O documento discute o avanço dos tratamentos de saúde mental e o uso crescente da tecnologia nesses tratamentos. Ele descreve vários distúrbios mentais como depressão, TDAH, esquizofrenia e psicopatia, e como novas tecnologias como smartphones, jogos virtuais e estimulação magnética transcraniana estão sendo usadas para tratar esses distúrbios de forma menos invasiva. No entanto, enfatiza que o contato humano ainda é essencial no tratamento de saúde mental.
2. O estudo e os avanços nos tratamentos das mentes tem ganhado
a cada dia mais espaço. E áreas da medicina, como a psiquiatria e
psicologia cada vez mais valorizadas.
O fato de nos dias atuais parte da população sofrer com diversos
tipos de transtornos psíquicos, trouxe a todos uma vontade por
entender como funcionam as mentes.
3. Com o inicio dessa busca por conhecimento e por curas, viu se
necessário o uso da tecnologia. E aliando-se a tecnologia de várias
formas, as respostas começaram a surgir, tanto quanto as pesquisas
quanto as curas.
No entanto, nem todos são de acordo com tantos avanços, os
médicos e cidadãos mais tradicionais começaram a se perguntar,
até que ponto a tecnologia realmente ajudaria e como os
pacientes reagiriam a esses avanços.
4. Várias doenças mentais assolam a população e seus familiares.
Aproximadamente 10% dos brasileiros tem algum distúrbio, tais como:
Depressão
Transtorno Déficit de Atenção ou Hiperatividade
Esquizofrenia
Psicopatia
5. A depressão, uma doença que surge com sintomas variados, afeta
o corpo e a mente. O tipo de depressão mais forte, o Transtorno
Depressivo Maior se manifesta com sintomas que interferem a
capacidade de desenvolver atividades diárias. E Distimia, tipo de
menor gravidade.
Os principais sintomas são a tristeza, sentimentos de culpa, energia
diminuída, distúrbios no sono, entre outros.
A Depressão é geralmente causada por traumas, como a perda de
alguém próximo. A doença afeta conexões cerebrais como um
todo, e não áreas específicas
6. O Transtorno Déficit de Atenção é um transtorno de "base
orgânica", associado a uma disfunção na área do córtex cerebral,
conhecida como Lobo Pré-Frontal. Quando seu funcionamento
está comprometido, ocorrem dificuldades de concentração,
memória, hiperatividade e impulsividade, originando os sintomas
do TDAH.
7. A esquizofrenia, doença que afeta 1% da população
mundial, afeta pacientes de todas as idades e possui como
sintomas, ouvir vozes e acreditar que estão lendo sua mente.
Antes acreditava-se que a área responsável fosse o lobo
frontal, porém uma pesquisa recente revelou que nenhuma área
do cérebro é diretamente responsável. Apresentam-se níveis
anormais de resposta cerebral quando realizam tarefas que ativam
não só os lobos frontais, mas também outras áreas, como as que
controlam a audição e a visão. Isso seria explicado pelo
rompimento das ligações entre as áreas do cérebro.
8. Segundo pesquisas, há até 5 milhões de psicopatas só no Brasil.
Desses, poucos seriam violentos. A maioria não comete crimes, mas
deixa as pessoas com quem convive desapontadas. Eles andam
pela sociedade como predadores sociais, destruindo famílias, se
aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias
por onde passam.
A psicopatia seria, segundo pesquisas, explicada por desvios de
ondas cerebrais, ou então por traumas no lobo frontal. Provocando
assim a crueldade e frieza dos psicopatas.
9. O surgimento de tecnologias em imageamento, equipamentos
cirúrgicos e evolução de aparelhos que já fazem parte do dia-dia
médico, já é conhecido. No entanto, poucas pessoas sabem que
estão sendo desenvolvidas formas de tratar e auxiliar na cura de
pacientes, através de tecnologias como celulares, tablets, GPS,
entre outros.
Por exemplo a Faculdade de Psiquiatria de Dartmouth está
empregando tecnologia smartphone no tratamento da
esquizofrenia e outras doenças mentais graves.
Os telefones, podem ser usados para entregar intervenções em
tempo real, tais como avisos para tomar a medicação ou se
envolver em dietas, exercícios ou atividades de redução de stress.
10. Pesquisadores da Universidade de Auckland testaram um jogo
interativo em 3-D chamado SPARX em 94 jovens diagnosticados
com depressão. Outra pesquisa mostrou outros jogos que poderiam
substituir medicamentos e tratamentos convencionais, como a
terapia de grupo.
O SPARX convida o usuário a participar de sete desafios durante
quatro a sete semanas em que seu avatar tem que aprender a
lidar com raiva e dor e transformar esses sentimentos negativos em
pensamentos positivos. Foram testados também games do gênero
quebra-cabeça e voltados para a família.
11. A Universidade Chukyo, desenvolveu o Babyloid, um robô baseado
nos mesmos princípios de que cuidar de um “bebê” dá aos
pacientes de depressão uma sensação de serem úteis.
TMS, é a sigla em inglês usada para, estímulo magnético
transcraniano. Esse tratamento é um avanço da terapia de eletro
choque.
Ao contrário da eletro choque, que é utilizada até hoje em pessoas
que não respondem a outros tratamentos, o TMS estimula apenas a
área do cérebro relacionada à doença, ao invés de atingir todo o
cérebro. Dessa forma, tem-se os benefícios da eletro choque, só
que sem os efeitos colaterais.
12. O tratamento é natural e não-invasivo. O paciente não recebe
irradiação elétrica ou magnética do equipamento.
Eletrodos são colocados sobre o couro cabeludo, para captar
emissões elétricas dos neurônios. As informações são enviadas a um
computador que as utiliza para produzir imagens que mostram em
tempo real, como está o funcionamento do cérebro.
Conforme a quantidade de ondas, o paciente vai acumulando
pontos. Num processo chamado reforçamento condicionado, o
paciente passa a alterar voluntariamente a frequência das ondas
nas áreas ligadas ao controle da atenção.
13. Exercícios cognitivos computadorizados ajudam pacientes com a
condição a distinguirem pensamentos da realidade.
Após seis meses de tratamento, foram refeitas ressonâncias e
comparadas as antigas atividades cerebrais.
Com o exercício, foi comprovada uma maior ativação no córtex
pré-frontal medial e também um melhor funcionamento social.
14. Quando falamos de tecnologia na medicina, seja ela em qual área
for, estamos falando de equipamentos e programas que foram
desenvolvidos para prolongar a vida de pacientes e facilitar o
atendimento médico dos mesmos.
No entanto, quando falamos de medicina
psiquiátrica/psicológica, falamos de uma medicina de contato.
Afinal, do que mais um paciente vítima de depressão precisa, além
da atenção?
Portanto, o uso da tecnologia, deve sim, ser feito, porém
discriminadamente. O uso dos recursos
tecnológicos, farmacológicos, terapias de grupo, psicanálise, entre
outros deve ser combinados, precisamente, para maior qualidade
de vida do paciente.