1. CLIPPING – 05/09/2014
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CNC – Balanço Semanal de 1º a 05/09/2014
P1 / Ascom CNC
05/09/2014
— Liberação do BeneviaTM permitirá o controle da broca do café. Agora, o CNC trabalha para a
autorização de um segundo ingrediente ativo.
Na segunda-feira, 1º de setembro, o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas
Brasileiro, e o ex-ministro da Agricultura, deputado federal Antônio Andrade, acompanharam a
assinatura, por parte do Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Rodrigo Figueiredo, da autorização emergencial e temporária à DuPont para
importar o produto BeneviaTM, que possui como ingrediente ativo o Ciantraniliprole, a ser utilizado no
combate à broca no Estado de Minas Gerais, de acordo com as medidas estipuladas pela Portaria
Mapa nº 711, de 17 de julho de 2014.
Esse resultado é fruto de um trabalho que nós, do CNC, em conjunto com a Comissão Nacional do
Café da CNA, iniciamos ainda em 2012, quando soubemos que o único produto com eficácia para o
combate à praga seria banido do mercado. Ao longo da tramitação, foi fundamental o trabalho dos
fiscais federais agropecuários e das diversas autoridades do Mapa, como o Diretor do Departamento
de Sanidade Vegetal, Luis Eduardo Rangel, o Secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo
Figueiredo, a Secretária de Produção e Agroenergia, Cleide Laia, o Secretário Executivo, Gerardo
Fontelles, e o Ministro Neri Geller, aos quais agradecemos pelo empenho e pelo comprometimento
com a cafeicultura nacional.
A autorização concedida na segunda-feira foi um passo inicial e uma importante conquista para que a
broca do café não impacte diretamente no rendimento e na qualidade de nossos cafés. Contudo, o
Conselho Nacional do Café manterá seu trabalho e os contatos com o Governo Federal para a
autorização de um segundo ingrediente ativo para o combate à praga, o
Chlorantraniliprole/Abamectin, da Syngenta. Isso porque o CNC entende como salutar a existência de
mais de um produto no mercado, estimulando a concorrência comercial e dando mais opções aos
produtores de café do Brasil.
Por fim, vale frisar que, para obter a autorização para uso do produto contra a broca, os demais
estados do País devem realizar seus estudos a fim de detectar um estado de emergência
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2. fitossanitária relacionado à praga, o qual deverá ser encaminhado ao Governo Federal para que
analise e conceda a essas unidades federativas o mesmo direito adquirido por Minas Gerais.
MERCADO — O mês de setembro começou com forte oscilação nas cotações futuras do café
arábica. Em meio à preocupação com os possíveis danos que o período seco possa adicionar à safra
2015 do Brasil, investidores aproveitaram os momentos de alta para realizar lucros.
Na América Central, a Guatemala foi o primeiro país a revisar para baixo sua estimativa para a
próxima safra de café, devido à estiagem prolongada que está causando a maior crise de
insegurança alimentar da história da região. A Associação Nacional de Café da Guatemala (Anacafé)
divulgou, ontem, que uma pesquisa preliminar em duas regiões produtoras do país - Santa Rosa e
Jutiapa - indicou perdas da ordem de 3% no volume a ser produzido de café em 2014/15, equivalente
a 9,6 mil sacas de 60 kg.
O pregão de terça-feira da ICE Futures US encerrou-se com o contrato C atingindo o valor mais alto
desde o final de abril, a US$ 2,0945 por libra-peso para o vencimento mais líquido. No dia seguinte,
com a ocorrência das chuvas anteriormente previstas para o Sudeste do Brasil, investidores
aproveitaram para realizar lucros. Até o fechamento da quinta-feira, que se deu a US$ 2,0245 por
libra-peso, o vencimento dezembro do contrato C acumulava alta de 125 pontos.
Na Bolsa de Londres, os futuros do café robusta também percorreram trajetória de valorização. O
vencimento novembro do Contrato 409 encerrou a quinta-feira a US$ 2.091 por tonelada, com ganhos
acumulados de US$ 36.
Seguindo o comportamento internacional, os preços domésticos brasileiros do café também oscilaram
bastante, o que enfraqueceu o ritmo dos negócios. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$
448,29/saca e a R$ 253,48/saca, respectivamente, com variação de -1,5% e 0,1% no acumulado da
semana.
O dólar encerrou a quinta-feira a R$ 2,2434, com variação de 0,2% em relação ao fechamento da
semana anterior. O corte de juros pelo Banco Central Europeu e especulações quanto ao cenário
eleitoral brasileiro levaram à tendência de discreta valorização da moeda norte-americana.
A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou estatísticas que demonstram crescimento da
participação brasileira nas exportações mundiais de café, nos dez primeiros meses da temporada
2013/14. O share brasileiro, que era de 28% entre outubro de 2012 a julho de 2013, atingiu 32% no
mesmo período do ano cafeeiro 2013/14. Ainda segundo a OIC, entre esses dois períodos, as
exportações brasileiras de cafés lavados e de robustas foram as que apresentaram maior
crescimento, de acordo com o quadro abaixo.
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Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
Seca, capacitação e geração de renda
SISTEMA FAEMG
05/09/2014
Durante o encontro, que contou com produtores e
representantes de Sindicatos e cooperativas de
diversas áreas do estado, houve unanimidade na
confirmação de quebra na safra que acaba de ser
colhida e previsão de redução para a safra
2015/16. Segundo o diretor da FAEMG e
presidente da Comissão, Breno Mesquita, a seca
deste ano teve forte impacto sobre os tratos
culturais: “Para este ano, a queda foi de cerca de
30%, variando de região para região. Para o
próximo ano, ainda é cedo para estimarmos um
percentual de redução, mas é importante
destacarmos que já podemos crer que será
realidade para todas as regiões produtoras do estado”.
Os membros da comissão levaram à reunião números oficiais e histórias de produtores de suas
regiões. O presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Medeiros, Galeno Leite, contou sobre a
perda de 40% na atual safra, já confirmada pelo IBGE e Conab. Acompanhado de produtores, falou
sobre os prejuízos gerados por granizo e estiagem, e a dificuldade encontrada por eles para acessar
créditos para se preparem para a nova safra.
Alternativas — Para Breno Mesquita, a confirmação de que o próximo ano será novamente de
quebra reforça a importância de que os produtores tenham bastante cautela na comercialização da
safra atual e, em seguida, na gestão dos recursos e da propriedade. Segundo ele, é momento para
que os produtores se informem, busquem conhecimento e alternativas, novas tecnologias e
tendências do mercado: “Grande oportunidade para isso será a realização, em BH, da Semana
Internacional do Café, de 15 a 18 de setembro. Exatamente por apostar na importância de capacitar
os produtores mineiros e promover nossa cafeicultura para o mundo, a FAEMG é uma das
4. realizadoras deste grande encontro, que terá muitas palestras, rodadas de negócios e sessões de
cupping. E estamos reforçando nosso convite para que todos o setor produtivo participe e aproveite
ao máximo dessa oportunidade”, destacou o presidente da Comissão.
Outra frente de trabalho para minimizar a situação vivida pelo setor, segundo ele, será novamente a
pressão por políticas públicas de geração de renda, já que falta planejamento que assegurasse
investimentos contínuos na melhoria da qualidade do grão, nos tratos culturais e em safras bem
posicionadas, dentre os melhores cafés do mundo.
Durante a reunião de ontem, Breno Mesquita apresentou à Comissão Estadual uma proposta da
Comissão Nacional de Café, da CNA, e da BMF (Bolsa de Mercadoria & Futuros) para formatação de
um programa de garantia de renda ao produtor com opções privadas de venda.
Divida Ativa — Outro tema tratado na reunião foram os critérios para renegociação e liquidação de
operações de crédito rural inscritas na DAU (Dívida Ativa da União).
Portaria publicada no Diário Oficial desta sexta (5/9), dará norte aos produtores rurais sobre como
proceder para requerer e garantir os descontos previstos na Lei 11.775 (art 8º), que teve redação
modificada pela Lei 13.001. “Ela é de extrema importância para milhares de produtores rurais
inscritos na DAU que esperavam a oportunidade de regularizar sua situação”. O prazo para
liquidação ou renegociação é até 31/12/2015.
REPLAY — BM&FBovespa negociará contrato futuro para café tipo 6/7
Agência Estado
05/09/2014
A BM&FBovespa autorizará a partir do próximo dia
8 de setembro, a negociação do contrato futuro de
café arábica 6/7 e, a partir de 9 de setembro, a
negociação dos contratos de opção de compra e
de opção de venda sobre futuro de café arábica
6/7.
Os primeiros contratos terão vencimento em dezembro deste ano, informa a BM&FBovespa, por meio
de ofício circular. O café será cotado em dólares dos Estados Unidos por saca de 60 kg. Um contrato
equivale a 100 sacas.
Os meses de vencimento são março, maio, julho, setembro e dezembro. A data de vencimento e
último dia de negociação será o sexto dia útil anterior ao último dia útil do mês de vencimento. Nesse
dia, não se admitirão abertura de novas posições nem operações 'day trade', observa a bolsa.
Sequenciamento total do café é concluído
Correio Braziliense
05/09/2014
Paloma Oliveto
Há 10 anos, a Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou o sequenciamento
funcional (estudo da função biológica dos genes) do café, planta que dá origem à bebida mais
consumida, depois da água, em todo o mundo - são 2,25 bilhões de xícaras ingeridas diariamente no
planeta. Agora, um grupo internacional de pesquisadores, incluindo brasileiros, decifrou totalmente o
genoma da planta (além da função biológica dos genes, sua estrutura física), trabalho que deverá
contribuir muito para o melhoramento do produto. O estudo foi publicado na revista Science.
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5. Uma das principais commodities brasileiras, o café também é o carro-chefe da economia de países
como Colômbia e Vietnã e, no ano passado, movimentou US$ 15,4 bilhões em exportações,
empregando cerca de 26 milhões de pessoas de 52 nações em 2010. Não à toa, o melhoramento é
uma estratégia perseguida pela indústria - principalmente em tempos de extremos climáticos que
podem colocar a safra em risco. Há uma semana, por exemplo, o Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea) divulgou que, devido à forte seca que atinge o Brasil,
haverá até 65% de perda na safra 2014/2015.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Alan Andrade, um
dos autores do estudo, os resultados divulgados agora trazem dois impactos: o científico e o de
aplicação prática. No primeiro caso, o sequenciamento revelou que, no café, a evolução da
biossíntese da cafeína ocorreu de forma diferente da verificada em outras plantas que também
sintetizam a substância, como o chá e o cacau. O café, portanto, não herdou os genes associados à
cafeína de um ancestral comum, mas os desenvolveu por conta própria.
Aplicações — "Acho que o mais importante é a parte aplicada", destaca Andrade, que coordenou o
sequenciamento funcional do café em 2004. "Há três anos, a Embrapa está usando esse genoma
visando o melhoramento do café", conta. Ele explica que, por ser uma espécie perene - a mesma
árvore vai produzir os frutos por muitos anos -, o programa de melhoramento é demorado. São
necessários cerca de quatro anos do plantio da muda até a primeira produção para que os
pesquisadores possam avaliar se os experimentos para aperfeiçoar o aroma, o sabor ou a resistência
climática, por exemplo, deram certo.
Agora, com o genoma do café completamente decifrado, será possível fazer essa análise em apenas
seis meses, bastando investigar o DNA da folhinha de uma muda. "Assim, saberemos como ela vai
se comportar quando for para o campo", diz o cientista. O sequenciamento também vai ajudar a
integrar o trabalho dos pesquisadores porque, com um único exame genético, eles poderão prever
tanto a qualidade da planta quanto características como a resistência a pragas.
"O trabalho será integrado. Por exemplo, uma planta é promissora para o sabor e o aroma, mas é
sensível à seca. Então, você procura, pelo DNA, uma outra muda que tenha a combinação das duas
características", explica o especialista. A Embrapa tem um catálogo de mais de mil plantas
genotipadas para que os cientistas da instituição possam fazer esse tipo de pesquisa. "Já sabemos
quem são os candidatos para ir ao campo", diz Alan Andrade. "Em vez de esperar 30 anos, em cinco
já teremos os resultados validados", comemora.
Ele explica que há várias outras aplicações práticas. "Hoje, o produtor vai ao viveiro e compra uma
muda. O viveirista fala que é catuaí-vermelho. Ele leva para o campo, mas não tem garantia nenhuma
de que a muda é daquela variedade de fato. A partir de agora, ele terá 100% de certeza", exemplifica.
O pesquisador da Embrapa esclarece que, embora, com a publicação do estudo, produtores do
mundo inteiro passem a ter acesso a dados importantes sobre o melhoramento da planta, o Brasil já
está pelo menos seis anos à frente. "Temos essa vantagem competitiva", avisa.
Palavra do especialista
Produtividade e qualidade — "O Brasil foi um dos pioneiros nos estudos genômicos do café, criando
o maior banco mundial de sequências expressas do cafeeiro. Trata-se do Projeto Brasileiro do
Genoma Funcional do Café, que beneficiará tanto produtores quanto consumidores porque esses
conhecimentos científicos permitem a geração de ferramentas biotecnológicas que auxiliam os
programas de melhoramento. Como resultado, teremos menores custos de produção, maior proteção
ambiental e produtividade das lavouras, tudo isso contribuindo para maior competitividade e
qualidade. Além disso, o sequenciamento do genoma pode permitir o desenvolvimento seguro e mais
rápido de variedades com características especiais, tais como a resistência à seca, que já ocasionou
quebra na safra e prejuízos. Também será possível obter cafés com maior intensidade de aromas e
sabores ou plantas com menor teor de cafeína. O conhecimento genômico do café pode permitir
avanços na produtividade, com melhoria da qualidade e valorização do produto brasileiro." - Américo
Takamitsu Sato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
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6. Sequenciamento do genoma do café permite a melhora de seu sabor e aroma
EFE
05/09/2014
EFE | MADRI — Um grupo de cientistas, entre eles de
Brasil, Espanha, Estados Unidos e França, sequenciaram
o genoma da planta do café, o que pode ajudar a melhorar
seu aroma, sabor e produção, e a entender a evolução da
cafeína, a "melhor amiga química do homem", segundo os
autores do trabalho.
"O café é tão importante para os que madrugam todos os
dias quanto para a economia global", ressaltou Philippe
Lashermes, do Instituto Francês de Pesquisa para o
Desenvolvimento e um dos principais autores do trabalho.
Os resultados deste trabalho serão publicados na edição desta sexta-feira da revista "Science" e,
entre outros, conta com participação dos órgãos brasileiros Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep Qualicafé) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT Café), além de cientistas de
instituições de Canadá, França, Itália, EUA e Espanha.
Com um consumo que supera as 2,250 bilhões de xícaras por dia no mundo todo e uma produção de
mais de 8,7 milhões de toneladas em 2013, o café é uma das bebidas mais populares no mundo e
que dá trabalho a cerca de 26 milhões de pessoas de 52 países, segundo dados de 2010 divulgados
pela Organização Internacional do Café.
Agora, esta equipe internacional de cientistas sequenciou seu genoma, apresentando dados para
melhorar a planta.
Concretamente, os pesquisadores sequenciaram o genoma da espécie Coffea canephora ou robusta,
originária de África Ocidental e que se cultiva sobretudo no continente africano, Brasil e sudeste
asiático. Esta variedade representa 30% da produção mundial.
O estudo permite "extrair algumas conclusões sobre por que o café é tão especial", segundo
Lashermes, que em uma nota da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla
em inglês) acrescentou que o sequenciamento do genoma do café (25.574 genes) pode representar
um grande passo para sua melhora.
O trabalho da "Science" faz duas contribuições principais: proporciona ferramentas para a melhora
genética da planta do café e dá uma visão mais ampla e precisa de como foi a evolução dos genes
relacionados com a cafeína, um alcaloide que a planta usa para se defender de insetos e potenciais
concorrentes, e que os humanos transformaram em seu "melhor amigo químico".
"Se dispusermos do genoma podem ser feitos cruzamentos dirigidos que permitam, por exemplo,
obter variedades que melhorem o sabor do café - mais ou menos amargo -, o aroma e a resistência a
pragas", explicou à Agência Efe Julio Rozas, pesquisador da Universidade de Barcelona (Espanha) e
um dos participantes do projeto.
Ao comparar a planta do café com outras como a videira ou o tomateiro, os cientistas descobriram
que o café mostra um maior número de genes relacionados à produção de alcaloides que contribuem
para qualidades como aroma ou amargor do grão.
E também que entre aquelas famílias de genes que aparecem expandidas em número estão as
relacionadas com a sínteses da cafeína.
Para chegar a estas conclusões, foi utilizado um software criado na Universidade de Barcelona
(BadiRate), o qual permite conhecer quais genes se duplicam de forma recorrente em um genoma
específico.
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7. "Vimos que há algumas famílias de genes que aumentaram de forma importante no genoma do café,
muitas relacionadas com a cafeína", explicou Rozas, acrescentando que, ao contrário de outras
plantas, no café a aquisição de genes não foi através da duplicação do genoma completo, mas
através da duplicação recorrente de genes individuais.
Lorenzo Carretero-Paulet, outro dos pesquisadores (Universidade de Buffalo, Nova York, EUA),
concordou com Rozas em que um dos dados mais relevantes é que no genoma do café aparecem
expandidas famílias concretas de genes relacionados com a defesa da planta e com substâncias que
esta utiliza para interagir ecologicamente com o ambiente e, além disso, lhe conferem propriedades
de aroma e sabor.
"Isto tem implicações diretas na melhora dos mecanismos de resistência a fungos, por exemplo, e
serve para moldar a composição química do grão", assinalou o cientista em declarações à Efe.
Quanto à evolução da cafeína, o estudo reforça trabalhos anteriores que apontavam que a cafeína do
café não compartilha um ancestral em comum com a do chá e a do cacau: os genes envolvidos na
síntese da cafeína se originaram no café de forma independente.
Colheita de café de Honduras será bem sucedida em 2014/2015
CaféPoint
05/09/2014
A colheita de 2014/2015, que se inicia em 1º de outubro em Honduras, será excelente,
com boa produção e bons preços, de acordo com o presidente do Instituto Hondurenho
de Café (Ihcafé), Asterio Reyes. A produção exportável será de 4,6 a 5,3 milhões de
sacas de 60 quilos aproximadamente e poderá, inclusive, superar esse volume.
Reyes disse que se projeta fechar a colheita de 2013/2014 com uma produção
exportável de pouco mais de 3,83 milhões de sacas, apesar da ferrugem do café. Com essa
produção, estima-se uma receita de US$ 820 milhões.
A expectativa de produção exportável para 2014/2015 significa US$ 1,6 bilhão em divisas, o que
estaria duplicando as dívidas das últimas colheitas. Além disso, isso levaria a um aumento nos postos
de trabalho no setor, que chegariam a até um milhão de empregos.
No entanto, Reyes disse que apesar da boa colheita, isso não significa que os problemas tenham
acabado para o setor cafeeiro e disse que ainda há muitos problemas como a variabilidade climática
e a luta que se deve ter com as pragas para o que se deve estar capacitando os produtores de forma
constante.
Da mesma forma, pediu o acompanhamento do governo na manutenção das estradas, porque seria
grave que essas entrassem em colapso no momento de colheita do grão. Por outro lado, também
disse que se deve ter cuidado com a questão da energia elétrica, porque se seguem dando tantos
apagões, também será grave para o setor cafeeiro.
Porém, apesar dos problemas que também poderão enfrentar no setor, Reyes disse que o café
hondurenho é de uma qualidade capaz de satisfazer o paladar mais exigente e, por isso, segue
abrindo mercados.
Reportagem: http://www.radiohrn.hn/ / Tradução: Juliana Santin.
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