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A TEORIA DE TRAÇO
FATORIAL-ANALÍTICA
DE RAYMOND CATTELL
Personalidade II
6º período de Psicologia
Prof. Me. Pedro Junior
Rodrigues Coutinho
FUNDAMENTAÇÃO
O desenvolvimento da teoria da personalidade abrange,
inegavelmente, as concepções do homem propostas por grandes
estudiosos clássicos como Hipócrates, Platão e Aristóteles. Além de
outros contribuintes como Aquino, Betham, Comte, Hobbes,
Kierkegaard, Locke, Nietzsche e Machiavelli.
Estas concepções postuladas há muitos séculos atrás, contribuíram
para diversos estudos acerca das características do homem, inclusive
servindo como arcabouço para o desponte do estudo da
personalidade. Dessa forma, compreende-se sua relevância até os
dias contemporâneos.
CINCO FONTES DE INFLUÊNCIA
SOBRE A TEORIA DA
PERSONALIDADE
1. Observação clínica (inicialmente com Charcot e Janet, posteriormente
Freud, Jung e McDougall)
2. Tradição gestáltica e de William Stern
3. Psicologia experimental em geral e teoria da aprendizagem
4. Tradição psicométrica
5. Genética e fisiologia
O QUE É PERSONALIDADE?
Há uma grande variedade de significados atribuídos ao termo, assim
como diversas óticas, na qual cada uma delas terá uma compreensão.
É impossível definir a personalidade sem a atribuição da estrutura de
referência teórica dentro da qual a personalidade será examinada.
E O QUE SERIA UMA TEORIA DA
PERSONALIDADE?
Idealmente...
1. Um conjunto de suposições relacionadas referentes aos fenômenos
empíricos e às definições empíricas relevantes que permitem que o
usuário passe da teoria abstrata para a observação empírica.
2. Um conjunto de suposições relevantes para o comportamento
humano, juntamente com as definições empíricas necessárias, com
a exigência de que a teoria seja relativamente abrangente, estando
preparada para lidar com uma ampla variedade de
comportamentos humanos ou fazer predições sobre eles.
Na prática...
1. A maioria das teorias da personalidade carecem de
clareza
2. Há a existência de uma séria confusão no processo de
derivar declarações empíricas da teoria
3. Representam um agrupamento de atitudes (suposições)
referentes ao comportamento, que de uma maneira
ampla limita os tipos de investigação a serem
considerados cruciais ou importantes. Além de
estimular certos tipos gerais de pesquisa, oferecem
parâmetros ou dimensões específicas consideradas
importantes na exploração desses problemas.
Em geral, podemos dizer que a ciência da personalidade trata-se de
um estudo científico das forças psicológicas que tornam as pessoas
únicas.
OS OITO ASPECTOS DA
PERSONALIDADE
1. Forças inconscientes (ex: psicanálise)
2. Forças do Ego (ex: analítica)
3. Natureza biológica (ex: medicina)
4. Ambiente (ex: behaviorismo)
5. Cognição (ex: teorias cognitivas)
6. Traços; Habilidades (ex: teorias sociais cognitivas)
7. Dimensão espiritual (ex: existencialismo/humanismo)
8. Interacionista (ex: personalidade ambiente)
HISTÓRIA PESSOAL
•Raymond bernard cattell psicólogo norte-americano
•Nascido em 1905 na inglaterra e falecido em 1998
•Terminou a sua licenciatura em química na universidadede londres
em 1924 a onde também recebeu seu ph.D em psicologia sob a
orientação de spearman.
•Foi nesta cidade que desenvolveu a sua atividade até 1937, ano em
que regressou aos estados unidos da américa.
•Aqui trabalhou nas universidades de columbia, clark e harvard
•A partir de 1944 passou a ocupar o lugar de investigador na
universidade de illinois
TEORIA DO TRAÇO FATORIAL
ANÁLITICO
•Elaborou um teste recorrendo a análises fatoriais, designado por 16
PF (Personality Factors)
•Tem por objetivo avaliar e distinguir os indivíduos segundo os fatores
de personalidade
•Contribuição para diversas áreas da psicologia, desde estudos da
personalidade, passando pelo estudo das emoções e motivação, até
padrões de comportamento grupal e social.
TEORIA DO TRAÇO FATORIAL
ANÁLITICO
•A teoria dos traços dita que a personalidade são traços que não são
mais do que a forma constante de comportamento que o indivíduo
adota sob estimulação do meio ambiente.
•A tendência para classificaras pessoas por grupos compostos por
características específicas, como, por exemplo, ostímidos ou os
extrovertidos.
CONTINUA!
A NATUREZA DA PERSONALIDADE:
UMA ESTRUTURA DE TRAÇOS
Constructos de Cattel – Complexo.
Variações. Estudos experimentais e de observações
comportamentais.
Cattell vê a personalidade como uma estrutura complexa e
diferenciada de traços, com sua motivação grandemente dependente
de um subconjunto destes, os chamados traços dinâmicos.
Para Cattel: “A ciência requer mensuração”.
TRAÇOS
Traço - “estrutura mental”, uma inferência feita a partir do
comportamento observado para explicar a regularidade ou a
consistência neste comportamento.
DISTINÇÃO ENTRE OS TRAÇOS
Traços de Superfície X Traços de Origem.
Traços de superfície, que representam agrupamentos de variáveis
manifestas que parecem ocorrer juntas.
Traços de origem, representam variáveis subjacentes que entram na
determinação de múltiplas manifestações de superfície. Só são identificados
por meio da análise fatorial, que permite ao investigador estimar as variáveis
ou os fatores que são a base deste comportamento exterior ou de superfície.
É evidente que Cattell considera os traços de origem mais importantes do
que os traços de superfície.
Os traços de origem prometem
ser as influências estruturais
reais por trás da personalidade,
necessários para lidarmos com
problemas desenvolvimentais,
psicossomáticos e problemas de
integração dinâmica . . . como a
pesquisa está mostrando
atualmente, esses traços de
origem correspondem às
influências unitárias reais -
fatores fisiológicos,
temperamentais; graus de
integração dinâmica; exposição
a instituições sociais – sobre os
Os traços de superfície são
produzidos pela interação dos
traços de origem e geralmente
podemos esperar que sejam
menos estáveis que os fatores.
Cattell admite que os traços de
superfície tendem a parecer
mais válidos e significativos
para o observador comum do
que os traços de origem,
porque correspondem aos tipos
de generalização que podem
ser
feitos com base na simples
observação. Entretanto, no final
das contas são os traços de
Traços
de
Origem
Traços
de
Superfície
TRAÇOS
Qualquer traço sozinho certamente pode representar o resultado da
operação de fatores ambientais, de fatores de hereditariedade, ou de
alguma mistura dos dois.
Cattell sugere que embora os traços de superfície representem o
resultado de uma mistura destes fatores, no mínimo é possível que
os traços de origem possam ser divididos entre aqueles que refletem
fatores de hereditariedade, ou mais amplamente fatores
constitucionais, e aqueles derivados de fatores ambientais.
Os traços resultantes da operação de condições ambientais são
chamados de traços de molde ambiental;
Os traços que refletem fatores de hereditariedade são chamados de
traços constitucionais.
TRAÇOS
Os traços também podem ser divididos em termos da modalidade
por meio da qual se expressam. Se eles têm relação com acionar o
indivíduo rumo a alguma meta, são traços dinâmicos.
Se têm relação com a efetividade com a qual o indivíduo atinge a
meta, são traços de capacidade.
Ou podem ter relação amplamente com aspectos constitucionais da
resposta, como velocidade, energia ou reatividade emocional, e neste
caso são referidos como traços de temperamento.
Em seus textos mais recentes, além destas modalidades importantes
dos traços, Cattell tem enfatizado muito estruturas mais transitórias
ou flutuantes dentro da personalidade, incluindo estados e papéis.
Ao discutir as ideias de Cattell sobre a estrutura da personalidade,
achamos que convém discutir primeiro os traços de capacidade e
temperamento relativamente estáveis e duradouros, e depois os
traços dinâmicos, que tendem a ser intermediários em termos de
estabilidade, e finalmente os papéis e estados, que mudam mais.
TRAÇOS DE CAPACIDADE E DE
TEMPERAMENTO
Existem três fontes mais importantes de dados sobre a
personalidade:
1. Os registros de vida, ou dados-l (L de “life”, vida);
2. O questionário de autoavaliação, ou dados-q;
3. E o teste objetivo, ou dados-t.
Os dados-L, podem em
princípio envolver registros
reais do comportamento da
pessoa na sociedade, tais
como registros escolares e
registros de tribunais,
embora na prática Cattell
habitualmente os
substituísse por avaliações
de outras
pessoas que conheciam o
indivíduo em ambientes da
vida real
A autoavaliação (dados-Q),
em contraste,
envolve as declarações da
própria pessoa sobre seu
comportamento, e assim
pode oferecer um “interior
mental” para os registros
externos dos dados-L
O teste objetivo (dados-T)
baseia-se em uma terceira
possibilidade, a criação de
situações especiais em que
o
comportamento da pessoa
pode ser objetivamente
pontuado.
ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS
Cattell tentou localizar traços gerais de personalidade, realizando
estudos fatoriais analíticos separados e usando as três fontes de
dados recém citados, partindo da suposição de que se os mesmos
traços de origem emergissem de todos os três, isso constituiria uma
forte evidência presuntiva de que os traços de origem são unidades
funcionais verdadeiras e não meros artifícios do método.
O resultado de umas vinte ou trinta análises fatoriais realizadas por
Cattell e seus associados levou à conclusão de que uma estrutura de
fator semelhante emerge dos dados de avaliação do comportamento
e dos dados de questionário, mas fatores muito diferentes tendem a
emergir dos dados do teste objetivo.
ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS
As populações amostradas nestes estudos incluíram vários grupos
de idade (adultos, adolescentes e crianças) e vários países (Estados
Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, França, Itália,
Alemanha, México, Brasil, Argentina, Índia e Japão), de modo que
presumivelmente os fatores têm certa generalidade.
ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS
Conforme discutimos mais detalhadamente adiante, outros
investigadores, usando procedimentos um pouco diferentes,
encontraram conjuntos diferentes de fatores replicáveis no domínio
da personalidade mas mesmo que os fatores de Cattell constituam
apenas alguns conjuntos de dimensões ao longo das quais a
personalidade pode ser descrita, eles são pelo menos um conjunto
em torno do qual foram reunidas informações empíricas
consideráveis.
ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS
Resultados:
Cattell sugere que parte da falta de correspondência entre as fontes
de dados pode significar apenas que as diferentes abordagens de
mensuração estão amostrando dados em níveis bem diferentes de
generalidade, de modo que não encontramos nenhuma
correspondência um-a-um de fatores, e sim um grau bastante
modesto de alinhamento entre os níveis.
De qualquer forma, está claro que a esperança inicial de Cattell de
encontrar estruturas idênticas de fator em todas as três fontes de
dados foi realizada apenas parcialmente.
A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO
Podemos descrever a personalidade em termos de capacidade,
temperamento e outros tipos de traço, como podemos reunir estas
informações em um caso específico para predizer a resposta de um
indivíduo em uma determinada situação?
Cattell sugere que podemos fazer isso por meio de uma equação de
especificação na forma
R = S1 T1 + S2 T2 + S3 T3 + ... + Sn Tn
A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO
Isso significa simplesmente que a resposta específica pode ser
predita a partir das características da pessoa específica (os traços T1
a Tn), cada uma ponderada por sua relevância na presente situação
(os índices situacionais S1 a Sn).
Se um determinado traço é altamente relevante para uma
determinada resposta, o S correspondente será grande; se o traço é
totalmente irrelevante, o S será zero; se o traço diminui ou inibe a
resposta, o sinal de S será negativo. A forma da equação implica que
cada traço tem um efeito independente e aditivo sobre a resposta. O
modelo é extremamente simples. Cattell não nega que talvez sejam
necessários modelos mais elaborados; ele apenas sugere que os
modelos lineares simples geralmente fornecem aproximações muito
boas em relação aos mais complexos e proporcionam um lugar lógico
por onde começar.
A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO
A equação de especificação implica tanto uma representação
multidimensional da pessoa quanto da situação psicológica.
A pessoa é descrita por seus escores em um conjunto de traços –
um perfil de traços.
A situação psicológica é descrita por um conjunto de índices de
situação, como um outro perfil. Colocados juntos, eles fazem a
predição. Cattell salienta que a equação de especificação pode ser
considerada como uma versão multidimensional da formulação de
Kurt Lewin do comportamento como uma função da pessoa e do
ambiente: C = f (P, ME). Na equação de especificação, a pessoa P é
diferenciada em uma série de T’s e o ambiente psicológico ME em
uma série de s’s.
A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO
A formulação da equação de especificação presta-se bem ao uso
aplicado. Assim, em uma situação de emprego, podemos manter um
arquivo de funções profissionais descritas como perfis de s’s. Um
candidato à função poderia então ser testado e descrito como um
perfil de T’s, que pode por sua vez ser combinado com os vários
conjuntos de s’s para encontrarmos a colocação profissional em que
este indivíduo provavelmente terá o melhor desempenho. Ou, em um
ambiente acadêmico, poderia ser desenvolvida uma equação de
especificação para predizer a realização acadêmica a partir de
variáveis de capacidade e personalidade.
TRAÇOS DINÂMICOS
São de três tipos os traços dinâmicos importantes no sistema de
Cattell:
1. Atitudes
2. Ergs
3. Sentimentos
TRAÇOS DINÂMICOS
Os ergs correspondem aproximadamente a pulsões com base
biológica.
Os sentimentos focalizam um objeto social, como a nossa escola,
nossa mãe ou nosso país. Eles são adquiridos por meio de
aprendizagem, e servem como “submetas a caminho da meta érgica
final”.
As atitudes são traços dinâmicos de superfície; eles são as
manifestações ou combinações específicas de motivos subjacentes.
*Três tipos de traços dinâmicos, seu inter-relacionamento na treliça
dinâmica e seu papel no conflito e no ajustamento.
TRELIÇA
DINÂMICA
ERGS
SENTIMENTO
S
ATITUDES
ATITUDES
Uma atitude, para Cattell, é a variável dinâmica manifesta, a
expressão observável de uma estrutura dinâmica subjacente, a partir
da qual inferimos os ergs, os sentimentos e seus inter-
relacionamentos.
Uma atitude de um determinado indivíduo em determinada situação
é um interesse de certa intensidade em algum curso de ação em
relação a algum objeto.
Assim, a atitude de um jovem “Eu quero muito casar com uma
mulher” indica uma intensidade de interesse (“quero muito”) em um
curso de ação (“casar”) em relação a um objeto (“uma mulher”).
ATITUDES
A atitude não precisa ser declarada verbalmente; na verdade, Cattell
preferiria medir a força do interesse do jovem por meio de vários
instrumentos, diretos e indiretos.
Estes poderiam incluir o aumento de sua pressão arterial diante da
foto de uma noiva, sua capacidade de lembrar itens de uma lista de
boas e más consequências do casamento, suas informações
inadequadas sobre as perspectivas matrimoniais do homem na nossa
sociedade, e assim por diante.
ERGS
Nos termos mais simples, um erg é um traço de origem dinâmico,
constitucional.
É este conceito que permite a Cattell representar adequadamente a
importância dos impulsores do comportamento inatamente
determinados, mas modificáveis.
Sua grande ênfase na motivação érgica reflete sua convicção de que
os determinantes hereditários do comportamento foram
subestimados pelos psicólogos americanos contemporâneos.
ERGS
Erg como “uma disposição psicofísica inata que permite ao seu
possuidor reagir (atenção, reconhecimento) a certas classes de
objetos mais facilmente que a outras, a experienciar uma emoção
específica em relação a elas, e a iniciar um curso de ação que cessa
mais completamente em uma atividade específica para uma meta do
que em qualquer outra.
O padrão também inclui caminhos preferidos de subsidiação do
comportamento até a meta preferida.”
ERGS
Cattell considera que dez ergs foram razoavelmente bem-
estabelecidos por seus pesquisadores fatoriais analíticos.
Estes ergs são: fome, sexo, gregariedade, protecionismo parental,
curiosidade, fuga (medo), pugnacidade (belicosidade), aquisitividade,
auto asserção e sexo narcisista. (Este último deriva seu nome de uma
noção psicanalítica; o conteúdo do fator tem a ver com
autoindulgência geral – fumar, beber, entregar-se à preguiça e assim
por diante.)
SENTIMENTOS
Um sentimento é um traço de origem dinâmico, moldado pelo
ambiente. Assim, ele é paralelo ao erg, exceto por ser o resultado de
fatores experienciais ou socioculturais, não de determinantes
constitucionais.
Nas palavras de Cattell, os sentimentos são “importantes estruturas
adquiridas de traços dinâmicos, que fazem com que seu possuidor
preste atenção a certos objetos ou classes de objetos, e sinta e reaja
de certa maneira em relação a eles”.
SENTIMENTOS
Os sentimentos, na visão de Cattell, tendem a organizar-se em
torno de objetos culturais importantes, como instituições sociais ou
pessoas, em relação às quais surgem elaboradas constelações de
atitudes durante a experiência de vida do indivíduo.
Entre os sentimentos encontrados nas pesquisas de Cattell e seus
associados com populações adultas jovens (especialmente do sexo
masculino) estão a carreira ou profissão, os esportes e os jogos, os
interesses mecânicos, a religião, os pais, o cônjuge ou o namorado, e
o self.
O último deles, o auto sentimento ou sentimento do self é um dos
mais estáveis e mais consistentemente relatados em diferentes
estudos, e, como veremos, desempenha um papel particularmente
A TRELIÇA DINÂMICA
Os vários traços dinâmicos estão inter-relacionados em um padrão
de subsidiação (Cattell tomou emprestado de Murray este termo).
Isso significa que certos elementos são subsidiários a outros, ou
servem como meios para seus fins.
Em geral, as atitudes são subsidiárias aos sentimentos, e os
sentimentos são subsidiários aos ergs, que são as forças
impulsionadoras básicas na personalidade.
Estes vários relacionamentos podem ser expressos na treliça
dinâmica.
O SELF
O self é um dos sentimentos, mas um sentimento especialmente
importante, pois quase todas as atitudes tendem a refletir o
sentimento de self em maior ou menor grau. Ele, por sua vez, está
ligado à expressão da maioria ou de todos os ergs ou outros
sentimentos.
De qualquer forma, Cattell considera que o sentimento ou sistema
de sentimentos centrado no self desempenha um papel crucial na
integração da personalidade, ao inter-relacionar a expressão dos
vários ergs e sentimentos.
O DESENVOLVIMENTO DA
PERSONALIDADE
Descritivo: estudar o desenvolvimento da personalidade em um nível
puramente descritivo, mapeando a mudança nas estruturas de
personalidade ao longo da vida.
Teórico: estudar o desenvolvimento em um nível teórico, em termos
das influências genéticas e ambientais envolvidas, e as leis da
maturação e da aprendizagem que descrevem como elas interagem
para moldar o indivíduo em desenvolvimento.
Cattell estudou as duas possibilidades de estudar o desenvolvimento
da personalidade.
ANÁLISE DA HEREDITARIEDADE-
AMBIENTE
Interessou-se ativamente em avaliar o peso relativo das influências
genéticas e ambientais sobre os traços de personalidade.
Desenvolveu o Multiple Abstract Variance Analysis, ou MAVA.
ANÁLISE DA HEREDITARIEDADE-
AMBIENTE
O MAVA envolve reunir dados sobre as semelhanças entre gêmeos e
irmãos criados juntos em suas próprias famílias ou adotados por
famílias diferentes, e depois analisar os dados para estimar as
proporções de variação individual em cada traço associadas a
diferenças genéticas, a diferenças ambientais e a pelo menos
algumas das correlações e interações entre hereditariedade e
ambiente.
Uma tendência observada nos estudos iniciais é teoricamente
interessante: as correlações hereditariedade-ambiente pareciam ser
predominantemente negativas. Cattell interpreta isso como evidência
de uma lei de coerção para a média biossocial, isto é, uma tendência
das influências ambientais de se oporem sistematicamente à
expressão da variação genética, como quando os pais (ou outros
agentes sociais) tentam fazer com que crianças diferentes sigam a
APRENDIZAGEM
Desenvolveu uma elaborada “teoria da aprendizagem estruturada”,
contendo cinco princípios ou tipos de aprendizagem.
1) Condicionamento clássico.
2) Condicionamento instrumental
3) Aprendizagem de integração
4) Modificação de meta érgica
5) Aprendizagem da personalidade
INTEGRAÇÃO DA MATURAÇÃO E DA
APRENDIZAGEM
Cattell tentou reunir as mudanças de personalidade devidas às
influências ambientais e à maturação genética em um único esquema
teórico.
Esta análise é muito complexa, pois as fontes de influência genética
e tréptica sobre um traço podem correlacionar-se de várias maneiras
e podem interagir ao longo do tempo. Assim, a influência genética
pode levar a certos comportamentos que podem provocar
determinados tipos de influências trépticas que podem por sua vez
aumentar ou inibir o desenvolvimento ulterior do traço. De modo
geral, Cattell trata destas questões em um nível esquemático e
teórico, mas sugeriu várias abordagens estatísticas para resolvê-las
empiricamente.
O CONTEXTO SOCIAL
Os indivíduos e seu desenvolvimento se relacionam em uma
interação com o ambiente imediato.
Cattell apresentou e propôs estudar mencionando enfatizar
adequadamente os determinantes socioculturais do comportamento.
PESQUISA CARACTERÍSTICA E
MÉTODOS DE PESQUISA
Modelo de Personalidade dos Sistemas VIDAS:
Técnica R: Abordagem de costume usada pelo psicólogo. Alguns
indivíduos são comparados em termos de seu desempenho em dois
ou mais testes. São calculadas correlações para muitas pessoas, e os
fatores obtidos são traços comuns.
Técnica P: Escores de um mesmo indivíduo em várias medidas são
comparados em diferentes ocasiões ou momentos, para tentar saber
quão consistente é o comportamento do indivíduo.
Técnica Q: Dois indivíduos são correlacionados em um grande
número de medidas diferentes. Nesse caso o coeficiente resultante
representa uma medida de semelhança ou variação entre os dois
indivíduos.
PESQUISA ATUAL
A teoria evolutiva promete evitar o processo de teoria ao ancorar
uma teoria da natureza humana em processo que sabemos que
governa toda vida.
As teorias da personalidade são inconsistentes com a teoria
evolutiva tem pouca chance de esta certa, ele raciocinou que há
sobrevivência a reprodução individuais são os dois problemas
adaptativos, adequadamente concebida aferisse a psicologia da
personalidade a grande estrutura que ela busca.
OS CINCOS GRANDES FATORES DA
PERSONALIDADES
Um dos progressos mais importantes na personalidade de nos últimos anos
é emergência dos cinco grandes, como um modelo geral para descrever a
estrutura da personalidade.
sse modelo passou a ser chamado de Modelo dos Cinco Grandes Fatores
(CGF), ou Big Five. Nessa perspectiva, este modelo representa um dos
progressos mais importantes no estudo da personalidade nos últimos anos,
visto que faz uso de um modelo geral de taxonomia que emprega amplos
fatores (formados, por sua vez, por várias características), para descrever a
estrutura da personalidade (Pimentel & Donnell, 2008).
No Brasil, os cinco fatores básicos desse modelo têm sido chamados de
Extroversão, Neuroticismo, Socialização, Realização e Abertura à
experiência, embora a literatura internacional tenha apontado algumas
divergências em relação aos nomes.
OS FATORES DE PERSONALIDADE
Continuando a análise fatorial, Catell descobriu outros 16 traços
básicos, que representam as dimensões básicas da personalidade.
Usando estes traços básicos, construiu o Questionário dos Dezesseis
Fatores de Personalidade, ou 16 PF, uma medida que proporciona
valores para cada um destes traços de personalidade.
OS PERFIS DE PERSONALIDADE SÃO
DESENHADOS COM BASE NAS
SEGUINTES DICOTOMIAS DE TRAÇOS
DE PERSONALIDADE:
o reservado/expressivo, menos inteligente/mais inteligente,
influenciado por sentimentos/ emocionalmente estável,
submisso/dominante, sério/despreocupado, expedito/arriscado,
tímido/aventureiro, duro/sensível, confiante/desconfiado,
prático/imaginativo, direto/evasivo, autoconfiante/apreensivo,
conservador/ /experimentador, dependente do
grupo/autossuficiente, descontrolado/controlado, calmo/tenso.
AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE
Para avaliação da personalidade nesse modelo existem atualmente cinco
escalas aprovadas no Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi)
do Conselho Federal de Psicologia. Três delas avaliam os fatores
separadamente:
a Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (Hutz & Nunes,
2001)
a Escala Fatorial de Socialização (Nunes & Hutz, 2007b)
e a Escala Fatorial de Extroversão (Nunes & Hutz, 2007a), ao passo que
outras duas contemplam os cinco fatores: Revised NEO Personality
Inventory (NEO-PI-R),
e a Bateria Fatorial de Personalidade, de autoria de Nunes, Hutz e Nunes
(2010).
A criação desses instrumentos permitirá que mais estudos sejam feitos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hall, C. S., Lindzey, G., Campbell, J. B. (2007). A Teoria de Traço
Fatorial-Analítica de Raymond Cattell. In C. S Hall., G. Lindzey & J. B.
Campbell, Teorias da personalidade (253-286). Porto Alegre:
Artmed.

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Teoria dos Traços Factoriais de Cattell

  • 1. A TEORIA DE TRAÇO FATORIAL-ANALÍTICA DE RAYMOND CATTELL Personalidade II 6º período de Psicologia Prof. Me. Pedro Junior Rodrigues Coutinho
  • 2. FUNDAMENTAÇÃO O desenvolvimento da teoria da personalidade abrange, inegavelmente, as concepções do homem propostas por grandes estudiosos clássicos como Hipócrates, Platão e Aristóteles. Além de outros contribuintes como Aquino, Betham, Comte, Hobbes, Kierkegaard, Locke, Nietzsche e Machiavelli. Estas concepções postuladas há muitos séculos atrás, contribuíram para diversos estudos acerca das características do homem, inclusive servindo como arcabouço para o desponte do estudo da personalidade. Dessa forma, compreende-se sua relevância até os dias contemporâneos.
  • 3. CINCO FONTES DE INFLUÊNCIA SOBRE A TEORIA DA PERSONALIDADE 1. Observação clínica (inicialmente com Charcot e Janet, posteriormente Freud, Jung e McDougall) 2. Tradição gestáltica e de William Stern 3. Psicologia experimental em geral e teoria da aprendizagem 4. Tradição psicométrica 5. Genética e fisiologia
  • 4. O QUE É PERSONALIDADE? Há uma grande variedade de significados atribuídos ao termo, assim como diversas óticas, na qual cada uma delas terá uma compreensão. É impossível definir a personalidade sem a atribuição da estrutura de referência teórica dentro da qual a personalidade será examinada.
  • 5. E O QUE SERIA UMA TEORIA DA PERSONALIDADE? Idealmente... 1. Um conjunto de suposições relacionadas referentes aos fenômenos empíricos e às definições empíricas relevantes que permitem que o usuário passe da teoria abstrata para a observação empírica. 2. Um conjunto de suposições relevantes para o comportamento humano, juntamente com as definições empíricas necessárias, com a exigência de que a teoria seja relativamente abrangente, estando preparada para lidar com uma ampla variedade de comportamentos humanos ou fazer predições sobre eles.
  • 6. Na prática... 1. A maioria das teorias da personalidade carecem de clareza 2. Há a existência de uma séria confusão no processo de derivar declarações empíricas da teoria 3. Representam um agrupamento de atitudes (suposições) referentes ao comportamento, que de uma maneira ampla limita os tipos de investigação a serem considerados cruciais ou importantes. Além de estimular certos tipos gerais de pesquisa, oferecem parâmetros ou dimensões específicas consideradas importantes na exploração desses problemas.
  • 7. Em geral, podemos dizer que a ciência da personalidade trata-se de um estudo científico das forças psicológicas que tornam as pessoas únicas.
  • 8.
  • 9. OS OITO ASPECTOS DA PERSONALIDADE 1. Forças inconscientes (ex: psicanálise) 2. Forças do Ego (ex: analítica) 3. Natureza biológica (ex: medicina) 4. Ambiente (ex: behaviorismo) 5. Cognição (ex: teorias cognitivas) 6. Traços; Habilidades (ex: teorias sociais cognitivas) 7. Dimensão espiritual (ex: existencialismo/humanismo) 8. Interacionista (ex: personalidade ambiente)
  • 10. HISTÓRIA PESSOAL •Raymond bernard cattell psicólogo norte-americano •Nascido em 1905 na inglaterra e falecido em 1998 •Terminou a sua licenciatura em química na universidadede londres em 1924 a onde também recebeu seu ph.D em psicologia sob a orientação de spearman. •Foi nesta cidade que desenvolveu a sua atividade até 1937, ano em que regressou aos estados unidos da américa. •Aqui trabalhou nas universidades de columbia, clark e harvard •A partir de 1944 passou a ocupar o lugar de investigador na universidade de illinois
  • 11. TEORIA DO TRAÇO FATORIAL ANÁLITICO •Elaborou um teste recorrendo a análises fatoriais, designado por 16 PF (Personality Factors) •Tem por objetivo avaliar e distinguir os indivíduos segundo os fatores de personalidade •Contribuição para diversas áreas da psicologia, desde estudos da personalidade, passando pelo estudo das emoções e motivação, até padrões de comportamento grupal e social.
  • 12. TEORIA DO TRAÇO FATORIAL ANÁLITICO •A teoria dos traços dita que a personalidade são traços que não são mais do que a forma constante de comportamento que o indivíduo adota sob estimulação do meio ambiente. •A tendência para classificaras pessoas por grupos compostos por características específicas, como, por exemplo, ostímidos ou os extrovertidos.
  • 14. A NATUREZA DA PERSONALIDADE: UMA ESTRUTURA DE TRAÇOS Constructos de Cattel – Complexo. Variações. Estudos experimentais e de observações comportamentais. Cattell vê a personalidade como uma estrutura complexa e diferenciada de traços, com sua motivação grandemente dependente de um subconjunto destes, os chamados traços dinâmicos. Para Cattel: “A ciência requer mensuração”.
  • 15. TRAÇOS Traço - “estrutura mental”, uma inferência feita a partir do comportamento observado para explicar a regularidade ou a consistência neste comportamento.
  • 16. DISTINÇÃO ENTRE OS TRAÇOS Traços de Superfície X Traços de Origem. Traços de superfície, que representam agrupamentos de variáveis manifestas que parecem ocorrer juntas. Traços de origem, representam variáveis subjacentes que entram na determinação de múltiplas manifestações de superfície. Só são identificados por meio da análise fatorial, que permite ao investigador estimar as variáveis ou os fatores que são a base deste comportamento exterior ou de superfície. É evidente que Cattell considera os traços de origem mais importantes do que os traços de superfície.
  • 17. Os traços de origem prometem ser as influências estruturais reais por trás da personalidade, necessários para lidarmos com problemas desenvolvimentais, psicossomáticos e problemas de integração dinâmica . . . como a pesquisa está mostrando atualmente, esses traços de origem correspondem às influências unitárias reais - fatores fisiológicos, temperamentais; graus de integração dinâmica; exposição a instituições sociais – sobre os Os traços de superfície são produzidos pela interação dos traços de origem e geralmente podemos esperar que sejam menos estáveis que os fatores. Cattell admite que os traços de superfície tendem a parecer mais válidos e significativos para o observador comum do que os traços de origem, porque correspondem aos tipos de generalização que podem ser feitos com base na simples observação. Entretanto, no final das contas são os traços de Traços de Origem Traços de Superfície
  • 18. TRAÇOS Qualquer traço sozinho certamente pode representar o resultado da operação de fatores ambientais, de fatores de hereditariedade, ou de alguma mistura dos dois. Cattell sugere que embora os traços de superfície representem o resultado de uma mistura destes fatores, no mínimo é possível que os traços de origem possam ser divididos entre aqueles que refletem fatores de hereditariedade, ou mais amplamente fatores constitucionais, e aqueles derivados de fatores ambientais. Os traços resultantes da operação de condições ambientais são chamados de traços de molde ambiental; Os traços que refletem fatores de hereditariedade são chamados de traços constitucionais.
  • 19. TRAÇOS Os traços também podem ser divididos em termos da modalidade por meio da qual se expressam. Se eles têm relação com acionar o indivíduo rumo a alguma meta, são traços dinâmicos. Se têm relação com a efetividade com a qual o indivíduo atinge a meta, são traços de capacidade. Ou podem ter relação amplamente com aspectos constitucionais da resposta, como velocidade, energia ou reatividade emocional, e neste caso são referidos como traços de temperamento.
  • 20. Em seus textos mais recentes, além destas modalidades importantes dos traços, Cattell tem enfatizado muito estruturas mais transitórias ou flutuantes dentro da personalidade, incluindo estados e papéis. Ao discutir as ideias de Cattell sobre a estrutura da personalidade, achamos que convém discutir primeiro os traços de capacidade e temperamento relativamente estáveis e duradouros, e depois os traços dinâmicos, que tendem a ser intermediários em termos de estabilidade, e finalmente os papéis e estados, que mudam mais.
  • 21. TRAÇOS DE CAPACIDADE E DE TEMPERAMENTO Existem três fontes mais importantes de dados sobre a personalidade: 1. Os registros de vida, ou dados-l (L de “life”, vida); 2. O questionário de autoavaliação, ou dados-q; 3. E o teste objetivo, ou dados-t.
  • 22. Os dados-L, podem em princípio envolver registros reais do comportamento da pessoa na sociedade, tais como registros escolares e registros de tribunais, embora na prática Cattell habitualmente os substituísse por avaliações de outras pessoas que conheciam o indivíduo em ambientes da vida real A autoavaliação (dados-Q), em contraste, envolve as declarações da própria pessoa sobre seu comportamento, e assim pode oferecer um “interior mental” para os registros externos dos dados-L O teste objetivo (dados-T) baseia-se em uma terceira possibilidade, a criação de situações especiais em que o comportamento da pessoa pode ser objetivamente pontuado.
  • 23. ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS Cattell tentou localizar traços gerais de personalidade, realizando estudos fatoriais analíticos separados e usando as três fontes de dados recém citados, partindo da suposição de que se os mesmos traços de origem emergissem de todos os três, isso constituiria uma forte evidência presuntiva de que os traços de origem são unidades funcionais verdadeiras e não meros artifícios do método. O resultado de umas vinte ou trinta análises fatoriais realizadas por Cattell e seus associados levou à conclusão de que uma estrutura de fator semelhante emerge dos dados de avaliação do comportamento e dos dados de questionário, mas fatores muito diferentes tendem a emergir dos dados do teste objetivo.
  • 24. ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS As populações amostradas nestes estudos incluíram vários grupos de idade (adultos, adolescentes e crianças) e vários países (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, França, Itália, Alemanha, México, Brasil, Argentina, Índia e Japão), de modo que presumivelmente os fatores têm certa generalidade.
  • 25. ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS Conforme discutimos mais detalhadamente adiante, outros investigadores, usando procedimentos um pouco diferentes, encontraram conjuntos diferentes de fatores replicáveis no domínio da personalidade mas mesmo que os fatores de Cattell constituam apenas alguns conjuntos de dimensões ao longo das quais a personalidade pode ser descrita, eles são pelo menos um conjunto em torno do qual foram reunidas informações empíricas consideráveis.
  • 26. ESTUDOS FATORIAIS ANALÍTICOS Resultados: Cattell sugere que parte da falta de correspondência entre as fontes de dados pode significar apenas que as diferentes abordagens de mensuração estão amostrando dados em níveis bem diferentes de generalidade, de modo que não encontramos nenhuma correspondência um-a-um de fatores, e sim um grau bastante modesto de alinhamento entre os níveis. De qualquer forma, está claro que a esperança inicial de Cattell de encontrar estruturas idênticas de fator em todas as três fontes de dados foi realizada apenas parcialmente.
  • 27. A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO Podemos descrever a personalidade em termos de capacidade, temperamento e outros tipos de traço, como podemos reunir estas informações em um caso específico para predizer a resposta de um indivíduo em uma determinada situação? Cattell sugere que podemos fazer isso por meio de uma equação de especificação na forma R = S1 T1 + S2 T2 + S3 T3 + ... + Sn Tn
  • 28. A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO Isso significa simplesmente que a resposta específica pode ser predita a partir das características da pessoa específica (os traços T1 a Tn), cada uma ponderada por sua relevância na presente situação (os índices situacionais S1 a Sn). Se um determinado traço é altamente relevante para uma determinada resposta, o S correspondente será grande; se o traço é totalmente irrelevante, o S será zero; se o traço diminui ou inibe a resposta, o sinal de S será negativo. A forma da equação implica que cada traço tem um efeito independente e aditivo sobre a resposta. O modelo é extremamente simples. Cattell não nega que talvez sejam necessários modelos mais elaborados; ele apenas sugere que os modelos lineares simples geralmente fornecem aproximações muito boas em relação aos mais complexos e proporcionam um lugar lógico por onde começar.
  • 29. A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO A equação de especificação implica tanto uma representação multidimensional da pessoa quanto da situação psicológica. A pessoa é descrita por seus escores em um conjunto de traços – um perfil de traços. A situação psicológica é descrita por um conjunto de índices de situação, como um outro perfil. Colocados juntos, eles fazem a predição. Cattell salienta que a equação de especificação pode ser considerada como uma versão multidimensional da formulação de Kurt Lewin do comportamento como uma função da pessoa e do ambiente: C = f (P, ME). Na equação de especificação, a pessoa P é diferenciada em uma série de T’s e o ambiente psicológico ME em uma série de s’s.
  • 30. A EQUAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO A formulação da equação de especificação presta-se bem ao uso aplicado. Assim, em uma situação de emprego, podemos manter um arquivo de funções profissionais descritas como perfis de s’s. Um candidato à função poderia então ser testado e descrito como um perfil de T’s, que pode por sua vez ser combinado com os vários conjuntos de s’s para encontrarmos a colocação profissional em que este indivíduo provavelmente terá o melhor desempenho. Ou, em um ambiente acadêmico, poderia ser desenvolvida uma equação de especificação para predizer a realização acadêmica a partir de variáveis de capacidade e personalidade.
  • 31. TRAÇOS DINÂMICOS São de três tipos os traços dinâmicos importantes no sistema de Cattell: 1. Atitudes 2. Ergs 3. Sentimentos
  • 32. TRAÇOS DINÂMICOS Os ergs correspondem aproximadamente a pulsões com base biológica. Os sentimentos focalizam um objeto social, como a nossa escola, nossa mãe ou nosso país. Eles são adquiridos por meio de aprendizagem, e servem como “submetas a caminho da meta érgica final”. As atitudes são traços dinâmicos de superfície; eles são as manifestações ou combinações específicas de motivos subjacentes. *Três tipos de traços dinâmicos, seu inter-relacionamento na treliça dinâmica e seu papel no conflito e no ajustamento.
  • 34. ATITUDES Uma atitude, para Cattell, é a variável dinâmica manifesta, a expressão observável de uma estrutura dinâmica subjacente, a partir da qual inferimos os ergs, os sentimentos e seus inter- relacionamentos. Uma atitude de um determinado indivíduo em determinada situação é um interesse de certa intensidade em algum curso de ação em relação a algum objeto. Assim, a atitude de um jovem “Eu quero muito casar com uma mulher” indica uma intensidade de interesse (“quero muito”) em um curso de ação (“casar”) em relação a um objeto (“uma mulher”).
  • 35. ATITUDES A atitude não precisa ser declarada verbalmente; na verdade, Cattell preferiria medir a força do interesse do jovem por meio de vários instrumentos, diretos e indiretos. Estes poderiam incluir o aumento de sua pressão arterial diante da foto de uma noiva, sua capacidade de lembrar itens de uma lista de boas e más consequências do casamento, suas informações inadequadas sobre as perspectivas matrimoniais do homem na nossa sociedade, e assim por diante.
  • 36. ERGS Nos termos mais simples, um erg é um traço de origem dinâmico, constitucional. É este conceito que permite a Cattell representar adequadamente a importância dos impulsores do comportamento inatamente determinados, mas modificáveis. Sua grande ênfase na motivação érgica reflete sua convicção de que os determinantes hereditários do comportamento foram subestimados pelos psicólogos americanos contemporâneos.
  • 37. ERGS Erg como “uma disposição psicofísica inata que permite ao seu possuidor reagir (atenção, reconhecimento) a certas classes de objetos mais facilmente que a outras, a experienciar uma emoção específica em relação a elas, e a iniciar um curso de ação que cessa mais completamente em uma atividade específica para uma meta do que em qualquer outra. O padrão também inclui caminhos preferidos de subsidiação do comportamento até a meta preferida.”
  • 38. ERGS Cattell considera que dez ergs foram razoavelmente bem- estabelecidos por seus pesquisadores fatoriais analíticos. Estes ergs são: fome, sexo, gregariedade, protecionismo parental, curiosidade, fuga (medo), pugnacidade (belicosidade), aquisitividade, auto asserção e sexo narcisista. (Este último deriva seu nome de uma noção psicanalítica; o conteúdo do fator tem a ver com autoindulgência geral – fumar, beber, entregar-se à preguiça e assim por diante.)
  • 39. SENTIMENTOS Um sentimento é um traço de origem dinâmico, moldado pelo ambiente. Assim, ele é paralelo ao erg, exceto por ser o resultado de fatores experienciais ou socioculturais, não de determinantes constitucionais. Nas palavras de Cattell, os sentimentos são “importantes estruturas adquiridas de traços dinâmicos, que fazem com que seu possuidor preste atenção a certos objetos ou classes de objetos, e sinta e reaja de certa maneira em relação a eles”.
  • 40. SENTIMENTOS Os sentimentos, na visão de Cattell, tendem a organizar-se em torno de objetos culturais importantes, como instituições sociais ou pessoas, em relação às quais surgem elaboradas constelações de atitudes durante a experiência de vida do indivíduo. Entre os sentimentos encontrados nas pesquisas de Cattell e seus associados com populações adultas jovens (especialmente do sexo masculino) estão a carreira ou profissão, os esportes e os jogos, os interesses mecânicos, a religião, os pais, o cônjuge ou o namorado, e o self. O último deles, o auto sentimento ou sentimento do self é um dos mais estáveis e mais consistentemente relatados em diferentes estudos, e, como veremos, desempenha um papel particularmente
  • 41. A TRELIÇA DINÂMICA Os vários traços dinâmicos estão inter-relacionados em um padrão de subsidiação (Cattell tomou emprestado de Murray este termo). Isso significa que certos elementos são subsidiários a outros, ou servem como meios para seus fins. Em geral, as atitudes são subsidiárias aos sentimentos, e os sentimentos são subsidiários aos ergs, que são as forças impulsionadoras básicas na personalidade. Estes vários relacionamentos podem ser expressos na treliça dinâmica.
  • 42. O SELF O self é um dos sentimentos, mas um sentimento especialmente importante, pois quase todas as atitudes tendem a refletir o sentimento de self em maior ou menor grau. Ele, por sua vez, está ligado à expressão da maioria ou de todos os ergs ou outros sentimentos. De qualquer forma, Cattell considera que o sentimento ou sistema de sentimentos centrado no self desempenha um papel crucial na integração da personalidade, ao inter-relacionar a expressão dos vários ergs e sentimentos.
  • 43. O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE Descritivo: estudar o desenvolvimento da personalidade em um nível puramente descritivo, mapeando a mudança nas estruturas de personalidade ao longo da vida. Teórico: estudar o desenvolvimento em um nível teórico, em termos das influências genéticas e ambientais envolvidas, e as leis da maturação e da aprendizagem que descrevem como elas interagem para moldar o indivíduo em desenvolvimento. Cattell estudou as duas possibilidades de estudar o desenvolvimento da personalidade.
  • 44. ANÁLISE DA HEREDITARIEDADE- AMBIENTE Interessou-se ativamente em avaliar o peso relativo das influências genéticas e ambientais sobre os traços de personalidade. Desenvolveu o Multiple Abstract Variance Analysis, ou MAVA.
  • 45. ANÁLISE DA HEREDITARIEDADE- AMBIENTE O MAVA envolve reunir dados sobre as semelhanças entre gêmeos e irmãos criados juntos em suas próprias famílias ou adotados por famílias diferentes, e depois analisar os dados para estimar as proporções de variação individual em cada traço associadas a diferenças genéticas, a diferenças ambientais e a pelo menos algumas das correlações e interações entre hereditariedade e ambiente. Uma tendência observada nos estudos iniciais é teoricamente interessante: as correlações hereditariedade-ambiente pareciam ser predominantemente negativas. Cattell interpreta isso como evidência de uma lei de coerção para a média biossocial, isto é, uma tendência das influências ambientais de se oporem sistematicamente à expressão da variação genética, como quando os pais (ou outros agentes sociais) tentam fazer com que crianças diferentes sigam a
  • 46. APRENDIZAGEM Desenvolveu uma elaborada “teoria da aprendizagem estruturada”, contendo cinco princípios ou tipos de aprendizagem. 1) Condicionamento clássico. 2) Condicionamento instrumental 3) Aprendizagem de integração 4) Modificação de meta érgica 5) Aprendizagem da personalidade
  • 47. INTEGRAÇÃO DA MATURAÇÃO E DA APRENDIZAGEM Cattell tentou reunir as mudanças de personalidade devidas às influências ambientais e à maturação genética em um único esquema teórico. Esta análise é muito complexa, pois as fontes de influência genética e tréptica sobre um traço podem correlacionar-se de várias maneiras e podem interagir ao longo do tempo. Assim, a influência genética pode levar a certos comportamentos que podem provocar determinados tipos de influências trépticas que podem por sua vez aumentar ou inibir o desenvolvimento ulterior do traço. De modo geral, Cattell trata destas questões em um nível esquemático e teórico, mas sugeriu várias abordagens estatísticas para resolvê-las empiricamente.
  • 48. O CONTEXTO SOCIAL Os indivíduos e seu desenvolvimento se relacionam em uma interação com o ambiente imediato. Cattell apresentou e propôs estudar mencionando enfatizar adequadamente os determinantes socioculturais do comportamento.
  • 49. PESQUISA CARACTERÍSTICA E MÉTODOS DE PESQUISA Modelo de Personalidade dos Sistemas VIDAS: Técnica R: Abordagem de costume usada pelo psicólogo. Alguns indivíduos são comparados em termos de seu desempenho em dois ou mais testes. São calculadas correlações para muitas pessoas, e os fatores obtidos são traços comuns. Técnica P: Escores de um mesmo indivíduo em várias medidas são comparados em diferentes ocasiões ou momentos, para tentar saber quão consistente é o comportamento do indivíduo. Técnica Q: Dois indivíduos são correlacionados em um grande número de medidas diferentes. Nesse caso o coeficiente resultante representa uma medida de semelhança ou variação entre os dois indivíduos.
  • 50. PESQUISA ATUAL A teoria evolutiva promete evitar o processo de teoria ao ancorar uma teoria da natureza humana em processo que sabemos que governa toda vida. As teorias da personalidade são inconsistentes com a teoria evolutiva tem pouca chance de esta certa, ele raciocinou que há sobrevivência a reprodução individuais são os dois problemas adaptativos, adequadamente concebida aferisse a psicologia da personalidade a grande estrutura que ela busca.
  • 51. OS CINCOS GRANDES FATORES DA PERSONALIDADES Um dos progressos mais importantes na personalidade de nos últimos anos é emergência dos cinco grandes, como um modelo geral para descrever a estrutura da personalidade. sse modelo passou a ser chamado de Modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF), ou Big Five. Nessa perspectiva, este modelo representa um dos progressos mais importantes no estudo da personalidade nos últimos anos, visto que faz uso de um modelo geral de taxonomia que emprega amplos fatores (formados, por sua vez, por várias características), para descrever a estrutura da personalidade (Pimentel & Donnell, 2008). No Brasil, os cinco fatores básicos desse modelo têm sido chamados de Extroversão, Neuroticismo, Socialização, Realização e Abertura à experiência, embora a literatura internacional tenha apontado algumas divergências em relação aos nomes.
  • 52. OS FATORES DE PERSONALIDADE Continuando a análise fatorial, Catell descobriu outros 16 traços básicos, que representam as dimensões básicas da personalidade. Usando estes traços básicos, construiu o Questionário dos Dezesseis Fatores de Personalidade, ou 16 PF, uma medida que proporciona valores para cada um destes traços de personalidade.
  • 53. OS PERFIS DE PERSONALIDADE SÃO DESENHADOS COM BASE NAS SEGUINTES DICOTOMIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE: o reservado/expressivo, menos inteligente/mais inteligente, influenciado por sentimentos/ emocionalmente estável, submisso/dominante, sério/despreocupado, expedito/arriscado, tímido/aventureiro, duro/sensível, confiante/desconfiado, prático/imaginativo, direto/evasivo, autoconfiante/apreensivo, conservador/ /experimentador, dependente do grupo/autossuficiente, descontrolado/controlado, calmo/tenso.
  • 54. AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE Para avaliação da personalidade nesse modelo existem atualmente cinco escalas aprovadas no Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) do Conselho Federal de Psicologia. Três delas avaliam os fatores separadamente: a Escala Fatorial de Ajustamento Emocional/Neuroticismo (Hutz & Nunes, 2001) a Escala Fatorial de Socialização (Nunes & Hutz, 2007b) e a Escala Fatorial de Extroversão (Nunes & Hutz, 2007a), ao passo que outras duas contemplam os cinco fatores: Revised NEO Personality Inventory (NEO-PI-R), e a Bateria Fatorial de Personalidade, de autoria de Nunes, Hutz e Nunes (2010). A criação desses instrumentos permitirá que mais estudos sejam feitos
  • 55. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Hall, C. S., Lindzey, G., Campbell, J. B. (2007). A Teoria de Traço Fatorial-Analítica de Raymond Cattell. In C. S Hall., G. Lindzey & J. B. Campbell, Teorias da personalidade (253-286). Porto Alegre: Artmed.