O documento discute o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2008, com destaque para o crescimento da produção industrial abaixo do esperado, aumento do desemprego e da inflação, principalmente dos alimentos. Também analisa a política econômica implementada pelo governo para lidar com esses desafios, como a Política de Desenvolvimento Produtivo e a criação do Fundo Soberano Brasil.
Boletim 40 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira encerrou 2007 com bons resultados, como crescimento do PIB de 5,4% e superávit na balança de pagamentos, porém o governo enfrenta desafios como a desaceleração da economia mundial e riscos inflacionários internos.
2) A inflação medida pelo IPCA atingiu 4,46% em 2007, dentro da meta de 4,5%, porém o Banco Central mostrou preocupação com o aumento no último trimestre, principalmente devido aos alimentos.
3) Apesar de alguns itens terem
Boletim 48 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento resume o desempenho da economia brasileira em 2012. Apesar das políticas econômicas expansionistas do governo para estimular o crescimento, o PIB cresceu apenas 0,9% em 2012, sustentado principalmente pelo consumo das famílias. A indústria e os investimentos tiveram queda. A política econômica enfrenta agora o desafio de estimular investimentos para gerar crescimento sustentável, sem causar aumento da inflação.
Boletim 42 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a inflação no Brasil no primeiro semestre de 2008 e as perspectivas para o restante do ano. Em três frases: A inflação permaneceu acima da meta no período devido principalmente ao aumento dos preços dos alimentos. O Banco Central manteve a política de aumentar os juros para controlar a inflação. Há incerteza sobre o crescimento da economia brasileira diante da desaceleração mundial e queda dos preços das commodities.
Boletim 31 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica do governo Lula e as perspectivas de crescimento da economia brasileira. Apesar de grandes superávits primários, o Brasil ainda tem déficit nominal devido aos altos juros. Além disso, a economia brasileira continua vulnerável a choques externos e os fundamentos para um crescimento sustentado não parecem sólidos.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2012 em relação ao trimestre anterior e 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados fracos da China e da Índia aumentaram o pessimismo nos mercados asiáticos. O dólar continuou em alta contra o real devido às preocupações com a economia mundial.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Boletim 40 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira encerrou 2007 com bons resultados, como crescimento do PIB de 5,4% e superávit na balança de pagamentos, porém o governo enfrenta desafios como a desaceleração da economia mundial e riscos inflacionários internos.
2) A inflação medida pelo IPCA atingiu 4,46% em 2007, dentro da meta de 4,5%, porém o Banco Central mostrou preocupação com o aumento no último trimestre, principalmente devido aos alimentos.
3) Apesar de alguns itens terem
Boletim 48 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento resume o desempenho da economia brasileira em 2012. Apesar das políticas econômicas expansionistas do governo para estimular o crescimento, o PIB cresceu apenas 0,9% em 2012, sustentado principalmente pelo consumo das famílias. A indústria e os investimentos tiveram queda. A política econômica enfrenta agora o desafio de estimular investimentos para gerar crescimento sustentável, sem causar aumento da inflação.
Boletim 42 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a inflação no Brasil no primeiro semestre de 2008 e as perspectivas para o restante do ano. Em três frases: A inflação permaneceu acima da meta no período devido principalmente ao aumento dos preços dos alimentos. O Banco Central manteve a política de aumentar os juros para controlar a inflação. Há incerteza sobre o crescimento da economia brasileira diante da desaceleração mundial e queda dos preços das commodities.
Boletim 31 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica do governo Lula e as perspectivas de crescimento da economia brasileira. Apesar de grandes superávits primários, o Brasil ainda tem déficit nominal devido aos altos juros. Além disso, a economia brasileira continua vulnerável a choques externos e os fundamentos para um crescimento sustentado não parecem sólidos.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2012 em relação ao trimestre anterior e 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados fracos da China e da Índia aumentaram o pessimismo nos mercados asiáticos. O dólar continuou em alta contra o real devido às preocupações com a economia mundial.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Boletim 51 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira apresentou desempenho fraco nos últimos anos com taxas negativas de crescimento do PIB nos dois primeiros trimestres de 2014, entrando em recessão técnica.
2) Após as eleições, o governo anunciou medidas de austeridade como aumento de juros e cortes de gastos para equilibrar as contas públicas, mas isso pode reduzir ainda mais o crescimento econômico.
3) Para conciliar crescimento econômico e programas sociais, o governo precisa reduzir
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
1. A economia mundial deve apresentar discreto aumento em 2013, com retomada gradual da Zona do Euro e sinais de reaquecimento dos EUA. O desemprego nos países avançados deve se manter elevado.
2. No Brasil, o PIB cresceu discretamente no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária. A inflação pressiona os juros para cima, enquanto o câmbio se desvaloriza. Há risco de déficit na balança comercial.
3. Em Pernambuco, o c
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
O documento discute as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. A economia brasileira está passando por um momento de estagflação com crescimento baixo e inflação elevada, enquanto os fundamentos macroeconômicos se deterioraram. A desaceleração chinesa e a queda nos preços das commodities também impactam negativamente o cenário.
Boletim 44 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica brasileira diante da crise internacional. A economia brasileira está enfrentando os efeitos da crise através da queda nas exportações, investimentos estrangeiros e aplicações financeiras. As medidas do governo para estimular o crédito e a demanda interna têm se mostrado insuficientes. A manutenção de altas taxas de juros e da meta fiscal limitam as ações anticíclicas do governo.
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
Boletim 27 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica do governo Lula em seu primeiro semestre, com foco na reforma da previdência e manutenção de políticas neoliberais. 2) Argumenta-se que as reformas visam entregar recursos aos mercados financeiros em vez de promover crescimento com justiça social. 3) Há críticas à política monetária restritiva e à obsessão com metas de inflação irrealistas.
A economia brasileira desacelerará em 2011, com crescimento do PIB projetado em 3,4%. A indústria enfrenta dificuldades com fraca demanda externa e perda de competitividade, levando a projeção de crescimento do PIB industrial para 2,2%. O mercado de trabalho está criando menos vagas em meio à desaceleração, porém os empregos criados tendem a ser mais formais.
Boletim 25 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento discute o impacto econômico das políticas neoliberais implementadas no Brasil entre 1995-2002 sob o governo FHC. Isso incluiu estagnação econômica, aumento da dívida externa e concentração de renda.
2. As taxas de desemprego e precarização do trabalho aumentaram consideravelmente nesse período devido às políticas de liberalização e controle da inflação.
3. A dívida interna brasileira cresceu aceleradamente para pagar os juros da dív
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
Boletim 39 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica brasileira no terceiro trimestre de 2007, que apresentou bons resultados como crescimento do PIB, investimento e emprego.
2) A inflação aumentou pontualmente em agosto, mas não compromete a meta de 4,5% para 2007.
3) As perspectivas de longo prazo trazem incertezas devido ao cenário externo, com riscos de recessão mundial afetando o Brasil.
CNI revisa previsões para cima e estima crescimento de 2,4% para a economia em 2013. Informe Conjuntural do terceiro trimestre prevê que investimentos aumentarão 8% e terão uma participação maior do que o consumo na expansão do PIB.
O documento resume as perspectivas econômicas do Brasil para 2016. A economia mundial deve crescer mais em 2016, porém a Europa terá crescimento baixo e a China desacelerará. No Brasil, a política econômica do primeiro mandato resultou em baixo crescimento, alta inflação e déficit fiscal. Em 2016, o ajuste fiscal continuará afetando a economia, com contração do PIB e inflação acima da meta, apesar de melhoras no setor externo. Mudanças estruturais no estado são necessárias para retomada sust
O documento analisa as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. Apresenta o cenário internacional de recuperação nas economias desenvolvidas e queda no preço do petróleo, e discute como isso impacta a economia brasileira, onde o modelo de crescimento baseado no consumo está esgotado e levou a desequilíbrios macroeconômicos.
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...Gabriel Morais
O documento descreve a política econômica adotada pelo governo Lula entre 2003-2010, comparando-a com a política anterior do governo FHC. No início, Lula adotou uma estratégia semelhante à de FHC, com foco em estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal. Porém, ao longo do tempo, o governo Lula implementou algumas mudanças e programas de distribuição de renda.
As perspectivas para 2014 serão balizadas, externamente, pela evolução da crise nas economias mais desenvolvidas, cuja profundidade e efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. No Brasil, estas perspectivas ainda serão condicionadas pela credibilidade da política econômica,
especialmente em um ano de eleições majoritárias. Além disso, é importante observar que a experiência brasileira, a partir de 2010, com uma "Nova Matriz Econômica" mostrou-se um fracasso
Não é hora de subir a taxa de juros
Neste trabalho, a Fiesp reúne argumentos que mostram que não há motivos para acréscimos na Selic.
Depecon/Fiesp
Departamento de Pesquisas e Estudos Econônicos
1) O PAC tem sido importante para o crescimento sustentável da economia brasileira, direcionando investimentos para setores como infraestrutura, energia e habitação.
2) A economia brasileira tem fundamentos sólidos com baixo endividamento público e reservas internacionais, posicionando o país melhor do que outros para enfrentar a crise internacional.
3) Embora a desaceleração global possa afetar as exportações, o mercado interno brasileiro tem impulsionado o crescimento, com a expansão do crédito e programas soc
Boletim 51 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira apresentou desempenho fraco nos últimos anos com taxas negativas de crescimento do PIB nos dois primeiros trimestres de 2014, entrando em recessão técnica.
2) Após as eleições, o governo anunciou medidas de austeridade como aumento de juros e cortes de gastos para equilibrar as contas públicas, mas isso pode reduzir ainda mais o crescimento econômico.
3) Para conciliar crescimento econômico e programas sociais, o governo precisa reduzir
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
1. A economia mundial deve apresentar discreto aumento em 2013, com retomada gradual da Zona do Euro e sinais de reaquecimento dos EUA. O desemprego nos países avançados deve se manter elevado.
2. No Brasil, o PIB cresceu discretamente no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária. A inflação pressiona os juros para cima, enquanto o câmbio se desvaloriza. Há risco de déficit na balança comercial.
3. Em Pernambuco, o c
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
O documento discute as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. A economia brasileira está passando por um momento de estagflação com crescimento baixo e inflação elevada, enquanto os fundamentos macroeconômicos se deterioraram. A desaceleração chinesa e a queda nos preços das commodities também impactam negativamente o cenário.
Boletim 44 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica brasileira diante da crise internacional. A economia brasileira está enfrentando os efeitos da crise através da queda nas exportações, investimentos estrangeiros e aplicações financeiras. As medidas do governo para estimular o crédito e a demanda interna têm se mostrado insuficientes. A manutenção de altas taxas de juros e da meta fiscal limitam as ações anticíclicas do governo.
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
Boletim 27 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica do governo Lula em seu primeiro semestre, com foco na reforma da previdência e manutenção de políticas neoliberais. 2) Argumenta-se que as reformas visam entregar recursos aos mercados financeiros em vez de promover crescimento com justiça social. 3) Há críticas à política monetária restritiva e à obsessão com metas de inflação irrealistas.
A economia brasileira desacelerará em 2011, com crescimento do PIB projetado em 3,4%. A indústria enfrenta dificuldades com fraca demanda externa e perda de competitividade, levando a projeção de crescimento do PIB industrial para 2,2%. O mercado de trabalho está criando menos vagas em meio à desaceleração, porém os empregos criados tendem a ser mais formais.
Boletim 25 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento discute o impacto econômico das políticas neoliberais implementadas no Brasil entre 1995-2002 sob o governo FHC. Isso incluiu estagnação econômica, aumento da dívida externa e concentração de renda.
2. As taxas de desemprego e precarização do trabalho aumentaram consideravelmente nesse período devido às políticas de liberalização e controle da inflação.
3. A dívida interna brasileira cresceu aceleradamente para pagar os juros da dív
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
Boletim 39 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica brasileira no terceiro trimestre de 2007, que apresentou bons resultados como crescimento do PIB, investimento e emprego.
2) A inflação aumentou pontualmente em agosto, mas não compromete a meta de 4,5% para 2007.
3) As perspectivas de longo prazo trazem incertezas devido ao cenário externo, com riscos de recessão mundial afetando o Brasil.
CNI revisa previsões para cima e estima crescimento de 2,4% para a economia em 2013. Informe Conjuntural do terceiro trimestre prevê que investimentos aumentarão 8% e terão uma participação maior do que o consumo na expansão do PIB.
O documento resume as perspectivas econômicas do Brasil para 2016. A economia mundial deve crescer mais em 2016, porém a Europa terá crescimento baixo e a China desacelerará. No Brasil, a política econômica do primeiro mandato resultou em baixo crescimento, alta inflação e déficit fiscal. Em 2016, o ajuste fiscal continuará afetando a economia, com contração do PIB e inflação acima da meta, apesar de melhoras no setor externo. Mudanças estruturais no estado são necessárias para retomada sust
O documento analisa as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. Apresenta o cenário internacional de recuperação nas economias desenvolvidas e queda no preço do petróleo, e discute como isso impacta a economia brasileira, onde o modelo de crescimento baseado no consumo está esgotado e levou a desequilíbrios macroeconômicos.
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...Gabriel Morais
O documento descreve a política econômica adotada pelo governo Lula entre 2003-2010, comparando-a com a política anterior do governo FHC. No início, Lula adotou uma estratégia semelhante à de FHC, com foco em estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal. Porém, ao longo do tempo, o governo Lula implementou algumas mudanças e programas de distribuição de renda.
As perspectivas para 2014 serão balizadas, externamente, pela evolução da crise nas economias mais desenvolvidas, cuja profundidade e efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. No Brasil, estas perspectivas ainda serão condicionadas pela credibilidade da política econômica,
especialmente em um ano de eleições majoritárias. Além disso, é importante observar que a experiência brasileira, a partir de 2010, com uma "Nova Matriz Econômica" mostrou-se um fracasso
Não é hora de subir a taxa de juros
Neste trabalho, a Fiesp reúne argumentos que mostram que não há motivos para acréscimos na Selic.
Depecon/Fiesp
Departamento de Pesquisas e Estudos Econônicos
1) O PAC tem sido importante para o crescimento sustentável da economia brasileira, direcionando investimentos para setores como infraestrutura, energia e habitação.
2) A economia brasileira tem fundamentos sólidos com baixo endividamento público e reservas internacionais, posicionando o país melhor do que outros para enfrentar a crise internacional.
3) Embora a desaceleração global possa afetar as exportações, o mercado interno brasileiro tem impulsionado o crescimento, com a expansão do crédito e programas soc
Boletim 35 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a conjuntura econômica brasileira no primeiro semestre de 2005. A política monetária manteve a taxa Selic em 19,75% para controlar a inflação, que apresentou deflação. A desaceleração da economia levou a queda nos preços de alimentos e combustíveis. Apesar de alguns indicadores positivos, a política cambial repressiva e taxas de juros altas continuam prejudicando a atividade produtiva.
O documento discute o Plano Brasil Maior 2011-2014 e o cenário econômico atual e futuro do Brasil. Ele destaca instrumentos como estímulos aos investimentos e à inovação, e analisa a desaceleração moderada esperada para a economia brasileira devido aos riscos da crise fiscal na Europa e da economia americana, com menor crescimento projetado para a indústria no Brasil.
Relatório de alocação março - macro vfEugenio Lysei
O relatório discute o cenário macroeconômico brasileiro e as perspectivas fiscais para 2015. Apesar de algumas medidas terem sido bem-sucedidas, o governo enfrenta desafios para cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB devido à dificuldade de aprovação no Congresso e riscos políticos. No entanto, espera-se uma gradual melhora do resultado fiscal ao longo do ano à medida que novas iniciativas sejam implementadas.
O documento discute as previsões econômicas para 2015 no Brasil e no mundo. No Brasil, espera-se um ano difícil devido ao aumento da dívida pública, baixo crescimento e necessidade de austeridade fiscal. Globalmente, alguns países terão recessão ou crescimento abaixo do esperado, apesar da recuperação dos EUA. No entanto, isso não significa uma nova crise econômica global em larga escala.
O documento analisa o desempenho econômico da América do Sul no primeiro trimestre de 2017, notando que houve sinais melhores do que o esperado, mas problemas estruturais permanecem. As perspectivas para o segundo trimestre são piores que as do primeiro, e instabilidades políticas adicionam viés negativo.
1) O documento discute a situação econômica brasileira e mundial pós-crise financeira global.
2) A economia brasileira está em forte recuperação impulsionada pelo consumo das famílias, mas há riscos fiscais e inflacionários.
3) A recuperação global é liderada por países emergentes como a China, enquanto as economias desenvolvidas crescem de forma frágil e o desemprego permanece alto.
O documento discute a conjuntura econômica brasileira e de Pernambuco em 2015. A economia brasileira entrou em recessão com queda no PIB, consumo e investimentos. A inflação e o déficit fiscal aumentaram. Em Pernambuco, houve desaceleração econômica com impactos na construção civil e comércio, e queda na produção industrial.
Boletim 54 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento analisa a situação econômica do Brasil no primeiro trimestre de 2016. Apesar de a queda do PIB ter sido menor do que o esperado, os indicadores sugerem que a economia continua em recessão. A política econômica do governo Temer tem se concentrado em cortes de gastos e aumento de impostos, medidas que podem agravar ainda mais a recessão ao invés de promover a retomada do crescimento.
O documento analisa a situação econômica do Brasil no primeiro trimestre de 2016. Apesar de a queda do PIB ter sido menor do que o esperado, os indicadores sugerem que a economia continua em recessão. O desemprego continua crescendo e não há sinais de que o consumo ou investimentos possam se recuperar em breve. Além disso, as políticas econômicas do governo Temer parecem estar focadas em ajustes fiscais recessivos em vez de estimular o crescimento.
Boletim 57 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa o desempenho da economia brasileira em 2017 e perspectivas para 2018, afirmando que houve uma saída da recessão mas com crescimento econômico fraco e estagnação esperada para os próximos anos.
2) A política econômica do governo Temer se concentrou em ajuste fiscal mas não implementou medidas para estimular o crescimento.
3) Os sinais de recuperação em 2017 se deveram a fatores pontuais como liberação de recursos do FGTS mas não são sustentáveis.
Boletim 50 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve o difícil cenário econômico do Brasil em 2014, com desaceleração do crescimento, inflação elevada, aumento das taxas de juros, deterioração das contas públicas, desvalorização cambial e déficit em transações correntes. O autor argumenta que a política econômica brasileira enfrentará limites para reverter este quadro desfavorável.
O documento analisa o mercado de turismo no Brasil. Discute o crescimento econômico robusto e os megaeventos esportivos como transformadores do turismo no país. Também aborda fatores como demografia, classe social, poder de compra e infraestrutura que impulsionam o desenvolvimento do setor turístico.
O documento analisa o mercado de turismo no Brasil. Discute o crescimento econômico robusto e os megaeventos esportivos como transformadores do turismo no país. Também aborda fatores como demografia, classe social, poder de compra e infraestrutura que impulsionam o desenvolvimento do setor turístico.
Slides de Análise de Conjuntura Econômica feitos pelo Grupo 3, composto pelos membros:
EDUARDO HENRIQUE PELLEGRINELLI SCARCELI
FELIPE SIGAUD
GUILHERME FERNANDES SILVA
ALAN JUNGERMAN CHUSID
GUSTAVO DE SAMPAIO LEITE RUIZ
PEDRO VAZ GUIMARAES MOREIRA
Boletim 52 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve a situação econômica do Brasil em 2014 e início de 2015. A economia brasileira estagnou em 2014 e apresentou piora em vários indicadores como inflação, contas públicas, conta externa e atividade industrial. Em 2015, o governo anunciou um ajuste fiscal, mas sem medidas para estimular o crescimento, o que pode aprofundar a recessão.
A economia brasileira cresceu nos últimos anos, mas enfrenta desafios com a crise global. Políticas públicas ajudaram a reduzir desigualdade e pobreza, mas medidas de estímulo foram necessárias. O pré-sal e grandes eventos esportivos trarão investimentos e desenvolvimento.
1) O documento discute a situação econômica atual no Brasil e globalmente, incluindo histórico e perspectivas para inflação, taxa de juros, taxa de desemprego e taxa de investimento.
2) A inflação no Brasil está alta, mas menor que nos EUA, graças à redução de impostos e ação mais rápida do Banco Central. A inflação global também está em alta.
3) A taxa Selic subiu para 13,75% ao ano para combater a inflação, e deve permanecer nesse nível até 2023.
Semelhante a Boletim 41 - Grupo de conjuntura econômica da UFES (20)
Boletim 36 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, processador mais rápido e bateria de maior duração. O dispositivo também inclui recursos adicionais como reconhecimento facial e carregamento sem fio. O lançamento está programado para o final deste ano com preços a partir de US$ 700.
Boletim 56 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento analisa a situação econômica do Brasil em 2017. Aponta que a crise brasileira vai além de uma crise econômica conjuntural e que o modelo político do país não apresenta mais saídas aceitáveis. Discute as reformas neoliberais implementadas desde os anos 1990 e seus resultados negativos. Também analisa as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Temer e seus possíveis impactos negativos.
Boletim 55 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a situação econômica brasileira sob o governo Temer, criticando a agenda neoliberal implementada.
2) A PEC 55, que estabelece um teto para gastos públicos por 20 anos, é vista como forma de subordinar o orçamento federal ao pagamento da dívida pública e cortar gastos sociais.
3) A política econômica de Temer é criticada por se concentrar apenas nos cortes de gastos sem estimular o crescimento ou investimentos.
Boletim 53 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira deve registrar uma queda de 3% a 3,5% no PIB em 2015, a maior desde 1990, devido ao ajuste fiscal implementado para resgatar a ortodoxia econômica.
2) O ajuste exige uma recessão para reduzir salários e gastos do governo, enfraquecendo os fatores que impulsionam o crescimento.
3) O foco no saneamento das contas públicas, em vez de estimular o investimento, torna improvável uma retomada rápida do crescimento.
Boletim 49 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa a política econômica do governo brasileiro e seus impactos na economia nos últimos anos.
2) A política econômica focada no consumo teve efeitos positivos inicialmente, mas falhou em estimular investimentos e reformas para um crescimento sustentável.
3) Isso levou a uma desaceleração da economia, aumento da inflação e deterioração das contas públicas e externas, forçando o governo a rever suas políticas.
Boletim 45 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a crise econômica global e seus impactos no Brasil, onde a atividade industrial registrou forte queda e há sinais de recuperação lenta.
2) Há exagero no otimismo do mercado brasileiro diante dos desafios internos e externos, com economias desenvolvidas enfrentando longa recessão.
3) O governo revisou projeções de inflação para baixo devido à retração da atividade e menor pressão dos alimentos, apesar da resistência dos preços de serviços.
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
Boletim 14 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, processador mais rápido e bateria de maior duração. O dispositivo também possui tela maior e armazenamento expansível, com preço sugerido a partir de $799. Analistas esperam que o aparelho ajude a empresa a aumentar sua participação no competitivo mercado de smartphones.
Boletim 11 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto revolucionário que combina hardware, software e serviços em nuvem. O dispositivo permite que os usuários acessem aplicativos e armazenem dados na nuvem de forma segura e conveniente. Analistas acreditam que o produto pode ser um sucesso se for fácil de usar e oferecer valor para os consumidores.
Boletim 13 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem o conteúdo ativamente e removessem rapidamente qualquer conteúdo considerado falso ou enganoso que possa prejudicar a saúde pública ou a segurança. Algumas organizações de defesa da liberdade de expressão temem que as novas regras possam limitar a liberdade de expressão e o debate político.
Boletim 10 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A União Europeia está preocupada com o impacto ambiental do plástico descartável e planeja proibir itens como canudos, talheres e pratos até 2021. A proibição visa reduzir a poluição plástica nos oceanos e promover alternativas mais sustentáveis. Os países da UE terão até dois anos para implementar as novas diretrizes após a aprovação final da legislação.
Boletim 09 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A empresa de tecnologia anunciou um novo sistema operacional para computadores pessoais. O novo sistema operacional tem um design modernizado e recursos aprimorados de segurança e privacidade para proteger os usuários. O lançamento do novo sistema operacional está programado para o final deste ano.
Boletim 08 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A União Europeia está preocupada com o aumento da desinformação online e propôs novas regras para combater as notícias falsas. As novas regras exigiriam que as plataformas de mídia social monitorassem melhor o conteúdo, aumentassem a transparência da publicidade política e fornecessem ferramentas para os usuários denunciarem conteúdo falso. A proposta está sujeita a debates e pode ser alterada antes de ser implementada.
Boletim 36 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
A União Europeia está considerando novas regras para regular as grandes empresas de tecnologia. As propostas incluem exigir que as plataformas de mídia social forneçam mais transparência sobre como seus algoritmos funcionam e como eles recomendam conteúdo para os usuários. As novas regras também visam impedir que as grandes empresas de tecnologia abusem de seu poder de mercado e tratem de forma desigual as empresas menores.
Boletim 34 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. A produção industrial brasileira apresentou desaceleração no primeiro trimestre de 2005, com taxas de crescimento menores que nos trimestres anteriores.
2. A composição do crescimento mostra que os bens não-duráveis ainda se beneficiam do impulso de 2004, enquanto bens de capital e duráveis já acusam desaceleração.
3. A política econômica brasileira, com sua ênfase na estabilidade monetária por meio de altas taxas de juros, tem dificultado a sustentação de um c
Boletim 34 - Grupo de conjuntura econômica da UFES
Boletim 41 - Grupo de conjuntura econômica da UFES
1. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 01
APRESENTAÇÃO
O desempenho da economia brasileira, Ainda na parte fiscal, o governo
no primeiro trimestre de 2008, não a n u n c i o u a P o l í t i c a d e
manteve o ritmo apresentado no Desenvolvimento Produtivo, que visa
último ano. A produção industrial incentivar a indústria nacional, e a
cresceu (os dados do PIB ainda não criação do Fundo Soberano Brasil, com
foram divulgados pelo IBGE), mas ao o objetivo de adquirir divisas externas
menor ritmo desde o segundo para financiar empresas brasileiras no
trimestre de 2006. Embora o exterior.
rendimento médio real do trabalhador As principais críticas ao Fundo estão
tenha crescido, segundo o IBGE, ligadas a sua forma de financiamento,
também foi registrado aumento na via aumento do superávit primário.
taxa de desemprego. Segundo os analistas, os recursos
O aumento dos preços dos alimentos adicionais obtidos com este aumento
no mercado internacional - que deveriam ser destinados ao
resultou no aumento da inflação pagamento da dívida, para reduzir o
mundial e agravou a fome nos países seu custo e, com isso, a taxa de juros
em desenvolvimento, com destaque do mercado. Sem enveredar pelo
para a África - também teve reflexos no caminho da crítica do pensamento
Brasil, com aumento dos índices de único, outra visão desse fundo é de que
preço. Em virtude do aumento do ele viria como uma forma de política
Índice de Preços ao Consumidor Amplo industrial aliada a um melhoramento
e das expectativas de inflação, em dos índices fiscais do governo. Assim, o
abril, o Comitê de Política Monetária alto custo do Fundo poderia ser aceito
elevou a taxa de juros em 0,5 ponto se o retorno no futuro compensasse o
percentual, o que rendeu ao país a sacrifício atual. No entanto, sem
primeira posição no ranking das diretrizes claras de como o dinheiro
maiores taxas reais de juros do mundo. será aplicado, o resultado poderá ser
O tão esperado e perseguindo grau de apenas um aumento da dívida pública
investimento foi alcançado pelo Brasil, b ra s i l e i ra a c o m p a n h a d a d a s
e a preocupação agora é com suas tradicionais conseqüências: aumento
conseqüências sobre a taxa de câmbio dos impostos e política fiscal
e as já deficitárias transações contracionista para equilibrar as contas
correntes, como será analisado na e manter a estabilidade da economia.
seção de Política econômica. Nesse sentido, os tradicionais e
No plano fiscal, a política ortodoxa se necessários investimentos em infra-
manteve com aumento do superávit estrutura, saúde e educação poderão
primário e redução da dívida líquida do mais uma vez ficar em segundo plano.
setor público como proporção do PIB.
2. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 02
1. POLÍTICA ECONÔMICA
O fato de ter se tornado credor líquido de que esse possa chegar a mais de
do resto do mundo e de ter recebido, US$ 20 bilhões. Isso pode não ser
pouco tempo depois, o selo de problema para um país que conta, na
qualidade de “grau de investimento” (a atualidade, com reservas próximas de
benção do capital financeiro como país US$ 200 bilhões, mas a crescente
responsável para merecer melhor perda de competitividade do setor
tratamento do capital externo), o exportador, que deve continuar
B ra s i l v i u a m p l i a r e m - s e a s avançando com a apreciação do Real,
oportunidades para reforçar seu indica riscos crescentes para que se
processo de integração no capitalismo desfaça essa situação confortável.
globalizado, acompanhadas, no Maior entrada de dólares significa,
entanto, do aguçamento de vários também, aumento do custo fiscal, um
problemas enfrentados pela economia quesito em que o país ainda não
brasileira, num contexto das fortes convenceu as demais agências de
intempéries que minam a economia rating de ser confiável. Como a inflação
mundial. mundial de alimentos e de outras
É neste quadro, mesclado de commodities não dá mostras de
oportunidades e desafios, que a reversão e o Banco Central, pelo que
política econômica vem se movendo tudo indica, deve continuar
em busca de melhores alternativas aumentando a taxa SELIC este ano
para evitar que o cobiçado título de para conter as pressões inflacionárias,
“investiment grade” não se transforme que têm progressivamente se
em algoz do setor produtivo e em acentuado, fortalecem-se os
adubo poderoso do retorno da elementos de deterioração das contas
vulnerabilidade externa da economia. públicas, com o maior peso dos
Não são pequenos os riscos de que isso encargos da dívida no orçamento, a
ocorra. par dos prejuízos provocados pela alta
Com a moeda nacional superapreciada dos juros sobre o consumo e os
em relação ao dólar, caso se confirme a investimentos.
intensificação do fluxo de capitais Foi para dar respostas a essas
externos para o país decorrente do questões que o governo anunciou, nas
novo status a ele conferido, serão últimas semanas, a criação de dois
inevitáveis os prejuízos causados para i n s t r u m e n t o s : a Po l í t i c a d e
as contas externas: até a 3ª semana Desenvolvimento Produtivo (PDP),
do mês de maio, o saldo da balança uma política que, divulgada com
comercial apresentou declínio de 55% pompa pelo governo como capaz de
em relação ao mesmo período do ano oxigenar a produção e as exportações,
passado e, como as despesas com não foi bem recebida pelos
serviços e rendas vêm crescendo empresários que nela não viram mais
rapidamente, a balança de transações do que “um aglomerado de medidas
correntes já acusava um déficit de US$ fiscais, bem intencionadas, mas
9,5 bilhões no acumulado de doze pontuais, associado a um pequeno
meses até março, existindo projeções alívio nos juros do BNDES e a uma
3. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 03
junção, para efeito de marketing, de gastos do governo em consumo e em
orçamentos estatais preexistentes”; e investimentos, mantendo precárias as
o Fundo Soberano, a ser financiado condições da infra-estrutura
com o aumento do superávit primário econômica.
de 0,5% do PIB, recursos que deverão Por enquanto, o selo de qualidade do
ser aplicados na aquisição da moeda grau de investimento ampliou as
estrangeira, visando conter a oportunidades para garantir aplicações
supervalorização da moeda nacional e mais seguras para o capital externo,
supostamente financiar empresas mas aguçando problemas da economia
brasileiras no exterior. Instrumento brasileira que, tudo indica, dificilmente
também voltado para desestimular a encontrarão respostas satisfatórias
elevação dos juros pelo Banco Central, nos desenhos dos instrumentos
o que não deve ocorrer, implica elevado anunciados.
custo fiscal e enfraquecimento dos
2. INFLAÇÃO
A inflação, mais uma vez, chamou a imobiliário, investidores estão fugindo
atenção da mídia. A preocupação para papéis cuja valorização esteja
reside em especial na alta dos preços mais segura. O resultado é a
dos alimentos, este um fenômeno especulação com os mecanismos de
mundial e fruto da conjunção de hedge relacionados a commodities,
diversos fatores. incluídas as commodities agrícolas,
O primeiro fato que explica a alta dos ajudando a elevar as cotações
alimentos é a diminuição da oferta, internacionais de alimentos.
resultado de quebra de algumas safras Um quarto e último motivo, tomado
ao redor do mundo. Alguns países já como o mais polêmico, é a elevação da
adotaram, inclusive, restrições para as demanda por alimentos devido ao
exportações para proteger o aumento de renda da população.
abastecimento interno, como o trigo Nesse caso seria a população de renda
na Argentina e o arroz na Ásia. No mais baixa, cujo aumento de renda é
Brasil, o governo chegou a cogitar que quase todo revertido para melhorar a
não irá exportar as reservas públicas alimentação.
de arroz com o mesmo objetivo. Com essa elevação de preços de
Outro motivo também está ligado à alimentos em todo o mundo, houve
diminuição da oferta, mas neste caso, várias revoltas por parte das
à oferta para a alimentação humana. populações de países pobres. São
Parte da produção de grãos está sendo países que, com a liberalização do
destinada para a produção de comércio mundial, tiveram sua
biocombustíveis, principalmente nos estrutura de produção agrícola interna
EUA e na Europa. desarticulada. E agora, diante da
Um terceiro motivo está relacionado à incapacidade de importar alimentos do
crise financeira iniciada nos EUA no restante do mundo, e com os preços de
ano passado. Com a queda de preço insumos agrícolas também se
nos ativos financeiros ligados ao setor elevando, não têm capacidade de
4. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 04
atender a sua demanda interna de taxa básica de juros da economia, de
alimentos. 11,25% para 11,75% ao ano.
No Brasil, o IPCA, índice divulgado A maior contribuição para esse
pelo IBGE, registrou aumento de aumento do IPCA veio do item
0,54%, 0,49% e 0,48% nos meses de Alimentos e Bebidas, com inflação
janeiro, fevereiro e março, acumulada de 11,22% nos últimos 12
respectivamente. No acumulado nos meses. Excluindo este item do núcleo
últimos 12 meses, o índice utilizado do IPCA, a inflação acumulada estaria
para o regime de metas de inflação próxima do piso do regime de metas de
atingiu 4,73%, acima do centro da inflação, que para esse ano foi
meta que é de 4,5%. Isto está estipulado em 2,5%. Assim, a inflação
diretamente ligado à decisão do no Brasil trata-se mais de variação da
COPOM, que na ata relacionada à sua estrutura de preços que uma alta
134ª reunião, realizada nos dias 15 e generalizada.
16 de abril, declarou que “considera O INPC, índice divulgado pelo IBGE
que se elevou a probabilidade de que para faixas de renda entre 1 e 3 salários
pressões inflacionárias inicialmente mínimos, registrou aumentos de
localizadas venham a apresentar 0,69% em janeiro, 0,48% em fevereiro
riscos para a trajetória da inflação e 0,51% em março, com um acumulado
doméstica”. Assim, elevou a SELIC, nos últimos 12 meses de 5,50%, acima
Tabela 2.1 – Índices de preços (%)
Indicadores Jan/08 Fev/08 Mar/08
Acumulado
no ano
Acumulado
nos últimos 12
meses
IPCA 0,54 0,49 0,48 1,52 4,73
INPC 0,69 0,48 0,51 1,69 5,50
IPC-FIPE 0,52 0,19 0,31 1,02 4,29
ICV-DIEESE 0,88 -0,03 0,45 1,31 4,69
IGP-DI 0,99 0,38 0,70 2,08 9,18
IGP-M 1,09 0,53 0,74 2,38 9,09
Fonte: IBGE, FIPE e DIEESE
O IGP-M (Índice Geral de Preços – em janeiro para 0,26% em fevereiro. A
Mercado) fechou o mês de janeiro em principal contribuição veio do grupo
1,09%. Esta menor taxa de inflação, Alimentação, que em janeiro registrou
em relação a dezembro, deveu-se alta de 2,25%, e em fevereiro alta de
principalmente à queda de 1,12 ponto apenas 0,21%. No mês de março, o
percentual do IPA (Índice de Preços IGP-M apresentou uma pequena alta,
por Atacado), que representa 60% do fechando em 0,74%. O IPA-M foi o
índice. Em fevereiro, o IGP-M recuou componente que mais se destacou,
ainda mais, para 0,53%. Novamente, fechando o mês em 0,96%, devido aos
o IPA-M teve papel importante no produtos agrícolas, que aumentaram
resultado, com alta de 0,64% ante a 1,16% ante 0,73% em fevereiro. No
alta apresentada em janeiro de primeiro trimestre deste ano a alta do
1,24%. O IPC-M (Índice de Preços ao IGP-M é 2,38%, enquanto que no
Consumidor), que representa 30% do acumulado dos últimos 12 meses o
IGP-M, também colaborou para o valor chega a 9,09%.
resultado observado, saindo de 0,98% O IGP-DI (Índice Geral de Preços –
5. Vitória/ES - Boletim Nº 41 - 05
Tabela 2.2 – Decomposição do IPCA
IPCA Jan/08 Fev/08 Mar/08
Acumulado nos
últimos 12 meses
Índice geral 0,54 0,49 0,48 4,73
Alimentos e bebidas 1,52 0,60 0,89 11,22
Habitação 0,16 0,20 0,65 2,26
Artigos de residência 0,16 -0,11 -0,38 -2,24
Vestuário -0,08 -0,54 0,75 4,37
Transportes 0,40 0,06 0,42 2,05
Saúde e cuidados pessoais 0,41 0,44 0,50 4,63
Despesas pessoais 0,54 0,54 0,09 6,14
Educação, leitura e papelaria 0,20 3,47 0,24 4,52
Comunicação -0,03 0,22 0,03 1,11
Fonte: IBGE
Disponibilidade Interna), que difere do do IPC - de 0,97% para 0,00%. A
IGP-M no que tange o período de coleta variação nula do IPC deve-se,
dos dados, fechou o mês de janeiro em principalmente, à queda no grupo
0,99%. O IPA-DI e IPC, que juntos Alimentação (2,10% para 0,38%) e no
correspondem a 90% do IGP-DI, grupo Educação, Leitura e Recreação
apresentaram os maiores recuos em (2,52% para 0,32%). No mês de
relação a dezembro, fechando em março, o IGP-DI expandiu-se para
0,59% e 0,70%, respectivamente. A 0,70%, contrariando o movimento de
desaceleração do IPA deve-se, em recuo dos períodos anteriores. O IPA-
grande parte, aos produtos agrícolas – DI foi o componente que apresentou
que recuaram de 4,27% para 1,60% – maior elevação no período, passando
e aos produtos industriais – que saíram de 0,64% em fevereiro para 0,96% em
de um acréscimo de 1,01% para março. No trimestre, o IGP-DI
0,88%. Em fevereiro, o IGP-DI acumula alta de 2,08%, enquanto que
manteve a trajetória de queda, nos últimos 12 meses a alta dos preços
recuando para 0,38%, com forte chega a 9,18%, capitaneada pelo IPA-
queda do IPA-DI - de 1,08%, em DI, que acumula alta de 11,38%.
janeiro, para 0,52%, em fevereiro - e
Tabela2.3- Componentes doIGP-DI (em%)
Indicadores Jan./08 Fev./08 Mar./08 Acumulado
Ano
Acumulado
12meses
IGP-DI 0,99 0,38 0,70 2,08 9,18
INCC 0,38 0,40 0,66 1,44 6,70
IPA-DI 1,08 0,52 0,80 2,41 11,38
IPC 0,97 0,00 0,45 1,42 4,51
Fonte:FGV
Em janeiro o grupo de alimentos que S o c i o e c o n ô m i c o s . A s m a i s
compõe a cesta básica subiu em 15 significativas ocorreram em Salvador e
das 16 capitais pesquisadas pelo B r a s í l i a , 9 , 0 1 % e 8 , 2 6 %
DIEESE – Departamento Intersindical r e s p e c t i va m e n t e . S ã o Pa u l o
d e E s t a t í s t i c a s e E s t u d o s novamente registrou a cesta mais cara
6. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 06
do país R$ 229,09, e em Vitória o preço 11,30%. O feijão, cuja variação anual
chegou a R$ 198,54. Entre os produtos chegou a 251,31%, em Fortaleza, em
que apresentaram alta no período, fevereiro apresentou queda em 6 das
destacaram-se o feijão, o tomate e a 16 capitais pesquisadas, devido ao
banana. O feijão registrou forte alta início da safra. A maior retração foi
principalmente em Salvador, 64,48%, registrada em Goiânia, -17,13 %.
seguido por Rio de Janeiro, 25,42%. A No mês de março, os produtos da cesta
alta no tomate chegou a 75,91% no básica voltaram a apresentar
Rio de Janeiro, 74,11%, em Belo comportamento altista. O valor da
Horizonte, e 61,54%, em Vitória. cesta aumentou em 11 das 16 capitais,
Apenas Aracaju obteve recuo de - e a cidade do Rio de Janeiro e de Vitória
11,50%. No caso da banana, as altas apresentaram as taxas mais
mais significativas ocorreram em expressivas, 5,32% e 4,50%,
Curitiba, 32,97%, e Vitória, 32,58%. A respectivamente. A capital paulista
carne destacou-se pelo recuo, sendo o continuou no topo, com o preço de R$
maior deles em Aracaju, -6,83%, 223,94. Já na capital capixaba o preço
seguido por Florianópolis, Belo foi de R$ 206,80. A carne teve recuos
Horizonte, Curitiba e Goiânia. mais expressivos em Brasília, -5,44%,
Em fevereiro, o preço da cesta básica, Curitiba, -4,51% e Vitória, -4,18%. Já
que vinha aumentando a cada mês, o feijão, registrou queda em 11
apresentou recuo em 11 das 16 capitais, sendo em Recife a maior
capitais. Goiânia e Belo Horizonte delas, -19,60%. O produto que vinha
apresentaram as maiores quedas, - de sucessivas altas, começou a recua,
5,16%, -4,78%, respectivamente. devido ao inicio da colheita, que estava
São Paulo registrou novamente a cesta atrasada 2 meses. Dentre os itens com
mais cara, R$ 226,20, e em Vitória alta, o óleo de soja, registrou aumento
houve queda de -0,32%, atingindo o nas 16 capitais pesquisadas. Salvador
valor de R$ 197,90. Entre os produtos apresentou a maior taxa, 31,85%. O
q u e a p r e s e n t a r a m q u e d a , preço do pão também aumentou: das
destacaram-se a carne e a banana. A 14 capitais que apresentaram tal
carne apresentou queda em 12 comportamento, Recife e João Pessoa
capitais e as mais expressivas destacaram-se com, 13,15%, e,
ocorreram em Belo Horizonte, - 10,12%. O tomate registrou fortes
9,50%, e Aracaju, -7,31%. A queda de altas principalmente em Florianópolis,
preço reflete a maior oferta do produto 64,54%, Curitiba, 44,53%, e no Rio de
no mercado interno. Como a carne é o Janeiro, 42,44%.
produto de maior peso na cesta básica, No trimestre, houve queda no preço da
essa variação negativa no seu preço cesta básica em 9 das 16 capitais
contrabalançou o aumento dos vários p e s q u i s a d a s . C o m o d i t o
produtos ocasionados pela crise anteriormente, as reduções no preço
mundial de alimentos. A banana da carne, cujo montante despendido
registrou queda em 10 capitais, as equivale em média a 30% do valor
mais significativas ocorreram em Belo total da cesta, contribuíram
Horizonte, -12,31%, e Natal, - substancialmente para esse resultado.
7. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 07
Tabela 2.4 – Preço médio da cesta básica – R$ correntes
Fonte: DIEESE
Capital Jan/08 Fev/08 Mar/08 Var.(%)
Aracaju 168,67 165,35 168,22 -0,27
Belém 192,81 191,43 190,41 -1,24
Belo Horizonte 216,78 206,42 213,48 -1,52
Brasília 209,20 208,74 200,83 -4,00
Curitiba 197,77 196,50 196,98 -0,40
Florianópolis 196,40 193,97 202,46 3,09
Fortaleza 164,69 171,94 175,11 6,33
Goiânia 195,13 185,06 189,94 -2,66
João Pessoa 159,80 169,88 169,85 6,29
Natal 172,05 176,74 180,48 4,90
Porto Alegre 214,27 214,65 216,12 0,86
Recife 166,90 172,03 166,13 -0,46
Rio de Janeiro 206,22 203,82 214,66 4,09
Salvador 173,01 167,77 171,37 -0,95
São Paulo 229,09 226,20 223,94 -2,25
Vitória 198,54 197,90 206,80 4,16
Apesar de apresentar redução no mesmos alcancem 0,65% do PIB,
ritmo de crescimento, a indústria gerar empregos e consolidar pólos
brasileira encerra o primeiro trimestre industriais, estimular uma ampliação
de 2008 novamente com resultados de 10% no número de micro e
positivos e com o anúncio, por parte do pequenas empresas exportadoras,
g o v e r n o , d a P o l í t i c a d e entre outros. As medidas atuarão no
Desenvolvimento Produtivo, programa sentido de aumentar a relação entre
lançado no dia 12 de maio do corrente, investimento fixo e PIB dos atuais
composto por um conjunto de medidas 17,6% para 21% até 2010, além de
que têm a finalidade de incentivar a ampliar a participação do Brasil no
indústria nacional. Sob a forma de uma conjunto das exportações mundiais de
política industrial, o projeto pretende, 1,18%, registrados em 2007, para
por meio do investimento de 1,25% durante o mesmo período.
aproximadamente 41,2 bilhões de A nova política industrial do governo
reais, a serem gastos até 2010, vem apoiada em uma desoneração
alcançar objetivos como quadruplicar fiscal de R$ 21,4 bilhões e uma série de
a exportação brasileira de software, ações da parte do BNDES, como
atrair fábricas de semicondutores ao redução de spread, ampliação de
país, fomentar gastos com pesquisa e prazos de financiamento e créditos
desenvolvimento de forma que os e s p e c i a i s p a r a p e s q u i s a e
3. NÍVEL DE ATIVIDADE
8. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 08
desenvolvimento, todas com claro exterior. Porém, o espectro do grau de
direcionamento no sentido de investimento das agências de
compensar parcialmente as perdas classificação de risco, a ampliação da
acumuladas pelos exportadores com a diferença entre os juros brasileiro e
valorização do real. Segundo Luciano americano e a continuidade dos
Coutinho, presidente do BNDES, a investimentos estrangeiros apontam
instituição necessitará de uma forte para uma manutenção da apreciação
capitalização para dar sustentação ao do câmbio, principal entrave para o
volume total de desembolso previsto crescimento do setor industrial
pelo banco para os próximos três anos, segundo a CNI (Confederação
que ultrapassa a casa dos 300 bilhões Nacional da Indústria). Assim, o
de reais. Neste total estaria incluída crescimento das importações acaba
uma soma de recursos do PAC substituindo fatia importante da
(Programa de Aceleração do produção doméstica, o que se reflete
Crescimento), algo em torno de 110 negativamente na indústria brasileira.
bilhões de reais, já compromissados a Acerca dos resultados apresentados
serem gastos em obras de infra- pelo IBGE, a produção industrial no
estrutura. Brasil cresceu 6,3% no primeiro
Vale lembrar que estas recentes ações trimestre de 2008 quando comparado
chegam no momento em que o ao mesmo período do ano passado,
Governo estuda a criação e porém, apesar disso, quebrou uma
operacionalização de um fundo série de taxas de crescimento
soberano do Brasil a ser aplicado, crescentes que já vinha desde o
segundo o Ministro da Fazenda Guido primeiro trimestre de 2007 (tabela
Mantega, no sentido de fomentar a 3.1).
atividade de empresas brasileiras no
Tabela 3.1 - Produção Física Industrial por Categorias de Uso (Variação % acumulada em
relação a igual período do ano anterior)
Atividade / Trimestre
Trimestre
I/07
Trimestre
II/07
Trimestre
III/07
Trimestre
IV/07
Trimestre
I/08
Indústria Geral 3,80 5,80 6,30 7,90 6,30
Bens de Capital 14,80 18,40 20,10 24,00 17,10
Bens Intermediários 3,80 4,50 4,20 6,80 6,00
Bens de Consumo 2,30 6,40 13,80 13,40 13,60
Bens de Consumo Semi e Não Duráveis 1,20 4,50 3,40 4,10 1,20
Fonte: IBGE - Pesquisa da Indústria Mensal Produção Física
Em nota, o IBGE afirma que “os índices pode ser obtida na comparação entre
de março revelaram um quadro trimestres imediatamente anteriores
positivo da atividade fabril, porém quando tomados desde o segundo
marcado por um menor ritmo de trimestre de 2006, apresentada no
crescimento”. Semelhante conclusã gráfico 3.1, no qual se observa a forte
9. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 09
Grá fico 3.1 - Prod ução Industria l Brasil - indicad or trim estra l ( variação % trime stre/ trim estre
ime diatam ente ante rio r)
Fonte: IBG E
queda no ritmo de crescimento do 0,5% para 5,9%. Mesmo no resultado
setor industrial brasileiro. Vale acumulado nos últimos doze meses, o
salientar que tal desaceleração foi período que se encerra em março
observada em todas as categorias de também registra queda no ritmo de
uso, com exceção de bens de consumo expansão, 6,6%, frente aos 6,9%
duráveis, que registrou grande registrados até fevereiro.
expansão na taxa de crescimento, de
O crescimento de 6,3% no primeiro primeiro trimestre do ano” afirmou o
trimestre de 2008, em relação a igual economista da CNI, Flávio Castelo
período de 2007, atingiu 20 dos 27 Branco. Outros destaques positivos
ramos da indústria pesquisados. Na relevantes vieram de Equipamentos de
análise por atividades industriais instrumentação médico-hospitalar,
(tabela 3.2), destacam-se Outros ópticos e outros (14,2%), Máquinas e
equipamentos de transporte, equipamentos (11,4%), Material
segmento que registrou crescimento eletrônico e equipamentos de
de 27,3% no acumulado de janeiro a comunicações (10,2%), Produtos
março de 2008, quando comparado a químicos (9,5%), Máquinas, aparelhos
igual período de 2007; Veículos e materiais elétricos (8,4%), Borracha
a u t o m o t o r e s ( e m e s p e c i a l , e Plástico (8,0%). Dos sete ramos que
automóveis e caminhões, segundo o registraram queda no período
IBGE), com um crescimento de analisado, os de maior impacto
19,4%; e Metalurgia básica (7,8%). negativo foram Máquinas para
Juntos estes três setores responderam escritório e equipamentos de
por 64% da expansão das vendas na informática (-12,0%), Fumo (-10,0%)
indústria, representando “os motores e Farmacêutica (-4,9%).
do crescimento industrial neste
10. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 10
O otimismo e o índice de confiança trabalhadas (6,0%), do nível de
do empresariado industrial emprego industrial (4,9%) e dos
brasileiro aumentaram pelo quarto salários pagos pelo setor (6,8%),
trimestre consecutivo, atingindo, r e s u l t a d o s q u e , j u n t o s ,
em abril, o maior nível desde representam um dos melhores
janeiro de 2005, foi o que concluiu desempenhos desde 2004, ano em
a Confederação Nacional da que se observou uma considerável
Indústria (CNI). Corroboraram expansão econômica.
nesse sentido, o crescimento do Apesar disso, o aumento da
Faturamento real do setor p r o d u ç ã o p a r e c e n ã o t e r
industrial (7,6%), das horas pressionado muito a utilização da
Tabela 3.2 - Produção F ísica Industrial por Ativ idades (Variação % acumulada em relação à
igual período do ano anterior)
Nº Ativ idade / Mês Dez/07 Jan/08 Fev /08 Mar/08
1 Indústria G eral 6 ,01 8,68 9,17 6,30
2 Indústrias Extrativas 5 ,87 7,72 8,47 6,52
3 Indústria de Transformação 6 ,02 8,74 9,22 6,29
3.1 Alimentos 2 ,55 4,49 5,21 2,51
3.2 Bebidas 5 ,37 7,32 4,26 0,51
3.3 Fumo -8,14 -1,02 -2,43 -9,9 7
3.4 Têxtil 3 ,82 0,53 3,24 0,83
3.5 Vestuário e acessórios 5 ,10 15,83 1 1,2 5 7,71
3.6 Calçados e artigos de couro -2,24 -0,34 2,12 -0,0 4
3.7 Madeira -2,89 -3,49 -1,71 -2,5 1
3.8 Celulose, papel e produtos de papel 0 ,76 3,60 6,26 5,41
3.9 Edição, impressão e reprodução de gravações -0,22 -1,85 0,07 0,93
3.10 Refino de petróleo e álcool 3 ,05 8,03 7,52 1,64
3.11 Farmacêutica 1 ,91 14,20 -6,40 -4,8 7
3.12 Perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza 5 ,07 0,83 2,12 -1,8 6
3.13 Outros produ tos químicos 5 ,65 13,05 1 2,8 4 9,45
3.14 Borracha e plástico 5 ,88 10,78 1 1,4 5 7,95
3.15 Minerais não metálicos 5 ,26 10,90 8,97 7,01
3.16 Metalurg ia básica 6 ,75 6,59 9,02 7,76
3.17 Produtos de metal - exclusive máquinas e equipamen tos 5 ,79 11,23 1 0,3 4 5,97
3.18 Máquinas e equipamentos 17,72 9,82 1 4,3 1 11,40
3.19 Máquinas para escritório e equips. de informática 14,41 -10,90 -9,16 -12,05
3.20 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 13,98 8,63 1 1,5 4 8,43
3.21 Material eletrônico, aparelhos e equips. de comunicações -1,06 5,11 1 2,2 3 10,20
3.22 Equip. de inst rumentação. médico-hospitalar, ópticos e outros 3 ,81 23,95 1 7,7 5 14,19
3.23 Veículos automotores 15,00 24,03 2 4,3 4 19,35
3.24 Outros equipamentos de transporte 13,94 25,58 3 0,1 7 27,31
3.25 Mobiliário 7 ,43 12,40 1 2,0 8 4,09
3.26 D iversos -1,64 -2,23 -1,54 -4,1 9
Fonte: IBGE / Sidra - Pesquisa da Indústria Mensal Produção Física
11. Vitória/ES - Boletim Nº.40 - 11
capacidade instalada da indústria, que crescimento de 12% das vendas em
se elevou apenas 0,1 p.p. em março, relação ao mesmo período do ano
quando comparado a fevereiro de anterior (tabela 3.6). Este resultado
2008, passando de 83% para 83,1%, superou não só a variação do último
respectivamente. Já em relação ao trimestre de 2007, 9,6%, como
mesmo mês de 2007, quando a também todas as variações trimestrais
capacidade utilizada estava em 82%, desde o início da série histórica de
m a r ç o d e 2 0 0 8 a p r e s e n t o u Pesquisa Mensal do Comércio (PMC),
crescimento de 1,1p.p. Segundo a do IBGE, iniciada no primeiro trimestre
CNI, “a forte atividade não elevou de 2001. A última expansão desta
consideravelmente o uso do parque natureza ocorreu no segundo trimestre
fabril porque houve maturação dos de 2004, com a variação de 11,3%. As
investimentos e ampliação da taxas mês a mês, com ajuste sazonal,
capacidade produtiva”. de janeiro, fevereiro e março foram
Comércio respectivamente 1,8%, -0,7%, 1,8%,
No primeiro trimestre de 2008 o e o crescimento acumulado nos
comércio varejista do país registrou últimos doze meses alcançou 10,2%.
Tabela 3.3 – Volume de vendas no varejo por atividade (variação real% mês amês)
Atividades Jan/08* Fev/08* Mar/08* Trimestre**
Acumulado
12 Meses**
Comércio Varejista 1,8 -0,7 1,8 12,0 10,2
Combustíveis e Lubrificantes 1,2 2,3 1,7 5,3 5,2
Hiper., Super., Alim., Beb. E Fumo 0,8 -2,8 3,3 8,9 6,9
Supermercados e Hipermercados 1,6 -2,1 0,9 8,5 6,9
Tecidos, vestuário e calçados 3,7 -4,6 6,1 13,3 11,9
Móveis e eletrodomésticos 10,5 1,9 1,6 17,3 14,9
Outros artigos de uso pessoal e doméstico 8,2 1,1 -2,1 26,9 23,9
Comércio Varejista Ampliado 3,8 1,2 1,4 14,8 14,3
Veículos, motos, partes e peças 3,8 5,2 0,2 21,4 23,4
Material de Construção 2,9 3,1 1,2 10,9 11,9
Fonte: Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE).
*variação percentual real mês/mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal.
**variação percentual em relação a igual período do ano anterior.
Na comparação do primeiro trimestre volume de vendas neste trimestre. No
de 2008 com o mesmo período de mês de março, atingiu 9,7% no
2007, todas as atividades do varejo indicador mensal (em relação ao
apresentaram crescimento. O mesmo mês do ano anterior),
s e g m e n t o h i p e r m e r c a d o s , resultado que teve a influência do
supermercados, alimentos, bebidas e efeito positivo da páscoa naquele mês.
fumo obteve expansão de 8,9% no O desempenho pode ser explicado pelo
12. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 12
reflexo das condições favoráveis na dos últimos 12 meses, alcançou a
economia, bem como aumento do variação de 23,9%. O desempenho
poder de compra da população devido d e s t a a t i v i d a d e v e m s e n d o
ao aumento da massa de salários e a impulsionado pela melhoria do quadro
expansão do crédito. Quanto ao fato geral da economia, segundo o IBGE.
deste segmento crescer a um ritmo O comércio varejista ampliado, que
abaixo da média nacional no trimestre, inclui os segmentos de veículos,
a justificativa mais provável, segundo motos, partes e peças, bem como
o IBGE, está na aceleração dos preços materiais de construção, obteve o
dos alimentos nos últimos meses, que valor acumulado de 14,8% no volume
alcançou 12,9% de variação de vendas neste primeiro trimestre de
acumulada nos últimos 12 meses (de 2008, e 14,3% no acumulado dos
março de 2007 a fevereiro de 2008), últimos doze meses. As taxas mês a
contra uma inflação geral de 4,6% no mês, com ajuste sazonal, para os
período, segundo o IPCA. meses de janeiro, fevereiro e março
Móveis e eletrodomésticos obteve, alcançaram respectivamente o
neste primeiro trimestre de 2008, taxa desempenho de 3,8%, 5,2% e 0,2%.
de crescimento de 17,3% no volume Destaca-se a atividade veículos,
de vendas em relação ao primeiro motos, partes e peças que registrou
trimestre de 2007. Esse resultado, não uma expansão de 21,4% neste
só positivo, mas também superior à trimestre, comparado ao primeiro
média estabelecida no varejo é trimestre de 2007, e 23,4% quando
atribuído basicamente à expansão do analisado o acumulado nos últimos
crédito, redução de preços dos doze meses. Tal desempenho se deveu
eletroeletrônicos e a melhoria da à redução das taxas de juros e à
massa de salários da população. a m p l i a ç ã o d o s p r a z o s d e
A atividade de outros artigos de uso f i n a n c i a m e n t o , a s s i m c o m o
pessoal e doméstico obteve, neste expectativas positivas quanto à
primeiro trimestre de 2008, a maior manutenção do emprego.
taxa de crescimento do comércio, O segmento de material de construção
apresentando variação de 26,9% no obteve crescimento de 10,9% no
volume de vendas em relação ao primeiro trimestre deste ano, e 11,9%
mesmo período do ano anterior. acumulado em doze meses. O mês de
Mesmo com uma pequena queda de fevereiro foi o destaque dentro do
2,1% na passagem do mês de trimestre, quando a taxa de variação
fevereiro para março deste ano, esta chegou a 19% em relação ao mesmo
atividade obteve variação de 23,7% no mês do ano anterior. Segundo o IBGE,
volume de vendas em relação a março este resultado positivo pode ser
de 2007. No que tange ao acumulado explicado pela expansão do crédito,
13. Vitória/ES - Boletim Nº.40 - 13
4. EMPREGO E SALÁRIOS
aumento da massa de salários, além de março, respectivamente, 13,2%,
medidas oficiais de incentivo à 8,4%, 9,6%, quando comparados a
construção civil, como a diminuição da igual período do ano anterior,
carga tributária incidente sobre acumulando assim crescimento de
produtos utilizados no setor. 10,4% neste trimestre e 12,4% no
O comércio varejista para o Espírito acumulado dos últimos doze meses
Santo apresentou variação positiva (tabela 3.4).
nos meses de janeiro, fevereiro e
Tabela 3.4 – Volume de vendas no varejo por atividade – Espírito Santo (variação real% em
relação ao mesmo período do ano anterior)
Atividades Jan/08 Fev/08 Mar/08 Trimestre
Acumulado
12 Meses
Comércio Varejista 13,2 8,4 9,6 10,4 12,4
Comb ustíveis e Lubrificantes -2,3 3,5 -0,7 0,0 -0,9
Hiper., Super., Alim., Beb. E Fumo 13,0 3,2 5,6 7,1 8,3
Supermercados e Hipermercados 12,6 2,8 5,1 6,7 8,3
Tecidos, vestuário e calçados 20,4 27,0 17,6 21,4 8,3
Móveis e eletrodomésticos 14,3 37,1 21,8 23,5 16,6
Outros artigos de uso pessoal e doméstico 17,8 -3,1 23,7 12,8 -0,4
Comércio Varejista Ampliado 22,1 26,8 17,4 21,8 17,2
Veículos, motos, partes e peças 36,7 59,2 31,4 41,0 32,3
Material de Construção 11,1 20,6 -11,2 5,5 5,2
Fonte: Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE).
Os segmentos que apresentaram mais modestas, como os de
maiores altas foram móveis e supermercados e hipermercados,
eletrodomésticos, com aumento de 6,7%. O comércio varejista ampliado
23,5%, tecidos vestuário e calçados, obteve crescimento de 21,8% neste
21,4% e outros artigos de uso pessoal trimestre, sendo impulsionado
e doméstico, 12,8%. Já os segmentos fortemente pelo crescimento de
cujo volume de vendas é fortemente 41,0% do segmento veículos, motos,
influenciado pelos preços de alimentos partes e peças, quando comparado
apresentaram taxas de crescimento com igual período do ano anterior.
Segundo os dados da PME/IBGE trimestre do ano o mercado de
(Pesquisa Mensal de Emprego do trabalho apresentou um leve
Instituto Brasileiro de Geografia e desaquecimento em relação ao
Estatística) e da PED/DIEESE período imediatamente anterior.
(Pesquisa de Emprego e Desemprego Porém, ambas as pesquisas mostram
do Departamento Intersindical de taxas de desemprego inferiores às do
E s t a t í s t i c a e E s t u d o s mesmo período de 2007, como se
Socioeconômicos), no primeiro observa na Tabela 4.1.
14. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 14
tendência sazonal característica do
período. Grande parte desta elevação
pode ser explicada pela dispensa de
trabalhadores temporários do setor de
Comércio, e pelo fraco desempenho,
em fevereiro e março, dos setores de
S e r v i ç o s , A g r o p e c u á r i a e
Administração Pública, como se verá
mais claramente com os dados do
CAGED.
A análise dos dados do DIEESE para a
Região Metropolitana de São Paulo,
que considera o desemprego aberto e o
desemprego oculto, mostra que a taxa
de desemprego permaneceu estável
nos meses de janeiro e fevereiro, em
13,6%, estimada em um contingente
crescimento de 0,6 ponto
percentual ao longo do
trimestre. Ao contrário do quarto
trimestre de 2007, cujos
resultados foram animadores -
com queda nas taxas de
d e s e m p r e g o e m a m b a s
metodologias, decorrente das
festas de fim de ano - os dados
para este primeiro trimestre não
apresentaram resultados tão
positivos, haja visto que este
aumento está ancorado na
A taxa de desemprego estimada pelo
IBGE, que considera apenas o
desemprego aberto, apresentou
de aproximadamente 1.404 mil
desempregados. Segundo esta fonte,
e de forma semelhante ao IBGE, o
trimestre termina com taxa de
desemprego superior ao início do
período.
O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi,
espera que a expansão econômica
prevista para 2008 gere cerca de 2
milhões de empregos formais.
Ressaltou ainda que no início do ano
há pouca criação de novos empregos
devido ao efeito sazonal, por isso a
expansão começaria a se refletir após
março.
Tabela 4.1 – Taxa de Desemprego (%)
Meses IBGE* DIEESE**
2007 2008 2007 2008
Janeiro 9,3 8,0 14,4 13,6
Fevereiro 9,9 8,7 15,3 13,6
Março 10,1 8,6 15,9 14,3
* Média das seis maiores regiões metropolitanas do país
** Região Metropolitana de São Paulo
Fonte: IBGE/PME e DIEESE/PED
Tabela 4.2 – População Economicamente Ativa (Regiões Metropolitanas – em mil pessoas)
Meses Ocupadas Desocupadas Total
2007 2008 2007 2008 2007 2008
Janeiro 20.518 21.261 2.096 1.842 22.614 23.103
Fevereiro 20.427 21.160 2.232 2.010 22.659 23.170
Março 20.569 21.282 2.321 1.993 22.891 23.275
Fonte: IBGE/PME
A PEA (População Economicamente Em relação aos desocupados, houve
Ativa) aumentou 0,74% no período, o uma variação percentual de 9,12% de
que significa um acréscimo de 172 mil j a n e i r o p a r a f e v e r e i r o ,
pessoas dispostas a ingressar no correspondendo a mais 168 mil
mercado de trabalho. Vale ressaltar pessoas desempregadas. De fevereiro
que o aumento se deu em menor para março a variação foi negativa em
intensidade que em 2007, como 0,85%, ou seja, uma queda de,
mostra a Tabela 4.2. aproximadamente, 17 mil pessoas
15. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 15
desocupadas. No entanto, a população pessoas ocupada, e a taxas inferiores
o c u p a d a c r e s c e u a t a x a s em relação ao mesmo período de
insatisfatórias no trimestre, variação 2007, quando apresentou aumento de
aproximada de 0,1%, ou seja, 21 mil 0,25% no trimestre.
Tabela 4.3 – Rendimento Médio Real – em R$ e variação percentual em relação ao mesmo
mês do ano anterior
Meses IBGE DIEESE*
2007 2008 Var (%) 2007 2008 Var (%)
Janeiro 1141,94 1183,90 3,68 1132,86 1162,19 2,59
Fevereiro 1163,00 1195,61 2,80 1196,22 1178,63 -1,47
Março 1161,96 1188,90 2,32 1206,47 - -
* Região Metropolitana de São Paulo
Deflator: IPCA. Mês: Março=100.
Fonte: IBGE/PME e DIEESE/PED
Desde o quarto trimestre de 2007, o negativa de 1,47% de fevereiro de
r e n d i m e n t o m é d i o r e a l d o s 2008 com relação a fevereiro de 2007.
trabalhadores, segundo os dados do Esses números modestos podem estar
IBGE, seguiu uma tendência de indicando a dificuldade que tem o
aumento até o mês de fevereiro, com mercado de trabalho de absorver toda
uma redução em março. A comparação a m ã o - d e - o b r a d i s p o n í v e l ,
com o mesmo período do ano anterior principalmente com o aumento da taxa
indica que houve aumento do de desemprego e do poder de
rendimento em todos os meses, sendo barganha dos empresários, como já
que o mais expressivo ocorreu em suposto anteriormente.
janeiro (3,68%). Em fevereiro, os Em relação ao emprego formal, no
salários reais cresceram 2,8%, em primeiro trimestre de 2008, segundo o
comparação a 2007, e em março C A G E D ( C a d a s t r o G e r a l d e
2,32%, como se observa na Tabela
Empregados e Desempregados), o
4.3.
s a l d o e n t r e e m p r e g a d o s ePode-se afirmar, portanto, que em
desempregados com carteira assinadacomparação com as variações do
no Brasil teve um resultadoDIEESE, o aumento dos salários nas
regiões metropolitanas de Belo expressivo, com a geração de 544.440
Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, (Tabela 4.4) novos postos de trabalho.
Salvador e Recife ocorre em maior O bom desempenho do setor formal
a m p l i t u d e q u e n a R e g i ã o
representou um crescimento de 6,39%
Metropolitana de São Paulo. Segundo
do contingente de trabalhadoresos dados do DIEESE, houve um
formais nos últimos 12 meses, anteaumento em janeiro com relação a
4,87% no mesmo período do anodezembro de 2007 de R$ 44,46, e um
pequeno aumento de janeiro para anterior, indicando uma aceleração no
fevereiro de 2008 de R$16,44, ritmo do crescimento neste setor.
contrastando com uma variação
16. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 16
Em janeiro, destaca-se o setor de todos os setores apresentaram
Indústria de Transformação, que expansão no emprego, com destaque
apresentou o maior saldo (59.045 novamente para o setor de Serviços
postos), cujo dinamismo explica-se (89.072 postos), que, com exceção do
pelo aumento do número de empregos subsetor Ensino, para todos os outros
nos 12 ramos que compõem o setor, subsetores apresentou recorde na
dos quais 6 (Indústrias de Produtos série histórica para o mês de março.
Alimentícios, Mecânica, Metalúrgica, Mesmo assim, o subsetor Ensino
Material de Transporte, Calçados e apresentou a maior taxa de
Produtos Minerais Não-Metálicos) crescimento do setor. Vale destacar
registraram recorde na série histórica também o setor de Indústria de
do CAGED para este mês. Cabe Transformação, no qual 11 dos 12
ressaltar aqui o único resultado ramos apresentaram recorde para o
negativo do mês no setor do Comércio, mês de março. O único ramo industrial
devido ao fim de contratos temporários a não apresentar recorde foi o da
de curta duração, vinculados ao Indústria da Madeira e do Mobiliário
aquecimento da demanda causado (que registrou -2.251 postos), devido
pelas festas de fim de ano, ou seja, um ao desempenho desfavorável do
ajuste sazonal. segmento de Desdobramento da
Já em fevereiro, o destaque cabe ao Madeira (-2.877 postos), que
setor de Serviços (74.441) voltando a compreende as atividades de serraria.
ser o melhor saldo entre os setores, Destaca-se, por fim, o desempenho do
sendo impulsionado pelo subsetor setor de Construção Civil (38.643),
Ensino, que, devido ao início do ciclo respondendo pela terceira maior
escolar, registrou criação de 31.489 geração de empregos do período.
postos, e à recuperação do Comércio, Percebe-se, então, no primeiro
criando 13.806 postos. Neste mês trimestre, novamente o setor de
destacou-se também o setor Agrícola Serviços como maior gerador de
(25.239), cujo desempenho explica-se
postos de trabalho, respondendo por
pelas atividades relacionadas ao
38,3% do total, seguido pela IndústriaCultivo da Cana de Açúcar, do Fumo e
de Transformação. Também é notávelde Outros Produtos de Lavoura
o desempenho do setor de ConstruçãoPermanente no Centro-Sul e da Soja.
Em março, assim como em fevereiro, Civil, como o terceiro maior
Tabela 4.4 – Saldo entre empregados e desempregados no Brasil por setor - 2008
Atividade Econômica Janeiro Fevereiro Março
Total no
trimestre
Extrativa Mineral 741 716 1.239 2.696
Ind. Transformação 59.045 46.812 40.389 146.246
Serv. Ind. Util. Pública 1.365 1.099 1.636 4.100
Construção Civil 38.643 27.574 33.437 99.654
Comércio -14.144 13.806 19.594 19.256
Serviços 49.077 74.441 89.072 212.590
Adm. Pública 159 15.276 5.747 21.182
Agropecuária 8.035 25.239 15.442 48.716
Total 142.921 204.963 206.556 554.440
Fonte: CAGED
17. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 17
Tabela 4.5 – Saldo entre ligados e desligados no Brasil por regiões (total no trimestre)
Fonte: CAGED
Setor Sudeste Sul Nordeste Norte Centro-Oeste
Extrativa Mineral 1.029 453 289 470 455
Ind. Transformação 120.421 58.112 -50.635 971 17.377
Serv. Ind. Util. Pública 2.902 394 794 -69 79
Construção Civil 59.421 12.817 16.487 161 10.768
Comércio 5.001 9.546 76 -356 4.989
Serviços 140.721 34.797 15.182 4.405 17.485
Adm. Pública 14.623 5.144 731 376 308
Agropecuária 21.126 24.857 -19.289 68 21.954
Total 365.244 146.120 -36.365 6.026 73.415
contribuinte para o saldo positivo do Indústria de Transformação, embora
trimestre, cujos resultados têm diversificada, encontra-se concentrada
relação com as medidas de estímulo ao nesta região, tendo em vista o
setor adotadas pelo governo. Juntos, excelente desempenho obtido por este
estes três setores responderam por setor no período.
Em contrapartida, o Nordeste foi a82,7% da geração total de empregos
única região a apresentar saldono período. A criação dos 554.440
negativo no trimestre (-36.365postos no período situa-se 39% acima
postos), devido a fatores sazonais
do maior aumento já registrado pelo
r e l a c i o n a d o s a o c o m p l e x o
CAGED para um trimestre (399.628 sucroalcooleiro. Como este é o
postos em 2007), e gerou uma principal ramo da Indústria de
variação de 1,91% no número de Transformação nesta região, foi
t a m b é m r e s p o n s á v e l p e l opostos com carteira de trabalho
desempenho negativo deste setor.assinada em relação ao trimestre
Quanto aos Estados, estes mesmosanterior.Em termos geográficos, o
fatores sazonais refletiram-se no saldo
Sudeste liderou a criação de empregos
negativo de cinco das nove Unidades
(365.244 postos), respondendo por da Federação que compõem a região,
65,8% da geração total de empregos sendo o desempenho do Estado de
no trimestre, com destaque para os Alagoas (-22.203) o pior do país no
trimestre. O único Estado comestados de São Paulo (254.346 postos)
significante desempenho positivo foi ae Minas Gerais (71.268 postos) como
Bahia, cujo saldo positivo de 14.119as Unidades da Federação com melhor
postos não foi suficiente para
resultado no trimestre (Tabela 4.5). É
contrabalançar o saldo da região.
interessante notar o desempenho do
setor de Serviços, indicando uma Espírito Santo
concentração deste setor nesta região, No primeiro trimestre de 2008 foram
uma vez que foi responsável por criados um total de 10.642 novos
postos de trabalho celetistas no25,3% da geração total de emprego, e
Espírito Santo (Tabela 4.6). Deste totalincríveis 66,1% da geração total do
destacam-se os setores de Serviçossetor. Nota-se, também, que a
18. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 18
(5.624), Construção Civil (2.812) e explicada pela expansão das grandes
Indústria de Transformação (1.699). O empresas, dentre elas as siderúrgicas.
setor de Serviços tem sido o carro Já o crescimento da construção civil
chefe na expansão de novos postos de repousa na explosão do mercado
t r a b a l h o s c e l e t i s t a s e t e m imobiliário capixaba, sobretudo na
acompanhado uma tendência nacional. capital, com 1.165 novos postos.
Por outro lado, a expansão do setor da Contudo, alguns setores tiveram
Indústria de Transformação pode ser saldos negativos, como os setores
Extrativa Mineral (-214) e Comércio (- saldo positivo no trimestre. Já o saldo
143). O resultado do setor de negativo no setor de Extrativa Mineral
Comércio apresentou forte queda em justifica-se pela crise do mercado
janeiro (-737) podendo ser explicado norte americano que “além da redução
pela continuação do ajuste sazonal das vendas, provoca inadimplência de
relativo ao fim do período de festas de até 40% (...)”¹ dos contratos de
fim de ano. Apesar de ter iniciado uma exportação para os setores de rochas
recuperação a partir de fevereiro, ela ornamentais, cal e calcários.
Evidencia-se, assim, que a crise norte-ainda não foi o suficiente para tornar o
Tabela 4.6 - Evolução do Emprego Formal por Setor de Atividade Econômica para o estado do
Espírito Santo
Atividade Econômica Jan/2008 Fev/2008 Mar/2008 Total
Extrativa Mineral -51 18 -181 -214
Indústria de Transformação -93 1.244 548 1.699
Serv Ind Ut Pub 22 47 54 123
Construção Civil 1.565 87 1.160 2.812
Comércio -787 309 335 -143
Serviços 1.015 1.969 2.640 5.624
Adm Pública 93 463 183 739
Agric, Silvicultura 3 87 -88 2
Total 1.767 4.224 4.651 10.642
Fonte: CAGED
Tabela 4.7 - Evolução do Emprego Formal por Setor de Atividade Econômica
Atividade Econômica Espírito Santo Região
Metropolitana*
Vitória
Extrativa Mineral -214 27 23
Indústria de Transformação 1.699 798 203
Serv Ind Ut Pub 123 14 -43
Construção Civil 2.812 2.065 1.165
Comércio -143 -808 -351
Serviços 5.624 4.320 1.902
Adm Pública 739 50 3
Agric, Silvicultura 2 21 37
Total 10.642 6.487 2.939
* Região Metropolitana da Grande Vitória: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari exceto
Fundão.
Fonte: CAGED
americana começa a mostrar seus mundiais que, caso persistam, podem
efeitos sobre o lado real da economia acarretar mudanças estruturais na
capixaba, que é considerada muito economia local.
¹SINDIROCHAS. Inadimplência é séria e ameaçaaberta. Isto demonstra certa
o s e t o r . R e t i r a d o d e :
vulnerabilidade externa do Estado
<http://www.sindirochas.com.br/artigos.html
frente às variações conjunturais >. Acesso em: 07 maio 2008.
19. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 19
Tabela 4.8 - Variação Mensal do pessoal ocupado por gênero de atividade econômica no ES
(%)
Atividade Econômica JAN/DEZ FEV/JAN
Indústrias Extrativas 0,20 -0,23
Alimentos e Bebidas -5,22 -0,09
Produtos Têxteis 1,19 2,44
Vestuário e Acessórios -3,67 3,33
Couros e Calçados 0,00 6,46
Celulose e Papel -1,67 0,57
Edição e Impressão 1,68 0,39
Coque, Refino Petróleo, Álcool -1,18 3,71
Produtos Químicos -1,02 3,24
Artigos de Borracha e Plástico 2,22 3,47
Minerais não metálicos -1,52 1,46
Metalurgia Básica 0,88 0,57
Prod. Metálicos – Excl. Máquinas -2,85 2,94
Máq.,Aparelhos e Mat. Elétricos 1,23 4,38
Veículos Automotores 3,61 0,39
Móveis e Indústrias Diversas -1,18 -3,89
Eletricidade e Gás -0,73 0,73
Captação Tratam. Distr. Água 2,82 1,34
Construção -0,56 -0,68
Total da Indústria -1,00 0,09
Fonte: IEL-ES
A Região Metropolitana foi responsável haja vista a concentração de 76,31%
pela criação de 6.487 novos postos de do total da Região Metropolitana e
trabalho, ou seja, 60,95% do total 46,51% do total do Estado em apenas
criado para o Espírito Santo (Tabela dois municípios.
4.7). Esta concentração da geração de Segundo os dados do Instituto Euvaldo
novos empregos formais na Região Lodi (IEL-ES) ocorreu uma variação
Metropolitana demonstra uma grande negativa de 1% de janeiro de 2008 em
concentração em poucos municípios. comparação a dezembro de 2007
Composta por sete municípios, a (Tabela 4.8), enquanto que de
saber, Vitória, Serra, Vila Velha, fevereiro 2008 em comparação a
Cariacica, Viana, Guarapari e Fundão janeiro do mesmo ano ocorreu leve
(este último não foi contabilizado), recuperação, sendo a variação positiva
caracteriza-se por ser a região com de 0,09% para o total da indústria.
maior dinamismo econômico do No período de comparação de janeiro
Estado. Com isso, o restante do de 2008 em relação a dezembro de
Estado, composto por um total de 71 2007, as variações mais significativas
municípios, se caracterizaria como foram dos setores de Alimentos e
uma região menos dinâmica. Bebidas (-5,22%), Vestuário e
Cabe ressaltar que, para o primeiro Acessórios (-3,67%) e Prod. Metálicos
trimestre de 2008, dentro da Região – Excl. Máquinas (-2,85%). Estes
Metropolitana, a capital, Vitória, resultados podem ser explicados pelo
concentrou grande parte da criação efeito sazonal, iniciado em dezembro e
dos novos postos de trabalho (2.939), tendo continuado em janeiro, uma vez
em segundo lugar ficou o município da que o período anterior caracterizou-se
Serra (2.001). Isto demonstra que até como de intensa atividade econômica.
mesmo na Região Metropolitana Por outro lado, na comparação de
existem disparidades substantivas na fevereiro com janeiro de 2008
geração de novos postos de trabalho, podemos observar uma recuperação
20. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 20
No primeiro trimestre de 2008 foram à revisão para cima na taxa básica de
realizadas duas reuniões do Comitê de juros. Uma elevada taxa de juros atrai
Política Monetária (Copom), nos dias investimentos externos para o país
24 de janeiro e 6 de março, nas quais aumentando os estoques de divisas,
não houve mudança na política por conseqüência, valorizando a
monetária. A taxa básica de juros moeda nacional em termos da
SELIC foi mantida em 11,25%. estrangeira. O problema é que esses
Entretanto, na reunião efetuada em 16 investimentos são, em sua maioria, de
de abril, essa taxa foi elevada para curto prazo e ingressam no país em
11,75%. Isso coloca o Brasil como o busca da alta remuneração propiciada
líder do ranking mundial das taxas de pelos juros da dívida interna e pela
juros reais, com 6,73% a.a., seguido arbitragem realizada na compra e
de perto apenas pela Turquia, com venda de divisas, obtendo ganhos
6,69% a.a., segundo a Folha Online. através das duas formas. Isso implica,
Como conseqüência de uma lógica dentre outras questões, num aumento
monetarista, que estabelece uma no volume do déficit em conta
relação direta entre oferta monetária e corrente, devido ao estímulo ao
taxa de inflação, temos uma tendência ingresso de capitais especulativos.
Tabela 5.1: Base Monetária, componentes e meios de pagamentos
Saldo em final de período (em R$ milhões) e variação em 12 meses (%)
jan/08 fev/08 mar/08
Componentes R$ % R$ % R$ %
Base Monetária 130 588 19,0 126 329 20,2 128 877 20,2
Papel moeda emitido 92 925 20,9 89 929 18,8 89 466 20,1
Reservas Bancárias 37 664 14,8 36 400 23,7 39 411 20,4
Meios de Pagamentos 199 489 21,6 187 311 18,8 185 532 18,1
Moeda em poder do público 76 684 17,7 73 353 16,8 72 830 18,4
Depósitos à vista 122 805 24,1 113 958 20,2 112 702 17,9
Meios de Pagamentos referem-se à média dos saldos nos dias úteis.
Fonte: BCB. Nota para a imprensa
em vários setores. Os mais produção física, sem considerar os
expressivos resultados são os dos ajustes sazonais, a indústria capixaba
setores de Couros e Calçados (6,46%), teve um resultado de 16,3% ante
Máq. Aparelhos e Mat. Elétricos 9,3% para o Brasil. Para o acumulado
(4,38%) e Coque, Refino Petróleo e do primeiro trimestre, deve-se
Álcool (3,71%). Este movimento pode observar que, segundo a mesma fonte,
ser explicado pelo reaquecimento da o acumulado de janeiro a março de
demanda interna haja vista o fim do 2008, em comparação ao mesmo
ajustamento sazonal decorrente das período do ano anterior, representou
festas de fim de ano. um aumento de 6,3% da produção
Para ilustrar esse reaquecimento da física para o Brasil sendo que o
demanda interna para o mês de resultado para o Espírito Santo ainda
fevereiro em relação a janeiro, foi mais expressivo, alcançando
segundo dados do IBGE para a 14,4%.
5. POLÍTICA MONETÁRIA
21. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 21
Esse déficit atingiu o montante de US$ direto da inflação, eles são de suma
4,43 bilhões em março, acumulando relevância, dada a atual política
um déficit de US$ 10,76 bilhões no monetária, para manutenção da taxa
trimestre, segundo dados do Banco d e j u r o s d e c u r t o p r a z o ,
Central do Brasil. Por outro lado, operacionalizada no mercado inter-
qualquer alteração da conjuntura bancário. Para isto, o Bacen procura
internacional produz efeitos internos manter um controle sobre o nível das
negativos devido à vulnerabilidade Reservas Bancárias (Encaixes dos
externa decorrente da política Bancos Comerciais) e utiliza
monetária, do elevado endividamento freqüentemente as operações
p ú b l i c o i n t e r n o , e d a compromissadas, operando com
desregulamentação dos fluxos leilões informais de curtíssimo prazo,
financeiros. para ajustar o excesso ou escassez de
O déficit em transações correntes é reservas e a taxa de juros SELIC. A
agravado ainda mais devido às Tabela 5.1 mostra uma pequena
remessas de lucros ao exterior, destruição dos meios de pagamentos
e f e t u a d a s p e l a s e m p r e s a s no primeiro trimestre, com isso a base
estrangeiras que se aproveitam da monetária encerrou o período em R$
desvalorização do dólar para obter 128,9 bilhões ante R$ 130,6 bilhões
ganhos adicionais. O total dessas em janeiro. Os meios de pagamentos
remessas atingiu US$ 4,35 bilhões em (M1), como média dos saldos diários,
março e acumulou US$ 8,79 bilhões no composto pelo papel moeda em poder
primeiro trimestre do ano. do público (moeda manual) mais os
Nesse contexto, apesar dos agregados depósitos à vista, apresentaram
terem sido colocados em segundo variação negativa de 7% no período,
plano como instrumento de controle como resultado principalmente da
Tabela 5.2 - Meios de Pagamentos (M4) - Saldos em R$ milhões
Mês
Depósitos
para
investimen-
tos
Depósito
de
poupança
Títulos
privados M2
Quotas
de
fundos
de renda
fixa
Operações
Compromis
sadas com
títulos
federais M3
Títulos
federais
(SELIC)
Títulos
estaduais e
municipais M4
Jan 3.728 237 490 324 507 756 004 817 956 43 382 1 617 343 278 444 24 1 895 810
Fev 3.276 240 439 330 636 758 408 826 590 48 773 1 633 771 290 524 24 1 924 319
Mar 3.412 242 384 349 865 780 091 825 250 51 398 1 656 739 293 455 25 1 950 219
Fonte: BCB. Nota para a imprensa
redução dos depósitos à vista (moeda apresentou um aumento de 2,8% na
escritural), que tiveram também captação de recursos no período,
variação negativa de 8,2%, um atingindo o montante de R$ 1,95
possível ajuste sazonal característico trilhão. A maior parte desses meios de
do período. pagamentos é constituída pelas
A Tabela 5.2 representa o passivo do aplicações lastreadas nos títulos da
sistema bancário e mostra a dívida pública interna, representada
preferência do público em suas pelas aplicações nas quotas dos fundos
aplicações financeiras. Esse passivo de renda fixa e aplicações nos títulos
22. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 22
federais (SELIC), num total de R$ 1,11 determinadas épocas do ano, em que
trilhão. As aplicações em títulos os agentes demandam mais ou menos
privados e em depósitos de poupança moeda, pode ampliar ou restringir a
foram de R$ 592,2 bilhões, em março, emissão primária de moeda. Como o
representando 30,4% do total de M4. mês de dezembro é tipicamente mais
As operações compromissadas com aquecido na economia, a atuação do
títulos públicos federais apresentaram Banco Central foi de expansão da base
variação positiva de 18,4% no monetária, como ocorreu em 2007
trimestre. (variação da base monetária positiva
Em janeiro de 2008, as operações com em R$ 15,7 bilhões). No mês de
títulos públicos federais foram o fator janeiro, portanto, é feito um ajuste
que mais contribuiu para a redução da d e s s e a u m e n t o d e l i q u i d e z ,
base monetária: uma queda de R$ principalmente por meio da colocação
26,0 bilhões ante pressão positiva de títulos públicos para o controle da
sobre a base de R$ 19,2 bilhões, no liquidez, como uma das formas de se
mês anterior (Tabela 5.3). Essas controlar pressão inflacionária. Esse
operações constituem um dos ajuste reduziu a base monetária em R$
principais instrumentos do Banco 16,0 bilhões.
Central para atuar sobre a base As operações com setor externo, que
monetária e aquele sobre o qual o até julho de 2007 apareceram com
Bacen tem maior controle. destaque na influência positiva sobre a
O Banco Central atua diariamente base monetária – pressões positivas
sobre a base monetária respondendo acima dos R$ 10,0 bilhões - iniciaram o
aos efeitos de criação ou redução ano de 2008 com uma participação
decorrente do conjunto das operações menor. Essa redução é reflexo da
q u e e f e t u a . E n t r e t a n t o, e m progressiva redução do superávit
Tabela 5.3 – Fatores Condicionantes da Base Monetária
Fluxos acumulados no mês ( R$ milhões )
Período Tesouro
Nacional
Operações
com títulos
públicos
federais
Operações
do Setor
externo
Redesconto
do Banco
Central
Depósitos
de
instituições
financeiras
Operações
com
derivativos
- ajustes
Outras
contas
Variação
da base
monetária
Jan/08 5 479 -26 009 4 409 - 385 -377 84 -16 029
Fev/08 -15 087 3 378 5 214 - 0 -448 2 632 52 -4 259
Mar/08 1 820 968 2 031 1 -723 -1 623 74 2 548
Fonte: BCB. Nota para a imprensa
comercial, em comparação aos devido a redução de depósitos de
períodos anteriores. Em janeiro as bancos brasileiros no exterior. A
principais pressões do setor externo entrada de crédito comercial de
foram dos investimentos estrangeiros fornecedores estrangeiros e os
diretos - que entraram no país como i n v e s t i m e n t o s e m c a r t e i r a
participação no capital das empresas (principalmente em março) também
já existentes e não como novos interferiram nessa expansão da base
investimentos produtivos - e dos monetária nesse trimestre.
r e t o r n o s l í q u i d o s d e o u t r o s As operações do Tesouro Nacional, que
investimentos brasileiros no exterior, historicamente afetam negativamente
23. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 23
a base monetária devido à política de instituições financeiras que não
elevados superávits primários adotada apresentava pressão positiva sobre a
p e l o g ove r n o, a p r e s e n t a ra m base monetária desde março de 2007.
comportamento atípico nos meses de Apesar das medidas restritivas de
janeiro e março. Esse gasto mais oferta de crédito tomadas em janeiro,
elevado pressionou positivamente a com a criação do recolhimento
base monetária, mas não impediu o compulsório de até 25% das
recorde do superávit primário nesse operações de leasing, houve redução
primeiro trimestre, como apontado no nos depósitos de instituições
item Política Fiscal desse boletim. financeiras, o que contribuiu para a
Outro comportamento atípico foi expansão da base monetária. A
observado nos depósitos de pressão positiva é vista pela
Tabela 5.4 – Operações de Crédito do Sistema Financeiro - Saldo por Atividade Econômica (R$ milhões)
Setor
Público
Setor
Privado
Total
Geral
Meses
Governo
federal
Governos
estaduais e
municipais
Total do
Setor
Público
Indústria Habitação Rural Comércio
Pessoas
Físicas
Outros
Serviços
Total do
Setor
Privado
Jan/08 3 517 15 328 18 845 216 277 46 354 90 005 97 747 320 894 156 899 928 175 947 019
Fev/08 3 509 15 307 18 816 218 842 47 169 90 618 98 918 326 881 158 296 940 725 959 541
Mar/08 3 960 15 529 19 489 230 518 48 416 92 274 102 023 334 108 165 895 973 234 992 723
Faixa de Risco (março 2008 em %)
AA+A 98,8 65,1 71,8 74 49,5 50,6 61,5 65,7 66,9 65,2 65,4
B até
G
1,2 33,7 27,2 25,0 44,8 46,3 36,5 29,7 31,3 31,9 31,7
H 0,0 1,2 1,0 1,0 5,7 3,1 2,0 4,6 1,8 2,9 2,9
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: BCB. Nota para a imprensa
expressiva redução de 10,7% do ficou acima do valor negociado no
recolhimento do compulsório adicional volume total dos contratos, o Bacen foi
remunerado sobre depósitos a vista. responsável pelo pagamento da
Segundo o Banco Central, os leilões de variação cambial, resultando na
swap reverso para a rolagem dos pressão positiva sobre a base.
contratos se mantiveram no primeiro As operações de crédito do sistema
trimestre, renovando quase que financeiro, no primeiro trimestre de
integralmente todos os contratos. Os 2008, confirmaram as perspectivas de
resultados desses leilões apareceram crescimento e atingiram um total geral
na conta de operações com derivativos de R$ 992,7 bilhões em março,
como pressões negativas na base gerando um aumento de 6,1% no
monetária em janeiro e março, devido trimestre. Após apresentarem uma
à trajetória do câmbio que apresentou evolução moderada nos dois primeiros
d e p r e c i a ç ã o d e 3 , 9 % . E s s a meses do ano, o volume total de
depreciação contabilizou um ganho crédito concedido em março registrou
para o Bacen, que recebeu a variação um expressivo crescimento, passando
cambial no período, enxugando a base a corresponder 35,9% do PIB, sendo
monetária. O efeito contrário foi este o maior nível desde janeiro de
observado no mês de fevereiro em que 1995. Essa expansão vem sendo
a taxa de câmbio teve apreciação de impulsionada, principalmente, pelos
4,4%: como a taxa efetiva de câmbio empréstimos feitos às indústrias e às
24. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 24
pessoas físicas, que nos últimos doze Serviço (FGTS) para utilização na
meses cresceram 38,1% e 33,8%, aquisição habitacional. O segmento de
respectivamente. crédito rural apresentou um acréscimo
O incremento de 6,3%, no trimestre, de 3,4% no período em questão,
na modalidade de crédito às pessoas baseado no estímulo à modalidade de
físicas é uma conseqüência da investimentos em tecnologia e de
facilidade de acesso ao crédito, da comercialização dos produtos
flexibilização das formas de agrícolas.
pagamentos e da expansão natural da Os empréstimos contratados pelo
demanda por crédito ocorrida nos comércio mantiveram o histórico de
primeiros meses do ano, devido à crescimento, alcançando R$ 102,0
concentração de pagamentos neste bilhões em março e um aumento de
período. Nesta análise, torna-se 4,5% no trimestre. No setor de outros
necessário ressaltar a importância do serviços destacam-se as atividades de
crédito consignado e das operações de e n e r g i a , t r a n s p o r t e e
leasing (modalidade de contrato que telecomunicações pela expansão de
associa aluguel e a venda à prestação 6,2% apresentada no trimestre.
e é utilizada basicamente para a A taxa média geral de juros das
aquisição de veículos), pois estes operações de crédito atingiu em março
registraram uma expansão de 2,6% e o percentual de 37,6% a.a., o que
7,4% em março, respectivamente, demonstrou uma elevação de 0,2 p.p.
sendo motivados pelas taxas de juros no mês e fechou o trimestre no nível
menores. mais alto desde abril de 2007. Essa
Os financiamentos concedidos às variação decorreu, segundo o Banco
indústrias somaram R$ 230,5 bilhões, Central, da elevação nas taxas de
um aumento de 7,8% no trimestre, financiamentos destinadas às
com destaque ao fomento as empresas, devido à flutuação entre as
atividades dos setores petroquímico, cotações do dólar à vista e no mercado
e n e r g é t i c o , a l i m e n t í c i o , futuro, e da redução das taxas de
automobilístico e agroindustrial. Já os operações com pessoas físicas,
créditos contratados pelo setor público causada pelo recuo dos juros do
que alcançaram uma expansão de crédito pessoal e do financiamento de
3,5% no primeiro trimestre, veículos, e pelo aumento das taxas no
constituíram-se de aumento na dívida cheque especial.
bancária destes para, principalmente, A alta dos juros, também pode ser
o financiamento de atividades de explicada como uma conseqüência do
geração energética e de saneamento aumento na taxa básica de juros,
básico. promovido pelo Banco Central, e pela
Na carteira de crédito habitacional, influência das novas regras do
fornecido às pessoas físicas e às Imposto sobre Operações Financeiras
cooperativas, a expansão foi de 5,6% (IOF), instituídas para compensar o
no trimestre, seguindo uma tendência fim da CPMF. Outro fator que justifica a
de alta influenciada pela captação de questão é a elevação do spread
recursos da caderneta de poupança e bancário em 3,1 p.p. no trimestre,
do Fundo de Garantia por Tempo de fechando em 25,4 p.p..
25. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 25
A principal justificativa do setor população brasileira, em geral,
financeiro pelo elevado spread contribui para que tomem decisões às
bancário no Brasil seria uma elevada vezes pouco racionais sobre qual
inadimplência. No entanto, a dessas escolher. As alternativas mais
inadimplência apresentou uma queda utilizadas, por serem de mais fácil
de 0,3 p.p. no mês, se considerados os acesso, são as modalidades que
atrasos superiores a noventa dias, praticam juros exorbitantes, como o
atingindo 4,1% em março, o menor cheque especial (149,8% a.a.), e
nível desde outubro de 2005. Já no desta forma fazem, atualmente, com
segmento de pessoas físicas foi que as instituições financeiras batam
observada a mesma variação, com o seus recordes de lucratividade.
índice atingindo 6,8%. Existem algumas alternativas de
Mesmo com a perspectiva do Banco crédito, já citadas, como o crédito
Central de estabilização das taxas de consignado (27% a.a.) e leasing, que
juros a partir de março, as tarifas são interessantes, mesmo que estas
praticadas no Brasil encontram-se pratiquem restrições sobre quem pode
muito elevadas, o que poderia atuar captar o crédito e para que fins possam
como um inibidor da procura por ser utilizados. Estas praticam taxas
crédito. No entanto, a falta de bem abaixo do valor médio e possuem
informação sobre as modalidades de formas de pagamento a longo prazo.
crédito existentes por parte da
6. POLÍTICA FISCAL
O governo continuou a seguir, no ano da CPMF no final de 2007, implicando
de 2008, o caminho de um ajuste fiscal uma redução de R$ 39,2 bilhões nas
estrutural com vistas à construção de receitas federais e forçando a
uma credibilidade externa sólida. A adaptação da proposta orçamentária.
relação DLSP/PIB seguiu sua trajetória Apesar disso o orçamento aprovado
de queda, e a medida oficial do déficit, para 2008 prevê um aumento absoluto
o resultado nominal abaixo da linha, de 10,1% na arrecadação de impostos
apresentou superávit ao longo do e contribuições em relação ao
primeiro trimestre. Não obstante, orçamento de 2007, totalizando R$ R$
certos efeitos da crise norte-americana 687,5 bilhões. Esses recursos
já se fazem sentir na esfera fiscal, financiarão as despesas da União com
especialmente em função de relativa pessoal e encargos sociais, estimadas
reversão no início do trimestre da em R$137,5 bilhões, benefícios
política de alongamento da dívida previdenciários, da ordem de R$ 199,4
mobiliária federal, só em parte bilhões, bem como juros e encargos da
recuperada ao longo do mesmo. dívida pública de R$ 152,2 bilhões.
A proposta orçamentária da União de O aumento previsto dos gastos do
2008 foi aprovada pelo Congresso investimento federal - incluindo todas
Nacional apenas no dia 12 de março as obras do Programa de Aceleração do
corrente. Este atraso foi ocasionado Crescimento (PAC), é da ordem de R$
em grande medida devido à extinção 37,3 bilhões, 29,5% maior do que o
26. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 26
verificado em 2007. Segundo a função tesouro, que ocorreu devido ao
destacam-se os gastos com a saúde, crescimento acima de 50% tanto do
previstos em R$ 48,4 bilhões, Imposto de Renda das Pessoas
educação, estimados em R$ 24,7 J u r í d i c a s ( I R J P ) q u a n t o d a
bilhões e também os programas de Contribuição Social sobre Lucro
seguro – desemprego e abono da Líquido (CSLL). O primeiro devido à
ordem de R$ 19,3 bilhões. antecipação no recolhimento do
O resultado primário do Governo Imposto e a última refletiu os lucros
Central no primeiro trimestre de 2008, obtidos pelo setor financeiro.
segundo os dados acima da linha A despesa total em janeiro foi a maior
obtidos pela Secretaria do Tesouro do trimestre. As razões para tanto se
Nacional, equivaleu a R$ 31,3 bilhões, devem principalmente a ascensão dos
ou seja, 4,65% do PIB. Em igual gastos com pessoal e encargos sociais,
período no ano de 2007 este superávit bem como as despesas com benefícios
foi bem menor, consistindo 3,16% do previdenciários. O dispêndio com
PIB desse ano. Em 2008, o superávit pessoal e encargos sociais se elevou,
foi obtido com o aumento nominal de em grande medida, por causa do
19,13% na receita total, apesar da aumento de R$ 2,4 bilhões na folha
ascensão de 8,2% na despesa total. salarial do Legislativo e do Judiciário
Tais elevações são mais observadas em relação ao ano de 2007. Já as
nos meses de janeiro e março, d e s p e s a s c o m b e n e f í c i o s
especialmente no que diz respeito à previdenciários aumentaram,
receita total. especialmente, devido ao pagamento
No mês de janeiro, destaca-se a de precatórios judiciais naquele mês
elevação sazonal da receita bruta do da ordem de R$ 2,4 bilhões.
Tabela 6.1 Resultado Primário do Governo Central (R$ milhões)
Discriminação mar/07
jan -
mar/07 jan/08 fev/08 mar/08 jan - mar/08
I. RECEITA TOTAL 47.712,6 143.001,7 64.569,0 50.116,0 55.681,6 170.366,6
I.1. Receitas do Tesouro 37.043,0 112.226,7 53.226,3 38.065,6 43.408,4 134.700,3
I.2. Receitas da Previdência Social 10.534,0 30.448,0 11.206,9 11.927,5 12.134,0 35.268,4
I.3. Receitas do Banco Central 135,6 327,0 135,8 122,9 139,2 397,9
II. TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E MUNICÍPIOS 7.648,8 24.675,1 10.217,4 11.350,3 9.891,9 31.459,6
III. RECEITA LÍQUIDA TOTAL (I-II) 40.063,8 118.326,6 54.351,6 38.765,7 45.789,7 138.907,0
IV. DESPESA TOTAL 36.199,5 99.407,0 38.998,3 33.561,7 35.036,2 107.596,2
IV.1. Pessoal e Encargos Sociais 9.848,3 29.188,3 12.570,9 9.506,4 9.031,8 31.109,1
IV.2. Benefícios Previdenciários 15.225,4 41.631,0 16.295,8 13.954,8 14.769,9 45.020,5
IV.3. Custeio e Capital 10.893,4 28.018,4 9.909,5 9.914,8 10.981,6 30.805,9
IV.4. Transferência do Tesouro ao Banco Central 64,4 132,5 23,5 68,2 81,9 173,6
IV.5. Despesas do Banco Central 167,9 436,8 198,6 117,5 171,1 487,2
V. RESULTADO PRIMÁRIO GOVERNO CENTRAL (III - IV) 3.864,4 18.919,6 15.353,3 5.204,0 10.753,5 31.310,8
V.1. Tesouro Nacional 8.588,1 30.212,5 20.505,0 7.225,9 13.421,3 41.152,2
V.2. Previdência Social (RGPS) -4.691,4 -11.183,0 -5.088,9 -2.027,3 -2.635,9 -9.752,2
V.3. Banco Central -32,3 -109,8 -62,7 5,4 -31,8 -89,2
VI. RESULTADO PRIMÁRIO/ PIB(%) 3,16 4,65
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - Ministério da Fazenda
27. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 27
No mês de março a receita bruta do elevação de 2,3% na quantidade
tesouro cresceu 14,3% em relação ao média mensal de benefícios pagos.
mês anterior, ocorrido em função do As Necessidades de Financiamento do
aumento na arrecadação dos Setor Público (NFSP), no critério
impostos. Em março encerra – se o abaixo da linha, mostram o
prazo legal para a declaração de ajuste desempenho fiscal do governo através
da IRPJ e CSLL referente a 2007. Neste da variação do endividamento líquido.
mesmo mês destacaram-se, os gastos No primeiro trimestre de 2008, a
com custeio e capital assim como as análise das contas do setor público
d e s p e s a s c o m b e n e f í c i o s mostra um superávit primário de R$
previdenciários. Os dispêndios com 43,03 bilhões, 6,39% do PIB. Do
custeio e capital expandiram 10,8% superávit primário do trimestre, o
com relação ao mês prévio, Governo Central contribuiu com 73,8%
notadamente devido às crescentes do total, os governos regionais com
despesas relativas ao abono salarial, 23%, enquanto as empresas estatais
seguro desemprego, e gastos participaram com 2,8%. No mês de
operacionais do FAT. Os custos com março o superávit primário totalizou
benefícios previdenciários cresceram R$ 15,4 bilhões. Destes, R$ 11 bilhões
em 5,8% com relação a fevereiro, foram gerados pelo Governo Central,
fundamentalmente por causa do R$ 2,7 bilhões pelos governos
reajuste do salário mínimo e da regionais e R$ 1,5 bilhão pelas
empresas estatais. resultado primário as despesas com
As despesas com juros nominais, juros nominais, apresentou no
principal fator condicionante da dívida primeiro trimestre de 2008 um
pública, alcançaram R$ 40 bilhões no superávit da ordem de R$ 3 bilhões ou
t r i m e s t r e ( 5 , 9 4 % d o P I B ) . 0,45% do PIB. No mês de março o
Especificamente no mês de março de superávit nominal atingiu quase R$ 4
2008 tais despesas totalizaram R$ bilhões, maior resultado do período.
11,4 bilhões. Deste último total, o Governo Central
O resultado nominal, que agrega ao participou com R$ 3,2 bilhões, os
Tabela 6.2 – Necessidades de Financiamento do Setor Público (R$ milhões)
Discriminação mar/07 jan-mar/07 jan/08 fev/08 mar/08 jan-mar/08
I. Resultado Primário -7138 -27274 -18662 -8966 -15403 -43032
I.1. Governo Central -3913 -18378 -16705 -4088 -11039 -31833
I.2. Governos Regionais -3150 -9581 -3507 -3660 -2791 -9957
I.3. Empresas Estatais -75 686 1549 -1219 -1573 -1242
II. Juros Nominais 13916 38851 13131 15444 11413 39988
II.1. Governo Central 11871 30794 6469 10407 7795 24671
II.2. Governos Regionais 2413 8673 7117 5357 3575 16049
II.3. Empresas Estatais -368 -616 -455 -320 43 -732
III. Resultado Nominal 6778 11577 -5531 6477 -3990 -3043
III.1. Governo Central 7958 12416 -10236 6319 -3244 -7161
III.2. Governos Regionais -737 -908 3610 1697 785 6092
III.3. Empresas Estatais -443 70 1095 -1539 -1530 -1974
(+) déficit (-) superávit
Fonte: BCB – Nota para a imprensa de 30/04/08
28. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 28
governos regionais contribuíram de superávit nominal.
negativamente com um déficit de R$ Foi recentemente divulgado na mídia a
785 milhões e as empresas estatais intenção do governo em elevar o
realizaram um superávit nominal da superávit primário dos atuais 3,8%
ordem de R$ 1,5 bilhão. para 5% do PIB. Essa medida se
A Dívida Líquida do Setor Público associaria à criação do Fundo
continuou sua trajetória de queda, Soberano, que como explicado
alcançando a soma de R$ 1,14 trilhões anteriormente, tem o objetivo de
em março de 2008, correspondente a apoiar a internacionalização e
41,2% do PIB. Este valor é menor que aumentar a competitividade de
o registrado em fevereiro, 42,1% do empresas nacionais no exterior. Os
PIB, bem como em dezembro recursos do fundo soberano viriam em
(42,8%). Comparando-se a DLSP/PIB parte do superávit fiscal e da compra
de março de 2008 com a mesma razão de dólares pelo Tesouro no mercado
registrada em março de 2007 interno. A maior parte dos recursos
(45,04%), a redução é substancial. seria destinada à compra de
Um dos fatores importantes para essa debêntures de empresas brasileiras
redução é o crescimento do PIB e, no pelo BNDES. Adicionalmente, segundo
primeiro trimestre do ano, a ocorrência o ministro Mantega, a elevação do
Tabela 6.3 – Dívida Líquida do Setor Público (R$ milhões)
Discriminação mar/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08
Dívida Líquida Total 1088453 1150357 1140900 1157005 1141321
Governo Central 756151 816680 802153 816488 802463
Governos Regionais 362641 373323 376984 378379 379725
Empresas Estatais -30338 -39647 -38236 -37863 -40866
Dívida Líquida Total 1088453 1150357 1140900 1157005 1141321
Dívida Líquida Interna 1202125 1393139 1394749 1409405 1412416
Dívida Líquida Externa -113672 -242782 -253849 -252400 -271095
DLSP em % do PIB 45,04 42,8 41,9 42,1 41,2
Fonte: BCB – Nota para a imprensa de 30/04/08.
superávit também contribuiria para pelo temor de uma inundação de
combater a inflação e evitar uma dólares no país após a obtenção do
política monetária mais rigorosa. É “investment grade”. A criação do fundo
necessário evidenciar que o fundo soberano busca, além dos objetivos
soberano proposto não utilizaria as citados, enxugar parte da massa de
reservas cambiais brasileiras para sua dólares, reduzindo os efeitos
constituição, como ocorre em outros negativos da valorização cambial
países que se utilizam desse sobre a DLSP face uma menor
instrumento. necessidade de emissão de títulos
O governo, no primeiro trimestre de públicos.
2008, já vislumbrava a possibilidade No primeiro trimestre de 2008 o
de um aumento no nível de preços da processo de melhora do perfil da dívida
economia. Este fato é explicado pela interna federal foi interrompido com o
intenção de aperto fiscal ainda maior e agravamento da crise imobiliária
29. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 29
norte-americana. Assim, o esforço do desestimulados principalmente pela
Banco Central brasileiro de aumentar a redução da taxa de juros específica
participação de títulos de rendimento para prazos mais longos.
pré-fixado e desestimular os títulos Na análise da participação dos títulos
pós-fixados foi em parte revertido. indexados pelos índices de preços
Pode-se observar uma redução observa-se um aumento de 0,6 p.p.,
significativa de 3,6 p.p. na participação possivelmente graças às expectativas
dos títulos de remuneração pré-fixada de alta inflacionárias relativas aos
de dezembro de 2007 para janeiro. preços dos alimentos.
I s s o a f e t o u d i r e t a m e n t e a s Segundo a ata COPOM do mês de
expectativas sobre a taxa de juros março, os principais fatores que
básica SELIC, exigindo um volume contribuíram para a redução das taxas
maior de operações de curto prazo no de juros futuros de prazo mais longo
mercado aberto de títulos. Destaca-se foram as expectativas pessimistas em
o mês de janeiro, no qual os mesmos torno da crise externa, a expectativa
atingiram uma participação no de alta do risco país, a divulgação de
montante da dívida de 15,9%, 4 p.p. índices de inflação inferiores aos
maior do que em dezembro de 2007. esperados, e à extinção da CPMF.
Dessa forma, na administração da Os meses de fevereiro e março
liquidez do mercado e de reservas refletiram o empenho do governo de
bancárias o ponto importante foi o controlar a liquidez e o aumento
aumento do volume de operações esperado do consumo de início de ano.
compromissadas, ou seja, leilões Assim, as evoluções das operações no
formais anunciados com antecedência mercado de títulos se mantiveram
aos Bancos Comerciais. Tal aumento foi relativamente estáveis ainda que
observado principalmente pelo saldo permaneçam elevadas em relação ao
diário médio de R$ 105,7 bilhões das mesmo período do ano passado. Este
operações tomadoras de recursos com desempenho mostra uma retomada da
prazo máximo de 28 dias, e também política de melhora do perfil da dívida,
das operações de curtíssimo prazo, que entretanto não sendo tal esforço
somaram saldo médio de R$20,3 suficiente para recuperar o resultado
bilhões. Esse número considerável alcançado em dezembro de 2007 em
evidencia a situação delicada que se que se observava uma participação de
e n c o n t rava m a s a u t o r i d a d e s 32,9% de títulos prefixados frente à
monetárias ao preferir recursos mais dívida total.
imediatos aos de longo prazo
Tabela 6.4 - Títulos Públicos Federais e oper. e mercado aberto
Discriminação mar/07 jan/08 fev/08 mar/08
Dívida Total (R$ bilhões) 1 248 588 1 432 308 1 441 664 1 455 018
Indexadores (%)
Over/Selic* 35,5 32,0 32,3 31,4
Câmbio* -0,9 -1,9 -1,9 -1,9
Prefixado 34,1 29,3 30,8 31,2
TR 2,1 1,8 1,8 1,8
Índice de preços 20,7 22,9 23,2 23,5
Oper. De Merc. Aberto 8,5 15,9 13,8 14,1
*com operações de Swap
Fonte: BCB - Notas para imprensa de março de 2008
30. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 30
No que diz respeito à balança aumento considerável de bens de
comercial, houve nesse trimestre um consumo, que poderiam ser atendidos
superávit de apenas US$ 2,838 pela produção interna não fosse a forte
bilhões, queda de 32,5% em relação apreciação do real. Além disso, o
ao mesmo período do ano passado comportamento das exportações é
(tabela 7.1). Comparando-se o forte indicativo de que os efeitos
primeiro trimestre de 2008 com o positivos sobre a estrutura industrial é
p r i m e i r o t r i m e s t r e d e 2 0 0 7 n o s e n t i d o d e u m a m a i o r
observamos que as importações especialização em produtos primários
tiveram um crescimento de 41,8%, e semimanufaturados.
contra 13,8% das exportações. Assim, em termos de importação,
A análise da pauta de importações destacaram-se os aumentos nas
revela que esse resultado pode ser aquisições de partes e peças para bens
explicado pela valorização da moeda de capital para a agricultura
nacional, permitindo a compra de bens (+128,6%); máquinas e ferramentas
de equipamento, e que poderá se (+113,8%), bens e equipamentos
c o n f i g u r a r e m a u m e n t o d a para a agricultura (+95,5%);
produtividade no futuro. Porém essa ferramentas (65,3%); maquinaria
apreciação também significou industrial (+52,1%) e partes e peças
Tabela 7.1 - transações Correntes (US$ milhões)
Discriminação
2007 2008
Mar Jan-Mar Ano Mar Jan-Mar
Balança comercial (FOB) 3.306 8.720 40.028 1.012 2.835
Exportação de bens 12.889 34.002 160.649 12.613 38.690
Importação de bens -9.583 -25.282 -120.621 -11.601 -35.854
Serviços e rendas (líquido) -3.423 -9.440 -42.597 -5.790 -14.584
Serviços -1.103 -2.723 -13.355 -1.186 -3.848
Receita 1.914 5.791 23.895 2.429 7.260
Despesa -3.016 -8.514 -37.250 -3.615 -11.108
Rendas -2.320 -6.717 -29.242 -4.604 -10.736
Receita 701 2.013 11.493 947 2.879
Despesa -3.021 -8.730 -40.734 -5.551 -13.615
Transferências unilaterais correntes 352 961 4.029 349 992
Transações correntes 235 241 1.461 -4.429 -10.757
Fonte: BCB - Séries temporais
7. SETOR EXTERNO
Neste primeiro trimestre de 2008, o transações correntes quanto da conta
Balanço de pagamentos apresentou capital e financeira. Desse modo, a
uma queda substancial do superávit tendência de taxas de crescimento das
em relação ao mesmo período do ano importações acima do crescimento das
anterior. O resultado global no exportações, já observada em boletins
trimestre janeiro-março foi um anteriores, é agravada pela alteração
superávit de U$ 8.217 bilhões de do comportamento da conta capital e
dólares contra U$ 23.370 bilhões no financeira, que parece não apresentar
mesmo trimestre de 2007. A avaliação mais o mesmo potencial para
das contas revela que esse resultado se assegurar os elevados superávits dos
deveu à alteração tanto do saldo em anos anteriores.
31. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 31
para bens de capital para indústria (+74,2%) e carne de frango
(39,4%); máquinas e aparelhos de (+47,1%). Nos semimanufaturados,
escritório e serviço científico os maiores destaques nas vendas
(+32,6%); acessórios de maquinaria externas foram óleo de soja em bruto
industrial (+27,6%) e equipamento (+144,3%), ferro-ligas (+94,1%),
fixo de transporte (+26,9%). celulose (+28,3%), produtos
Nas exportações, no acumulado de semimanufaturados de ferro ou aço
janeiro a março de 2008, todas as (+28,0%) e ferro fundido (+25,9%).
categorias de produtos tiveram um No grupo dos produtos manufaturados
crescimento relativo. Na categoria de exportados os que tiveram maior
produtos básicos, vale ressaltar o desempenho em suas vendas foram:
crescimento dos seguintes produtos: óleo de soja refinado (+160,9%), café
carnes salgadas (de US$ 8,4 milhões solúvel (+53,8%).
para US$ 177,7 milhões), minério de Na conta de serviços e rendas,
manganês (+466,6%), algodão em tradicionalmente deficitária, houve um
bruto (+97,7%), milho em grãos aumento do déficit de 54,4%, em
Tabela 7.2 - Conta capital e financeira (US$ milhões)
Discriminação
2007 2008
Mar Jan-Mar Ano Jan Fev Mar Jan-Mar
Conta capital e financeira 8.955 24.740 89.155 9.075 5.707 5.830 20.611
Conta capital 66 206 756 27 71 68 166
Conta financeira 8.889 24.535 88.399 9.048 5.636 5.762 20.445
Investimento direto (líquido) 1.300 8.502 27.518 3.278 -121 1.151 4.308
Investimentos em carteira 4.240 9.448 48.390 -1.731 2.187 5.196 5.652
Derivativos -19 -111 -710 -46 -158 9 -195
Outros investimentos 3.367 6.696 13.201 7.546 3.729 -594 10.680
Erros e omissões -661 -1.612 -3.131 -1.607 31 -61 -1.637
Var. reservas (- = aumento)
-
8.529 -23.370 -87.484 -3.231 -3.645 -1.341 -8.217
Resultado global do balanço 8.529 23.370 87.484 3.231 3.645 1.341 8.217
Fonte: BCB - Séries temporais
relação ao resultado do mesmo cartões de crédito, computadores e
período no ano anterior: o déficit de informação. A conta de serviços teve
US$ 9,440 bilhões no primeiro déficit de US$ 3,848 bilhões no
trimestre de 2007 passou para U$ primeiro trimestre de 2008, um
14.584 bilhões em 2008. Desse modo, aumento de 41% frente ao déficit de
o saldo em transações correntes sofreu US$ 2,723 bilhões no mesmo período
uma deterioração importante: de um de 2007.O gasto com aluguel de
saldo positivo de U$ 241 milhões equipamentos no primeiro trimestre de
passou a um déficit em 2008 de U$ 2008 foi de US$ 1,501 bilhões, o que
10.757 bilhões no primeiro trimestre correspondeu a 39% do déficit na
de 2008. Esse resultado deixa ainda rubrica serviços. O gasto com
mais claro, como já mencionado, a transportes de janeiro a março de 2008
dependência do país em relação ao teve um saldo negativo de US$ 1,532
fluxo da conta capital e financeira. bilhões representando, portanto,
A conta de serviços, de janeiro a 39,8% do déficit na conta de serviços
março, mantém a tendência de no primeiro trimestre de 2008.
aumento dos gastos com transportes, A rubrica rendas, com um déficit de
32. Vitória/ES - Boletim Nº.41 - 32
US$ 10,736 bilhões, é a maior 2007, para US$ 4.308 milhões, no
responsável pelo resultado ruim da
mesmo período de 2008. Apesar do
conta, sendo o seu resultado
Brasil apresentar a maior taxa real de
equivalente a 73,3% do déficit total do
juros do mundo, observa-se que nesteprimeiro trimestre de 2008. O
primeiro trimestre o investimento emdesempenho deficitário dessa rubrica
explica-se pelo considerável aumento carteira diminuiu em comparação com
da remessa de recursos para fora do o mesmo período de 2007, passando
país via rendas de investimento direto, de US$ 9.448 bilhões para US$ 5.652
que contabilizou um déficit de US$ bilhões (diminuição de 40%). Houve
6,804 bilhões no primeiro trimestre de
diminuição do peso relativo dessa
2008, frente a um déficit de US$ 2,736
rubrica, que passou de umabilhões no mesmo período de 2007,
participação de 38,2% para 27,4% emaumento de 248%.
2008. Essa queda pode ser justificadaAs transações unilaterais somaram
US$ 992 milhões no primeiro trimestre com base na conjuntura internacional,
d e 2 0 0 8 , m a n t e n d o u m que aumenta o grau de incerteza e faz
comportamento similar ao primeiro c o m q u e o s m e r c a d o s e m
trimestre de 2007 no aporte de
desenvolvimento sejam preteridos em
recursos, registrando um aumento de
benefício de outros mais seguros. A3% apenas se comparado a 2007,
rubrica outros investimentos, quequando o volume das transações
pode ser compreendida comochegou a US$ 961 milhões.
empréstimos e financiamentosA conta capital e financeira do primeiro
brasileiros a curto e longo prazotrimestre do ano corrente apresentou
concedidos a não-residentes,superávit de US$ 20.611 bilhões,
depósitos no exterior, e depósitos derepresentando uma diminuição de
não-residentes no país, apresentou19% em relação ao mesmo período do
aumento de 59% na comparação dosano anterior. Embora ainda pouco
primeiros trimestres desse ano com orepresentativo, esse resultado pode
anterior. Desse modo pode-se inferirindicar dificuldades devido à crise no
que as altas taxas de juros do país nãomercado financeiro internacional.
têm servido para tornar o Brasil maisObserva-se também diminuição do
atrativo para os investimentos,investimento direto: uma queda de
restringindo-se aos efeitos sobre opraticamente 50%, de US$ 8.501
mercado financeiro.milhões, no primeiro trimestre de
33. Vitória/ES - Boletim Nº41 - 33
Grupo de Estudos e Pesquisa em Conjuntura
Departamento de Economia
Curso de Ciências Econômicas
Universidade Federal do Espírito Santo
Av. Fernando Ferrari, 514 – Campus Goiabeiras – Vitória – ES
CEP 29075-910 – Tel/fax: (27) 3335-2605/2645
Coordenação: Ana Carolina Giuberti e Fabrício Augusto de Oliveira
Professores Pesquisadores: Adriano Teixeira, Luiz Jorge V. P.
Mendonça, Neide César Vargas, Paulo Nakatani e Vinícius Vieira
Pereira
Participaram neste número:
Anna Paula Lage Ribeiro
Daniel Pereira Sampaio
Danielle S. do Nascimento
David Sacramento Carvalho
Davy Frederico Souza
Eduardo Borchardt
Karoline Pereira Ferreira
Luiz Eugênio de M. Xavier
Nádia Delarmelina
Paulo Márcio Mendes
Rafael da Silva Barbosa
Rafael Venturini Trindade
Rafaela Bermond Caliman
Thais Oliveira de Oliveira
Thiago Duarte Matias
Victor Nunes Toscano
Vitor César Zille Noronha
IMPRESSO NA GRÁFICA DA UFES COM O APOIO DO CCJE