O documento descreve os principais grupos de protozoários: Sarcodinea (amebas), Ciliophora (ciliados), Mastigophora (flagelados) e Sporozoa (parasitas intracelulares). Detalha doenças causadas por alguns protozoários como a amebíase, malária, leishmaniose e toxoplasmose, assim como seus ciclos de transmissão e formas de prevenção.
2. Protozoários
Organismos pertencentes ao Reino Protista
Seres Eucariontes, heterotróficos, unicelulares
(formação de colônias rudimentares)
Vida livre ou parasitas
Divididos de acordo com as diferentes formas de
locomoção:
Rhizopoda ou Sarcodinea Pseudópodes
Ciliophora Cílios
Mastigophora Flagelos
Sporozoa ou Apicomplexa Não possuem organela de
locomoção
3. Sarcodinea ou Rhizopoda
Pseudópodos para a locomoção, que auxiliam
também na captura de alimentos Fagocitose
Principais representantes: AMEBAS
Maioria de vida livre; Ex: Amoeba proteus (água doce)
Algumas espécies parasitas
Entamoeba hystolitica Disenteria amebiana ou
Amebíase Parasita do intestino grosso humano
Ingestão de cistos através de alimentos e água
contaminados
Sintomas: Dores abdominais, forte diarréia
Profilaxia: Hábitos de higiene adequados, saneamento
básico.
4. Sarcodinea ou Rhizopoda
Algumas espécies possuem carapaças resistentes de
sílica ou de carbonato de cálcio, que sustentam e
protegem a célula.
Exemplos:
Foraminíferos, Radiolários e Heliozoários
6. Ciliophora
Cílios para a locomoção pequenos e numerosos
espalhados pela membrana ou em tufos (cirros)
Grande maioria de vida livre
Exemplo: Paramecium sp Ciliado de água doce
Sulco oral: abertura ciliada que empurra a água com o
alimento para o citóstoma (“boca”)
Dois núcleos: Macronúcleo (controle do metabolismo) e
micronúcleo (reprodução por conjugação)
Vacúolo contrátil ou pulsátil “bomba” que expulsa a água
em excesso que entra passivamente por osmose
9. Mastigophora
Flagelos como organela de locomoção 1 a 4
Vida livre, parasitas ou simbióticos
Simbiose: Triconympha sp vive no intestino de cupins e
digere a celulose ingerida por ele. Em contrapartida, o
cupim oferece um habitat adequado às condições
metabólicas do protozoário.
10. Doenças causadas por Flagelados
DOENÇA DE CHAGAS
Carlos Chagas, 1909
Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por
percevejos triatomídeos conhecidos como BARBEIROS
11. Ciclo da doença
Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres
(reservatórios naturais) ou pessoas doentes e o protozoário
se aloja em seu intestino
Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele
e o protozoário penetra pela ferida.
Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto, parte
descoberta durante o sono e que é bastante vascularizada.
A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho,
provocando o sinal característico da infecção.
12. Ciclo da doença
O tripanosoma cai na corrente circulatória e se aloja no
coração ou no intestino, onde irá se reproduzir.
O coração e o intestino aumentam bastante de tamanho
(megacólon e megacoração), provocando insuficiência
cardíaca e alterações na digestão.
13. Ciclo da doença
Doença grave, sem cura, mas que pode ser controlada e
prevenida
PROFILAXIA:
Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas
nas paredes são o local ideal para a reprodução dos barbeiros
Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros
Tratar e isolar os doentes
Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por
transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
14. Doenças causadas por Flagelados
DOENÇA DO SONO
Provocada pelo Trypanosoma brucei e transmitido pela
picada da mosca Glossina palpalis ou tsé-tsé
15. DOENÇA DO SONO
Restrita à região central da África, não foram
registrados casos no Brasil
Invasão do sistema nervoso central, provocando
sonolência contínua e enfraquecimento do corpo
Morte
16. Doenças causadas por Flagelados
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Úlcera de Baurú Leishmania braziliensis
Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família
dos flebotomídeos (Gênero Lutzomia) Mosquito
palha
17. Penetração através da picada do mosquito
reprodução intensa na pele Lesões de pele, mucosa
da boca, nariz e faringe Deformações
Se tratadas a tempo, há regressão das lesões
Profilaxia:
Evitar o contato com os mosquitos 100m das matas
(voo curto)
Tratar e isolar os doentes
20. Doenças causadas por Flagelados
LEISHMANIOSE VISCERAL
Calazar
Leishmania chagasi
Transmitida também pelo mosquito palha (Lutzomya
sp)
Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço)
Se não tratada, pode levar à morte
21. Doenças causadas por Flagelados
TRICOMONÍASE
Trichomonas vaginalis
Mulher: inflamação na uretra e na vagina, corrimento
branco-amarelado
ASSINTOMÁTICA no homem, porém ainda é
transmitida à mulher durante o ato sexual AMBOS
devem ser medicados
PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de
objetos ou sanitários públicos sobrevivência do
parasita por até 6 horas em ambientes úmidos
22. Doenças causadas por Flagelados
GIARDÍASE
Giardia lamblia
Infecções no intestino delgado e diarréias
Desidratação
Doença muito comum em crianças de creches públicas
Transmissão pela ingestão de água e alimentos
contaminados com os cistos da Giardia
23. SPOROZOA
Não possuem organelas de locomoção e são parasitas
intracelulares
Podem causar doenças nos seres humanos
MALÁRIA
TOXOPLASMOSE
24. MALÁRIA
Impaludismo, maleita ou sezão
Países tropicais e África, principalmente
Brasil Região Amazônica
Causada pelo esporozoário Plasmodium sp e
transmitida pela picada das fêmeas do mosquito-
prego (Anopheles sp)
Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro
intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro definitivo)
Anopheles sp
25. MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
1. Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma
infectante do Plasmodium
2. Fígado e baço reprodução assexuada do parasita (esquizogonia)
Formação de MEROZOÍTOS
3. Invasão das hemáceas reprodução acentuada do parasita:
Rompimento da célula FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE.
4. Algumas hemáceas não se rompem aparecimento dos
GAMETÓCITOS no interior delas ingeridos pelo mosquito,
originam gametas no tubo digestivo (reprodução sexuada)
5. Fecundação, produção de novos ESPOROZOÍTOS, que migram para
as glândulas salivares do mosquito e podem ser novamente
inoculados no ser humano, retomando o ciclo.
28. MALÁRIA – GRAVIDADE
Depende da espécie do Plasmodium:
P. vivax: Febre a cada 48 horas
P. malarie: Febre a cada 72 horas
P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas
SINTOMAS:
Danos no fígado, ANEMIA, cansaço, desânimo, falta de
ar e diminuição da capacidade de trabalho.
29. MALÁRIA – TRATAMENTO e PROFILAXIA
Medicamentos que matam o parasita no fígado e no
sangue
Prevenção:
Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS,
combate às larvas com LARVICIDAS ou peixes que se
alimentem delas ou ainda drenagem de terrenos alagados.
Uso de telas e cortineiros
Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas,
agulhas e no parto.
30. TOXOPLASMOSE
Toxoplasma gondii
Transmitido pela ingestão de cistos presentes nas
fezes de gatos (solo, areia ou pelo do animal)
Poucos ou nenhum sintoma: febre e aumento dos
linfonodos desaparecem sem deixar seqüelas
Mulheres grávidas: transmissão ao feto Lesões
cerebrais e em outros órgãos
PREVENÇÃO:
Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto
Lavar as mãos após o contato com eles
Mulheres que pretendem engravidar: exame
específico