2. Participantes
Alexandra Cristina da Silva
Angélica Augusta de Souza
Naiara Gonçalves Rodrigues
Selma Ribeiro Arildo
Curso: Pedagogia/ Univesp
Ingressantes/ 2017
Pólo: Mococa
3. Resumo
O presente trabalho propõe uma reflexão sobre as práticas de
bullying, bem como, ações de conscientização para que ocorra a prevenção
como forma de combater este ato que pode causar traumas irreversíveis.
O bullying é caracterizado por atos violentos em que ocorrem
agressões intencionais, físicas ou verbais com frequência, por um ou mais
alunos, contra um ou mais colegas, e pode causar danos físicos e
psicológicos às vítimas. Trata-se de uma prática muito frequente nas escolas
atualmente, e que nem sempre o professor ou a equipe gestora estão
preparados para lidar com esse tipo de situação. O número de ocorrências
de bullying no país tem crescido nos últimos anos, onde a “brincadeirinha”
passou a ser um infortúnio para as vítimas.
4. Objetivos
• Compreender o que venha ser bulliying;
• Conhecer a percepção de profissionais da educação sobre o
bulliyng na escola;
• Sugerir ações para evitar o acontecimento do bulliying na escola;
5. Justificativa
Possibilitar aos estudantes de
pedagogia, aos professores, coordenadores e
diretores, uma formação pedagógica teórica
sobre como reconhecer as manifestações de
bulliying no ambiente escolar e as ações de
intervenção para a conscientização e o
combate desta prática no ambiente escolar.
6. Contextualização
A palavra bullying, do inglês bully, que significa valentão, brigão, não possui
tradução adequada para o português. Na prática são ações de intimidação, comportamentos
inoportunos, que levam desde a chateações até a agressão verbal e física. São ações
intencionais e repetidas, e provocam dor, angústia, exclusão, humilhação e discriminação na
vítima. Além disso, são relações entre iguais e está presente em escolas públicas e privadas,
descartando a condição social como única explicação para a existência desse fato social.
A escola, portanto, o lugar comum dessa violência que tem afligido tantos meninos
e meninas, sofre os reflexos do que ocorre do lado de fora de seus muros. A cultura da
competição, por exemplo, cerne da sociedade capitalista, que muitas vezes é reproduzida
dentro da sala de aula, pelos próprios professores, através das formas de avaliar,
recompensar e punir, podem contribuir para gerar frustrações e ressentimentos
7. Causas
A forma como cada um se vê, está relacionada como
uma das causas do bullying. O agressor traz consigo valores e
crenças de seu meio social, ligadas à intimidação, à brutalidade
e não respeito ao outro, defende a imagem do valentão, pois
muitas vezes no âmbito familiar problemas são resolvidos à
base da violência e do sofrimento do outro, e isso passa num
primeiro instante a ser reproduzido, e depois as atitudes são
incorporadas em sua própria personalidade.
No caso da vítima, possui dificuldades do ponto de vista afetivo e físico, deixando transparecer sua
baixa autoestima, além do mais, pouco conhece de si mesma, por isso demonstra insegurança com sua
autoimagem, e é reconhecida pelo agressor. Ela mesma, não aceita suas diferenças que incomodam, em
primeiro lugar, a si própria, e faz com que não se sinta pertencente ao grupo.
8. Consequências
Os atos de bullying podem provocar danos morais e materiais.
As vítimas podem apresentar dores de cabeça, pouco apetite,
dores de estômago, tonturas e sudorese. Acabam perdendo o estímulo
pelos estudos, muitas abandonam a escola e apresentam quadros de
depressão.
Os agressores, costumam enfrentar os pais com força física
ou com argumentos verbais que podem até ser convincentes, dado sua
astúcia. Geralmente não admitem perdas ou erros, querem estar sempre
certos e se apresentam com ar de superioridade, impondo, ou tentando
impor, sua autoridade sobre outras pessoas. Acabam se tornando líderes
negativos, e atrapalham a convivência dentro da sala de aula.
9. Considerações sobre a entrevista realizada nas
escolas
Com base na entrevista de diretores, coordenadores e professores, concluímos que estes conceituam bullying com
uma forma de violência, que pode ser praticada de forma verbal, psicológica ou física recorrentes, individual ou coletiva,
sempre em detrimento de quem a recebe e uma pseudo-satisfação de quem a prática, e que de fato esta prática não é incomum
ao ambiente escolar.
Os professores que trabalham diretamente com os alunos apontam identificar as mais diversas formas de agressões,
que geralmente são intencionais, afim, de se impor sobre outro para satisfação pessoal e demonstração de poder,
descaracterizando toda forma de brincadeira.
As intervenções muitas vezes são medidas disciplinares pontuais, ou mesmo de conscientização por meio do diálogo
e, quando necessário, comunicada aos pais.
Diretores e coordenadores realizam reuniões pedagógicas, estudam o assunto e recebem orientações de prevenção e
combate ao bullying, porém concordam que requer um preparo diferenciado tanto a equipe gestora quanto ao corpo docente,
com iniciativas do poder público para melhor identificar a prática deste no ambiente escolar, de forma a elaborar a tempo
medidas de intervenção e acompanhamento dos casos identificados.
10. Proposta de Intervenção
Como propostas de prevenção e combate, as escolas podem desenvolver ações que tragam
informação sobre o fenômeno bullying, levando à conscientização e sensibilização dos professores e
alunos para o enfrentamento do mesmo como: palestras, orientação aos professores em horários
destinados à trabalhos pedagógicos (ATPCs), abordagem do assunto em reuniões de pais, realização de
campanhas antibullying com envolvimento do grêmio estudantil.
Para a identificação de alvos e autores: a escola pode
elaborar um questionário que contenha questões que tragam à
tona a incidência dessa violência que poderá estar sendo
vivenciada dentro de seus muros por indivíduos que ate então
não haviam encontrado uma forma de falar sobre o problema. É
de extrema importância que se crie um ambiente de confiança
para que os alunos responda o questionário de forma sincera e
não se sintam intimidados.
11. Considerações Finais
O presente projeto buscou, a princípio, um aprofundamento sobre o bullying, através de uma
pesquisa bibliográfica baseada em autores que atualmente tem se debruçado sobre esse tema.
Compreendendo melhor as causas e consequências desse tipo de violência, que produz danos morais,
físicos e psicológicos às vitimas, pudemos propor ações, à comunidade escolar, para a conscientização e
combate a esse fato social.
Foram realizadas entrevistas com educadores, o que nos permitiu concluir que o bullying, sendo
um problema mundial apontado em pesquisas estatísticas, é um tema muito recorrente nos espaços
escolares e estes profissionais, ainda que muitas vezes despreparados, tem se esforçado para evitar a
ocorrência desse tipo de problema dentro de suas escolas.
Diante dessa conclusão, torna-se necessário um envolvimento maior do poder público, em
auxílio às escolas em geral, públicas e privadas, para que haja uma parceria entre Estado e sociedade no
combate ao bullying. Só assim poderemos ter esperança de um futuro melhor, menos violento, onde a
escola se efetivará como um espaço de prazer e de convivência pacífica entre indivíduos que terão a
oportunidade de desenvolver suas potencialidades e de aprender verdadeiramente a serem cidadãos.
12. Referência bibliográfica
CAVALCANTE, M. B. Bullying no ambiente escolar: O que é? Disponível em:
http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao/bullying-no-ambiente-escolar-quee.htm. Acesso
em:09 de novembro de 2017, às 22:12 horas.
TOGNETTA, Luciene Regina Paulino (2005). Violência na escola: os sinais de bullying e o
olhar necessário aos sentimentos. In: Pontes, Aldo; De Lima, V. S.: Construindo saberes em
educação. Porto Alegre: Editora Zouk.
Beaudoin & Taylor (2006); Pereira (2008); Martins (2005); Rodríguez & Fernández (2007);
Boulton & Underwood (1992).
OLIVEIRA, Edjofre Coelho, O bulliyng na escola: como alunos e professores lidam com esta
violência. Revista Fundamentos, V.2, n.1 2015.
https://novaescola.org.br/conteudo/336/bullying-escola
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/04/07/lei-de-combate-ao-bullying-completa-
um-ano-de-vigencia