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As transformações económicas
e a agudização das diferenças
Por Raul Silva
A segunda fase da Revolução industrial foi caracterizada pelo desenvolvimento de novas formas de
energia, de técnicas e métodos de produção, que aumentaram a produtividade. A associação entre a
ciência e a técnica operou também uma profunda transformação no processo de industrialização, uma
vez que possibilitou a produção de novos bens a mais baixo custo e alterou o quotidiano dos indivíduos.
No decorrer destas transformações, observou-se a necessidade de reorganizar os modelos económicos
através da concentração industrial e bancária, bem como dos métodos de produção, com a
racionalização do trabalho.
Apesar da hegemonia inglesa, a partir do século XIX, assistiu-se à expansão da industrialização na
Europa, nos Estados Unidos e no Japão, alargando os mercados, diversificando produtos e
generalizando-se um intercâmbio comercial.
A expansão da industrialização e a formação de novos mercados generalizou a crença na autorregulação
dos mercados, através da lei da oferta e da procura. No entanto, o desenvolvimento das práticas
capitalistas conduziu a crises cíclicas, com diferente duração e periodicidade.
A implementação do livre-cambismo, primeiro na Grã-Bretanha, acentuou os princípios da liberdade do
comércio, da livre iniciativa e conduziu à abolição de tarifas alfandegárias, promovendo um mercado
mais livre. Afirmou-se a ideia de que cada país, especializado num determinado bem económico, obtinha
uma vantagem comparativa, produzindo uma maior quantidade de produtos nos quais era especializado,
permitindo colocá-los no mercado, a um melhor preço.
CADERNODIÁRIO
EXTERNATO LUÍS DE
CAMÕES
N.º 10
https://
www.facebook.com/
historia.externato
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ail.com
27deJaneirode2015
2
CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015
Revolução
industrial
a expansão
A Revolução Industrial conheceu um
novo impulso na segunda metade do
século XIX, beneficiando de
desenvolvimentos técnicos e de
descobertas científicas e expandindo-se
geograficamente na Europa e noutros
continentes, ainda que com ritmos
diferenciados.
A invenção do motor de combustão
interna, o uso do petróleo, do gás e da
eletricidade permitiu o aumento da
produção e da produtividade. A
segunda fase da Revolução Industrial
assentou na siderurgia e a química. O
domínio dos transportes sofreu uma
profunda transformação, pois
beneficiou do aperfeiçoamento da
locomotiva e o caminho de ferro, o
barco a vapor, o automóvel e o telégrafo
elétrico, permitindo o encurtar das
distâncias do transporte de pessoas e
mercadorias.
Os novos inventos modificaram a
produção industrial e consolidaram o
capitalismo industrial: acelerou o
crescimento económico; alargou os
mercados; consolidou o sistema fabril e
o capitalismo; melhorou as condições de
vida pela utilização de bens e
equipamentos diversificados, acessíveis a
um número crescente de consumidores;
proporcionou avultados lucros e
permitiu a afirmação de companhias
industriais.
O desenvolvimento da indústria
implicou a necessidade de investimentos
de capital e levou a que duas ou mais
empresas se associassem para
aumentarem os seus capitais. As
empresas mais fortes absorviam as mais
pequenas. Estas formas de concentração
também ocorreram no setor bancário,
com os bancos mais fortes a adquirirem
os mais pequenos, constituindo-se como
grupos económicos que financiaram as
empresas.
A industrialização era indispensável à
afirmação dos Estados, assegurando a
produção de bens essenciais, incluindo
armamento, e a criação de uma rede de
transportes, numa época em que na
Europa despertavam tensões políticas e
imperialistas.
Na França, a industrialização fez-se a
par do desenvolvimento dos caminhos
de ferro. Na Alemanha, o
desenvolvimento industrial assentou na
indústria pesada e no setor químico,
beneficiou da concentração industrial e
da concentração de capitais. Nos
Estados Unidos, o desenvolvimento dos
caminhos de ferro, a criação de um
mercado nacional, a abundância de
matérias-primas e mão de obra, foram
fatores de sucesso da indústria
algodoeira, siderúrgica, automóvel e
elétrica.
A industrialização não se generalizou
em termos mundiais, dado que as
regiões da Europa do Sul, do Norte,
Central e Oriental não conheceram um
ritmo de industrialização acelerado.
Da hegemonia inglesa
à afirmação de novas
potências
Por Peter Sterns
“A Grã-Bretanha não tinha concorrente
em nenhuma das principais fases da
produção mecânica (...) liderava no
setor têxtil, metalúrgico, mineiro e na
construção de máquinas era
insuperável. A superioridade britânica
afetou inevitavelmente a fase seguinte
da industrialização. Cerca de 1830
havia 1500 trabalhadores ingleses em
França, servindo de técnicos
especializados no setor têxtil e
metalúrgico. O papel da Inglaterra no
alargamento da industrialização foi
crucial até cerca de 1840, quando a
Bélgica, França, Estados Unidos e
Alemanha assumem uma posição
relevante. (...) A economia britânica
tendia a retirar-se da indústria para o
comércio e finança.”
Responder:
a) Refira o impacto da inovações
tecnológicas na consolidação do
capitalismo comercial.
b) Relacione os diferentes ritmos da
industrialização com o domínio
inglês.
Pesquisar:
https://www.youtube.com/watch?
v=kozyChnpwRc
“A fábrica está no centro
do novo sistema; tudo
parte dela e tudo a ela
volta; ela dá à exploração
das máquinas e dos
homens a sua respiração,
a sua eficácia, a sua
rendibilidade.”
Jean-Pierre Rioux
Concentração industrial
Os tentáculos do polvo (a Standart Oil)
alcançam as indústrias do aço, de cobre, de
transportes e o poder político.
3
CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015
O capitalismo
e os ciclos económicos
Por Stephen Berry
No final do século XIX e princípio do
século XX tornou-se frequente (...)
realçar a extensão e a regularidade dos
diferentes ciclos económicos. O ciclo de
Kitchin, que durava entre três a cinco
anos e que se refletia, supostamente, no
comportamento dos indicadores
financeiros e os preços do comércio a
retalho. Os ciclos de Juglar, de 10 anos
ou mais, marcavam mudanças
fundamentais nos mercados financeiros,
bem como nos indicadores
demográficos. Ciclo de Kuznets, que
correspondia a 20 anos, e que seguia
mudanças estruturais em setores-chave
da economia, nas principais indústrias
e, especialmente, nas oscilações na
construção. Finalmente, os ciclos de
Kondratieff, que duravam entre 50 a 60
anos, e que representavam mudanças
históricas na economia (...).
O capitalismo
e as crises
ciclícas
A expansão da industrialização, com
ritmos diferentes, nos diversos países
europeus. nos Estados Unidos e no
Japão desenvolveu-se no contexto do
capitalismo.
Os produtos circulavam, livremente, no
mercado cada vez mais mundial, onde
os preços eram fixados e oscilavam,
consoante a oferta e a procura.
Criou-se um verdadeiro mercado
mundial:
• as matérias-primas, os artigos, os
serviços, o dinheiro, o capital
investido e as pessoas moviam-se em
todas as direções, sem ter em conta
fronteiras políticas; os negociantes,
dos países compravam onde era mais
barato e vendiam onde era mais caro.
• o mercado estabelecia a competição
entre regiões distantes em situações
diferentes; agudizaram-se as
diferenças entre os países
industrializados e os não
industrializados.
A confiança nos mecanismos
autorreguladores do mercado
estabelecia que:
• o mercado era regulado sem
intervenção do Estado ficando apenas
submetido às decisões individuais dos
que compravam e vendiam, num
mercado que se autorregulava;
• o mercado, sujeito a esse jogo de
oferta e de procura, oscilava entre
fases de expansão e de crise
autorregulava;
• o mercado, sujeito a esse jogo de
oferta e de procura, oscilava entre
fases de expansão e de crise que, para
os defensores do liberalismo, serviam
como mecanismos naturais
autorreguladores do mercado.
O sistema económico do capitalismo
liberal atravessou fases de crescimento e
de crise. Estas crises eram provocadas
pela liberdade económica, sem
regulação, que, em períodos de
expansão, provocavam excesso de
produção, que provocara desequilíbrios
entre a oferta e a procura - eram crises
de superprodução. As ocorriam
periodicamente, eram crises cíclicas.
Responder:
a) Explicite o papel do Estado na
economia.
b) Indique os mecanismos
reguladores do mercado.
c) Refira as características dos
ciclos económicos.
d) Indique as manifestações dos
ciclos económicos.
“Fará desaparecer as
ambições e móbeis que
produzem impérios,
exércitos (...). Creio que
tais coisas deixarão de
ser necessárias ou
habituais quando a
humanidade se tornar
uma só família e quando
cada homem trocar
livremente os frutos do
seu trabalho com o seu
irmão.”
Richard Cobden
Ciclos económicos
Ciclo curto (três a cinco anos);
ciclo médio (6 a 11 anos) com períodos
recuperação, expansão e recessão;
ciclo de ondas largas (40 a 60 anos) marcado
por períodos de expansão e recessão.
4
CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015
O livre-cambismo
e a economia mundial
Por M. Anderson
Os contactos comerciais alimentados
pelo livre-cambismo, pela completa
liberdade de movimentos internacionais
de pessoas, bens, capitais e ideias,
conduziriam a uma união entre as
nações de um modo de que políticas,
tratados e diplomacia tinham
constantemente falhado (...). Os
contactos não oficiais entre o povos, e
sobretudo económicos, são
fundamentais enquanto a diplomacia
oficial é superficial (...). As forças
económicas do futuro, não o
nacionalismo, dominariam a vida
internacional.
Responder:
a) Caracterize o livre-cambismo.
b) Indique as vantagens e as
desvantagens do livre-
cambismo.
O livre-cambismo
e a divisão
internacional do
trabalho
Até ao século XIX, nunca o mundo
tinha estado tão unificado
economicamente, com cada região
desempenhando o seu papel e a sua
especialização em todo o mundo:
• os países mais industrializados
dependiam da circulação mundial de
matérias-primas, de alimentos e da
colocação dos seus produtos nos
vários mercados à escala mundial;
• os países europeus mais
industrializados importavam mais do
que exportavam, mas tinham uma
balança de pagamentos favorável.
Pagavam uma parte das
importações, com a exportação de
produtos fabricados, e a outra parte
era exportação invisível.
O desenvolvimento do mercado
internacional exigiu novas práticas
económicas que favorecessem o
dinamismo das trocas comerciais:
• foi adoptada a política económica do
livre-cambismo; entre 1860 e 1870, a
corrente livre-cambista afirmou-se
nos países da Europa continental;
• nos Estados Unidos vigorava o
protecionismo, pois viam no livre-
cambismo um modelo que favorecia a
economia inglesa.
A grande realização da Europa
industrializada foi criar um sistema de
comércio multilateral e liberal:
• a economia tornou-se internacional e
abarcava o mundo inteiro,
procurando as vantagens económicas
do modelo do livre-cambismo; a
liberdade de comércio era vista como
um impulso para a economia de cada
país, que desenvolvia uma área de
especialização e se fortalecia como
fornecedor de um determinado
período.
O mundo afirmava-se como uma
imensa fábrica e cada país como uma
oficina:
• promoveu-se uma divisão
internacional de trabalho entre os
países e regiões produtoras do
mundo; aproveitou-se a vantagem
comparativa dos diferentes países no
sentido de produzirem os bens para
os quais estavam naturalmente mais
habilitados, com custos reduzidos;
• segundo o liberalismo económico, os
países beneficiavam com a divisão
internacional do trabalho.
A redução de tarifas alfandegárias, a
orientação dos países menos
desenvolvidos para a produção de bens
específicos, o desenvolvimento dos
transportes e a produção em massa
dinamizaram o mercado internacional e
afirmaram as economias mais
desenvolvidas.
Os países dependentes dos países mais
industrializados viram-se forçados a
manter-se como fornecedores de
produtos primários, mais baratos do que
os produtos acabados; a sua
dependência no mercado internacional
agudizou as diferenças face aos países
industrializados.
“Vejo no princípio do
livre-cambismo como
uma força que agirá no
mundo moral à imagem
da gravitação do mundo
físico; aproximará os
homens, destruirá os
antagonismos de raça, de
crença, de língua, unir-
nos-á a todos com laços
de paz perpétua.”
Richard Cobden
Livre-cambismo
Política económica que defende a livre
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Caderno diário As Transformações Económicas na Europa e no Mundo n.º10 1415

  • 1. 1 As transformações económicas e a agudização das diferenças Por Raul Silva A segunda fase da Revolução industrial foi caracterizada pelo desenvolvimento de novas formas de energia, de técnicas e métodos de produção, que aumentaram a produtividade. A associação entre a ciência e a técnica operou também uma profunda transformação no processo de industrialização, uma vez que possibilitou a produção de novos bens a mais baixo custo e alterou o quotidiano dos indivíduos. No decorrer destas transformações, observou-se a necessidade de reorganizar os modelos económicos através da concentração industrial e bancária, bem como dos métodos de produção, com a racionalização do trabalho. Apesar da hegemonia inglesa, a partir do século XIX, assistiu-se à expansão da industrialização na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, alargando os mercados, diversificando produtos e generalizando-se um intercâmbio comercial. A expansão da industrialização e a formação de novos mercados generalizou a crença na autorregulação dos mercados, através da lei da oferta e da procura. No entanto, o desenvolvimento das práticas capitalistas conduziu a crises cíclicas, com diferente duração e periodicidade. A implementação do livre-cambismo, primeiro na Grã-Bretanha, acentuou os princípios da liberdade do comércio, da livre iniciativa e conduziu à abolição de tarifas alfandegárias, promovendo um mercado mais livre. Afirmou-se a ideia de que cada país, especializado num determinado bem económico, obtinha uma vantagem comparativa, produzindo uma maior quantidade de produtos nos quais era especializado, permitindo colocá-los no mercado, a um melhor preço. CADERNODIÁRIO EXTERNATO LUÍS DE CAMÕES N.º 10 https:// www.facebook.com/ historia.externato http:// externatohistoria.blog spot.pt externatohistoria@gm ail.com 27deJaneirode2015
  • 2. 2 CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015 Revolução industrial a expansão A Revolução Industrial conheceu um novo impulso na segunda metade do século XIX, beneficiando de desenvolvimentos técnicos e de descobertas científicas e expandindo-se geograficamente na Europa e noutros continentes, ainda que com ritmos diferenciados. A invenção do motor de combustão interna, o uso do petróleo, do gás e da eletricidade permitiu o aumento da produção e da produtividade. A segunda fase da Revolução Industrial assentou na siderurgia e a química. O domínio dos transportes sofreu uma profunda transformação, pois beneficiou do aperfeiçoamento da locomotiva e o caminho de ferro, o barco a vapor, o automóvel e o telégrafo elétrico, permitindo o encurtar das distâncias do transporte de pessoas e mercadorias. Os novos inventos modificaram a produção industrial e consolidaram o capitalismo industrial: acelerou o crescimento económico; alargou os mercados; consolidou o sistema fabril e o capitalismo; melhorou as condições de vida pela utilização de bens e equipamentos diversificados, acessíveis a um número crescente de consumidores; proporcionou avultados lucros e permitiu a afirmação de companhias industriais. O desenvolvimento da indústria implicou a necessidade de investimentos de capital e levou a que duas ou mais empresas se associassem para aumentarem os seus capitais. As empresas mais fortes absorviam as mais pequenas. Estas formas de concentração também ocorreram no setor bancário, com os bancos mais fortes a adquirirem os mais pequenos, constituindo-se como grupos económicos que financiaram as empresas. A industrialização era indispensável à afirmação dos Estados, assegurando a produção de bens essenciais, incluindo armamento, e a criação de uma rede de transportes, numa época em que na Europa despertavam tensões políticas e imperialistas. Na França, a industrialização fez-se a par do desenvolvimento dos caminhos de ferro. Na Alemanha, o desenvolvimento industrial assentou na indústria pesada e no setor químico, beneficiou da concentração industrial e da concentração de capitais. Nos Estados Unidos, o desenvolvimento dos caminhos de ferro, a criação de um mercado nacional, a abundância de matérias-primas e mão de obra, foram fatores de sucesso da indústria algodoeira, siderúrgica, automóvel e elétrica. A industrialização não se generalizou em termos mundiais, dado que as regiões da Europa do Sul, do Norte, Central e Oriental não conheceram um ritmo de industrialização acelerado. Da hegemonia inglesa à afirmação de novas potências Por Peter Sterns “A Grã-Bretanha não tinha concorrente em nenhuma das principais fases da produção mecânica (...) liderava no setor têxtil, metalúrgico, mineiro e na construção de máquinas era insuperável. A superioridade britânica afetou inevitavelmente a fase seguinte da industrialização. Cerca de 1830 havia 1500 trabalhadores ingleses em França, servindo de técnicos especializados no setor têxtil e metalúrgico. O papel da Inglaterra no alargamento da industrialização foi crucial até cerca de 1840, quando a Bélgica, França, Estados Unidos e Alemanha assumem uma posição relevante. (...) A economia britânica tendia a retirar-se da indústria para o comércio e finança.” Responder: a) Refira o impacto da inovações tecnológicas na consolidação do capitalismo comercial. b) Relacione os diferentes ritmos da industrialização com o domínio inglês. Pesquisar: https://www.youtube.com/watch? v=kozyChnpwRc “A fábrica está no centro do novo sistema; tudo parte dela e tudo a ela volta; ela dá à exploração das máquinas e dos homens a sua respiração, a sua eficácia, a sua rendibilidade.” Jean-Pierre Rioux Concentração industrial Os tentáculos do polvo (a Standart Oil) alcançam as indústrias do aço, de cobre, de transportes e o poder político.
  • 3. 3 CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015 O capitalismo e os ciclos económicos Por Stephen Berry No final do século XIX e princípio do século XX tornou-se frequente (...) realçar a extensão e a regularidade dos diferentes ciclos económicos. O ciclo de Kitchin, que durava entre três a cinco anos e que se refletia, supostamente, no comportamento dos indicadores financeiros e os preços do comércio a retalho. Os ciclos de Juglar, de 10 anos ou mais, marcavam mudanças fundamentais nos mercados financeiros, bem como nos indicadores demográficos. Ciclo de Kuznets, que correspondia a 20 anos, e que seguia mudanças estruturais em setores-chave da economia, nas principais indústrias e, especialmente, nas oscilações na construção. Finalmente, os ciclos de Kondratieff, que duravam entre 50 a 60 anos, e que representavam mudanças históricas na economia (...). O capitalismo e as crises ciclícas A expansão da industrialização, com ritmos diferentes, nos diversos países europeus. nos Estados Unidos e no Japão desenvolveu-se no contexto do capitalismo. Os produtos circulavam, livremente, no mercado cada vez mais mundial, onde os preços eram fixados e oscilavam, consoante a oferta e a procura. Criou-se um verdadeiro mercado mundial: • as matérias-primas, os artigos, os serviços, o dinheiro, o capital investido e as pessoas moviam-se em todas as direções, sem ter em conta fronteiras políticas; os negociantes, dos países compravam onde era mais barato e vendiam onde era mais caro. • o mercado estabelecia a competição entre regiões distantes em situações diferentes; agudizaram-se as diferenças entre os países industrializados e os não industrializados. A confiança nos mecanismos autorreguladores do mercado estabelecia que: • o mercado era regulado sem intervenção do Estado ficando apenas submetido às decisões individuais dos que compravam e vendiam, num mercado que se autorregulava; • o mercado, sujeito a esse jogo de oferta e de procura, oscilava entre fases de expansão e de crise autorregulava; • o mercado, sujeito a esse jogo de oferta e de procura, oscilava entre fases de expansão e de crise que, para os defensores do liberalismo, serviam como mecanismos naturais autorreguladores do mercado. O sistema económico do capitalismo liberal atravessou fases de crescimento e de crise. Estas crises eram provocadas pela liberdade económica, sem regulação, que, em períodos de expansão, provocavam excesso de produção, que provocara desequilíbrios entre a oferta e a procura - eram crises de superprodução. As ocorriam periodicamente, eram crises cíclicas. Responder: a) Explicite o papel do Estado na economia. b) Indique os mecanismos reguladores do mercado. c) Refira as características dos ciclos económicos. d) Indique as manifestações dos ciclos económicos. “Fará desaparecer as ambições e móbeis que produzem impérios, exércitos (...). Creio que tais coisas deixarão de ser necessárias ou habituais quando a humanidade se tornar uma só família e quando cada homem trocar livremente os frutos do seu trabalho com o seu irmão.” Richard Cobden Ciclos económicos Ciclo curto (três a cinco anos); ciclo médio (6 a 11 anos) com períodos recuperação, expansão e recessão; ciclo de ondas largas (40 a 60 anos) marcado por períodos de expansão e recessão.
  • 4. 4 CADERNODIÁRIO27deJaneirode2015 O livre-cambismo e a economia mundial Por M. Anderson Os contactos comerciais alimentados pelo livre-cambismo, pela completa liberdade de movimentos internacionais de pessoas, bens, capitais e ideias, conduziriam a uma união entre as nações de um modo de que políticas, tratados e diplomacia tinham constantemente falhado (...). Os contactos não oficiais entre o povos, e sobretudo económicos, são fundamentais enquanto a diplomacia oficial é superficial (...). As forças económicas do futuro, não o nacionalismo, dominariam a vida internacional. Responder: a) Caracterize o livre-cambismo. b) Indique as vantagens e as desvantagens do livre- cambismo. O livre-cambismo e a divisão internacional do trabalho Até ao século XIX, nunca o mundo tinha estado tão unificado economicamente, com cada região desempenhando o seu papel e a sua especialização em todo o mundo: • os países mais industrializados dependiam da circulação mundial de matérias-primas, de alimentos e da colocação dos seus produtos nos vários mercados à escala mundial; • os países europeus mais industrializados importavam mais do que exportavam, mas tinham uma balança de pagamentos favorável. Pagavam uma parte das importações, com a exportação de produtos fabricados, e a outra parte era exportação invisível. O desenvolvimento do mercado internacional exigiu novas práticas económicas que favorecessem o dinamismo das trocas comerciais: • foi adoptada a política económica do livre-cambismo; entre 1860 e 1870, a corrente livre-cambista afirmou-se nos países da Europa continental; • nos Estados Unidos vigorava o protecionismo, pois viam no livre- cambismo um modelo que favorecia a economia inglesa. A grande realização da Europa industrializada foi criar um sistema de comércio multilateral e liberal: • a economia tornou-se internacional e abarcava o mundo inteiro, procurando as vantagens económicas do modelo do livre-cambismo; a liberdade de comércio era vista como um impulso para a economia de cada país, que desenvolvia uma área de especialização e se fortalecia como fornecedor de um determinado período. O mundo afirmava-se como uma imensa fábrica e cada país como uma oficina: • promoveu-se uma divisão internacional de trabalho entre os países e regiões produtoras do mundo; aproveitou-se a vantagem comparativa dos diferentes países no sentido de produzirem os bens para os quais estavam naturalmente mais habilitados, com custos reduzidos; • segundo o liberalismo económico, os países beneficiavam com a divisão internacional do trabalho. A redução de tarifas alfandegárias, a orientação dos países menos desenvolvidos para a produção de bens específicos, o desenvolvimento dos transportes e a produção em massa dinamizaram o mercado internacional e afirmaram as economias mais desenvolvidas. Os países dependentes dos países mais industrializados viram-se forçados a manter-se como fornecedores de produtos primários, mais baratos do que os produtos acabados; a sua dependência no mercado internacional agudizou as diferenças face aos países industrializados. “Vejo no princípio do livre-cambismo como uma força que agirá no mundo moral à imagem da gravitação do mundo físico; aproximará os homens, destruirá os antagonismos de raça, de crença, de língua, unir- nos-á a todos com laços de paz perpétua.” Richard Cobden Livre-cambismo Política económica que defende a livre circulação de produtos entre diferentes países, através da diminuição das tarifas alfandegárias, incentivando pela livre- concorrência.