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“Tudo me é lícito, mas
nem tudo me convém.”
(Paulo, 1ª Co, 6.12)
LIVRE ARBÍTRIO E VONTADE
DICIONÁRIO MICHAELIS
LÍCITO: Aquilo que é permitido.
CONVIR: Ser próprio ou conforme; adequar; servir; trazer conveniência ou proveito.
SIMPLES E IGNORANTES?
CAUSA E EFEITO!
Espírita
1/11
LIVRE
ARBÍTRIO
?
LIVRE
ARBÍTRIO
?
Escolhas livres, ou escravos dos hábitos?
Comportamentos raciocinados, ou prisioneiros da inércia?
Força do hábito ou força de vontade?
POSSO. Mas DEVO?
POR QUE NÃO? POR QUE SIM?
INÉRCIA RAZÃO
PRESENTE CONSEQUÊNCIA
HÁBITO VONTADE
TUDO ME É LÍCITO, MAS NEM TUDO ME CONVÉM.
CAUSA E EFEITO...
2/11
LIVRE-ARBÍTRIO?
Poder do ser humano, consciente, de decidir livremente.
HÁBITO?
Disposição de agir constantemente de certo modo,
adquirida pela frequente repetição de um ato.
VONTADE?
A principal das potências da alma, que inclina ou move a querer, a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa; uma atividade precedida de elaboração mental
de antecipação, incluindo opção ou escolha; é nesse aspecto que, na
concepção popular, leva a associar a ideia de vontade a uma significação
moral, relacionada com certa hierarquia de valores.
DICIONÁRIO MICHAELIS
3/11
É um comportamento
aprendido, bom ou
ruim, que mantemos
de forma automática,
sem pensar nele.
É impossível viver sem
hábitos. Eles facilitam
nosso dia a dia e
liberam nossa mente
para que possamos
aprender coisas novas.
Poupam nossos
neurônios de
trabalhar para
atividades simples...
HÁBITOS...
Se estamos no controle da situação, mas não somos capazes de mudar nossos hábitos,
será que não está na hora de refletirmos mais profundamente sobre isso?
4/11
40% de nosso dia é composta de hábitos (pesquisa da Universidade Duke, USA). É como se voássemos no piloto
automático por mais de nove horas do dia. Boa parte de nossas virtudes e defeitos está calcada em hábitos. Para
nossa sorte, os hábitos são decisões conscientes, que podem ser mudados, por mais arraigados que estejam.
“Transformar um hábito não é necessariamente fácil ou rápido. Mas é possível.”
A melhor forma de mudar um hábito é substituí-lo por outro. As pesquisas com maior sucesso na mudança de
hábitos usaram esse método.
Quando temos consciência do hábito, o superamos mais facilmente.
Mas mesmo com uma fórmula testada, acabar com um hábito (ou substituí-lo) demanda tempo e disposição.
Uma forma de estimular a mudança é contar com uma rede de apoio, para incentivar e cobrar resultados.
Mudar não é simples. Em qualquer contexto exige esforço, estratégia e persistência, mas é possível: só que tem
que entender como funcionam e aceitar o trabalho duro!
“HÁBITOS NÃO SÃO DESTINO.” (Charles Duhigg. O Poder do Hábito.)
ENCONTRO DA FÉ COM A CIÊNCIA... E OS HÁBITOS!
Quando fazemos a troca, reprogramamos nosso cérebro. Ao substituir um hábito antigo por um novo, são criadas
conexões dos neurônios. Pode demorar dias, meses e até anos para que o novo hábito fique automático. Essa
reprogramação cerebral não é simples, porque envolve esforço.
5/11
VONTADE...
LE 909 O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços?
– Sim, e algumas vezes com pouco esforço; é a vontade que lhe falta. Como são poucos
dentre vós os que se esforçam!
LE 911 Não existem paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade não tenha o poder de
superá-las?
– Há muitas pessoas que dizem: Eu quero, mas a vontade está apenas nos lábios. Querem,
mas estão bem satisfeitas que assim não seja. Quando o homem não acredita poder vencer
suas paixões, é que seu Espírito se satisfaz nisso por consequência de sua inferioridade.
Aquele que procura reprimi-las compreende sua natureza espiritual; vencê-las é, para ele,
uma vitória do Espírito sobre a matéria.
Todo homem podendo corrigir as suas imperfeições pela sua própria vontade, pode
poupar-se os males que delas decorrem e assegurar a sua felicidade futura.
(O Céu e o Inferno - Cap. VII - Código Penal da Vida Futura)
Para fazer o bem, é preciso sempre a ação da vontade; para não fazer o mal, basta
frequentemente o não fazer nada e a indiferença. (OESE, 15.10)
6/11
O ENCONTRO DA FÉ COM A CIÊNCIA... E A VONTADE!
A Força de Vontade é algo que se treina e não uma qualidade com a qual
a pessoa simplesmente nasça. (Charles Duhigg. O Poder do Hábito.)
A vontade é uma função importante do espírito. É através dela que estabelecemos as nossas escolhas, as nossas
mais importantes decisões, e assumimos os nossos compromissos. É a alavanca da alma para as realizações
espirituais.
O avanço da vida através das conquistas na área do conhecimento e do desejo inerente de felicidade do ser
humano o conduzirá fatalmente a exercitar mais essa função chamada vontade. Ele irá experienciar muito na
ignorância e na dor até perceber que existe um caminho melhor do que esse que ele está trilhando. Quando
adquirir essa consciência, ele acionará a vontade para realizar a correção de rumo.
Aliando-se a vontade aos sentimentos superiores e à inteligência, o homem será imbatível, porque construirá seu
psiquismo em bases sólidas e voltadas para as leis de Deus. Assim o homem conseguirá, enfim, conquistar-se.
(Jason de Camargo. Educação dos Sentimentos.)
A vontade tem que ser orientada mediante a disciplina mental, trabalhada
com exercícios de meditação, através de pensamentos elevados, de forma que
gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente do comum.
Necessariamente são indispensáveis vários recursos que auxiliam a vontade: paciência,
perseverança, autoconfiança. (Joanna de Ângelis, Vida: desafios e soluções.).
7/11
Deus criou todos os Espíritos iguais; mas, como cada um viveu mais ou menos, consequentemente, adquiriu maior
ou menor experiência; a diferença está na experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio. Daí uns se
aperfeiçoarem mais rapidamente do que outros. (LE 804)
Quanto às provas de natureza moral e às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre arbítrio quanto ao bem e ao
mal, é sempre senhor para ceder ou resistir. Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não
pode influir de modo a dominar sua vontade. A vontade do Espírito encarnado está constantemente livre para
decidir. (LE 851)
RESUMO TEÓRICO DA MOTIVAÇÃO DAS AÇÕES DO HOMEM
872 A questão de ter a vontade livre, isto é, o livre-arbítrio, pode se resumir assim: a criatura humana não é
fatalmente conduzida ao mal; os atos que pratica não estavam antecipadamente determinados; os crimes que
comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, como prova e expiação, escolher uma existência em
que terá a sedução para o crime, seja pelo meio em que se encontre ou pelos atos em que tomará parte, mas está
constantemente livre para agir ou não.
Sem o livre-arbítrio o homem não teria nem culpa na prática do mal, nem mérito no bem; portanto, quem diz
vontade diz liberdade. Eis por que o homem não pode justificar ou desculpar suas faltas atribuindo-as ao seu corpo
sem abdicar da razão e da condição de ser humano para se igualar ao irracional.
E O LÍVRE ARBÍTRIO NESSA HISTÓRIA?
8/11
Não adianta enganarmos a nós mesmos e tomarmos determinadas atitudes por obrigação (perante os demais e à
Casa Espírita), e não por escolha consciente, por força da própria vontade. Não é isso que a Doutrina quer para nós!
Ela nos instrui sobre os caminhos possíveis, certos (que nos conduzem a Deus, pelas Suas leis, nos trazendo paz e
felicidade) e errados (que nos afastam dEle e de Suas e leis, o que nos traz sofrimento) e deixa em nossas mãos a
responsabilidade por nossas escolhas, nos esclarecendo que a Lei de Causa e Efeito sempre atuará de maneira a
fazer o ser voltar à direção correta.
“Não vos esqueçais de que o fim essencial e exclusivo do Espiritismo é a vossa melhora. É para atingi-lo que os
Espíritos têm a permissão de vos iniciar na vida futura, oferecendo-vos exemplos que podereis aproveitar. Esse é,
em suma, o objetivo atual da revelação.” (LM – 2 parte cap. 26 item 292 – Perguntas que se podem fazer)
Será que, em nosso dia-a-dia não estamos ...
...abrindo mão de um direito – a livre escolha – pelo
automatismo dos hábitos?
...ignorando nossa evolução – a razão – pelo primarismo
animal dos prazeres imediatos?
...desperdiçando uma potência da alma – a vontade –
pela inércia?
E A DOUTRINA ESPÍRITA NISSO TUDO?
Ou será que, em nossas escolhas, não estamos trocando...
...o divino, pelo humano?
...o transcendente, pelo rotineiro?
...o espiritual, pelo material?
9/11
“Marta, Marta, estás ansiosa
e afadigada com muitas
coisas, mas uma só é
necessária; e Maria escolheu
a melhor parte, a qual não
lhe será tirada.”
10/11
O ser humano é o único dotado de razão, por isso é chamado de racional.
Ser racional é raciocinar com sabedoria, é saber discernir, é pensar, utilizando o bom senso e a lógica antes de qualquer atitude.
Todavia, boa parte de nós não agimos com a sabedoria necessária para evitar problemas e dissabores perfeitamente evitáveis.
Costumeiramente, agimos antes e pensamos depois, tardiamente, quando percebemos que os resultados da nossa ação nos
infelicitam.
Paulo, o Apóstolo, que tinha a lucidez da razão, adverte com sabedoria: Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.
Quis dizer com isso que tudo nos é permitido, mas que a razão nos deve orientar de que nem tudo nos convém.
Do ponto de vista físico, quando comemos ou bebemos algo que nos faz mal, não pensamos no depois, mas o depois é fatal.
Se nosso organismo é frágil a certos tipos de alimento, devemos pensar nas consequências antes de ingeri-los, mesmo que a
nossa vontade diga o contrário.
Perguntemo-nos: E depois? Como será depois? Lembremos do mal estar e de outros distúrbios que advirão.
Se temos vontade de fazer uso de drogas, sejam elas socialmente aceitas ou não, pensemos antes no depois. Será que suportarei
corajosamente as enfermidades decorrentes desses vícios? Ou será um preço muito alto por alguns momentos de satisfação?
Quando sentimos vontade de usar o cartão de crédito, pela facilidade que ele oferece, costumamos pensar no depois? Pensar
em como vamos pagar a conta?
Quando recebemos o convite das propagandas para o consumo desenfreado, ponderamos racionalmente sobre a necessidade da
aquisição, ou compramos antes para constatar, logo mais, que não necessitamos daquele objeto?
No campo da moral não é diferente. Quando surgir a vontade de gozar alguns momentos de prazer, pensemos: E depois?
Quais serão as consequências desse ato que desejo realizar? Será que as suportarei corajosamente, sem reclamar de Deus, nem
jogar a responsabilidade sobre os outros? Dessa forma, antes de tomar qualquer atitude, questionemos a nós mesmos: E depois?
É melhor que resistamos por um momento e tenhamos paz interior, do que gozar um minuto e ter o resto da vida para se
arrepender.
Redação do Momento Espírita. 09.02.2009. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2110&stat=011/11

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  • 2. DICIONÁRIO MICHAELIS LÍCITO: Aquilo que é permitido. CONVIR: Ser próprio ou conforme; adequar; servir; trazer conveniência ou proveito. SIMPLES E IGNORANTES? CAUSA E EFEITO! Espírita 1/11
  • 3. LIVRE ARBÍTRIO ? LIVRE ARBÍTRIO ? Escolhas livres, ou escravos dos hábitos? Comportamentos raciocinados, ou prisioneiros da inércia? Força do hábito ou força de vontade? POSSO. Mas DEVO? POR QUE NÃO? POR QUE SIM? INÉRCIA RAZÃO PRESENTE CONSEQUÊNCIA HÁBITO VONTADE TUDO ME É LÍCITO, MAS NEM TUDO ME CONVÉM. CAUSA E EFEITO... 2/11
  • 4. LIVRE-ARBÍTRIO? Poder do ser humano, consciente, de decidir livremente. HÁBITO? Disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato. VONTADE? A principal das potências da alma, que inclina ou move a querer, a fazer ou deixar de fazer alguma coisa; uma atividade precedida de elaboração mental de antecipação, incluindo opção ou escolha; é nesse aspecto que, na concepção popular, leva a associar a ideia de vontade a uma significação moral, relacionada com certa hierarquia de valores. DICIONÁRIO MICHAELIS 3/11
  • 5. É um comportamento aprendido, bom ou ruim, que mantemos de forma automática, sem pensar nele. É impossível viver sem hábitos. Eles facilitam nosso dia a dia e liberam nossa mente para que possamos aprender coisas novas. Poupam nossos neurônios de trabalhar para atividades simples... HÁBITOS... Se estamos no controle da situação, mas não somos capazes de mudar nossos hábitos, será que não está na hora de refletirmos mais profundamente sobre isso? 4/11
  • 6. 40% de nosso dia é composta de hábitos (pesquisa da Universidade Duke, USA). É como se voássemos no piloto automático por mais de nove horas do dia. Boa parte de nossas virtudes e defeitos está calcada em hábitos. Para nossa sorte, os hábitos são decisões conscientes, que podem ser mudados, por mais arraigados que estejam. “Transformar um hábito não é necessariamente fácil ou rápido. Mas é possível.” A melhor forma de mudar um hábito é substituí-lo por outro. As pesquisas com maior sucesso na mudança de hábitos usaram esse método. Quando temos consciência do hábito, o superamos mais facilmente. Mas mesmo com uma fórmula testada, acabar com um hábito (ou substituí-lo) demanda tempo e disposição. Uma forma de estimular a mudança é contar com uma rede de apoio, para incentivar e cobrar resultados. Mudar não é simples. Em qualquer contexto exige esforço, estratégia e persistência, mas é possível: só que tem que entender como funcionam e aceitar o trabalho duro! “HÁBITOS NÃO SÃO DESTINO.” (Charles Duhigg. O Poder do Hábito.) ENCONTRO DA FÉ COM A CIÊNCIA... E OS HÁBITOS! Quando fazemos a troca, reprogramamos nosso cérebro. Ao substituir um hábito antigo por um novo, são criadas conexões dos neurônios. Pode demorar dias, meses e até anos para que o novo hábito fique automático. Essa reprogramação cerebral não é simples, porque envolve esforço. 5/11
  • 7. VONTADE... LE 909 O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços? – Sim, e algumas vezes com pouco esforço; é a vontade que lhe falta. Como são poucos dentre vós os que se esforçam! LE 911 Não existem paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade não tenha o poder de superá-las? – Há muitas pessoas que dizem: Eu quero, mas a vontade está apenas nos lábios. Querem, mas estão bem satisfeitas que assim não seja. Quando o homem não acredita poder vencer suas paixões, é que seu Espírito se satisfaz nisso por consequência de sua inferioridade. Aquele que procura reprimi-las compreende sua natureza espiritual; vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria. Todo homem podendo corrigir as suas imperfeições pela sua própria vontade, pode poupar-se os males que delas decorrem e assegurar a sua felicidade futura. (O Céu e o Inferno - Cap. VII - Código Penal da Vida Futura) Para fazer o bem, é preciso sempre a ação da vontade; para não fazer o mal, basta frequentemente o não fazer nada e a indiferença. (OESE, 15.10) 6/11
  • 8. O ENCONTRO DA FÉ COM A CIÊNCIA... E A VONTADE! A Força de Vontade é algo que se treina e não uma qualidade com a qual a pessoa simplesmente nasça. (Charles Duhigg. O Poder do Hábito.) A vontade é uma função importante do espírito. É através dela que estabelecemos as nossas escolhas, as nossas mais importantes decisões, e assumimos os nossos compromissos. É a alavanca da alma para as realizações espirituais. O avanço da vida através das conquistas na área do conhecimento e do desejo inerente de felicidade do ser humano o conduzirá fatalmente a exercitar mais essa função chamada vontade. Ele irá experienciar muito na ignorância e na dor até perceber que existe um caminho melhor do que esse que ele está trilhando. Quando adquirir essa consciência, ele acionará a vontade para realizar a correção de rumo. Aliando-se a vontade aos sentimentos superiores e à inteligência, o homem será imbatível, porque construirá seu psiquismo em bases sólidas e voltadas para as leis de Deus. Assim o homem conseguirá, enfim, conquistar-se. (Jason de Camargo. Educação dos Sentimentos.) A vontade tem que ser orientada mediante a disciplina mental, trabalhada com exercícios de meditação, através de pensamentos elevados, de forma que gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente do comum. Necessariamente são indispensáveis vários recursos que auxiliam a vontade: paciência, perseverança, autoconfiança. (Joanna de Ângelis, Vida: desafios e soluções.). 7/11
  • 9. Deus criou todos os Espíritos iguais; mas, como cada um viveu mais ou menos, consequentemente, adquiriu maior ou menor experiência; a diferença está na experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio. Daí uns se aperfeiçoarem mais rapidamente do que outros. (LE 804) Quanto às provas de natureza moral e às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir. Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir de modo a dominar sua vontade. A vontade do Espírito encarnado está constantemente livre para decidir. (LE 851) RESUMO TEÓRICO DA MOTIVAÇÃO DAS AÇÕES DO HOMEM 872 A questão de ter a vontade livre, isto é, o livre-arbítrio, pode se resumir assim: a criatura humana não é fatalmente conduzida ao mal; os atos que pratica não estavam antecipadamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, como prova e expiação, escolher uma existência em que terá a sedução para o crime, seja pelo meio em que se encontre ou pelos atos em que tomará parte, mas está constantemente livre para agir ou não. Sem o livre-arbítrio o homem não teria nem culpa na prática do mal, nem mérito no bem; portanto, quem diz vontade diz liberdade. Eis por que o homem não pode justificar ou desculpar suas faltas atribuindo-as ao seu corpo sem abdicar da razão e da condição de ser humano para se igualar ao irracional. E O LÍVRE ARBÍTRIO NESSA HISTÓRIA? 8/11
  • 10. Não adianta enganarmos a nós mesmos e tomarmos determinadas atitudes por obrigação (perante os demais e à Casa Espírita), e não por escolha consciente, por força da própria vontade. Não é isso que a Doutrina quer para nós! Ela nos instrui sobre os caminhos possíveis, certos (que nos conduzem a Deus, pelas Suas leis, nos trazendo paz e felicidade) e errados (que nos afastam dEle e de Suas e leis, o que nos traz sofrimento) e deixa em nossas mãos a responsabilidade por nossas escolhas, nos esclarecendo que a Lei de Causa e Efeito sempre atuará de maneira a fazer o ser voltar à direção correta. “Não vos esqueçais de que o fim essencial e exclusivo do Espiritismo é a vossa melhora. É para atingi-lo que os Espíritos têm a permissão de vos iniciar na vida futura, oferecendo-vos exemplos que podereis aproveitar. Esse é, em suma, o objetivo atual da revelação.” (LM – 2 parte cap. 26 item 292 – Perguntas que se podem fazer) Será que, em nosso dia-a-dia não estamos ... ...abrindo mão de um direito – a livre escolha – pelo automatismo dos hábitos? ...ignorando nossa evolução – a razão – pelo primarismo animal dos prazeres imediatos? ...desperdiçando uma potência da alma – a vontade – pela inércia? E A DOUTRINA ESPÍRITA NISSO TUDO? Ou será que, em nossas escolhas, não estamos trocando... ...o divino, pelo humano? ...o transcendente, pelo rotineiro? ...o espiritual, pelo material? 9/11
  • 11. “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a melhor parte, a qual não lhe será tirada.” 10/11
  • 12. O ser humano é o único dotado de razão, por isso é chamado de racional. Ser racional é raciocinar com sabedoria, é saber discernir, é pensar, utilizando o bom senso e a lógica antes de qualquer atitude. Todavia, boa parte de nós não agimos com a sabedoria necessária para evitar problemas e dissabores perfeitamente evitáveis. Costumeiramente, agimos antes e pensamos depois, tardiamente, quando percebemos que os resultados da nossa ação nos infelicitam. Paulo, o Apóstolo, que tinha a lucidez da razão, adverte com sabedoria: Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. Quis dizer com isso que tudo nos é permitido, mas que a razão nos deve orientar de que nem tudo nos convém. Do ponto de vista físico, quando comemos ou bebemos algo que nos faz mal, não pensamos no depois, mas o depois é fatal. Se nosso organismo é frágil a certos tipos de alimento, devemos pensar nas consequências antes de ingeri-los, mesmo que a nossa vontade diga o contrário. Perguntemo-nos: E depois? Como será depois? Lembremos do mal estar e de outros distúrbios que advirão. Se temos vontade de fazer uso de drogas, sejam elas socialmente aceitas ou não, pensemos antes no depois. Será que suportarei corajosamente as enfermidades decorrentes desses vícios? Ou será um preço muito alto por alguns momentos de satisfação? Quando sentimos vontade de usar o cartão de crédito, pela facilidade que ele oferece, costumamos pensar no depois? Pensar em como vamos pagar a conta? Quando recebemos o convite das propagandas para o consumo desenfreado, ponderamos racionalmente sobre a necessidade da aquisição, ou compramos antes para constatar, logo mais, que não necessitamos daquele objeto? No campo da moral não é diferente. Quando surgir a vontade de gozar alguns momentos de prazer, pensemos: E depois? Quais serão as consequências desse ato que desejo realizar? Será que as suportarei corajosamente, sem reclamar de Deus, nem jogar a responsabilidade sobre os outros? Dessa forma, antes de tomar qualquer atitude, questionemos a nós mesmos: E depois? É melhor que resistamos por um momento e tenhamos paz interior, do que gozar um minuto e ter o resto da vida para se arrepender. Redação do Momento Espírita. 09.02.2009. http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2110&stat=011/11