      1 (5,6)         -


03/08/2010                              Enfª Graciana Maria de Moraes
A soma de todos os fatos...
Colonizados              Ambiente



                              Mãos, antibióticos e cuidados


         Colonização




                         Invasão e cuidados




              Infecção
A influência do coorte
                    de enfermagem na
                    efetividade da
                    higienização das mãos
Clive B. Beggs, Catherine J. Noakes, Simon J. Shepherd, Kevin G. Kerr, P. Andrew Sleigh,
Katherine Banfield

Bradford, United Kingdom; Leeds, United Kingdom; and Harrogate, United Kingdom

                 American Journal of Infection Control
         Volume 34, Issue 10, Pages 621-626 (December 2006)
Modelo matemático
         Adesão à
       lavagem das
                                  Coorte de
                                 enfermagem
           mãos
                                      Transmissão, se
Transmissão,                             nenhuma de
                                         Proporção
após medidas                              enfermagem
                                       medida eficaz
                  R = (1-p)(1-qn)R0
Impacto do número de profissionais
nas infecções de corrente sangüínea
em UTI neonatal




   Cimiotti - Arch Pediatr Adolesc Med, Volume 160(8).August 2006.832–836

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Epidemiologia da IH na UTI

  • 1. – INFECÇÃO HOSPITALAR NO PACIENTE CRÍTICO: INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA Dr. Renato Satovschi Grinbaum CCIH do H. Beneficência Portuguesa Doutor - Unifesp
  • 3. Vigilância nas UTIs Taxas preconizadas Taxa Cálculo Referência NNIS Pneumonia 1000 * pneumonias 4,9 a 18,1 Respiradores-dia ITU 1000 * ITUs 5,5 a 12,9 Sondas-dia Infecção da 1000 * I.c. sangüíneas 9,0 a 19,4 corrente Cateteres-dia sangüínea As cifras descritas em hospitais americanos podem não ser exatamente aquelas apropriadas para a realidade brasileira. As cifras são baseadas no percentil 90 dos dados obtidos no projeto NNIS e a variabilidade reflete as diferenças de taxas encontradas de acordo com o tipo de UTI. Am J Infect Control 2003; 31: 481-98.
  • 4. Etiologia da infecção hospitalar % de ocorrência em Microrganismo Bacteremia (2008) Pneumonia (822) ISC (430) ITU (468) Total (3728) S. aureus 23.6 21.0 45.8 1.9 22.8 (852) E. coli 11.3 4.4 7.2 47.6 13.8 (516) P. Aeruginosa 7.5 29.4 10.5 12.6 13.3 (496) K. pneumoniae 8.9 9.2 4.2 9.8 8.5 (318) Enterobacter spp. 8.3 6.8 6.7 5.8 7.5 (279) ECN 12.0 0.5 3.0 0.6 7.0 (261) Acinetobacter spp. 6.8 10.8 2.8 3.0 6.7 (252) Enterococcus spp. 2.7 4.0 8.4 5.1 4.0 (147) Serratia spp. 2.5 3.3 2.8 2.7 2.7 (102) Proteus spp. 0.7 - 3.5 5.1 1.4 (54) Sader, H - Braz J Infect Dis 2001; 5(4): 200
  • 5. Antimicrobial susceptibility: Enterobacteriaceae Latin American hospitals SENTRY Programme (2001–2004) % of susceptible strains E. coli Klebsiella Enterobacter Antimicrobial (2606) spp. (4369) spp. agent (753) Ceftriaxone 92 65 64 Ceftazidime 93 72 64 Cefepime 94 77 87 Aztreonam 93 67 64 Pip/tazo 94 76 69 Imipenem 100 >99.9 >99.9 Ciprofloxacin 77 84 81 Gatifloxacin 78 87 83 Amikacin 98 84 85
  • 6. Problemas brasileiros em UTI Agente Freqüência (% dos isolados) MRSA 20-90 VRE 0-10 Klebsiella ESBL 30-90 Pseudomonas resistente 20-70 aos carbapenêmicos Acinetobacter resistente 40-90 aos carbapenêmicos
  • 8. Reservatório e fonte Fontes endogénas: causada pelo microrganismo do paciente ou por procedimentos invasivos diagnósticos ou terapêuticos (cateter vascular, sonda vesical, ventilação mecânica etc.)
  • 9. Reservatório e fonte Fontes exógenas: • Ambiente hospitalar - água, ar, mãos e objetos inanimados; • Equipamentos de assistência ao paciente – respiradores, máquinas de diálise, aparelhos de monitorização cardiovascular etc.; • Profissionais da área da saúde – enfermeiros, médicos, fisioterapeutas etc.
  • 10. Endógena Paciente Materiais Ambiente Exógena e soluções Exógena inanimado Profissionais de saúde Exógena
  • 15. Adesão bacteriana Modelo: Pseudomonas aeruginosa Ligação com fibronectina Exopolissacáride (alginato) Formação de biofilme Previne ação de neutrófilos e macrófagos Dificulta ação de antimicrobianos
  • 17. Relação entre as bactérias na placa e as causadoras da pneumonia associada à ventilação mecânica Heo - Clinical Infectious Diseases 2008; 47:1562–70
  • 19.
  • 20. Extraluminal Contiguidade Extubação
  • 22. 63 excluídos 416 pacientes em UTI 333 avaliáveis Resistência à ceftazidima 60(8%) em isolados clínicos: Colonizados por G- E. Cloacae: 38% resistentes à ceftazidima P. Aeruginosa: 8% K. pneumoniae:4% 3(5%) Desenvolveram infecção por G- resistentes à ceftazidima D´Agata – Crit Care Med 1999; 27(6): 1090
  • 23. Cultura de vigilância - ERV Surto por ERV Coleta de coprocultura Tipo isolamento n Óbitos semanal Fezes+clínico 30 7 1458 amostras de 724 pacientes de risco Fezes 29 0 187 ERV de 61 pacientes Clínico 2 1 8% colonizados após 6 meses Total 61 8 Wells, CL et al. - Clin Infect Dis 1995; 21 (1): 45.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Oral decontamination for prevention of pneumonia in mechanically ventilated adults: systematic review and meta- analysis: Letalidade Chan, E. Y. et al. BMJ 2007;334:889 Copyright ©2007 BMJ Publishing Group Ltd.
  • 27. Cultura de vigilância: modelo matemático Estimativa de redução de transmissão - precauções 65 39 Somente infectados Infectados + colonizados Clin Infect Dis 38, 1108-1115.
  • 28. Análise Discriminante Examinar diferenças entre os grupos Determinar formas de distinguir grupos Classificar novos grupos Método 03/08/2010 Enfª Graciana Maria de Moraes
  • 29. Tabela 2 - Distâncias de Mahalanobis entre os Grupos de Microrganismos Resistentes, considerando as variáveis de entrada no HSPE, 2007/2008. Passo Entradas Estatíst Entre Grupos Estatíst gl1 gl2 Signif. 1 Passagem UTI 0,069 ARC e KRC 0,416 1 80,0 0,52 2 Transferido de outro Hospital 0,096 VRE e PRC 0,416 2 79,0 0,66 Resultados 03/08/2010 Enfª Graciana Maria de Moraes
  • 30. Tabela 5 - Resultados da Classificação dos Microrganismos Resistentes em pacientes do HSPE, 2007/2008. Grupo MRSA VRE PRC ARC KRC Total Número Original MRSA 12 0 0 8 2 22 VRE 6 0 0 9 0 15 PRC 6 0 0 14 1 21 ARC 0 0 0 17 1 18 KRC 0 0 0 5 4 9 Porcent MRSA 54,5 0,0 0,0 36,4 9,1 100,0 VRE 40,0 0,0 0,0 60,0 0,0 100,0 Resultados PRC 28,6 0,0 0,0 66,7 4,8 100,0 ARC 0,0 0,0 0,0 94,4 5,6 100,0 KRC 0,0 0,0 0,0 55,6 44,4 100,0 38,8% dos grupos foram classificados corretamente. 03/08/2010 Enfª Graciana Maria de Moraes
  • 31. Com que freqüência os profissionais de saúde são a fonte de surtos de MRSA no hospital? 191 surtos MRSA 26: profissinal de saúde fonte provável 2 surtos 13 surtos 11 surtos Profissional não teve contato Profissional provavelmente não relacionado com paciente ou dados Forte evidência (biologia molecular ou epidemiologia) definitivos 3 surtos Profissionais portadores assintomáticos 8 surtos Infection Control and Hospital Epidemiology 3006; Volume 27, Issue 10, Pages 1123-1127 Profissionais sintomáticos
  • 32. Surto de colonização e infecção por Serratia marcescens relacionado a profissional de saúde com mão colonizada por longo tempo De Vries - Infect Control Hosp Epidemiol 2006;27:1153-1158
  • 33. Sobrevivência do MRSA em superfícies e fômites (dias) Fômite MRSA1 MRSA2 MSSA Papeleta plástica 11 >12 >12 Forro de mesa plástico 9 11 12 Cortina de poliester 9 8 >14 Huang - ICHE 2006; 27(11): 1267
  • 34. VRE: Reservatórios ambientais Local estudado Contaminação Reservatórios UTI 12% Monitores, maçanetas Pacientes s/diarréia 15% Aventais, roupa de cama, cama Pacientes c/diarréia 46% Como acima mais monitores, mesas, chão, esfigmo, esteto, oxímetro, porta do banheiro Quartos 29% Após terminal 8% Diversos 7-37% Aventais, camas, roupas, maçanetas, fio de ECG, banheiro, etc Weber & Rutala - ICHE 1997; 18(5): 306-309.
  • 35. Medidas de controle ERV 30 Quarto privativo Quarto privativo Quarto privativo Luvas Luvas Luvas 25 Avental Avental 20 15 Prevalências - cultura VAN B epidêmico 10 VAN A epidêmico VAN B esporádico 5 VAN A esporádico 0 1 3 5 7 9 11 1 3 5 7 9 11 1 3 5 7 9 11 1 3 5 1991 1992 1993 Boyce, J. et al. - Controlling VRE. - ICHE 1995; 16(11): 634-637.
  • 36.
  • 37. Reservatório e fonte • Soluções administradas ao paciente podem estar contaminadas, como é o caso de soluções parenterais com fungos; • Dispositivos médicos podem tornar-se reservatórios, como válvula cardíaca protética; • Paredes e chão têm pouca importância, a não ser que acumulem sujidade que possa albergar microrganismo;
  • 38. Reservatório e fonte • O ar ambiental não é um reservatório comum de microrganismos causadores de infecção hospitalar, mas reformas e construções podem liberar fungos, e sistemas de ar condicionado com recirculação podem conter Aspergillus e Legionella;
  • 39. Reservatório e fonte • Instrumental, equipamento médico-cirúrgico e fômites também podem contaminar-se a partir dos mesmos reservatórios
  • 40. Review of mobile communication devices as potential reservoirs of nosocomial pathogens Brady - Journal of Hospital Infection (2009) 71, 295-300
  • 42. Análise de P. aeruginosa R em isolados de hemoculturas: conter a transmissão não é tão fácil Ribogrupo Local PCR Ribogrupo Local PCR RibogrupoLocal PCR 71-2 Neuro - 87-2 IOP SPM-1 92-5 IOP SPM-1 71-2 Pneumo - 87-2 IOP SPM-1 92-5 IOP - 71-2 IOP - 87-2 IOP SPM-1 97-7 Pneumo SPM-1 71-2 CM IMP-1 87-2 CM SPM-1 97-7 Diálise SPM-1 71-2 UTI VIM-2 87-2 IOP SPM-1 89-1 UTIp - 71-2 CM VIM-2 87-2 IOP SPM-1 89-4 CM - 71-2 Gastrocir - 87-2 IOP SPM-1 89-5 IOP SPM-1 71-2 Gastro VIM-2 89-2 IOP - 89-6 IOP SPM-1 71-2 CM VIM-2 89-2 UTI VIM-2 90-3 CM - 71-2 UTI VIM-2 89-2 UTIp VIM-2 90-5 CM IMP-1 71-2 IOP VIM-2 89-2 71-2 Hemato - Reis- Tese Doutorado UNIFESP2003
  • 43. Transmissão de patógenos entre pacientes Contato direto Forma de Aerossol Ar transmissão Contato indireto
  • 46. Clostridium difficile Skin Contamination in Patients with C. difficile–Associated Disease Bobulsky - Clinical Infectious Diseases 2008; 46:447–50
  • 47. Results: Number of Nurses with Organisms Number of Nurses with gram-negative rods and gram-positive cocci before and after handwashing Artificial nails Natural nails (N = 56): (N = 56): No. (%) No. (%) Gram-negative rods Before handwashing 20 (36%) 3 (5%) After handwashing 23 (41%) 5 (9%) Gram-positive cocci Before handwashing 4 (7%) 4 (7%) After handwashing 4 (7%) 3 (5%) Pottinger, J. et al. (1989). American Journal of Infection Control. 17(6): 340-344.
  • 48. Efeito dos anéis na contagem bacteriana das mãos de trabalhadores de saúde Com anéis Sem anéis (n=50) (n=50) Antes da lavagem 3790 3303 Após a lavagem 2681 1775 Salisbury et al. - AJIC 1997; 25: 24
  • 49.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54. The Potential for Airborne Dispersal of Clostridium difficile from Symptomatic Patients Best - Clinical Infectious Diseases 2010; 50(11):1450–1457
  • 55. Por que as bactérias da uti são mais resistentes?
  • 57. Correlação entre Consumo de Imipenem e Resistência de P. aeruginosa A tigeciclina diminuiu a ação in vitro contra P. aeruginosa, por isso não é um tratamento apropriado para infecções comprovadamente causadas por essa bactéria. Lepper PM, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2002;46:2920-2925.
  • 58. Fatores de risco para resistência à ciprofloxacina em K. pneumoniae Fator Valor de p Uso prévio de uma quinolona 0,0065 Isolado produtor de ESBL 0,012 Centro na Turquia 0,011 Uso prévio de cefalosporina de III 0,17 Sonda urinária 0,24 Paterson e cols - Cin Infect Dis 2000; 30: 473
  • 59. Fatores de risco de desenvolvimento de infecção hospitalar por MDR-PA Variáveis Valor de P OR IC 95% Ventilação mecânica 0,010a 8,19 1,65-40,7 Exposição a fluoroquinolonas 0,188 2,749 0,61-12,4 Exposição a imipenem ou <0,001a 44,8 9,16-219 meropenem
  • 60. Rodízio de antimicrobianos K. pneumoniae 35 %R g/mês800 30 25 600 20 400 15 10 200 5 0 0 Out-Dez Jul-Set Jul-Set 1993 1994 1995 % resistentes à ceftazidima % resistentes à piperacilina-tazobactam Consumo ceftazidima Consumo piperacilina-tazobactam Rice- Clin Infect Dis 1996; 23(7): 118
  • 61. Tabela 1 - Distribuição dos antibióticos utilizados, de acordo com os microrganismos identificados em cultura dos pacientes internados. MRSA VRE PRC ARC KRC n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) Aminoglicosídeos - - - 1 (5,6) - Ampicilina Sulbactam 2(9,1) - - - - Cefalosporina 1ªgeração - - 3 (14,3) - 1 (11,1) Cefalosporina 2ª geração 4 (18,2) 3 (20,0) - 3 (16,7) - Cefalosporina 3ª geração 5 (22,7) 1 (6,7) 3 (14,3) 3 (16,7) 3 (33,3) Cefalosporina 4ª geração 6 (27,3) 3 (20,0) 4 (19,1) 4 (22,2) 1 (11,1) Carbapenênicos 17 (77,3) 5 (33,3) 6 (28,6) 8 (44,4) 4 (44,4) Glicopeptídeos 7 (31,8) 8 (53,3) 14 (66,7) 10 (55,6) 5 (55,6) Linezolida - 1 (6,7) 1 (4,8) - - Macrolídeos 2 (9,1) - 2 (9,5) 3 (16,7) 2 (22,2) Metronidazol 1 (4,5) - 3 (14,3) 3 (16,7) 2 (22,2) Resultados Oxacilina 1 (4,5) - 1 (4,8) 2 (11,1) - Piperacilina Tazobactam 3 (13,6) 2 (13,3) 9 (42,8) 4 (22,2) 5 (55,6) Polimixina - - 3 (14,3) 1 (5,6) - Quinolonas - - 2 (9,5) 2 (11,1) 2 (22,2) Sulfonamidas - 1 (6,7) - 1 (5,6) - 03/08/2010 Enfª Graciana Maria de Moraes
  • 62. A soma de todos os fatos...
  • 63. Colonizados Ambiente Mãos, antibióticos e cuidados Colonização Invasão e cuidados Infecção
  • 64. A influência do coorte de enfermagem na efetividade da higienização das mãos Clive B. Beggs, Catherine J. Noakes, Simon J. Shepherd, Kevin G. Kerr, P. Andrew Sleigh, Katherine Banfield Bradford, United Kingdom; Leeds, United Kingdom; and Harrogate, United Kingdom American Journal of Infection Control Volume 34, Issue 10, Pages 621-626 (December 2006)
  • 65. Modelo matemático Adesão à lavagem das Coorte de enfermagem mãos Transmissão, se Transmissão, nenhuma de Proporção após medidas enfermagem medida eficaz R = (1-p)(1-qn)R0
  • 66.
  • 67. Impacto do número de profissionais nas infecções de corrente sangüínea em UTI neonatal Cimiotti - Arch Pediatr Adolesc Med, Volume 160(8).August 2006.832–836