2. 8 Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer.
3. 9 Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus.
4. 10 Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se -á para ali.
5. 11 Um dia, vindo ele para ali, retirou-se para o quarto e se deitou.
6. 12 Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Chamando -a ele, ela se pôs diante do profeta.
7. 13 Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com muita abnegação; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela respondeu: Habito no meio do meu povo.
8. 14 Então, disse o profeta: Que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.
9. 15 Disse Eliseu: Chama -a. Chamando-a ele, ela se pôs à porta.
10. 16 Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.
11. 17 Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.
13. Após a morte de Salomão (932 a.C.), o Povo de Deus se dividiu em dois reinos: Os dois reinos viveram, a partir de então, histórias separadas e, quase sempre, antagônicas. Israel (Norte) Judá (Sul)
14. O nosso texto situa-nos no reino de Israel, em meados do séc. IX a.C., durante o reinado de Jorão (853-842 a.C.). Uma época de sincretismo e muita confusão religiosa.
15. As relações econômicas, políticas e culturais que Israel estabelece com outros países, torna-o vulnerável às influências religiosas estrangeiras, favorecendo assim a entrada de outras religiões.
16. Eliseu é um profeta, discípulo de Elias (cf. 1 Re 19,16b.19-21). Ele continua a obra do mestre, lutando contra o sincretismo religioso. Ele deseja que o seu povo retome os caminhos da fidelidade à aliança.
17. Eliseu é chamado, com muita freqüência (29 vezes), de “homem de Deus” ('ish Elohim). Esse título designa-o como um intérprete da Palavra do SENHOR. Alguém que prega com autoridade e intrepidez.
19. Neste texto vemos a generosa hospitalidade que Eliseu encontra na casa desta mulher sunamita.
20. A mulher não se limita a oferecer a Eliseu uma refeição, sempre que este passava por Suném, nas suas idas e vindas ao monte Carmelo. Ela manda construir, expressamente para o profeta, um quarto no terraço da sua casa e o mobília adequadamente.
21. Mais que cumprir o mandamento da hospitalidade, esta mulher reconhece que Eliseu é “ homem de Deus ”. Homem a quem Deus usa para realizar Sua missão no mundo.
22. Ajudando Eliseu, a sunamita se compromete com a missão de Deus. Neste ato ela manifesta a sua disponibilidade em colaborar com a “Missão Divina”.
23. Por ter se comprometido com a obra de Deus, recebeu uma grande bênção... ... a maternidade.
25. Dentre as várias lições que podemos aprender deste texto, gostaria de destacar as seguintes:
26. Todos são chamados a colaborar com a obra missionária. Uns são chamados para “linha de frente” (Eliseu), outros para retaguarda (Mulher Sunamita). 1 a lição
27. Um não é mais importante que o outro. Ainda que tenham diferenças na forma de atuarem, os dois são necessários.
28. O texto também nos ensina sobre a generosidade com a obra de Deus. 2 a lição
29. Num mundo marcado pelo consumismo e individualismo. Mundo onde o que impera é a Lei de Gerson: “Levar vantagem em tudo”, este texto nos desafia a investir com generosidade na vida e obra dos missionários.
30. O testemunho de Eliseu convenceu a mulher. 3 a lição Ela reconheceu que aquele era um “homem de Deus”
31. A mulher primeiro investiu na obra, depois recebeu a sua bênção. 4 a lição Não houve “barganha”.