O documento discute o bullying e cyberbullying na escola, seus efeitos negativos e como combatê-los. O bullying é uma prática de violência repetida que pode causar danos físicos e psicológicos graves. É importante que escolas, professores e famílias trabalhem juntos para identificar casos de bullying, punir agressores e ensinar estudantes sobre respeito.
2. • Apesar de muitas pessoas não levarem a sério, o bullying
na escola é uma grande preocupação de toda a
comunidade escolar e precisa ser tratado com muita
atenção.
• Para as crianças e adolescentes que passam por isso,
as consequências podem ser devastadoras e
irreversíveis.
• Para que isso não aconteça, gestores, professores e
famílias devem se unir com ações efetivas.
• Segundo dados do Fundos das Nações Unidas para a
Infância (Unicef), o Brasil é o quarto país com maior
frequência de casos de bullying na escola. Entre os
estudantes entrevistados, de 11 a 12 anos de idade, 43%
afirmam já terem sofrido alguns tipos de violência.
4. O bullying é a expressão adotada para uma prática que
sempre existiu e que todo mundo já conhece:
a violência que se repete e pode se expressar com
agressões verbais, físicas e psicológicas.
A palavra bullying veio do inglês e pode ser traduzida como o
ato de intimidar, oprimir, maltratar. A sua principal
característica é o quadro de agressões contínuas, em que o
agressor persegue a vítima, diferente de um caso isolado.
Geralmente, as pessoas que sofrem de bullying na escola
possuem algum aspecto que se diferencia do padrão dos
demais, como usar óculos de grau, ser magro demais ou
gordo, ser deficiente físico, negro e diversos outros.
5. Confira algumas práticas comuns que podem ser identificadas:
• Insultar
• Criar boatos e situações vexatórias
• Inventar apelidos que ferem a dignidade
• Dar empurrões e pontapés
• Ameaçar
• Excluir de atividades sociais e pedagógicas, como trabalhos em grupo
• Captar e espalhar imagens, até mesmo na internet, configurando um caso de
cyberbullying
Mas, lembre-se que existem diversas formas de praticar bullying na escola e por
isso é tão importante estar preparado para qualquer situação desse tipo.
6. O bullying na escola: como identificar
Na TV e no cinema, já estamos
acostumados a ver o bullying sendo
retratado com alunos que roubam lanches,
humilham e até mesmo agridem fisicamente
seus colegas. Infelizmente, essa realidade
não é exclusiva da ficção.
7. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) com 2 milhões
de alunos brasileiros apontou que 46,6% diz que já sofreu
algum tipo de bullying na escola. O estudo ainda mostra que 7,4%
destes estudantes, o que equivale a 195 mil, disseram que a
prática não é pontual e acontece com frequência.
Isso evidencia ainda mais a importância de estar atento aos sinais
de bullying. Entretanto, muitas vezes as vítimas podem não contar
o que está acontecendo por medo de sofrerem ainda mais.
8. Por isso, escola e família devem observar alguns
sinais comuns:
• Tristeza e irritabilidade
• Faltas frequentes
• Medo de ir à escola
• Isolamento ou poucas amizades
• Perda de apetite e insônia
• Alterações repentinas de humor
Também é importante estar atento aos sinais dos próprios agressores, como
atos de violência ou que demonstrem se sentir superiores aos outros colegas.
10. As consequências do bullying podem persistir até a vida adulta. Por
isso, ele deve ser tratado como saúde pública. Alguns estudos
examinaram os efeitos a médio e longo prazo e constataram sintomas
de ansiedade, depressão, transtornos alimentares, baixa autoestima e
até mesmo suicídio.
Além disso, o bullying na escola pode afetar toda a dinâmica escolar,
com perda de desempenho, reprovação ou até mesmo abandono
escolar. Também é importante lembrar muitas vezes é necessário um
acompanhamento psicológico que deve ser oferecido e estimulado pela
instituição de ensino.
12. • Para garantir que o bullying é combatido, em 6 de
novembro de 2016 foi sancionada no Brasil a Lei
13.185/15, que institui o Programa de Combate à
Intimidação Sistemática. A legislação é composta por 8
artigos com uma série de ações de prevenção e de
cuidados ao responsabilizar os agressores.
• A lei também fala sobre as obrigações dos diretores
escolares e da necessidade de adotar campanhas e
ações de conscientização dentro da escola, como
orientação de responsáveis, palestras e fortalecimento
da cidadania.
13. Além disso, é recomendado criar um plano
de ação para diminuir a frequência das
agressões. Ele deve conter a punição
adequada dos agressores com uma
abordagem adequada para o cenário e
condições sociais dos alunos. Isso mostra
que o bullying na escola não será aceito ou
negligenciado.
14. Conscientize os estudantes
Uma das ações mais importantes para evitar o bullying na escola é
ensinar para os alunos sobre respeito e não tolerância de
agressões. A escola deve deixar claro que quem pratica bullying
será punido.
É interessante promover atividades lúdicas e didáticas na sala de
aula, além de organizar rodas de conversa que derrubem
preconceitos. A escola deve trabalhar as competências
socioemocionais de forma constante e aplicar essas habilidades
em todo o plano pedagógico.
15. Comunique-se com a sua família
• Os responsáveis também devem fazer parte do combate ao
bullying na escola. Mantenha um diálogo transparente e
frequente com as famílias para entender o cenário de cada
aluno.
• Muitas vezes, a agressividade é reflexo de como os estudantes
se sentem dentro de casa. Então, convide as famílias para
momentos de reflexão e invista na construção de
uma comunidade escolar empática, desenvolvendo
habilidades socioemocionais.
16. De olho no cyberbullying
Mais um ponto de atenção para educadores é o
cyberbullying, a intimidação virtual que afeta milhares de
alunos, principalmente nas redes sociais. Apesar de ser
mais difícil de monitorar, uma solução é ficar atento ao
comportamento dos alunos e ao que é conversado e
espalhado nos corredores.
17. Uma comunicação efetiva com
responsáveis e alunos é a chave
para combater o bullying na escola.
Unindo toda a comunidade escolar,
é possível identificar e agir da forma
correta.