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Prontos para Crescer em 2011
   O ano de 2010 chega ao fim, com resultados positivos para o setor agropecuário. Após um período de fortes 
incertezas, surgiu a esperada recuperação, trazendo otimismo ao mercado. Mesmo com a economia mundial 
crescendo  a  taxas  sôfregas  e  limitadas,  o  Brasil  atingiu  o  melhor  desempenho  dos  últimos  anos,  com 
crescimento de 7,5%, reduzindo o desemprego, melhorando a renda e o consumo.  

    Esses resultados foram favoráveis ao setor agropecuário. O temor que mais uma safra recorde  
–  de  149  milhões  de  toneladas  –  deprimisse  os  preços  foi  superado  pelo  aumento  da  demanda,  que  seguiu 
forte durante todo o ano. Também as perdas climáticas na Europa e a redução da oferta de proteína animal no 
mercado  externo  impulsionaram  as  exportações,  que  bateram  o  recorde  de  US$  76  bilhões.  No  segundo 
semestre,  os  preços  se  recuperaram,  melhorando  as  expectativas  do  mercado.  Mas,  desta  vez  o  clima  deu  o 
tom da incerteza, atrasando o plantio em diversas regiões e sinalizando que a produção do próximo ano poderá 
ser menor.  

   O ano também foi de muita discussão. A atualização do Código Florestal mobilizou o setor, que vislumbrou a 
possibilidade de aprovação do relatório apresentado pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) no Congresso 
Nacional. A consolidação das áreas de plantio, tirando da ilegalidade milhares de produtores e a moratória para 
o desmatamento foram os pontos principais defendidos pela atividade.  

   Nas  discussões  sobre  o  clima,  a  agricultura  ganhou  destaque.  Apesar  do  acordo  da  COP  16  não  ter  se 
firmado em Cancun, no México, abriu‐se espaço para se ajustar e implementar o mecanismo de conservação 
das  florestas  conhecido  como  REDD  (sigla  para  redução  de  emissões  por  desmatamento  e  degradação).  O 
carbono no solo e o uso da terra ganharam importância e integrarão a continuidade das discussões.  

   A insegurança jurídica foi outro assunto na pauta de 2010. A preocupação com os impactos na insegurança 
jurídica na produção abriu espaço para a criação do Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo. Em suas 
diversas  formas  –  fundiária,  trabalhista,  meio  ambiente  ou  crédito  ‐  precisa  ser  minimizada  como  forma  de 
garantir o desenvolvimento.  

   Ano novo sempre começa em expectativas renovadas. Em 2011, sob novo comando, o Brasil deverá estar 
atento à importância da agropecuária para a economia e o seu potencial de crescimento nos próximos anos. 
Não  se  pode  esquecer  que  temas  debatidos  há  anos  pelo  setor,  como  infraestrutura,  alteração  da  política 
agrícola, defesa agropecuária, além da insegurança jurídica, devem ser olhados com atenção. Sem uma solução 
para estas questões, o desempenho da agropecuária estará comprometido.  
 



        DESACELERAÇÃO E PRESSÃO
     INFLACIONÁRIA PREOCUPAM EM 2011
    As  expectativas  com  relação  ao  cenário  em  2011  refletem  os  acontecimentos  recentes  da  economia 
mundial.  Dificuldade  de  recuperação  dos  países  industrializados  e  alterações  na  política  econômica  dos 
países emergentes não chegam a dar um tom pessimista às previsões para o próximo ano, mas acendem 
uma  luz  amarela,  principalmente  para  os  governos,  que  deverão  se  preocupar  com  as  pressões 
inflacionárias e o arrocho fiscal.  

   Considerando o ritmo instável de recuperação da economia mundial em 2010, que deverá fechar o ano 
com  crescimento  de  4,8%,  as  previsões  para  2011  são  de  crescimento  menor,  na  ordem  de  4,2%.  A 
economia  dos  países  emergentes  crescerá  mais:  6,4%.  Os  países  industrializados,  2,2%.  China  e  Índia 
continuam sendo os motores da economia mundial, crescendo acima da média.  

   A economia brasileira também deve crescer menos em 2011, depois da recuperação de 2010, quando o 
crescimento superou as médias históricas. As projeções indicam elevação de 4,5% em 2011, resultado que, 
numa análise mais ampla, não é ruim. Um crescimento superior traria pressão inflacionária ainda maior, o 
que exigiria uma atuação mais firme por parte do governo no sentido de adotar uma política mais restritiva.  

   A  inflação,  aliás,  tem  se mostrado  nos  últimos  meses  como  uma  possibilidade  concreta,  impulsionada, 
em  grande  parte,  pelo  preço  dos  alimentos.  Esse  é  um  tema  que  merece  atenção  máxima  do  próximo 
governo.  A  inflação  deverá  fechar  o  ano  de  2010  na  casa  dos  6%  e  as  previsões  para  2011  sinalizam  que 
convergirá para 5,4%, superior a meta oficial.  

   O aumento dos preços dos alimentos garante parte dessa pressão, que tenderá a ser reduzida no final do 
primeiro trimestre do próximo ano, quando a safra 2010/2011 estiver sendo colhida.  

   O peso maior é atribuído ao forte consumo interno, resultado do aumento da massa salarial e da queda 
dos níveis de desemprego. Em todos os segmentos, a demanda continua forte e o governo não dá sinais de 
alteração da política fiscal, mantendo os gastos do governo elevados em demasia, taxa de juros elevadas e 
real sobrevalorizado em relação a outras moedas.

Agronegócio retoma crescimento


         O agronegócio brasileiro acelerou seu crescimento em 2010, acumulando taxa de 4% até o  
mês de setembro de 2010. Mantendo‐se esse mesmo ritmo no último trimestre do ano, o agronegócio  
brasileiro poderá crescer cerca de 7% em 2010, atingindo cerca de R$ 792 bilhões.  

   O desempenho observado em 2010 se deve ao aumento dos preços dos produtos agropecuários,  
paralelamente ao crescimento significativo no segmento Industrial. Do lado dos insumos, volumes  
em alta e preços em baixa marcam o segmento.  

  No caso dos fertilizantes, o crescimento da produção e a aceleração dos preços têm reduzido a  
queda no faturamento da indústria. Nas rações, o cenário é semelhante: o crescimento do faturamento  
vem do crescimento no volume produzido, superior ao recuo de preços.  
Na agricultura, as altas cotações internacionais 
de  diversas  commodities  têm  refletido  em  aquecimento  dos  preços  no  mercado  interno,  possibilitando  a 
recomposição de preços nas culturas que apresentam nível abaixo do visto no ano anterior.  

   No segmento industrial, destaca‐se o desempenho das indústrias de açúcar e etanol, que, no ano, acumulam 
crescimento  de  19%  e  28%,  respectivamente.  As  indústrias  de  madeira  e  mobiliário  e  de  calçados  também 
chamam atenção e, no ano, acumulam expansão em torno de 8%.  

   Em  sentido  contrário,  o  desempenho  das  indústrias  de  óleo  vegetais  e  abate  de  animais  recuou, 
respectivamente, 11,30% e 3,52%.  

    Cabe  lembrar,  no  entanto,  que  a  aceleração  dos  preços  na  indústria  de  abate  de  bovinos  resulta  da 
combinação entre demanda aquecida e oferta relativamente baixa, reflexo do desestímulo do pecuarista nos 
últimos dois ou três anos.  

   Para  compensar  a  alta  de  preços  da  carne  bovina  e  substituir  o  consumo  de  proteína,  os  consumidores 
elevaram a demanda por aves e suínos, favorecendo o aumento de preços também destas carnes.  

  Para  o  próximo  ano  as  estimativas  são  de  manutenção  das  taxas  de  crescimento  observadas  no  segundo 
semestre  de  2010.  Apesar  da  pequena  redução  esperada  para  a  produção  de  grãos,  os  preços  tendem  a  se 
manter em patamares superiores aos praticados neste ano.  

        A  melhoria  da  rentabilidade  em  2010  e  a  expectativa  de  novo  aumento  em  2011,  além  da  demanda 
interna e exportações aquecidas, sinalizam que o agronegócio retoma a curva de crescimento observada antes 
da crise de 2008.  

   As  ponderações  a  essa  taxa  de  crescimento  são  o  clima,  que  poderá  influenciar  negativamente  a 
produtividade das lavouras e a produção, além da mudança da política econômica dos países emergentes, que 
poderão gerar ajustes dos preços das commodities.  
Valor Bruto da Produção deve crescer 3,65%
   O  Valor  Bruto  da  Produção  (VBP)  do  setor  agropecuário  deverá  atingir  R$  261,17  bilhões  em  2011,  com 
crescimento de 3,65% em relação a 2010, que deverá encerrar o ano com um valor de R$ 251,96 bilhões.  

    O  resultado  do  VBP  da  agricultura  em  2010  foi  garantido  principalmente  pelas  culturas  de  café,  cana‐de‐
açúcar, milho e soja. Em 2011, essa tendência irá se repetir. Importante ressaltar que algumas culturas deverão 
se  destacar  no  próximo  ano  devido  ao  crescimento  de  produção:  algodão  e  laranja,  produtos  que  deverão 
ampliar sua participação dentre os vinte produtos da agricultura que integram  
o cálculo do VBP agrícola.  

   O  VBP  da  agricultura  deverá  crescer  4,07%  em  2011,  passando  de  R$  156,95  bilhões,  em  2010,  para  R$ 
163,35  bilhões  em  2011.  O  cenário  de  preços  sinaliza  que  estes  poderão  ser  praticados  em  patamares 
superiores aos observados em 2010, diante a forte demanda externa e da queda dos estoques mundiais.  

   Já o VBP da pecuária deverá crescer 2,96% em 2011, atingindo um valor de R$ 97,82 bilhões, enquanto 2010 
deverá fechar com valor de R$ 95,01 bilhões. Na pecuária, destaca‐se o faturamento bruto da carne bovina que 
deverá crescer 1,9%, atingindo um VBP de R$ 43,21 bilhões, a carne de frango deverá crescer 4,8%, atingindo 
R$ 23,52 bilhões, já a carne suína atingirá R$ 19,42 bilhões, valor 2,7% superior ao observado em 2010.  




As estimativas do VBP da agropecuária podem ser alteradas devido fatores como: 
 
‐ economia mundial em 2011: apesar da expectativa de desaceleração da economia no próximo 
ano, os estoques mundiais ainda estão baixos e a tendência de aumento do consumo, em especial 
dos países asiáticos, o que pode manter os preços em alta. As alterações na política econômica dos 
países emergentes podem influenciar a volatilidade do dólar, impactando na formação dos preços 
das commodities; 
 
‐ consumo interno: o consumo doméstico foi o responsável em grande parte pela sustentação dos 
preços em 2010, em especial no segundo semestre. No próximo ano, o consumo interno não deverá 
ser tão vigoroso como em 2010, mas ainda existe a tendência de alta, sinalizando que o cenário de 
preços deverá permanecer sustentado; 
 
‐ clima: Os efeitos do fenômeno La Niña devem durar até o outono de 2011. Como as lavouras de 
grãos e fibras estão em desenvolvimento, os efeitos do clima poderão impactar a produtividade das 
lavouras. O risco clima na América do Sul tem sido um dos fatores de pressão de alta os preços, em 
especial com o atraso do início do plantio no Brasil. 
 
‐ câmbio: a política cambial no Brasil não deverá ser muito diferente do que foi observado em 
2010. A expectativa é que para 2011, na média do ano, o câmbio permaneça na faixa de R$ 1,75, 
e que encerre 2011 com um valor de R$ 1,77. No entanto, as alterações da política econômica, em 
especial dos países emergentes, como a China, em razão da pressão inflacionária no próximo ano, 
podem trazer mais volatilidade às cotações da moeda norteamericana. 
Balança Comercial

Exportações ganham força em 2011

Apesar da expectativa de desaceleração da economia mundial, o agronegócio brasileiro deverá 
manter a tendência de crescimento das exportações, embora adote um ritmo mais ameno no próximo 
ano.  
 
O crescimento populacional, o processo de urbanização da população e ainda o forte ritmo 
de crescimento da economia dos países asiáticos, em especial a China, tem sido os fatores que 
impulsionam o desempenho nos últimos anos. Apesar da queda observada nas exportações totais 
o agronegócio em 2009, os volumes e valores exportados para os países emergentes cresceram. Em 
2010, manteve‐se essa tendência, que deverá seguir também nos próximos anos. 
 
As expectativas é que em 2011 as vendas externas do agronegócio brasileiro sejam alavancadas 
pelo complexo soja que poderá atingir cerca de US$ 19 bilhões, resultado da conjugação aumento do 
volume e dos valores exportados. Em 2010, os embarques devem render US$ 17 bilhões. 
 
O cenário de estabilidade dos estoques mundiais da oleaginosa, estimado em 60 milhões de 
toneladas, e o apetite chinês para a compra de soja justificam as previsões. A China deverá ampliar 
as importações de 50 milhões em 2010 para 57 milhões de toneladas em 2011. 
 
Igualmente com um cenário positivo diante da escassez da oferta no mercado internacional, o 
complexo carnes, com destaque para a carne bovina, deverá manter o crescimento tanto em volume 
como em valores exportados no próximo ano.  
 
As cotações mais estáveis para dólar no próximo ano também favorecem as exportações. Com 
cotações entre R$1,70/R$1,80 a previsão é de que as exportações totais brasileiras atinjam cerca de 
US$ 205 bilhões e o agronegócio alcance US$ 77,8 bilhões. 
 
Recorde em 2010

O valor total exportado pelo agronegócio brasileiro em 2010 poderá ultrapassar a barreira dos US$ 
76,7 bilhões, valor que, se confirmado, supera o valor exportado em 2008, quando os embarques 
renderam US$ 71,8 bilhões. No acumulado de janeiro a novembro, as exportações renderam US$ 70 
bilhões, valor 17,68% maior do que o mesmo período de 2009. 
 
Os principais itens exportados são produtos do complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, 
produtos florestais e café. O complexo soja lidera as exportações com participação de 23,5% e valor 
próximo a US$ 17,2 bilhões em 2010, praticamente o mesmo valor de 2009. O volume exportado em 
2010 poderá chegar a 44,5 milhões de toneladas, 5% maior do que o de 2009. 
 
O complexo sucroalcooleiro continua em franca expansão. O volume exportado em 2010 deverá 
aumentar 11,5%, passando de 26,9 para 30 milhões de toneladas. Já a receita do setor poderá atingir 
US$ 14 bilhões, contra US$ 9,7 em 2009. O expressivo aumento é resultado da significativa elevação 
dos preços de açúcar no segundo semestre de 2010. 
 
O complexo carne aparece empatado com o complexo sucroalcooleiro em segundo lugar na pauta 
de exportação do agronegócio. O montante exportado em 2010 está estimado em 6 milhões de 
toneladas contra 5,8 em 2009. Já a receita deverá atingir US$ 13,6 bilhões contra US$ 11,8 em 2009. 
 
Tanto a carne bovina quanto a de frango apresentaram receitas superiores em 18% na comparação 
com 2009. A carne suína, por sua vez, poderá crescer, no ano, 10% em termos de receita. O aumento 
reflete a elevação dos preços internacionais em resposta à manutenção da demanda por proteína 
animal dos países em desenvolvimento. As associações das indústrias de carne ainda prevêem um 
excelente resultado para 2011 com receita recorde para o setor. 
 
Os produtos florestais deverão alcançar receita similar a de 2008 já que, com a crise de 2009, a 
receita do setor caiu em 23%. Mas o cenário para 2010 é bem promissor e a receita deverá atingir US$ 
9,2 bilhões frente aos US$ 7,2 obtidos em 2009. 
 
A exportação de café em 2010 também é destaque. A receita obtida com as exportações do produto 
está 30% acima do obtido em 2009, podendo chegar a US$ 6 bilhões. O volume deverá permanecer 
em 1,8 milhões de toneladas, quantidade semelhante à de 2009. 
 
As importações do agronegócio estão estimadas em US$ 13,3 bilhões em 2010, valor 36% maior que 
o de 2009, refletindo o crescimento da economia brasileira. Mesmo com um crescimento expressivo 
das importações o saldo da balança comercial do agronegócio continua positivo. 
 
Para 2010 a previsão é de um saldo comercial de US$ 63 bilhões, 15% maior que o de 2009. A 
projeção para o total exportado em 2010 é de US$ 198 bilhões, crescimento de 31%. O saldo da 
balança comercial brasileira deverá atingir US$ 15,2 bilhões contra US$ 23,7 em 2009. 
 
Potencial da agropecuária brasileira
      reforça necessidade de novo modelo de
                  política agrícola
        A  expectativa  de  melhora  na  renda  do  produtor  rural  em  2011,  reflexo  das  condições  mais 
favoráveis para a comercialização da produção agropecuária, traz à tona a necessidade de discussão de um 
novo modelo para a política agrícola. Sem o calor e a pressão dos anos de crise ‐ quando o socorro vem na 
forma de medidas emergenciais que dão fôlego adicional ao setor, mas não resolvem os problemas 
estruturais do crédito ‐ o cenário no ano que vem é extremamente propício para a discussão de uma 
nova proposta. 
 
        O debate em torno de um modelo torna‐se primordial num momento em que o potencial da 
agropecuária brasileira é consenso mundial. Os produtores brasileiros podem ampliar a oferta de 
alimentos, mas, para isso, é preciso ter, entre outros itens, financiamento para a produção. 
 
        De forma geral, o cenário que se desenha para o próximo ano para o mercado de crédito brasileiro 
é de expansão de cerca de 20%, ampliação impulsionada pelo crescimento de todos os setores da 
economia, ainda que em ritmo menor que o observado em 2010. As limitações ficam por conta da 
política econômica, que pode se tornar mais restritiva na busca do cumprimento das metas de inflação 
e, como resultado, encarecer o crédito. 
 
        A expectativa de melhoria da rentabilidade no período 2010/2011 no setor rural e, 
conseqüentemente, da capacidade de pagamento dos produtores gera um cenário positivo para o 
crédito rural no próximo ano. Contudo, ainda são necessárias mudanças estruturais para garantir que 
os recursos disponibilizados sejam efetivamente aplicados. 
 
        A leve recuperação da renda em 2010, com exceção dos Estados que tiveram problemas climáticos, 
contribuiu para reduzir o endividamento do setor. No entanto, a demanda de crédito não respondeu 
ao forte aumento da oferta do crédito rural. Isto porque, a insegurança jurídica persiste em função 
das sucessivas alterações das normas ambientais e fundiárias, dificultando a contratação do crédito. 
 
        As alterações ocorridas nos sistemas de gerenciamento de riscos dos bancos e a crescente 
pulverização dos instrumentos e das fontes de financiamento do produtor rural indicam que o modelo 
atual de crédito rural precisa ser revisto para garantir que os recursos disponibilizados sejam aplicados 
e ainda torne o setor mais atrativo a investimentos, em especial aos de financiadores privados. 
 
        Diferentes modos de se financiar, do uso de tecnologia e de comercialização tanto da produção 
como dos insumos utilizados além da complexidade das inter‐relações na cadeia produtiva, exigem 
políticas diferenciadas conforme a região e o porte do produtor rural. Tal aspecto, no entanto, é 
pouco observado na política agrícola vigente, elaborada a cada ano‐ safra, considerando somente os 
créditos bancários e subvencionados pelo governo federal. 
 
        O aumento da liquidez mundial e o potencial de crescimento da agropecuária nos próximos anos 
trazem a possibilidade de novos investimentos privados no setor, o que pode reduzir os custos de 
financiamento para o produtor rural. Mas é preciso dar mais segurança a esses investidores, com 
a criação de instrumentos como a central de risco do crédito rural, que trará maior transparência à 
capacidade de pagamento do tomador de crédito. 
 
Oferta de crédito aumenta em 2010

        O governo ampliou em 8% os recursos para o setor agrícola no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 
2010/2011. Para custeio, foram anunciados R$ 75,6 bilhões, montante 14% superior ao divulgado em 
2009/2010. A demanda é de R$ 152 milhões. A aplicação dos recursos do PAP 2010/2011 registrou 
aumento de 14,3% quando comparado ao mesmo período o ano passado. 
 
        O resultado foi impulsionado em especial pelas aplicações do Programa Nacional de Apoio ao 
Médio Produtor Rural (Pronamp) e do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES/ 
PIS), que são mais atrativas aos produtores rurais por possuírem taxas de juros menores. Até outubro, 
foram aplicados R$ 35 bilhões, ante os R$ 100 bilhões programados para o período. 
 
        A melhoria da aplicação dos recursos do crédito rural é justificada pela recuperação da capacidade 
de pagamento em 2010 e das alterações promovidas na classificação de riscos das operações de 
crédito rural. Além do mais, a própria recuperação do período pós‐crise mundial melhorou a oferta 
de crédito e reduziu os custos de financiamento. No período de crise, os spreads bancários chegaram 
a 30,7% e, em outubro deste ano, atingiram 24,4%. 
 
CÓDIGO FLORESTAL E MUDANÇAS
CLIMÁTICAS NO CENTRO DO DEBATE
        A atualização do Código Florestal brasileiro é condição essencial para tirar da situação de 
irregularidade 90% dos produtores rurais devido às modificações sucessivas que essa lei sofreu 
nos últimos anos. O ano de 2011 é fundamental para a revisão da legislação ambiental, porque 
vence em junho o prazo para averbação da reserva legal. 
 
        Alguns sinais evidenciam que as discussões sobre a necessidade do aperfeiçoamento do Código 
Florestal, corrigindo‐se as suas distorções – independentemente de como será o conteúdo final 
do seu texto – encontram‐se em fase final de maturação. 
 
        A postura do próprio governo, no sentido de manifestar que também entende necessário 
o ajuste dessa lei – embora o Ministério do Meio Ambiente tenha divulgado que apresentará 
uma proposta alternativa ao relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB‐SP) – demonstra que 
existe agora, ao contrário de no passado, o consenso de que o código acabou se transformando 
num emaranhado incompreensível e inaplicável de regras ilegalizantes e de eficácia ambiental 
duvidosa. 
 
        Embora não se tenha conseguido aprovar no Congresso Nacional a reforma do Código 
Florestal, um dos avanços alcançados nas discussões, que transcorreram durante o ano de 2010 
‐ inclusive pela comunidade científica – foi o reconhecimento de que é insana a retirada de 
milhões de hectares, em plena produção agropecuária, quando não houver dano ambiental, para 
o mero e simples objetivo de atender ao legalismo puro de cumprir‐se essa lei e suas alterações 
(por Medidas Provisórias e Resoluções do CONAMA), sem serem desconsiderados os aspectos 
humanos, científicos, econômicos e ambientais, como requisito à decisão sobre a supressão de 
atividades. 
 
Mudanças climáticas - Em relação à COP16, realizada em Cancun, no México, no que se 
refere às metas de redução de emissão de gases de efeito estufa, os resultados não possuem 
efeitos vinculantes, portanto, sem obrigações às partes. Trata‐se meramente de um “acordo de 
princípios” para redução de emissões. 
 
O Acordo de Cancun ‐ conforme anteciparam os especialistas no assunto, devido às divergências 
dos países durante as negociações preparatórias ‐ ficou abaixo das expectativas criadas em 
Copenhague durante a COP15, em 2009. Esperava‐se, na Dinamarca, que na reunião do México 
houvesse a aprovação de um acordo legalmente vinculante, com metas ambiciosas de redução 
de gases para países ricos e pacotes de financiamento para países em desenvolvimento. 
 
No entanto, apesar de ainda serem necessários ajustes para garantir o início de seu 
funcionamento, foi aprovado o mecanismo de conservação das florestas conhecido como REDD 
(sigla para redução de emissões por desmatamento e degradação). 
 
A discussão sobre o financiamento das ações de REDD ‐ especificamente se os fundos poderão 
ser provenientes de mercados de carbono ou não ‐ ficou adiada para o ano que vem. Foi também  
adotada uma decisão sobre uso da terra a qual abre espaço para a inclusão de manejo florestal e 
de uso da terra nos inventários dos países desenvolvidos, o que é ótimo em termos metodológicos, 
pois pode abrir espaço para essas atividades no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) 
no futuro. Essa decisão abre caminho para uma das posições, defendidas pela CNA e outros 
segmentos do setor empresarial brasileiro, no sentido de que ações de mitigação financiadas 
pelo setor privado possam gerar créditos de carbono. Essa discussão terá também continuidade 
durante o próximo ano. 
 
Projeto Biomas - Durante o ano, foi lançado o Projeto Biomas, desenvolvendo por uma  
parceria da CNA com a EMBRAPA. O projeto contará com orçamento de R$ 40 milhões, e terá, 
dentre outros objetivos, a utilização da árvore na atividade rural como eixo dos projetos de pesquisa.  
 
Além das questões ligadas ao correto uso dos recursos naturais na produção agropecuária, a pesquisa 
também abrange as florestas como alternativa para diversificação dos sistemas produtivos na 
propriedade rural e na composição das APPs e seus entornos, representados pela reserva legal 
(RL) e área de uso alternativo (AUA). O projeto foi também lançado durante a COP16, tendo 
repercutido positivamente dentre os participantes e na mídia internacional. 
 
 
 
 
 
 
Perspectivas para 2011
       Embora não tenha sido aprovada em 2010 a tão esperada atualização do Código Florestal – há 
anos reivindicada pelo setor – a perspectiva no que se refere ao tema, apesar da existência de 
natural oposição em relação às reivindicações dos produtores, é de que a aprovação da mesma 
deverá ocorrer em 2011. 
 
       O prazo para a regularização da reserva legal expira em 2011 e os problemas vinculados ao 
crédito rural e à comercialização de produtos agropecuários tendem a aumentar ainda mais, por 
conta da questão da regularidade florestal das propriedades rurais, questões essas que tornam 
inadiável a solução dessa questão. 
 
       A soma desses fatores com o fato de que o governo agora também reconhece a necessidade do 
aperfeiçoamento do Código Florestal apontam para uma solução negociada sobre esse assunto 
em 2011, com a aprovação de um texto que contemple a regularização da grande maioria dos 
imóveis rurais. 
 
       A futura composição do Congresso Nacional, para o período 2011/2014 indica a presença de 
diversos novos parlamentares, simpatizantes do setor agropecuário, o que com certeza ajudará 
a aprovação de um texto que compatibilize os interesses do segmento rural de modo a termos 
uma lei que, além da questão ambiental, também garanta a sustentabilidade econômica dos 
produtores. 
 
Mudanças climáticas - O texto específico de agricultura não foi acordado e será certamente 
retomado em 2011. A idéia é criar um programa de trabalho sobre agricultura para lidar com as questões 
metodológicas. Esse ponto deverá ser acordado no ano que vem, o que é positivo, 
considerando a importância de aprofundar o conhecimento sobre emissões e seqüestro de 
carbono na agricultura, que no âmbito das discussões inclui também a pecuária. 
 
O carbono no solo é um tema que deverá ganhar cada vez mais atenção e, para a agropecuária 
brasileira, é de vital importância considerando as nossas potencialidades, principalmente nas 
questões ligadas ao plantio direto e seqüestro de CO2 por pastagens. 
 
Os temas ligados ao uso da terra ganharão cada vez mais relevância no âmbito das 
discussões, motivo pelo qual a CNA, juntamente com as demais entidades representantes do 
setor econômico brasileiro, acompanhará atentamente o andamento das negociações ligadas 
ao tema, inclusive apresentando subsídios técnicos aos representantes do governo brasileiro, de 
modo a salvaguardar os interesses dos produtores e do Brasil nessa questão. 
 
INVESTIMENTOS PARA AMPLIAÇÃO
           DA PRODUÇÃO DEPENDEM DE
              SEGURANÇA JURÍDICA
A crescente demanda por alimentos no Brasil e no mercado mundial abre perspectivas para 
o setor agropecuário brasileiro. Mas os investimentos em novas áreas de plantio e na pecuária 
de corte e de leite dependem de um quadro de segurança jurídica que garanta o direito de 
propriedade e as condições para o retorno do capital investido. 
 
O cumprimento de decisões judiciais que assegurem a reintegração de posse de áreas 
invadidas a produtores vitimados por invasões e a definição das regras para investimento de 
capital estrangeiro na compra de terras fazem parte de uma lista de assuntos que precisam ser 
discutidos com profundidade em 2011. 
 
Não menos importante, a revisão dos índices de produtividade da terra para fins de reforma 
agrária é um tema que deve ser analisado com base em dados técnicos numa discussão abrangente 
que envolva toda a sociedade por meio de seus representantes no Congresso Nacional. Esse 
debate não pode ficar restrito ao Poder Executivo. 
 
Sem um posicionamento firme sobre esses assuntos, a produção agropecuária ficará engessada 
e o crescimento da atividade estará seriamente comprometido, prejuízos que serão computados 
não só pelos produtores rurais, mas por todo o País. 
 
Dados do Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, da CNA, mostram que 4,6 
milhões de hectares de terras estão em processo de litígio nos Estados do Pará, Bahia, Paraíba 
e Mato Grosso, que geram perdas de faturamento de R$ 9 bilhões. As perdas de arrecadação 
chegam a R$ 1,3 bilhão nos Municípios, Estados e União. 
 
Frear o quadro de insegurança jurídica no campo depende, ainda, de uma posição de neutralidade 
da Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que tem 
como propósito pacificar os conflitos agrários por meio de gestões administrativas. 
 
O problema é que, na prática, a Ouvidoria tem se apresentado em juízo em nome da União, 
o que é reservado constitucionalmente à Advocacia‐Geral da União (AGU), para pleitear o não 
cumprimento de mandados de reintegração de posse. Dessa forma, uma das poucas seguranças 
do produtor rural – a de que sua propriedade seria desocupada por ordem judicial, caso fosse 
invadida – atualmente está sendo posta em xeque pela ação da Ouvidoria. 
 
A posição do próximo governo é fundamental nesse sentido. É preciso verificar o que 
irá prevalecer: a segurança jurídica e a paz social ou as conhecidas agressões ao direito de 
propriedade, por meio das invasões de terra impetradas por alguns movimentos que se dizem 
sociais. Assim, para 2011, as questões relativas à disputa por terras são uma incógnita devido 
ao início de uma nova gestão no governo federal. No entanto, espera‐se que prevaleça o Estado 
Democrático de Direito. 
 
Também causa preocupação entre representantes do setor agropecuário a decisão da 
Advocacia‐Geral da União (AGU) que limita a compra de terras rurais por investidores estrangeiros 
e empresas com controle fora do país. Sem um posicionamento claro sobre o tema, os investidores 
internacionais buscarão outros países para investirem. 
 
Ainda sobre as questões fundiárias, a expectativa é que o governo federal avance no processo 
de criação e implementação do cadastro único de imóveis rurais, base de dados que será 
gerenciada conjuntamente pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e 
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRB). O Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR) 
reunirá informações referentes aos imóveis rurais e seus proprietários ou possuidores públicos 
ou privados de terras. 
 
O cadastro permitirá o compartilhamento dos dados entre diversos órgãos públicos estaduais 
e federais, desburocratizando os processos e facilitando o acesso dos produtores às informações. 
 
O INCRA e a SRB poderão partilhar as informações contidas nas declarações do Imposto sobre 
a Propriedade Territorial Rural (ITR), que deve ser apresentada pelos produtores rurais, e do 
Imposto de Renda das pessoas físicas e jurídicas, ambas anuais. A criação do cadastro nesses 
moldes está prevista na Lei 5.868, de 12 de dezembro de 1972, com redação dada pela Lei 10.267, 
de 28 de agosto de 2001. O cadastro facilitará o acesso dos produtores rurais ao crédito. 
 
Além do avanço no processo de criação do cadastro, a expectativa é que, em 2011, a entrega 
da Declaração de Imóvel Rural passe a ser feita por meio eletrônico, regra que já vale para o 
ITR. O alerta é para que os proprietários rurais redobrem a atenção ao preencher a declaração 
para evitar inconsistências ou informações contraditórias, o que pode resultar em transtornos 
do ponto de vista legal. 
 
A questão indígena continuará merecendo atenção por grande parte dos produtores rurais. As 
discussões serão motivadas pelo processo de identificação e demarcação das “terras indígenas”. 
O governo federal continuará insistindo nas ampliações dessas áreas, debate motivado pela 
eventual existência dos grupos de “ressurgidos”, que agora alegam descendência indígena. Cabe 
lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF), por ocasião do julgamento do caso de demarcação 
da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, em 2008, condenou e classificou a ampliação 
da área como inconstitucional. Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, 
Maranhão e Ceará, entre outros, continuarão sendo regiões de litígios por terra. 
 
Outra fonte de insegurança jurídica no campo diz respeito aos quilombos. Pelos termos do 
Decreto 4.887/2003, basta que uma comunidade se autodenomine na situação de remanescente 
de quilombos e reivindique o direito sobre uma área específica para que o procedimento 
administrativo de reconhecimento tenha início. Ainda é aguardado o posicionamento do STF a 
respeito da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3239, que questiona esses critérios e já se 
encontra na pauta de julgamento da corte. 
 
 
 
 
 
Mapeamento das invasões
Para oferecer informações seguras à sociedade brasileira e aos órgãos do Poder Judiciário sobre 
as ações e iniciativas que ameaçam o direito de propriedade e o desenvolvimento econômico e 
social do Brasil, a CNA criou o Observatório das Inseguranças Jurídicas. O objetivo é mapear as  
ameaças ao Direito de Propriedade no mundo rural mensurando os prejuízos que as invasões de 
terras causam ao País. 
 
O monitoramento contabilizou, em 2010, 92 invasões durante o período conhecido como 
“abril vermelho”, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O 
mapeamento mostrou que o problema coloca em situação de risco 50,8 mil empregos nos quatro 
Estados pesquisados (Pará, Maranhão, Bahia e Mato Grosso). 
 
Apesar da insegurança jurídica no campo, a regularização fundiária e a desburocratização 
cadastral e documental estiveram na pauta de discussões do governo e do Congresso Nacional 
em 2010. A regularização fundiária na Amazônia Legal, prevista na Lei 11.952, de 25 de junho 
de 2009, por exemplo, avançou e beneficiou ocupantes de pequenos e médios imóveis rurais da 
União localizados na Amazônia Legal. 
 
O Programa Terra Legal, implementado em 2009, apresentou os primeiros resultados: 81,1 mil 
cadastros de ocupantes, com área de 9,33 milhões de hectares e 500 glebas em 204 municípios 
em georreferenciamento desde agosto de 2010, o que corresponde a 31 milhões de hectares. 
 
Há, ainda, 85,5 mil ocupações em processo de identificação georreferenciada. Foram titulados 
399 imóveis rurais de 14 municípios do Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Rondônia. 
Há também que destacar os progressos no que diz respeito à ratificação dos títulos de 
propriedades alienadas pelos estados na faixa de fronteira. O governo editou a Instrução Normativa 
(IN) 63/2010, do INCRA, de 11 de outubro, que dispõe sobre o procedimento administrativo 
de ratificação das alienações e concessões de terras devolutas feitas pelos estados na faixa de 
fronteira, permite maior celeridade e menor custo dos referidos processos de ratificação.  
 
Os termos da IN beneficiam, especialmente, os proprietários de pequenas e médias propriedades 
que se submeterão apenas ao procedimento simplificado de comprovação da função social. 
Em relação à reforma agrária, dados de março de 2010 do INCRA mostram que as áreas de 
assentamentos da reforma agrária somam 84,3 milhões de hectares, ou seja, 25,5% da área 
explorada e ocupada com a atividade agropecuária no Brasil (329,9 milhões de hectares), 
conforme dados do Censo Agropecuário de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE).  
 
Os números revelam que o Brasil possui mais de um quarto de sua área agricultável 
ocupada com assentamentos da reforma agrária. É provável que as áreas dos assentamentos no 
País alcancem um patamar de cerca de 87 milhões de hectares até o final de 2010. A previsão 
é que o atual governo assente cerca de 600 mil famílias numa área total de até 50 milhões de 
hectares. 
 
 
 
DESAFIOS PARA A GERAÇÃO DE MAIS
            EMPREGOS NO CAMPO
A expectativa para o próximo ano é de geração de mais empregos, reflexo dos avanços 
obtidos nas discussões que visam adequar a legislação trabalhista às particularidades do setor 
agropecuário. Este cenário, aliado às estimativas de crescimento da produção e das exportações, 
indica queda do nível de informalidade e aumento dos postos formais de trabalho, diante 
de algumas conquistas obtidas nas discussões no âmbito tripartite, que envolvem governo, 
empregadores e trabalhadores. Com a possibilidade de contratação de trabalhadores temporários, 
avulsos e terceirizados, além do maior índice de formalização nas relações laborais, haverá mais 
isonomia entre trabalhadores rurais e urbanos. 
 
No entanto, um dos principais desafios para o setor continua sendo a flexibilização da Norma 
Regulamentadora (NR) 31, principal instrumento legal que rege as relações de trabalho no meio 
rural. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) continuará pleiteando a revisão 
do texto para adaptar alguns dispositivos à realidade do setor agropecuário, diante da dificuldade 
de cumprimentos de alguns itens. 
 
O trabalho decente também estará na pauta de prioridades para o próximo ano. Em relação a 
esse tópico, a CNA ampliará sua atuação para que o produtor rural seja cada vez mais reconhecido 
pela sua preocupação em seguir as determinações das normas trabalhistas. Essa será uma das 
condições fundamentais para que os produtos agropecuários obtenham o selo do alimento seguro 
e se tornem ainda mais competitivos no comércio internacional, para continuar atendendo às 
exigências do mercado consumidor. Desta forma, o Brasil terá êxito nas ações de promoção do 
trabalho decente, da mesma forma que obteve os méritos com as iniciativas de erradicação 
do trabalho infantil e do trabalho forçado, atingindo as metas da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT). 
 
Outro ponto que merecerá atenção do segmento agropecuário para o próximo ano, pelos 
seus efeitos negativos, trata da obrigatoriedade do ponto eletrônico para trabalhadores rurais, 
medida instituída pela Portaria 1.510/09, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A regra, 
com início previsto para 2011, será de difícil aplicação, levando‐se em conta as peculiaridades da 
atividade. Desta forma, é de suma importância que este assunto seja amplamente debatido, a fim 
de evitar consequências como gastos dispendiosos, impactos ambientais, aumento dos conflitos 
trabalhistas e a informalidade no mercado de trabalho, fatos que destoariam dos avanços sociais 
obtidos nos últimos anos. 
 
Na área de previdência social, uma das demandas do setor é a inclusão de mais trabalhadores 
rurais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS Rural), para garantir os benefícios 
previdenciários concedidos aos aposentados de forma geral. Com a inserção, será buscada a 
transparência de informações dos cadastrados. 
 
 
 
 
Aumento dos postos de trabalho e avanços na legislação

Após ligeira diminuição do número de empregos formais em 2009, a criação de postos de 
trabalho com carteira assinada no setor agropecuário aumentou em mais de 10 vezes em relação 
ao nível registrado em 2008, auge da crise econômica mundial, beneficiando todas as etapas 
da cadeia produtiva. Um dos fatores para o bom desempenho, principalmente no período de 
janeiro a junho deste ano, foi a modernização gradativa da legislação trabalhista. 
 
O período de janeiro a junho registrou o maior número de empregos formais (ver gráfico). 
A partir do segundo semestre, o nível de empregos voltou a cair, marcado pela sazonalidade 
comum ao setor nesta época do ano, após o fim da colheita em culturas que demandam grande 
contingente de mão de obra. De uma forma geral, o saldo em 2010 foi positivo, mesmo com 
barreiras como a insegurança jurídica, alta carga tributária e burocracia na contratação de mão 
de obra. Outro fato favorável no ano foi a revisão do item 31.12 da NR 31, que define regras para 
a utilização de máquinas e equipamentos agrícolas. 
 
INVESTIMENTOS INSUFICIENTES PARA
         ELIMINAR APAGÃO LOGÍSTICO
Os investimentos previstos nos próximos anos para a melhoria das rodovias, ferrovias, hidrovias 
e instalações portuárias não serão suficientes para eliminar os “gargalos” da infraestrutura 
logística brasileira, nem afastar o fantasma do “apagão logístico”. 
 
Vários representantes do governo pregaram que 2010 seria o ano das hidrovias. Deveriam ser 
traçados planos a curto, médio e longo prazo, em detrimento das rodovias e ferrovias. Divulgouse 
amplamente que a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançada 
em março de 2010, priorizaria o modal hidroviário. Mas pela análise dos recursos a serem 
destinados nos próximos quatro anos é fácil concluir que 2011 dificilmente levará esse título. 
 
Do montante reservado para o setor de transportes (R$ 104,5 bilhões), R$ 48,4 bilhões serão 
destinados à expansão do sistema rodoviário entre 2011 e 2014. A previsão é a manutenção de 55 
mil quilômetros de estradas, expansão de 7.917 quilômetros e projetos de 12.636 quilômetros. 
Apesar do crescimento das aplicações do governo em rodovias, o total de recursos está aquém 
do almejado. 
 
A rede ferroviária também será prioritária, absorvendo R$ 43,9 bilhões dos investimentos 
nos próximos quatro anos. As ações incluem 1.991 quilômetros de trens de alta velocidade, com 
estudos de viabilidade entre São Paulo e Curitiba; Campinas e Triângulo Mineiro; e Campinas e 
Belo Horizonte. Também há previsão de expansão de 4.696 quilômetros de ferrovias e estudos 
de outros 2.985 quilômetros. 
 
Os investimentos em portos somarão R$ 4,8 bilhões até 2014. Assim, restou para as hidrovias 
a parcela de 2,5% do total de investimentos em transporte, ou seja, somente R$ 2,6 bilhões. 
Obras e estudos de relevância para o escoamento da produção agropecuária, como a ampliação 
da navegação nos rios Tocantins e Teles‐Pires Tapajós, não foram contemplados pelo programa. 
Em novembro de 2010 o Ministério dos Transportes publicou em novembro de 2010 o 
documento intitulado “Diretrizes da Política Nacional de Transporte Hidroviário”. O trabalho 
apresenta as diretrizes gerais para a navegação interior no Brasil, alinhadas aos preceitos de 
garantia dos usos múltiplos das águas e planejamento integrado dos recursos hídricos. 
 
Estabelece um rol de 62 eclusas prioritárias para implantação até 2026, e propõe ações para 
equacionar alguns entraves que prejudicam o desenvolvimento da navegação interior no Brasil. 
Para tanto, prevê um investimento de R$ 28,6 bilhões, a ser incorporado à Política Nacional de 
Logística de Transporte, que é uma das bases do Plano Plurianual (PPA) que, por sua vez, orienta 
a elaboração do Orçamento Geral da União (OGU). 
 
Competitividade comprometida
A competitividade ficou comprometida em 2010 pela falta de investimentos para a manutenção 
e adequação da infraestrutura existente. A criação de novas rotas e integração dos diferentes 
modais de transporte foram temas mais uma vez adiados.
A situação em que se encontram as rodovias justifica o montante calculado pelo IPEA. A edição 
de 2010 da Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) apontou que 58,8% das 
estradas brasileiras estão em precárias condições de conservação e funcionalidade. 
 
O Brasil possui 1,7 milhão de quilômetros de estadas, das quais somente 12% são pavimentadas. 
A má qualidade verificada nas rodovias foi responsável por uma elevação de 24,5% dos custos 
operacionais do transporte, em média. Nesse ranking, a região mais prejudicada foi a Norte, 
com aumento de 40,4% nos custos de frete, seguida pelas regiões Centro Norte e Nordeste, com 
30,5% e 23,5%, respectivamente. 
 
No modal ferroviário, os esforços estiveram voltados para a regulamentação do direito 
de passagem e tráfego mútuo. Diante da impossibilidade legal de impor um novo modelo de 
concessão para as atuais operadoras ferroviárias, a Agência Nacional de Transportes Terrestres 
(ANTT) iniciou estudos visando o aperfeiçoamento de algumas regras vigentes nos contratos 
atuais, com o objetivo de estimular a competitividade e tornar o mercado mais dinâmico. A 
conclusão está prevista para o inicio de 2011. 
 
Quando o assunto é o transporte marítimo, o ano de 2010 foi marcado pela longa espera dos 
navios para atracar nos portos. Em agosto, um dos meses de maior congestionamento no ano, 
43,3% das embarcações que estiveram em Santos demoraram 72 horas ou mais para atracar, 
ante 25,7% do mesmo mês de 2009. 
 
No caso do desenvolvimento do transporte hidroviário – ação considerada crucial para 
aumentar a competitividade dos produtos exportados e atender às exigências de sustentabilidade 
ambiental – o progresso observado foi muito aquém do mínimo esperado e anunciado. 
Aparentemente os impasses entre o setor energético e de transportes foram contornados 
quanto à implantação de hidrovias. Resta votar o projeto de lei que regulamenta a discussão 
sobre a obrigatoriedade da construção de eclusas em empreendimentos hidrelétricos. 
 

          CRÉDITO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA
         PODERÃO FAVORECER A PEQUENA
                  PROPRIEDADE
A continuidade da política de expansão do crédito e o reforço à assistência técnica e extensão rural 
indicam boas perspectivas para a pequena propriedade em 2011. O segmento contará com recursos 
da ordem de R$ 16 bilhões ‐ R$ 1 bilhão a mais do que em 2010 – para custeio de projetos. Os juros 
desses financiamentos foram reduzidos de 5,5% para 4,5% ao ano no caso do crédito para custeio e 
de 5% para 4% ao ano para investimentos. 
 
Com a ampliação do rebate para 50% no cálculo da renda bruta para enquadramento de produtores 
de arroz, feijão, milho, soja, trigo e pecuaristas de corte nos financiamentos do Programa Nacional 
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), um maior número de produtores rurais deve ter 
acesso às linhas de crédito em 2011. 
 
Em relação ao Programa Mais Alimentos, que financia a modernização das pequenas propriedades, 
o limite de financiamento para projetos individuais subiu de R$ 100 mil para R$ 130 mil, com taxa de 
juros de 2% ao ano, 10 anos para pagamento e três anos de carência. O limite será de até R$ 500 mil 
para projetos coletivos. 
 
Bons resultados também são esperados para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O 
PAA permitirá ao governo comprar até R$ 8 mil, por ano, de cada produtor por meio de convênios 
firmados. Em 2011, o programa pode ser ampliado. 
 
Inovação na contratação de serviços
No início do ano foi publicada a Lei nº 12.188/2010, que institui a Política Nacional de 
Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) para a agricultura familiar e reforma agrária e o 
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PRONATER) na agricultura familiar 
e na reforma agrária. A principal inovação está relacionada com a forma de contratação dos 
serviços de assistência técnica e extensão rural que passa a ser por chamada pública de projetos. 
A Lei nº 12.249/2010 também beneficiou a pequena propriedade ao tratar da questão do 
endividamento. 
 
O Programa Mais Alimentos, que tornou‐se permanente em 2010, totalizou mais de R$ 3 
bilhões em negócios. Mais de 70 mil operações foram realizadas desde a implantamção do 
programa, em 2008. Os resultados comprovam que o produtor pôde adquirir equipamentos 
como tratores, caminhões, resfriadores de leite, entre outros, em condições mais atrativas. 
 
Em 2010, atingiu‐se a marca de mais de três milhões de Declarações de Aptidão ao PRONAF 
(DAP) cadastradas no Sistema DAPWeb do MDA. O cadastro permite o acesso de maior número 
de pequenos produtores rurais às operações de crédito com amparo do Pronaf, independente 
dos demais documentos necessários e exigidos pela instituição financeira em obediência à 
legislação pertinente. 
 
Na safra 2009/2010, de acordo com os dados disponibilizados, foram executados no âmbito 
do Pronaf cerca de R$ 10,6 bilhões. O resultado representa 71% do volume de recursos que 
foram disponibilizados, menor do que o executado na safra passada (R$ 10,9 bilhões). 
 
COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIO
      DEPENDE DA EFICIÊNCIA DA DEFESA
               AGROPECUÁRIA
A manutenção da competitividade e do ritmo de crescimento econômico de um país exportador 
de produtos agrícolas tem relação direta com a defesa agropecuária, tema que continua na lista 
de prioridades para 2011. Dependente de outras áreas, as atividades que compõem a defesa 
garantem proteção aos negócios agropecuários, resultando na garantia de renda ao campo. 
 
Atualmente, o comércio de produtos agropecuários está sob a lente da sustentabilidade, 
o que implica a produção de alimentos em um sistema produtivo economicamente viável e 
socialmente justo, além de ambientalmente correto e rastreado. O desafio é que os produtos 
que cheguem ao consumidor final estejam livres de contaminações biológicas, físicas e químicas, 
presença de microrganismos, de corpos estranhos e de compostos químicos tóxicos. 
 
O enquadramento do sistema de produção dos agricultores num padrão de qualidade 
sustentável garante renda compatível. Considerando‐se que a base da defesa agropecuária 
está no cumprimento de normas nacionais e internacionais, públicas e privadas, vale ressaltar a 
importância da atualização das legislações nacionais frente à evolução da matéria propriamente 
dita e da dinâmica sustentável. 
 
É fundamental fomentar a participação do Brasil na harmonização das normas internacionais 
de referência, tanto no Mercosul e no Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave), quanto 
no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial de Saúde Animal 
(OIE, na sigla antiga), Codex Alimentarius e Convenção Internacional para a Proteção dos 
Vegetais (CIPV). Investimentos periódicos em inovação tecnológica, sistemas de rastreamento e 
no desenvolvimento de tecnologia de informação e comunicação aplicada à defesa também são 
itens fundamentais. 
Diante desse quadro, cabe avaliar a relação da economia do país com a defesa agropecuária. 
Segundo dados da CNA, o PIB do agronegócio foi responsável por aproximadamente 23,4% do 
PIB nacional em 2009. O setor respondeu por 37% dos empregos. Do resultado das exportações 
em 2009, um total de US$ 152,25 bilhões, 42,5% desse montante, que corresponde a US$ 64,76 
bilhões, vem do agronegócio. A conclusão é que a agropecuária exerce peso considerável na 
economia do país. 
 
Além disso, de acordo com dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio 
(SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nos últimos 12 anos 
observou‐se de forma geral, uma notável evolução quanto ao volume exportado e diversificação 
de países de destino, passando de 189 para 215. 
 
Contudo, o bloco europeu e os Estados Unidos, tradicionalmente maiores importadores 
de produtos do Brasil, apresentaram neste intervalo queda de suas importações de agropecuários 
brasileiros, respectivamente, de 13,9% e 16,3%. A causa principal são questões sanitárias e 
fitossanitárias, demonstrando a correlação direta entre o comércio e a defesa agropecuária. 
 
Esta correspondência também é encontrada no comércio intra‐bloco do Mercosul, em que 
existe falta de harmonização e consenso nas normativas relativas à defesa, devido principalmente 
a diferenças do grau de restrição entre as legislações. 
 




Constata‐se, portanto, uma transição na dinâmica do mercado que foi até pouco tempo 
norteada principalmente por barreiras de ordem tarifária. Atualmente, o comércio internacional 
vem demonstrando sinais de mudança destas barreiras para aquelas relativas às negociações 
ligadas à defesa agropecuária, especificadamente às questões sanitárias e fitossanitárias. 
 
Significa que, independentemente da negociação e/ou acordo firmado entre países e blocos 
comerciais, a entrada de alimentos nos países de destino será determinada, em primeiro lugar, 
por limites mínimos tolerados e estabelecidos aos contaminantes físicos, químicos e biológicos 
pelas legislações nacionais, além de balizado pelas normas internacionais. 
 
Contrastes marcaram o ano

Este ano foi marcado por contrastes. Por um lado, entraves e embargos ao comércio de 
alimentos, o que gerou obstáculos tanto à classe produtora quanto as negociações do governo. 
De outro, movimentação em prol de uma nova postura frente à necessidade de prover alimentos 
de qualidade que favoreçam tanto os consumidores nacionais quanto a imagem do país e do 
produtor rural como grande produtor de alimentos. 
 

              SUPERAÇÃO DA CRISE E CLIMA
                DEFINIRÃO PREÇOS DAS
                    COMMODITIES
A superação da crise financeira pelos países da União Européia (UE) e os efeitos das medidas 
adotadas pela China para conter a desvalorização da moeda local, o yuan, frente ao dólar, são os 
fatores que determinarão a variação dos preços das commodities agrícolas em 2011. No tabuleiro 
mundial, Europa e China são os principais importadores de alimentos. 
 
Nos últimos anos, o consumo de soja por parte da China cresceu a cada ano, enquanto que 
no resto do mundo a demanda permaneceu estável, como mostram relatórios do Departamento 
de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O aumento da renda dos chineses resultou em maior 
consumo de proteína vegetal (ver gráfico).
Em 10 anos é possível observar que a China saiu de um consumo de 11,2 milhões de toneladas 
para 50,4 milhões de toneladas de soja ‐ um crescimento de 350%. Enquanto isso, a demanda 
nos demais países encolheu de 39,9 milhões de toneladas para 37,1 milhões de toneladas. 
Para 2010/2011, há uma expectativa de consumo chinês de 57 milhões de toneladas, segundo 
relatório de novembro do USDA. 
 
A produção não acompanhou esse ritmo, crescendo apenas 40%. Com isso, as cotações 
internacionais da oleaginosa se mantiveram firmes em 2010, a ponto de o preço do bushel em 
novembro ter alcançado o pico de 2009, que ocorreu no mês de julho, quando bateu em US$ 
12,5. 
 
Com uma relação estoque‐consumo de soja mais ajustada para 2010/2011, passando de 
24,8% para 24,2%, espera‐se que os preços médios da próxima safra voltem aos patamares do 
ano‐agrícola 2008/2009 ‐ de US$ 9,6 para US$ 9,8 o bushel. 
 
A baixa produção de trigo na Rússia e de países da UE, afetada por secas prolongadas, fez 
seus consumidores importarem mais e substituírem o item por outros cereais, como o milho. 
Mesmo assim, os Estados Unidos aumentaram o consumo do cereal em 8,7% neste ano e esperase 
um incremento de 3,5% em 2011. O resultado foi uma relação estoque‐consumo mundial 
mais ajustada, passando de 18,9% em 2008/2009, para 18,2% em 2009/2010. Para 2010/2011, 
espera‐se um percentual de 15,4% de toneladas, segundo relatório de novembro do USDA (ver 
tabela). 
 
No Brasil, o clima já começa a interferir no plantio de grãos. O fenômeno La Niña atrasou a 
safra de verão, fazendo produtores diminuírem o cultivo de milho e migrarem para a soja. Além 
disso, o atraso no plantio da oleaginosa deverá prejudicar a produtividade do milho safrinha. 
 
Contudo, a lógica dos produtores é produzir e, dessa forma, o clima pouco interfere no 
planejamento de safra. A grande mudança de cenário é que os agricultores brasileiros iniciariam 
a safra sem uma perspectiva de ganho para 2011. Mas, com o problema da safra na Europa e os 
programas da Política de Apoio à Comercialização, o jogo se inverteu. A perspectiva agora é de 
que a exportação de milho poderá atingir 11 milhões de toneladas em 2011, o que marcaria um 
novo recorde. Caso isso se confirme, a dependência por produto do exterior continuará. 
 
No entanto, a dúvida que paira em relação às cadeias de cereais, fibras e oleaginosas em 2011 
diz respeito à continuidade da tendência de aumento no consumo ou retração, tendo em vista 
duas variáveis: manutenção dos efeitos da crise financeira internacional ou sua superação. 
 
ALGODÃO - Pelo quinto ano consecutivo, o consumo (25,4 milhões de toneladas) será 
maior do que a produção mundial (25,1 milhões de toneladas). Com isso, a relação estoqueconsumo 
está estimada abaixo dos níveis verificados na safra 2009/2010, em 36,2% contra 
36,8%, conforme informações do USDA. 
 
Com uma safra recorde de 1,7 milhão de toneladas, esse cenário pode se configurar como 
oportunidade de negócios para o produtor brasileiro. A conseqüência da forte redução nos 
estoques são os recordes de preços. Em novembro, as cotações do algodão na Bolsa de Nova 
York atingiram US$ 1,50/libra, preços nunca antes praticados. Com a expectativa de diminuição 
da safra chinesa e aquecimento do consumo, o mercado mundial em 2011 sinaliza manutenção 
de preços fortes. 
 
TENDÊNCIA DE ALTA PARA
                      OS PREÇOS DO CAFÉ
A estimativa de redução nos estoques mundiais aponta para um cenário de alta dos preços do 
café em 2011, dando continuidade ao movimento de recuperação das cotações do grão observado 
em 2010. A Organização Internacional do Café (OIC) projeta uma relação cada vez mais estreita entre 
oferta e demanda, tendo como base as projeções para esse ano, quando a produção deverá ficar entre 
133 milhões e 135 milhões de sacas de 60 quilos, e o consumo, entre 130 milhões e 132 milhões de 
sacas. A diferença entre oferta e consumo poderá ser ainda menor no próximo ano caso se confirmem 
as expectativas de quebra de safra, o que estimulará ainda mais a alta dos preços. 
 
Se neste ano a produção mundial de café deverá fechar com 11,7 milhões de sacas a menos em 
relação a 2009, a oferta deverá ficar mais reduzida no próximo ano, tanto no ambiente doméstico 
quanto no mercado internacional. No Brasil, o cenário de redução para 2011 se explica pelo período de 
bienalidade negativa, quando predomina o ciclo de baixa produção. Segundo projeção da Companhia 
Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita na próxima safra deve totalizar 40 milhões de sacas 
de 60 quilos, volume insuficiente para atender à demanda local e externa pelo produto brasileiro. O 
consumo do café nacional deve ser de aproximadamente 52 milhões de sacas, das quais 20 milhões de 
sacas consumidas internamente e 32 milhões embarcadas para outros países. 
 
No cenário internacional, a alta dos preços virá, entre outros motivos, da previsão de queda de 
oferta em países como Vietnã, Índia e Indonésia, que são alguns dos principais concorrentes diretos do 
Brasil na produção mundial de café, juntamente com a Colômbia. O fato é atribuído principalmente a 
problemas climáticos ocorridos em 2010. Para agravar esse quadro de oferta, observa‐se também um 
movimento de retração dos estoques de café verde certificado nos Estados Unidos nos últimos meses. 
 
Em 31 de outubro, o volume armazenado era de 3,930 milhões de sacas, 319 mil sacas a menos em 
relação a setembro. 
 
A valorização no mercado externo certamente influenciará o ritmo dos valores pagos ao produtor 
no Brasil. A tendência é de que os cafeicultores brasileiros sejam estimulados a aumentar sua produção 
para os próximos anos, a fim de obter preços mais atraentes pela saca e suprir a demanda crescente 
pelo grão. 
 
O ano de 2011 será decisivo para que os produtores rurais confirmem suas expectativas em relação 
à alta das cotações e invistam mais na atividade, uma vez que em 2010, apesar da recuperação das 
cotações e da retomada do horizonte promissor, o cenário ainda permanece desfavorável para um 
grande universo de produtores. A falta de rentabilidade dificulta a permanência desse grupo na 
atividade. 
 
No entanto, caso o otimismo se concretize, a produção deverá ser feita de maneira organizada, 
para que no futuro os custos de produção não ultrapassem os preços recebidos pela saca do café e o 
segmento continue sem a garantia de lucro, fato que prejudicou a cafeicultura nos anos anteriores. 
 
 
Chuvas prejudicaram qualidade do arábica

Mesmo com a reação dos preços, somente os cafés de melhor qualidade tiveram remuneração acima 
dos custos de produção. Desta forma, nem todos os produtores foram beneficiados pela recuperação dos 
preços a ponto de investir na produção. Muitos amargaram prejuízos com problemas na lavoura. 
 
No caso do café arábica, esse fato pode ser constatado já no início da safra, quando 30% da produção 
teve a qualidade prejudicada em função da ocorrência de chuvas no final da temporada anterior. 
Outro fator que comprometeu a qualidade foi a redução do uso de insumos, pois muitos cafeicultores 
estavam descapitalizados na época de plantio, atrasando a maturação dos grãos. 
 
Em julho deste ano, os preços do café arábica de melhor qualidade tiveram o maior patamar 
dos últimos cinco anos. Segundo dados do Cepea, a cotação chegou a R$ 320,00/saca em regiões 
tradicionais como Cerrado, Sul de Minas Gerais e Mogiana Paulista. No mesmo período de 2009, as 
cotações no mercado interno foram inferiores a R$ 260,00/saca. 
 
Produção - A terceira estimativa de safra divulgada pela Conab mostrou que a produção nacional 
deverá ser de 47,2 milhões de sacas de 60 quilos em 2010, crescimento de 19,6% na comparação com 
a safra anterior. Desse montante, 36 milhões são do tipo arábica e 11,2 milhões do tipo conillon. 
O mesmo estudo mostrou também que a área plantada será reduzida em 10 mil hectares, ou 0,5%, 
de 2,09 milhões de hectares para 2,08 milhões. Minas Gerais, maior Estado produtor do grão, que 
responde por 52,3% do total, não teve crescimento significativo na sua produção, quando comparada 
com o volume gerado em 2008 (apenas 3,7% superior) ‐ ano que também apresentou bienalidade 
positiva. 
 
A safra brasileira de conillon começou com boa parte da produção da temporada anterior para ser 
comercializada, o que limitou a valorização dos preços da variedade até a metade do ano. Quanto à 
colheita da atual safra, embora o volume estimado seja maior do que a produção anterior, o tempo 
seco prejudicou o desenvolvimento dos grãos da variedade, reduzindo o rendimento em sacas. As 
chuvas no Vietnã, principal concorrente do Brasil na produção desse tipo de grão, prejudicaram as 
lavouras daquele país e contribuíram para impulsionar as cotações internacionais e domésticas, 
resultando em aumento dos preços do café robusta ao final de outubro. 
 
Exportações - As vendas externas de café renderam de janeiro a novembro de 2010 uma receita 
de US$ 4,961 bilhões, segundo o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O volume 
embarcado do produto (em grão, solúvel, torrado e moído) totaliza 29,5 milhões de sacas de 60 
quilos. 
 

        FRUTICULTURA PRIORIZA AUMENTO
             DO CONSUMO INTERNO
A fruticultura vai investir em duas frentes em 2011 A primeira é a ampliação do consumo de 
frutas no mercado interno. A segunda é priorizar a conquista de novos compradores no exterior e a 
ampliação do ritmo de vendas para clientes que já importam do Brasil. 
 
Os Emirados Árabes, por exemplo, incrementaram em 27% as importações de polpas de frutas nos 
últimos anos. Mas o Brasil representa apenas 0,04% das importações desse país. 
O Canadá importa cerca de US$ 1 bilhão em frutas frescas, com um crescimento médio de 12,5% 
de 2003 a 2008. O Brasil participa atualmente de 0,5% desse montante. 
 
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior 
de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), os países mais ricos 
têm apresentado baixo crescimento econômico desde a crise financeira de 2008 e, até o momento, 
continuam sinalizando modestas estimativas de recuperação para os próximos anos. Esse cenário 
inibe a perspectiva de forte crescimento na demanda dos Estados Unidos e União Européia por frutas 
importadas. 
 
A fruticultura exerce importante papel na economia brasileira. O setor demanda ações concretas 
que garantam a competitividade e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconômico. A 
potencialidade da fruticultura brasileira, especialmente a irrigada, é evidente. Os gargalos e entraves 
em cada um dos elos da cadeia produtiva estão sendo discutidos há vários anos. No entanto, ainda 
não foram implantadas as soluções adequadas para garantir o crescimento do setor. 
 
Setor gera 38% dos empregos do agronegócio
A fruticultura brasileira em 2010 não apresentou grandes variações em relação ao ano anterior, 
com pequena redução no crescimento que vinha tendo nos últimos 10 anos. O setor é responsável 
por 38% dos empregos gerados no agronegócio. São 2,6 milhões de hectares plantados. Em 2009, as 
exportações de frutas renderam aproximadamente US$ 660 milhões. No mesmo ano, o segmento 
sofreu o impacto provocado pela valorização do real, o que prejudicou a exportação de frutas, em 
especial para países europeus. O Velho Continente é destino de 76% das exportações brasileiras de 
frutas. 
 
Em 2010, o desafio de muitos produtores de frutas que vendem parte de sua da produção no exterior 
foi manter o ritmo de exportações num cenário de câmbio desfavorável. Além da questão cambial, 
o setor exportador também enfrenta a ameaça de uma retração no consumo por conta da queda de 
renda nos Estados Unidos e União Européia, principais compradores dos produtos brasileiros. 
 
O panorama atual é favorável para crescimento da fruticultura brasileira, com potencial para suprir 
a demanda mundial por frutas frescas. Além disso, há espaço para avançar no mercado interno, já que 
o consumo do produto pelo brasileiro ainda é pequeno quando comparado com o volume consumido 
nos países desenvolvidos. Temos condições e áreas disponíveis para produzir grande diversidade de 
frutas. O clima tropical favorece, sobretudo, a região Nordeste. 
 
A fruticultura nacional despontou na última década como uma das cadeias do agronegócio 
brasileiro que mais geram emprego e renda na região de maior carência do Brasil, sendo o país o 
terceiro maior produtor de frutas do planeta. Salienta‐se que grande parte da produção fruticultora 
é focada no mercado externo, sendo a União Européia importante destino das frutas produzidas nos 
Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia, dentre outros. Frutas como banana, 
melão, melancia, uva, têm tido um papel crucial no crescimento desse setor. 
 
Nos últimos anos, as exportações garantiram bons resultados econômicos aos principais estados 
produtores. As exportações anuais do Ceará, por exemplo, somavam apenas US$ 1 milhão há uma 
década. Em 2008, os embarques renderam US$ 130 milhões, quantia levemente reduzida em 2009 e 
2010, exatamente por conta da desvalorização do dólar. 
 
CANA COM MAIOR RENTABILIDADE
               E MELHORES PREÇOS
Os preços pagos ao produtor pela cana‐de‐açúcar na safra 2010/2011 deverão continuar com 
tendência de alta, resultado dos valores de seus produtos finais: açúcar e álcool. A demanda por 
parte da China, a desvalorização do dólar frente ao real, os baixos estoques no mercado internacional 
e as adversidades climáticas que reduziram a expectativa de produção dos principais produtores 
mundiais justificam essa previsão. Esse quadro resultará em maior rentabilidade da matéria‐prima 
para a próxima safra, garantindo melhores preços para cobrir os custos totais de produção. 
 
A expectativa é que os valores do açúcar no mercado internacional fiquem na casa de US$ 30,00 
cents/libra‐peso durante o ano de 2011, patamar de preços que depende da confirmação de vários 
fatores. O principal é a demanda por açúcar por parte da Índia. O país exportou grandes quantidades 
do produto no passado, mas tornou‐se importador por causa da quebra da safra local. 
 
De acordo com informações do governo indiano, a produção deverá ser suficiente para garantir a 
exportação de 3,5 milhões de toneladas de açúcar em 2011, divulgação que não interferiu no ritmo 
dos preços praticados no mercado internacional. Para os grandes negociadores, o país não recompôs 
os estoques necessários para suprir a demanda local por açúcar, estimada em 23 milhões de toneladas, 
o que exigirá a manutenção do ritmo de importações. 
 
Outro país importante no processo de formação dos preços de açúcar é a China. O país ampliou 
sua produção, mas não para níveis necessários para suprir a demanda que cresce cerca de 3% ao ano. 
O país deverá ser um grande comprador no ano que vem. 
 
Os países da União Européia também terão grande influência no ritmo das cotações. De acordo com 
o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o bloco deverá ser o principal importador 
mundial de açúcar, com compras de 3,5 milhões de toneladas. 
 
Em 2011, boa parte da cana‐de‐açúcar deverá ser direcionada para a produção de açúcar, opção 
que influenciará o ritmo dos preços do etanol hidratado. As cotações do álcool devem ficar em R$ 
0,85 por litro, valor que, se confirmado, ficará 14% acima dos preços médios praticados em 2009 e 4% 
acima dos preços praticados em 2010. 
 
Para os produtores independentes de cana, a expectativa é de preços remunerativos na 2011/2012, 
o que dará fôlego ao setor depois de mais de três safras de preços inferiores ao custo de produção. 
 
Na safra 2010/2011, os valores dos insumos recuaram cerca de 20%. Houve reajuste mínimo no 
Corte Carregamento e Transporte (CCT). O valor médio deverá ser de R$ 19 por tonelada de cana. 
Na região Centro‐Sul, o índice de corte mecanizado tem crescido e hoje 60% da área é mecanizada. 
 
Na região Nordeste, o corte da cana é manual devido à alta declividade das áreas que abrigam os 
canaviais. Dessa forma, o número de trabalhadores é maior na colheita, o que eleva os custos para o 
CCT. O resultado é que os custos totais de produção na região Nordeste cresceram cerca de 5,6%. 
 
Preços ficaram 2,85% abaixo dos custos de produção

Apesar de os valores do açúcar terem atingido níveis recordes nos mercados internacionais na 
safra 2010/2011, os produtores independentes de cana, aqueles que fornecem matéria‐prima para 
as indústrias, recebem preços baixos pela tonelada do produto. Essa situação tem se repetido nas 
últimas safras. 
 
De acordo com o levantamento de custos de produção do projeto Campo Futuro, da CNA, os 
valores foram 2,85% inferiores aos custos totais de produção. Essa situação foi recorrente em todas 
as regiões. 
 
As exportações de açúcar deverão crescer 22% em 2010. Os preços do açúcar Very Hight Polarization 
(VHP) subiram 33% e do açúcar cristal, 27% no ano. No mercado interno, o preço do açúcar cristal 
subiu 10,6%. A elevação está diretamente relacionada à demanda importadora da Índia. 
 
O etanol não teve o mesmo desempenho dos anos anteriores e as produtoras ainda estão vendendo 
o produto por preços abaixo da margem de custo. A diminuição da competitividade do etanol frente 
à gasolina reduziu em 20% o consumo de etanol. As exportações devem cair cerca de 15,3% na safra 
2010/2011. Em relação a 2008, a queda é de 60%, resultado do aumento da produção americana. 
 
BOAS PERSPECTIVAS PARA MERCADO
             DE CARNE BOVINA
A fase de recuperação da pecuária brasileira, iniciada em 2010, deve se sustentar no próximo ano, 
em função das boas perspectivas do mercado de carne bovina e da expansão da economia. A escassez 
na oferta e a demanda impulsionada pelo crescimento da economia brasileira e mundial deverão 
manter os preços do boi gordo em novos patamares. As cotações da BM&FBOVESPA têm indicado 
preços da arroba do boi gordo entre R$ 90 e R$ 100 nos primeiros cinco meses do próximo ano. No 
segundo semestre, esse nível de preço poderá ser superado, em função do período de entressafra 
para a pecuária. 
 
O Brasil poderá ser o principal favorecido pelo crescimento da demanda no mercado internacional, 
que deverá ser impulsionada pelo aumento das importações por parte da Rússia, Hong Kong, Chile 
e países do Oriente Médio. Outros países exportadores de carne bovina vêm se recuperando de 
problemas na produção ou não possuem capacidade suficiente para atender ao crescimento da 
demanda internacional, abrindo espaço para a carne brasileira. 
 
Apesar das boas perspectivas, dois fatores podem comprometer o desempenho da pecuária de 
corte em 2011: o câmbio desfavorável aos embarques e o aumento dos custos de produção. Além 
disso, o setor deve se empenhar e se preparar para fornecer respostas satisfatórias para os novos 
desafios que se impõem e que podem representar ameaças à competitividade da pecuária brasileira, 
como as críticas relacionadas às emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs). 
 
Embora haja muitos questionamentos científicos a respeito dos dados divulgados por organismos 
internacionais, que atribuem grande parcela de responsabilidade pela emissão de GEEs à pecuária 
brasileira, o fato é que o Brasil precisa dispor de informações científicas adequadas para debater 
com mais desenvoltura nos fóruns internacionais. Para isso, é fundamental a realização de pesquisas 
voltadas para a realidade brasileira, uma vez que a falta de dados precisos acaba levando os 
organismos internacionais a atribuir dados de outros países nas referências ao Brasil, prejudicando 
assim a pecuária brasileira. 
 
Recuperação dos preços do boi gordo

O segundo semestre de 2010 foi marcado pela recuperação dos preços do boi gordo no Brasil ‐ dois 
anos após o início da crise econômica internacional que derrubou as exportações e afetou os preços 
da carne bovina no Brasil e no mundo. De acordo com o Indicador Esalq para o Estado de São Paulo, 
os preços médios da arroba do boi gordo atingiram R$ 98,88 no mês de outubro de 2010, o que 
representa aumento de 20,47%, em termos reais, descontada a inflação, sobre o valor de outubro de 
2009. Em outubro de 2009 o Indicador Esalq havia registrado uma queda de 13,65% em relação ao 
mesmo mês de 2008. 
 
Com o aumento dos preços em 2010, a arroba do boi gordo atingiu seu maior patamar, em termos 
reais, desde novembro de 1999, quando alcançou R$101,89 ‐ a maior valorização desde o início do Plano 
Real. No mês de novembro de 2010, o valor da arroba do boi gordo chegou próximo de 
R$ 120,00. A recuperação da arroba do boi gordo neste ano reflete principalmente a redução na 
oferta de animais para abate, em consequência da crise que afetou o setor entre 2004 a 2007. O 
período foi marcado por queda nas cotações da arroba e aumentos nos custos de produção, o que 
levou a perda de rentabilidade e descapitalização dos pecuaristas, motivando o abate de fêmeas e 
liquidação de rebanhos. 
 




Apesar da valorização do real frente ao dólar, as exportações de carne bovina tiveram um bom 
desempenho, favorecidas pelo aumento dos preços internacionais. De janeiro a outubro de 2010, as 
vendas externas de carne bovina in natura renderam US$ 3,3 bilhões, resultado 34,62% maior que 
o registrado em mesmo período de 2009. Em volume, houve aumento de 8,86%. As exportações de 
carne bovina in natura foram impulsionadas pelo aumento de 23,66% do preço médio, que alcançou 
US$ 3.948/ton. 
 
As exportações de carne bovina industrializada foram prejudicadas pelo embargo dos Estados 
Unidos, que teve início no mês de maio, em decorrência de problemas relacionados a resíduos de 
antiparasitários. Dessa forma, o produto não apresentou o mesmo desempenho da carne in natura. 
De janeiro a outubro de 2010, as vendas externas do produto apresentaram queda de 18,56% em valor 
e de 19,16% em volume, na comparação com o mesmo período de 2009. O Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento (MAPA) formulou um plano para reforçar o programa de resíduos do Brasil 
em parceria com as entidades do setor privado. No total, as exportações de carne bovina alcançaram 
US$ 4,1 bilhões de janeiro a outubro de 2010, devendo fechar o ano com receitas de US$ 5 bilhões e 
um volume estimado em 1,7 milhão de toneladas (equivalente/carcaça). 
 
 




           DEMANDA MAIOR POR PRODUTOS
                    LÁCTEOS
A demanda mundial por produtos lácteos deve ser cerca de 2% maior em 2011, previsão que 
considera projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) que indicam crescimento de 4,2% no 
Produto Interno Bruto (PIB) mundial no ano que vem. No Brasil, os analistas também estão otimistas 
e estimam crescimento de até 4,5% no PIB nacional no próximo ano, segundo projeções semanais do 
Boletim Focus do Banco Central (BC). 
 
No cenário externo, o Rabobank avalia que o consumo na China e na Índia influenciará diretamente 
nos preços das commodities lácteas em 2011, uma vez que a demanda nesses países cresce a taxas 
superiores ao ritmo de produção. A Rússia e o Paquistão manterão suas demandas em ritmo elevado 
pelo menos até o primeiro semestre do próximo ano, em virtude de problemas climáticos ocorridos 
nessas regiões em 2010. Esse quadro indica que haverá ao menos estabilidade de preço nesse 
período. 
 
Não obstante à manutenção dos preços no cenário internacional, os custos de produção estarão 
mais altos em 2011. Isso porque os principais insumos que compõem a ração concentrada estarão 
mais caros no próximo ano devido às perdas na produção de soja e milho. Vale salientar que somente 
a mão de obra e a ração concentrada representam mais de 50% do custo operacional efetivo da 
produção de leite. 
 
Tal fato dificulta ainda mais a situação financeira do produtor, visto que de janeiro a outubro de 
2010 os custos de produção de leite subiram 1,77%, de acordo com dados da Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite. Já os preços deflacionados do leite nesse período 
caíram 0,43%, segundo o Cepea. 
 
A redução de margens da atividade leiteira pode favorecer o descarte de matrizes, uma vez que há 
previsão de alta no preço da arroba em 2011, o que influenciará diretamente na oferta de leite. 
O maior desafio do setor para o próximo ano será trabalhar a melhoria da qualidade do leite. Em 1º 
de julho de 2011 haverá redução nos parâmetros dos indicadores de qualidade, conforme determina 
a Instrução Normativa (IN) 51/2002 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). 
Todo o setor deve se empenhar para atingir as metas predeterminadas, a fim de poder explorar 
novos nichos de mercado. 
 
Consumo sustentado pelo crescimento econômico

Semestres muito distintos marcaram o ano de 2010 no setor lácteo. O primeiro foi caracterizado 
por um excedente de produção no mercado interno, melhor relação entre o custo de produção e o 
preço do leite e o crescimento econômico. Em contrapartida, no segundo semestre, o preço caiu em 
plena entressafra, os custos de produção se elevaram, e o real valorizou‐se ainda mais em relação ao 
dólar, o que reduziu as possibilidades de negócios para exportação. 
 
Nos seis primeiros meses do ano, a produção inspecionada de leite cresceu 9,93% frente a igual 
período de 2009, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O 
preço do leite apresentou taxa mensal de crescimento de 7,9% de janeiro a maio, uma das maiores 
dos últimos anos. Aliado a isso, os principais ingredientes que compõem a ração de bovinos de leite, 
apresentaram redução de preços, favorecendo a relação de troca. 
 
No caso do milho, com 27 litros de leite se adquiria uma saca de 60 quilos do grão no primeiro 
semestre de 2010, ganho de 20% em relação à média dos três últimos anos. Tal fato não se repetiu no 
segundo semestre devido às alterações climáticas causadas pelo fenômeno La Niña, a maior demanda 
da China por soja, a forte seca que afetou a Rússia e parte da Europa, prejudicando a produção de 
trigo. 
 
Após o preço do leite atingir o pico de R$ 0,79/litro em maio, os meses seguintes foram de queda, 
justamente no período entressafra. O preço se estabilizou em R$ 0,69/litro no período de agosto a 
outubro, de acordo com os dados do Cepea. O aumento da produção associado ao quadro de redução 
de 17% no volume de leite exportado, de janeiro a novembro de 2010, resultou em excesso do produto 
no mercado interno. 
 
Outro fato que contribuiu para a queda nos preços foram as importações pontuais para os estados 
do Sul de leite longa vida (UHT) uruguaio, compras que deprimiram os preços regionais e refletiram 
em todo o País. Além disso, as importações de soro entre os meses de maio a julho desestimularam o 
consumo do produto nacional, uma vez que aquele substitui o leite em diversas formulações. 
 
O saldo da balança comercial foi deficitário em US$ 126,9 milhões no acumulado do ano até 
novembro, valor 34,3% maior que o registrado no mesmo período de 2009. A melhora dos preços 
das commodities lácteas no cenário internacional contribuiu para este resultado, elevando os 
gastos com importação. Essa condição, no entanto, não foi suficiente para estimular a retomada das 
exportações. 
 
O preço do leite em pó integral subiu 40% neste ano para US$ 3. 500 por tonelada, tanto na 
Oceania quanto na União Européia, segundo informações do USDA. A melhora nos preços foi devido 
ao elevado consumo da China em razão dos problemas de contaminação com a substância química 
melamina e ao aumento das importações russas em função da forte seca que atingiu o país. 
 
No Brasil, o consumo foi sustentado em função do crescimento econômico do País de 8,9% no 
primeiro semestre. As vendas de leite fermentado cresceram 22,5% e de queijos, 14,8% no período, 
segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Provavelmente este cenário não se 
repetirá no segundo semestre, visto que a previsão de crescimento do PIB para 2010 é de 7,6%, o que 
implica em um valor menor que os primeiros seis meses do ano. 
 
 
NOVOS MERCADOS PARA A AVICULTURA
Apesar do possível aumento nos preços da carne de frango em 2011, influenciados principalmente 
pela alta no custo da ração à base de milho, existem boas perspectivas para a avicultura. A 
probabilidade de abertura de novos mercados, como o da China, caso seja concretizado, fará do Brasil 
o 2º maior produtor mundial de frango de corte, atrás somente dos Estados Unidos, garantindo maior 
estabilidade para o setor produtivo. Nas exportações, o Brasil encontra‐se em 1º lugar no ranking
mundial de carne de frango. 
 
É esperada também boa estabilidade jurídica, principalmente aos avicultores integrados, devido às 
boas relações contratuais que estão sendo solicitadas por meio de um subprojeto de lei que tramita 
na Câmara dos Deputados. 
 
Produção em ritmo de crescimento
A produção nacional em 2010 também seguiu em ritmo de crescimento, com avanço de 8,33%, 
devendo fechar o ano com produção de 11,969 milhões de toneladas. Na produção de ovos, o Brasil 
ainda permanece como o 5º maior produtor mundial, com 1,845 milhão de toneladas, ficando atrás 
da China, Estados Unidos, Índia e Japão. 
 
Os investimentos em tecnologia, matrizes, genética e prevenção de doenças nos aviários, em 2010, 
principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, garantiram a elevação da 
produção nacional. O volume produzido deve superar o registrado em 2009. Esta expansão ocorreu 
em momento oportuno, pois a carne de frango, sem grandes oscilações nos preços, cobriu o déficit 
do abastecimento de carne bovina no mercado interno. 
 
O Brasil encerrará o ano com a marca de 3,864 milhões de toneladas de frango exportadas, 
alcançando o maior resultado pelo segmento em toda história da avicultura brasileira. Em comparação 
a 2009, houve alta de 6,15%, devido à conquista de novos mercados nos últimos anos, pelo preço e 
qualidade do produto.
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