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DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
Prof. Auxiliar:
Marina Zanella Delatorre
Doutoranda no Programa de
Pós-Graduação em Psicologia
O que é infância?
• Período de vida que vai do nascimento à
adolescência, extremamente dinâmico e
rico, no qual o desenvolvimento se faz,
concomitantemente, em todos os
domínios.
(Novo Aurélio)
Fases da Infância
• Primeira infância: 0 a 3 anos
• Segunda infância: idade pré-escolar (3 a 6 anos)
• Terceira infância: idade escolar (6 a 12 anos)
PRIMEIRA INFÂNCIA
0 – 3 Anos
Desenvolvimento Físico
• Escala Apgar (0-10): 1 e 5 minutos após o
parto, são avaliados: aparência (cor),
frequência cardíaca, expressão facial,
tônus muscular e respiração
• 7 a 10: boa ou excelente condição
• 4 a 7: tratamento de salvamento imediato
• 0 a 3: problemas neurológicos
O Apgar pode ser afetado pela medicação
recebida pela mãe, condições
neurológicas, cardiorrespiratórias ou
prematuridade.
Caso o tratamento
seja bem sucedido
e o escore
aumente, danos a
longo prazo são
improváveis.
Desenvolvimento Físico
• Reflexos: reações físicas involuntárias
desencadeadas por um estímulo específico
• Reflexos adaptativos: auxiliam o bebê a sobreviver (sugar,
engolir)
• Reflexos primitivos: controlados por partes primitivas do
cérebro, a maioria desaparece dos 6 meses a 1 ano
• Alguns reflexos permanecem na vida adulta. Ex.: piscar,
bocejar, tremer, reflexo pupilar.
Atividade reflexa no primeiro ano
Reflexo de Moro
Reflexo de Babinski
SucçãoMarcha Reflexa Sucção
Preensão palmar e plantar
Desenvolvimento Físico
• Engatinhar
• Influência no desenvolvimento cognitivo: nova visão de
mundo
• Primórdios da autonomia: senso de domínio,
autoconfiança e autoestima
• Referencial social: reconhecer situações seguras ou
perigosas
Desenvolvimento Cognitivo
• Piaget: desenvolvimento como adaptação ao meio
físico
• Assimilação: classificar novos eventos em esquemas
existentes
• Acomodação: modificação dos esquemas existentes
para incorporar novos objetos ou estímulos
Desenvolvimento Cognitivo
• Estágio Sensório-Motor (Piaget)
• Os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o ambiente
por meio do desenvolvimento sensorial e motor
• Aumento progressivo do interesse pelo ambiente,
repetição de ações com resultados interessantes,
orientação a metas, curiosidade e experimentação,
tentativa e erro
• Essas aquisições dependem da maturação neurológica,
fatores hereditários e fatores ambientais
Desenvolvimento Cognitivo
• Estágio Sensório-Motor (Piaget)
• Controle progressivo sobre reflexos inatos
• Repetição de sensações corporais agradáveis,
primeiramente obtidas por acaso
• Manipulação de objetos, interesse em aprender suas
propriedades
• Início do comportamento intencional (± 8 a 12 meses):
generalização a partir de experiências passadas, para
resolver problemas
• Noção de permanência de objeto (final do período)
Desenvolvimento da Linguagem
• Percepção dos sons da fala: aos 6 meses começa a
relacionar o som aos significados e dos 6 aos 12 meses
discrimina os sons básicos da língua e começa a
conhecer suas regras
• Dos 6 aos 10 meses balbucia sílabas e dos 9 aos 12
meses utiliza gestos para se comunicar
• Dos 10 aos 18 meses, diz palavras isoladas; aprende
muitas palavras novas dos 16 aos 24 meses, expandido
rapidamente o vocabulário
• Salto na compreensão dos 20 aos 22 meses
Desenvolvimento Emocional
• Funções das emoções para o ser humano:
– Comunicar aos outros uma condição interna e provocar
uma resposta
– Orientar e regular o comportamento (medo, surpresa)
– Promover a exploração do ambiente (interesse, excitação)
Desenvolvimento Emocional
• Choro – uma das principais formas de comunicação do
bebê
• Resposta ao choro: atender prontamente toda vez que o
bebê chora faz com que ele se torne mimado?
Desenvolvimento Emocional
• Teoria do Desenvolvimento Psicossexual - Freud
– Fase oral (até ± 18 meses)
• Principal fonte de prazer e exploração do mundo pelo
bebê envolve a boca – atividades como sugar e
alimentar-se
– Fase anal (18 meses até 3 anos)
• Prazer ligado à função excretora e ao controle dos
esfíncteres
• Rigidez, controle
• Abandono das fraldas é um marco importante
Desenvolvimento Emocional
• Estilos de Apego – Bowlby
– Vínculo emocional recíproco e duradouro entre um
bebê e um cuidador, ambos contribuindo para a
qualidade do relacionamento
• Apego seguro
• Apego evitativo
• Apego ambivalente
• Apego desorganizado
Desenvolvimento Emocional
• Confiança básica versus desconfiança básica (± até 18
meses) – Erik Erikson
– Sentimento do quão confiáveis são as pessoas e os objetos
em seu ambiente (permite formar relacionamentos íntimos)
– Desconfiança: mundo hostil e imprevisível (proteção)
• Autonomia versus vergonha e dúvida (± 18 meses aos
3 anos)
– Mudança do controle externo para o autocontrole – fase do
“não”
– Abandono das fraldas e aquisição da linguagem: autonomia
e autocontrole
– Vergonha e dúvida: reconhecer o que ainda não está
pronta para fazer e obedecer regras
SEGUNDA INFÂNCIA
3 – 6 Anos
Desenvolvimento Físico
• Avanço nas habilidades motoras gerais, que envolvem
grandes músculos (correr, pular, escalar) e melhor
coordenação entre o que a criança quer e o que sabe fazer
• Melhor desempenho em brincadeiras não estruturadas do
que em esportes organizados
• Habilidades motoras refinadas: maior responsabilidade
com cuidados pessoais
– abotoar roupas, vestir-se, comer com talheres, utilizar o
banheiro
– desenhar figuras, circulos, letras grosseiras
Desenvolvimento Cognitivo
• Estágio Pré-Operacional - Piaget
• Função simbólica: capacidade de usar símbolos ou
representações mentais (palavras, números, imagens) para
atribuição de significados
– Brincadeiras de faz de conta
– Desenvolvimento da linguagem → sistema comum de
símbolos
• Compreensão de identidades: ideia de que as pessoas e
coisas são as mesmas, ainda que mudem de forma,
tamanho ou aparência
– Emergência do autoconceito
Desenvolvimento Cognitivo
• Números: aos 3 e 4 anos, conseguem comparar
quantidades e, aos 5, conseguem contar até 20
• Centração: atenção a um aspecto de uma situação,
negligenciando os demais
• Irreversibidade
– Ex.: conservação de líquidos
• Egocentrismo: a criança pensa que todos pensam,
percebem e sentem da mesma maneira que elas
– Teoria da Mente: final do período
Desenvolvimento Cognitivo
• Compreensão de causa e efeito
– Noção básica principalmente para objetos físicos e familiares
– Crença de que todas as relações de causalidade são
igualmente previsíveis
• Fantasia e realidade
– Começa a distinguir por volta dos 3 anos
• Linguagem
– Formação de palavras e frases cada vez mais sofisticadas
– Sequências narrativas
– Maior competência na fala social/ pragmática
– Fala privada: experiência social, autorregulação
Desenvolvimento Emocional
• São capazes de falar sobre os próprios sentimentos,
reconhecer os dos outros e compreendem sua relação com
experiências e desejos
• Autoconceito: a imagem que temos de nós mesmos em
termos descritivos e avaliativos
− Determina como nos sentimos e orienta nossas ações
− Nessa fase, a criança se descreve e avalia em termos concretos e
observáveis, como características e habilidades
• Importância do brincar
– Função social, descarga de energia, representação simbólica
• Agressividade instrumental: centrada no objetivo
– Desenvolvimento gradual do autocontrole
e expressão verbal
Desenvolvimento Emocional
• Fase Fálica (3 a 6 anos) – Freud
• Complexo de Édipo:
• A criança se torna apegada ao genitor do sexo oposto e tem
impulsos agressivos pelo genitor do mesmo sexo
• Reconhecimento da diferença entre os órgãos genitais de
meninos e meninas
• Ao final da fase, a ansiedade se resolve pela identificação
da criança com o genitor do mesmo sexo
• Surgimento do superego
Desenvolvimento Emocional
• Iniciativa versus culpa – Erikson
– Crescente sentido de propósito: a criança planeja e
realiza atividades as quais quer fazer
– Culpa, desaprovação social
– Desejo de fazer X desejo de aprovação social
– Aprender a regular esses impulsos opostos, na habilidade
de imaginar e perseguir metas sem ser indevidamente
inibida pela culpa ou medo de punição
Estilos Parentais
• Autoritário: valorização do controle e da obediência sem
questionamento, uso de castigos. Pais tendem a ser menos afetuosos.
• Indulgente/Permissivo: valorizam a auto expressão e a autor
regulação, fazem poucas exigências e permitem que as crianças
monitorem o máximo possível suas próprias atividades. São bastante
afetuosos e pouco exigentes
• Negligente/Ausente: concentram-se mais nas próprias necessidades
do que nas da criança. Pouca responsabilização pela criança, apenas a
satisfação das suas necessidades básicas é mantida.
• Autorizante: respeitam a individualidade, mas também enfatizam
valores sociais. Orientam as crianças, mas respeitam suas opiniões e
personalidades. São afetuosos, mas exigem
bom comportamento.
TERCEIRA INFÂNCIA
6 – 12 Anos
Desenvolvimento Físico
• Avanço nas habilidades motoras como força, capacidade
de preensão, arremesso
• Brincadeiras mais agressivas e competitivas, como lutas ou
perseguição
• Participação em esportes e brincadeiras organizadas e
com regras (ex. amarelinha, esportes)
Desenvolvimento Cognitivo
• Estágio Operacional Concreto – Piaget
• Aperfeiçoamento da noção de causa e efeito
• Raciocínio indutivo:
– Observações específicas → conclusão sobre uma classe geral
• Raciocínio dedutivo:
– Premissa geral → conclusão sobre membro(s) de uma classe
• Conservação: princípios da identidade, reversibilidade
• Pensamento descentrado
• Capacidade de somar, diminuir, resolver problemas
matemáticos em histórias
Desenvolvimento Cognitivo
• Desenvolvimento da Linguagem
• Aprendizado da relação entre contexto e significado,
comparações, metáforas
• Maior desenvolvimento da linguagem pragmática
– Diferenças na comunicação com adultos ou pares,
reconhecimento da autoridade
• Aperfeiçoamento da leitura e escrita
– Reconhecimento rápido e automático → concentração no
significado, busca de conexões
– Inversão do processo: transformar a fala em palavra escrita
Desenvolvimento Emocional
• Fase da Latência – Freud
– Época mais calma
– Foco na aprendizagem, como a atividade escolar, ou outras
habilidades necessárias no contexto social da criança
Desenvolvimento Emocional
• Produtividade versus Inferioridade - Erikson
– As crianças têm capacidade para o trabalho produtivo
– Comparação com outras crianças – caso se sintam incapazes,
tendem a retornar para a família
– Apoio social, valorização: importante para a autoestima
• Melhor controle da expressão emocional e das emoções
negativas
• Relação com os pais
– Transição da co-regulação do comportamento: pais e filhos,
cada vez mais, dividem o poder
SEGUNDA INFÂNCIA TERCEIRA INFÂNCIA
Brincadeiras não estruturadas Brincadeiras organizadas,
esportes, competitividade
Pensamento egocêntrico,
centrado em si mesmo
Pensamento descentrado
Noção básica de causa e efeito Aperfeiçoamento da causa e
efeito, raciocínio
Palavras e frases mais
sofisticadas, sequências
narrativas
Comparações, metáforas, leitura
e escrita
Sentido de propósito,
planejamento de atividades
Produtividade
Maior dependência dos pais Menor dependência dos pais
Desenvolvimento e Ambiente
• Forte tendência autocorretiva: em um ambiente favorável, os
bebês/crianças seguem padrões de desenvolvimento normais, a
menos que tenham sofrido algum dano grave
• Pais que passam mais tempo com filhos, mais conversas, ambiente
lúdico → melhor desempenho escolar e de linguagem
• Mecanismos de proteção para o desenvolvimento:
• Incentivo à exploração
• Instrução em habilidades cognitivas e sociais
• Comemoração e reforço de novas realizações
• Orientação na prática e expansão de habilidades
• Proteção contra punição inadequada, provocação ou desaprovação por erros
ou consequências imprevistas da exploração
• Estimulação da linguagem e comunicação simbólica
• Solução: intervenção precoce!
Referências
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros
anos. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial nos três
primeiros anos. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento
humano. Porto Alegre: Artmed, 2006.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento físico e cognitivo na segunda
infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial na segunda
infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento físico e cognitivo na terceira
infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial na terceira
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Porto Alegre: Artmed, 2006.

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Desenvolvimento infantil

  • 1. DESENVOLVIMENTO INFANTIL Prof. Auxiliar: Marina Zanella Delatorre Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia
  • 2. O que é infância? • Período de vida que vai do nascimento à adolescência, extremamente dinâmico e rico, no qual o desenvolvimento se faz, concomitantemente, em todos os domínios. (Novo Aurélio)
  • 3. Fases da Infância • Primeira infância: 0 a 3 anos • Segunda infância: idade pré-escolar (3 a 6 anos) • Terceira infância: idade escolar (6 a 12 anos)
  • 5. Desenvolvimento Físico • Escala Apgar (0-10): 1 e 5 minutos após o parto, são avaliados: aparência (cor), frequência cardíaca, expressão facial, tônus muscular e respiração • 7 a 10: boa ou excelente condição • 4 a 7: tratamento de salvamento imediato • 0 a 3: problemas neurológicos O Apgar pode ser afetado pela medicação recebida pela mãe, condições neurológicas, cardiorrespiratórias ou prematuridade. Caso o tratamento seja bem sucedido e o escore aumente, danos a longo prazo são improváveis.
  • 6. Desenvolvimento Físico • Reflexos: reações físicas involuntárias desencadeadas por um estímulo específico • Reflexos adaptativos: auxiliam o bebê a sobreviver (sugar, engolir) • Reflexos primitivos: controlados por partes primitivas do cérebro, a maioria desaparece dos 6 meses a 1 ano • Alguns reflexos permanecem na vida adulta. Ex.: piscar, bocejar, tremer, reflexo pupilar.
  • 7. Atividade reflexa no primeiro ano Reflexo de Moro Reflexo de Babinski SucçãoMarcha Reflexa Sucção Preensão palmar e plantar
  • 8. Desenvolvimento Físico • Engatinhar • Influência no desenvolvimento cognitivo: nova visão de mundo • Primórdios da autonomia: senso de domínio, autoconfiança e autoestima • Referencial social: reconhecer situações seguras ou perigosas
  • 9. Desenvolvimento Cognitivo • Piaget: desenvolvimento como adaptação ao meio físico • Assimilação: classificar novos eventos em esquemas existentes • Acomodação: modificação dos esquemas existentes para incorporar novos objetos ou estímulos
  • 10. Desenvolvimento Cognitivo • Estágio Sensório-Motor (Piaget) • Os bebês aprendem sobre si mesmos e sobre o ambiente por meio do desenvolvimento sensorial e motor • Aumento progressivo do interesse pelo ambiente, repetição de ações com resultados interessantes, orientação a metas, curiosidade e experimentação, tentativa e erro • Essas aquisições dependem da maturação neurológica, fatores hereditários e fatores ambientais
  • 11. Desenvolvimento Cognitivo • Estágio Sensório-Motor (Piaget) • Controle progressivo sobre reflexos inatos • Repetição de sensações corporais agradáveis, primeiramente obtidas por acaso • Manipulação de objetos, interesse em aprender suas propriedades • Início do comportamento intencional (± 8 a 12 meses): generalização a partir de experiências passadas, para resolver problemas • Noção de permanência de objeto (final do período)
  • 12. Desenvolvimento da Linguagem • Percepção dos sons da fala: aos 6 meses começa a relacionar o som aos significados e dos 6 aos 12 meses discrimina os sons básicos da língua e começa a conhecer suas regras • Dos 6 aos 10 meses balbucia sílabas e dos 9 aos 12 meses utiliza gestos para se comunicar • Dos 10 aos 18 meses, diz palavras isoladas; aprende muitas palavras novas dos 16 aos 24 meses, expandido rapidamente o vocabulário • Salto na compreensão dos 20 aos 22 meses
  • 13. Desenvolvimento Emocional • Funções das emoções para o ser humano: – Comunicar aos outros uma condição interna e provocar uma resposta – Orientar e regular o comportamento (medo, surpresa) – Promover a exploração do ambiente (interesse, excitação)
  • 14. Desenvolvimento Emocional • Choro – uma das principais formas de comunicação do bebê • Resposta ao choro: atender prontamente toda vez que o bebê chora faz com que ele se torne mimado?
  • 15. Desenvolvimento Emocional • Teoria do Desenvolvimento Psicossexual - Freud – Fase oral (até ± 18 meses) • Principal fonte de prazer e exploração do mundo pelo bebê envolve a boca – atividades como sugar e alimentar-se – Fase anal (18 meses até 3 anos) • Prazer ligado à função excretora e ao controle dos esfíncteres • Rigidez, controle • Abandono das fraldas é um marco importante
  • 16. Desenvolvimento Emocional • Estilos de Apego – Bowlby – Vínculo emocional recíproco e duradouro entre um bebê e um cuidador, ambos contribuindo para a qualidade do relacionamento • Apego seguro • Apego evitativo • Apego ambivalente • Apego desorganizado
  • 17. Desenvolvimento Emocional • Confiança básica versus desconfiança básica (± até 18 meses) – Erik Erikson – Sentimento do quão confiáveis são as pessoas e os objetos em seu ambiente (permite formar relacionamentos íntimos) – Desconfiança: mundo hostil e imprevisível (proteção) • Autonomia versus vergonha e dúvida (± 18 meses aos 3 anos) – Mudança do controle externo para o autocontrole – fase do “não” – Abandono das fraldas e aquisição da linguagem: autonomia e autocontrole – Vergonha e dúvida: reconhecer o que ainda não está pronta para fazer e obedecer regras
  • 19. Desenvolvimento Físico • Avanço nas habilidades motoras gerais, que envolvem grandes músculos (correr, pular, escalar) e melhor coordenação entre o que a criança quer e o que sabe fazer • Melhor desempenho em brincadeiras não estruturadas do que em esportes organizados • Habilidades motoras refinadas: maior responsabilidade com cuidados pessoais – abotoar roupas, vestir-se, comer com talheres, utilizar o banheiro – desenhar figuras, circulos, letras grosseiras
  • 20.
  • 21. Desenvolvimento Cognitivo • Estágio Pré-Operacional - Piaget • Função simbólica: capacidade de usar símbolos ou representações mentais (palavras, números, imagens) para atribuição de significados – Brincadeiras de faz de conta – Desenvolvimento da linguagem → sistema comum de símbolos • Compreensão de identidades: ideia de que as pessoas e coisas são as mesmas, ainda que mudem de forma, tamanho ou aparência – Emergência do autoconceito
  • 22. Desenvolvimento Cognitivo • Números: aos 3 e 4 anos, conseguem comparar quantidades e, aos 5, conseguem contar até 20 • Centração: atenção a um aspecto de uma situação, negligenciando os demais • Irreversibidade – Ex.: conservação de líquidos • Egocentrismo: a criança pensa que todos pensam, percebem e sentem da mesma maneira que elas – Teoria da Mente: final do período
  • 23. Desenvolvimento Cognitivo • Compreensão de causa e efeito – Noção básica principalmente para objetos físicos e familiares – Crença de que todas as relações de causalidade são igualmente previsíveis • Fantasia e realidade – Começa a distinguir por volta dos 3 anos • Linguagem – Formação de palavras e frases cada vez mais sofisticadas – Sequências narrativas – Maior competência na fala social/ pragmática – Fala privada: experiência social, autorregulação
  • 24. Desenvolvimento Emocional • São capazes de falar sobre os próprios sentimentos, reconhecer os dos outros e compreendem sua relação com experiências e desejos • Autoconceito: a imagem que temos de nós mesmos em termos descritivos e avaliativos − Determina como nos sentimos e orienta nossas ações − Nessa fase, a criança se descreve e avalia em termos concretos e observáveis, como características e habilidades • Importância do brincar – Função social, descarga de energia, representação simbólica • Agressividade instrumental: centrada no objetivo – Desenvolvimento gradual do autocontrole e expressão verbal
  • 25. Desenvolvimento Emocional • Fase Fálica (3 a 6 anos) – Freud • Complexo de Édipo: • A criança se torna apegada ao genitor do sexo oposto e tem impulsos agressivos pelo genitor do mesmo sexo • Reconhecimento da diferença entre os órgãos genitais de meninos e meninas • Ao final da fase, a ansiedade se resolve pela identificação da criança com o genitor do mesmo sexo • Surgimento do superego
  • 26. Desenvolvimento Emocional • Iniciativa versus culpa – Erikson – Crescente sentido de propósito: a criança planeja e realiza atividades as quais quer fazer – Culpa, desaprovação social – Desejo de fazer X desejo de aprovação social – Aprender a regular esses impulsos opostos, na habilidade de imaginar e perseguir metas sem ser indevidamente inibida pela culpa ou medo de punição
  • 27. Estilos Parentais • Autoritário: valorização do controle e da obediência sem questionamento, uso de castigos. Pais tendem a ser menos afetuosos. • Indulgente/Permissivo: valorizam a auto expressão e a autor regulação, fazem poucas exigências e permitem que as crianças monitorem o máximo possível suas próprias atividades. São bastante afetuosos e pouco exigentes • Negligente/Ausente: concentram-se mais nas próprias necessidades do que nas da criança. Pouca responsabilização pela criança, apenas a satisfação das suas necessidades básicas é mantida. • Autorizante: respeitam a individualidade, mas também enfatizam valores sociais. Orientam as crianças, mas respeitam suas opiniões e personalidades. São afetuosos, mas exigem bom comportamento.
  • 29. Desenvolvimento Físico • Avanço nas habilidades motoras como força, capacidade de preensão, arremesso • Brincadeiras mais agressivas e competitivas, como lutas ou perseguição • Participação em esportes e brincadeiras organizadas e com regras (ex. amarelinha, esportes)
  • 30. Desenvolvimento Cognitivo • Estágio Operacional Concreto – Piaget • Aperfeiçoamento da noção de causa e efeito • Raciocínio indutivo: – Observações específicas → conclusão sobre uma classe geral • Raciocínio dedutivo: – Premissa geral → conclusão sobre membro(s) de uma classe • Conservação: princípios da identidade, reversibilidade • Pensamento descentrado • Capacidade de somar, diminuir, resolver problemas matemáticos em histórias
  • 31. Desenvolvimento Cognitivo • Desenvolvimento da Linguagem • Aprendizado da relação entre contexto e significado, comparações, metáforas • Maior desenvolvimento da linguagem pragmática – Diferenças na comunicação com adultos ou pares, reconhecimento da autoridade • Aperfeiçoamento da leitura e escrita – Reconhecimento rápido e automático → concentração no significado, busca de conexões – Inversão do processo: transformar a fala em palavra escrita
  • 32. Desenvolvimento Emocional • Fase da Latência – Freud – Época mais calma – Foco na aprendizagem, como a atividade escolar, ou outras habilidades necessárias no contexto social da criança
  • 33. Desenvolvimento Emocional • Produtividade versus Inferioridade - Erikson – As crianças têm capacidade para o trabalho produtivo – Comparação com outras crianças – caso se sintam incapazes, tendem a retornar para a família – Apoio social, valorização: importante para a autoestima • Melhor controle da expressão emocional e das emoções negativas • Relação com os pais – Transição da co-regulação do comportamento: pais e filhos, cada vez mais, dividem o poder
  • 34. SEGUNDA INFÂNCIA TERCEIRA INFÂNCIA Brincadeiras não estruturadas Brincadeiras organizadas, esportes, competitividade Pensamento egocêntrico, centrado em si mesmo Pensamento descentrado Noção básica de causa e efeito Aperfeiçoamento da causa e efeito, raciocínio Palavras e frases mais sofisticadas, sequências narrativas Comparações, metáforas, leitura e escrita Sentido de propósito, planejamento de atividades Produtividade Maior dependência dos pais Menor dependência dos pais
  • 35. Desenvolvimento e Ambiente • Forte tendência autocorretiva: em um ambiente favorável, os bebês/crianças seguem padrões de desenvolvimento normais, a menos que tenham sofrido algum dano grave • Pais que passam mais tempo com filhos, mais conversas, ambiente lúdico → melhor desempenho escolar e de linguagem • Mecanismos de proteção para o desenvolvimento: • Incentivo à exploração • Instrução em habilidades cognitivas e sociais • Comemoração e reforço de novas realizações • Orientação na prática e expansão de habilidades • Proteção contra punição inadequada, provocação ou desaprovação por erros ou consequências imprevistas da exploração • Estimulação da linguagem e comunicação simbólica • Solução: intervenção precoce!
  • 36. Referências PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento cognitivo nos três primeiros anos. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial nos três primeiros anos. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento físico e cognitivo na segunda infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial na segunda infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento físico e cognitivo na terceira infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento psicossocial na terceira infância. In PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2006.