O documento resume as atividades e responsabilidades de um biólogo especializado no controle da malária, incluindo: 1) orientar procedimentos de diagnóstico e tratamento da malária; 2) melhorar o desempenho de microscopistas; 3) melhorar a qualidade da investigação de casos e tratamento de pacientes.
1.
MSc. DANIEL TESTA MOTA
Biólogo-Mestre em Biologia Urbana
(Entomologia Médica)
Apoiador Municipal para o Controle da
Malária-FIOTEC/MS
2016
2. Orientar os procedimentos corretos para
o controle da qualidade do diagnóstico e
tratamento laboratorial da malária.
Melhorar o desempenho geral dos
microscopistas em cada nível de atuação
dos serviços laboratoriais;
Melhorar a qualidade da investigação de
casos e dispensacão de medicamentos
aos pacientes e controle dos casos de
malária.
3.
4. Investigação epidemiológica
Diagnóstico e tratamento
Preenchimento do SIVEP
LVC
Escala de trabalho
Envio da produção
Direcionamento das atividade de controle da
5.
6.
7.
8.
9.
10. A maioria dos achados patológicos da malária é devida
à destruição de eritrócitos.
parasita rompe os eritrócitos após a liberação dos merozóitos
O baço sequestra e destrói hemácias infectadas
11. A malária causada pelo P. falciparum é mais severa do que a
causada por outros plasmódios.
◦ Infecção de mais eritrócitos e oclusão de capilares com
agregados de hemácias parasitadas
◦ Hemorragia e necrose
P. falciparum infecta eritrócitos de todas as idades
P. vivax infecta somente reticulócitos
P. malariae infecta somente hemácias maduras
12. Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pelas
manifestações clinicas e patologia da malária – a passagem do
parasita pelo fígado não é patogênica.
13. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
AGENTE INFECCIOSO PERÍODO DE
INCUBAÇÃO
MÉDIA
Plasmodium falciparum 7 a 14 dias 12 dias
Plasmodium vivax 8 a 30 dias 14 dias
Plasmodium malariae 18 a 37 dias 30 dias
14. Dependendo da espécie de Plasmodium,
Carga parasitária injetada pelo mosquito no momento da
picada
Sistema de defesa do paciente.
Durante esse período, que corresponde à fase em que
o Plasmodium está se reproduzindo no fígado do
indivíduo, não há sintomas.
15.
16. DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA
LABORATORIAL:
Técnica da gota espessa + Eficaz
17. • Erros na leitura das lâminas de malária podem ter graves
consequências no manejo dos pacientes, podendo levar,
inclusive, a complicações e óbito.
• No nível coletivo as deficiências sistemáticas na qualidade
do diagnóstico, em um ou mais postos de microscopia,
podem aumentar a transmissão da malária e dificultar a
tomada de decisões e a avaliação das estratégias de
tratamento.
18. Supervisão
•Supervisão de rotina aos postos de diagnóstico(em
geral programa municipal de malária)
•Supervisão direta aos laboratórios de base e revisão
após detecção de divergências
20. • É a capacidade do microscopista de realizar um exame e detectar com
exatidão o parasito causador da malária na gota espessa (OMS, 2005).
• Está baseada na capacidade do microscopista de confeccionar, corar,
examinar e interpretar uma gota espessa. A avaliação de competências
se realiza em condições controladas e padronizadas onde existem os
elementos para realizar um diagnóstico de qualidade
21. • Refere-se à exatidão na leitura das lâminas de malária examinadas
nas condições da rotina do serviço.
• Influenciado pela competência do microscopista e por outros fatores:
condições de trabalho, número de lâminas lidas e condições dos
equipamentos e insumos (OMS, 2005).
• Nos programas de controle da malária, o monitoramento do
desempenho corresponde a prática tradicional de revisão de lâminas por
segunda leitura e da qualidade da coloração e preparação das lâminas
26. DADOS DA NOTIFICAÇÃODADOS DA NOTIFICAÇÃO
2
3 4
5
7
8 9
6
1
0
1
1
1 No. da
Notificação
Data da Notificação: Tipo de Detecção:
1 – Passiva 2 - Ativa
Sintomas:
1-Com sintomas
2-Sem sintomas
UF Notificação:
Município da Notificação:
Cód. Mun. Notificação:
Unidade Notificante: Cód. da Unidade:
Nome do Agente Notificante: Cód. do Agente:
1 1 0 3 2 0 1 31 1 0 3 2 0 1 3 11 11 R RR R
RorainópolisRorainópolis
0101
Dr. YandaraDr. Yandara
MarcosMarcos
1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
5 9 65 9 6
6 46 4
27. DADOS DO PACIENTEDADOS DO PACIENTE
1
2
13
22 22 22 22 22 66 66 66
14 15
1
6
1
7
1
8
1
9
2
0
2
1
Nome do Paciente:
Escolaridade:
0- Analfabeto 1 - 1ª a 4ª série incompleta do EF 2 – 4ª série completa do EF 3 – 5ª a 8ª série incompleta do EF
4 – Ensino Fundamental completo 5 – Ensino médio incompleto 6 – Ensino médio completo
7 – Educação superior incompleto 8 – Educação superior completa 10 – Não se aplica
Principal Atividade nos Últimos 15 dias:
1 – Agricultura 2 – Pecuária 3 – Doméstica 4 – Turismo 5 – Garimpagem
6 – Exploração Vegetal 7 – Caça e pesca 8 – Construção de estradas/barragens
9 – Mineração 10 – Viajante 11 - Outros
№ Cartão Nacional de Saúde Data do Nascimento: Idade:
Dia
Mês
Ano
Sexo
M – Masculino F - Feminino
Paciente é gestante?
1 - 1º Trimestre 2 – 2º Trimestre 3 - 3º Trimestre
4 – Idade gestacional ignorada 5 – Não 6 – Não se aplica
Raça/Cor:
1 – Branca 2 – Preta 3 – Amarela
4 – Parda 5 – Indígena
Nome da mãe:
Josefa QueirózJosefa Queiróz
0 8 0 1 1 9 6 20 8 0 1 1 9 6 2 4 94 9
FF 55
66
44
44
Josefina QueirozJosefina Queiroz
XX8 0 1 1 9 6 28 0 1 1 9 6 2
28. DADOS DO PACIENTEDADOS DO PACIENTE
2
2
2
3
24 25
2
6
27 2
8
29 30 3
1
Endereço do Paciente: Outro País de Residência
Localidade de Residência:
________________________________________
Cód. Localid. Resid:
UF Residência: Município de Residência:
____________________________
Cód. Mun. Resid:
Data dos Primeiros Sintomas: Recebeu tratamento para malária
vivax nos últimos 60 dias?
Recebeu tratamento para malária
falciparum nos últimos 40 dias?
1 – Sim 2 – Não 1 – Sim 2 – Não
Rua Bernardo Micheles, 1447Rua Bernardo Micheles, 1447
A MA M ManausManaus
--------
1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
PetrópolisPetrópolis 1 7 51 7 5
0 8 0 5 2 0 1 60 8 0 5 2 0 1 6 22 22
29. LOCAL PROVÁVEL DA INFECÇÃOLOCAL PROVÁVEL DA INFECÇÃO
3
2
3
3
3
4
3
5
3
6
3
7
Outro País provável de Infecção:
___________________________________________
UF provável de Infecção:
Município provável da Infecção:
_____________________________________________________
Cód. Mun. Provável Infecção
Localidade provável da Infecção:
____________________________________________________
Cód. Localid. Prov. Infecção:
--------
RorainópolisRorainópolis 1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
Vila do equadorVila do equador 1 81 8
Investigação epidemiológica
Controle vetorial e Busca ativa
30. DADOS DO EXAMEDADOS DO EXAME
38 39 40
4
1
4
2
43
4
4
4
5
Nome do Examinador:
________________________________________________
Cód. Examinador:
Data do Exame: Tipo de exame:
1 – Gota espessa/Esfregaço
2 - Teste rápido
Resultado do Exame:
1 – Negativo; 2 – F; 3 – F + FG; 4 – V; 5 – F+V;
6 – V+FG; 7 – FG; 8 – M; 10 – Ov; 11 – Não F
Parasitos por mm³:
______________
Parasitemia em “cruzes”
1 - < +/2 (menor que meia cruz); 2 - +/2 (meia cruz);
3 - + (uma cruz); 4 - ++ (duas cruzes);
5 - ++++ (três cruzes); 6 - ++++ (quatro cruzes)
Outros Hemoparasitas Pesquisados:
1 – Negativo 2 – Trypanosoma sp.
3 – Microfilária 4 – Trypanosoma sp.+Microfilária
9 – Não pésquisados
1 1 0 3 2 0 1 31 1 0 3 2 0 1 3 11
0 30 3
+ F 05Fg+ F 05Fg
--------
33 11
Frank (Rubrica ou assinatura)Frank (Rubrica ou assinatura) 8 68 6
31. TRATAMENTOTRATAMENTO
4
6
Esquema de tratamento utilizado, de acordo com Manual de Terapêutica da Malária
1. Infecções pelo P.vivax ou P.ovale com cloroquina em 3 dias e primaquina em 7 dias (esquema curto);
2. Infecções pelo P.vivax ou P.ovale com cloroquina em 3 dias primaquina em 14 dias (esquema longo);
3. Infecções pelo P.malariae para todas as idades e por P.vivax ou P.ovale em gestantes e crianças com
menos de 6 meses, com cloroquina em 3 dias;
4. Prevenção das recaidas frequentes por P.vivax ou P.ovale com cloroquina semanal em 12 semanas;
5. Infecções por P.falciparum com a combinação fixa de artemeter+lumefantrina em 3 dias;
6. Infecções por P.falciparum com a combinação fixa de artesunato+mefloquina em 3 dias;
7. Infecções por P.falciparum com quinina m 3 dias, doxiciclina em 5 dias e primaquina n 6º dia;
8. Infecções mistas por P.falciparum e P.vivax ou P.ovale com Artemeter + Lumefantrina ou Artesunato +
Mefloquina em 3 dias e Primaquina em 7 dias;
9. Infecções não complicadas por P.falciparum no 1º trimestre da gestação e crianças com menos de 6
meses, com quinina em 3 dias e clindamicina em 5 dias;
10. Malária grave e complicada pelo P.falciparum em todas as faixas etárias;
99. Outro esquema utilizado (por médico) – descrever.
47
Data do Início do tratamento:
0 50 5
1 1 0 5 2 0 1 61 1 0 5 2 0 1 6
32. SMS – UFSMS – UF
MUNICÍPIOMUNICÍPIO
12 15
1 38 40 44
COMPROVANTE DE RESULTADO DO EXAME PARA SER ENTREGUE AO PACIENTECOMPROVANTE DE RESULTADO DO EXAME PARA SER ENTREGUE AO PACIENTE
Nome do paciente:
____________________________________________________________________
Idade:
_________________
Nº da Notificação Data do Exame Resultado do Exame:
_______________
Nome do Examinador:
________________
MS/SVS 22/09/2010
Josefa QueirózJosefa Queiróz 49 a49 a
0 10 1 1 1 0 5 2 0 1 61 1 0 5 2 0 1 6 + F 05Fg+ F 05Fg Frank- 86Frank- 86
33. Importância doImportância do
preenchimento:preenchimento:
1.1. Laboratório - informaçõesLaboratório - informações
2.2. Epidemiologia -Epidemiologia -
transmissãotransmissão
3.3. Ações de controle vetorialAções de controle vetorial
4.4. Entomologia - transmissorEntomologia - transmissor
Importância doImportância do
preenchimento:preenchimento:
1.1. Laboratório - informaçõesLaboratório - informações
2.2. Epidemiologia -Epidemiologia -
transmissãotransmissão
3.3. Ações de controle vetorialAções de controle vetorial
4.4. Entomologia - transmissorEntomologia - transmissor
LIVRO DE REGISTRO DE LÂMINALIVRO DE REGISTRO DE LÂMINA
PADRONIZADO MS/PNCM/LACENPADRONIZADO MS/PNCM/LACEN
34. LIVRO DE REGISTRO DELIVRO DE REGISTRO DE
LÂMINASLÂMINASNo.
Ord
Nome do
Paciente
Ida
de
Se
xo
Endereço Procedência Tipo
da
Lâmi
na
No. da
UN e
da
lâmina
Diagnóst
ico
Tratamento Observaç
õesLocalid
ade
Município COARTEM CLQ PQ
B6 B12 B18 B24 15 5
1,5 7,0 1,5 1,0 6,5 6,0 1,5 1,5 1,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 6,0
LVC – 01 NEG
BA – 01 NEG
++V10Fg
++F08V
20V
+F
+F03Fg
6
24
24
10
14
8
--
-- -
--
- - - --
- - -
- - -
- - - - ---
- - - - ---
- - --
Gabriela Sena01 1a F 104/33BPItacoatiaraKm10 Lindoia
Av Isabel BPTarumã Manaus 03/40M02 Jorge Silva 60
+/2F
BP
R.Brasil
eirinho
R. Ipiranga Manaus 114/23M05 Daniel Pena 5m
LVCBalbina Urubuí P.Figueire
d
01/51F- Jucilene Silva 15 Gest. 5º
BARua AmaralTarumã Manaus 01/63F03 Orlandina 15 Gest 3º
BATarumãR. Buriti Manaus 01/66F04 Maria da Silva 15 Gest 1ºQ+C
Encam.p/
médico
Se tiver a
medicação
– Quinino ¼
de 8/8hs ou
12/12hs
OBS: Gestante – Na malária vivax toma-se 04 comprimidos de CQ no 1º dia e no 2º e 3º
dia toma 03 comp. por dia. Não administrar PQ
OBS: Gestante – Na malária vivax toma-se 04 comprimidos de CQ no 1º dia e no 2º e 3º
dia toma 03 comp. por dia. Não administrar PQ
OBS: Gestante – Na malária falciparum no 1º trimestre usa Quinino+Clindamicina (Tabela
05)
OBS: Gestante – Na malária falciparum no 1º trimestre usa Quinino+Clindamicina (Tabela
05)
OBS: Gestante – Na malária falciparum no 2º trimestre em diante toma-se CoartemOBS: Gestante – Na malária falciparum no 2º trimestre em diante toma-se Coartem
35. Produção do microscopista deve ser enviada
semanalmente.
Fechar a produção na sexta feira e enviar no
Maximo até terça feira da semana subsequente.
Falhas nesse processo dificulta os trabalhos da
revisão, digitação, e análise epidemiológica.