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AS SETE ESCOLAS
DE PSICANÁLISE
Prof. Esp. Jéssica Teles Dassi
• Não existe a “verdadeira psicanálise”
• Devemos aproveitar as vantagens de pensarmos
analiticamente a partir de uma multiplicidade e
diversidade de vértices, muitas vezes convergentes,
outras vezes divergentes
ESCOLA
Existem 4 condições básicas para caracterizar uma
escola:
• Aporte de conceitos originais
• Conceitos com aplicabilidade na prática clínica
• Conceitos que atravessem gerações de psicanalistas
• Que inspirem e dêem novos frutos
AS SETE ESCOLAS
• Escola Freudiana
• Teóricos das relações objetais (Klein)
• Psicologia do ego (Hartman a Mahler)
• Psicologia do self (Kohut)
• Escola francesa (Lacan)
• Winnicott
• Bion
ESCOLA FREUDIANA
ESCOLA FREUDIANA
• Na atualidade o movimento freudiano tem por sede
a Sociedade Britânica de Psicanálise
• Os trabalhos de Freud não são sistemáticos, nem
completos, por vezes contrapõem-se e aparecem
espalhados ao longo da obra
• Sempre integrou a teoria com a técnica, como
vemos nos seus casos clínicos
• Freud procurou explicar as causas para muitos
comportamentos humanos na religião, arte, ciência,
mitologia, antropologia e etc...
ESCOLA FREUDIANA
• Dentre os colaboradores imediatos de Freud
aconteceram dissidências
• As mais importantes foram Adler (1910) e Jung
(1913)
• Os contemporâneos mais importantes são:
Abraham, Ferenczi, Reich e Anna Freud
7
• Em Estudos sobre a histeria (1893-95), escrito
juntamente com Breuer, Freud relata uma série de
atendimentos de curto prazo com pacientes
portadoras de sintomas histéricos conversivos,
como foram Emmy von N., Lucy R., Katherina, e
Elisabeth von R.
• Em 1909, Freud publica Análise de uma fobia em
um menino de 5 anos, que, embora tenha sido
uma experiência psicanalítica levada a efeito pelo
pai da criança, supervisionado por Freud,
constitui-se como o primeiro exemplo de
observação psicanalítica direta de uma criança e o
primeiro exemplo de uma psicanálise com crianças
• Nesse mesmo ano de 1909, e também com o
propósito de comprovar a sua teoria da
sexualidade infantil, Freud publica o fascinante
historial clínico Notas sobre um caso de neurose
obsessiva
• Em 1911, surgiu a publicação do célebre Caso
Schreber (título original: Notas psicanalíticas sobre
um relato autobiográfico de um caso de paranóia).
Freud nunca viu Schreber, sendo que escreveu
esse trabalho a partir de uma autobiografia
redigida pelo próprio Schreber durante o seu
internamento em um hospital psiquiátrico.
Em 1918, Freud publicou o famoso caso conhecido
por O homem dos lobos (o título real é: Da história
de uma neurose infantil), embora ele tenha
tratado esse paciente, de nome Sergei, no período
de 1910 a 1914. Tratava-se de jovem de 18 anos,
com graves sintomas fóbicos, obsessivos e
paranóides, com psicossomatizações
•Estudo sobre Histeria (1895)
•A interpretação dos sonhos (1899)
•Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905)
•Totem e Tabu (1913)
•O Inconsciente (1915)
•Introdução à Psicanálise (1917)
•Psicologia das Massas e Análise do Ego (1923)
•Psicanálise e Teoria da Libido (1923)
•O Ego e o Id (1923)
•Neurose e Psicose (1924)
•O Futuro de uma ilusão (1927)
KARL ABRAHAM
• Foi o primeiro psicanalista alemão e um dos
fundadores da Associação Psicanalítica da Alemanha
• Fiel colaborador e amigo íntimo de Freud
• Estudou os estágios do desenvolvimento e os
pacientes pseudocolaboradores
1
2
• A obra de Abraham é dividida em três partes. Seus
primeiros escritos versam sobre a demência precoce, o
alcoolismo e artigos sobre sonhos e mitos. No segundo
grupo, destacam-se ensaios sobre a ejaculação precoce,
fantasias oníricas histéricas, neuroses de guerra, e o
complexo de castração nas mulheres. Abraham
desenvolve sua teoria sobre o estágio pré-genital do
desenvolvimento, escrevendo dois livros: um sobre
formação do caráter, e outro a respeito da evolução da
libido. No campo da psicopatologia inseriu grandes
contribuições sobre a psicose maníaco-depressiva e a
diferenciou da neurose obsessiva através da análise
minuciosa das relações com o objeto.
SANDOR FERENCZI
• Está ressurgindo o interesse por sua obra
Contribuições:
1) Lançou as primeiras sementes para a teoria das
relações objetais e do conceito de introjeção
2) “As crianças que são recebidas com aspereza e
falta de amor morrem fácil e voluntariamente”
3) Teoria do trauma da sedução real, afirmando que
isso acontece quando os adultos confundem os
jogos da criança com os desejos das pessoas
sexualmente adultas
SANDOR FERENCZI
4) Foi o primeiro analista a dar importância à pessoa
real do analista, tanto em relação às suas
inadequações, quanto à rara oportunidade propiciada
ao paciente para reelaborar os primitivos problemas,
por meio de uma nova figura parental, representada
pelo analista, o qual o respeita, estima, é coerente e
tem outras formas de enfrentar e solucionar os
problemas. A personalidade do analista é um
instrumento de cura.
5) Não acreditava em nenhum critério definitivo de
analisabilidade, todo paciente que solicitasse ajuda
deveria recebê-la
0
SANDOR FERENCZI
6)O estado de regressão propicia que o analista
complemente as primitivas falhas parentais
7)Foi o primeiro discípulo de Freud a mostrar que a
técnica concebida por ele não era a única que poderia
beneficiar o paciente
Ferenczi foi eleito presidente da IPA em 1918, mas
renunciou após alguns meses, e o seu retrato é o
único que não figura na galeria dos presidentes.
Sándor Ferenczi (1873-1933) fez parte da primeira geração
de psicanalistas. Reconhecidamente "o pioneiro dos
pioneiros" Ferenczi inaugurou possibilidades de
compreensão e condução de casos clínicos
considerados difíceis, ou incapazes de desenvolver neurose
de transferência e que, até hoje, estão presentes com
freqüência em consultórios e ambulatórios. Esses pacientes
encontram-se incapazes de sonhar, fantasiar, ter
perspectivas de futuro... enfim, apresentam problemáticas
psíquicas predominantemente narcísicas, ou marcadas por
distúrbios psicossomáticos e aspectos. Por meio de suas
inovações técnicas, Ferenczi contribuiu para uma ampliação
dos recursos terapêuticos e diagnósticos, assim como, para
uma reflexão mais aprofundada do exercício ético da
psicanálise e adequação da técnica de acordo com as
necessidades psíquicas do paciente em questão.
WILHEML REICH
• Em 1933, publicou o livro “Análise do caráter”, que
trouxe a ideia de que uma análise poderia e deveria
ir além da remoção dos sintomas e que também
deveria visar
caracterológica
mudanças na “armadura
resistencial”, que todo paciente
possui, em alguma forma ou grau.
• Seu artigo sobre o caráter masoquista (1932) foi a
causa de seu rompimento com Freud.
• Reich colocava em dúvida a existência do instinto de
morte e negava que o masoquismo fosse
manifestação direta dele 12
WILHEML REICH
• Nos últimos anos de sua vida desviou-se dos
princípios essenciais da psicanálise e dedicou-se a
propor a “organoterapia”
• É o pai das terapias corporais!
• Teve o mérito de colocar o corpo nas discussões
sobre a psicologia.
• Ele acreditava que o homem teria costurado para
si uma “capa invisível” e inconsciente para se
proteger dos males externos, tornando o corpo
um refletor direto da mente.
WILHEML REICH
• Supôs que o ser humano tinha uma série de
camadas, como as da Terra, que serviam para
proteger seu “núcleo” de possíveis ameaças.
• O indivíduo sedimentava crostas de vivências
que se sobrepunham umas às outras com o
decorrer do tempo.
• Esse envoltório ia se enrijecendo à medida que
era necessário experienciar sensações
desagradáveis, servindo também para acobertar
sentimentos prazerosos que poderiam torná-lo
presa fácil.
WILHEML REICH
• É possível livrar-se da couraça, e um dos caminhos é
a consciência corporal
• Consciência corporal: Reconhecer e identificar os
processos e movimentos corporais, internos e
externos.
• Toda atividade física favorece a consciência
corporal, entretanto algumas práticas associadas
ao relaxamento tendem a ser mais
eficazes: Pilates, massagem biodinâmica, Ioga,
ANNA FREUD
• A sua importância para a psicanálise deve-se aos
seus próprios méritos ou à sua condição de filha de
S. Freud?
• O seu livro “O ego e os mecanismos de defesa”
(1936) é um grande avanço, pois vai além das
pulsões do ID, ela enaltece as funções do ego, que
Freud esboçou, mas não aprofundou.
• Pode ser considerada formadora dos discípulos que
mais tarde vão fundar a Escola da Psicologia do ego
• É uma das pioneiras da psicanálise com crianças 16
ANNA FREUD
• Possuía uma orientação de natureza pedagógica,
mas criticava Klein por isso
• Propôs que o analista deveria abster-se de qualquer
medida reeducativa ou de apoio
ESCOLA DOS
TEÓRICOS DAS
RELAÇÕES OBJETAIS
0
MELANIE KLEIN
• Nasceu em Viena, em 1882
• Morreu em Londres, em 1960, aos 78 anos
• Sofreu severas perdas ao longo de sua vida... Aos 5
anos perdeu a irmã. Tomou a decisão de ser médica,
influenciada pela vontade de ajudar o seu irmão,
que sofria de cardiopatia, que mais tarde veio a
falecer. Teve um casamento que não deu certo. Um
de seus filhos morreu praticando alpinismo e teve
uma ruptura pública com a sua filha, que também
era psicanalista, esta atacou a mãe publicamente.
MELANIE KLEIN
• Seu primeiro contato com a psicanálise foi através
de um texto de Freud
• Nunca abandonou sua devoção por ele, mas jamais
conseguiu conhecê-lo pessoalmente, pois Freud a
evitava, devido às brigas que ela tinha com sua filha
• Fez análise com Ferenczi
• Em 1916, inicia sua carreira de psicanalista de
crianças, em uma clínica em Budapeste
MELANIE KLEIN - OBRA
• Enfatizava o papel do brinquedo como instrumento
de análise.
• Fazia uma analogia entre o brinquedo e o sonho.
• Brincando, a criança expressa de forma simbólica as
suas fantasias inconscientes.
0
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES
Foi pioneira nas seguintes concepções:
1)Criou uma técnica própria de psicanálise com
crianças e introduziu o entendimento simbólico
contido nos brinquedos e jogos
2)Postulou a existência de um inato ego rudimentar
no recém-nascido
3)A pulsão de morte também é inata e presente desde
o início da vida, sob a forma de ataques invejosos e
sádico-destrutivos contra o seio da mãe
4) Essas pulsões promovem uma angústia de
aniquilamento
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES
5) Contra esta angústia, o ego do bebê utiliza-se de
mecanismos de defesa primitivos: dissociação,
introjeção, idealização...
6)A realidade psíquica é constituída de fantasias
inconscientes
7)Introduziu o conceito de objetos parciais: figuras
parentais representadas unicamente por um objeto,
como o seio
8)Postulou uma dissociação entre os objetos (seio bom
X seio mau)
•Escreveu o desenvolvimento de uma criança obra que a levou a ser membro da
sociedade psicanalista da Hungria.
•Criou uma teoria das relações objetais internas, ligada aos impulsos.
•Ocupou-se das relações objetais na primeira etapa da vida.
•Estudou especificamente a dinâmica da vida emocional da criança pequena e,por
conseguinte, os mais primitivos mecanismos de defesa
•Cria uma técnica própria com crianças,introduziu o entendimento simbólico nos
brinquedos e jogos;
•Fala da existência de um inato ego rudimentar, já no recém-nascido;
•Pulsão de morte desde o início da vida,ataques invejosos e sádico-destrutivo contra o
seio da mãe;
•Dissociação entre os objetos ( seio bom x mau );
•Conservou o complexo de édipo esuperego;
POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE
Segundo Klein, o bebê nasce imerso na posição esquizoparanóide, cujas
principais características são: a fragmentação do ego e a divisão do objeto
externo (a mãe) ou, mais particularmente, de seu seio, já que este é o
primeiro órgão com o qual a criança estabelece contato.
Desta forma, tem-se o seio bom e o seio mau. O primeiro é aquele que a
gratifica infinitamente. Enquanto isso, o segundo somente lhe provoca
frustração, despertando a agressividade e a realização de ataques sádicos
dirigidos à figura materna (Simon, 1986).
A partir da elaboração e superação desses sentimentos, tem início a
posição depressiva. Ela tem como principais atributos a integração do ego
e do objeto externo (mãe/seio), sentimentos afetivos e defesas relativas à
possível perda do objeto em decorrência dos ataques realizados na
posição anterior.
Estas posições continuam presentes pelo resto da vida. Porém, elas se
alteram em função do contexto, embora a posição depressiva predomine
em um desenvolvimento saudável
A POSIÇÃO DEPRESSIVA
A posição depressiva é posterior à posição esquizoparanóide. Ela
ocorre por volta dos quatro meses e é progressivamente superada
durante o primeiro ano de vida. No entanto, ainda pode ser
encontrada durante a infância e reativada no adulto, particularmente
nas situações de luto e estados depressivos.
Com o desenvolvimento do ego do bebê, ele vai progressivamente
percebendo que o mesmo objeto que odeia o “seio mau” é o mesmo
objeto que ama o “seio bom”. Seu ego já tem maturidade suficiente
para perceber que ambos os registros fazem parte de uma mesma
pessoa.
Dessa forma, a clivagem “ou cisão” do objeto vai sendo abrandada,
pois agora há a percepção de que as pulsões libidinais e hostis estão
sendo direcionadas ao objeto em sua totalidade. Portanto, isso
desencadeia um outro processo.
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES
9)Acreditava que as crianças, os psicóticos e os
regressivos poderiam ser analisados
10)Conservou as concepções de “Complexo de Édipo”
e “superego”, porém os situou em etapas bastante
primitivas do desenvolvimento da criança
11)Promoveu uma significativa mudança na prática
analítica: as interpretações deveriam ser
transferenciais, com ênfase na transferência negativa
SEGUIDORES
• Winnicott se afastou por divergências ideológicas e
seguiu uma linha independente
• Bion se manteve fiel a ela, porém com modificações
profundas na sua teoria
ESCOLA DA
PSICOLOGIA DO EGO
35
PSICOLOGIA DO EGO
• Autores: Heinz Hartman, Kris, Loewenstein,
Rappaport e Erikson
• Fundamentaram a sua teoria nos últimos trabalhos
de Freud, principalmente a segunda tópica e
também alicerçaram nos trabalhos de Anna Freud
referente às funções do ego
• Pesquisadores modernos: Margareth Mahler e Otto
Kernberg
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES
1) Valorização das funções mentais processadas pelo
ego: afeto, memória, percepção, conhecimento,
pensamento, ação motora e etc
2) Aproximação com outras disciplinas, como a
medicina, biologia e educação
3) Ênfase nos processos defensivos do ego, em
particular à neutralização das energias pulsionais
sexuais e agressivas
PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES
4) Diferenciação entre “ego” e “self”.
Ego: Instância psíquica encarregada de algumas
funções
Self: Conjunto de representações que determinam o
sentimento de si mesmo
5)A principal tarefa do ego é uma adequada
adaptação , promovendo soluções adaptativas entre
as demandas pulsionais e as imposições da realidade
6)Ao contrário de Freud, acredita que nem toda
energia do ego provém do ID, mas parte dela é
autônoma
ESCOLA DA
PSICOLOGIA DO
SELF
39
HEINZ KOHUT
• Nasceu em Viena, em 1913
• Se formou em medicina, tendo como especialidade a
neurologia
• Morreu nos Estados Unidos, em 1981
• Foi influenciado por Hartman, mas aos poucos
afastou-se dos postulados da escola da psicologia do
ego e também de Freud
40
HEINZ KOHUT
Os aspectos mais importantes da sua teoria são:
1) O principal instrumento da psicanálise não é a
livre associação, mas a introspecção e a empatia
2) É importante que ocorra uma internalização
transmutadora, que consiste na introjeção da
figura do analista naqueles pacientes cujas falhas
empáticas dos pais não possibilitaram
identificações satisfatórias, nem com o pai, a mãe
ou com os substitutos destes
3) Nestes casos, há uma dificuldade de estruturação
do self e forma-se um transtorno de sentimento
de identidade
32
HEINZ KOHUT
4) Postulou 2 novas estruturas, ambas de formação
arcaica: o self grandioso e a imago parental idealizada
Self grandioso: Imagem onipotente e perfeita que o
sujeito sente como sendo própria. No caso de
evolução normal, o self grandioso vai transformar-se
em auto-estima, auto confiança e ambições.
Imago parental idealizada: Imagem primitiva toda
poderosa e perfeita que a criança tem dos pais e que é
sentida fazendo parte do sujeito. Transforma-se nos
“valores ideais”.
ESCOLA FRANCESA
DE PSICANÁLISE
43
AUTORES
• MacDougall
• Laplanche
• Lebovici
• Grumberger
• Millër
Todos eles sofreram influencia de Lacan, que por esta
razão, é considerado o representante desta escola!
44
LACAN
• Nasceu na França, em 1901
• Morreu em 1984
• Iniciou seus estudos em medicina em 1920 e, a
partir de 1926, especializou-se em psiquiatria, na
qual se interessava, particularmente, pelo
estudo da paranóia
• Revoltou-se com o crescimento da escola norte-
americana da psicologia do ego
• Alegava que estavam deturpando o verdadeiro
espírito da psicanálise
36
4 vertentes fundam o pensamento Lacaniano:
1. Linguística (baseada em Sausurre);
2.Antropologia (com enfoque
estruturalista!baseada em Levi Strauss);
3. Filosofia (com influência de Hegel)
4. Psicanálise (Freud
4 conceitos essenciais fundamentam sua teoria:
1. Estádio do espelho: com a imagem do corpo;
2.Complexo de edipo
3. A linguagem;
4. Desejo
5. Narcicismo
Teoria do sujeito:
outro = mãe
Outro = a lei, a linguagem, o que nomeia e
também será nomeado pelo sujeito
•O inconsciente se estrutura como
linguagem
•O ser humano está inserido em um universo
de linguagem
•O desejo se dá por deslizamento de um
objeto para outro por deslocamento ou
metonímia.
LACAN
• Decidiu dirigir os seus estudos a partir de um
“retorno a Freud”
• Entretanto, fez radicais reinterpretações dos
textos freudianos
• Foi cercado por uma corte de adoradores, mas
também formou um grande contingente de
desafetos e severos críticos
0
LACAN - OBRA
• O primeiro trabalho psicanalítico importante foi
sobre a “Estádio do Espelho”, em 1936
• Em 1966, reuniu seus “Escritos” em um único
volume, que constituiu a coluna vertebral de sua
obra
• São 4 as áreas do psiquismo que Lacan estudou
mais profundamente: a etapa do espelho, com a
imagem do corpo; a linguagem; o desejo;
narcisismo e Édipo.
CORPO
• A etapa do espelho na constituição do sujeito
prolonga-se na criança dos 6 aos 18 meses
• É dividida em 3 fases de 6 meses cada uma
• Na primeira delas, a criança reage com grande
alegria diante da imagem visual completa de si
mesmo, porque esta contrasta com a
fragmentação do seu corpo.
• Ex: A criança não concebe que o seu pé, nariz,
sensações corporais provindas dos órgãos
internos pertencem a um mesmo e único corpo,
o seu
CORPO
• O ego ideal é uma imagem antecipatória, um
registro imaginário prévio daquilo que ainda não
somos, mas queremos ser
• Na primeira e segunda fase, a imagem corporal
da criança é percebida como sendo a do outro
• Isso esclarece os sintomas de despersonalização,
os de confusão quanto à identidade corporal dos
psicóticos
0
NARCISO E ÉDIPO
• Na segunda fase da etapa do espelho, a criança
identifica-se com o desejo da mãe
• Na terceira fase, dos 12 aos 18 meses, em
situações normais, a criança assume a castração
paterna
• Castração paterna: Função do pai de portador
da lei, que interdita e normatiza os limites da
relação diádico-simbiótica da mãe com o filho
55
LINGUAGEM
• A palavra tem tanto ou mais valor que a imagem
visual
• “O ser humano está inserido em um universo de
linguagem”
• A imagem é (re)significada pela palavra
• Enunciado identificatório: Predições veiculadas
pelo discurso dos educadores. Ex: Essa criança é
terrível e vai se dar mal na vida...
• A criança identifica-se com a representação e o
afeto que o adulto significativo lhe dirige
2
LINGUAGEM
• A linguagem é estruturante do inconsciente
• O inconsciente é o discurso dos outros
43
DESEJO
• Lacan estabelece o funcionamento do psiquismo
em 3 registros: imaginário, simbólico e real
• Estes registros interagem concomitantemente
entre si
• Estuda o desejo humano a partir das interações
entre o registro imaginário com o simbólico
• Nas primeiras fases da etapa do espelho, o
registro imaginário da criança faz-lhe supor que
ela e a mãe são a mesma coisa, que ela tem
posse absoluta da mãe 44
DESEJO
• Caso a mãe reforce essa ilusão, o desejo da
criança passa a ser o de ser o desejo da mãe
• Quando essa criança ingressa no registro
simbólico, o que é conseguido pela castração
paterna, ela vai descobrir que o desejo de cada
um deve submeter-se à lei do desejo do outro
59
DESEJO
• Lacan postula uma diferença entre as noções de
necessidade, desejo e demanda
• Necessidade: O mínimo necessário para manter
a sobrevivência física e psíquica
• Desejo: Uma necessidade que foi satisfeita com
um plus de prazer e gozo, que o sujeito quer
voltar a experimentar as sensações prazerosas
60
DESEJO
• Demanda: A satisfação dos desejos é insaciável,
pois o verdadeiro significado da demanda é um
pedido desesperado de reconhecimento e amor,
como forma de preencher uma antiga e
profunda cratera
• Há o desejo de ser o único objeto de desejo do
outro
obriga-o a seguir
• A estrutura do sujeito
desejando
• O seu desejo é o de desejar 47
PRÁTICA CLÍNICA
Algumas modificações na teoria de Lacan:
• A inveja e agressão não seriam inatas, surgem
quando é desafiado e frustrado o registro
imaginário
• A análise não deve ficar reduzida à mesquinharia
exclusiva do mundo interno
• O analista deve dar importância à palavra do
paciente, que pode ser cheia ou vazia de
significados
• A ausência do pai, no psiquismo da criança, pode
propiciar a formação de psicoses e perversões
48
PRÁTICA CLÍNICA
• Substitui o tempo cronológico (50 min) das
sessões pelo tempo lógico. O importante é a
sessão terminar quando a palavra do paciente
passa de vazia e está a serviço de obstruir o
verdade, para o plano do registro
onde a palavra deve ser plena e
a favor da comunicação e das
acesso à
simbólico,
realmente
verdades
63
PRÁTICA CLÍNICA
• Lacan considera que não se
transferência caso o analista
instalará a
interprete
adequadamente
• Não considera a contra-transferência como
instrumento técnico
• Adverte que o uso sistemático das
interpretações deve ser evitado, pois pode fazer
com que o paciente se identifique com os
desejos do analista
64
CRÍTICAS
• Radicalismo, fala como se suas postulações
fossem as únicas verdadeiras na psicanálise
• Rechaço à prática das sessões sem tempo
alguns
determinado, sendo que ele realizava
atendimentos que duravam 5 minutos
65
ESCOLA DE
WINNICOTT
WINNICOTT - BIOGRAFIA
• Nasceu na Inglaterra, em 1897
• Viveu em um lar bem estruturado, econômica e
afetivamente
• Mostrou uma inclinação pela música, possuía
criatividade artística e era atleta
• Formou-se em medicina, sua especialidade era a
pediatra
• Evidenciava preocupação com os aspectos
emocionais dos seus pacientezinhos e com a
interação materna
5
WINNICOTT - BIOGRAFIA
• Fez supervisão com Klein durante alguns anos
• Publicou seu primeiro trabalho em 1936, no qual
estudou a relação entre os conflitos emocionais e os
transtornos de alimentação
• Revelou uma predileção pelo atendimento de
pacientes psicóticos, borderline e adolescentes com
conduta anti-social
• Morreu em 1971, aos 74 anos, devido a
complicações cardíacas
• “Oh, Deus, quero estar vivo quando eu morrer”
• Era casado, mas não deixou filhos
54
WINNICOTT - OBRA
• Possui uma obra extensa e original
Em 1945, ainda influenciado por Klein, publicou o
clássico “Desenvolvimento emocional primitivo”
• Propõe que a maturação e o desenvolvimento
emocional processam-se em 3 etapas:
1) Integração e personalização: O bebê nasce em um
estado de não-integração, no qual está em um
estado de dependência absoluta, apesar da crença
mágica em possuir uma absoluta independência.
• O desenvolvimento normal leva a um esquema
corporal integrado.
55
WINNICOTT - OBRA
• A personalização seria o sentimento de que a
pessoa habita o seu próprio corpo.
2)Adaptação à realidade: A mãe tem o papel de
ajudar a criança a sair da subjetividade e provê-la com
elementos da realidade.
3)Crueldade primitiva: Todo bebê tem uma carga
agressiva, que muitas vezes volta-se contra ele
mesmo.
• Tem a fantasia de ter danificado a mãe
• Aspectos construtivos: Esperança que sua mãe o
compreenda, ame e sobreviva aos seus ataques
56
WINNICOTT - OBRA
Em 1951, escreve sobre os fenômenos e objetos
transicionais
Objeto transicional: Geralmente é um bico, ursinho,
pano ou travesseiro. Caracteriza-se pelo fato de ele
ser de posse exclusiva da criança.
• Ele é amado e conservado por um longo período de
tempo e sobrevive aos ataques que a criança lhe
inflige.
• Representa um momento evolutivo estruturante.
Em 1958, publica o seu artigo sobre “A capacidade
para estar só”
57
WINNICOTT - OBRA
 Em 1960 publicou 2 de seus mais importantes trabalhos:
1) Teoria da relação paterno-filial: Descreve o papel da
mãe no desenvolvimento emocional do filho.
• Descreve o estado psicológico de “devoção” materna
primária (regressão materna)
• A mãe possui uma função de ego auxiliar, até que a criança
consiga desenvolver as suas capacidade inatas de
pensamento, síntese, integração...
• Função holding: “sustentação” física e emocional praticada
pela mãe ao bebê. Um conjunto de comportamentos que
visam apoiar a criança, como a amamentação, firmeza, o
carinho e outras ações de satisfação da dupla.
58
WINNICOTT - OBRA
2) Deformação do ego em termos de um verdadeiro
e falso self:
• Quando as falhas ambientais ameaçam a
continuidade existencial da criança, essa vê-se
obrigada a deformar o seu verdadeiro self, em prol
de uma submissão às exigências ambientais,
notadamente dos pais, pela construção de um falso
self
• “o indivíduo, tal como o tronco de uma árvore,
desenvolve-se às custas da expansão da casca, mais
do que de seu núcleo” 59
WINNICOTT - OBRA
• O falso self não deve ser confundido com o
entendimento de ordem moral ou ética
• Clinicamente, o falso self costuma vir acompanhado
de uma sensação de vazio, futilidade e irrealidade
Em 1971, é publicado o livro “O brincar e a
realidade”:
• Papel de espelho da mãe e da família: o primeiro
espelho da criatura humana é o rosto da mãe,
seu olhar, sorriso, expressões faciais, etc... 60
ASPECTOS TÉCNICOS
sentimento de ódio na
que pode servir como
• Possibilidade de um
contratransferência,
instrumento técnico
• Há nos analisandos um período de hesitação, que
não pode ser confundido com resistência
• O analista pode ser visto como um objeto
transicional
• Valor positivo da destrutividade, desde que haja a
sobrevivência do objeto, simultaneamente amado e
atacado 61
ASPECTOS TÉCNICOS
• A não satisfação de uma necessidade pode provocar
uma decepção, uma reprodução do fracasso
ambiental, de onde se derivou uma interferência na
capacidade de desejar, a qual deve ser resgatada na
reexperimentação emocional com o analista
• Com pacientes regressivos, é mais importante o
manejo do que as interpretações
• Toda pessoa apresenta
dependência, cabe ao
algum tipo e grau de
analista transitar pelas 3
fases: absoluta, relativa e aquela que vai rumo à
independência
62
ESCOLA DE BION
63
BION - BIOGRAFIA
• Nasceu em 1897, na Índia
• Viveu até os 7 anos neste país, quando foi sozinho para
Londres, a fim de iniciar a sua formação escolar
• Formou-se em medicina e posteriormente fez
psiquiatria e formação psicanalítica
• Fez análise didática durante anos com Klein
• Mudou-se para Los Angeles em 1968
• Fez várias visitas à Buenos Aires e 4 vezes esteve no
Brasil
• Faleceu em Novembro de 1979, aos 82 anos, de
leucemia
64
BION - OBRA
Sua obra pode ser dividida em 4 décadas distintas:
• Década de 40: Dedicou-se aos experimentos com
grupos
• Década de 50: Trabalhou com pacientes psicóticos,
se interessou principalmente pelos distúrbios da
linguagem, pensamento e comunicação
• Década de 60: É a época mais rica, original e
produtiva. Pode ser chamada de epistemológica.
• Década de 70: Predominância mística
65
BION - OBRA
As contribuições que merecem um destaque
especial:
• Estudo da mente do psicanalista: Propõe que
devemos ter “condições necessárias mínimas”.
Importante que ele nunca se afaste do “amor pelas
verdades”, por mais penosas que sejam.
• Existência permanente de vínculos na situação
analítica (amor, ódio e conhecimento)
• Todos os sujeitos possuem uma parte psicótica da
personalidade, que é composta por: inveja excessiva,
intolerância absoluta às frustrações, ódio às
verdades e etc...
66
BION - OBRA
• A psicanálise não deve ficar restrita aos conflitos
inconscientes, mas deve também abordar os
aspectos conscientes
• Nunca existe uma “cura”. Existe um crescimento
mental, pois no lugar de ir fechando a mente a partir
da resolução de conflitos, devemos abri-la cada vez
mais
67

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  • 1. AS SETE ESCOLAS DE PSICANÁLISE Prof. Esp. Jéssica Teles Dassi
  • 2. • Não existe a “verdadeira psicanálise” • Devemos aproveitar as vantagens de pensarmos analiticamente a partir de uma multiplicidade e diversidade de vértices, muitas vezes convergentes, outras vezes divergentes
  • 3. ESCOLA Existem 4 condições básicas para caracterizar uma escola: • Aporte de conceitos originais • Conceitos com aplicabilidade na prática clínica • Conceitos que atravessem gerações de psicanalistas • Que inspirem e dêem novos frutos
  • 4. AS SETE ESCOLAS • Escola Freudiana • Teóricos das relações objetais (Klein) • Psicologia do ego (Hartman a Mahler) • Psicologia do self (Kohut) • Escola francesa (Lacan) • Winnicott • Bion
  • 6. ESCOLA FREUDIANA • Na atualidade o movimento freudiano tem por sede a Sociedade Britânica de Psicanálise • Os trabalhos de Freud não são sistemáticos, nem completos, por vezes contrapõem-se e aparecem espalhados ao longo da obra • Sempre integrou a teoria com a técnica, como vemos nos seus casos clínicos • Freud procurou explicar as causas para muitos comportamentos humanos na religião, arte, ciência, mitologia, antropologia e etc...
  • 7. ESCOLA FREUDIANA • Dentre os colaboradores imediatos de Freud aconteceram dissidências • As mais importantes foram Adler (1910) e Jung (1913) • Os contemporâneos mais importantes são: Abraham, Ferenczi, Reich e Anna Freud 7
  • 8. • Em Estudos sobre a histeria (1893-95), escrito juntamente com Breuer, Freud relata uma série de atendimentos de curto prazo com pacientes portadoras de sintomas histéricos conversivos, como foram Emmy von N., Lucy R., Katherina, e Elisabeth von R. • Em 1909, Freud publica Análise de uma fobia em um menino de 5 anos, que, embora tenha sido uma experiência psicanalítica levada a efeito pelo pai da criança, supervisionado por Freud, constitui-se como o primeiro exemplo de observação psicanalítica direta de uma criança e o primeiro exemplo de uma psicanálise com crianças
  • 9. • Nesse mesmo ano de 1909, e também com o propósito de comprovar a sua teoria da sexualidade infantil, Freud publica o fascinante historial clínico Notas sobre um caso de neurose obsessiva • Em 1911, surgiu a publicação do célebre Caso Schreber (título original: Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia). Freud nunca viu Schreber, sendo que escreveu esse trabalho a partir de uma autobiografia redigida pelo próprio Schreber durante o seu internamento em um hospital psiquiátrico.
  • 10. Em 1918, Freud publicou o famoso caso conhecido por O homem dos lobos (o título real é: Da história de uma neurose infantil), embora ele tenha tratado esse paciente, de nome Sergei, no período de 1910 a 1914. Tratava-se de jovem de 18 anos, com graves sintomas fóbicos, obsessivos e paranóides, com psicossomatizações
  • 11. •Estudo sobre Histeria (1895) •A interpretação dos sonhos (1899) •Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905) •Totem e Tabu (1913) •O Inconsciente (1915) •Introdução à Psicanálise (1917) •Psicologia das Massas e Análise do Ego (1923) •Psicanálise e Teoria da Libido (1923) •O Ego e o Id (1923) •Neurose e Psicose (1924) •O Futuro de uma ilusão (1927)
  • 12. KARL ABRAHAM • Foi o primeiro psicanalista alemão e um dos fundadores da Associação Psicanalítica da Alemanha • Fiel colaborador e amigo íntimo de Freud • Estudou os estágios do desenvolvimento e os pacientes pseudocolaboradores 1 2
  • 13. • A obra de Abraham é dividida em três partes. Seus primeiros escritos versam sobre a demência precoce, o alcoolismo e artigos sobre sonhos e mitos. No segundo grupo, destacam-se ensaios sobre a ejaculação precoce, fantasias oníricas histéricas, neuroses de guerra, e o complexo de castração nas mulheres. Abraham desenvolve sua teoria sobre o estágio pré-genital do desenvolvimento, escrevendo dois livros: um sobre formação do caráter, e outro a respeito da evolução da libido. No campo da psicopatologia inseriu grandes contribuições sobre a psicose maníaco-depressiva e a diferenciou da neurose obsessiva através da análise minuciosa das relações com o objeto.
  • 14. SANDOR FERENCZI • Está ressurgindo o interesse por sua obra Contribuições: 1) Lançou as primeiras sementes para a teoria das relações objetais e do conceito de introjeção 2) “As crianças que são recebidas com aspereza e falta de amor morrem fácil e voluntariamente” 3) Teoria do trauma da sedução real, afirmando que isso acontece quando os adultos confundem os jogos da criança com os desejos das pessoas sexualmente adultas
  • 15. SANDOR FERENCZI 4) Foi o primeiro analista a dar importância à pessoa real do analista, tanto em relação às suas inadequações, quanto à rara oportunidade propiciada ao paciente para reelaborar os primitivos problemas, por meio de uma nova figura parental, representada pelo analista, o qual o respeita, estima, é coerente e tem outras formas de enfrentar e solucionar os problemas. A personalidade do analista é um instrumento de cura. 5) Não acreditava em nenhum critério definitivo de analisabilidade, todo paciente que solicitasse ajuda deveria recebê-la 0
  • 16. SANDOR FERENCZI 6)O estado de regressão propicia que o analista complemente as primitivas falhas parentais 7)Foi o primeiro discípulo de Freud a mostrar que a técnica concebida por ele não era a única que poderia beneficiar o paciente Ferenczi foi eleito presidente da IPA em 1918, mas renunciou após alguns meses, e o seu retrato é o único que não figura na galeria dos presidentes.
  • 17. Sándor Ferenczi (1873-1933) fez parte da primeira geração de psicanalistas. Reconhecidamente "o pioneiro dos pioneiros" Ferenczi inaugurou possibilidades de compreensão e condução de casos clínicos considerados difíceis, ou incapazes de desenvolver neurose de transferência e que, até hoje, estão presentes com freqüência em consultórios e ambulatórios. Esses pacientes encontram-se incapazes de sonhar, fantasiar, ter perspectivas de futuro... enfim, apresentam problemáticas psíquicas predominantemente narcísicas, ou marcadas por distúrbios psicossomáticos e aspectos. Por meio de suas inovações técnicas, Ferenczi contribuiu para uma ampliação dos recursos terapêuticos e diagnósticos, assim como, para uma reflexão mais aprofundada do exercício ético da psicanálise e adequação da técnica de acordo com as necessidades psíquicas do paciente em questão.
  • 18. WILHEML REICH • Em 1933, publicou o livro “Análise do caráter”, que trouxe a ideia de que uma análise poderia e deveria ir além da remoção dos sintomas e que também deveria visar caracterológica mudanças na “armadura resistencial”, que todo paciente possui, em alguma forma ou grau. • Seu artigo sobre o caráter masoquista (1932) foi a causa de seu rompimento com Freud. • Reich colocava em dúvida a existência do instinto de morte e negava que o masoquismo fosse manifestação direta dele 12
  • 19. WILHEML REICH • Nos últimos anos de sua vida desviou-se dos princípios essenciais da psicanálise e dedicou-se a propor a “organoterapia” • É o pai das terapias corporais! • Teve o mérito de colocar o corpo nas discussões sobre a psicologia. • Ele acreditava que o homem teria costurado para si uma “capa invisível” e inconsciente para se proteger dos males externos, tornando o corpo um refletor direto da mente.
  • 20. WILHEML REICH • Supôs que o ser humano tinha uma série de camadas, como as da Terra, que serviam para proteger seu “núcleo” de possíveis ameaças. • O indivíduo sedimentava crostas de vivências que se sobrepunham umas às outras com o decorrer do tempo. • Esse envoltório ia se enrijecendo à medida que era necessário experienciar sensações desagradáveis, servindo também para acobertar sentimentos prazerosos que poderiam torná-lo presa fácil.
  • 21. WILHEML REICH • É possível livrar-se da couraça, e um dos caminhos é a consciência corporal • Consciência corporal: Reconhecer e identificar os processos e movimentos corporais, internos e externos. • Toda atividade física favorece a consciência corporal, entretanto algumas práticas associadas ao relaxamento tendem a ser mais eficazes: Pilates, massagem biodinâmica, Ioga,
  • 22. ANNA FREUD • A sua importância para a psicanálise deve-se aos seus próprios méritos ou à sua condição de filha de S. Freud? • O seu livro “O ego e os mecanismos de defesa” (1936) é um grande avanço, pois vai além das pulsões do ID, ela enaltece as funções do ego, que Freud esboçou, mas não aprofundou. • Pode ser considerada formadora dos discípulos que mais tarde vão fundar a Escola da Psicologia do ego • É uma das pioneiras da psicanálise com crianças 16
  • 23. ANNA FREUD • Possuía uma orientação de natureza pedagógica, mas criticava Klein por isso • Propôs que o analista deveria abster-se de qualquer medida reeducativa ou de apoio
  • 25. 0 MELANIE KLEIN • Nasceu em Viena, em 1882 • Morreu em Londres, em 1960, aos 78 anos • Sofreu severas perdas ao longo de sua vida... Aos 5 anos perdeu a irmã. Tomou a decisão de ser médica, influenciada pela vontade de ajudar o seu irmão, que sofria de cardiopatia, que mais tarde veio a falecer. Teve um casamento que não deu certo. Um de seus filhos morreu praticando alpinismo e teve uma ruptura pública com a sua filha, que também era psicanalista, esta atacou a mãe publicamente.
  • 26. MELANIE KLEIN • Seu primeiro contato com a psicanálise foi através de um texto de Freud • Nunca abandonou sua devoção por ele, mas jamais conseguiu conhecê-lo pessoalmente, pois Freud a evitava, devido às brigas que ela tinha com sua filha • Fez análise com Ferenczi • Em 1916, inicia sua carreira de psicanalista de crianças, em uma clínica em Budapeste
  • 27. MELANIE KLEIN - OBRA • Enfatizava o papel do brinquedo como instrumento de análise. • Fazia uma analogia entre o brinquedo e o sonho. • Brincando, a criança expressa de forma simbólica as suas fantasias inconscientes. 0
  • 28. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES Foi pioneira nas seguintes concepções: 1)Criou uma técnica própria de psicanálise com crianças e introduziu o entendimento simbólico contido nos brinquedos e jogos 2)Postulou a existência de um inato ego rudimentar no recém-nascido 3)A pulsão de morte também é inata e presente desde o início da vida, sob a forma de ataques invejosos e sádico-destrutivos contra o seio da mãe 4) Essas pulsões promovem uma angústia de aniquilamento
  • 29. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 5) Contra esta angústia, o ego do bebê utiliza-se de mecanismos de defesa primitivos: dissociação, introjeção, idealização... 6)A realidade psíquica é constituída de fantasias inconscientes 7)Introduziu o conceito de objetos parciais: figuras parentais representadas unicamente por um objeto, como o seio 8)Postulou uma dissociação entre os objetos (seio bom X seio mau)
  • 30. •Escreveu o desenvolvimento de uma criança obra que a levou a ser membro da sociedade psicanalista da Hungria. •Criou uma teoria das relações objetais internas, ligada aos impulsos. •Ocupou-se das relações objetais na primeira etapa da vida. •Estudou especificamente a dinâmica da vida emocional da criança pequena e,por conseguinte, os mais primitivos mecanismos de defesa •Cria uma técnica própria com crianças,introduziu o entendimento simbólico nos brinquedos e jogos; •Fala da existência de um inato ego rudimentar, já no recém-nascido; •Pulsão de morte desde o início da vida,ataques invejosos e sádico-destrutivo contra o seio da mãe; •Dissociação entre os objetos ( seio bom x mau ); •Conservou o complexo de édipo esuperego;
  • 31. POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE Segundo Klein, o bebê nasce imerso na posição esquizoparanóide, cujas principais características são: a fragmentação do ego e a divisão do objeto externo (a mãe) ou, mais particularmente, de seu seio, já que este é o primeiro órgão com o qual a criança estabelece contato. Desta forma, tem-se o seio bom e o seio mau. O primeiro é aquele que a gratifica infinitamente. Enquanto isso, o segundo somente lhe provoca frustração, despertando a agressividade e a realização de ataques sádicos dirigidos à figura materna (Simon, 1986). A partir da elaboração e superação desses sentimentos, tem início a posição depressiva. Ela tem como principais atributos a integração do ego e do objeto externo (mãe/seio), sentimentos afetivos e defesas relativas à possível perda do objeto em decorrência dos ataques realizados na posição anterior. Estas posições continuam presentes pelo resto da vida. Porém, elas se alteram em função do contexto, embora a posição depressiva predomine em um desenvolvimento saudável
  • 32. A POSIÇÃO DEPRESSIVA A posição depressiva é posterior à posição esquizoparanóide. Ela ocorre por volta dos quatro meses e é progressivamente superada durante o primeiro ano de vida. No entanto, ainda pode ser encontrada durante a infância e reativada no adulto, particularmente nas situações de luto e estados depressivos. Com o desenvolvimento do ego do bebê, ele vai progressivamente percebendo que o mesmo objeto que odeia o “seio mau” é o mesmo objeto que ama o “seio bom”. Seu ego já tem maturidade suficiente para perceber que ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa. Dessa forma, a clivagem “ou cisão” do objeto vai sendo abrandada, pois agora há a percepção de que as pulsões libidinais e hostis estão sendo direcionadas ao objeto em sua totalidade. Portanto, isso desencadeia um outro processo.
  • 33. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 9)Acreditava que as crianças, os psicóticos e os regressivos poderiam ser analisados 10)Conservou as concepções de “Complexo de Édipo” e “superego”, porém os situou em etapas bastante primitivas do desenvolvimento da criança 11)Promoveu uma significativa mudança na prática analítica: as interpretações deveriam ser transferenciais, com ênfase na transferência negativa
  • 34. SEGUIDORES • Winnicott se afastou por divergências ideológicas e seguiu uma linha independente • Bion se manteve fiel a ela, porém com modificações profundas na sua teoria
  • 36. PSICOLOGIA DO EGO • Autores: Heinz Hartman, Kris, Loewenstein, Rappaport e Erikson • Fundamentaram a sua teoria nos últimos trabalhos de Freud, principalmente a segunda tópica e também alicerçaram nos trabalhos de Anna Freud referente às funções do ego • Pesquisadores modernos: Margareth Mahler e Otto Kernberg
  • 37. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 1) Valorização das funções mentais processadas pelo ego: afeto, memória, percepção, conhecimento, pensamento, ação motora e etc 2) Aproximação com outras disciplinas, como a medicina, biologia e educação 3) Ênfase nos processos defensivos do ego, em particular à neutralização das energias pulsionais sexuais e agressivas
  • 38. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES 4) Diferenciação entre “ego” e “self”. Ego: Instância psíquica encarregada de algumas funções Self: Conjunto de representações que determinam o sentimento de si mesmo 5)A principal tarefa do ego é uma adequada adaptação , promovendo soluções adaptativas entre as demandas pulsionais e as imposições da realidade 6)Ao contrário de Freud, acredita que nem toda energia do ego provém do ID, mas parte dela é autônoma
  • 40. HEINZ KOHUT • Nasceu em Viena, em 1913 • Se formou em medicina, tendo como especialidade a neurologia • Morreu nos Estados Unidos, em 1981 • Foi influenciado por Hartman, mas aos poucos afastou-se dos postulados da escola da psicologia do ego e também de Freud 40
  • 41. HEINZ KOHUT Os aspectos mais importantes da sua teoria são: 1) O principal instrumento da psicanálise não é a livre associação, mas a introspecção e a empatia 2) É importante que ocorra uma internalização transmutadora, que consiste na introjeção da figura do analista naqueles pacientes cujas falhas empáticas dos pais não possibilitaram identificações satisfatórias, nem com o pai, a mãe ou com os substitutos destes 3) Nestes casos, há uma dificuldade de estruturação do self e forma-se um transtorno de sentimento de identidade 32
  • 42. HEINZ KOHUT 4) Postulou 2 novas estruturas, ambas de formação arcaica: o self grandioso e a imago parental idealizada Self grandioso: Imagem onipotente e perfeita que o sujeito sente como sendo própria. No caso de evolução normal, o self grandioso vai transformar-se em auto-estima, auto confiança e ambições. Imago parental idealizada: Imagem primitiva toda poderosa e perfeita que a criança tem dos pais e que é sentida fazendo parte do sujeito. Transforma-se nos “valores ideais”.
  • 44. AUTORES • MacDougall • Laplanche • Lebovici • Grumberger • Millër Todos eles sofreram influencia de Lacan, que por esta razão, é considerado o representante desta escola! 44
  • 45. LACAN • Nasceu na França, em 1901 • Morreu em 1984 • Iniciou seus estudos em medicina em 1920 e, a partir de 1926, especializou-se em psiquiatria, na qual se interessava, particularmente, pelo estudo da paranóia • Revoltou-se com o crescimento da escola norte- americana da psicologia do ego • Alegava que estavam deturpando o verdadeiro espírito da psicanálise 36
  • 46. 4 vertentes fundam o pensamento Lacaniano: 1. Linguística (baseada em Sausurre); 2.Antropologia (com enfoque estruturalista!baseada em Levi Strauss); 3. Filosofia (com influência de Hegel) 4. Psicanálise (Freud 4 conceitos essenciais fundamentam sua teoria: 1. Estádio do espelho: com a imagem do corpo; 2.Complexo de edipo 3. A linguagem; 4. Desejo 5. Narcicismo
  • 47. Teoria do sujeito: outro = mãe Outro = a lei, a linguagem, o que nomeia e também será nomeado pelo sujeito •O inconsciente se estrutura como linguagem •O ser humano está inserido em um universo de linguagem •O desejo se dá por deslizamento de um objeto para outro por deslocamento ou metonímia.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
  • 51. LACAN • Decidiu dirigir os seus estudos a partir de um “retorno a Freud” • Entretanto, fez radicais reinterpretações dos textos freudianos • Foi cercado por uma corte de adoradores, mas também formou um grande contingente de desafetos e severos críticos 0
  • 52. LACAN - OBRA • O primeiro trabalho psicanalítico importante foi sobre a “Estádio do Espelho”, em 1936 • Em 1966, reuniu seus “Escritos” em um único volume, que constituiu a coluna vertebral de sua obra • São 4 as áreas do psiquismo que Lacan estudou mais profundamente: a etapa do espelho, com a imagem do corpo; a linguagem; o desejo; narcisismo e Édipo.
  • 53. CORPO • A etapa do espelho na constituição do sujeito prolonga-se na criança dos 6 aos 18 meses • É dividida em 3 fases de 6 meses cada uma • Na primeira delas, a criança reage com grande alegria diante da imagem visual completa de si mesmo, porque esta contrasta com a fragmentação do seu corpo. • Ex: A criança não concebe que o seu pé, nariz, sensações corporais provindas dos órgãos internos pertencem a um mesmo e único corpo, o seu
  • 54. CORPO • O ego ideal é uma imagem antecipatória, um registro imaginário prévio daquilo que ainda não somos, mas queremos ser • Na primeira e segunda fase, a imagem corporal da criança é percebida como sendo a do outro • Isso esclarece os sintomas de despersonalização, os de confusão quanto à identidade corporal dos psicóticos 0
  • 55. NARCISO E ÉDIPO • Na segunda fase da etapa do espelho, a criança identifica-se com o desejo da mãe • Na terceira fase, dos 12 aos 18 meses, em situações normais, a criança assume a castração paterna • Castração paterna: Função do pai de portador da lei, que interdita e normatiza os limites da relação diádico-simbiótica da mãe com o filho 55
  • 56. LINGUAGEM • A palavra tem tanto ou mais valor que a imagem visual • “O ser humano está inserido em um universo de linguagem” • A imagem é (re)significada pela palavra • Enunciado identificatório: Predições veiculadas pelo discurso dos educadores. Ex: Essa criança é terrível e vai se dar mal na vida... • A criança identifica-se com a representação e o afeto que o adulto significativo lhe dirige 2
  • 57. LINGUAGEM • A linguagem é estruturante do inconsciente • O inconsciente é o discurso dos outros 43
  • 58. DESEJO • Lacan estabelece o funcionamento do psiquismo em 3 registros: imaginário, simbólico e real • Estes registros interagem concomitantemente entre si • Estuda o desejo humano a partir das interações entre o registro imaginário com o simbólico • Nas primeiras fases da etapa do espelho, o registro imaginário da criança faz-lhe supor que ela e a mãe são a mesma coisa, que ela tem posse absoluta da mãe 44
  • 59. DESEJO • Caso a mãe reforce essa ilusão, o desejo da criança passa a ser o de ser o desejo da mãe • Quando essa criança ingressa no registro simbólico, o que é conseguido pela castração paterna, ela vai descobrir que o desejo de cada um deve submeter-se à lei do desejo do outro 59
  • 60. DESEJO • Lacan postula uma diferença entre as noções de necessidade, desejo e demanda • Necessidade: O mínimo necessário para manter a sobrevivência física e psíquica • Desejo: Uma necessidade que foi satisfeita com um plus de prazer e gozo, que o sujeito quer voltar a experimentar as sensações prazerosas 60
  • 61. DESEJO • Demanda: A satisfação dos desejos é insaciável, pois o verdadeiro significado da demanda é um pedido desesperado de reconhecimento e amor, como forma de preencher uma antiga e profunda cratera • Há o desejo de ser o único objeto de desejo do outro obriga-o a seguir • A estrutura do sujeito desejando • O seu desejo é o de desejar 47
  • 62. PRÁTICA CLÍNICA Algumas modificações na teoria de Lacan: • A inveja e agressão não seriam inatas, surgem quando é desafiado e frustrado o registro imaginário • A análise não deve ficar reduzida à mesquinharia exclusiva do mundo interno • O analista deve dar importância à palavra do paciente, que pode ser cheia ou vazia de significados • A ausência do pai, no psiquismo da criança, pode propiciar a formação de psicoses e perversões 48
  • 63. PRÁTICA CLÍNICA • Substitui o tempo cronológico (50 min) das sessões pelo tempo lógico. O importante é a sessão terminar quando a palavra do paciente passa de vazia e está a serviço de obstruir o verdade, para o plano do registro onde a palavra deve ser plena e a favor da comunicação e das acesso à simbólico, realmente verdades 63
  • 64. PRÁTICA CLÍNICA • Lacan considera que não se transferência caso o analista instalará a interprete adequadamente • Não considera a contra-transferência como instrumento técnico • Adverte que o uso sistemático das interpretações deve ser evitado, pois pode fazer com que o paciente se identifique com os desejos do analista 64
  • 65. CRÍTICAS • Radicalismo, fala como se suas postulações fossem as únicas verdadeiras na psicanálise • Rechaço à prática das sessões sem tempo alguns determinado, sendo que ele realizava atendimentos que duravam 5 minutos 65
  • 67. WINNICOTT - BIOGRAFIA • Nasceu na Inglaterra, em 1897 • Viveu em um lar bem estruturado, econômica e afetivamente • Mostrou uma inclinação pela música, possuía criatividade artística e era atleta • Formou-se em medicina, sua especialidade era a pediatra • Evidenciava preocupação com os aspectos emocionais dos seus pacientezinhos e com a interação materna 5
  • 68. WINNICOTT - BIOGRAFIA • Fez supervisão com Klein durante alguns anos • Publicou seu primeiro trabalho em 1936, no qual estudou a relação entre os conflitos emocionais e os transtornos de alimentação • Revelou uma predileção pelo atendimento de pacientes psicóticos, borderline e adolescentes com conduta anti-social • Morreu em 1971, aos 74 anos, devido a complicações cardíacas • “Oh, Deus, quero estar vivo quando eu morrer” • Era casado, mas não deixou filhos 54
  • 69. WINNICOTT - OBRA • Possui uma obra extensa e original Em 1945, ainda influenciado por Klein, publicou o clássico “Desenvolvimento emocional primitivo” • Propõe que a maturação e o desenvolvimento emocional processam-se em 3 etapas: 1) Integração e personalização: O bebê nasce em um estado de não-integração, no qual está em um estado de dependência absoluta, apesar da crença mágica em possuir uma absoluta independência. • O desenvolvimento normal leva a um esquema corporal integrado. 55
  • 70. WINNICOTT - OBRA • A personalização seria o sentimento de que a pessoa habita o seu próprio corpo. 2)Adaptação à realidade: A mãe tem o papel de ajudar a criança a sair da subjetividade e provê-la com elementos da realidade. 3)Crueldade primitiva: Todo bebê tem uma carga agressiva, que muitas vezes volta-se contra ele mesmo. • Tem a fantasia de ter danificado a mãe • Aspectos construtivos: Esperança que sua mãe o compreenda, ame e sobreviva aos seus ataques 56
  • 71. WINNICOTT - OBRA Em 1951, escreve sobre os fenômenos e objetos transicionais Objeto transicional: Geralmente é um bico, ursinho, pano ou travesseiro. Caracteriza-se pelo fato de ele ser de posse exclusiva da criança. • Ele é amado e conservado por um longo período de tempo e sobrevive aos ataques que a criança lhe inflige. • Representa um momento evolutivo estruturante. Em 1958, publica o seu artigo sobre “A capacidade para estar só” 57
  • 72. WINNICOTT - OBRA  Em 1960 publicou 2 de seus mais importantes trabalhos: 1) Teoria da relação paterno-filial: Descreve o papel da mãe no desenvolvimento emocional do filho. • Descreve o estado psicológico de “devoção” materna primária (regressão materna) • A mãe possui uma função de ego auxiliar, até que a criança consiga desenvolver as suas capacidade inatas de pensamento, síntese, integração... • Função holding: “sustentação” física e emocional praticada pela mãe ao bebê. Um conjunto de comportamentos que visam apoiar a criança, como a amamentação, firmeza, o carinho e outras ações de satisfação da dupla. 58
  • 73. WINNICOTT - OBRA 2) Deformação do ego em termos de um verdadeiro e falso self: • Quando as falhas ambientais ameaçam a continuidade existencial da criança, essa vê-se obrigada a deformar o seu verdadeiro self, em prol de uma submissão às exigências ambientais, notadamente dos pais, pela construção de um falso self • “o indivíduo, tal como o tronco de uma árvore, desenvolve-se às custas da expansão da casca, mais do que de seu núcleo” 59
  • 74. WINNICOTT - OBRA • O falso self não deve ser confundido com o entendimento de ordem moral ou ética • Clinicamente, o falso self costuma vir acompanhado de uma sensação de vazio, futilidade e irrealidade Em 1971, é publicado o livro “O brincar e a realidade”: • Papel de espelho da mãe e da família: o primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe, seu olhar, sorriso, expressões faciais, etc... 60
  • 75. ASPECTOS TÉCNICOS sentimento de ódio na que pode servir como • Possibilidade de um contratransferência, instrumento técnico • Há nos analisandos um período de hesitação, que não pode ser confundido com resistência • O analista pode ser visto como um objeto transicional • Valor positivo da destrutividade, desde que haja a sobrevivência do objeto, simultaneamente amado e atacado 61
  • 76. ASPECTOS TÉCNICOS • A não satisfação de uma necessidade pode provocar uma decepção, uma reprodução do fracasso ambiental, de onde se derivou uma interferência na capacidade de desejar, a qual deve ser resgatada na reexperimentação emocional com o analista • Com pacientes regressivos, é mais importante o manejo do que as interpretações • Toda pessoa apresenta dependência, cabe ao algum tipo e grau de analista transitar pelas 3 fases: absoluta, relativa e aquela que vai rumo à independência 62
  • 78. BION - BIOGRAFIA • Nasceu em 1897, na Índia • Viveu até os 7 anos neste país, quando foi sozinho para Londres, a fim de iniciar a sua formação escolar • Formou-se em medicina e posteriormente fez psiquiatria e formação psicanalítica • Fez análise didática durante anos com Klein • Mudou-se para Los Angeles em 1968 • Fez várias visitas à Buenos Aires e 4 vezes esteve no Brasil • Faleceu em Novembro de 1979, aos 82 anos, de leucemia 64
  • 79. BION - OBRA Sua obra pode ser dividida em 4 décadas distintas: • Década de 40: Dedicou-se aos experimentos com grupos • Década de 50: Trabalhou com pacientes psicóticos, se interessou principalmente pelos distúrbios da linguagem, pensamento e comunicação • Década de 60: É a época mais rica, original e produtiva. Pode ser chamada de epistemológica. • Década de 70: Predominância mística 65
  • 80. BION - OBRA As contribuições que merecem um destaque especial: • Estudo da mente do psicanalista: Propõe que devemos ter “condições necessárias mínimas”. Importante que ele nunca se afaste do “amor pelas verdades”, por mais penosas que sejam. • Existência permanente de vínculos na situação analítica (amor, ódio e conhecimento) • Todos os sujeitos possuem uma parte psicótica da personalidade, que é composta por: inveja excessiva, intolerância absoluta às frustrações, ódio às verdades e etc... 66
  • 81. BION - OBRA • A psicanálise não deve ficar restrita aos conflitos inconscientes, mas deve também abordar os aspectos conscientes • Nunca existe uma “cura”. Existe um crescimento mental, pois no lugar de ir fechando a mente a partir da resolução de conflitos, devemos abri-la cada vez mais 67