SlideShare uma empresa Scribd logo
Dietas
hospitalares
Profa Ana Elizabeth Alves da Silva
Mo#vos para a baixa aceitação das dietas
hospitalares?
Conceitos importantes
• Dieta: Padrão alimentar do indivíduo, o
que difere do conceito de cardápio
(tradução culinária das preparações e da
forma de apresentação das refeições e
alimentos).
• Alimentação Normal: é aquela balanceada
em nutrientes, de fácil preparação, de
apresentação agradável, adequada a
indivíduos sadios e aqueles doentes que
não necessitam de nenhum Ipo de
modificação na sua dieta
• Alimentação Especial: é aquela que
apresentam modificações nas suas
caracterísIcas sensoriais, Ksicas e
químicas para atender as necessidades
dos enfermos
Caracterís#ca das dietas
Temperatura dos Alimentos:
• Quentes: acelera mo4lidade gástrica
• Frios: retardam o esvaziamento gástrico
Sabor :
• Doce, Salgado ou Mista
• Temperos suave, moderado ou intenso e excitante.
Caracterís#ca das dietas
De acordo com a quanIdade de celulose conIda nos alimentos e com a rigidez do
tecido conecIvo de animais.
Pode ser :
•Isenta de resíduos (repouso gastrointesInal)
•Pouco resíduos (frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê).
•Resíduos brandos (cereais triturados, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas
cozidas, em compotas ou sem casca).
•Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais) –
esImular o trânsito gastrointesInal.
Gastronomia hospitalar
“O conceito de “Comida de hospital” tem sofrido uma mudança radical
nos úl4mos anos. O Conceito de HOTELARIA vem sendo incorporado à
área hospitalar, fazendo com que aquela ideia de ambiente com cheiro
de remédio e comida sem sabor (e má aparência) seja completamente
distorcida, ou seja, assim o usuário se sente como cliente e menos
paciente (BEZERRA, 2003).
Dietas Hospitalares
Consistência:
• Normal/Geral
• Branda
• Leve
• Pastosa
• Liquida
Terapêu<cas:
• Normo / Hipo / Hipercalórica
• Normo / Hipo / Hiperproteica
• Hipogordurosa
• Assódica/Hipossódica
• Sem resíduos ou Obs<pante
• Laxa<va
• Diabetes
• Dietas para preparo de exames
• Cetogênica
Modificações da Dieta Normal
POR QUÊ?
• Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível
• Evitar a desnutrição intra-hospitalar
• Manter as reservas de nutrientes no organismo
• Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às
necessidades nutricionais do paciente
Dieta líquida restrita (Liquida sem resíduos)
Obje<vo:
• Fornecer líquidos e eletrólitos via oral
• Prevenir a desidratação
• Minimizar o trabalho do TGI e a presença de
resíduos no colón
Indicações para uso:
• Preparo e pós-operatório de cirurgias do trato
gastrintes<nal
• Após uso via intravenosa
• Infecções graves e diarreia aguda
• Antes ou depois de procedimentos de diagnos<co
Cons<tuição:
• Líquidos sem resíduos, ou seja, é ausente de fibras,
de leite e derivados, de lipídeos e proteínas fibrosas
Recomendações:
Podem ser uIlizados
GelaIna de todos os sabores
Açúcar, sal, mel, café́ e chá́: moderação
Suplementos (fornecer nutrientes)
vAtenção: devem ser isentos de lactose e diluídos em água
Dieta líquida completa
ObjeIvo:
• Fornecer uma dieta para pacientes que não
podem ingerir alimentos sólidos
Indicações para uso:
• Após cirurgias de cabeça e pescoço ou quando há
compromeImento da função digesIva,
problemas mecânicos de masIgação
• Doençasagudas
• Disfagia
• Preparo para exames
• Pré e/ou Pós-operatório
Recomendações:
• Nutricionalmente inadequada
• Permite adição de leite e derivados, ovos e cereais
refinados
• PermiIdos suplementos industrializados com
baixa quanIdade de resíduos (módulos, dietas)
• Uso de canudos ou sonda quando necessário
• Podem ser incluídos: gelaIna de todos os sabores,
açúcar, sal, mel, margarina, manteiga, geléias sem
pedaços, café sucos coados e chás
Dieta pastosa
Obje%vo:
• Propiciar repouso diges%vo
• Atender pacientes quando alimentos sólidos não são tolerados
Indicação:
• Impossibilidade ou dificuldade de mas%gação e/ou deglu%ção
• Repouso diges%vo
• Situações onde a função gastrointes%nal esteja moderadamente
reduzida
• Pacientes Idosos com dificuldade de mas%gação
• Portadores de Doenças Neurológicas
Caracterís%cas:
• Preparações de consistência forma de purê
• Possui maior densidade calórica do que as anteriores
• Possibilidade de u%lizar módulos e suplementos
Recomendações:
• Água, chás, café́ e sucos em geral
• Legumes/Tubérculos sem casca, sementes e
bem cozidos (abobrinha, moranga, chuchu,
batata, mandioquinha) ou na forma de purê̂
• Arroz Pastoso, macarrão e Polenta
• Caldo de Feijão, sopas liquidificadas e sopas-
creme
• Leite, coalhada, queijos cremosos e
margarina
• Frutas Pastosas (banana, mamão ou abacate)
ou liquidificadas, pudins, gelaJnas, sorvetes
e mingau (farinha de aveia, láctea, amido
etc.)
• Carne Moída ou bem desfiadas, ovos
(cozidos ou pochê ou mexidos)
Dieta Branda
ObjeIvo
• Fornecer uma dieta contendo o mínimo
possível de fibras e uma quanIdade moderada
de resíduos
CaracterísIcas:
• Normal em todos os nutrientes, alimentos bem
cozidos/macios
• Fibras e Tecido conecIvo são modificados pela
cocção ou ação mecânica
Indicação para uso:
Dieta de transição para geral
Pós-operatório (esôfago, estomago)
ICC grau III a IV
Gastrite ou úlcera pépIca
Dificuldade Mecânica para masIgação/digestão
Recomendações:
• Todos os alimentos são modificados pela
cocção, exceto frutas
• Evitar pimenta, refrigerantes, água com
gás, extratos de carne e frituras
• Os condimentos também devem ser
excluídos porém alguns tais como a salva,
o tomilho e a páprica são permiJdos
• O baixo teor de fibras pode resultar em
obsJpação intesJnal; podem ser uJlizados
laxaJvos: sucos, chás, módulos e farinha
de trigo/aveia
• As fibras devem ser incluídas
gradaJvamente à dieta, de acordo com a
tolerância do paciente
Dieta Geral
Definição: Sem Restrições
Indicação: Não exige modificações químicas
e/ou consistência
CaracterísIcas:
• São permiIdos todos os Ipos de
alimentos e Preparações Culinárias
• Dieta nutricionalmente Balanceada
Recomendações:
• Evitar frituras
• Preferir o cozimento rápido das hortaliças, para
diminuir a perda de nutrientes
• Incluir hortaliças verde-escuras e frutas
(frescas/com casca)
• Contar como uma porção de frutas somente os
sucos 100% puros
• ReIrar as gorduras visíveis das carnes
• Selecionar as carnes assadas, grelhadas ou
preparadas no vapor
• Limitar a quanIdade de gorduras e açucares
adicionais
• Dispor as preparações de forma harmoniosa e
agradável
Trabalho
5 grupos: desenvolver um cardápio hospitalar completo, cada grupo fará
sobre um Jpo de dieta explanada em aula (liquida, liquida completa, pastosa
branda e geral)
Cardápio completo:
• Desjejum
• Lanche
• Almoço
• Lanche
• Jantar
Bibliografia
• BEZERRA,A. C. Gastronomia na prescrição de dietas hospitalares e as
influências geradas pela indústria hoteleira. 2003. 47g. Monografia
(Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Excelência em
Turismo, Brasília, 2003.
• TANAKA, N.Y.Y; BRANDÃO, E. C. M; MARCHINI, J. S. Padronização de
Dietas Hospitalares. In:VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C. Gestão de
Qualidade na Produção de Refeições. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2012.
aula 3. Dietas hospitalares .pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nutrição no Ensino da Enfermagem
Nutrição no Ensino da EnfermagemNutrição no Ensino da Enfermagem
Nutrição no Ensino da Enfermagem
Abilio Cardoso Teixeira
 
Livro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdfLivro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdf
Marcela Cardoso
 
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEMAULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
AnaRaquel435561
 
Aula De NutriçãO IntroduçãO
Aula De NutriçãO IntroduçãOAula De NutriçãO IntroduçãO
Aula De NutriçãO IntroduçãO
themis dovera
 
Aulas de nutrição e dietética
Aulas de nutrição e dietéticaAulas de nutrição e dietética
Aulas de nutrição e dietética
Fabiano de Carvalho
 
Nutricão
NutricãoNutricão
Nutricão
Rosa Vinteesete
 
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes  ciclos da vidaNutrientes nos diferentes  ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
Marcelo Silva
 
Alimentação na gestação
Alimentação na gestaçãoAlimentação na gestação
Alimentação na gestação
Alinebrauna Brauna
 
nutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptxnutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptx
ssuser51d27c1
 
Nutrição do idoso
Nutrição do idosoNutrição do idoso
Nutrição do idoso
Karina Pereira
 
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapiaNutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
KetlenBatista
 
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idosoNutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
KetlenBatista
 
Nutriçao
NutriçaoNutriçao
Nutriçao
Sheilla Sandes
 
Aula de Preparação de Cardápios.
Aula de Preparação de  Cardápios.Aula de Preparação de  Cardápios.
Aula de Preparação de Cardápios.
Roberta Braga
 
Nutrição enteral e parenteral
Nutrição enteral e parenteralNutrição enteral e parenteral
Nutrição enteral e parenteral
Alexandra Caetano
 
Terapia nutricional com vídeo
Terapia nutricional com vídeoTerapia nutricional com vídeo
Terapia nutricional com vídeo
Jamille Salvador
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Larissa Goncalves
 
Alimentação da gestante
Alimentação da gestanteAlimentação da gestante
Alimentação da gestante
Lourdes Piedade
 
Apresentação TNE
Apresentação TNEApresentação TNE
Apresentação TNE
Cíntia Costa
 
Dietas hospitalares
Dietas hospitalaresDietas hospitalares
Dietas hospitalares
Adriane Lessnau
 

Mais procurados (20)

Nutrição no Ensino da Enfermagem
Nutrição no Ensino da EnfermagemNutrição no Ensino da Enfermagem
Nutrição no Ensino da Enfermagem
 
Livro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdfLivro dietas hospitalares pdf
Livro dietas hospitalares pdf
 
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEMAULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
AULA NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM
 
Aula De NutriçãO IntroduçãO
Aula De NutriçãO IntroduçãOAula De NutriçãO IntroduçãO
Aula De NutriçãO IntroduçãO
 
Aulas de nutrição e dietética
Aulas de nutrição e dietéticaAulas de nutrição e dietética
Aulas de nutrição e dietética
 
Nutricão
NutricãoNutricão
Nutricão
 
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes  ciclos da vidaNutrientes nos diferentes  ciclos da vida
Nutrientes nos diferentes ciclos da vida
 
Alimentação na gestação
Alimentação na gestaçãoAlimentação na gestação
Alimentação na gestação
 
nutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptxnutrição enteral e parenteral.pptx
nutrição enteral e parenteral.pptx
 
Nutrição do idoso
Nutrição do idosoNutrição do idoso
Nutrição do idoso
 
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapiaNutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
Nutrição normal e dietética: introdução a dietoterapia
 
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idosoNutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
Nutrição normal e dietética: alimentação do adulto e do idoso
 
Nutriçao
NutriçaoNutriçao
Nutriçao
 
Aula de Preparação de Cardápios.
Aula de Preparação de  Cardápios.Aula de Preparação de  Cardápios.
Aula de Preparação de Cardápios.
 
Nutrição enteral e parenteral
Nutrição enteral e parenteralNutrição enteral e parenteral
Nutrição enteral e parenteral
 
Terapia nutricional com vídeo
Terapia nutricional com vídeoTerapia nutricional com vídeo
Terapia nutricional com vídeo
 
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermoTerapia nutricional no paciente criticamente enfermo
Terapia nutricional no paciente criticamente enfermo
 
Alimentação da gestante
Alimentação da gestanteAlimentação da gestante
Alimentação da gestante
 
Apresentação TNE
Apresentação TNEApresentação TNE
Apresentação TNE
 
Dietas hospitalares
Dietas hospitalaresDietas hospitalares
Dietas hospitalares
 

Semelhante a aula 3. Dietas hospitalares .pdf

DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdfDIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
AnnaSilva296544
 
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdfAula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
Giza Carla Nitz
 
Dietas
Dietas Dietas
Dietas
Cathy E Aviz
 
Terapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncerTerapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncer
Brendha Soares
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdf
mauromaumau
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptx
mauromaumau
 
Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2
adrianomedico
 
Dietoterapia doenças gastro intestinais
Dietoterapia doenças gastro intestinaisDietoterapia doenças gastro intestinais
Dietoterapia doenças gastro intestinais
Luciana Moura Abreu Prieto
 
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente críticoNutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
Eduardo Tibali
 
Samuel_Diario_alimentar
Samuel_Diario_alimentarSamuel_Diario_alimentar
Samuel_Diario_alimentar
comunidadedepraticas
 
Tipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalaresTipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalares
Laura Da Costa Silva
 
alimentação do paciente e escalas
alimentação do paciente e escalasalimentação do paciente e escalas
alimentação do paciente e escalas
ClaraRibeiro50
 
Piramide Alimentar
Piramide AlimentarPiramide Alimentar
Piramide Alimentar
Mário Jr Nicomedes
 
dietas especiais.potx
dietas especiais.potxdietas especiais.potx
dietas especiais.potx
ssuser51d27c1
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
BrunoPelosoSignorett
 
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
Terapia Nutricional Enteral e ParenteralTerapia Nutricional Enteral e Parenteral
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
latnep
 
Alimentação do paciente - Nutrição enteral
Alimentação do paciente - Nutrição enteralAlimentação do paciente - Nutrição enteral
Alimentação do paciente - Nutrição enteral
Tuanny Sampaio - Estética Avançada
 
Apostila cardapio dri pnae pat
Apostila cardapio dri pnae patApostila cardapio dri pnae pat
Apostila cardapio dri pnae pat
Eric Liberato
 
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
Taiz Siqueira Pinto
 
Estudo de caso fnutrição
Estudo de caso  fnutriçãoEstudo de caso  fnutrição
Estudo de caso fnutrição
MarcosPaulo913
 

Semelhante a aula 3. Dietas hospitalares .pdf (20)

DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdfDIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
DIETAS HOSPITALARES NILTON.pdf
 
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdfAula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf
 
Dietas
Dietas Dietas
Dietas
 
Terapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncerTerapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncer
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdf
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptx
 
Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2
 
Dietoterapia doenças gastro intestinais
Dietoterapia doenças gastro intestinaisDietoterapia doenças gastro intestinais
Dietoterapia doenças gastro intestinais
 
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente críticoNutrição enteral e parenteral no doente crítico
Nutrição enteral e parenteral no doente crítico
 
Samuel_Diario_alimentar
Samuel_Diario_alimentarSamuel_Diario_alimentar
Samuel_Diario_alimentar
 
Tipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalaresTipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalares
 
alimentação do paciente e escalas
alimentação do paciente e escalasalimentação do paciente e escalas
alimentação do paciente e escalas
 
Piramide Alimentar
Piramide AlimentarPiramide Alimentar
Piramide Alimentar
 
dietas especiais.potx
dietas especiais.potxdietas especiais.potx
dietas especiais.potx
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
 
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
Terapia Nutricional Enteral e ParenteralTerapia Nutricional Enteral e Parenteral
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
 
Alimentação do paciente - Nutrição enteral
Alimentação do paciente - Nutrição enteralAlimentação do paciente - Nutrição enteral
Alimentação do paciente - Nutrição enteral
 
Apostila cardapio dri pnae pat
Apostila cardapio dri pnae patApostila cardapio dri pnae pat
Apostila cardapio dri pnae pat
 
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos no brasil, 1...
 
Estudo de caso fnutrição
Estudo de caso  fnutriçãoEstudo de caso  fnutrição
Estudo de caso fnutrição
 

aula 3. Dietas hospitalares .pdf

  • 2. Mo#vos para a baixa aceitação das dietas hospitalares?
  • 3. Conceitos importantes • Dieta: Padrão alimentar do indivíduo, o que difere do conceito de cardápio (tradução culinária das preparações e da forma de apresentação das refeições e alimentos). • Alimentação Normal: é aquela balanceada em nutrientes, de fácil preparação, de apresentação agradável, adequada a indivíduos sadios e aqueles doentes que não necessitam de nenhum Ipo de modificação na sua dieta • Alimentação Especial: é aquela que apresentam modificações nas suas caracterísIcas sensoriais, Ksicas e químicas para atender as necessidades dos enfermos
  • 4. Caracterís#ca das dietas Temperatura dos Alimentos: • Quentes: acelera mo4lidade gástrica • Frios: retardam o esvaziamento gástrico Sabor : • Doce, Salgado ou Mista • Temperos suave, moderado ou intenso e excitante.
  • 5. Caracterís#ca das dietas De acordo com a quanIdade de celulose conIda nos alimentos e com a rigidez do tecido conecIvo de animais. Pode ser : •Isenta de resíduos (repouso gastrointesInal) •Pouco resíduos (frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê). •Resíduos brandos (cereais triturados, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas cozidas, em compotas ou sem casca). •Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais) – esImular o trânsito gastrointesInal.
  • 6. Gastronomia hospitalar “O conceito de “Comida de hospital” tem sofrido uma mudança radical nos úl4mos anos. O Conceito de HOTELARIA vem sendo incorporado à área hospitalar, fazendo com que aquela ideia de ambiente com cheiro de remédio e comida sem sabor (e má aparência) seja completamente distorcida, ou seja, assim o usuário se sente como cliente e menos paciente (BEZERRA, 2003).
  • 7. Dietas Hospitalares Consistência: • Normal/Geral • Branda • Leve • Pastosa • Liquida Terapêu<cas: • Normo / Hipo / Hipercalórica • Normo / Hipo / Hiperproteica • Hipogordurosa • Assódica/Hipossódica • Sem resíduos ou Obs<pante • Laxa<va • Diabetes • Dietas para preparo de exames • Cetogênica
  • 8. Modificações da Dieta Normal POR QUÊ? • Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível • Evitar a desnutrição intra-hospitalar • Manter as reservas de nutrientes no organismo • Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às necessidades nutricionais do paciente
  • 9. Dieta líquida restrita (Liquida sem resíduos) Obje<vo: • Fornecer líquidos e eletrólitos via oral • Prevenir a desidratação • Minimizar o trabalho do TGI e a presença de resíduos no colón Indicações para uso: • Preparo e pós-operatório de cirurgias do trato gastrintes<nal • Após uso via intravenosa • Infecções graves e diarreia aguda • Antes ou depois de procedimentos de diagnos<co Cons<tuição: • Líquidos sem resíduos, ou seja, é ausente de fibras, de leite e derivados, de lipídeos e proteínas fibrosas
  • 10. Recomendações: Podem ser uIlizados GelaIna de todos os sabores Açúcar, sal, mel, café́ e chá́: moderação Suplementos (fornecer nutrientes) vAtenção: devem ser isentos de lactose e diluídos em água
  • 11. Dieta líquida completa ObjeIvo: • Fornecer uma dieta para pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos Indicações para uso: • Após cirurgias de cabeça e pescoço ou quando há compromeImento da função digesIva, problemas mecânicos de masIgação • Doençasagudas • Disfagia • Preparo para exames • Pré e/ou Pós-operatório
  • 12. Recomendações: • Nutricionalmente inadequada • Permite adição de leite e derivados, ovos e cereais refinados • PermiIdos suplementos industrializados com baixa quanIdade de resíduos (módulos, dietas) • Uso de canudos ou sonda quando necessário • Podem ser incluídos: gelaIna de todos os sabores, açúcar, sal, mel, margarina, manteiga, geléias sem pedaços, café sucos coados e chás
  • 13. Dieta pastosa Obje%vo: • Propiciar repouso diges%vo • Atender pacientes quando alimentos sólidos não são tolerados Indicação: • Impossibilidade ou dificuldade de mas%gação e/ou deglu%ção • Repouso diges%vo • Situações onde a função gastrointes%nal esteja moderadamente reduzida • Pacientes Idosos com dificuldade de mas%gação • Portadores de Doenças Neurológicas Caracterís%cas: • Preparações de consistência forma de purê • Possui maior densidade calórica do que as anteriores • Possibilidade de u%lizar módulos e suplementos
  • 14. Recomendações: • Água, chás, café́ e sucos em geral • Legumes/Tubérculos sem casca, sementes e bem cozidos (abobrinha, moranga, chuchu, batata, mandioquinha) ou na forma de purê̂ • Arroz Pastoso, macarrão e Polenta • Caldo de Feijão, sopas liquidificadas e sopas- creme • Leite, coalhada, queijos cremosos e margarina • Frutas Pastosas (banana, mamão ou abacate) ou liquidificadas, pudins, gelaJnas, sorvetes e mingau (farinha de aveia, láctea, amido etc.) • Carne Moída ou bem desfiadas, ovos (cozidos ou pochê ou mexidos)
  • 15. Dieta Branda ObjeIvo • Fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras e uma quanIdade moderada de resíduos CaracterísIcas: • Normal em todos os nutrientes, alimentos bem cozidos/macios • Fibras e Tecido conecIvo são modificados pela cocção ou ação mecânica Indicação para uso: Dieta de transição para geral Pós-operatório (esôfago, estomago) ICC grau III a IV Gastrite ou úlcera pépIca Dificuldade Mecânica para masIgação/digestão
  • 16. Recomendações: • Todos os alimentos são modificados pela cocção, exceto frutas • Evitar pimenta, refrigerantes, água com gás, extratos de carne e frituras • Os condimentos também devem ser excluídos porém alguns tais como a salva, o tomilho e a páprica são permiJdos • O baixo teor de fibras pode resultar em obsJpação intesJnal; podem ser uJlizados laxaJvos: sucos, chás, módulos e farinha de trigo/aveia • As fibras devem ser incluídas gradaJvamente à dieta, de acordo com a tolerância do paciente
  • 17. Dieta Geral Definição: Sem Restrições Indicação: Não exige modificações químicas e/ou consistência CaracterísIcas: • São permiIdos todos os Ipos de alimentos e Preparações Culinárias • Dieta nutricionalmente Balanceada
  • 18. Recomendações: • Evitar frituras • Preferir o cozimento rápido das hortaliças, para diminuir a perda de nutrientes • Incluir hortaliças verde-escuras e frutas (frescas/com casca) • Contar como uma porção de frutas somente os sucos 100% puros • ReIrar as gorduras visíveis das carnes • Selecionar as carnes assadas, grelhadas ou preparadas no vapor • Limitar a quanIdade de gorduras e açucares adicionais • Dispor as preparações de forma harmoniosa e agradável
  • 19.
  • 20. Trabalho 5 grupos: desenvolver um cardápio hospitalar completo, cada grupo fará sobre um Jpo de dieta explanada em aula (liquida, liquida completa, pastosa branda e geral) Cardápio completo: • Desjejum • Lanche • Almoço • Lanche • Jantar
  • 21. Bibliografia • BEZERRA,A. C. Gastronomia na prescrição de dietas hospitalares e as influências geradas pela indústria hoteleira. 2003. 47g. Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Excelência em Turismo, Brasília, 2003. • TANAKA, N.Y.Y; BRANDÃO, E. C. M; MARCHINI, J. S. Padronização de Dietas Hospitalares. In:VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C. Gestão de Qualidade na Produção de Refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.