O documento discute como a meritocracia contribui para a desigualdade social no Brasil, argumentando que ela incentiva privilégios para aqueles com melhores qualificações, em detrimento daqueles vindos de famílias desfavorecidas. O autor defende que o país deve investir mais em educação de qualidade para todos, para promover condições de concorrência mais igualitárias.

1. Matheus Phelipe Alves Pinto, 2016
Que a paz do nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês.
Título= Meritocracia: Avaliação e o privilégio dos que têm condições.
Tema: Como a meritocracia contribui para a desigualdade social
Textos motivadores: http://psalm.escreveronline.com.br/meritocracia-e-desigualdade-social/
REDAÇÃO:
As transformações socioeconômicas ofertadas pelo capitalismo no século XIX –
Revolução industrial- influenciaram o Brasil nas formas de ascensão social. No entanto,
a concentração de renda atrelada à precariedade dos serviços públicos garantem a
manutenção das desigualdades sociais, impondo uma ideologia que avalia os indivíduos
por suas condições e não capacidades.
Vale ressaltar que, em grandes períodos, a história do país esteve conectada a grupos
aristocráticos no poder. Como exemplo, durante o Império, o acesso ao voto estava
restrito àqueles (homens) com grandes poderes aquisitivos. Com isso, ao decorrer do
tempo, a estrutura brasileira tornou-se hierarquizada quanto ao acesso de direitos; logo, a
visão de exclusividade de direitos sobre outros grupos é erroneamente assimilada como
positiva.
Desse modo, enquanto uma minoria desfruta de bons serviços como saúde e educação,
outros, por virem de famílias desfavorecidas, apresentam uma série de dificuldades –
estão às custas do Estado. Além disso, o pensamento meritocrático é apoiado pela visão
darwinista social; privando-os de frequentarem certos locais por não estarem enquadrados
com os requisitos mínimos, acirrando a falta de oportunidades.
Com base nessas ideias, a meritocracia incentiva a desigualdade em razão de
incentivar os privilégios para as pessoas que têm as melhores qualificações. Portanto, o
Brasil deve investir cada vez mais em educação de qualidade, capacitando e remunerando
melhor os professores, objetivando condições igualitárias de concorrência. Para este
conceito, a população, por sua vez, auxiliada com a fiscalização do Estado, não deve estar
presa a falsa idealização exposta pela mídia de: “quanto mais coisas você tem, mais
sucesso você terá”.
Redação dissertativa-argumentativa escrita por: Matheus Phelipe Alves Pinto
Recife, Pernambuco – 2016