O documento discute o uso de objetos digitais de aprendizagem para apoiar o ensino de línguas estrangeiras no IFSP campus Avaré. Ele descreve como os professores criaram blogs para armazenar esses recursos e engajar os alunos, e analisa como isso melhorou a participação dos estudantes e o processo de aprendizagem.
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Apresentação JEALAV 2016_dalcim_hoyos_vieira
1. OBJETOS DIGITAIS DE
APRENDIZAGEM –
Potencialidades no ensino-
aprendizagem de línguas
Elaine Aparecida Campidelli Hoyos – IFSP – Avaré/SP
Maressa de Freitas Vieira – IFSP – Avaré /SP
Maria Glalcy Fequetia Dalcim – IFSP – Avaré/SP
IV Jornada sobre o Ensino Aprendizagem de Línguas em Ambientes Virtuais
26 de setembro de 2014
2. Objetivos
Discutir experiências do uso de ferramentas e Objetos
Digitais de Aprendizagem como apoio pedagógico às
disciplinas de LEM – Línguas Estrangeiras Modernas –
do IFSP Avaré.
• Otimizar as práticas educativas no cotidiano docente
• Desenvolver uma postura proativa aliada ao uso das novas
tecnologias – mudança de paradigma
3. Introdução
• De acordo com Xavier (2007), as tecnologias de
comunicação influenciam o processo de
ensino/aprendizagem, o que nos leva, no mínimo, a
refletir sobre o fato e a buscar novas práticas.
• A Internet, por exemplo, está presente no cotidiano de
nossos alunos em sala de aula; percebe-se que eles estão
em constante busca de informação e, para isso, vivenciam
novas modalidades de leitura e escrita mas, de maneira
geral, as escolas ainda não incorporaram essa nova
realidade. Assim, resolvemos incorporar as tecnologias
digitais para trabalhar as habilidades linguísticas dos
alunos do Ensino Médio Integrado do IFSP câmpus Avaré.
4. Fundamentação teórica
• Segundo Soares (2002), a sociedade vivencia um
momento de novas modalidades de práticas de
leitura e escrita com as recentes tecnologias
digitais. A escola e sociedade não devem caminhar
separadamente. Assim, com o uso cada vez mais
frequente de novas tecnologias, os educadores
devem pensar em como utilizá-las em sala de aula.
5. Introdução
• O processo de ensino-aprendizagem de Línguas
Estrangeiras (LE) ou Segunda Língua (SL) caracteriza-se
pela sua complexidade;
• Para Paiva (2008) estudar esse processo compreende uma
série de fatores que estão diretamente ligados às
experiências pessoais.
• Conhecer as diferentes realidades, os fatores sociais,
culturais, históricos e cognitivos dos alunos pode
significar uma amplitude na compreensão do professor
sobre os aprendizes, além de fomentar a criação / uso de
novas ferramentas e metodologias.
6. Fundamentação teórica
• Além disso, o desafio de alcançar e manter o engajamento
dos alunos no processo de ensino-aprendizagem requer
cuidado e equilíbrio e, para Garrison; Anderson (2003),
apenas a utilização de tarefas presenciais, aulas expositivas
de caracterização passiva do aluno podem acarretar
desestímulo e inapetência .
• Segundo Kenski (2007), imergi-los no oceano digital,
apesar de serem considerados como provenientes dessa
geração, pode suscitar um descaminho frente à
enormidade desse universo multimodal tecido por seus
hiperlinks dinâmicos e altamente versáteis.
7. Fundamentação teórica
• Motta-Roth et al. (2007) afirmam que o uso da
tecnologia no ensino de línguas oferece para o aluno a
oportunidade de interagir, refletir e escolher os textos
e que lhes interessam, motivando-os a participarem
ativamente do processo de aprendizagem.
• Ferramentas e objetos digitais de aprendizagem -
construção de pontos de contato entre os desejos das
narrativas dos alunos e o suporte pedagógico tão
desejado para a atuação dos professores, propiciando
o que Tori (2010) chama de “Educação sem distância”.
8. Fundamentação teórica
• Pensando nisso, na necessidade de interação entre os
alunos do Ensino Médio Integrado no processo
ensino/aprendizagem e na dificuldade que eles
apresentavam nas atividades de LEM, “des-cobrimos” o
blog como um grande propiciador desses pontos de
contato e repositório ferramental dos objetos de
aprendizagem usados em aula.
Objetos de Aprendizagem
• Wiley (2000) - qualquer recurso digital que pode
ser reusado para apoiar a aprendizagem.
9. Fundamentação teórica
• Learning Technology Standards Committee (LTSC) -
IEEE LOM -Institute of Electrical and Eletronic
Enginners – Learning Objects Metadata (2002) -
Qualquer entidade digital ou não digital que possa ser
utilizada, reutilizada ou referenciada durante o aprendizado
apoiado sobre a tecnologia.
• Tarouco et al. (2003) - qualquer recurso, suplementar ao
processo de aprendizagem. O termo objeto educacional
(learning object) geralmente aplica-se a materiais
educacionais projetados e construídos em pequenos
conjuntos com vistas a maximizar as situações de
aprendizagem onde o recurso pode ser utilizado.
10. Fundamentação teórica
• Morales, García e Barrón (2006) - uma unidade
educativa com um objetivo de aprendizagem associado a um
tipo concreto de conteúdo e atividades para sua realização,
caracterizado por ser digital, independente, e acessível
através de metadados com a finalidade de serem reutilizados
em diferentes contextos e plataformas.
• Audino e Nascimento (2010) – recursos digitais
dinâmicos, interativos e reutilizáveis em diferentes
ambientes de aprendizagem elaborados a partir de uma base
tecnológica.
• Maciel e Backes (2013) - conteúdos digitais no formato
multimídia disponibilizados em Ambientes Virtuais de
Aprendizagem.
11. Fundamentação teórica
As ferramentas tecnológicas, como Objetos de Aprendizagem, podem
proporcionar diferentes formas de aproximação da aprendizagem
(Jonassen, 1996):
Aproximação da Aprendizagem Tecnologia
Aprendizagem pela reflexão Ferramentas Cognitivas (Ferramentas
da mente)
Aprendizagem pela construção Multimídia, Hipermídia e webpage
Aprendizagem pela experimentação Simuladores
Aprendizagem pela conversação e
colaboração
Computador como apoio à aprendizagem
colaborativa
Aprender fazendo Ambientes interativos de aprendizagem
Aprendizagem pela exploração Exploração proposital da Internet
Aprendizagem pelo desempenho Sistemas de apoio à atuação eletrônica
(treinamentos)
12. Metodologia
• Montagem dos blogs
• Seleção de bolsistas – auxiliares na administração e
alimentação
• Repositório
• Interligação das tecnologias – compartilhamento de
materiais via lista de email, facebook, whatsapp, entre
outros.
Organizador
Objetos de Aprendizagem
Blogs
16. Discussão
• O trabalho que constitui o objeto deste relato foi
desenvolvido pelas professoras Elaine Hoyos
(Português/Espanhol), Maria Glalcy (Português/ Inglês)
e Maressa Vieira (Português/Inglês) para os alunos do
Ensino Médio Integrado do IFSP campus Avaré.
• A princípio, foi criado o blog “Língua – LEM”, como um
repositório fundamental da disciplina de Inglês. Em
seguida, criou-se o “Ifespañol”, suporte da disciplina de
Espanhol, e, recentemente, o “Aquele Plá”, que serve de
apoio pedagógico à disciplina de Língua Portuguesa e
Literaturas.
18. Conclusão
• Neste trabalho apresentamos um relato de experiências
do uso de ferramentas e Objetos Digitais de
aprendizagem como apoio pedagógico às disciplinas de
LEM – Línguas Estrangeiras Modernas – do IFSP Avaré.
• Por meio do uso das TICs, percebemos que os alunos se
tornaram mais interativos, algumas vezes, mais do que
em sala de aula, pois eles podem propor conteúdos para
serem discutidos, mandar dúvidas e participar de
“desafios” lançados nos blogs, entre outros.
19. Conclusão
• Assim, os estudantes assumem um papel mais
participativo e atuante durante o processo de
aprendizagem de línguas.
• É certo que essas ações não são a solução para resolver
os problemas com relação às dificuldades nas disciplinas
em sala de aula e também não pretendem assumir o
lugar da aula presencial, mas pode funcionar como um
instrumento de apoio, uma ferramenta a mais no
processo de ensino-aprendizagem.
Ensino Híbrido – Blended Learning
20. Referências Bibliográficas
• AUDINO, D.F.; NASCIMENTO, R.S. Objetos de Aprendizagem – Diálogos entre conceitos e uma nova
proposição aplicada à educação. Revista Contemporânea de Educação, vol. 5, n. 10, jul /dez. 2010.
• GARRISON, D. R.; ANDERSON, T. E-Learning in the 21st Century: A Framework for Research and
Practice, London and New York: Routledge Falmer, 2003.
• JONASSEN, D. O uso das novas tecnologias na educação a distância e a aprendizagem construtivista. Em
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• KENSKI, V.M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007.p.43-
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• MACIEL, C.; BACKES, E.M. Objetos de aprendizagem, objetos educacionais, repositórios e critérios para sua
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Edufmt, 2013, p.160.
• MORALES, E.; GARCÍA, F.; BARRÓN, A. Los Instructinal Design based on na Ontological Model to Improve
their Quality. In: ALONSO, L. P. ; GONZÁLES, S.; MAJÓN, B. F.; NISTAL, M.L. (Eds.) Proceeding of the
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• MOTTA-ROTH, D.; REIS, S. C.; MARSCHALL, D. O Gênero página pessoal e o ensino de produção textual em
Inglês”. In ARAÚJO, J. C. (Org.) Internet e ensino. 1 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007, p. 126-143.
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histórica, 2008. Disponível em http://www.veramenezes.com/techist.pdf. Acesso em 04 de maio de 2013.
• SOARES, M. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade,
Campinas: CEDES, v. 23, n. 81, p. 143-160, 2002.
• TAROUCO, L. et al. Reusabilidade de objetos educacionais. Renote. CINTED/UFRGS. Porto Alegre, v.1, n.1,
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• TORI, R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em ensino e
aprendizagem. São Paulo: Editora São Paulo, 2010.
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Brigham Young University. 2000. Disponível em http://www.reusability.org/read/chapters/wiley.doc. Acesso
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• XAVIER, A. C. dos S. Letramento digital e ensino. 2007. (mímeo).