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Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva Dimensão transitiva referente às proposições a respeito do mundo e das  coisas nele  encontradas
Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva Dimensão transitiva referente às proposições a respeito do mundo e das  coisas nele  encontradas  esclarecer as estratégias adotadas pelos pesquisadores para o estudo do mundo real
Complementarismo Dimensão intransitiva é essencial estabelecer uma separação entre o mundo das aparências e uma série de mecanismos, cuja prova de existência é difícil de ser estabelecida, mas cujos efeitos justificam e devem ser necessariamente incluídos em qualquer tentativa de explicação dos eventos que ocorrem no mundo físico e social
Complementarismo Dimensão intransitiva Uma visão estratificada do mundo real passa a ser uma conseqüência inevitável da aceitação que a realidade pode ser apreendida em diferentes níveis.
Complementarismo Dimensão intransitiva “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
Complementarismo Dimensão intransitiva “ actual” nível dos fluxos tais como se apresentam “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
Complementarismo Dimensão intransitiva “ real” o nível dos entes “realmente” reais   “ actual” nível dos fluxos tais como se apresentam “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
Complementarismo empírico corresponde à experiência usual das pessoas no seu dia a dia qualquer concepção de ciência que adote como objetivo último obter um conhecimento preciso deste nível de realidade encontra-se condenada à esterilidade, pois jamais chegará a alcançar a inteligibilidade plena no trato do seu objeto de estudo
Complementarismo actual se refere a um fluxo de acontecimento, geralmente produzido em condições de laboratório, com a finalidade explícita de isolar e avaliar os mecanismos que se manifestam no nível do real A experimentação como exemplo
Complementarismo real se refere aos mecanismos, geralmente ocultos, a serem identificados pelo cientista e considerados na explicação do comportamento
Complementarismo real Fonte: Thagard, 2006  Transformação de moléculas  Reações bioquímicas  Conexões  físicas  Moléculas, tais como neuro-transmissores e proteínas  Molecular  Atividade cerebral Excitação, inibição  Conexões sinápticas  Neurônios, grupos de neurônios  Neurais  Inferências  Processos computacionais  Associações, implicações  Representações mentais  Cognitivo  Influência, decisão grupal   Comunicação  Associações, afiliações  Entes e grupos sociais  Social  Mudanças   Interações   Relações   Componentes Mecanismos
Complementarismo Dimensão transitiva procura enfrentar as discussões, introduzidas por algumas correntes atuais da filosofia da ciência, a respeito do caráter histórico e social do conhecimento científico
Complementarismo Dimensão transitiva O conhecimento, embora tenha por referência objetos que pré-existem e independem do estudioso, deve ser tratado como um produto social e uma vez que a ciência é uma prática social, o conhecimento resultante deve ser entendido como algo intrinsecamente material, embora apreendido sob a lógica desta prática.
Complementarismo O sistematismo de Bunge A caracterização de qualquer domínio de conhecimento científico deve ser precedida pela discussão dos problemas relacionados com a questão ontológica, referente à natureza dos objetos submetidos a investigação, e com a questão epistemológica, relativa aos princípios e procedimentos adotados pelo investigador.
Complementarismo O sistematismo de Bunge A obra de Mario Bunge merece destaque no que concerne a esta discussão no âmbito das ciências sociais, pois aponta para duas direções divergentes de tratamento da questão, mostra as fragilidades destes modelos e apresenta uma síntese que representa bem a solução alternativa encontrada por muitos estudiosos (Bunge,  1987)
Complementarismo O sistematismo de Bunge
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo Sistematismo
Pressupostos ontológicos sociedade não pode atuar diretamente sobre o indivíduos, mas sim  indiretamente , pois a ação individual é determinada também pela posição social do indivíduo  as relações entre duas sociedades envolvem duas totalidades e as  mudanças sociais são supra-individuais   as sociedades  não podem agir  diretamente sobre os grupos  relações  entre  indivíduos e sociedade  existem propriedades que decorrem dos agregados, assim como propriedades emergentes  existem, sendo irredutíveis aos indivíduos  não   existem  propriedades   emergentes ou globais  um s istema concreto  de indivíduos interconectados  sociedade deveria ser considerada como uma  totalidade  que transcende aos seus membros  a sociedade deve ser considerada uma  coleção de indivíduos  - qualquer supraindividualidade é uma ficção  pressupostos ontológicos  Sistematismo   Holismo   Individualismo   Característica
Pressupostos metodológicos devem ser testadas  a partir de  observações  realizadas com indivíduos  n ão podem ser testadas  ou, no máximo, contrastadas com dados globais  exclusivamente a  observação   de comportamentos   individuais  teste das hipóteses e avaliação das teorias   interações  entre  os indivíduos e  as totalidades  em termos de  unidades supra-individuais,  tais como o Estado, ou de forças supra-individuais, tais como a consciência coletiva ou a organização social   levando em consideração exclusivamente as  ações e intenções individuais   explicação   o estudo dos f atores socialmente relevantes dos indivíduos , bem como as p ropriedades e mudanças dos grupos  sociais entendidos como totalidades  estudo das  propriedades e mudanças globais   o estudo dos  indivíduos   pressupostos   metodológicos   Sistematismo   Holismo   Individualismo   Característica
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais 
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais    Holismo   o estado de um indivíduo é uma  função do estado da sociedade  em que ele vive
Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais    Holismo   o estado de um indivíduo é uma  função do estado da sociedade  em que ele vive   Sistematismo   o estado de um sistema social é uma  função das propriedades dos seus componentes individuais, sendo o inverso igualmente verdadeiro
O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural  os componentes
O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural  os componentes O modelo sistêmico incorpora estes três elementos; o  modelo atomista retira a importância da estrutura; o modelo holista desconsidera os componentes do sistema.
O sistematismo (a) composição diferente, mesmo contexto, mesma estrutura (b) mesma composição, mesmo contexto, estruturas diferentes (c) composição diferente, mesmo contexto, estruturas diferentes (d) composição diferente, contextos diferente, estruturas diferentes
O sistematismo Os  conceitos oriundos das tradições individualistas e holistas podem ser importantes para a compreensão dos fenômenos sociais, mas se o objetivo for extrapolar os limites da compreensão e envolver a explicação, é imprescindível que se leve em consideração conceitos oriundos de uma perspectiva relacional Ritzer e Gindoff (1992)
O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo
O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro  concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica
O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro  concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica   macro -> micro  ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica
O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro  concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica   macro -> micro  ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica  dialético  situado em um ponto médio, que não acentua qualquer uma das perspectivas; pode ser identificado nas abordagens emergentes da psicologia social e da sociologia   Alvaro e Garrido (2003)
Referências Alvaro, J. e Garrido, A. (2003).  Psicologia social: perspectivas psicologicas y sociologicas. Mc-Graw-Hill/Interamericana de España Bhasker, R. (1978). A realist theory of science. Hassocks, Sussex: Harvester Press Bunge, M.(1980).  Epistemologia - Curso de atualização. SP: T. A. Queiroz Bunge, M. & Ardila, R. (2002). Filosofía de la psicología.  México: Siglo Veintiuno Editores   Doise, W. (1986). Levels of explanation in social psychology. Cambridge: Cambridge University Press. Ritzer, G. e Gindoff, P. (1992) Methodological relationalism: lessons for and from social psychology. Social Psychology Quarterly, 55, 2, 128-140.   Rychlak, J. (1993). A suggested principle of complementarity for psychology. American Psychologist, 48, 9, 933-942. Thagard, P. (2006). Hot Thought. Mechanisms and Applications of Emotional Cognition. Cambridge, Mass: MIT Press

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A ameaça dos estereótipos e o desempenho individual: Steele e Aronson (1995)
 
A ameaça dos estereótipos e o desempenho individual: definição e caracterização
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A ameaça dos estereótipos e o desempenho individual: mediadores
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A ameaça dos estereótipos o desempenho individual: outras categorias
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Fundamentos Psicologia Social

  • 1. Fundamentos da Psicologia Social Teoria e Pesquisa em Psicologia Social Marcos Emanoel Pereira Departamento de Psicologia / Programa de Pós-Graduação em Psicologia Universidade Federal da Bahia
  • 3. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos
  • 4. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto
  • 5. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto Métodos
  • 6. Pressuposto básico Toda e qualquer disciplina depende de uma clara definição de três elementos Objeto Métodos Matrizes teóricas
  • 7. Qual o lugar do ser humano?
  • 8. Qual o lugar do ser humano? Concepção de ser humano
  • 9. Qual o lugar do ser humano? A antropologia filosófica Concepção de ser humano
  • 10. Qual o lugar do ser humano? A antropologia filosófica Concepção de ser humano Ausência de um modelo hegemônico
  • 13. Fragmentação Objeto de estudo Métodos de investigação
  • 14. Fragmentação Objeto de estudo Métodos de investigação Matrizes teóricas
  • 21. O reducionismo social psicológico
  • 22. O reducionismo social psicológico biológico
  • 23. O reducionismo social psicológico biológico físico
  • 26. Complementarismo Metodológico métodos quantitativos métodos qualitativos
  • 27. Complementarismo Metodológico métodos quantitativos métodos qualitativos
  • 28. Complementarismo Metodológico métodos quantitativos métodos qualitativos
  • 29. Complementarismo Metodológico métodos quantitativos métodos qualitativos explicação
  • 30. Complementarismo Metodológico métodos quantitativos métodos qualitativos explicação compreensão
  • 31. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986)
  • 32. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos
  • 33. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos bios
  • 34. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios
  • 35. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios socius
  • 36. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios socius
  • 37. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios socius
  • 38. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios socius
  • 39. Complementarismo O complementarismo conceitual de Rychlak (1986) physikos cogito bios socius
  • 40. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intra-individual de análise
  • 41. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível inter-individual de análise
  • 42. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intragrupal de análise
  • 43. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível intergrupal de análise
  • 44. Complementarismo O perspectivismo de Doise (1986) nível posicional de análise
  • 45. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978)
  • 46. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva
  • 47. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva referente às proposições a respeito do mundo e das coisas nele encontradas
  • 48. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva Dimensão transitiva referente às proposições a respeito do mundo e das coisas nele encontradas
  • 49. Complementarismo O realismo crítico de Bashkar (1978) Dimensão intransitiva Dimensão transitiva referente às proposições a respeito do mundo e das coisas nele encontradas esclarecer as estratégias adotadas pelos pesquisadores para o estudo do mundo real
  • 50. Complementarismo Dimensão intransitiva é essencial estabelecer uma separação entre o mundo das aparências e uma série de mecanismos, cuja prova de existência é difícil de ser estabelecida, mas cujos efeitos justificam e devem ser necessariamente incluídos em qualquer tentativa de explicação dos eventos que ocorrem no mundo físico e social
  • 51. Complementarismo Dimensão intransitiva Uma visão estratificada do mundo real passa a ser uma conseqüência inevitável da aceitação que a realidade pode ser apreendida em diferentes níveis.
  • 52. Complementarismo Dimensão intransitiva “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
  • 53. Complementarismo Dimensão intransitiva “ actual” nível dos fluxos tais como se apresentam “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
  • 54. Complementarismo Dimensão intransitiva “ real” o nível dos entes “realmente” reais “ actual” nível dos fluxos tais como se apresentam “ empirical” o nível empírico dos eventos observados ordinariamente
  • 55. Complementarismo empírico corresponde à experiência usual das pessoas no seu dia a dia qualquer concepção de ciência que adote como objetivo último obter um conhecimento preciso deste nível de realidade encontra-se condenada à esterilidade, pois jamais chegará a alcançar a inteligibilidade plena no trato do seu objeto de estudo
  • 56. Complementarismo actual se refere a um fluxo de acontecimento, geralmente produzido em condições de laboratório, com a finalidade explícita de isolar e avaliar os mecanismos que se manifestam no nível do real A experimentação como exemplo
  • 57. Complementarismo real se refere aos mecanismos, geralmente ocultos, a serem identificados pelo cientista e considerados na explicação do comportamento
  • 58. Complementarismo real Fonte: Thagard, 2006 Transformação de moléculas Reações bioquímicas Conexões físicas Moléculas, tais como neuro-transmissores e proteínas Molecular Atividade cerebral Excitação, inibição Conexões sinápticas Neurônios, grupos de neurônios Neurais Inferências Processos computacionais Associações, implicações Representações mentais Cognitivo Influência, decisão grupal Comunicação Associações, afiliações Entes e grupos sociais Social Mudanças Interações Relações Componentes Mecanismos
  • 59. Complementarismo Dimensão transitiva procura enfrentar as discussões, introduzidas por algumas correntes atuais da filosofia da ciência, a respeito do caráter histórico e social do conhecimento científico
  • 60. Complementarismo Dimensão transitiva O conhecimento, embora tenha por referência objetos que pré-existem e independem do estudioso, deve ser tratado como um produto social e uma vez que a ciência é uma prática social, o conhecimento resultante deve ser entendido como algo intrinsecamente material, embora apreendido sob a lógica desta prática.
  • 61. Complementarismo O sistematismo de Bunge A caracterização de qualquer domínio de conhecimento científico deve ser precedida pela discussão dos problemas relacionados com a questão ontológica, referente à natureza dos objetos submetidos a investigação, e com a questão epistemológica, relativa aos princípios e procedimentos adotados pelo investigador.
  • 62. Complementarismo O sistematismo de Bunge A obra de Mario Bunge merece destaque no que concerne a esta discussão no âmbito das ciências sociais, pois aponta para duas direções divergentes de tratamento da questão, mostra as fragilidades destes modelos e apresenta uma síntese que representa bem a solução alternativa encontrada por muitos estudiosos (Bunge, 1987)
  • 64. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo
  • 65. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo
  • 66. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo Holismo Sistematismo
  • 67. Pressupostos ontológicos sociedade não pode atuar diretamente sobre o indivíduos, mas sim indiretamente , pois a ação individual é determinada também pela posição social do indivíduo as relações entre duas sociedades envolvem duas totalidades e as mudanças sociais são supra-individuais as sociedades não podem agir diretamente sobre os grupos relações entre indivíduos e sociedade existem propriedades que decorrem dos agregados, assim como propriedades emergentes existem, sendo irredutíveis aos indivíduos não  existem propriedades  emergentes ou globais um s istema concreto de indivíduos interconectados sociedade deveria ser considerada como uma totalidade que transcende aos seus membros a sociedade deve ser considerada uma coleção de indivíduos - qualquer supraindividualidade é uma ficção pressupostos ontológicos Sistematismo Holismo Individualismo Característica
  • 68. Pressupostos metodológicos devem ser testadas a partir de observações realizadas com indivíduos n ão podem ser testadas ou, no máximo, contrastadas com dados globais exclusivamente a observação  de comportamentos  individuais teste das hipóteses e avaliação das teorias interações entre os indivíduos e as totalidades em termos de unidades supra-individuais, tais como o Estado, ou de forças supra-individuais, tais como a consciência coletiva ou a organização social  levando em consideração exclusivamente as ações e intenções individuais explicação o estudo dos f atores socialmente relevantes dos indivíduos , bem como as p ropriedades e mudanças dos grupos sociais entendidos como totalidades estudo das propriedades e mudanças globais o estudo dos indivíduos pressupostos  metodológicos Sistematismo Holismo Individualismo Característica
  • 69. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais 
  • 70. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais  Holismo   o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele vive
  • 71. Complementarismo O sistematismo de Bunge Atomismo o estado de um sistema social é uma f unção dos estados dos componentes individuais  Holismo   o estado de um indivíduo é uma função do estado da sociedade em que ele vive Sistematismo   o estado de um sistema social é uma função das propriedades dos seus componentes individuais, sendo o inverso igualmente verdadeiro
  • 72. O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural os componentes
  • 73. O sistematismo A análise de um sistema deve levar em consideração três elementos fundamentais o contexto a organização estrutural os componentes O modelo sistêmico incorpora estes três elementos; o modelo atomista retira a importância da estrutura; o modelo holista desconsidera os componentes do sistema.
  • 74. O sistematismo (a) composição diferente, mesmo contexto, mesma estrutura (b) mesma composição, mesmo contexto, estruturas diferentes (c) composição diferente, mesmo contexto, estruturas diferentes (d) composição diferente, contextos diferente, estruturas diferentes
  • 75. O sistematismo Os conceitos oriundos das tradições individualistas e holistas podem ser importantes para a compreensão dos fenômenos sociais, mas se o objetivo for extrapolar os limites da compreensão e envolver a explicação, é imprescindível que se leve em consideração conceitos oriundos de uma perspectiva relacional Ritzer e Gindoff (1992)
  • 76. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo
  • 77. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica
  • 78. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica macro -> micro ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica
  • 79. O sistematismo Três modalidades distintas de sistematismo micro -> macro concede prioridade aos fenômenos microssociais e que pode ser identificado com a psicologia social psicológica macro -> micro ressalta os fenômenos macrossociais e que pode ser identificado com a psicologia social sociológica dialético situado em um ponto médio, que não acentua qualquer uma das perspectivas; pode ser identificado nas abordagens emergentes da psicologia social e da sociologia Alvaro e Garrido (2003)
  • 80. Referências Alvaro, J. e Garrido, A. (2003). Psicologia social: perspectivas psicologicas y sociologicas. Mc-Graw-Hill/Interamericana de España Bhasker, R. (1978). A realist theory of science. Hassocks, Sussex: Harvester Press Bunge, M.(1980).  Epistemologia - Curso de atualização. SP: T. A. Queiroz Bunge, M. & Ardila, R. (2002). Filosofía de la psicología. México: Siglo Veintiuno Editores Doise, W. (1986). Levels of explanation in social psychology. Cambridge: Cambridge University Press. Ritzer, G. e Gindoff, P. (1992) Methodological relationalism: lessons for and from social psychology. Social Psychology Quarterly, 55, 2, 128-140. Rychlak, J. (1993). A suggested principle of complementarity for psychology. American Psychologist, 48, 9, 933-942. Thagard, P. (2006). Hot Thought. Mechanisms and Applications of Emotional Cognition. Cambridge, Mass: MIT Press