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“Qual o meio prático mais eficaz que tem o
  homem de se melhorar nesta vida e de
       resistir à atração do mal?”
O objetivo desse estudo é dar ênfase à
tomada de consciência de nossos limites e de
nossas potencialidades, no sentido de
fazermos uma avaliação mais segura e
equilibrada de nós mesmos.
Embora haja dificuldade de conhecermos a
nós mesmos, uma avaliação tranqüila de
nossa dor e do nosso relacionamento com o
próximo pode oferecer-nos luz no fim do
túnel. Além do mais, tomando consciência de
nossa ignorância, estaremos alicerçados para
detectar a nossa verdadeira capacidade.
Um dos direcionamentos que norteiam a
maioria dos procedimentos de crescimento
e desenvolvimento individual está na
célebre frase inscrita no portal do oráculo
de Delfos, na antiga Grécia: “Conhece-te a
ti mesmo”.
A grande maioria dos seres humanos não
consegue conhecer e muito menos
compreender       a   origem    de   seus
pensamentos; como são elaboradas as
imagens mentais, qual a natureza de seus
sentimentos, emoções e reações. Com base
nestas assertivas indagamos: sem conhecer
a natureza e origem do que somos, como
viver a plenitude do que somos?
Quem somos afinal?
Nossa formação espírita faz-nos recordar
que o princípio inteligente estagiando no
reino mineral adquiriu a atração; no reino
vegetal, a sensação; no reino animal, o
instinto; no reino “hominal”, o livre-
arbítrio, o pensamento contínuo e a razão.
Hoje, somos o resultado de toda esta
herança cultural. Somos um Espírito que
evolui ao longo dos processos reencarna
tórios. Temos qualidades e potenciais que
necessitam ser conhecidos e, obviamente,
despertados, a fim de se tornarem úteis na
caminhada. Mas também possuímos
características psicológicas que não
aceitamos.
Assim poderemos resumir nosso modelo de
autoconhecimento da personalidade em dois
campos: o campo positivo, constituído pelas
qualidades e potenciais, e o campo negativo,
constituído por aquilo que não aceitamos.
Ao nos posicionarmos frente a um espelho
vivenciamos uma experiência simples, mas
ao mesmo tempo interessante. Colocamo-nos
em uma situação momentânea de sermos o
observador e o observado das ações.
Algumas pessoas se sentem à vontade frente
a um espelho. Outras, retraem-se e tornam-
se inibidas. O mesmo ocorre quando nos
predispomos a realizar um auto-exame, isto
é, avaliarmos nossos atos.
Ao refletirmos sobre o que fizemos durante
o dia, os motivos que acionaram nossas
ações, nosso trato para com aqueles com
quem lidamos, colocamo-nos frente a um
espelho imaginário, o espelho da nossa
própria consciência, que não só aponta as
nossas deformidades morais, como indica a
melhor conduta que deveríamos adotar.
Neste estudo de autoconhecimento iremos
nos concentrar apenas no campo negativo,
ou seja, nas tendências, na índole que existe
em cada um de nós, que não aceitamos, que
não gostamos, que geralmente negamos e
quase sempre reprimimos.
Quando a consciência nos alerta sobre a
inveja que faz com que a nossa imagem se
torne feia, nós nos desculpamos dizendo que
o outro não tem direito ou merecimento, e
que fomos preteridos pelo Criador.
Se o ciúme projeta uma imagem deformada
e o espelho íntimo nos assinala o problema,
dizemos que é excesso de zelo, de amor ou
bem-querer, e que temos o direito de exigir
posse exclusiva.
Se a avareza mostra sua face distorcida em
nosso espelho íntimo, conformados, nos
consolamos: “Sou apenas econômico e
previdente”.
Quando o orgulho alardeia sua soberania, e
a consciência faz o alerta, a desculpa surge
de imediato: “Em mim só há dignidade”.
Mas se as nossas deformações morais são
apontadas pelos outros, que são nossos
espelhos externos, nós damos as costas e
dizemos que as deformações são por culpa
do espelho. Que isso não passa de inveja,
ciúme, despeito, etc.
Não é negando, por exemplo, que temos
ciúmes, que somos sovinas, que somos
invejosos, que somos prepotentes, que
vamos nos conhecer, que vamos nos
desenvolver.
Conscientizemo-nos de que as máscaras,
as auto-imagens, o falso puritanismo,
apontar defeitos alheios para esconder os
nossos, nada mais são que mecanismos
que nos impedem de reconhecer a nós
mesmos.
Não há dúvida que a auto-enganação é
uma realidade, e ocorre em nível
inconsciente, mas existem maneiras de
verificar se nossa conduta está ou não
equivocada. Também não há dúvida de
que o autoconhecimento é a chave do
progresso individual.
A evolução é uma necessidade do Espírito.
O aprimoramento do homem como
Espírito livre requer seu amadurecimento
constante e a busca de si próprio, como
ser consciente de sua natureza e de sua
importância. O ser consciente de si
próprio, de seu estado, de sua natureza, é
capaz de conhecer, entender, aceitar e
amar sua missão evolutiva.
Ao conhecer-se, desprende-se de si mesmo
para o mundo que o envolve, tendo a
noção exata de sua essência.
Para aqueles que desejam realmente ter
autoconhecimento, para fazer em si a
reforma moral necessária à felicidade
eterna, eis algumas dicas do grande filósofo
Santo Agostinho:
Quando estiver indeciso sobre o valor de
uma de suas ações, pergunte como a
qualificaria se fosse praticada por outra
pessoa. Se você a censura noutrem, não
poderia ter por legítima quando for o seu
autor, pois Deus não usa de duas medidas na
aplicação de Sua justiça; procure também
saber o que dela pensam os seus semelhantes
e não despreze a opinião dos seus inimigos.
Os inimigos não têm nenhum interesse em
mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os
coloca ao seu lado como um espelho, a fim
de que seja advertido com mais franqueza
do que o faria um amigo.
Todo aquele que se sinta possuído do desejo
de melhorar-se, a fim de extirpar de si os
maus pendores, como do seu jardim
arranca as ervas daninhas, deve indagar à
sua consciência sempre e sem receio de
ouvi-la.
Agindo desta forma construiremos um
roteiro de ação mais eficiente para nos
livrarmos, de forma mais rápida também,
de nossas imperfeições.
Deus nos criou Espíritos ignorantes, com a
missão de evoluirmos em sua direção.
Se desejamos atingir um estado de
angelitude e de paz. O caminho já nos foi
mostrado; resta-nos apenas a decisão de
iniciarmos a caminhada e persistirmos em
nossos esforços.
“Lembremo-nos sempre que não importa
quem diz o quê. Importa mais o que é dito,
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Conhecimento de si mesmo

  • 1. “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”
  • 2. O objetivo desse estudo é dar ênfase à tomada de consciência de nossos limites e de nossas potencialidades, no sentido de fazermos uma avaliação mais segura e equilibrada de nós mesmos. Embora haja dificuldade de conhecermos a nós mesmos, uma avaliação tranqüila de nossa dor e do nosso relacionamento com o próximo pode oferecer-nos luz no fim do túnel. Além do mais, tomando consciência de nossa ignorância, estaremos alicerçados para detectar a nossa verdadeira capacidade.
  • 3. Um dos direcionamentos que norteiam a maioria dos procedimentos de crescimento e desenvolvimento individual está na célebre frase inscrita no portal do oráculo de Delfos, na antiga Grécia: “Conhece-te a ti mesmo”. A grande maioria dos seres humanos não consegue conhecer e muito menos compreender a origem de seus pensamentos; como são elaboradas as imagens mentais, qual a natureza de seus sentimentos, emoções e reações. Com base nestas assertivas indagamos: sem conhecer a natureza e origem do que somos, como viver a plenitude do que somos?
  • 4. Quem somos afinal? Nossa formação espírita faz-nos recordar que o princípio inteligente estagiando no reino mineral adquiriu a atração; no reino vegetal, a sensação; no reino animal, o instinto; no reino “hominal”, o livre- arbítrio, o pensamento contínuo e a razão. Hoje, somos o resultado de toda esta herança cultural. Somos um Espírito que evolui ao longo dos processos reencarna tórios. Temos qualidades e potenciais que necessitam ser conhecidos e, obviamente, despertados, a fim de se tornarem úteis na caminhada. Mas também possuímos características psicológicas que não aceitamos.
  • 5. Assim poderemos resumir nosso modelo de autoconhecimento da personalidade em dois campos: o campo positivo, constituído pelas qualidades e potenciais, e o campo negativo, constituído por aquilo que não aceitamos. Ao nos posicionarmos frente a um espelho vivenciamos uma experiência simples, mas ao mesmo tempo interessante. Colocamo-nos em uma situação momentânea de sermos o observador e o observado das ações.
  • 6. Algumas pessoas se sentem à vontade frente a um espelho. Outras, retraem-se e tornam- se inibidas. O mesmo ocorre quando nos predispomos a realizar um auto-exame, isto é, avaliarmos nossos atos. Ao refletirmos sobre o que fizemos durante o dia, os motivos que acionaram nossas ações, nosso trato para com aqueles com quem lidamos, colocamo-nos frente a um espelho imaginário, o espelho da nossa própria consciência, que não só aponta as nossas deformidades morais, como indica a melhor conduta que deveríamos adotar.
  • 7. Neste estudo de autoconhecimento iremos nos concentrar apenas no campo negativo, ou seja, nas tendências, na índole que existe em cada um de nós, que não aceitamos, que não gostamos, que geralmente negamos e quase sempre reprimimos. Quando a consciência nos alerta sobre a inveja que faz com que a nossa imagem se torne feia, nós nos desculpamos dizendo que o outro não tem direito ou merecimento, e que fomos preteridos pelo Criador.
  • 8. Se o ciúme projeta uma imagem deformada e o espelho íntimo nos assinala o problema, dizemos que é excesso de zelo, de amor ou bem-querer, e que temos o direito de exigir posse exclusiva. Se a avareza mostra sua face distorcida em nosso espelho íntimo, conformados, nos consolamos: “Sou apenas econômico e previdente”. Quando o orgulho alardeia sua soberania, e a consciência faz o alerta, a desculpa surge de imediato: “Em mim só há dignidade”.
  • 9. Mas se as nossas deformações morais são apontadas pelos outros, que são nossos espelhos externos, nós damos as costas e dizemos que as deformações são por culpa do espelho. Que isso não passa de inveja, ciúme, despeito, etc. Não é negando, por exemplo, que temos ciúmes, que somos sovinas, que somos invejosos, que somos prepotentes, que vamos nos conhecer, que vamos nos desenvolver.
  • 10. Conscientizemo-nos de que as máscaras, as auto-imagens, o falso puritanismo, apontar defeitos alheios para esconder os nossos, nada mais são que mecanismos que nos impedem de reconhecer a nós mesmos. Não há dúvida que a auto-enganação é uma realidade, e ocorre em nível inconsciente, mas existem maneiras de verificar se nossa conduta está ou não equivocada. Também não há dúvida de que o autoconhecimento é a chave do progresso individual.
  • 11. A evolução é uma necessidade do Espírito. O aprimoramento do homem como Espírito livre requer seu amadurecimento constante e a busca de si próprio, como ser consciente de sua natureza e de sua importância. O ser consciente de si próprio, de seu estado, de sua natureza, é capaz de conhecer, entender, aceitar e amar sua missão evolutiva. Ao conhecer-se, desprende-se de si mesmo para o mundo que o envolve, tendo a noção exata de sua essência.
  • 12. Para aqueles que desejam realmente ter autoconhecimento, para fazer em si a reforma moral necessária à felicidade eterna, eis algumas dicas do grande filósofo Santo Agostinho: Quando estiver indeciso sobre o valor de uma de suas ações, pergunte como a qualificaria se fosse praticada por outra pessoa. Se você a censura noutrem, não poderia ter por legítima quando for o seu autor, pois Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça; procure também saber o que dela pensam os seus semelhantes e não despreze a opinião dos seus inimigos.
  • 13. Os inimigos não têm nenhum interesse em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao seu lado como um espelho, a fim de que seja advertido com mais franqueza do que o faria um amigo. Todo aquele que se sinta possuído do desejo de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas, deve indagar à sua consciência sempre e sem receio de ouvi-la.
  • 14. Agindo desta forma construiremos um roteiro de ação mais eficiente para nos livrarmos, de forma mais rápida também, de nossas imperfeições. Deus nos criou Espíritos ignorantes, com a missão de evoluirmos em sua direção. Se desejamos atingir um estado de angelitude e de paz. O caminho já nos foi mostrado; resta-nos apenas a decisão de iniciarmos a caminhada e persistirmos em nossos esforços.
  • 15. “Lembremo-nos sempre que não importa quem diz o quê. Importa mais o que é dito, por quem quer que o diga”. Você é quem vai decidir se o que é dito é verdadeiro ou falso, com o seu discernimento. Somos juízes de nós mesmos. Muita paz!