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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO –
UFAPE
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
BULLYING NO ÂMBITO ESCOLAR: UM ESTUDO SOBRE AS
CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING NA AUTOESTIMA DE ALUNOS E
EGRESSOS DO ENSINO FUNDAMENTAL AO ENSINO SUPERIOR.
DISCENTE: JACQUELINE KELLY ALMEIDA
ORIENTADORA: PROF.ª DRA. JULIANA GALINDO OLIVEIRA PONTES
GARANHUNS – PE
2020
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Entender o fenômeno Bullying e refletir sobre essa
prática.
Objetivos específicos:
• Conhecer o fenômeno Bullying;
• Identificar as consequências que a prática do Bullying pode ocasionar
na aprendizagem e autoestima dos alunos;
• Discutir o papel dos profissionais da área da Educação no combate às
práticas do Bullying no ambiente escolar.
REFERENCIAL TEÓRICO
CONCEITO DE BULLYING
A palavra Bullying é de origem inglesa, utilizada para se referir a
diversos tipos de agressões; físicas, verbais, e mais recentemente a
cyberbullying. Além disso, todo tipo de expressão cujo sentido e
intenção tenham valor pejorativo, pode ser caracterizado como
Bullying.
PRINCIPAIS TIPOS DE BULLYING
• Violência física
• Violência verbal
• Cyberbullying
De acordo com Fante:
“as consequências para as vítimas desse fenômeno são graves e abrangentes,
promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o défice de
concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absinto e a evasão
escolar”. (2005, p. 44).
BULLYING: O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMÍLIA
Há uma grande necessidade de melhoria no preparo dos professores de terem a
sensibilidade para poder identificar o bullying como algo prejudicial para o
desempenho das potencialidades dos seus alunos. O despreparo dos professores
ocorre porque, tradicionalmente, nos cursos de formação acadêmica e nos cursos
de capacitação, são treinados com técnicas que unicamente os habilitam para o
ensino de suas disciplinas, não sendo valorizada a necessidade de lidarem com o
afeto e muito menos com os conflitos e com os sentimentos dos alunos, afirma
FANTE (2005).
BULLYING: O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMÍLIA
O diálogo e a observação entre professores e a gestão escolar sobre o comportamento dos alunos
durante a ministração das aulas e nos intervalos de recreação e/ou recreio se faz necessário.
De acordo com Fante: “as ferramentas mais eficazes para ensinar regras de convivência saudável aos
filhos são o afeto incondicional, o diálogo e as atividades educativas, como jogos esportivos, aulas de
arte e ações solidárias”.
A família precisa analisar as atitudes e comportamentos do seu grupo familiar, percebendo atitudes e
gestos estranhos, a mesma deverá desenvolver o diálogo e tentar entender o que se passa na vida de
seu membro. Principalmente durante a vida estudantil, os pais devem frequentemente estimular os
filhos a falarem de forma clara e objetiva sobre suas atividades escolares ou fora delas, como passeios
a parques de diversão, igrejas, praças, cinemas, em quaisquer outras instituições do convívio social.
(2008, p. 02).
O BULLYING E SEUS REFLEXOS NA AUTOESTIMA
A autoestima é composta por dois componentes inter-relacionados: Um é um senso de básico confiança
diante dos desafios da vida: autoeficácia. O outro é a sensação de ser digno de felicidade: respeito
próprio. (BRANDEN, 1997, p. 49)
Branden (1994) definiu seis práticas que devemos adota-las para elevar a autoestima, as quais ele
denominou os seis pilares da autoestima são elas:
• A prática de viver conscientemente
• A prática da auto-aceitação
• A prática da auto-responsabilidade
• A prática da auto-afirmação
• A prática de viver com propósito
• A prática da integridade pessoal
O BULLYING E SEUS REFLEXOS NA AUTOESTIMA
Autoestima da vítima: A autoestima das vítimas de bullying podem ser caracterizadas como indivíduos
ansiosos, mais fracos física e emocionalmente e tendem a apresentar atitudes negativas diante dos
atos violentos, seja pela não-reação, seja pelo isolamento ou por reações que demonstrem fragilidade,
imaturidade ou insegurança, além disso é possível identificar nas vítimas a ansiedade, baixa
autoestima, rejeição ou baixa aceitação do grupo, poucos amigos, ambiente escolar pouco ou nada
prazeroso e alta frequência de problemas internos e externos. (NETO, 2007, p. 53)
Autoestima doessor: No livro Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para
a paz, Cleo Fante retrata o perfil do agressor como:
“O agressor, de ambos os sexos, costuma ser um indivíduo que manifesta pouca empatia.
Frequentemente, é membro de família desestruturada, em que há pouco ou nenhum relacionamento
afetivo.”. (2005, p.13)
METODOLOGIA
Tipo de pesquisa: Pesquisa participante com abordagem qualitativa.
Conforme Grossi (1981): “pesquisa participante é um processo de pesquisa no qual a
comunidade participa na análise de sua própria realidade, com vistas a promover uma
transformação social em benefício dos participantes que são os oprimidos”.
Instrumento de coleta de dados: questionário online.
De acordo com Oliveira (2007): o questionário pode ser definido como uma técnica para
obtenção de informações sobre sentimentos, crenças, expectativas, situações vivenciadas e
sobre todo e qualquer dado que o pesquisador (a) deseja registrar para atender os objetivos
de seu estudo. (2007, p. 83)
METODOLOGIA
Sujeitos da pesquisa: Os sujeitos participantes da pesquisa foram
alunos e egressos de diferentes faixas etárias desde o Ensino
Fundamental até o Ensino Superior.
RESULTADOS
Realizou-se uma pesquisa participante, durante o mês de junho de 2020, tendo como
objetivo principal a identificação da vivência do fenômeno bullying pelos sujeitos
participantes, seus reflexos na Autoestima desses sujeitos e a identificação da postura da
escola com relação às medidas adotadas no combate as práticas do bullying sofridas pelos
sujeitos participantes da pesquisa. Durante esse período, como instrumento de análise
utilizou-se um questionário composto por 10 perguntas, que devido a pandemia do COVID-
19, foi realizado através da plataforma digital Google Forms, on-line. Nele, obtiveram-se 121
respostas, de diferentes pessoas, nas mais variadas faixas etárias, desde os mais jovens
que ainda estão no colégio, até pessoas de mais idade, estudantes e até mesmo egressos
do Ensino Superior.
RESULTADOS
• 98,3% das pessoas sabem o que é o Bullying.
• 78,5% delas sofrem ou já sofreram com práticas do Bullying.
• 80,2% dessas práticas de Bullying ocorreram por meio de agressão
verbal, 34,7% por exclusão do grupo e 13,9% por agressão física.
RESULTADOS
68%
6%
3%
2%
1%
2%
6%
6%
5%
2%
Tabela dos motivos pelos quais os participantes da pesquisa sofreram Bullying
Aspectos Físicos
Raça/Cor da Pele
Gênero Sexual
Classe social
Religião
"NERD"
Vários motivos
Nunca sofreu Bullying
Outros motivos
Não Lembra
RESULTADOS
Hoje em dia, você sofre com algum problema de autoestima devido ao bullying sofrido?
Explique:
A: Sim, falta de amor próprio e a não superação do meu passado.
E: Sim, hoje em dia tenho muita dificuldade em aceitar meu corpo, já tive depressão e problemas
com minha alimentação.
Você ficou com trauma de alguma coisa? Se sim, de que?
A: Sim, pois infelizmente a violência só parou quando eu a combati com uma violência maior, me
fazendo sentir uma pessoa cruel na época.
C: Sim, tenho traumas, morro de medo de engordar sempre sinto que posso emagrecer um
pouco mais.
H: Sim, havia dias de me privar de comer algo que eu gostava muito ou diminuir a quantidade de
refeições por dia e tudo isso com o intuito de não ultrapassar os "números do corpo ideal".
RESULTADOS
• 71% dos entrevistados disseram que não relataram aos pais ou responsáveis o que
sofriam.
• 75,7% não buscaram a direção da escola para resolver o problema, e muitos deles
porque tinham medo ou não acreditavam que ela seria capaz de ajudar em algo.
• 91,2% dos que responderam o questionário indicaram que a escola conseguiu resolver de
alguma forma os conflitos de bullying sofridos.
De qual maneira esses conflitos foram resolvidos pela escola, tendo em vista o
grande número de resposta destacaremos algumas delas:
A: Retratando em forma de palestras, e eventos voltados ao Bullying.
C: Conversando em sala com meus colegas, já que não era só eu que sofria Bullying.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo abordou a questão do bullying no ambiente escolar. Neste trabalho buscou-se delinear alguns aspectos de importante
relevância a respeito desse fenômeno, dissertando sobre os principais tipos de bullying, o perfil dos envolvidos nesse processo,
enfatizando também como tudo isso impacta na autoestima desses sujeitos, interferindo no rendimento acadêmico.Observamos que a
autoestima impacta bastante no desenvolvimento acadêmico, pois de acordo com Bandeira e Hutz (2010), indivíduos com autoestima alta
persistem mais e fazem mais progressos que aqueles com baixa autoestima. E como ambos os indivíduos estudados no fim sofrerão de
baixa autoestima, fica nítido que algo deveria ser feito para evitar isso, logo a atenção da escola deve ser maior a eles. Os resultados
obtidos através do questionário, indicou uma porcentagem de que 78,5% das pessoas sofreram bullying durante a vida escolar. Paralelo a
isso, foram obtidos e descritos relatos de traumas que levaram as vítimas a diversos distúrbios de alimentação, autoimagem, dentre outros
que perduram até hoje. O gráfico da obtenção de motivos deste bullying se mostrou totalmente sem fundamento e com causas de imenso
preconceito e opressão. Outro dado que chama a atenção é a questão de que 71% dos que responderam o questionário afirmaram que
não relataram aos pais ou responsáveis o que sofriam e 75,7% não buscaram a direção da escola para resolver o problema, por medo e
por pensarem que ela não ajudaria em nada. Diante do exposto, conclui-se que, o fenômeno bullying acontece das mais diversas formas
e dá início a vários tipos de traumas nas pessoas, no qual, até elas mesmas não conseguem entender, que foram originados durante o
sofrido principalmente em casa e no ambiente escolar. Desta forma, como o ambiente familiar não é algo tão simples de se mudar, fica
nítido que a escola deve oferecer o apoio necessário para amenizar os possíveis efeitos causados por esse fenômeno, dando o máximo de
atenção aqueles que os procuram, para que mais indivíduos sintam segurança em procurar a direção da escola em prol de resolver o
problema. Além disso, torna-se necessário não apenas a solução das práticas de bullying enfrentadas dentro das escolas, mas sim buscar
promover a conscientização dos alunos acerca dos enormes prejuízos causados pela prática do bullying nas mais diversas áreas da vida
dos afetados.
REFERÊNCIAS
BANDEIRA, C. M.; HUTZ, C. S. As implicações do bullying na autoestima de adolescentes. Revista Semestral da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional, v.14(1), p. 131-138, 2010.
BRANDEN, N. Autoestima e os seus seis pilares. Tradução de Vera Caputo. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF,
1998.
CHALITA, G. Pedagogia da Amizade – Bullying: o Sofrimento das Vítimas e dos Agressores. São Paulo: Gente, 2008.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, SP: Verus, 2005.
FANTE, C.; PEDRA, J. A. Bullying Escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008.
FLICK, U. Qualidade na pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 17ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
HAGUETT, T.M.F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
JARES, X. R. Educação e Conflito. Guia de Educação para a Convivência. Porto: Edições Asa, 2002.
LOBO, L. Escola de pais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1997.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.. A pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
REFERÊNCIAS
MEDEIROS, A. O fenômeno bullying [manuscrito]: in(definições) do termo e suas possibilidades. Goiânia, 2012.
NETO, A.A.L. Bullying. Adolescência e Saúde. v. 4, n. 3, p. 51-56, 2007.
OLIVEIRA, M.M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
PEREIRA, S. M. de S. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. São Paulo: Paulus, 2009.
PEREIRA, B. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. 2º ed. Lisboa, Fundação
Calouste Grilbenkian, 2008.
PEREIRA, B. O.; SILVA, M. I.; NUNES, B. Descrever o bullying na escola: estudo de um agrupamento de escolas no interior de
Portugal. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, 2009.
SEVERINO. A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
SILVA, A. B. B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010.
XAVIER, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
ROSENBERG, M. Society and the adolescent self-image. Princeton: Princeton University Press, 1989.
STEINBERG, L. Adolescence. New York: McGraw-Hill, 1999.

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As consequências do bullying na autoestima de alunos

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO – UFAPE CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA BULLYING NO ÂMBITO ESCOLAR: UM ESTUDO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING NA AUTOESTIMA DE ALUNOS E EGRESSOS DO ENSINO FUNDAMENTAL AO ENSINO SUPERIOR. DISCENTE: JACQUELINE KELLY ALMEIDA ORIENTADORA: PROF.ª DRA. JULIANA GALINDO OLIVEIRA PONTES GARANHUNS – PE 2020
  • 2. OBJETIVOS Objetivo Geral: Entender o fenômeno Bullying e refletir sobre essa prática. Objetivos específicos: • Conhecer o fenômeno Bullying; • Identificar as consequências que a prática do Bullying pode ocasionar na aprendizagem e autoestima dos alunos; • Discutir o papel dos profissionais da área da Educação no combate às práticas do Bullying no ambiente escolar.
  • 3. REFERENCIAL TEÓRICO CONCEITO DE BULLYING A palavra Bullying é de origem inglesa, utilizada para se referir a diversos tipos de agressões; físicas, verbais, e mais recentemente a cyberbullying. Além disso, todo tipo de expressão cujo sentido e intenção tenham valor pejorativo, pode ser caracterizado como Bullying.
  • 4. PRINCIPAIS TIPOS DE BULLYING • Violência física • Violência verbal • Cyberbullying
  • 5. De acordo com Fante: “as consequências para as vítimas desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o défice de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absinto e a evasão escolar”. (2005, p. 44).
  • 6. BULLYING: O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMÍLIA Há uma grande necessidade de melhoria no preparo dos professores de terem a sensibilidade para poder identificar o bullying como algo prejudicial para o desempenho das potencialidades dos seus alunos. O despreparo dos professores ocorre porque, tradicionalmente, nos cursos de formação acadêmica e nos cursos de capacitação, são treinados com técnicas que unicamente os habilitam para o ensino de suas disciplinas, não sendo valorizada a necessidade de lidarem com o afeto e muito menos com os conflitos e com os sentimentos dos alunos, afirma FANTE (2005).
  • 7. BULLYING: O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMÍLIA O diálogo e a observação entre professores e a gestão escolar sobre o comportamento dos alunos durante a ministração das aulas e nos intervalos de recreação e/ou recreio se faz necessário. De acordo com Fante: “as ferramentas mais eficazes para ensinar regras de convivência saudável aos filhos são o afeto incondicional, o diálogo e as atividades educativas, como jogos esportivos, aulas de arte e ações solidárias”. A família precisa analisar as atitudes e comportamentos do seu grupo familiar, percebendo atitudes e gestos estranhos, a mesma deverá desenvolver o diálogo e tentar entender o que se passa na vida de seu membro. Principalmente durante a vida estudantil, os pais devem frequentemente estimular os filhos a falarem de forma clara e objetiva sobre suas atividades escolares ou fora delas, como passeios a parques de diversão, igrejas, praças, cinemas, em quaisquer outras instituições do convívio social. (2008, p. 02).
  • 8. O BULLYING E SEUS REFLEXOS NA AUTOESTIMA A autoestima é composta por dois componentes inter-relacionados: Um é um senso de básico confiança diante dos desafios da vida: autoeficácia. O outro é a sensação de ser digno de felicidade: respeito próprio. (BRANDEN, 1997, p. 49) Branden (1994) definiu seis práticas que devemos adota-las para elevar a autoestima, as quais ele denominou os seis pilares da autoestima são elas: • A prática de viver conscientemente • A prática da auto-aceitação • A prática da auto-responsabilidade • A prática da auto-afirmação • A prática de viver com propósito • A prática da integridade pessoal
  • 9. O BULLYING E SEUS REFLEXOS NA AUTOESTIMA Autoestima da vítima: A autoestima das vítimas de bullying podem ser caracterizadas como indivíduos ansiosos, mais fracos física e emocionalmente e tendem a apresentar atitudes negativas diante dos atos violentos, seja pela não-reação, seja pelo isolamento ou por reações que demonstrem fragilidade, imaturidade ou insegurança, além disso é possível identificar nas vítimas a ansiedade, baixa autoestima, rejeição ou baixa aceitação do grupo, poucos amigos, ambiente escolar pouco ou nada prazeroso e alta frequência de problemas internos e externos. (NETO, 2007, p. 53) Autoestima doessor: No livro Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz, Cleo Fante retrata o perfil do agressor como: “O agressor, de ambos os sexos, costuma ser um indivíduo que manifesta pouca empatia. Frequentemente, é membro de família desestruturada, em que há pouco ou nenhum relacionamento afetivo.”. (2005, p.13)
  • 10. METODOLOGIA Tipo de pesquisa: Pesquisa participante com abordagem qualitativa. Conforme Grossi (1981): “pesquisa participante é um processo de pesquisa no qual a comunidade participa na análise de sua própria realidade, com vistas a promover uma transformação social em benefício dos participantes que são os oprimidos”. Instrumento de coleta de dados: questionário online. De acordo com Oliveira (2007): o questionário pode ser definido como uma técnica para obtenção de informações sobre sentimentos, crenças, expectativas, situações vivenciadas e sobre todo e qualquer dado que o pesquisador (a) deseja registrar para atender os objetivos de seu estudo. (2007, p. 83)
  • 11. METODOLOGIA Sujeitos da pesquisa: Os sujeitos participantes da pesquisa foram alunos e egressos de diferentes faixas etárias desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior.
  • 12. RESULTADOS Realizou-se uma pesquisa participante, durante o mês de junho de 2020, tendo como objetivo principal a identificação da vivência do fenômeno bullying pelos sujeitos participantes, seus reflexos na Autoestima desses sujeitos e a identificação da postura da escola com relação às medidas adotadas no combate as práticas do bullying sofridas pelos sujeitos participantes da pesquisa. Durante esse período, como instrumento de análise utilizou-se um questionário composto por 10 perguntas, que devido a pandemia do COVID- 19, foi realizado através da plataforma digital Google Forms, on-line. Nele, obtiveram-se 121 respostas, de diferentes pessoas, nas mais variadas faixas etárias, desde os mais jovens que ainda estão no colégio, até pessoas de mais idade, estudantes e até mesmo egressos do Ensino Superior.
  • 13. RESULTADOS • 98,3% das pessoas sabem o que é o Bullying. • 78,5% delas sofrem ou já sofreram com práticas do Bullying. • 80,2% dessas práticas de Bullying ocorreram por meio de agressão verbal, 34,7% por exclusão do grupo e 13,9% por agressão física.
  • 14. RESULTADOS 68% 6% 3% 2% 1% 2% 6% 6% 5% 2% Tabela dos motivos pelos quais os participantes da pesquisa sofreram Bullying Aspectos Físicos Raça/Cor da Pele Gênero Sexual Classe social Religião "NERD" Vários motivos Nunca sofreu Bullying Outros motivos Não Lembra
  • 15. RESULTADOS Hoje em dia, você sofre com algum problema de autoestima devido ao bullying sofrido? Explique: A: Sim, falta de amor próprio e a não superação do meu passado. E: Sim, hoje em dia tenho muita dificuldade em aceitar meu corpo, já tive depressão e problemas com minha alimentação. Você ficou com trauma de alguma coisa? Se sim, de que? A: Sim, pois infelizmente a violência só parou quando eu a combati com uma violência maior, me fazendo sentir uma pessoa cruel na época. C: Sim, tenho traumas, morro de medo de engordar sempre sinto que posso emagrecer um pouco mais. H: Sim, havia dias de me privar de comer algo que eu gostava muito ou diminuir a quantidade de refeições por dia e tudo isso com o intuito de não ultrapassar os "números do corpo ideal".
  • 16. RESULTADOS • 71% dos entrevistados disseram que não relataram aos pais ou responsáveis o que sofriam. • 75,7% não buscaram a direção da escola para resolver o problema, e muitos deles porque tinham medo ou não acreditavam que ela seria capaz de ajudar em algo. • 91,2% dos que responderam o questionário indicaram que a escola conseguiu resolver de alguma forma os conflitos de bullying sofridos. De qual maneira esses conflitos foram resolvidos pela escola, tendo em vista o grande número de resposta destacaremos algumas delas: A: Retratando em forma de palestras, e eventos voltados ao Bullying. C: Conversando em sala com meus colegas, já que não era só eu que sofria Bullying.
  • 17. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artigo abordou a questão do bullying no ambiente escolar. Neste trabalho buscou-se delinear alguns aspectos de importante relevância a respeito desse fenômeno, dissertando sobre os principais tipos de bullying, o perfil dos envolvidos nesse processo, enfatizando também como tudo isso impacta na autoestima desses sujeitos, interferindo no rendimento acadêmico.Observamos que a autoestima impacta bastante no desenvolvimento acadêmico, pois de acordo com Bandeira e Hutz (2010), indivíduos com autoestima alta persistem mais e fazem mais progressos que aqueles com baixa autoestima. E como ambos os indivíduos estudados no fim sofrerão de baixa autoestima, fica nítido que algo deveria ser feito para evitar isso, logo a atenção da escola deve ser maior a eles. Os resultados obtidos através do questionário, indicou uma porcentagem de que 78,5% das pessoas sofreram bullying durante a vida escolar. Paralelo a isso, foram obtidos e descritos relatos de traumas que levaram as vítimas a diversos distúrbios de alimentação, autoimagem, dentre outros que perduram até hoje. O gráfico da obtenção de motivos deste bullying se mostrou totalmente sem fundamento e com causas de imenso preconceito e opressão. Outro dado que chama a atenção é a questão de que 71% dos que responderam o questionário afirmaram que não relataram aos pais ou responsáveis o que sofriam e 75,7% não buscaram a direção da escola para resolver o problema, por medo e por pensarem que ela não ajudaria em nada. Diante do exposto, conclui-se que, o fenômeno bullying acontece das mais diversas formas e dá início a vários tipos de traumas nas pessoas, no qual, até elas mesmas não conseguem entender, que foram originados durante o sofrido principalmente em casa e no ambiente escolar. Desta forma, como o ambiente familiar não é algo tão simples de se mudar, fica nítido que a escola deve oferecer o apoio necessário para amenizar os possíveis efeitos causados por esse fenômeno, dando o máximo de atenção aqueles que os procuram, para que mais indivíduos sintam segurança em procurar a direção da escola em prol de resolver o problema. Além disso, torna-se necessário não apenas a solução das práticas de bullying enfrentadas dentro das escolas, mas sim buscar promover a conscientização dos alunos acerca dos enormes prejuízos causados pela prática do bullying nas mais diversas áreas da vida dos afetados.
  • 18. REFERÊNCIAS BANDEIRA, C. M.; HUTZ, C. S. As implicações do bullying na autoestima de adolescentes. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, v.14(1), p. 131-138, 2010. BRANDEN, N. Autoestima e os seus seis pilares. Tradução de Vera Caputo. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. CHALITA, G. Pedagogia da Amizade – Bullying: o Sofrimento das Vítimas e dos Agressores. São Paulo: Gente, 2008. FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, SP: Verus, 2005. FANTE, C.; PEDRA, J. A. Bullying Escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008. FLICK, U. Qualidade na pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 17ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. HAGUETT, T.M.F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987. JARES, X. R. Educação e Conflito. Guia de Educação para a Convivência. Porto: Edições Asa, 2002. LOBO, L. Escola de pais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 1997. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.. A pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
  • 19. REFERÊNCIAS MEDEIROS, A. O fenômeno bullying [manuscrito]: in(definições) do termo e suas possibilidades. Goiânia, 2012. NETO, A.A.L. Bullying. Adolescência e Saúde. v. 4, n. 3, p. 51-56, 2007. OLIVEIRA, M.M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. PEREIRA, S. M. de S. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. São Paulo: Paulus, 2009. PEREIRA, B. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. 2º ed. Lisboa, Fundação Calouste Grilbenkian, 2008. PEREIRA, B. O.; SILVA, M. I.; NUNES, B. Descrever o bullying na escola: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 9, n. 28, p. 455-466, 2009. SEVERINO. A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002. SILVA, A. B. B. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. XAVIER, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007. ROSENBERG, M. Society and the adolescent self-image. Princeton: Princeton University Press, 1989. STEINBERG, L. Adolescence. New York: McGraw-Hill, 1999.