O documento discute as principais teorias filosóficas sobre as emoções de acordo com três abordagens: 1) emoções como sentimentos; 2) emoções como desejos; 3) emoções como juízos cognitivos. Apresenta as visões de David Hume, Adam Smith, Descartes, Spinoza e Damásio sobre as emoções.
O documento discute os mecanismos de defesa segundo Freud, incluindo a repressão, negação e formação reativa. A repressão envolve expulsar sentimentos e lembranças proibidas da consciência. A negação é negar fatos evidentes para evitar angústia. A formação reativa envolve reprimir impulsos e super-enfatizar impulsos opostos.
1) O documento discute diferentes abordagens psicológicas para compreender o ser humano, incluindo a psicanálise de Freud, a psicologia analítica de Jung e o humanismo de Maslow.
2) A psicanálise de Freud enfatiza o inconsciente e suas influências no pensamento e comportamento, enquanto Jung foca no self, persona e sombra.
3) Maslow propõe uma hierarquia de necessidades humanas e o conceito de autorrealização como motivação para o desenvolvimento pessoal.
O documento discute os mecanismos de defesa do ego descritos por Freud, incluindo repressão, projeção, racionalização e sublimação. Estes mecanismos são processos inconscientes usados pelo ego para lidar com ansiedade e ameaças, mas em excesso podem indicar problemas psicológicos. O documento também resume as principais teorias freudianas sobre a estrutura da mente.
O documento discute a saúde emocional e diagnósticos emocionais comuns como depressão e transtornos de ansiedade. Ele também aborda fatores que contribuem para a saúde emocional equilibrada, como desenvolvimento infantil adequado, capacidade de expressar sentimentos e aceitar mudanças. Manter pensamentos e hábitos positivos é importante para o bem-estar emocional.
O documento discute as emoções humanas e como elas são experienciadas e expressas. Aborda perspectivas evolutivas, fisiológicas e culturais sobre as emoções, e apresenta casos clínicos que ilustram a importância das emoções para o funcionamento cognitivo normal.
Em relação à inteligência emocional: mulheres tem mais IE do que homens? Para falar sobre isso, resumimos aqui as principais pesquisas de IE e gênero. Falamos também sobre os desafios de manter IE em um mundo com tantas desconexões e sobre as lentes que as mulheres utilizam para avaliarem suas carreiras. Quer saber mais? Fale com a gente: contato@conexaoie.com.br. :-)
Fundamentos Históricos e Epistemológicos da PsicologiaRoney Gusmão
O documento discute os fundamentos epistemológicos e históricos da psicologia. Aborda como diferentes culturas ao longo da história buscaram explicar a mente e o comportamento humano, desde mitologias na Grécia Antiga até os primeiros filósofos pré-socráticos. Também apresenta as contribuições de filósofos como Platão, Aristóteles e Sócrates para o estabelecimento da psicologia como ciência, além de discutir conceitos como alma, razão e dualismo mente-corpo.
O documento discute os mecanismos de defesa segundo Freud, incluindo a repressão, negação e formação reativa. A repressão envolve expulsar sentimentos e lembranças proibidas da consciência. A negação é negar fatos evidentes para evitar angústia. A formação reativa envolve reprimir impulsos e super-enfatizar impulsos opostos.
1) O documento discute diferentes abordagens psicológicas para compreender o ser humano, incluindo a psicanálise de Freud, a psicologia analítica de Jung e o humanismo de Maslow.
2) A psicanálise de Freud enfatiza o inconsciente e suas influências no pensamento e comportamento, enquanto Jung foca no self, persona e sombra.
3) Maslow propõe uma hierarquia de necessidades humanas e o conceito de autorrealização como motivação para o desenvolvimento pessoal.
O documento discute os mecanismos de defesa do ego descritos por Freud, incluindo repressão, projeção, racionalização e sublimação. Estes mecanismos são processos inconscientes usados pelo ego para lidar com ansiedade e ameaças, mas em excesso podem indicar problemas psicológicos. O documento também resume as principais teorias freudianas sobre a estrutura da mente.
O documento discute a saúde emocional e diagnósticos emocionais comuns como depressão e transtornos de ansiedade. Ele também aborda fatores que contribuem para a saúde emocional equilibrada, como desenvolvimento infantil adequado, capacidade de expressar sentimentos e aceitar mudanças. Manter pensamentos e hábitos positivos é importante para o bem-estar emocional.
O documento discute as emoções humanas e como elas são experienciadas e expressas. Aborda perspectivas evolutivas, fisiológicas e culturais sobre as emoções, e apresenta casos clínicos que ilustram a importância das emoções para o funcionamento cognitivo normal.
Em relação à inteligência emocional: mulheres tem mais IE do que homens? Para falar sobre isso, resumimos aqui as principais pesquisas de IE e gênero. Falamos também sobre os desafios de manter IE em um mundo com tantas desconexões e sobre as lentes que as mulheres utilizam para avaliarem suas carreiras. Quer saber mais? Fale com a gente: contato@conexaoie.com.br. :-)
Fundamentos Históricos e Epistemológicos da PsicologiaRoney Gusmão
O documento discute os fundamentos epistemológicos e históricos da psicologia. Aborda como diferentes culturas ao longo da história buscaram explicar a mente e o comportamento humano, desde mitologias na Grécia Antiga até os primeiros filósofos pré-socráticos. Também apresenta as contribuições de filósofos como Platão, Aristóteles e Sócrates para o estabelecimento da psicologia como ciência, além de discutir conceitos como alma, razão e dualismo mente-corpo.
O documento descreve os principais mecanismos de defesa utilizados pelo ego para proteger a personalidade contra ameaças, incluindo racionalização, repressão, projeção, identificação, introjeção, deslocamento, negação, conversão, isolamento, inibição, anulação, formação reativa, fantasia e sublimação. O uso excessivo desses mecanismos pode indicar sintomas neuróticos ou psicóticos.
O documento discute o que são emoções e inteligência emocional. Explica que inteligência emocional envolve autoconhecimento, gerenciamento das emoções, empatia e habilidades sociais. Também discute como reconhecer e lidar com emoções, tanto as próprias como das outras pessoas, e como isso é importante para o autocontrole, motivação, liderança e relacionamentos.
O documento discute o que são emoções, como elas são detectadas e como influenciam a comunicação. As emoções são reações complexas do corpo e cérebro que ajudam na sobrevivência e na interação social. Elas podem ser detectadas através de expressões faciais, voz, postura e respostas fisiológicas. As emoções são importantes na comunicação porque podem gerar atenção, percepção e memorização de mensagens.
Este documento fornece uma introdução aos transtornos ansiosos, definindo ansiedade e classificando os principais transtornos de acordo com a CID-10. Apresenta os critérios do DSM-IV para o transtorno de ansiedade generalizada e discute a epidemiologia, etiologia, avaliação, tratamento não farmacológico e farmacológico para os principais transtornos ansiosos como TAG, fobias específicas e sociais, e TEPT.
O documento descreve as três partes do psiquismo humano de acordo com a teoria psicanalítica: o Id, o Ego e o Superego. O Id representa os desejos e impulsos primitivos e inconscientes. O Ego procura satisfazer as necessidades de forma realista e pragmática. O Superego internaliza as normas sociais e morais e age de acordo com o princípio do dever.
O documento discute o conceito de emoção, definindo-a como uma reação imediata do organismo que produz alterações físicas e mentais. As emoções fundamentais como raiva, medo, tristeza e alegria surgem como respostas instintivas a situações da vida e motivam comportamentos. As emoções podem ser expressas através de reações faciais, corporais e vocais.
A abertura de uma análise envolve mais do que simplesmente ir assiduamente a um psicanalista ou falar livremente. Implica uma passagem e travessia onde o paciente questiona o que lhe é familiar, levando a uma mudança de posição subjetiva."
O medo é uma reação no cérebro causada por estímulos de estresse que prepara o corpo para a luta ou fuga através da liberação de compostos químicos que aumentam a frequência cardíaca, respiração e energia muscular. Estudos mostram que o medo pode estimular a atração sexual e que somos atraídos por situações perigosas devido à conexão entre medo e excitação segundo teorias de Freud sobre os impulsos de Eros e Thânatos.
1) Os processos emocionais são onipresentes nos seres humanos e animais, mas nas pessoas são mais complexos ao ligarem-se a valores e ideias.
2) As emoções manifestam-se através de prazer/desprazer, alertam para perigos, estabelecem laços entre pessoas e influenciam escolhas.
3) A vida humana seria mutilada sem emoções, que dão cor e ajudam a evoluir como espécie através da interação e comunicação.
Este documento discute afetos, emoções e sentimentos no ambiente de trabalho. Primeiro, define termos como afeto, sentimentos e emoções, e lista emoções básicas. Também discute como fontes como personalidade e estresse podem influenciar os estados emocionais, e como as emoções afetam a seleção, tomada de decisão e outras áreas do comportamento organizacional. Por fim, ressalta a importância de considerar fatores culturais ao lidar com emoções no trabalho.
Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, nasceu em 1856 na Áustria e desenvolveu teorias revolucionárias sobre a mente humana e o inconsciente. Ele acreditava que os sonhos revelavam desejos reprimidos e que a sexualidade na infância influencia o desenvolvimento psicológico. Embora polêmicas, suas ideias transformaram o estudo da mente e são amplamente aplicadas até hoje.
O documento discute a Comunicação Não Violenta (CNV), que é um modo de comunicação baseado na compaixão para criar relações pacíficas. A CNV assume que somos naturalmente compassivos e que estratégias violentas são aprendidas culturalmente. Ela utiliza quatro passos - observação, sentimentos, necessidades e pedidos - para resolver conflitos de forma empática e identificar as necessidades de cada pessoa.
O documento discute as emoções, seus tipos, componentes e perspectivas. Resume que as emoções são reações complexas a estímulos internos e externos que se manifestam fisiologicamente, comportamentalmente e afetivamente. Explora emoções primárias universais versus secundárias sociais, e discute a relação entre emoção, sentimento e tomada de decisão.
(1) A psicologia humanista surgiu nos Estados Unidos na década de 1960 em oposição ao behaviorismo e à psicanálise, focando no potencial humano e auto-realização. (2) Dois de seus principais expoentes foram Abraham Maslow e sua teoria da hierarquia das necessidades, e Carl Rogers e sua terapia centrada no cliente. (3) Rogers defendia a tendência atualizante inata em cada pessoa de se desenvolver ao máximo e a importância da congruência, empatia e aceitação incondicional no processo terapêutico.
O documento discute os principais conceitos da teoria psicanalítica de Sigmund Freud, incluindo: 1) a estrutura da personalidade dividida em Id, Ego e Superego; 2) os mecanismos de defesa do ego como repressão, racionalização e sublimação; 3) as fases do desenvolvimento psicossexual de Freud. O texto também aborda a relação entre psicanálise e educação.
Psicologia é o estudo científico dos processos mentais e comportamento humano e suas relações com o ambiente. A palavra deriva do grego para "alma" e "estudo", significando o estudo da mente. Embora tenha suas origens nos filósofos gregos antigos, Wilhelm Wundt é considerado o pai da psicologia moderna por ter estabelecido o primeiro laboratório de psicologia em 1879.
A fenomenologia é abordada no documento, incluindo seus fundadores como Husserl e Merleau-Ponty. O método fenomenológico é explicado, enfatizando a suspensão de julgamentos e a análise da experiência vivida para compreender fenômenos. A pesquisa fenomenológica em educação é discutida, envolvendo a coleta de dados, reflexão e nova compreensão.
O documento discute as emoções básicas, principalmente o medo. Apresenta os tipos de medo, suas causas e como afetam a psicopatologia. Também aborda a importância de educar os pensamentos para não se deixar dominar pelas emoções, especialmente o medo, e como desenvolver a coragem através da fé.
Este documento discute a gestão das emoções. As emoções são adaptativas e nos ajudam a sobreviver, alertando-nos para situações importantes. Embora algumas emoções sejam desagradáveis, é importante regular as emoções em vez de anulá-las. Isso envolve reconhecer o que se sente e expressar as emoções de forma assertiva e específica.
O documento descreve os principais mecanismos de defesa utilizados pelo ego para proteger a personalidade contra ameaças, incluindo racionalização, repressão, projeção, identificação, introjeção, deslocamento, negação, conversão, isolamento, inibição, anulação, formação reativa, fantasia e sublimação. O uso excessivo desses mecanismos pode indicar sintomas neuróticos ou psicóticos.
O documento discute o que são emoções e inteligência emocional. Explica que inteligência emocional envolve autoconhecimento, gerenciamento das emoções, empatia e habilidades sociais. Também discute como reconhecer e lidar com emoções, tanto as próprias como das outras pessoas, e como isso é importante para o autocontrole, motivação, liderança e relacionamentos.
O documento discute o que são emoções, como elas são detectadas e como influenciam a comunicação. As emoções são reações complexas do corpo e cérebro que ajudam na sobrevivência e na interação social. Elas podem ser detectadas através de expressões faciais, voz, postura e respostas fisiológicas. As emoções são importantes na comunicação porque podem gerar atenção, percepção e memorização de mensagens.
Este documento fornece uma introdução aos transtornos ansiosos, definindo ansiedade e classificando os principais transtornos de acordo com a CID-10. Apresenta os critérios do DSM-IV para o transtorno de ansiedade generalizada e discute a epidemiologia, etiologia, avaliação, tratamento não farmacológico e farmacológico para os principais transtornos ansiosos como TAG, fobias específicas e sociais, e TEPT.
O documento descreve as três partes do psiquismo humano de acordo com a teoria psicanalítica: o Id, o Ego e o Superego. O Id representa os desejos e impulsos primitivos e inconscientes. O Ego procura satisfazer as necessidades de forma realista e pragmática. O Superego internaliza as normas sociais e morais e age de acordo com o princípio do dever.
O documento discute o conceito de emoção, definindo-a como uma reação imediata do organismo que produz alterações físicas e mentais. As emoções fundamentais como raiva, medo, tristeza e alegria surgem como respostas instintivas a situações da vida e motivam comportamentos. As emoções podem ser expressas através de reações faciais, corporais e vocais.
A abertura de uma análise envolve mais do que simplesmente ir assiduamente a um psicanalista ou falar livremente. Implica uma passagem e travessia onde o paciente questiona o que lhe é familiar, levando a uma mudança de posição subjetiva."
O medo é uma reação no cérebro causada por estímulos de estresse que prepara o corpo para a luta ou fuga através da liberação de compostos químicos que aumentam a frequência cardíaca, respiração e energia muscular. Estudos mostram que o medo pode estimular a atração sexual e que somos atraídos por situações perigosas devido à conexão entre medo e excitação segundo teorias de Freud sobre os impulsos de Eros e Thânatos.
1) Os processos emocionais são onipresentes nos seres humanos e animais, mas nas pessoas são mais complexos ao ligarem-se a valores e ideias.
2) As emoções manifestam-se através de prazer/desprazer, alertam para perigos, estabelecem laços entre pessoas e influenciam escolhas.
3) A vida humana seria mutilada sem emoções, que dão cor e ajudam a evoluir como espécie através da interação e comunicação.
Este documento discute afetos, emoções e sentimentos no ambiente de trabalho. Primeiro, define termos como afeto, sentimentos e emoções, e lista emoções básicas. Também discute como fontes como personalidade e estresse podem influenciar os estados emocionais, e como as emoções afetam a seleção, tomada de decisão e outras áreas do comportamento organizacional. Por fim, ressalta a importância de considerar fatores culturais ao lidar com emoções no trabalho.
Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, nasceu em 1856 na Áustria e desenvolveu teorias revolucionárias sobre a mente humana e o inconsciente. Ele acreditava que os sonhos revelavam desejos reprimidos e que a sexualidade na infância influencia o desenvolvimento psicológico. Embora polêmicas, suas ideias transformaram o estudo da mente e são amplamente aplicadas até hoje.
O documento discute a Comunicação Não Violenta (CNV), que é um modo de comunicação baseado na compaixão para criar relações pacíficas. A CNV assume que somos naturalmente compassivos e que estratégias violentas são aprendidas culturalmente. Ela utiliza quatro passos - observação, sentimentos, necessidades e pedidos - para resolver conflitos de forma empática e identificar as necessidades de cada pessoa.
O documento discute as emoções, seus tipos, componentes e perspectivas. Resume que as emoções são reações complexas a estímulos internos e externos que se manifestam fisiologicamente, comportamentalmente e afetivamente. Explora emoções primárias universais versus secundárias sociais, e discute a relação entre emoção, sentimento e tomada de decisão.
(1) A psicologia humanista surgiu nos Estados Unidos na década de 1960 em oposição ao behaviorismo e à psicanálise, focando no potencial humano e auto-realização. (2) Dois de seus principais expoentes foram Abraham Maslow e sua teoria da hierarquia das necessidades, e Carl Rogers e sua terapia centrada no cliente. (3) Rogers defendia a tendência atualizante inata em cada pessoa de se desenvolver ao máximo e a importância da congruência, empatia e aceitação incondicional no processo terapêutico.
O documento discute os principais conceitos da teoria psicanalítica de Sigmund Freud, incluindo: 1) a estrutura da personalidade dividida em Id, Ego e Superego; 2) os mecanismos de defesa do ego como repressão, racionalização e sublimação; 3) as fases do desenvolvimento psicossexual de Freud. O texto também aborda a relação entre psicanálise e educação.
Psicologia é o estudo científico dos processos mentais e comportamento humano e suas relações com o ambiente. A palavra deriva do grego para "alma" e "estudo", significando o estudo da mente. Embora tenha suas origens nos filósofos gregos antigos, Wilhelm Wundt é considerado o pai da psicologia moderna por ter estabelecido o primeiro laboratório de psicologia em 1879.
A fenomenologia é abordada no documento, incluindo seus fundadores como Husserl e Merleau-Ponty. O método fenomenológico é explicado, enfatizando a suspensão de julgamentos e a análise da experiência vivida para compreender fenômenos. A pesquisa fenomenológica em educação é discutida, envolvendo a coleta de dados, reflexão e nova compreensão.
O documento discute as emoções básicas, principalmente o medo. Apresenta os tipos de medo, suas causas e como afetam a psicopatologia. Também aborda a importância de educar os pensamentos para não se deixar dominar pelas emoções, especialmente o medo, e como desenvolver a coragem através da fé.
Este documento discute a gestão das emoções. As emoções são adaptativas e nos ajudam a sobreviver, alertando-nos para situações importantes. Embora algumas emoções sejam desagradáveis, é importante regular as emoções em vez de anulá-las. Isso envolve reconhecer o que se sente e expressar as emoções de forma assertiva e específica.
This short proverb discusses how to respond to foolish or silly words. It advises turning a deaf ear, meaning to ignore or not listen, when faced with foolish comments. The overall message is that silly or nonsensical words are best met with indifference rather than an engaged response.
A desigualdade de renda nos Estados Unidos está aumentando à medida que a tecnologia avança. Os trabalhos de colarinho azul estão sendo substituídos por máquinas e softwares, enquanto os trabalhos de alta tecnologia prosperam. Isso está criando uma divisão entre aqueles que podem se adaptar às novas tecnologias e aqueles que não podem.
Este computador tiene un procesador Intel Core 2 Duo E4600 de 2.40 GHz, 3 GB de RAM y un disco duro de 297 GB, y funciona con un sistema operativo de 32 bits.
[1] O documento discute as emoções primárias como alegria, tristeza, medo, raiva, surpresa e nojo, e como elas são universais. [2] Aborda as perspectivas evolutiva, fisiológica, cognitiva e culturalista sobre as emoções. [3] Explora as estruturas cerebrais associadas às emoções, como a amígdala no medo e raiva, e o córtex orbitofrontal na tomada de decisões.
A Análise Transacional é um método psicológico que estuda as interações entre indivíduos. Ele se baseia nos conceitos de que todas as pessoas nascem com potencial e que todas as doenças podem ser curadas. A análise diferencia caracter e personalidade e estuda como as pessoas podem se autoconhecer e se desenvolver.
- O documento discute as emoções, definindo-as como sensações físicas e emocionais provocadas por estímulos. Ele explora a diferença entre emoções e sentimentos e lista as emoções primárias e secundárias. Também descreve os componentes das emoções e a teoria de António Damásio sobre como o cérebro, corpo e mente interagem para produzir emoções.
1) O documento discute as emoções, incluindo sua definição, processamento no cérebro e tipos. 2) É explicado que as emoções primárias surgem na infância e incluem medo, alegria, tristeza, raiva e surpresa, enquanto as emoções secundárias dependem de aprendizagem social. 3) Estudos neurológicos mostram padrões distintos de atividade cerebral associados a diferentes emoções como o ódio.
01 sentimentos e emoções no comportamento humanoGraça Martins
O documento discute as emoções e sentimentos humanos, definindo-os como reações psicofisiológicas importantes no comportamento. Aborda teorias sobre como as emoções são processadas e classificadas, e como influenciam nossas ações e relações sociais.
Este documento discute a influência das emoções na cognição. Aborda o papel das emoções no processo de aprendizagem segundo diferentes perspectivas históricas e a visão contemporânea do neurocientista Antonio Damasio. Também descreve as principais estruturas cerebrais envolvidas no processamento emocional e as teorias sobre como as emoções são formadas no cérebro.
O documento resume os principais conceitos da teoria psicanalítica de Freud, incluindo: 1) a estrutura da mente com Id, Ego e Superego; 2) os conceitos de inconsciente, pulsões, prazer e realidade; 3) as fases de desenvolvimento da sexualidade infantil e o Complexo de Édipo. O texto também discute mecanismos de defesa, narcisismo e sublimação.
Schopenhauer acreditava que a vontade irracional é a força motriz por trás de toda a existência. Ele propôs que a compaixão é o princípio ético fundamental para aliviar o sofrimento inerente à vida, e que a arte pode oferecer um alívio temporário da dor da vontade. Sua filosofia foi influenciada pelo hinduísmo e budismo e enfatizou a música como a forma de arte mais sublime.
O documento discute a origem e desenvolvimento da psicologia da personalidade. Aborda as primeiras tentativas de explicar as diferenças de personalidade através da astrologia e frenologia. Também discute as contribuições de Wundt, Freud e Watson para o estabelecimento da psicologia como ciência, com foco na personalidade, comportamento e estrutura da mente.
O documento discute visões filosóficas sobre emoção de Platão, Descartes e Tomás de Aquino. Também aborda teorias psicológicas de emoção de Wundt, Freud, Lacan e correntes como behaviorismo e psicanálise.
1) O documento discute vários tópicos relacionados a obsessão, incluindo causas, tipos e tratamento.
2) É destacado que a auto-obsessão é o ponto de partida para outros problemas obsessivos e que a mediunidade pode deixar alguém mais suscetível à obsessão.
3) São explicados conceitos como obsessão simples, fascinação e subjugação, e como espíritos superiores usam da persuasão enquanto os inferiores usam do constrangimento da vontade.
Introdução às Emoções: As emoções são respostas complexas do organismo a estímulos internos e externos, influenciadas por fatores biológicos, psicológicos e sociais.
O documento descreve a vida e obra de Sigmund Freud, fundador da psicanálise. Apresenta conceitos-chave como inconsciente, pulsões, mecanismos de defesa do ego e a estrutura da psique segundo a primeira e segunda tópicas freudianas.
Freud - teorias da personalidade aplicatdagcz2dp7sff
O documento descreve a vida e obra de Sigmund Freud, fundador da psicanálise. Apresenta conceitos-chave como inconsciente, pulsões, mecanismos de defesa do ego e a estrutura da psique segundo a primeira e segunda tópicas freudianas.
O documento discute as emoções humanas, definindo-as como processos desencadeados por estímulos externos que causam alterações fisiológicas e comportamentais. Explora diferentes perspectivas sobre as emoções, incluindo a biológica de Darwin, a cultural de Ekman e a cognitiva de que pensamentos influenciam sentimentos. Também discute o papel das emoções no desenvolvimento infantil e nas interações sociais.
O documento discute a importância dos afetos no comportamento humano e como eles se expressam através de desejos, sonhos e fantasias. Os afetos determinam nosso comportamento em muitas situações e incluem emoções como alegria, tristeza e medo, além de sentimentos mais duradouros como gratidão e lealdade. A vida afetiva constitui um aspecto fundamental da vida psíquica humana.
O documento descreve os principais conceitos da teoria psicanalítica de Freud, incluindo as três instâncias psíquicas (inconsciente, pré-consciente e consciente), as fases do desenvolvimento psicossexual (oral, anal e fálica), e os modelos estruturais do aparelho psíquico (id, ego e superego).
O documento discute a teoria do sonho de Sigmund Freud. De acordo com Freud, o sonho é a satisfação de um desejo inconsciente. O documento também aborda brevemente a biografia de Freud e o desenvolvimento de sua teoria psicanalítica.
O documento discute as teorias e componentes das emoções humanas. As emoções são definidas como tendo três componentes: 1) excitação fisiológica, 2) expressão comportamental e 3) experiência subjetiva. Duas teorias principais sobre a origem das emoções são descritas: a teoria de James-Lange que defende que as emoções surgem da percepção das respostas fisiológicas e a teoria de Cannon-Bard que defende que a ativação fisiológica e a experiência emocional ocorrem simultane
O documento discute vários temas da filosofia antiga, incluindo o epicurismo, estoicismo, pirronismo, cinismo, dualismo platônico e os tipos de conhecimento lógico e científico.
Este projeto de tese de doutorado explora os limites e possibilidades de uma abordagem pluralista sobre o autoconhecimento das emoções. O autor revisa as principais teorias sobre a natureza das emoções e do autoconhecimento, distinguindo entre autoconhecimento trivial e substancial. O objetivo é construir uma abordagem pluralista que reconheça diferentes caracterizações e métodos de autoconhecimento para diferentes tipos de emoções.
O documento discute a noção de conteúdo mental como uma ferramenta teórica útil para a filosofia da mente. Apresenta diferentes tipos de conteúdos mentais e discute como a atribuição de representações a entes dotados de mente pode ajudar a explicar seu comportamento. Também aborda a estrutura das atribuições de estados mentais e a individuação de representações.
Consciência de acesso e consciência fenomênicaRobson Barcelos
Este documento discute os conceitos de consciência de acesso e consciência fenomênica. Apresenta três posições sobre como esses conceitos se relacionam e se diferenciam. Algumas posições argumentam que são o mesmo fenômeno, enquanto outras defendem que são fenômenos distintos, com a consciência fenomênica sendo mais rica em detalhes do que pode ser relatada.
O documento discute teorias sobre o autoconhecimento. Apresenta conceitos como a priori, autoconhecimento de primeira e terceira pessoas, factivo, necessidade conceitual e transparência. Discute posições como o constitutivismo, que vê o autoconhecimento como originado pela constituição dos conceitos, não sendo observacional, inferencial ou sui generis. Também aborda a autoridade da primeira pessoa e a metafísica por trás das teorias constitutivistas.
Coliva’s constitutive theory of self knowledgeRobson Barcelos
This document summarizes César Schirmer dos Santos' analysis of Annalisa Coliva's constitutive theory of self-knowledge. Coliva argues that there are two types of beliefs - commitments and dispositions - which lead to two different forms of self-knowledge. Commitments involve deliberation, control and responsibility, allowing first-personal knowledge of one's own beliefs. Dispositions lack these features, only permitting third-personal knowledge. The document also discusses debates around whether necessarily believing one believes P if one is committed to P, and examines Coliva's responses to objections from self-deception and Geach's point about negation.
1) O documento discute as principais teorias filosóficas sobre as emoções, incluindo a visão de que emoções são sentimentos, desejos ou juízos cognitivos.
2) Hume e Smith são citados como defendendo que as emoções são sentimentos, com Hume vendo a razão como escrava das paixões e Smith focando nas emoções sociais como simpatia.
3) Teorias modernas como as de Descartes, Spinoza e Damásio veem as emoções como desejos ligados à homeostasia e busca pelo bem-estar do organismo.
Este documento discute vários elementos relacionados ao expressivismo e autoconhecimento. Primeiro, descreve o autoconhecimento como um processo complicado. Segundo, argumenta que é necessário descrever o contexto cartesiano para entender o expressivismo. Terceiro, afirma que o cartesianismo é uma doutrina muito resistente.
AUTOCONHECIMENTO ENQUANTO POSSIBILIDADE EPISTEMOLÓGICARobson Barcelos
O documento discute o autoconhecimento como possibilidade epistêmica. Apresenta diferentes perspectivas sobre como as pessoas podem entender e avaliar seus próprios estados mentais, como crenças e desejos. Debate a distinção entre autoconhecimento e autoconsciência, e as posições internalista e externalista sobre a origem e constituição dos estados mentais.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho custará US$ 100 a mais que o modelo anterior e estará disponível para pré-venda em 1 mês. Analistas esperam que o novo smartphone ajude a empresa a aumentar suas vendas e receita no próximo trimestre.
Este documento discute a aplicação do princípio dialógico de Paulo Freire no processo de gestão democrática de uma escola pública a partir da perspectiva de um diretor. O objetivo é compreender como o diretor articula a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Interno da escola para promover a democratização do trabalho escolar de acordo com os princípios freirianos. O diretor foi entrevistado e os documentos da escola foram analisados à luz das teorias de Freire sobre diálogo.
QUANDO A VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENIL INDAGA A PEDAGOGIA. Miguel ArroyoRobson Barcelos
O documento discute como a violência infanto-juvenil desafia a pedagogia e como as reações à violência revelam concepções frágeis sobre crianças e adolescentes. A violência levanta questões sobre como as escolas lidam com alunos problemáticos e sobre a fragilidade do direito à educação para todos.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
2. “‘Emoção: Agitação ou distúrbio da mente; estado mental
veemente ou excitado.’ Também é uma governante poderosa e
irracional.”
– Fala do Criminologista do filme Rocky Horror Picture Show
Agito, distúrbio, excitação, irracionalidade
3. A importância das emoções
Alegria, autorrealização… as emoções positivas fazem a vida valer
a pena.
Vergonha, desespero… as emoções negativas tornam a vida um
inferno.
As emoções dão qualidade e significado às nossas existências.
4. Principais tipos de teorias filosóficas sobre as emoções
1. Emoções são redutíveis a sentimentos;
2. Emoções são redutíveis a desejos;
3. Emoções são redutíveis a juízos cognitivos e avaliativos
(crenças).
Cf. Ben-Ze’Ev, Aaron. 2004. “Emotions are not mere judgements”. Philosophy and
Phenomenological Research 68 (2): 450–57, p. 450.
5. Emoções como sentimentos
No cotidiano, emoções são sinônimos de sentimentos.
David Hume: somos escravos das paixões.
Adam Smith fundamenta as emoções sociais na simpatia.
Cf. Ben-Ze’Ev, Aaron. 2004. “Emotions are not mere judgements”. Philosophy and
Phenomenological Research 68 (2): 450–57, p. 450.
6. David Hume
As emoções são centrais para o caráter e para a ação, pois a razão
é uma escrava das paixões.
Podemos distinguir uma emoção de outra pelo sentimento
peculiar de cada uma.
7. Adam Smith sobre as emoções sociais
Altruísmo emocional.
Nos colocamos na pele dos outros.
Simpatia.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
8. Altruísmo emocional
Mesmo os mais egoístas têm emoções altruístas.
Piedade, compaixão.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
9. Nos colocamos na pele dos outros
Não temos experiência direta do que os outros sentem
(empirismo).
Imaginamos o que os outros sentem.
As variedades dos outros.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
10. Imaginamos o que os outros sentem
Operação automática, irrefletida, involuntária.
O imaginado difere no grau, mas não na natureza, daquilo que é
sentido pelo outro.
Recolher um membro, proteger a cabeça… Nossas reações
corporais se explicam pelas emoções que imaginamos ser
sentidas pelo outro.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
11. As variedades dos outros
Pessoas vivas, incluindo adultos, crianças, normais e loucos.
Pessoas fictícias da literatura, teatro e cinema.
Pessoas mortas.
Animais em geral, plantas.
A natureza como um todo, o cosmo.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
12. Simpatia
“… nossa solidariedade com qualquer paixão.”
Automática para com emoções positivas (como o riso, a alegria).
Condicionada para com emoções negativas (como a raiva e a
fúria).
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
13. Simpatia com emoções positivas
Riso, alegria.
Instantânea, imediata.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
14. Simpatia com emoções negativas
Raiva, fúria, ódio.
Condicionada ao conhecimento das causas, pois depende de nos
colocarmos no lugar do outro.
Cf. Smith, Adam. 2002. Teoria dos sentimentos morais. Traduzido por Lia Luft e
Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1ª parte, seção 1, capítulo 1.
15. Emoções como desejos
Há uma tradição que frisa o vínculo entre emoções e desejos.
Este vínculo seria até mesmo etimológico, pois o termo emoção
tem parentesco com os termos movimento, motivo, comoção.
Nesta tradição, as emoções estão aí para nos levar à ação. Ou seja,
as emoções têm um papel prático.
É a tradição de Spinoza e Damásio – e também do Descartes da
Sexta Meditação.
Cf. Ben-Ze’Ev, Aaron. 2004. “Emotions are not mere judgements”. Philosophy and
Phenomenological Research 68 (2): 450–57, p. 450.
17. Finalidade das emoções na modernidade
Nas teorias de Descartes (Sexta Meditação), Spinoza e Damásio,
as emoções têm como finalidade a autopreservação e o bem-estar
do organismo.
Darwin e Freud estão nas vizinhanças.
18. Regulação da vida
Emoções são mecanismos básicos de regulação da vida.
Emoções são biologicamente mais antigas do que os sentimentos.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
35.
19. Expressões do estado da vida
“… os sentimentos são a expressão do florescimento ou do
sofrimento humano, na mente e no corpo. … Os sentimentos
podem ser, e geralmente são, revelações do estado da vida dentro
do organismo. … a maior parte dos sentimentos são expressões de
uma luta contínua para atingir o equilíbrio …”
Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
15, grifo do autor.
20. Conatus, homeostasia
Homeostasia: (boa) regulação da vida. Conatus.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
37–42.
21. Homeostasia e avaliação da qualidade de vida
Reações homeostáticas são maneiras de avaliar as condições
internas e externas.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
43.
22. Homeostasia
Spinoza chama essas reações de apetites; quando acompanhados
de consciência, são desejos – conatus.
Nossos mecanismos automáticos de reação não buscam apenas a
sobrevivência. O Graal das emoções é a vida boa.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
43.
23. Bem-estar: real, aparente
Manipulamos sentimentos com drogas, alimentos, sexo, práticas
sociais, exercícios físicos, tudo o que tenha como meta o
bem-estar.
Digamos que uma dor esteja aí para sinalizar um perigo à
sobrevivência individual ou coletiva. Anestesiá-la é buscar o
próprio bem-estar, não a autopreservação.
Damásio: manipulação dos mapas cerebrais do próprio corpo.
24. Descartes, As Paixões da Alma
As Paixões da Alma, de Descartes, marcam o início do processo
moderno de investigação da alma como algo natural, no sentido
de vinculado ao corpo.
Esse longo processo só finda no século 19, quando a alma é
finalmente surrupiada dos teólogos pelos médicos.
Cf. Hacking, Ian. Múltipla Personalidade e as Ciências da Memória. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2000.
25. Bento de Spinoza
Para Spinoza, as emoções sinalizam um aumento ou diminuição
da capacidade de cada um de preservar a própria vida. As
emoções têm importância ética, pois uma vida boa é durável e
segura (o ideal de Hobbes). Entender o mundo gera emoções
positivas, pois aumenta o poder de autopreservação.
Emoções negativas que se originam do acaso e da ignorância. As
emoções não marcam nenhum conflito entre o corpo e a alma,
pois corpo e alma são dois aspectos de uma única realidade.
26. Spinoza leitor de Descartes
Nas Paixões da Alma, Descartes acerta no projeto, pois o
caminho para entender as emoções é investigar a união
mente-corpo.
Mas erra nos pressupostos: dualismo, livre-arbítrio.
27. O que Spinoza herda de Descartes
Emoções têm fundamento no corpo.
Início da naturalização dos sentimentos.
Início da laicização das emoções. É o filósofo, em vez do padre,
quem entende de emoções. Nos antigos (Aristóteles, estoicos) as
emoções fazem parte da esfera moral.
28. Spinoza sobre dois modos de conhecer
Posso conhecer algo pelo intelecto, o que é conhecer algo pelas
causas suficientes para sua produção, ou posso conhecer algo
pelo seu efeito no meu corpo, o que é conhecer por associação de
ideias.
A emoção é um sinal do efeito positivo ou negativo de algo sobre
meu corpo.
(Spinoza antecipa em parte a teoria James-Lange.)
30. Flutuação do ânimo
Afetos básicos: alegria, tristeza
Alegria: para cima
Amor: alegria + a ideia de algo (Spinoza, Ética 3, DA 6)
Tristeza: para baixo
Ódio: tristeza + a ideia de algo
32. Spinoza sobre o conatus
“Cada coisa, o quanto está em suas forças, esforça-se para
perseverar em seu ser.” (3p6)
“O esforço pelo qual cada coisa se esforça para perseverar em seu
ser não é nada além da essência atual da própria coisa.” (3p7)
33. Damásio sobre o conatus
Seres vivos são naturalmente aptos a regular a própria vida e
buscar a sobrevivência.
A busca de maior perfeição como alegria.
Tendências e esforços inconscientes.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
21.
34. Afetos
Modificações do corpo que favorecem/prejudicam esse corpo,
junto com a ideia dessas modificações (Spinoza, Ética 3def3).
Afetos são psicofísicos.
Os encontros do nosso corpo com outros corpos correspondem,
na alma, a expressões emocionais do aumento/diminuição da
potência de agir.
O afeto vivido no corpo é representado como ideia na mente.
35. Lógica associativa dos afetos
Por contiguidade (na memória)
Por temporalização
Transferência por semelhança
Por identificação
Pelas modalidades metafísicas
36. Associação afetiva por contiguidade (na memória)
Se a alma foi afetada simultaneamente por A e B, ao ser
posteriormente afetada (via percepção ou memória) apenas por
A ou por B, também será afetada (via memória) pelo outro.
A consciência se prende a associações de fundo inconsciente.
Elimina o livre-arbítrio, pois não escolhemos as associações se
formam (3p2e).
37. Um universo emocionalmente carregado
Os objetos sempre se dão à consciência vinculados a
alegria/tristeza, gerando amor/ódio.
38. Associação afetiva por temporalização
Se a alma percebeu A em associação com alegria/tristeza, então a
alma lembra de A com alegria/tristeza.
A ausência de A não modifica o afeto.
Caráter alucinatório dos afetos.
Torna o passado e o futuro tão emocionalmente carregados
quanto o presente.
39. Transferência por semelhança
Se a alma imagina que A é semelhante a B, e a alma sente
alegria/tristeza com A, então a alma sente a respectiva
alegria/tristeza com B.
Ambivalência: se a alma ama A e odeia B, e C é num aspecto
semelhante a A, noutro semelhante a B, então a alma ama e odeia
C.
40. Por identificação
Se amo/odeio A, amo/odeio todos os que identifico como do
mesmo tipo que A.
Contágio emocional: se A ama/odeia B, e eu me tomo por
semelhante a A, então amo/odeio B.
41. Pelas modalidades metafísicas
Necessidade, possibilidade, contingência.
Reação emocional maior quando imaginamos que a ação de
alguém é fruto do livre-arbítrio (3p49e).
42. Emoções e outros corpos – possibilidades
Aumento da potência para agir com atividade
Aumento da potência para agir com passividade
Redução da potência para agir com passividade
Bove, Laurent. 2010. Espinosa e a psicologia social: ensaios de ontologia política e
antropogênese. Vários tradutores. Belo Horizonte: Autêntica.
43. Aumento da potência com atividade
Aumento da potência via ideias adequadas.
O resultado é alegria, pois se dá atividade intelectual em vez de
passividade corporal.
44. Aumento da potência com passividade
Aumento da potência corporal via encontro feliz com outro
corpo.
O resultado é alegria, por aumento da potência relativamente ao
momento imediatamente anterior.
45. Redução da potência de agir com passividade
Impotência, passividade, tristeza: outros corpos diminuindo a
potência de agir do meu corpo.
Falsidade: ideias da imaginação em vez de ideias da razão.
46. A composição do indivíduo
Corpos são feitos de corpos. Chegamos a um indivíduo quando
um corpo opera de modo a buscar se autopreservar e aumentar
seu poder (conatus).
Indivíduos suprapessoais
Indivíduos subpessoais
47. Indivíduos suprapessoais: a sociedade
Alianças. Venho a fazer parte de um indivíduo mais complexo, o
qual converge para o mesmo efeito que é útil para minha
sobrevivência. Alegria coletiva.
Conflitos e confrontos. Outros indivíduos, os quais se dirigem a
efeitos contrários à minha sobrevivência, entram em choque
comigo. Eu mesmo posso estar subdividido. Tristeza coletiva.
Ciências sociais como física do choque entre os corpos.
48. A força dos afetos
“Um afeto não pode ser coibido nem suprimido a não ser por um
afeto contrário e mais forte do que o afeto a ser coibido.” (4p7)
Enfrentar uma emoção negativa e irracional com outra positiva e
racional mais forte.
49. Emoções como crenças
Uma abordagem bastante comum das emoções, na segunda
metade do século XX, as reduzia ou assimilava a crenças
racionais sobre desejos.
Abordagem cognitiva
50. Abordagem cognitiva
Uma boa parte das teorias contemporâneas trata das emoções em
termos cognitivos.
Por exemplo, minha raiva de alguém supõe minha crença que
essa pessoa fez algo errado. Sem essa crença, não se explica
minha raiva.
Os estoicos defendiam uma teoria das emoções nessa linha.
51. Emoções como juízos
No livro Upheavals of thought, de 2001, Martha Nussbaum
defende um neo-estoicismo sobre as emoções.
Emoções são juízos de valor com aspectos cognitivos. Esses
juízos são condições suficientes para haver as emoções.
Cf. Ben-Ze’Ev, Aaron. 2004. “Emotions are not mere judgements”. Philosophical and
Phenomenological Research 68 (2): 450–57, p. 451.
52. Um exemplo de emoção como crença
Quero ir na sessão das 20h de cinema.
Agora são 19h30, e levo uns vinte e poucos minutos para chegar
lá.
Assim sendo, tenho que sair agora – significando: Quero sair
agora, pois esta crença é suficiente para este desejo.
53. Amok
Palavra malaia, designa homicídios coletivos cometidos por
homens que perderam um amor, dinheiro ou honra.
Durante o ato, o homem está fora de si, sob o domínio da fúria.
Antes do ato, o homem delibera friamente sobre o que fazer.
Cf. Pinker, Steven. 1998. Como a mente funciona. Traduzido por Laura Teixeira Motta.
2oed. São Paulo: Companhia das Letras, p. 383–384.
54. A razão antes da fúria
Antes do ato, o homem em estado de amoque…
… reflete sobre sua situação;
… planeja cuidadosamente seu atentado.
Ideias, não paixões, nem a química do cérebro, precedem o
furioso ato homicida.
Cf. Pinker, Steven. 1998. Como a mente funciona. Traduzido por Laura Teixeira Motta.
2oed. São Paulo: Companhia das Letras, p. 383–384.
55. Emoções resistentes a razões
O problema é que, em alguns casos, crenças parecem não ser
nem necessárias nem suficientes para emoções.
Uma criança tem medo do escuro, daí sua mãe explica que não
há nada a temer. A criança entende a explicação, e a aceita, mas
continua sentindo medo do escuro.
Acrasia
56. Acrasia
O problema desse modelo, como mostrou Donald Davidson, é
que somos acráticos, temos vontade fraca.
Acrasia: ver que um caminho é preferível, concordar que esse
caminho é preferível, mas seguir por outro caminho.
57. Emoções como crenças e acrasia
No caso do raciocínio querer-ir-ao-cinema-sair-agora, podemos
aceitar suas premissas, podemos aceitar sua conclusão, podemos
aceitar que as premissas são suficientes para sustentar a
conclusão, e ainda assim podemos ficar paradinhos.
Isso indica muitas coisas.
Uma delas é que talvez não devamos reduzir emoções a crenças.
58. Dimensões das emoções
Avaliativa – Intencional – Temporal – Modal – Intensidade –
Polaridade – Expressão comportamental – Disponibilidade à
avaliação racional – A fronteira entre a natureza e a cultura – A
direção de ajuste – Passividade
59. Dimensão avaliativa das emoções
Emoções têm um aspecto avaliativo. Se alguém me elogia e eu
me sinto feliz, a felicidade que sinto é fruto de uma avaliação do
elogio como algo bom ou positivo para mim. Do mesmo modo,
se alguém me ofende, a raiva que sinto é fruto da avaliação do
insulto como algo negativo para mim.
Assim sendo, em uma emoção há uma avaliação (positiva,
negativa) de como a situação fica (boa, ruim) após certo evento.
60. Como opera a avaliação emocional?
Modelo judicativo: uma emoção é um juízo avaliativo pelo qual a
pessoa é plenamente responsável, tanto do ponto de vista
epistêmico quanto do ponto de vista ético.
Modelo instintivo: a nível subpessoal, uma percepção acarreta
uma avaliação de risco ou segurança, o que acarreta uma resposta
comportamental estereotipada. Esse processo não é disparado
por um juízo, mas pode ser modificado por um juízo.
61. Emoções salientam aspectos
Um aspecto do objeto apresenta-se como ameaçador, o que
dispara mecanismos subpessoais de autodefesa, e o sentimento
de medo.
No caso das emoções mais básicas, aquelas encontráveis em
todas as culturas, a atenção ao aspecto é automática, não requer
consciência. É obra do Sistema 1, não do Sistema 2.
62. A racionalidade pura não é suficiente para a ação
A noção de racionalidade se associa às noções de coerência e
consistência na esfera das crenças, e à noção de otimização dos
resultados na esfera da ação.
No entanto, essas são noções negativas, no sentido de que elas
servem para criticar as falhas de uma crença ou de um plano de
ação, mas são insuficientes enquanto guias positivos para a
fixação de uma crença ou um plano de ação.
63. Redução da quantidade de alternativas a escolher
Várias são as crenças coerentes e consistentes que podemos ter.
Por quais optar?
Vários são os planos de ação que otimizam os resultados. Qual
seguir?
A quantidade de alternativas a considerar pode ser infinita, e
infinito pode ser o tempo requerido para escolher através da
mera racionalidade.
64. Máquinas versus animais
Esse é um problema para máquinas, mas não para animais, pois
somos dotados de emoções.
As emoções dirigem e restringem nossa atenção, reduzindo
consideravelmente a quantidade de alternativas a levar em conta.
Disso resulta que somos capazes de escolher em uma quantidade
de tempo finita.
65. Dimensão intencional das emoções
O objeto, se houver, da emoção.
O objeto focado na emoção, não o objeto que causa a emoção.
66. Dimensão intencional das emoções e causalidade
É preciso diferenciar o objeto e a causa de uma emoção.
Uma mãe pode estar irritada com seu filho (o objeto da irritação)
não porque seu filho tenha causado a irritação, mas porque a
privação de sono causou a irritação.
67. Emoções sem dimensão intencional
Há emoções que têm um objeto, como a inveja e o remorso, e há
emoções que podem ou não ter um objeto, como a tristeza.
68. Ontologia do objeto intencional da emoção
O objeto intencional de uma emoção é aquilo que a torna
inteligível.
Pode ser uma coisa existente ou inexistente.
Os fervorosos seguidores de falsos ídolos são fanáticos, apenas da
inexistência dos seus deuses.
69. Objetos intencionais e definições de emoções
O tipo de objeto intencional de uma emoção é fundamental para
defini-la.
O ciúme é o ódio a outro que possui algo que você ama e é de
usufruto exclusivo, o amor é a alegria ligada à ideia do objeto que
te faz sentir melhor do que você estava antes etc.
70. Objetos intencionais e emoções apropriadas
O objeto intencional explica quando e porque uma emoção é
inapropriada.
Ter medo da própria sombra parece inapropriado, pois se trata
de um objeto inofensivo.
71. Dimensão temporal das emoções
Há emoções necessariamente vinculadas ao passado, presente ou
futuro.
Esperança, desespero: vinculação com o futuro.
72. Dimensão modal das emoções
Há emoções vinculadas ao caráter necessário ou contingente de
um evento.
Sentimos mais raiva quando achamos que a pessoa que nos
ofendeu podia ter feito diferente do que se sabemos que a pessoa
não teria podido ter agido de outro modo.
73. Intensidade das emoções
Uma emoção pode ser forte, ou fraca.
Reprovamos os outros por sentir a emoção certa na intensidade
errada (A. Smith).
74. Polaridade das emoções
Uma emoção pode ser polaridade positiva (alegria, prazer) ou
negativa (tristeza, dor).
75. Expressão comportamental das emoções
As emoções compartilhadas em várias culturas são fáceis de ler
no comportamento e difíceis de ser fingidas.
76. Disponibilidade à avaliação racional
Uma emoção expressa no comportamento e transparente para S
pode ser avaliada racionalmente por S.
A psicanálise se ocupa de emoções indisponíveis à avaliação
racional. Suas técnicas buscam a transparência e a expressão no
comportamento.
77. Transparência/opacidade das emoções
Uma emoção é transparente para S se S é capaz de lê-la através
do comportamento ou outro indício. Uma emoção é opaca, caso
contrário.
S pode ser o próprio sujeito que sofre a emoção ou outra pessoa.
A psicanálise investiga as emoções opacas perturbadoras, suas
causas e seus tratamentos.
78. Relativismo cultural ou emoções universais?
A pesquisa de Ekman nos dá razões para crer que há um
pequeno número de emoções que são reconhecidas por todas as
pessoas em todas as culturas.
No entanto, muitas emoções são típicas de uma cultura, e
algumas estão muitíssimo bem localizadas na geografia e na
história.
79. Direção de ajuste
Uma crença tem uma direção de ajuste da-mente-ao-mundo, pois
a mente tem que se ajustar ao mundo.
Um desejo, no entanto, tem uma direção de ajuste do-mundo-
à-mente, pois o mundo tem que se adequar ao desejo.
Assim sendo, crenças são objetivas, enquanto desejos são
projetivos.
80. O problema de Eutifron
Uma visão cognitivista das emoções as assimila às crenças, não
aos desejos.
Assim sendo, voltamos ao problema de Eutifron, e é preciso que
o objeto da emoção seja objetivamente bom ou mau, louvável ou
reprovável.
81. Objetividade e projetividade
Objetividade: querer porque é bom.
Projetividade: é bom porque é desejado.
Assim sendo, na visão cognitivista, o desejável tem que ser
objetivamente desejável, e o indesejável tem que ser
objetivamente indesejável.
82. Passividade
Há um elemento de passividade em ao menos algumas emoções.
Nisso, as emoções são parecidas com as sensações. Não posso
escolher as sensações que tenho, e (ao menos em parte) não
posso escolher as emoções que tenho.
Não se observa o mesmo tipo de passividade nas crenças, pois
tenho que buscar crer no que é verdade, e ter crenças coerentes.
83. Questões filosóficas sobre as emoções
Questões ontológicas
Questões éticas e políticas
Questões epistemológicas
84. Questões ontológicas
Diferentes teorias das emoções propõem diferentes ontologias
das emoções, o que leva a disputas ontológicas sobre o que as
emoções são, se é que elas são alguma coisa.
85. Ontologia das emoções. Emoções podem ser:
Processos fisiológicos
Percepções de processos fisiológicos
Comportamentos
Juízos avaliativos (automáticos ou pessoais)
Fatos sociais
(Talvez todas as anteriores.)
87. Uma emoção é uma substância?
Alguns povos transformaram emoções em divindades. Vênus, por
exemplo.
Substância: ente capaz de sobreviver à mudança (ganho ou perda
de propriedades).
Emoções parecem ser mudanças de substâncias, não substâncias.
Substâncias são indivíduos. Emoções parecem ser ocorrências
(tokens) ou tipos (types) de mudanças que se dão em indivíduos.
88. Uma emoção é uma propriedade?
Propriedade: ente que (na leitura imanentista das propriedades)
é ou (na leitura transcendentista das propriedades) se manifesta
espaçotemporalmente em (imanentismo) ou através de
(transcendentismo) outro ente.
Emoções como propriedades. De quais entes? Animais. Mas
talvez máquinas possam vir a ter emoções. Então, emoções como
propriedades de indivíduos dotados de certos tipos de almas.
89. Uma emoção é um evento?
Um evento é um indivíduo quadridimensional, isto é, localizado
no espaço-tempo.
Há tipos de eventos: shows de rock, choros, euforias etc.
Fatos podem ser entendidos como eventos. Fato: que estou
alegre, que tenho esperança etc.
90. Uma emoção é um processo?
Processo: evento estruturado em etapas.
Etapa anterior é condição necessária de etapa posterior. Nascer,
adolescer, morrer etc.
91. Problema ontológico e motivação (questão de método)
As emoções são tão complexas que é difícil, e talvez pouco
iluminador, simplesmente dizer que uma emoção é uma
propriedade, um evento ou um processo.
Talvez o melhor ponto de partida seja motivar a classificação
ontológica da emoção.
O poder explicativo é uma boa motivação.
92. Proposta de metodologia
Distinguir entre níveis de explicação.
Uma explicação é um porquê. Explicações diferentes podem
conviver sem conflito, desde que pertençam a diferentes extratos
explicativos.
Modelo proposto: os três níveis explicativos de David Marr.
93. Marr, David. 1982. Vision. New York:
W.H.Freeman & Co.
Ao lado, a capa da reedição de 2010.
94. Níveis de explicação
Nível computacional/semântico (finalidade, objetivo)
Nível algorítmico/sintático (esquema
input-processamento-output)
Nível físico (implementação, realização)
95. McClamrock, Ron. 1991. “Marr’s three levels: A re-evaluation”. Minds and
Machines 1 (2): 185–96. doi:10.1007/BF00361036, p. 189.
96. Emoções no nível computacional/semântico
Qual o objetivo das emoções?
Que estratégia pode ser adotada para se chegar ao objetivo?
Por que emoções são apropriadas para chegar ao objetivo?
97. Qual o objetivo ou finalidade das emoções?
Antigos versus modernos
Alguns modernos notáveis
Bem-estar aparente
98. Meta das emoções na antiguidade e na modernidade
Filosofia antiga: autorrealização, felicidade, florescimento
(Aristóteles, Ét. Nic.; obras de P. Hadot sobre a filosofia antiga).
Filosofia moderna: autopreservação, conatus, instinto de
sobrevivência, realização do desejo.
99. Nível algorítmico/sintático
Os processos que permitem a realização da meta.
Um comportamento de fuga, por exemplo, é um meio de realizar
a meta da autopreservação em uma situação de perigo que não
pode ser enfrentado sem risco injustificado à integridade do
organismo.
Esquema input-processamento-output.
100. Emoções no nível algorítmico/sintático
Como a estratégia de chegar ao objetivo da autopreservação via
emoções pode ser implementada?
Quais os inputs que produzem emoções? Quais os outputs de um
computação emocional? Qual o algoritmo que transforma os
inputs em outputs?
101. Esquema input-processamento-output
Input: um evento externo ou interno manifestado no próprio
corpo. Ver uma cobra, por exemplo.
Processamento: arranjos fisiológicos para realizar um esquema
estereotipado e automático de resposta. Taquicardia, por
exemplo.
Output: comportamento de fuga ou luta. Correr na direção
contrária àquela da cobra, por exemplo.
102. Damásio sobre emoções e sentimentos
Emoção é diferente de sentimento.
Emoção é expressão corporal pública.
Sentimento é evento mental privado.
A emoção é filogeneticamente anterior ao sentimento.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras.
103. Fundamento da distinção entre emoção e sentimento
A impossibilidade de exprimir uma emoção acarreta a
incapacidade de ter o sentimento correspondente, mas alguns
doentes incapacitados de certos sentimentos ainda podem
exprimir as emoções correspondentes.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
13–14.
104. Processo emoção-sentimento
“As emoções ocorrem no teatro do corpo. Os sentimentos
ocorrem no teatro da mente.” (Damásio 2004, 35)
Emoção: parte inicial, pública. Ações, movimentos manifestados
no corpo, no rosto, na voz, em comportamentos.
105. A mente como ideia do corpo
“O objeto da ideia que constitui a mente humana é o corpo, ou
seja, um modo certo da extensão, existente em ato, e nada outro.”
(Spinoza, Ética 2p13)
Há princípios naturais por detrás das manifestações paralelas da
mente e do corpo. Mapeamentos cerebrais do corpo.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
21.
106. Damásio sobre os sentimentos
Sentimentos são o fechamento privado do processo que se inicia
publicamente com a emoção.
Invisíveis para o público, tal como as imagens mentais. Privados.
Sentimentos são o pano de fundo da mente – a tonalidade afetiva
de cada momento.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
35.
107. Emoções precedem sentimentos
Nunca se observa um sentimento antes da respectiva emoção.
O que está escondido em nós, o sentimento, é o efeito da emoção
– não é a causa da emoção.
Sentimentos são sombras de emoções.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
36–37.
108. Biologia evolutiva
Emoções são evolutivamente anteriores a sentimentos. Emoções
são mais antigas do que cérebros.
Comportamentos de prazer e dor são evolutivamente anteriores
às experiências (sentimentos) de prazer e dor. A experiência de
prazer ou dor não é condição necessária do comportamento de
prazer ou dor.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
37–41.
109. Alguns comportamentos emotivos de seres muitíssimo
simples
Pulsões, fome e sede.
Motivações.
Comportamentos exploratórios, lúdicos e sexuais.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
41.
110. Entre os genes e o aprendizado
Reações mais simples são cortesia do genoma, reações mais
complexas exigem aprendizado.
A finalidade de todas essas reações é regular a vida.
Homeostasia: (boa) regulação da vida – conatus.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
37–42.
111. Emoções no nível físico da implementação
Como podem ser implementados fisicamente a computação da
autopreservação via emoções e o algoritmo que transforma
inputs em outputs?
112. Lesões cerebrais e ciência dos sentimentos
Pesquisa das emoções a partir de doenças neurológicas. Lesões
afetam input, processamento ou output.
Por exemplo, lesões que impossibilitam sentir vergonha ou
compaixão, mantendo intacta a capacidade de sentir alegria,
tristeza ou medo. Ou lesões que impossibilitam sentir medo,
mantendo intacta a capacidade de sentir compaixão ou vergonha.
113. De Damásio, António R. 2004. Em busca de
Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta.
São Paulo: Companhia das Letras, p. 168.
114. Hipóteses de Damásio
Lesões em certos setores do cérebro impossibilitam certas
emoções.
Diferentes setores cerebrais se ocupam de diferentes
sentimentos.
Cf. Damásio, António R. 2004. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos
sentimentos. Traduzido por Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, p.
13.
115. Nível físico
A mídia, o hardware.
A mídia das emoções é diferente em seres sem córtex e em seres
com córtex (A. Damásio).
Como o organismo realiza a meta.
Processamento subpessoal de informação e cumprimento de
comportamento esperado, por exemplo.
116. Uma emoção explicada em três níveis: medo
Nível da finalidade: o medo é uma emoção que, a partir de dicas
ambientais ou sinestésicas avaliadas como perigosas, dispara
comportamentos de fuga ou luta para autopreservação.
Nível do input-processamento-output: percepção → avaliação
como perigo → fuga ou luta.
Nível físico: um evento de fuga ou luta singular, localizado no
espaço-tempo.
117. Questões éticas
Como reduzir a proporção de obsoletas emoções
neolíticas/primatas/mamíferas/animais negativas operando na
minha vida hipster e urbana? (Exemplo: medo e raiva dos de fora
do meu grupo.)
Emoções são um obstáculo para a racionalidade? Ou será que as
emoções proporcionam um tipo de avaliação que é irrealizável
em tempo finito pela razão pura?
118. Emoções na política: o grande paradoxo
As pessoas com a vida mais destruída pelas políticas
conservadoras são as mais propensas a votar com os
conservadores.
Por quê?
119. O conatus e o conservadorismo
Nos EUA, há correlação entre votar pela desregulamentação
ambiental e ou morrer mais cedo, ou ter menos qualidade de
vida por causa da brutal poluição industrial literalmente no
quintal de casa.
Exatamente as pessoas que mais precisam de imunidades
(direitos) são aquelas que votam pela desregulamentação. O
resultado é o autossacrifício em nome do capitalismo.
120. Conservadorismo mata
Nos EUA, há mais mães adolescentes, mais divórcios, piores
condições de saúde, mais obesidade, mais mortes violentas, mais
bebês abaixo do peso e menos matrículas escolares nos estados
mais conservadores.
As pessoas dos estados mais conservadores dos EUA vivem, em
média, cinco anos menos do que as pessoas dos estados mais
liberais e progressistas.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
121. Poluição e conatus nos EUA
Quanto mais conservador você é, mais provável é que você esteja
exposto à poluição.
Poluição ou mata, ou reduz a expectativa de vida, ou diminui a
qualidade de vida. Uma pessoa que vê a poluição como um
sacrifício exigido pelo capitalismo (não é) toma decisões a partir
dessa visão contraria seu próprio conatus.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
122. Empresas e meio ambiente
Estudos da Organização para a Cooperação Econômica e
Desenvolvimento (OECD) mostram, conclusivamente, que a
regulamentação ambiental gera empregos. Ainda assim, sem
bases igualmente sólidas, conservadores do Tea Party preferem
acreditar no contrário.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
123. Qualidade de vida dos conservadores dos EUA
Quanto mais conservador você é, pior é sua vida, e mais provável
é que você morra mais cedo do que os outros.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
124. O grande paradoxo
As pessoas com a vida mais destruída pelas políticas
conservadoras são as mais propensas a votar com os
conservadores.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
126. Como prever se o eleitor vai de Trump?
Simples. Basta descobrir se ele é hostil às mulheres em geral.
Ressentimento contra pessoas do sexo feminino é um indicador
seguro de preferência por voto em Trump, contra Hillary.
Cf. Nelson, Libby. 2016. “Hostility toward women is one of the strongest predictors of
Trump support”. Vox. novembro 1.
http://www.vox.com/2016/11/1/13480416/trump-supporters-sexism.
127. Eleitores do Tea Party
Nos EUA, os eleitores típicos do Tea Party são homens, brancos,
velhos, cristãos, com baixa escolaridade.
Eles sabem que estão atrás dos outros brancos na escala social, e
esperam ser os próximos a ter a riqueza, sucesso e dignidade dos
outros brancos.
128. Inveja
“A Inveja é o Ódio enquanto afeta o homem de tal maneira que
se entristece com a felicidade do outro, e, inversamente,
regozija-se com o mal do outro.”
Spinoza, Ética 3, DA 33.
129. “Injustiça”
Mas daí eles veem que mulheres, pessoas de outras etnias,
pessoas mais novas, pessoas de outras religiões, pessoas com mais
escolaridade os ultrapassam.
E se sentem injustiçados.
130. Menos que gente
Mesmo animais, mesmo o meio ambiente recebe mais atenção
do que eles.
Isso os faz sentir-se muitíssimo diminuídos.
131. Valores
Além disso, eles são criticados por causa da interpretação estreita
dos valores cristãos. A essa interpretação eles vinculam
sentimentos identitários valiosíssimos.
São esses valores que os fazem discriminar mulheres, pessoas de
outras etnias, pessoas de outras religiões, pessoas com outras
orientações sexuais.
Mas eles querem ser valorizados, mesmo desprezando os outros.
132. Voto emocional
O resultado dessa conturbada sopa biográfica é o voto não no
próprio interesse econômico, mas no próprio interesse
emocional.
Isto é, o voto que propõe colocar mulheres, pessoas de outras
etnias e pessoas de outras religiões lá atrás.
Mesmo quando esse voto leva a menos qualidade de vida para si
mesmo.
133. Alvos emocionais
Os outros que estavam atrás e os ultrapassam são tratados como
os culpados pela sua vida ruim e curta dos brancos cristãos de
baixa escolaridade, não as empresas e políticos que deles se
aproveitam. Quem tem discurso contra esses outros leva o voto,
ainda que esse voto diminua o tempo e a qualidade de vida do
eleitor.
Cf. Rich, Nathaniel. 2016. “Inside the sacrifice zone”. The New York Review of Books.
https://blendle.com/i/new-york-review-of-books/inside-the-sacrifice-zone/bnl-nybooks-
20161021-86816.
134. Questões epistemológicas
O conhecimento das nossas próprias emoções é uma questão
problemática, pois, apesar de parecer que estamos
imediatamente cientes das nossas próprias emoções, nada tem
mais poder de nos levar ao autoengano do que nossas próprias
emoções.
135. As múltiplas fontes do autoconhecimento emocional
Autodetecção, introspecção
Autoformatação, autoconstituição
Autoexpressão, comportamento
Inferência teórica, descoberta via terapia
Cf. Schwitzgebel, Eric. 2012. “Introspection, what?” In Introspection and consciousness,
organizado por Declan Smithies e Daniel Stoljar, p. 29–48. Oxford: Oxford University
Press, p. 36–37.
136. Autodetecção (propriocepção) e inferência teórica
Sentimento da posição do próprio corpo: se vejo uma cobra e
sinto meu corpo parado, então não tenho medo.
Sentimento de impulsos: se vejo uma cobra e não sinto vontade
de fugir, então não tenho medo.
Cf. Schwitzgebel, Eric. 2012. “Introspection, what?” In Introspection and consciousness,
organizado por Declan Smithies e Daniel Stoljar, p. 29–48. Oxford: Oxford University
Press, p. 36–37.
137. Autoformatação e autoexpressão
Digo que não tenho medo de cobras. Isso ajuda a formatar meu
sentimento.
Cf. Schwitzgebel, Eric. 2012. “Introspection, what?” In Introspection and consciousness,
organizado por Declan Smithies e Daniel Stoljar, p. 29–48. Oxford: Oxford University
Press, p. 36–37.
139. Os clássicos
Não há nada de surpreendente no fato de que alguns dos mais
importantes filósofos clássicos (Platão, Aristóteles, Hobbes,
Descartes, Spinoza, Hume) tenham proposto teorias muito bem
delineadas das emoções, nas quais as emoções são concebidas
como respostas a certos tipos de eventos que despertam interesse
ou preocupação no sujeito, provocando mudanças corporais e
motivando comportamentos característicos.
141. Platão
O que normalmente se diz, sobre a teoria das emoções de Platão,
é o seguinte:
Platão tinha uma teoria tripartite da alma. Partes intelectual,
desejante e emotiva. Essa teoria se mostra instável e
problemática.
O caso é um pouco mais complicado…
143. Aristóteles
Para Aristóteles, as emoções são de grande importância para o
bem viver e o bem agir, pois essas duas coisas resultam do sentir
as emoções certas, na proporção certa, nas circunstâncias certas.
144. Estoicos
Para os estoicos, as emoções são juízos de valor sobre as coisas.
Esses juízos de valor são fontes de sofrimento.
De modo que, se pudéssemos extinguir as emoções (se
pudéssemos deixar de fazer tais juízos avaliativos…), nos
tornaríamos indiferentes, e felizes.
145. Terapia estoica
Ao ver seu filho, você julga que ele estará aí amanhã para
alegrá-lo. Esse juízo é o amor.
Você tem que se habituar a pensar que não está no teu poder
fazer com que seu filho esteja por perto amanhã. Você tem que
desaprender a amá-lo.
Assim, você será feliz.
146. A pesquisa contemporânea
Após um período de negligência, a investigação das emoções tem
prosperado nos nossos dias, e filósofos podem fazer pesquisas
frutíferas sobre o tema a partir de interações com investigadores
da psicologia, neurologia, biologia e economia.
147. As emoções e a vida mental – alguns modelos
Teoria do senso comum
Teoria James-Lange
Teoria composicional
Atomismo emocional
Teoria do contínuo emocional
Teoria da base biológica
148. Teoria do senso comum das emoções
Para o senso comum, uma emoção é um tipo de sentimento que
se diferencia qualitativamente das sensações (incluindo
propriocepção).
Emoções têm valor ético. Posso me ofender caso outro não
manifeste a emoção apropriada no grau apropriado no contexto
apropriado (A. Smith).
149. Teoria James-Lange das emoções
Atribuída a William James e Carl G. Lange
Emoções são nossa consciência de mudanças nas condições
fisiológicas relacionadas a funções motoras ou fisiológicas do
corpo.
Essa teoria tem Descartes, na Sexta Meditação, como precursor.
Além de Spinoza.
150. Exemplos da teoria James-Lange
Ao perceber alguém em perigo, várias respostas corporais se
iniciam em mim, e o medo é minha consciência dessas respostas
corporais.
Meu corpo responde à falta de açúcar, e a fome é minha
consciência dessa mudança corporal.
Meu corpo responde à falta de água, e a sede é minha
consciência dessa mudança corporal.
151. Insuficiência da teoria James-Lange
Apesar do poder explicativo dessa teoria, em alguns casos ela não
é suficiente para distinguir entre uma emoção e outra.
Se tudo o que temos é nossa resposta corporal – por exemplo, a
taquicardia – então pode ser que eu esteja apaixonado, ou
apavorado.
152. Teoria James-Lange e contexto
Ao que parece, também precisamos de elementos contextuais
para diferenciar as emoções umas das outras.
Mas, se é assim, não é suficiente descrever uma emoção como
consciência apenas da resposta corporal.
153. Teoria James-Lange e contágio emocional
Um elemento contextual importante parece ser as emoções
sentidas pelos outros ao redor.
Novamente, isso indica que não é suficiente descrever uma
emoção como a consciência apenas da resposta corporal.
154. Goldie e a teoria James-Lange das emoções
Há, no entanto, uma nova proposta, com vista ao retorno à teoria
da emoção como consciência da resposta corporal.
Peter Goldie propõe que se considere as respostas corporais
como carregadas de conteúdo intencional.
Assim sendo, as respostas corporais se ligam a contextos.
Emoções são nossa consciência dos nossos estados corporais
carregados de significado contextual.
155. Teoria composicional
Descartes e Spinoza defendem que há um número pequeno e
limitado de emoções básicas.
As outras emoções são compostas a partir das emoções básicas
mais outros elementos (p. ex. objeto, tempo, modalidade
metafísica).
156. Atomismo emocional
Cada emoção é simples e primitiva, em vez de composta por
outros elementos (outros estados ou eventos mentais, outros
objetos).
157. Teoria do contínuo emocional
As emoções formam um contínuo analisável em diversas
dimensões (p. ex. objeto, tempo, modalidade metafísica, nível de
excitação, intensidade, prazer ou dor).
Esse contínuo não pode ser fragmentado em partes, eventos ou
processos discretos.
158. Teoria biológica das emoções
Processos fisiológicos são condições necessárias de emoções.
Descartes, Sexta Meditação, como precursor.
As emoções mais básicas são respostas estereotipadas a
necessidades fisiológicas, de acasalamento, de abrigo e proteção
contra predadores e de sociabilidade.
Sistemas biológicos subpessoais orientam o organismo para a
satisfação de necessidades básicas como evitar predadores,
defender-se, buscar alimentos e cuidar da prole.
159. Ecletismo metodológico
No momento, não temos nenhuma razão para preferir um
modelo explicativo em detrimento de outro.
Isso nos abre a oportunidade para o ecletismo justificado com
respeito às teorias das emoções.
160. Agradecimentos
Aos alunos da disciplina de Filosofia da Mente do Curso de
Bacharelado em Filosofia da Universidade Federal de Santa
Maria do segundo semestre de 2016. Estas aulas foram
preparadas para vocês, e foram reformuladas a partir do
generoso retorno de vocês.