O documento discute como as emoções podem influenciar a saúde do coração e outras doenças. Estudos mostram que emoções positivas como felicidade e otimismo podem proteger contra doenças, enquanto emoções negativas como estresse e depressão podem contribuir para problemas de saúde. As emoções geram respostas fisiológicas no corpo que afetam a pressão arterial, sistema imunológico e outros fatores de risco para doenças.
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Emocoes x corpo
1. CEEFMTI “Marita Motta Santos”
Av. Dr. Raimundo Guilherme Sobrinho, 443 – Centro - São Mateus – ES (27) 3763-2522
Eletiva Coisas do C♥ração – 2018/1
Emoções exercem influência sobre a saúde,
especialmente a do coração
Por Carla Prates
Especial para o UOL Ciência e Saúde
Estudos mostram que felicidade, otimismo e fé agem como um escudo contra as doenças
Emoções podem ser causa direta de doenças coronarianas
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Muito alardeada nos últimos anos, a influência dos sentimentos sobre a saúde vem
sendo comprovadaporuma infinidade de pesquisas científicas.Os estudos mostram
que tanto as emoções positivas como as negativas podem atuar no surgimento de
doenças ou preservar a saúde e, ainda, interferir nos tratamentos.
Segundo o médico Mario Alfredo de Marco, coordenador do serviço de atenção
psicossocial integrada em saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
entre as emoções mais nocivas ao organismo estão a frustração, a raiva e o ódio.
“Por outro lado, tem a pessoa deprimida, desanimada, desmotivada também, cujos
sentimentos podem influenciar (em conjunto com outros fatores de risco) o
surgimento de algumas doenças”, esclarece o médico.
Em contrapartida, estudos revelam a cada dia a força das emoções positivas.
Felicidade,otimismo e fé (espiritualidade)agem como um escudo contraas doenças.
“As pesquisas avançam regularmente. Foi até criado o termo ‘psiconeuroimunologia’
para definir o ramo que estuda as relações entre as emoções, o sistema nervoso e
as funções orgânicas, como a imunidade”, revela a professora de fisiologia humana
Roberta de Medeiros, do Centro Universitário São Camilo.
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Ela afirma que estudos mostram a cada dia que somos seres absolutamente
integrados e que emoções e pensamentos influem na química, nos hormônios e no
funcionamento do sistema imunológico e vice-versa. Atualmente, já é possível
demonstrar, por meio da fisiologia, como o comportamento de células e os
neurotransmissores (mediadores químicos), entre outros, são afetados pelas
emoções.
Outros culpados
De modo geral, os sentimentos podem exercer influência sobre o colesterol, o
metabolismo (sobretudo interferindo na obesidade), as doenças coronárias, a
hipertensão,os problemas gástricose de pele,o sistemaimunológicoe as produções
hormonais. Mas os médicos pedem cautela na relação entre emoções, estresse e
doenças.
O coordenador da Unifesp explica que a emoção não é a única responsável pelo
surgimento de uma enfermidade.“Um conjunto de fatores colabora para a formação
da doença,entre eles a genética, os aspectos biológicos,psicológicose sociais e as
disposições do indivíduo”, explica.
Para exemplificar, o médico cita o mecanismo da gripe: “ter o vírus é a condição
necessária para se ter gripe, mas não suficiente. Há também a resistência do
organismo e os fatores alimentares que podem estar envolvidos no surgimento da
doença”. Essa integração também vale para transtornos do humor. “A depressão é
uma alteração dos neurotransmissores,mas que acontece em função das emoções
que uma pessoa experimenta (ou vice-versa)”, acrescenta.
O médico chama a atenção para o fato de as emoções não serem vividas apenas na
cabeça, mas também no corpo. Ou seja, elas geram uma resposta fisiológica. “Por
exemplo, quando você fica com raiva, a pressão sobe e o sangue circula mais
rápido”, descreve. Isso torna o organismo mais suscetível às doenças.
Disponível em < https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2011/03/01/emocoes-
exercem-influencia-sobre-a-saude-especialmente-a-do-coracao.htm>. Acesso em: 21 marc. 2018.
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Estudo mapeia áreas do corpo 'ativadas'
por sentimentos como raiva e felicidade
Cientistas da Universidade de Aalto em parceria com a Universidade de
Turku, ambas na Finlândia, pediram a voluntários que indicassem quais
áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam uma determinada
emoção.
Publicado em: 11 de fevereiro de 2014
Aperto no peito, frio na barriga, cabeçaquente. Quem nunca usou essas expressões
para traduzir uma emoção?
A sabedoria popular já sabe que emoções causam alterações físicas. Os cientistas
também:a rigor, emoção é o estímulo que afeta o sistemalímbico [região do cérebro
que a processa] e é capaz de mudar o sistema periférico.
Faltava saber exatamente onde essas mudanças físicas ocorrem,o que pode ajudar
a melhor definir as emoções e entender os transtornos afetados por elas.
No intuito de responder a essa questão, cientistas da Universidade de Aalto em
parceria com a Universidade de Turku, ambas na Finlândia, pediram a 700
voluntários que indicassem quais áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam
uma determinada emoção.
Para incitar cada estado emocional, foram usadas palavras, músicas e filmes. As
alterações sentidas podiam ser de qualquer ordem? dor e calor, por exemplo.
Com os dados, um software montou um único circuito para cada emoção ?raiva,
medo,desgosto,felicidade,tristeza e surpresa (chamadas de básicas) e ansiedade,
amor, depressão, desprezo e orgulho (tidas como correlatas).
"Tanto o computador como outras pessoas reconheceram as emoções descritas, o
que denota o seu aspecto universal", disse à Folha Riita Hari, professora da
Universidade Aalto e uma das autoras do estudo, publicado na revista da Academia
de Ciências dos EUA, "PNAS".
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Assim,emoçõesligadas à excitação, como raiva e felicidade,foram associadas com
ativações e calor dos membros superiores.
Já as emoções que indicam estado depressivo ou de tristeza foram relacionadas a
menor atividade nos membros inferiores, como adormecimento das pernas e pés.
Sensações no sistema digestório e ao redor da garganta foram relacionadas a
desgosto. Felicidade foi a única emoção associada com calor e ativações no corpo
inteiro.
O estudo pode ajudar a identificar emoçõesnem sempre distinguíveis,como tristeza
e desgosto.
"As emoções têm vias autônomas só interpretadas depois", explica Aílton Amélio,
professordo Instituto de Psicologiada Universidade de São Paulo. "Saberquais são
elas promove o entendimento de processosemocionais e é um recurso terapêutico."
Doenças caracterizadas por desordens emocionais como depressão e transtorno
bipolar também podem se beneficiar dos achados. "É uma ferramenta diagnóstica",
afirma Riita Hari. "Os mapas podem estar alterados nesses pacientes."
Estudos de neuroimagem já mostraram que esses indivíduos, quando estimulados
por emoçõesnegativas, exibem maior atividade cerebral. Essadinâmica é inversa à
obtida em pessoas saudáveis.
"Mas é preciso ter cuidado para não limitar tudo em uma caixa", afirma a psiquiatra
Alexandrina Meleiro.
José Bombana,psiquiatrae professordaUniversidade Federalde São Paulo, lembra
ainda que diferenças culturais precisam ser consideradas.
As emoções também provocam alterações hormonais, como o aumento do cortisol,
hormônio associado ao estresse."Quando prolongadas,são responsáveis poroutras
doenças, como transtornos mentais e diabetes", explica Alexandrina.
Emoções podem ainda mudar a expressão de genes. Estudo da Universidade da
Califórnia, publicado na "PNAS" em fevereiro, mostrou que pessoas felizes
apresentam menos genes da inflamação que depressivos, o que os protege contra
doenças.
Fonte: Folha de S. Paulo
Edição: A.N.
Disponível em < http://medimagem.com.br/noticias/estudo-mapeia-areas-do-
corpo-ativadas-por-sentimentos-como-raiva-e-felicidade,27106>. Acesso em21
marc. 2018.