2. As dificuldades para a concretização
da doação de órgãos no Brasil
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato voluntário que consiste em um doador
manifestar a vontade de doar uma ou mais partes do corpo para auxiliar no tratamento
de outras pessoas.
Para ser um doador é necessário manifestar esse desejo em vida, uma vez que a
doação ocorre após a morte. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que existem
algumas doações que podem ser feitas em vida, como o rim, parte do fígado e da
medula óssea.
O “doador vivo” deve ter boas condições de saúde e concordar com a doação
juridicamente. De acordo com a lei, membros de uma família podem ser doadores, mas
não parentes só podem doar com autorização judicial.
Já em relação à doação após a morte, o doador deve informar esse desejo aos
familiares, uma vez que são eles que decidirão sobre a doação.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de
transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população
por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no
país.
3. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de
transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população
por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos transplantes no
país.
Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de pessoas em lista de
espera para receber um órgão ainda é grande.
Recentemente, tivemos o caso do apresentador Fausto Silva que recebeu a doação de
um coração. Leia mais sobre: “O tocante agradecimento de Faustão à família de seu
doador do coração“.
4. As manifestações de violência nos estádios
brasileiros de futebol
O brasileiro é conhecido mundialmente por uma paixão nacional: o futebol. No entanto, o
divertimento em assistir aos jogos dos times em estádio é ignorado, pois no país há um índice
elevado de violência no futebol brasileiro.
De acordo com um levantamento realizado pelo jornal Estadão, ocorre um episódio de
violência a cada quatro dias. Até março de 2022, 15 casos violentos já tinham ocorrido em
pouco tempo, entre ônibus atacados, invasões de campos e brigas entre torcedores dentro e
fora dos estádios.
Por esse motivo, ainda que timidamente, algumas mudanças foram feitas no estatuto da CBF
em uma Assembleia Geral Extraordinária para uma movimentação contra a violência nos
estádios, a partir da criação de um grupo de estudos e da convocação de representantes de
diferentes segmentos da sociedade para debater o tema.
Em entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo, o consultor de segurança e ex-
secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva defende que o problema
está diretamente ligado à sensação de falta de penalização entre os infratores.
No Brasil, há casos recentes de violência também, leia sobre:
“Morte de torcedora do Palmeiras: o que se sabe e o que falta saber sobre o caso“.
“Veja o momento em que um torcedor do Fluminense joga pedra no ônibus do Botafogo“.
5. Os desafios do uso de inteligências
artificiais na contemporaneidade
A Inteligência Artificial – também conhecida como IA – é um avanço tecnológico que
permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana.
Ela vai além da programação de ordens específicas para tomar decisões de forma
autônoma, baseada em padrões de enormes brancos de dados. Pode parecer difícil de
entender, mas você já deve ter entrado em contato com algumas delas: Alexa, ChatGPT,
Siri, entre outros. Leia mais sobre: “O que é inteligência artificial?“.
Mas, a grande questão que podemos refletir sobre isso é até que ponto essa utilização é
feita de forma ética? Para trabalharmos esse conceito é importante diferenciarmos a ética
e a moral.
Por moral entende-se o estudo fundamentado dos valores morais que orientam o
comportamento humano em uma sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras,
tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
A questão ética por trás do uso da IA está relacionada ao fato de que nossos dados
continuam sendo armazenados, analisados, compartilhados e vendidos.
Mesmo que exista a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em vigor no Brasil
desde 2020, essas informações ainda podem ser utilizadas ao nosso favor ou contra nós.
6. Outro problema gravíssimo em relação à ética é o uso do ChatGPT, por
exemplo, para a confecção de trabalhos escolares e uma possível perda da
reflexão crítica dos alunos.
Alguns cientistas pioneiros da IA também alertam sobre problemas, leia
uma recente notícia sobre um poderoso da Google: ‘O poderoso chefão da
IA’ deixa o Google e avisa sobre o perigo à frente.
7. O combate ao capacitismo na sociedade
brasileira
A palavra “capacitismo” significa a discriminação de pessoas com deficiência ou ainda a
subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências.
O debate vem sendo recorrente na sociedade e ganhou evidência durante os Jogos
Paralímpicos de Tóquio quando diversos comentários e brincadeiras com pessoas com
deficiência foram compartilhados.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da
Cidadania junto com o IBGE, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência.
Por isso é importante que esse tema seja discutido amplamente para diminuirmos os
casos de preconceito e discriminação com pessoas com deficiência na sociedade
brasileira.
O influenciador digital Ivan Baron é um ativista da causa e apresenta diariamente em
suas redes sociais informações sobre o capacitismo e exemplos para termos práticas
anticapacitistas na sociedade.
Seu papel é tão relevante na sociedade que foi um dos representantes do povo
brasileiro na cerimônia de posse do presidente Lula em 2023. Leia mais sobre: ‘O Brasil
de verdade está aqui’: quem é Ivan Baron, influencer que entregou faixa presidencial a
Lula.
8. A dificuldade de garantir o acesso à
justiça aos brasileiros
De acordo com o Princípio Constitucional de Acesso à Justiça, o Estado não
pode se negar a solucionar qualquer conflito em que o indivíduo alegue
sentir-se lesionado ou ameaçado de algum direito.
Isso está relacionado ao Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 em que
todos, sem distinção, podem acessar à justiça.
A grande questão é que muitos brasileiros não podem pagar por um
advogado para ter acesso à justiça e não sabem como ter acesso à justiça
gratuita.
De acordo com um matéria intitulada “Acesso à justiça no Brasil: para que?”
publicada na Revista Direito em Debate, no Brasil esse acesso é um
problema para a maioria da população, uma vez que desconhecem seus
direitos.
9. Os problemas relacionados o trabalho
análogo à escravidão no Brasil
De acordo com a lei brasileira, o trabalho análogo à escravidão consiste em casos de
violação ao direito de ir e vir, ameaça de violência física ou psicológica e condições de
vida degradantes.
O artigo 149 do Código Penal Brasileiro define que “é caracterizado pela submissão de
alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão
de dívida contraída com o empregador ou seu preposto.”
O podcast da Folha “Mulher da Casa Abandonada” retratou a história de uma mulher
acusada de manter uma empregada em situação análoga à escravidão.
A série foi um sucesso e tem grande relevância social. Além de ter grande repercussão
nas redes sociais, ainda chamou atenção para esse problema ainda recorrente na
sociedade brasileira ao mencionar casos recentes sobre o tema.
Atrelado a isso, recentemente ainda houve os relatos dos trabalhadores da colheita de
uva resgatados em Bento Gonçalves (RS) que viveram cenários de violência cotidiana e
violações a direitos humanos básicos.
10. A série foi um sucesso e tem grande relevância social. Além de ter grande
repercussão nas redes sociais, ainda chamou atenção para esse
problema ainda recorrente na sociedade brasileira ao mencionar casos
recentes sobre o tema.
Atrelado a isso, recentemente ainda houve os relatos dos trabalhadores
da colheita de uva resgatados em Bento Gonçalves (RS) que viveram
cenários de violência cotidiana e violações a direitos humanos básicos.
11. Acesso ao saneamento básico no Brasil
Ter acesso ao saneamento básico ainda não é uma
realidade de boa parte da população brasileira.
O Ranking do Saneamento Básico do ano 2019
elaborado pelo Instituído Terra revelou que 35 milhões de
pessoas ainda não possuem acesso à água tratada no
país.
Sobre o tema, o candidato pode relacionar a falta de
acesso ao saneamento básico no Brasil e seus impactos
na saúde e na qualidade de vida da população. São
exemplos: o aumento de doenças transmitidas pela água
e alimentos contaminados, a degradação do meio
ambiente e a exclusão social.
12. O papel das ONGs e organizações civis na
sociedade: impactos e desafios
Organizações Não Governamentais (ONGs) e organizações civis
têm desempenhado um papel cada vez mais importante na
sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social, econômico
e ambiental.
É possível relacionar as ONGs e as organizações civis na defesa
de direitos humanos, contra a discriminação e na promoção da
inclusão social de minorias, como mulheres, negros, LGBTS,
pessoas com deficiências, entre outros.
Outra abordagem possível, é problematizar os desafios
enfrentados por essas instituições, como a falta de recursos, a
burocracia, a falta de apoio do estado e da população. Nesse,
sentido é preciso apresentar formas de superar esses obstáculos,
por exemplo, a parceria com empresas do setor privado e
incentivos governamentais.
13. Proteção das reservas indígenas
A proteção das reservas indígenas tem sido bastante controverso no
Brasil, e o recente caso dos Yanomami é emblemático nesse
sentido.
Os Yanonmami tem enfrentado uma série de desafios em relação à
proteção da suas terras, como a invasão por garimpeiros ilegais, a
falta de estrutura e ausência de políticas efetivas.
Uma discussão possível é sobre a importância das reservas
indígenas para a preservação da cultura e biodiversidade brasileira.
Por isso, o estado tem um papel fundamental na proteção dessas
reservas, por meio da adoção de políticas públicas que visem à sua
proteção e garantia dos direitos dos povos indígenas.
14. Combate ao racismo estrutural no Brasil
O racismo estrutura como problema histórico no por isso, é importante
contextualizar o racismo estrutural como um problema histórico que tem raízes
na formação do país e que se manifesta de diversas formas na sociedade
brasileira. Nesse sentido, é possível citar exemplos históricos de racismo,
como a escravidão, e mostrar como esse problema tem se perpetuado até os
dias de hoje.
Apesar de ser um problema histórico, o racismo estrutural ainda se manifesta
de diversas formas na sociedade brasileira. É possível citar exemplos de
racismo no mercado de trabalho, na educação, na saúde, na segurança
pública, entre outros.
Entre as possíveis soluções, estão: políticas públicas que visem à inclusão
social e à igualdade de oportunidades para todos os grupos, campanhas de
conscientização sobre o racismo e a discriminação, investimentos em
educação antirracista, fortalecimento de organizações que lutam pela
igualdade racial, entre outros.
15. Como as mudanças climáticas impactam os
Direitos Humanos
A mudança climática já chegou e está impedindo o comprimento de
nossos direitos. O direito à vida é universalmente reconhecido como
um direito humano fundamental; contudo, a cada ano, 150.000 mortes
prematuras são ligadas à crise climática - um número que deve
aumentar com o aumento da temperatura.
As mortes relacionadas ao clima são causadas por eventos climáticos
extremos, ondas de calor, inundações, secas, incêndios florestais,
doenças transmitidas pela água e por vetores, desnutrição e poluição
do ar. A crise climática ameaça o direito à água e ao saneamento,
contribuindo para crises hídricas como a da Bolívia, onde as geleiras
estão recuando, e o racionamento de água é necessário nas
principais cidades. A 2 °C, prevê-se que mais 100 milhões de pessoas
enfrentem insegurança hídrica.
16. A emergência climática também viola o direito à saúde, não apenas por
mortes prematuras, mas também pelo aumento da incidência de
doenças respiratórias e cardiovasculares, desnutrição, crescimento
retardado, desperdício, alergias, lesões e doenças mentais.
A dengue, por exemplo, é a doença transmitida por vetor que se espalha
mais rapidamente, com um aumento de trinta vezes na incidência global,
o que é amplamente atribuível às mudanças climáticas. De acordo com
a Comissão Lancet de Saúde e Mudança Climática, a crise climática é a
maior ameaça à saúde global do século XXI e pode reverter cinco
décadas de progresso na saúde global, principalmente porque coloca em
risco o direito à alimentação.
17. Escalada da violência escolar no Brasil
O ano de 2022, entre janeiro e agosto, foram registrados mais de 100 boletins
de ocorrência por lesão corporal e ameaça em escolas no Tocantins, tendo
professores como 80% das vítimas.
A organização Nova Escola, associação sem fins lucrativos voltada para
educação, entrou em contato com 5.300 professores de todo o território
nacional e registrou que 80% disseram já ter sido vítimas de algum tipo de
agressão, sendo a maioria violência verbal, seguido de violência psicológica e
ao menos 7% dos profissionais já teriam sido agredidos fisicamente.
A violência ocorre não só contra educadores, mas também entre os próprios
alunos. Uma das professoras entrevistadas pela Folha de São Paulo conta que,
ao tocar o sinal para o intervalo, ela segue para o pátio junto aos alunos, o que
não precisava ser feito antes da pandemia de Covid-19, quando podia seguir
para a sala dos professores, como de costume. Porém, desde janeiro de 2022,
os docentes deixaram de ter seus 15 minutos de descanso, pois precisam estar
com os estudantes a fim de evitar brigas.
18. Especialistas acreditam que o aumento do número de casos de violência
nas escolas é reflexo da pandemia. Isso porque durante o ensino
remoto, período em que as escolas estavam fechadas, parte das crianças
e adolescentes teriam desaprendido a ouvir e controlar emoções, por
exemplo.
Além dos efeitos pós-pandemia, constata-se que a crescente da
violência é resultado da ausência de educação contra formas de
intolerância, sobretudo, contra minorias. Dessa forma, violências
encontradas na vida social são reproduzidas dentro do ambiente escolar,
como o racismo e a LGBTfobia.
Segundo Castro Alves, em entrevista ao Correio Braziliense, os currículos
escolares deveriam incluir matérias sobre direitos humanos, cidadania e
cultura de paz, além disso, acredita que a saúde mental dos alunos não
deve ser mais um tabu.
19. Desafios para a saúde pública frente o
aumento de infarto entre jovens
Quando ouvimos falar em infarto, geralmente o associamos às pessoas
idosas com doenças crônicas, como a hipertensão, por exemplo. De fato,
esses são os casos mais frequentes, devido aos fatores de risco. Porém,
isso não significa que pessoas mais jovens, mesmo as mais saudáveis,
estejam isentas de risco. Elas também podem sofrer episódios cardíacos
graves que, em alguns casos, levam à morte.
Nas pessoas jovens, é mais comum ocorrer a dor torácica típica, que surge
como uma pressão ou queimação na região do tórax. Ela pode ser no centro
ou irradiar para o lado esquerdo (onde fica o coração). A dor também pode
irradiar para o braço esquerdo, direito ou para ambos, e ainda caminhar
para a mandíbula, na região do queixo, ou para as costas.