AFECÇÕES
GASTROINTESTINAIS EM
CÃES E GATOS
Msc. Stephanie de Souza Theodoro
Residência em Nutrição e Nutrição CIinica de Caes e Gatos
Doutoranda em Medicina Veterinária
Laboratório de Pesquisa em Nutrição e Doenças Nutricionais de Cães e Gatos "Prof. Dr. Flávio
Prada" - UNESP Jaboticabal
Clínica das Doenças Carenciais, Endócrinas
e Metabólicas
1. AFECÇÕES
GASTROINTESTINAIS EM
CÃES E GATOS
Msc. Stephanie de Souza Theodoro
Residência em Nutrição e Nutrição Clínica de Cães e Gatos
Doutoranda em Medicina Veterinária
Laboratório de Pesquisa em Nutrição e Doenças Nutricionais de Cães e Gatos “Prof. Dr. Flávio
Prada” – UNESP Jaboticabal
Clínica das Doenças Carenciais, Endócrinas
e Metabólicas
7. DEFESAS:
• Digestão
• Barreira física
• Tecido linfóide associado ao
intestino (TLAI)
• Microbiota intestinal
Barreira seletiva entre o meio externo e o meio
interno dos animais
Mecanismos Naturais de Defesa
Gastrointestinal
8. Lymphoid cells
Proliferation
“PRÓPRIO”
..
. Patógenos
REAÇÃO IMUNOLÓGICA
“ESTRANHO”
Intes
tinal
cells
.
Nutrientes
DESENVOLVIMENTO
IMUNOLÓGICO
..
Função Imunológica no Intestino
• O intestino reconhece o conteúdo intestinal como
“PRÓPRIO” x “ESTRANHO”
• Secreção de IgA (anticorpos)
• Estimulação do TLAI permite reações sistêmicas a
patógenos invasores
9. • O trato GI é altamente sensível a deficiência de
proteínas ou aminoácidos
• Adequados níveis protéicos da dieta ajudam a
promover o desenvolvimento das células do
intestino e de suas funções protetoras
Nutrição do trato digestório
10. Nutrição do trato digestório
• Elevado turnover celular.
• A cada 4-5 dias ocorre a renovação das células do
intestino delgado
• Energia e nutrientes necessários para ajudar no
crescimento de novas células
• Aproximadamente 50% das proteínas ingeridas
são usadas pelas células do trato digestório
15. AFECÇÕES NO ESTÔMAGO
• Alterações da motilidade
• Gastrite
• Torção
• Úlceras
• Neoplasia
DIETA
• Múltiplas pequenas refeições (3 ou mais)
• Alimento úmido/umidecido aquecido (reduz osmolalidade e facilita
esvaziamento gástrico)
• Alta digestibilidade
• 10-15% gordura à depende da tolerância do paciente
• Menos de 2,5% fibra
• Controle de matéria mineral (<7,5%) e cálcio (<1,5%) - tampão
17. DIARRÉIAS
SÃO TODAS IGUAIS?
Aguda X Crônica Delgado X Grosso
As diarréias são causas frequentes de visitas
ao médico veterinário, porém podem indicar
uma ampla variedade de etiologias.
18. Etapas do Diagnóstico
Etapa Diagnóstico
1 Obter o histórico e realizar o exame físico
2 Descartar e tratar endoparasitoses
3 Diferenciar as causar primárias e secundárias de diarréia
4 Caracterizar o processo patológico
5 Realizar testes terapêuticos, se não houver contraindicação
6 Efetuar a avaliação histopatológica de biópsias
19. Histórico
• Vermifugações antecedentes
• Classificação do tipo de diarréia
• Histórico alimentar detalhado
• Terapêutica anterior (ATB)
• Episódios de vômito
• Exame físico
24. DIARRÉIA AGUDA
• Tratamento:
• Descanso gastroentérico à vômito incoercível (muita água),
severamente desidratado, distúrbio hidro-eletrolítico ácido-básico
• 24 horas de jejum no máximo
• Realimentação em pequenas quantidades (4x dia)
o Pouca gordura (10-15%)
o Pouca fibra (<2,5%)
o Não fornecer leite e derivados
o Suplementar com sódio, potássio e cloro (perde entérica)
• Após resolução clínica – reintroduzir o alimento habitual lentamente
SUPORTE!
25. DIARRÉIA AGUDA
• Tratamento:
• Apenas diarréia aguda:
• Continuar alimentando
• Procedimento recomendado em seres humanos - pediatria
• Redução da morbidade em casos de parvovirose
• Dieta:
• Alta digestibilidade
• Moderada gordura
• Baixa fibra
• Proteína única não habitual ao que o animal está acostumado ou
hidrolisada
26. DIARRÉIA AGUDA
De forma geral, assim que se controle o vômito
deve-se alimentar o animal evitando-se:
• Atrofia de vilosidades intestinais
• Imunossupressão local no intestino
• Translocação intestinal de bactérias com
septicemia
• Degradação da condição nutricional do
paciente
27. • Classificação 1:
1. Má digestão
2. Má absorção
• Classificação 2:
1. Doenças intraluminais
2. Doenças da mucosa
3. Doenças pós-mucosa
Diarréias CRÔNICAS
28. • Abordagem inicial do paciente:
• Hemograma
• Bioquímica sérica
• Proteína total
• Albumina
• Triglicérides
• Colesterol
• Exame de urina
• US
• Exame histopatológico de fragmento
de biópsia
Diarréias CRÔNICAS
29. Diagnóstico ou Triagem Terapêutica?
• Triagem terapêutica = Diagnóstico
• Proprietário deve estar ciente
• Pacientes relativamente bem e exames não graves
• Pensar na clínica do paciente
• Se não houver sucesso à saber o que excluir e
qual o próximo passo.
30. DIETA HIPOALERGÊNICA
• Duração mínima de tratamento é de 4 semanas
• Paciente deve estar em condição razoável
DIAGNÓSTICO OU TRIAGEM TERAPÊUTICA?
31. ENTEROPATIA
CONSTIPAÇÃO
DIARREIA
AGUDA
(<2 semanas)
CRÔNICA
(>2-3 semanas)
DESCARTADAS: causas extraintestinais (alterações hepáticas,
pancreáticas, renais, hipoadrenocorticismo e hipercalcemia),
doenças parasitarias e infecciosas, doenças intestinais de outras
etiologias (obstrução mecânica por intussuscepção, corpo
estranho e tumores intestinais)
CAUSAS: inflamação crônica, disbiose, reações adversas ao
alimento, linfangiectasia, linfoma alimentar, distúrbios
imunológicos.
PROTOCOLO: DIAGNÓSTICO DE ENTEROPATIA CRÔNICA
Importante dosar: Vitamina D,
Vitamina B12 (cobalamina),
Vitamina B9 (folato) e albumina
para fins prognósticos e
terapêuticos
+ Fibra
32. PACIENTE ESTÁVEL
(com apetite, albumina sérica normal)
PACIENTE INSTÁVEL
(anorexia/hiporexia, albumina sérica baixa)
COMBINAÇÃO
alimento hipoalergênico, ATB,
imunossupressor (tudo junto)
ENTEROPATIA RESPONSIVA
AO ALIMENTO
(alimento hipoalergênico)
ENTEROPATIA RESPONSIVA A
ANTIBIÓTICOS
(oxitetraciclina, tilosina, enrofloxacina)
ENTEROPATIA RESPONSIVA A
IMUNOSSUPRESSORES
(predinisolona, ciclosporina, clorambucil,
azatioprina, micofenolato)
ID: não precisa suplementar com fibra
IG: suplementação com fibra
INICIAR COM:
Alimento hipoalergênico → ATB
→ imunossupressor (um por
vez)
33. MELHORA
NÃO MELHORA
Se alimento caseiro: acrescentar ingredientes até a dieta se tornar
completa + fornecer dieta balanceada por até 4 sem
Se alimento comercial: fornecer dieta balanceada por até 4 sem
Reavaliar em 2 a 4
sem
NÃO MELHORA
Se o tutor aceitar fazer a DIETA
DE DESAFIO
DIETA DE ELIMINAÇÃO
CHO+proteína+fibra(só IG)+B12 ou alimento comercial
hipoalergênico) - manter por no máximo 8 semanas
Reavaliar em 4 sem
MELHORA
DESCARTA
ERA
Se o tutor não aceitar fazer a
DIETA DE DESAFIO
SUSPEITA DE HA
Mantém dieta
ENTEROPATIA RESPONSIVA AO
ALIMENTO
Importante:
Suplementar B12 (cobalamina)
- especialmente se o animal
apresentar hipocobalaminemia.
34. Manter: Dieta caseira
hipoalergênica testada ou
comercial hidrolisada
DIETA DE PROVOCAÇÃO
(alimento hipoalergênico comercial ou caseiro +
introdução de ingredientes semanalmente →
+20%kcal/d de alérgeno/sem)
NEGATIVO P/ HA:
(Não alérgico ao ingrediente:
passar dieta com ingredientes
que ele não reagiu)
DIETA DE DESAFIO
(Dieta que o animal estava consumindo
antes da dieta de eliminação)
COM MANIF. CLÍNICAS
SEM MANIF. CLÍNICAS
SEM MANIF. CLÍNICAS
NEGATIVO P/ HA
(Pode ser mantido com
dieta comum)
COM MANIF. CLÍNICAS
POSITIVO P/ HA
35. ENTEROPATIA RESPONSIVA A
IMUNOSSUPRESSORES
(predinisolona, ciclosporina, clorambucil,
azatioprina, micofenolato)
Curto prazo: prednisolona, budesonida e
ciclosporina.
Longo prazo: budesonida (sem estudo),
prednisolona parece inadequado, ciclosporina
parece útil como agente de resgate em cães que
não respondem à prednisolona (mais estudos)
Não melhorou?
Biópsia?
DII –
Doença
Inflamatória
Intestinal
ENTEROPATIA RESPONSIVA A
ANTIBIÓTICOS
(oxitetraciclina, tilosina, enrofloxacina)
4 a 6 semanas
Biópsia FISH A hibridação
fluorescente in situ - identifica
bactérias escolher
antibiótico
CASO TENHA DESCARTADO ERA,
considerar ERA, ERI ou ENR.
Obs.:
Cães com ERA são mais novos e mais sinais de
IG do que ERI, e maior CCECAI do que ERAt e ERI
Cães com boa reposta a ERAt são mais jovens de
raça grande e pastores Alemães
Quando o termo DII é usado para cães, ele
implica um exame minucioso para excluir
doenças extra-intestinais e doenças
intestinais, como parasitismo, falha em
responder a testes dietéticos e de antibióticos,
com inflamação confirmada em biópsias
i n t e s t i n a i s e n e c e s s i d a d e d e
imunomoduladores. Como algumas dessas
etapas costumam estar ausentes, “enteropatia
crônica” pode ser usada como um termo
genérico alternativo.
ENTEROPATIA NÃO RESPONSIVA
Não melhorou?
36. Afecções em Intestino Delgado
Verificar a cobalamina (cianocobalamina/vitamina B12) e o
folato (ácido fólico)
B12 – Absorvida no íleo, necessita de fator
específico produzido pelo pâncreas. Valores
abaixo do normal usual em IPE, disbiose
intestinal, doenças afetando porção final do
intestino delgado.
Folato – Absorvido apenas no intestino
delgado proximal. Valores acima do normal
são consistentes com disbiose intestinal.
Valores abaixo do normal com doença de
intestino delgado proximal.
37. Cobalamina - suplementação
Subcutânea
Gato e cão pequeno - 250µg/dose
Cão – 400 a 1500µg/dose (de acordo com o peso)
Injeções SC semanais, por 6 semanas, E após 30 dias da última aplicação
Dosar cobalamina após 30 dias
Oral
Gato e cão pequeno - 250µg/dose
Cão – 500 a 1000µg/dose (de acordo com o peso)
Administração oral por 12 semanas SID
Dosar cobalamina após 7 dias
Doses:
www.cvm.tamu.edu/gilab/research/cobalamin-information#Therapy
Afecções em Intestino Delgado
38. Oral
Diariamente por 12
semanas
Aguarda uma
semana
Dosa B12 para ver
necessidade de
continuar
Mais 01
aplicação
Subcutânea
Semanalmente
por 6 semanas
Intervalo de
um mês
Aguarda
um mês
Dosa B12 para ver
necessidade de
continuar
Fonte: https://vetmed.tamu.edu/gilab/research/cobalamin-information/
https://vetmed.tamu.edu/gilab/service/assays/b12folate/
Afecções em Intestino Delgado
Cobalamina - suplementação
39. Diarréias por Má Digestão
• = Intraluminais à redução na quebra de nutrientes em subprodutos
absorvíveis
• Secreção inadequada de enzimas pancreáticas no
duodeno.
• Principal causa: atrofia acinar pancreática, decorrente
da destruição imunomediada do pâncreas exócrino.
• Cães adultos-jovens à pastor alemão
• Diarréia pastosa, volumosa e de cor amarelada
• Frequência de defecação é aumentada à defecam
tantas vezes quanto comem
• Emagrecimento, distúrbios do apetite e borborigmos
40. • Normalmente não há alterações nos exames laboratoriais
• Comum: diminuição dos valores de triglicérides e colesterol
• Diagnóstico definitivo: dosagem da imunorreatividade sérica
da tripsina e do tripsinogênio (TLI) à quantidade de
zimógenos no soro
• TLI <4,0µg/L à alta especificidade e sensibilidade
• Tratamento: suplementação de pancreatina
• Misturada à dieta
• Pancreatina à dose varia em função do peso
• 0,25-0,4g/kg/refeição (Enciclopédia Royal Canin)
• 1 colher de chá/10kg de peso corporal/refeição (Fascetti)
• Dieta de alta digestibilidade
• Prognóstico: bom!!
41.
42. • Caracterizada uma proliferação anormal de bactérias duodenais que
causam má digestão e má absorção de nutrientes.
• Não há teste específico para diagnóstico à ATB
• “Diarréia responsiva a ATB”
• “Disbiose”
• Dosagens de folato (>) e cobalamina (<) à diagnóstico indireto
• Primário ou secundário
• TTO: uso de ATB prolongado (pelo menos 30 dias) – doxiciclina ou
metronidazol
dieta à depende da doença de base
à alta digestibilidade
suplementação de cobalamina parenteral 1x na semana/30dias
43. Diarréias por Má Absorção
• = Distúrbios da mucosa intestinal
• Conjunto de sequelas nutricionais e metabólicas que acompanham a
ressecção de intestino delgado suficientes para causar má-absorção
e desnutrição.
• Ressecção ≥ 70% do intestino.
• Íleo e válvula ileocólica à ressecção de 50% é considerado muito
importante
• Causas: neoplasia, intussuscepção, corpo estranho linear, trauma,
infarto, torção.
44. Motilidade alterada
• Compensação pela superfície perdida
• ↑ tempo de esvaziamento gástrico
• ↑ tempo de trânsito intestinal
Perda de área de absorção
• ↓ absorção de água, eletrólitos e outros nutrientes
• Casos leves
• aumento na ingestão
• Casos graves
• vômito, diarreia, perda de peso
• desidratação, desnutrição calórico-proteica e
múltipla deficiência de nutrientes
45. Ø Não imunológica – intolerância alimentar
Ø Imunológia – alergia alimentar (hipersensibilidade
alimentar)
Ø Sinais clínicos:
• Alteração na pele
• Alteração no TGI à vômito e diarréia
Ø Dietas com ingredientes restritos:
• Comercial com proteína inédita
• Comercial com proteína hidrolisada
• Caseira
Ø Mais de 50% dos cães podem responder a dieta!
49. o Manifestações clínicas associadas a inflamação da mucosa
do TGI à comprovado por exame minucioso para excluir
doenças extra-intestinais e doenças intestinais, como
parasitismo, falha em responder a testes dietéticos e de
antibióticos, com inflamação confirmada em biópsias
intestinais e necessidade de imunomoduladores.
o Alterações inflamatórias na mucosa do I.D.
o Enterite linfo-plasmocítica
o Enterite eosinofílica
o Exclusão de outras causas de inflamação intestinal
o Correlação entre sinais clínicos e evidência histológica de
inflamação
o Resposta a terapia à corticóide!!
50. • Paciente onde há suspeita de inflamação intestinal, mas não
realizou-se biópsia
• Não infere qual tratamento será necessário para controlar os
sinais clínicos
• Concentração normal de albumina sérica
• Classificado retrospectivamente pela resposta ao tto:
• Enteropatia responsiva ao alimento
• Enteropatia responsiva ao ATB
• Enteropatia responsiva a imunossupressores
• Enteropatia não responsiva
51. Distúrbios “Pós-Mucosa”
• Síndrome que se desenvolve em vários estados de doença
de diferentes etiologias e frequentemente envolvendo o
sistema linfático.
• Sinais clínicos: emagrecimento, diarréia de ID, ascite, efusão pleural,
edema periférico, vômito, anorexia, degradação da condição nutricional,
quilotórax, transudato peritoneal...
• Achados laboratoriais: Hipoproteinemia, hipoalbuminemia, colesterol
normal-baixo, cobalamina baixa.
• Secundária a doença inflamatória intestinal,
linfangietasia (anormalidade nos ductos linfáticos),
linfoma…..
PT – cão: 5,8-7,9 g/dL
gato: 2,6-4,0 g/dL
Albumina –
cão: 2,6-4,0 g/dL
gato: 2,6-4,3 g/dL
53. 1. Dieta é terapia adjunta, não curativa
2. Objetivos:
1. Nutrir o animal
2. Reduzir o risco de carga antigênica
3. Reduzir o fluxo de nutrientes para o cólon
MANEJO DIETÉTICO
54. 1. RECUPERAÇÃO DA MUCOSA INTESTINAL
• Nutrição enteral à previne atrofia de vilosidades
intestinais, aumento da permeabilidade da mucosa e
maior translocação bacteriana.
• Recomendado uso de sondas
MANEJO DIETÉTICO
55. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Alta digestibilidade à melhor aproveitamento dos nutrientes
• Alta energia à menor volume de alimento
• Emagrecimento e má condição dos pêlos são comuns à
dieta nutricionalmente mais densa, maior quantidade e
maior frequência
• Evitar sobrecarga à controlar a quantidade!!
MANEJO DIETÉTICO
56. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Fibras à inicia-se com pouca quantidade = <2,5%
• Pode ser necessário o seu aumento
• Recomendado fibra solúvel e de baixa fermentação à
Psyllium
• Inclusão de prebióticos à auxiliam na saúde e recuperação
da mucosa intestinal
• Carboidratos à adequadamente processado
• Casos de alergia: utilizar uma fonte única à ex. batata
doce
MANEJO DIETÉTICO
57. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Gordura: avaliar individualmente cada caso
• Peso normal, intolerância a gordura à baixa gordura (5%)
• Perda de peso, tolerância a gordura à alta gordura (20%)
• Casos “moderados” à gordura “moderada” (10-15%)
• Tolerância dependente da habilidade das bactérias metabolizarem a
gordura
• Bactérias convertem ácidos graxos não absorvidos e bile a ácidos
graxos hidroxilados e ácidos biliares desconjugados agravando sinais
clínicos e diarréia
• Linfangiectasia requer dieta com muito baixa gordura à controle de
efusões pleurais e peritoneais e perda proteica pelas fezes.
• Óleos vegetais, óleos de palma, gordura de frango, óleo de peixe.
MANEJO DIETÉTICO
58. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Proteínas
• Alta digestibilidade e valor biológico
• Reação adversa ao alimento ou doença inflamatória intestinal
• Fonte única
• Proteína hidrolisada
• Aumentar a necessidade em casos de perda proteica intestinal (até
30%)
MANEJO DIETÉTICO
59.
60. INTESTINO GROSSO
FUNÇÕES:
• Absorção de água e eletrólitos
• Degradação/fermentação de compostos
orgânicos que escapam a digestão por
bactérias (Fibras, amidos e proteínas não digeridos)
Case, 2011
61. • Fermentação microbiana
• Superfície lisa e sem vilos
• criptas de Lieberkuhn
• muco alcalino (bicarbonato): lubrificação, proteção
mucosa (danos mecânicos e químicos) e inativação de
ácidos da fermentação bacteriana
• Tempo de residência médio de 12 horas
• 8% da digestão total ocorre no IG
• 1-4% dietas com alta digestibilidade
• 12-24% dietas com baixa digestibilidade
INTESTINO GROSSO
62. Proporção relativa dos produtos da fermentação
depende:
• Composição da microbiota
• Interações metabólicas entre bactérias
• Nutrientes disponíveis
• Tempo de trânsito intestinal
• Hospedeiro
– Idade
– Status imune
– Genética
– Doenças
– medicações
Fermentação no IG
64. • BACTÉRIAS à RNAr 16S
• ARCHEA
• FUNGOS
• PROTOZOÁRIOS
• VÍRUS
Função à prevenir a colonização de micróbios
patogênicos, competindo pelos nutrientes disponíveis,
mantendo um ambiente luminal apropriado e produzindo
compostos inibitórios.
65. Afecções em Intestino Grosso
DOENÇAS DO IG QUE LEVAM A DIARRÉIA
• Reações adversas ao alimento
• Doença inflamatória intestinal
• Síndrome do cólon irritável
• Colite associada ao estresse
• Colite responsiva a fibra
• Colite associada ao Clostridium perfringens
Sinais clínicos: hematoquezia, tenesmo, muco nas fezes, urgência
em defecar, maior número de defecações…
66. 1. DIETA
• Regular distúrbios de motilidade
• Influenciar a composição e atividade metabólica da microbiota
intestinal
• Livre de antígenos (caso estejam envolvidos)
• Empregada por pelo menos 2 a 6 semanas para se avaliar
respostas
MANEJO DIETÉTICO
67. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Proteína à boa digestibilidade (digestão no ID)
• Fontes: ovo, peixe, frango, músculo…
• Carboidratos à boa digestibilidade
• Fontes: arroz, milho, batata, trigo à devem ser bem
processados
MANEJO DIETÉTICO
68. 2. PERFIL NUTRICIONAL DO ALIMENTO
• Fibras à objetivo de regular a motilidade e a composição e
atividade da microbiota intestinal à pH e AGCC
• Insolúvel não fermentável: fibra de cana, farelo de trigo, farelo
de aveia, celulose
• Efeito regulatório na motilidade e formação de fezes
• Parcialmente solúvel/fermentável: Polpa de beterraba
• Solúvel: cenoura e psyllium
• Efeito no ambiente intestinal e qualidade de fezes
• Teor de inclusão avaliado individualmente:
moderado (3-5% de FB) e elevado (>6% de FB)
MANEJO DIETÉTICO
69. Afecções em Intestino Grosso
DOENÇAS DO IG QUE LEVAM A CONSTIPAÇÃO
• Obstipação
• Constipação
• Impactação
• Megacólon
Sinais clínicos: defecação infrequente, fezes secas e duras,
esforço para defecar, retenção de fezes…
TTO: dieta com alta digestibilidade
+ fibras solúveis e com baixa fermentação
70. • Histórico: fezes moles desde filhote, hematoquezia por
quatro anos, e tenesmo e disquezia por seis meses.
• Clinica compatível com DII - submetido a diversos
tratamentos com antibióticos, protetores gástricos,
esteroides e dietas terapêuticas à sem melhora clínica
significativa.
• TTO: cirurgia + quimioterapia + DIETA HIDROLISADA!!
71. Finalizando…......
Etapa
1 Obter o histórico e realizar o exame físico
2 Descartar e tratar endoparasitoses
3 Diferenciar as causar primárias e secundárias de diarréia
4 Caracterizar o processo patológico
5 Realizar testes terapêuticos, se não houver contraindicação
6 Efetuar a avaliação histopatológica de biópsias
Garantir a conformidade do proprietário explicando o
motivo e a duração do teste!!!