O documento descreve um episódio bíblico onde Jesus alimenta uma multidão com poucos pães e peixes. Ele ensina a multidão e depois instrui seus discípulos a alimentarem o povo, mostrando compaixão por seus necessitados. O texto reflete sobre como os cristãos devem seguir o exemplo de Jesus, cuidando dos necessitados espiritual e materialmente.
1. 30ª LIÇÃO – JESUS ALIMENTA MULTIDÕES parte 1
Mc 6.30-37
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos o fim (ou o recomeço) de um grande servo
do Senhor. Em meio ao adultério, mentira, conspiração e vulgaridade, quem leva a
“pior” é o servo íntegro que não negligenciou seu ministério de pregar o
arrependimento. Vimos, no entanto, que o pior deste mundo revela o início, ou melhor,
a continuação da vida com Cristo.
Após esta narrativa pesada e dolorida para o Reino de Deus aqui na terra, o
evangelista registra um episódio maravilhoso do ministério de Jesus Cristo: a
multiplicação de pães e peixes. Tal episódio é tão importante que foi registrado pelos 04
evangelistas. Será que este milagre encerrou seus efeitos naquela oportunidade? É dizer:
será que JESUS CRISTO continua alimentando multidões ainda hoje?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 30 – Se puxarmos pela memória, vamos lembrar que, antes da
narrativa da morte de João Batista, Jesus havia dado uma missão
importante aos seus discípulos: pregar o evangelho do arrependimento,
curar enfermos e expulsar demônios.
Aqui se encontra narrada a prestação de contas por parte dos
discípulos; eles contaram a Jesus tudo o que tinham feito quanto o que
tinham ensinado.
Sabemos que, como discípulos de Jesus que somos, um dia iremos
prestar contas do que tivermos feito no Reino de Deus aqui na terra
(Mt 25.31-43). E aí, temos um bom relatório para passar a Jesus?
Esta realidade deve incomodar os discípulos do mestre.
b) V.31 a 33 – Embora estivessem à procura de um lugar ermo para
descansar, foram seguidos pela multidão, que não os deixou.
Penso que se estivéssemos cumprindo nosso ministério do jeito
que o Mestre quer, também nos depararíamos com tal situação.
2. Observe que eles buscavam um lugar deserto (v. 32); Cristo fazia
recorrentes retiros com seus discípulos.
Isso nos mostra que nem sempre o culto público deve ser a nossa
opção; por vezes, precisamos estar a sós com nosso Deus,
buscando intimidade.
Tal momento a sós, de tão importante que é, deve ser uma rotina
na vida do cristão. Não podemos abrir mão do nosso necessário
momento devocional com o Pai, de leitura de sua Palavra e
oração.
Para os que lideram (aqui se inclui o líder de PG!), tal momento é
crucial para o sucesso das reuniões. O ministério intercessório
(orar por outras pessoas) deve ser recorrente na vida do líder, que
deve ter o compromisso assumido com Deus de interceder por
seus liderados (1Tm 2.1). Quanto mais intimidade tivermos com
Deus, mas o Espírito Santo nos usará; tal intimidade só é
conquistada com leitura bíblica e oração.
c) V. 34 – Jesus, em sua perfeita misericórdia, não podia ficar indiferente
àquela multidão que ansiava por um ensinamento reto.
Penso que o mesmo olhar misericordioso da parte de Jesus continua
existindo; mas será que ele continua achando que as ovelhas estão
perdidas, como que sem pastor?
Nós sabemos que muitos ainda estão completamente perdidos e
precisamos, como igreja de Jesus Cristo, alcançar tais pessoas.
O olhar exercido por Cristo o fez mudar de atitude: se antes procurava
um lugar ermo, agora ele se dedica a ensinar aos necessitados.
Você tem agido da mesma forma? Vendo uma necessidade, seja
espiritual ou material, você é capaz de mudar os seus planos para
prestar socorro? Na parábola do Bom samaritano (Lc 10.30-35), a
atitude elogiada por Jesus foi a do que se condoeu do próximo.
Esse é o verdadeiro amor que Cristo espera de nós.
3. Jesus supriu a 1ª necessidade manifestada pelo povo (espiritual) e
posteriormente (veremos na semana que vem) a 2ª necessidade (fome).
Você tem suprido as necessidades do seu próximo?
d) V. 35-37 – Mais uma vez, Jesus manifesta sua profunda misericórdia e
sugere aos discípulos que saciem a necessidade física do povo.
Esta ordem da parte do mestre continua a ser dada ainda hoje.
Precisamos estar atentos à necessidade do nosso próximo e, em
adoração ao Senhor e amor ao próximo, suprir a necessidade que
se apresenta.
A Bíblia diz que, quando suprimos uma necessidade, é como se
estivéssemos cuidando do próprio Cristo Jesus (Mt 25.34-40; Cl 3.17,
23 e 24).
O ministério evangelístico de Jesus Cristo continua a ser feito por nós
aqui na terra. É missão da igreja cuidar dos necessitados (Dt 24.17;
At 6.1-3; Tg 1.27) e a igreja somos eu e você.
CONCLUSÃO: Daí-lhes vós de comer (v.37)
Vemos muita injustiça social; o Brasil é “próspero” em casos de
necessidade.
O que o grupo acha do dever cristão de assistir ao próximo? Fomente o
debate através de questionamentos como:
a) Devemos dar esmolas, cestas-básicas, roupas (novas ou usadas)?
b) A igreja local tem algo a ver com assistência social? Este não é um
trabalho das autoridades instituídas?
c) Se dou o dízimo preciso também levar itens da cesta-básica para
igreja?
d) Se dou o dízimo preciso ofertar uma caixa-d’água, p.e., para um
irmão necessitado?
4. e) Se dou uma ajuda, devo esperar, no mínimo, gratidão de quem
ajudo?