Autismo

Autos = si mesmo
Ismos = disposição;orientação
Histórico


1943 – Leo Kanner - 11 crianças - padrão de
comportamento semelhante, com diferentes
aspectos: ausência ou dificuldade de contato
afetivo; ausência ou atraso na aquisição da
linguagem ou fala ecolalica; fixação em
determinados objetos... = Autismo infantil
precoce, Síndrome de Kanner.
histórico

1944 – Hans Asperger – grupo de adolescentes:
memória mecânica; pobreza na compreensão de idéias
abstratas; relações sociais extravagantes e falta de
empatia com os demais; interesse em assuntos
específicos
  Psicopatia autística, Síndrome de Asperger ou Idiot
savant (idiota sábio).
Isso pode ser considerado uma forma de inteligência?
Conceito

Transtorno invasivo do desenvolvimento (Transtorno
global do desenvolvimento – CID-10
Pervasive Developmental Disorder) – DSM-IV
Patologia do desenvolvimento instalada inicialmente na
infância, trazendo danos a vida social, afetiva e
psíquica do sujeito.
É uma inadequação no desenvolvimento manifestada
de forma grave por toda a vida, sendo, geralmente,
incapacitante.
Síndromes e Autismo

X – frágil – alteração molecular; quebra na cadeia do
cromossomo x
Angelman – dist. Neurológico genético; deleção do
cromossomo 15
Podem apresentar sintomas comuns aos TID, além de
sintomas autísticos como:
Alteração na fala, D.M., dificuldade no contato visual,
TDAH. Tudo depende dos níveis de gravidade
Características


Início precoce
Prejuízo da interação social
Distúrbios da comunicação e linguagem em
geral
Fala com características peculiares: ecolalia,
linguagem metafórica, reversão de pronomes
(fala na terceira pessoa)
Resistência a mudança
Características

Padrões estereotipados de comportamento
70% dos indivíduos com autismo apresentam
deficiência mental.
Indivíduos sem D.M. não costumam apresentar
problemas na área não-verbal (ex. habilidades
visuomotoras- boa possibilidade em jogos de encaixe)
Menos de 10% dos indivíduos possuem talentos
“especiais” como decorar listas telefônicas, calendários,
cálculos complexos...
O Bebê Autista

Transtornos alimentares:
Não procura o seio
Não demonstra fome
Mama muito lentamente
Dificuldade em modificar repertório alimentar
Preferência por comidas líquidas e papinha
Mastigação atípica (lingual)
Sono:

Dorme menos que o esperado para a idade
Sono muito curto
Alterna em dar sinais de despertar (choro) e não
dar sinal nenhum
Transtornos relacionais:

Mãe e familiares:
Não se aninha no colo
Não demonstra entusiasmo ou qualquer afeto com a
aproximação de pessoas queridas
Não reage aos chamados verbais
Não faz contato visual
Costuma irritar-se quando colocado diante de novos
estímulos
Brinquedos:

Não os usa de forma adequada para a idade,
nem os explora visualmente. Pode usá-los de
forma estereotipada, sem dar-lhes maiores
significações.
Comunicação:

Não aponta para o que quer
Choro inconsolável - frustração
Ecolalia, inversão pronominal
Não imita
Leva o adulto pela mão para obter o que deseja
Motricidade:

RDM: demora para sentar; não costuma
engatinhar antes de andar.
Estereotipias
Balanceio do corpo
Autismo x Psicose infantil

No autismo há ausência de delírios e alucinação
A falta de desejo da mãe faz com que a criança não
entre no simbólico. Não há fusão, não há espelho.
Não há imagem corporal=corpo objeto
Entende-se por psicose um distúrbio maciço da
realidade, envolvendo uma desorganização da
personalidade (Houzel, 1991)
Autismo x Psicose infantil

Esquizofrenia: Demência precoce (Kraepelin) – Alterações
específicas no pensamento, nos sentimentos e nas relações com
o mundo externo, cujo curso é, por vezes, crônico ou marcado
por surtos intermitentes.
Entra no simbólico e nele se aliena. No espelho reconhece o
outro, não a si mesmo.
Permanece preso na fusão, simbiose materna.
Imagem de corpo fragmentada
Pontos em comum:
Comprometimento no relacionamento interpesoal
Estereotipias: balanceio, brinquedos “autistas”
Psicanálise

Entrada do sujeito no mundo simbólico;
Significação: choro, riso, expressões :
A mãe do bebê “normal” nomeia tudo

Fusão necessária:
Importância da amamentação: O bebê mama
além do alimento, o olhar, o contato afetivo, a
troca mãe-bebê
Psicanálise

Pré-história/Maternagem:
“A palavra da mãe inscreve-se no corpo do feto-
bebê tornando-o sujeito de desejo, sua palavra
cria o corpo: o corpo da palavra e o corpo do
sujeito.”( Laznik-Penot)
Corpo nomeado=corpo vivo; sujeito inscrito no
simbólico, na teia de desejos.
Psicanálise

“ Identificar o outro, nomeá-lo, nomear seus
pais, não consiste somente em definir sua
natureza, trata-se também de defini-lo como
estrangeiro a si, reconhecê-lo outro, logo
acordar-lhe a existência” (Nathan; Houpaktin)
Mãe do autista (Psicanálise)

Pré-história: não há (Bb “mioma”)
Falta de significação / ausência de fusão
Estudo de Laznik-Penot: A modulação da voz materna
Não há instauração das estruturas psíquicas
O corpo não é nomeado; é pura carne, Corpo
“coisificado”, sem erotização, sem borda, sem
reconhecimento do outro, e de si mesmo.
Segundo Winnicott, o que o bebê vê quando olha no
rosto da mãe é ele mesmo. Busca do bebê / poder que
a mãe tem de dar ou não ao seu bebê essa identidade.
Psicanálise

“Se uma criança é tomada,cuidada e falada como uma
coisa, ocupará essa posição, irá identificar-se neste
lugar e será uma coisa e, enquanto tal, estará situada
no registro do real. No autismo, a relação é de
anulação. Permanece numa relação de exclusão a
respeito da ordem simbólica, implica no outro a
ausência, não há marcas. O modo de inscrição é o do
exclusão, da não existência, da não inscrição. O outro
pode estar mas recusa a inscrição.”(Levin; 1995:193)
Organicista

Não há relato de localização cerebral exata que defina a causa
do autismo.
Neurociências
Neuropatologia: Comparação de 6 cérebros após a morte de
crianças autistas com 6 de não autistas: diferenças significativas:
sistema límbico e cerebelo.
Neurofisiologia:Anormalidade no córtex cerebral; complexa
relação entre epilepsia, linguagem e comportamento.
Neuroquímica: Supostas alterações: serotonina, noraepinefrina,
receptores dopaminérgicos e opiáceos.
Organicista

Alguns estudos sugerem também lesões no lobo pré-
frontal já que pacientes que sofrem lesão nessas
regiões apresentam alterações de personalidade, perda
dos valores sociais, entre outras.
É importante lembrar que nenhum desses achados é
específico do autismo, sendo vistos em outras
patologias e nem sempre estando presentes nas
crianças com autismo. São estudos que se baseiam em
determinados sintomas que podem estar associados ao
autismo como: rituais obsessivos, déficit de atenção,
hiperatividade, epilepsia...
Co-morbidades


O autismo pode vir associado a deficiência
mental.
Deve-se tomar cuidado para não confundir os
diagnósticos, já que são parecidas e podem vir
associadas.
A epilepsia pode vir associada
Medicamentos


Antipsicóticos; antidepressivos; Estabilizador do
humor;       anticonvulsivantes,     Ansiolíticos;
Estimulantes.
Diagnóstico

Deve-se fazer a avaliação considerando todos
os aspectos e história de vida da criança.
(escuta, observação, exame neurológico,
tomografia, psiquiátrico)
Exame de cariótipo: afastar possibilidade de
outra síndromes.
O Autismo hoje

Prevalência:
Aproximadamente 2 a 3 até 16 em cada 10 mil
crianças
Brasil: aprox. 600 mil pessoas afetadas
(Associação Brasileira de Autismo, 1997)
4 vezes maior em meninos do que em meninas,
porém estudos sugerem que meninas tendem a
ser mais severamente afetadas (Wing, 1996)
Tratamento

Equipe interdisciplinar: Terapeuta Ocupacional,
Psicopedagogo, Psicólogo, Psicomotricista,
Fonoaudiólogo.
   Associar tratamento da criança com
psicoterapia familiar.
Escola regular
Autista? Famoso


 Einstein: comportamento estranho; anti-social;
genialidade extrema para assuntos específicos;
dificuldade na vida relacional e afetiva. Será?
Sites e livros sobre assunto

http://www.psiqweb.med.br/infantil/autismo.html
http://www.ama.org.br/autismo_historico.html
http://www.terravista.pt/mecol1260
Autismo e Educação – Baptista; Bosa – Artes médicas
Autismo – Ellis – Revinter
Palavras em trono do berço – Wanderley (org.)- Ágalma
Escritos da criança n.º 5 – centro Lydia Coriat

Autismo aula power point

  • 1.
    Autismo Autos = simesmo Ismos = disposição;orientação
  • 2.
    Histórico 1943 – LeoKanner - 11 crianças - padrão de comportamento semelhante, com diferentes aspectos: ausência ou dificuldade de contato afetivo; ausência ou atraso na aquisição da linguagem ou fala ecolalica; fixação em determinados objetos... = Autismo infantil precoce, Síndrome de Kanner.
  • 3.
    histórico 1944 – HansAsperger – grupo de adolescentes: memória mecânica; pobreza na compreensão de idéias abstratas; relações sociais extravagantes e falta de empatia com os demais; interesse em assuntos específicos Psicopatia autística, Síndrome de Asperger ou Idiot savant (idiota sábio). Isso pode ser considerado uma forma de inteligência?
  • 4.
    Conceito Transtorno invasivo dodesenvolvimento (Transtorno global do desenvolvimento – CID-10 Pervasive Developmental Disorder) – DSM-IV Patologia do desenvolvimento instalada inicialmente na infância, trazendo danos a vida social, afetiva e psíquica do sujeito. É uma inadequação no desenvolvimento manifestada de forma grave por toda a vida, sendo, geralmente, incapacitante.
  • 5.
    Síndromes e Autismo X– frágil – alteração molecular; quebra na cadeia do cromossomo x Angelman – dist. Neurológico genético; deleção do cromossomo 15 Podem apresentar sintomas comuns aos TID, além de sintomas autísticos como: Alteração na fala, D.M., dificuldade no contato visual, TDAH. Tudo depende dos níveis de gravidade
  • 6.
    Características Início precoce Prejuízo dainteração social Distúrbios da comunicação e linguagem em geral Fala com características peculiares: ecolalia, linguagem metafórica, reversão de pronomes (fala na terceira pessoa) Resistência a mudança
  • 7.
    Características Padrões estereotipados decomportamento 70% dos indivíduos com autismo apresentam deficiência mental. Indivíduos sem D.M. não costumam apresentar problemas na área não-verbal (ex. habilidades visuomotoras- boa possibilidade em jogos de encaixe) Menos de 10% dos indivíduos possuem talentos “especiais” como decorar listas telefônicas, calendários, cálculos complexos...
  • 8.
    O Bebê Autista Transtornosalimentares: Não procura o seio Não demonstra fome Mama muito lentamente Dificuldade em modificar repertório alimentar Preferência por comidas líquidas e papinha Mastigação atípica (lingual)
  • 9.
    Sono: Dorme menos queo esperado para a idade Sono muito curto Alterna em dar sinais de despertar (choro) e não dar sinal nenhum
  • 10.
    Transtornos relacionais: Mãe efamiliares: Não se aninha no colo Não demonstra entusiasmo ou qualquer afeto com a aproximação de pessoas queridas Não reage aos chamados verbais Não faz contato visual Costuma irritar-se quando colocado diante de novos estímulos
  • 11.
    Brinquedos: Não os usade forma adequada para a idade, nem os explora visualmente. Pode usá-los de forma estereotipada, sem dar-lhes maiores significações.
  • 12.
    Comunicação: Não aponta parao que quer Choro inconsolável - frustração Ecolalia, inversão pronominal Não imita Leva o adulto pela mão para obter o que deseja
  • 13.
    Motricidade: RDM: demora parasentar; não costuma engatinhar antes de andar. Estereotipias Balanceio do corpo
  • 14.
    Autismo x Psicoseinfantil No autismo há ausência de delírios e alucinação A falta de desejo da mãe faz com que a criança não entre no simbólico. Não há fusão, não há espelho. Não há imagem corporal=corpo objeto Entende-se por psicose um distúrbio maciço da realidade, envolvendo uma desorganização da personalidade (Houzel, 1991)
  • 15.
    Autismo x Psicoseinfantil Esquizofrenia: Demência precoce (Kraepelin) – Alterações específicas no pensamento, nos sentimentos e nas relações com o mundo externo, cujo curso é, por vezes, crônico ou marcado por surtos intermitentes. Entra no simbólico e nele se aliena. No espelho reconhece o outro, não a si mesmo. Permanece preso na fusão, simbiose materna. Imagem de corpo fragmentada Pontos em comum: Comprometimento no relacionamento interpesoal Estereotipias: balanceio, brinquedos “autistas”
  • 16.
    Psicanálise Entrada do sujeitono mundo simbólico; Significação: choro, riso, expressões : A mãe do bebê “normal” nomeia tudo Fusão necessária: Importância da amamentação: O bebê mama além do alimento, o olhar, o contato afetivo, a troca mãe-bebê
  • 17.
    Psicanálise Pré-história/Maternagem: “A palavra damãe inscreve-se no corpo do feto- bebê tornando-o sujeito de desejo, sua palavra cria o corpo: o corpo da palavra e o corpo do sujeito.”( Laznik-Penot) Corpo nomeado=corpo vivo; sujeito inscrito no simbólico, na teia de desejos.
  • 18.
    Psicanálise “ Identificar ooutro, nomeá-lo, nomear seus pais, não consiste somente em definir sua natureza, trata-se também de defini-lo como estrangeiro a si, reconhecê-lo outro, logo acordar-lhe a existência” (Nathan; Houpaktin)
  • 19.
    Mãe do autista(Psicanálise) Pré-história: não há (Bb “mioma”) Falta de significação / ausência de fusão Estudo de Laznik-Penot: A modulação da voz materna Não há instauração das estruturas psíquicas O corpo não é nomeado; é pura carne, Corpo “coisificado”, sem erotização, sem borda, sem reconhecimento do outro, e de si mesmo. Segundo Winnicott, o que o bebê vê quando olha no rosto da mãe é ele mesmo. Busca do bebê / poder que a mãe tem de dar ou não ao seu bebê essa identidade.
  • 20.
    Psicanálise “Se uma criançaé tomada,cuidada e falada como uma coisa, ocupará essa posição, irá identificar-se neste lugar e será uma coisa e, enquanto tal, estará situada no registro do real. No autismo, a relação é de anulação. Permanece numa relação de exclusão a respeito da ordem simbólica, implica no outro a ausência, não há marcas. O modo de inscrição é o do exclusão, da não existência, da não inscrição. O outro pode estar mas recusa a inscrição.”(Levin; 1995:193)
  • 21.
    Organicista Não há relatode localização cerebral exata que defina a causa do autismo. Neurociências Neuropatologia: Comparação de 6 cérebros após a morte de crianças autistas com 6 de não autistas: diferenças significativas: sistema límbico e cerebelo. Neurofisiologia:Anormalidade no córtex cerebral; complexa relação entre epilepsia, linguagem e comportamento. Neuroquímica: Supostas alterações: serotonina, noraepinefrina, receptores dopaminérgicos e opiáceos.
  • 22.
    Organicista Alguns estudos sugeremtambém lesões no lobo pré- frontal já que pacientes que sofrem lesão nessas regiões apresentam alterações de personalidade, perda dos valores sociais, entre outras. É importante lembrar que nenhum desses achados é específico do autismo, sendo vistos em outras patologias e nem sempre estando presentes nas crianças com autismo. São estudos que se baseiam em determinados sintomas que podem estar associados ao autismo como: rituais obsessivos, déficit de atenção, hiperatividade, epilepsia...
  • 23.
    Co-morbidades O autismo podevir associado a deficiência mental. Deve-se tomar cuidado para não confundir os diagnósticos, já que são parecidas e podem vir associadas. A epilepsia pode vir associada
  • 24.
    Medicamentos Antipsicóticos; antidepressivos; Estabilizadordo humor; anticonvulsivantes, Ansiolíticos; Estimulantes.
  • 25.
    Diagnóstico Deve-se fazer aavaliação considerando todos os aspectos e história de vida da criança. (escuta, observação, exame neurológico, tomografia, psiquiátrico) Exame de cariótipo: afastar possibilidade de outra síndromes.
  • 26.
    O Autismo hoje Prevalência: Aproximadamente2 a 3 até 16 em cada 10 mil crianças Brasil: aprox. 600 mil pessoas afetadas (Associação Brasileira de Autismo, 1997) 4 vezes maior em meninos do que em meninas, porém estudos sugerem que meninas tendem a ser mais severamente afetadas (Wing, 1996)
  • 27.
    Tratamento Equipe interdisciplinar: TerapeutaOcupacional, Psicopedagogo, Psicólogo, Psicomotricista, Fonoaudiólogo. Associar tratamento da criança com psicoterapia familiar. Escola regular
  • 28.
    Autista? Famoso Einstein:comportamento estranho; anti-social; genialidade extrema para assuntos específicos; dificuldade na vida relacional e afetiva. Será?
  • 29.
    Sites e livrossobre assunto http://www.psiqweb.med.br/infantil/autismo.html http://www.ama.org.br/autismo_historico.html http://www.terravista.pt/mecol1260 Autismo e Educação – Baptista; Bosa – Artes médicas Autismo – Ellis – Revinter Palavras em trono do berço – Wanderley (org.)- Ágalma Escritos da criança n.º 5 – centro Lydia Coriat