O Brasil corre o risco de ficar de fora das discussões da próxima reunião da Organização Internacional do Café (OIC) por deixar de pagar uma dívida de R$ 2,3 milhões. O pagamento é obrigatório para que os países-membros tenham direito a voto. O governo brasileiro está tentando quitar a dívida antes do início da reunião para evitar constrangimentos.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 28/09/2015
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Dívida de R$ 2,3 milhões pode tirar Brasil das discussões da OIC
Valor Econômico
28/09/2015
Cristiano Zaia
Um episódio insólito decorrente do
ajuste fiscal nas contas públicas do
governo pode levar o Brasil ao
constrangimento de perder assento
na próxima reunião da Organização
Internacional do Café (OIC),
agendada para quarta e quinta-feira
desta semana, em Milão. Se até terça-feira não pagar uma taxa anual equivalente a R$ 2,3
milhões que deve para a entidade, o país, maior produtor de café do mundo, não terá direito a
voto nas discussões.
O pagamento dessa contribuição é condição obrigatória para que os 77 membros tenham voz
nas decisões do órgão, que envolvem ações de promoção comercial, financiamento, combate a
pragas e acordos de cooperação. Quanto maior a importância do país no segmento – e
nenhum é mais importante que o Brasil -, maior é a taxa a ser paga. Não por coincidência, o
presidente da OIC, que tem sede em Londres, é o brasileiro Robério Oliveira, que ocupa o
posto desde 2011.
Oliveira disse ao Valor que já houve casos pontuais de nações menores, com menos
expressão no mercado internacional de café, que ficaram de fora da pauta de discussões por
inadimplência. O dirigente confirmou a atual pendência brasileira e destacou que o país nunca
deixou de cumprir com esse compromisso desde a fundação da OIC, há 52 anos.
"Com certeza, a ausência do representante brasileiro, assim como de qualquer outro país com
assento na OIC, teria um reflexo simbólico, porque até sexta-feira temos que definir a
participação dos representantes dos países produtores e importadores nos vários comitês da
entidade".
Oliveira ponderou que só terá acesso ao relatório dos pagamentos efetuados pelos países-
membros nesta segunda-feira. E afirmou que está em contato permanente com Frederico
Arruda, embaixador brasileiro em Londres. Arruda é o representante do Brasil na OIC e
coordena o conselho dos países produtores da entidade.
Uma fonte do governo que vem lidando diretamente com a situação explicou que devido aos
cortes orçamentários feitos pelo Executivo ao longo do ano, o Ministério do Planejamento,
responsável nos últimos anos pelo pagamento dessa taxa, não pôde liberar recursos para
quitar a contribuição. Sem fluxo financeiro, a Pasta até cogitou transferir a responsabilidade ao
Ministério da Agricultura.
Mas, como não conseguiu, só resta ao Planejamento correr contra o tempo para sanar a dívida.
"De fato, o cronograma de pagamentos sofreu atrasos e o governo brasileiro está em esforço
para realizar o pagamento antes do início da 115ª Reunião do Conselho Internacional do Café",
informou, em nota, o ministério.
Em reunião com senadores da bancada ruralista do Congresso Nacional na semana passada,
a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, chegou a afirmar, reservadamente, que o Fundo de
Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que financia a cafeicultura brasileira, poderia ser
utilizado em último caso para quitar o débito.
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Para não participarem de um eventual "papelão" caso o Brasil não pague o que deve,
executivos de entidades de classe do segmento e parlamentares que se planejaram para
defender a qualidade do café brasileiro no evento da OIC cogitaram cancelar suas viagens.
Para o deputado Silas Brasileiro (PMDB-MG), presidente do Conselho Nacional do Café (CNC),
se o Brasil ficar de fora das decisões da próxima reunião da OIC poderá ter sua reputação
abalada no segmento. E isso, afirmou, em um momento já negativo para a imagem do país por
conta dos escândalos envolvendo a Petrobras e do rebaixamento do grau de investimento pela
agência Standard & Poor’s.
Região do Alto Caparaó vence Coffee of the Year pelo segundo ano consecutivo
CaféPoint
28/09/2015
Thais Fernandes
Destacando a importância de
conhecer a sua própria região e
acompanhado por uma torcida que
exaltava o Região do Alto Caparaó,
Clayton Barrossa Monteiro (foto:
Bruno Lavorato / Café Editora) levou,
no sábado (26/9), o troféu de Coffee
Of The Year 2015. “Para cada ano a gente busca
fazer algo diferente. Acredito que o caminho para o
produtor que busca um campeonato é sempre estar
trabalhando e, principalmente conhecendo a sua
própria região", declarou o produtor que recebeu o prêmio no último dia da Semana
Internacional do Café deste ano.
A vitória faz sequência com o primeiro lugar que Clayton conseguiu na edição de 2014 do
Coffee Of The Year. "Neste ano eu procurei trocar ideia com outros produtores. Conhecer mais
sobre o microclima”, conta ele sobre os trabalhos para manter o desempenho de seu café. "Eu
não só acompanho todos os processos para a produção do café, como inclusive faço a
secagem. Essa cor aqui não é só do surf, não", brinca o produtor, que cultiva café natural na
Fazenda Ninho da Águia.
O vice-campeonato ficou com a região do Cerrado Mineiro, com a AC Café. O prêmio elegeu
os dez cafés vencedores, entre diversas regiões do país. Confira, abaixo, a lista completa dos
campeões de 2015:
1º lugar – Clayton B. Monteiro – Fazenda Ninho da Águia – Alto Caparaó (MG) – Café natural
2º lugar – AC Café – Fazenda Santa Rosália – Araxá (MG)
3º lugar – Samuel Inácio Lopes – Sítio Pedra Redonda – Araponga (MG) – Café natural
4º lugar - Maria Simone Prock Borges – Sítio Caramelo - São Gonçalo do Sapucaí (MG)
5º lugar – Simone A. D. S. Silva – Fazenda Jardim das Oliveiras - Araponga (MG)
6º lugar – José Hiroti Okuyama – Rio Paraíba (MG) – café natural
7º lugar – Maria Aparecida Milagre – Araponga (MG) – CD e lavado
8º lugar - Tuffi Bichara – Sítio Cafezal em Flor – Monte Alegre do Sul (SP) – CD
9º lugar – Jésus Euzébio Lopes – Araponga (MG) – CD
10º lugar - FRB Agronegócios LTDA – Sítio Santa Rita – Piumhi (MG) – café natural
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Agronegócio do ES exporta mais de 1,1 bilhão de dólares em 2015
G1 ES
28/09/2015
Do G1 ES
O agronegócio no Espírito Santo exportou
mais de U$1,1 bilhão nos sete primeiros
meses de 2015, de acordo com um
levantamento da secretaria de estado da
Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e
Pesca (Seag). O valor equivale a mais de
1,59 milhão de toneladas de produtos
exportados entre janeiro e julho.
De acordo com a Seag, a crise hídrica não
atingiu as exportações do café, produto
símbolo da produção agrícola do estado.
TABELA
O volume de café verde exportado no
período registrou um aumento de 26,5%. Ao
todo, foram comercializadas 205,9 mil
toneladas do produto.
A receita obtida com a venda do café verde
também aumentou 18,7%, uma
movimentação de U$415 milhões.
Celulose – A celulose, o produto mais
exportado pelo Espírito Santo, continua
registrando queda no preço internacional.
Por esse motivo, a receita reduziu em
8,49%. Já o volume exportado se manteve em aproximadamente 1,35 milhão de toneladas.
Pimenta-do-reino – Já a receita da pimenta-do-reino continua aumentando. As exportações
geraram uma receita de U$63,8 milhões, um aumento de 37,9% com relação ao mesmo
período de 2014.
Procafé: renovação plena de cafeeiros arábicas recepados, na região quente de Pirapora
Fundação Procafé
28/09/2015
Por J.B. Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, e V. Josino, Reginaldo Araujo e
Cláudio Lara, técnicos da Agropecuária São Thomé
A poda de recepa, efetuada em uma área de 80 ha, de cafezal catuai, depois de 12 safras
colhidas, na região quente de Pirapora, resultou em rápida e plena recuperação dos cafeeiros,
por novas brotações ortotrópicas.
Por se tratar de uma área de baixa altitude (520 m) e de temperatura alta (média anual de 24,5º
C), condição considerada, até pouco tempo, inadequada e estressante para cafeeiros arábica,
havia desconfiança, de alguns técnicos, acerca da capacidade de recuperação dos cafeeiros
podados nessa região, ou seja, havia temor sobre o vigor e a longevidade da plantação.
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A área corresponde a um pivô com plantio circular, no espaçamento de 3,6 X 0,5m, com
irrigação com lepa, os cafeeiros tendo, na época da poda, cerca de 14 anos.
A recepa foi feita um pouco mais baixa que o usual, a 20-30 cm, para favorecer uma saia mais
baixa e reduzir a desbrota. A poda foi realizada em set de 2013, sendo conduzida com uma só
haste por planta.
Em agosto de 2015 as plantas já atingiram a uma altura de cerca de 1,5 m e na safra deste ano
resultou uma produtividade de cerca de 30 scs por ha, com previsão de colheita, em 2016, de
60-70 scs/ha.
A recuperação observada na lavoura foi muito boa, superior, até, àquela verificada em
condições de temperaturas mais amenas.
Em todo o pivô, com área de 80 ha, com um parque de cerca de 450 mil plantas, houve
necessidade de apenas 2000 replantas, com mudões.
Assim, conclui-se que, ao contrário do que se conjecturava, a recuperação de cafeeiros de
variedades de C. arábica, como a Catuai, no pós-recepa, se torna plenamente eficiente,
mesmo em zonas quentes.
Ressalta-se que a recepa foi necessária diante do prolongamento do ciclo produtivo dos
cafeeiros, em função da exigência de rendas com a produção.
No entanto, verificou-se que, nessas regiões quentes, o ciclo deveria ter sido menor, com a
indicação de poda de esqueletamento/decote mais cedo, após à 6ª ou 7ª safras, com isso seria
evitada a recepa.
Recuperação de lavoura por recepa, em pivô de 80 ha, com plantio circular e irrigação por lepa,
com cafeeiros aos 2,5 anos pós-poda, apresentando mais de 1,5 m de altura nas plantas.
Pirapora-MG
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Vista geral do pivô com as plantas renovadas, pós-recepa, vendo-se, ao fundo, o pivô irrigando
por lepa.
Café: produtores vão ao Canadá nesta semana para tentar fechar negócios
Agência Estado
28/09/2015
Uma missão comercial de cafeicultores vai embarcar na semana que vem para o Canadá, para
tentar aumentar a exportação do grão para aquele país da América do Norte. A programação,
que vai de terça-feira (29) ao dia 8 de outubro, inclui Vancouver, Toronto e Montreal e terá
rodadas de negócios, visitas técnicas e treinamentos, além da participação na "Canadian
Coffee and Tea Show", informa a Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), promotora da
viagem.
A comitiva terá integrantes das empresas Santo Valle Specialty Coffees (Ribeirão Preto/SP),
1857 Coffee Export (Machado/MG), Kaphé Indústria e Comércio (Guaxupé/MG), Arroba
Agronegócios (Bocaína/SP) e Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal - Coopinhal
(Espírito Santo do Pinhal/SP).
Na primeira missão realizada em 2014, a CCBC levou ao Canadá sete produtores de café de
diversas regiões produtoras brasileiras, e algumas delas já estão exportando café para o
Canadá. Atualmente, o país norte-americano é o nono maior consumidor per capita de café do
mundo, com um crescimento de 3% ao ano. O Brasil responde por 23% das importações,
sendo o segundo maior fornecedor do produto, perdendo apenas para a Colômbia.
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Vietnã: exportação de café deve recuar 12,5% em setembro
Agência Estado
28/09/2015
As exportações de café pelo Vietnã devem recuar 12,5% em setembro ante agosto, para 81 mil
toneladas, cerca de 1,350 milhão de sacas de 60 kg, estimou o Ministério da Agricultura e
Desenvolvimento Rural do país. No acumulado do ano, os embarques são projetados em 961
mil toneladas (16,017 milhões de sacas), queda de 31,2% na comparação com igual período
do ano passado. A Alemanha e os Estados Unidos foram os principais compradores de café do
Vietnã no período, informou o ministério.
O Vietnã é o segundo maior produtor mundial de café, atrás apenas do Brasil. Considerando-se
a variedade robusta, o país asiático lidera a produção global. Analistas afirmam que os
agricultores do Vietnã estão segurando seus estoques nesta temporada, esperando uma
recuperação das cotações no mercado internacional. Fonte: Dow Jones Newswires.
Colômbia: Região de Huila sofre com seca severa
CaféPoint
29/08/2015
As informações são do La Nación / Tradução por Juliana Santin
Chega a ser deprimente o panorama que se pode observar hoje nos hectares
destinados ao cultivo de café e à produção pecuária em Huila, na Colômbia.
Ainda que o Governo desse Departamento não tenha entregue um balanço
oficial do impacto do fenômeno do El Niño na agricultura e na pecuária,
representantes desses setores advertem que, sem dúvida, as afecções são
muito graves, não somente ambientais, mas também econômicas, pois os
pequenos produtores são os mais afetados.
O norte de Huila tem levado a pior parte do efeito climático que se apresenta em todo o país, o
que se espera que dure até o mês de março do próximo ano. No entanto, os agricultores do
Departamento estão esperançosos de que outubro não seja outro mês de seca, pois os custos
para manter suas terras ótimas seguem aumentando.
O Comitê Departamental de Cafeicultores vem trabalhando com o Serviço de Extensão,
construindo um documento onde se possam estabelecer pontualmente as afecções com o fim
de projetar estratégias que ajude a mitigar o impacto, explicou o vice-presidente do Comitê,
Álvaro Espitia.
No entanto, o produtor de café da vereda La Troja, no município de Baraya, Calixto Villaneda,
disse que “em representação do grupo associativo El Nogal, fomos muito afetados pelo verão e
os cafés têm uma perda que cada vez nos preocupa mais”.
Ele disse que a organização é formada por 22 famílias cafeeiras e que, até o momento, as
perdas foram de cerca de 50%. “A produção tem sido melhor, mas a qualidade e o valor
econômico foram totalmente perdidos. As entidades não têm feito nada; nem o Governo, nem o
Comitê, mas estamos esperando que tomem uma medida para enfrentar esse panorama. Não
queremos perder o pouco que temos”.
“Queremos que a Federação Nacional de Cafeicultores tome parte do que está acontecendo,
porque com a obrigação de subir os custos, também aumentam as dívidas que temos com os
bancos, e é isso que não sabemos como poderemos solucionar”.
De outro lado, o cafeicultor do município de Santa María, Ricardo López, foi mais preciso frente
às novas dificuldades que os cafeicultores enfrentam com o fenômeno. “Os custos dos insumos
para a cafeicultura já dispararam em quase 30% pela alta do dólar e agora os pequenos
cafeicultores, como eu, estamos tendo que fazer investimentos em sistemas de irrigação, para
que a colheita não seque”, disse López, que já teve que demitir vários funcionários de sua
fazenda devido à situação que enfrenta. Ele disse que sua fazenda, que tem sete hectares de
café, já está com 45% afetada pela seca.