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Consciência de acesso e
consciência fenomênica
Dr. César Schirmer dos Santos (cesar.santos@ufsm.br)
Curso de Filosofia da Mente
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Maria
2017
Questões terminológicas
Tipos de acesso
Tipos de consciência
Acesso a informações ou representações
Local
Global
Acesso local – isto é, subpessoal
Se dá acesso local a alguma informação em algum sistema
cognitivo que se localiza no corpo da criatura quando algum
sistema cognitivo, como por exemplo a visão, emprega alguma
representação ou informação, mas a criatura ela mesma não tem
consciência dessa informação, pois a representação ou
informação se dá num nível subpessoal, estando, portanto,
encapsulada.
Acesso global – isto é, pessoal
Se dá acesso global a alguma informação quando a criatura como
um todo emprega alguma representação ou informação da qual
tem consciência, pois a representação ou informação se dá num
nível pessoal.
Maneiras de passar do acesso local ao acesso
global
De baixo para cima
De cima para baixo
De baixo para cima
Início num estímulo sensorial
suficientemente forte para
ultrapassar o limiar da atenção.
Origem passiva, involuntária.
De cima para baixo
Início na atenção controlada pelo
sujeito.
Origem ativa, voluntária.
Consciência
Como estado da criatura
Como atenção àquilo que é representado ou experimentado pela
criatura – consciência-de-…, atenção + conteúdo/experiência
Consciência como estado da criatura
Alerta
Desperta
Dormindo
Em coma
Consciência-de-…, atenção +
conteúdo/experiência
Consciência de acesso
Consciência fenomênica
Consciência de acesso
O que é relatável pelo sujeito.
Requer conceitos e palavras.
Consciência fenomênica
O que é vivenciado ou experimentado pelo sujeito.
Não requer conceitos nem palavras.
Posições sobre consciências de acesso e
fenomênica
Conceitos diferentes para a mesma coisa
Conceitos diferentes para coisas diferentes que costumam se
dar conjuntamente quando o sujeito dispõe de conceitos e
palavras
Conceitos diferentes para coisas diferentes que se dissociam
radicalmente uma da outra
Posição 1: conceitos diferentes para a mesma
coisa
O mesmíssimo poder mental é chamado de “consciência de
acesso” quando tratamos daquilo que é relatado pelo sujeito e de
“consciência fenomênica” quando tratamos daquilo que é
experimentado pelo sujeito.
Posição de Michael Tye, Daniel Dennett e Bernard Baars.
Posição 2: coisas diferentes que costumam co-
ocorrer
Consciência de acesso e consciência fenomênica são poderes
diferentes com conceitos diferentes. No entanto, em criaturas
capazes de relatar suas experiências, como por exemplo
humanos adultos, as duas costumam co-ocorrer.
Posição de David Chalmers.
Posição 3: coisas diferentes, ocorrências
diferentes
Consciência de acesso e consciência fenomênica são poderes
diferentes com conceitos diferentes que não podem nunca co-
ocorrer, pois a experiência fenomênica tem uma riqueza de
detalhes que simplesmente transborda qualquer coisa que possa
ser relatável pelo sujeito.
Posição de Ned Block.
O argumento do transborde (Block’s overflow
argument)
1. A consciência de acesso se limita àquilo que é relatável pelo
sujeito.
2.A experiência fenomênica ultrapassa, em riqueza de detalhes,
aquilo que é relatável por uma mente finita.
3.Portanto, a consciência fenomênica é distinta da consciência
de acesso.
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fenomênicos?
Analogia com a distinção entre o conceitual e o perceptual
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Determinável versus determinado
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Vermelho (determinável) – amaranto, carmim, carmesim, fúcsia,
magenta, bordô, rosa, rubi, enferrujado, telha (determinados)
A consciência de acesso lidaria com determináveis, a consciência
fenomênica com determinados.
Cf. Teroni, Fabrice. 2017. “The Phenomenology of Memory.” In The Routledge
Handbook of Philosophy of Memory, editado por Sven Bernecker e Kourken
Michaelian. New York: Routledge.
Leitura indicada
O artigo
Carruthers, Peter. 2015. “Block’s Overflow Argument.” Pacific
Philosophical Quarterly. doi:10.1111/papq.12152.
Você pode encontrar uma versão deste artigo com meus
comentários aqui.
Créditos das imagens
A “Fig. 7” e a “Fig. 37” vêm das páginas finais de Charles Adam
e Paul Tannery (eds.), Oeuvres de Descartes, vol. XI, Paris:
Vrin, 1996.
Tirinha da série To φ Or Not To φ, de Tatyana (Tanya)
Kostochka, via Daily Nous e Gabriel V. Bilhalva.
“A Grande Onda de Kanagawa”, de Katsushika Hokusai, c.
1833.

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Consciência de acesso e consciência fenomênica

  • 1. Consciência de acesso e consciência fenomênica Dr. César Schirmer dos Santos (cesar.santos@ufsm.br) Curso de Filosofia da Mente Departamento de Filosofia Universidade Federal de Santa Maria 2017
  • 2. Questões terminológicas Tipos de acesso Tipos de consciência
  • 3. Acesso a informações ou representações Local Global
  • 4. Acesso local – isto é, subpessoal Se dá acesso local a alguma informação em algum sistema cognitivo que se localiza no corpo da criatura quando algum sistema cognitivo, como por exemplo a visão, emprega alguma representação ou informação, mas a criatura ela mesma não tem consciência dessa informação, pois a representação ou informação se dá num nível subpessoal, estando, portanto, encapsulada.
  • 5. Acesso global – isto é, pessoal Se dá acesso global a alguma informação quando a criatura como um todo emprega alguma representação ou informação da qual tem consciência, pois a representação ou informação se dá num nível pessoal.
  • 6. Maneiras de passar do acesso local ao acesso global De baixo para cima De cima para baixo
  • 7. De baixo para cima Início num estímulo sensorial suficientemente forte para ultrapassar o limiar da atenção. Origem passiva, involuntária.
  • 8. De cima para baixo Início na atenção controlada pelo sujeito. Origem ativa, voluntária.
  • 9. Consciência Como estado da criatura Como atenção àquilo que é representado ou experimentado pela criatura – consciência-de-…, atenção + conteúdo/experiência
  • 10. Consciência como estado da criatura Alerta Desperta Dormindo Em coma
  • 12.
  • 13. Consciência de acesso O que é relatável pelo sujeito. Requer conceitos e palavras.
  • 14. Consciência fenomênica O que é vivenciado ou experimentado pelo sujeito. Não requer conceitos nem palavras.
  • 15. Posições sobre consciências de acesso e fenomênica Conceitos diferentes para a mesma coisa Conceitos diferentes para coisas diferentes que costumam se dar conjuntamente quando o sujeito dispõe de conceitos e palavras Conceitos diferentes para coisas diferentes que se dissociam radicalmente uma da outra
  • 16. Posição 1: conceitos diferentes para a mesma coisa O mesmíssimo poder mental é chamado de “consciência de acesso” quando tratamos daquilo que é relatado pelo sujeito e de “consciência fenomênica” quando tratamos daquilo que é experimentado pelo sujeito. Posição de Michael Tye, Daniel Dennett e Bernard Baars.
  • 17. Posição 2: coisas diferentes que costumam co- ocorrer Consciência de acesso e consciência fenomênica são poderes diferentes com conceitos diferentes. No entanto, em criaturas capazes de relatar suas experiências, como por exemplo humanos adultos, as duas costumam co-ocorrer. Posição de David Chalmers.
  • 18. Posição 3: coisas diferentes, ocorrências diferentes Consciência de acesso e consciência fenomênica são poderes diferentes com conceitos diferentes que não podem nunca co- ocorrer, pois a experiência fenomênica tem uma riqueza de detalhes que simplesmente transborda qualquer coisa que possa ser relatável pelo sujeito. Posição de Ned Block.
  • 19. O argumento do transborde (Block’s overflow argument) 1. A consciência de acesso se limita àquilo que é relatável pelo sujeito. 2.A experiência fenomênica ultrapassa, em riqueza de detalhes, aquilo que é relatável por uma mente finita. 3.Portanto, a consciência fenomênica é distinta da consciência de acesso.
  • 20. Como diferenciar conteúdos relatáveis de fenomênicos? Analogia com a distinção entre o conceitual e o perceptual Analogia com a distinção entre determinável e determinado
  • 22. Determinável versus determinado Cor (determinável) – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (determinados) Vermelho (determinável) – amaranto, carmim, carmesim, fúcsia, magenta, bordô, rosa, rubi, enferrujado, telha (determinados) A consciência de acesso lidaria com determináveis, a consciência fenomênica com determinados. Cf. Teroni, Fabrice. 2017. “The Phenomenology of Memory.” In The Routledge Handbook of Philosophy of Memory, editado por Sven Bernecker e Kourken Michaelian. New York: Routledge.
  • 23. Leitura indicada O artigo Carruthers, Peter. 2015. “Block’s Overflow Argument.” Pacific Philosophical Quarterly. doi:10.1111/papq.12152. Você pode encontrar uma versão deste artigo com meus comentários aqui.
  • 24. Créditos das imagens A “Fig. 7” e a “Fig. 37” vêm das páginas finais de Charles Adam e Paul Tannery (eds.), Oeuvres de Descartes, vol. XI, Paris: Vrin, 1996. Tirinha da série To φ Or Not To φ, de Tatyana (Tanya) Kostochka, via Daily Nous e Gabriel V. Bilhalva. “A Grande Onda de Kanagawa”, de Katsushika Hokusai, c. 1833.