O documento descreve a história do Curso Expedito de Operações Pantanal, realizado pelo 3o Batalhão de Operações Ribeirinhas no Pantanal Mato-Grossense. O curso teve início em 1989 como uma Movimentação para Adestramento e evoluiu para sua forma atual em 2007, com o objetivo de capacitar militares a operarem na região pantaneira. O documento também aborda a origem do Sexto Distrito Naval e do próprio 3o Batalhão de Operações Ribeirinhas, unidade responsável pelo curso.
Almanaque do Curso Expedito de Operações no Pantanal (C-Exp-OPant)
1.
2. MARINHA DO BRASIL
CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
3ºBATALHÃO DE OPERAÇÕES RIBEIRINHAS
ALMANAQUE CURSO EXPEDITO
OPERAÇÕES PANTANAL
Direção: CF (FN) ALBERTO LUIS DA COSTA SANTOS
Autoria: 1ºTen(QC-FN) THIAGO MACIEL VILELA
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos no 3ºBtlOpRib
1ª. EDIÇÃO
2020
3. Exemplares desta publicação podem ser adquiridos no 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas
3º Batalhão de Operações Ribeirinhas
Almanaque Curso Expedito Operações Pantanal
1ª.Edição
2020
Direção: CF(FN) ALBERTO LUIS DA COSTA SANTOS
Autor: 1ºTen(QC-FN) THIAGO MACIEL VILELA
Colaboradores: SO-FN-IF MARTINS
SO-FN-IF MARCELO VELASQUEZ RAMOS
SO-FN-MU JOEL CARLOS PORTO AUGUSTO
Capa e Contra Capa SD-FN JEFFERSON DA COSTA SILVA
4. APROVAÇÃO
O Comandante do 3ºBatalhão de Operações Ribeirinhas aprova a primeira edição do
“Almanaque do Curso Expedito Operações Pantanal” com a seguinte epígrafe:
O Almanaque do Curso Expedito Operações Pantanal tem a finalidade de apresentar um pouco
da história de um dos cursos operativos mais respeitados no Brasil, reconhecimento este, fruto das
dificuldade do terreno aqui encontrado, pela estrutura oferecida pelo Batalhão e pela qualidade da equipe
de instrutores. O Curso completa 31 anos e em tributo à esta longevidade, reunimos nesta publicação
todos os Operações Pantanal desde o primeiro turno, que teve início em 08 de Novembro de 1989, até o
último. Também aqui são abordados assuntos históricos e curiosidades relacionados ao C-Exp-OPant
com o propósito de manter vivo o legado de nossos antecessores.
CF (FN) - ALBERTO LUIS DA COSTA SANTOS
Comandante do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas
Capa do Primeiro Guia do Aluno
5. Sumário
NOSSA HISTÓRIA............................................................................................................... 2
ORIGEM DO SEXTO DISTRITO NAVAL .......................................................................... 2
O 3º BATALHÃO DE OPERAÇÕES RIBEIRINHAS – CASA DOS OPERAÇÕES
PANTANAL.......................................................................................................................... 4
NOSSO AMBIENTE OPERACIONAL - O PANTANAL ..................................................... 9
SÍMBOLOS......................................................................................................................... 14
O CURSO............................................................................................................................ 19
AS FORJAS DOS OPERAÇÕES PANTANAL................................................................... 22
ÁREA DE ADESTRAMENTO DO RABICHO – A TERRA DOS DEUSES ...................... 22
O RABICHO E A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA..................................................... 24
AQUISIÇÃO DA FAZENDA RABICHO PELA MB.......................................................... 25
IMPORTÂNCIA DA AAR.................................................................................................. 27
NHECOLÂNDIA ................................................................................................................ 29
TRILHA DA CAVEIRA...................................................................................................... 31
COMANDANTES DO GPTFNLA/3ºBTLOPRIB DESDE A CRIAÇÃO DO CURSO........ 32
GALERIA DE COMANDANTES OPERAÇÕES PANTANAL.......................................... 34
ANEXO A: RELAÇÃO DE TODOS OPERAÇÕES PANTANAL...................................... 36
6. 1
ATUALIZADO EM SETEMBRO DE 2020
“Da mistura de lama e sangue do passado,...
... Criaste o Guerreiro do Pantanal.”
(Oração do Guerreiro do Pantanal)
Brevê do Operações Pantanal
Brasão do Operações Pantanal
7. 2
NOSSA HISTÓRIA
ORIGEM DO SEXTO DISTRITO NAVAL
Ao início da Guerra do Paraguai, em dezembro de 1864, uma esquadra paraguaia, sob
o comando do Capitão-de-Fragata Meza, invadiu a Província de Mato Grosso pelo Rio
Paraguai, apossando-se de Forte de Coimbra e Albuquerque, e desembarcando em Corumbá.
Ao ter notícia da invasão, o Presidente da Província, em Cuiabá, nomeou o Chefe de Esquadra
Augusto Leverger para comandar a reação. Leverger conseguiu dissuadir o inimigo de subir os
rios e atacar Cuiabá, e libertou Corumbá em 1867.
Depois da invasão da cidade de Corumbá, ficou patente que a zona de atrição do Baixo
Paraguai não podia ser defendida pelo Arsenal de Marinha da Província de Mato Grosso em
Cuiabá, em face da difícil navegabilidade do Rio Leverger e da obsolescência de suas
instalações. Portanto, em 1862, o Ministro da Marinha, Joaquim Raimundo de Lamare,
determinou a instalação de um novo Arsenal à jusante do canal do Tamengo e, em 14 de março
de 1873, o Capitão-de-Fragata Manoel Ricardo da Cunha Couto lançou a pedra fundamental do
Arsenal de Marinha do Ladário, tendo concluído sua instalação no final de 1874 (o Arsenal de
Marinha de Ladário manteve esta denominação até 18 de outubro de 1955, onde pelo Decreto
n.º 38.101, de 18 de outubro de 1955, passou a denominar-se Base Fluvial de Ladário).
Em 20/10/1876 foi criada a Flotilha do Mato Grosso e constituía-se, inicialmente, das
seguintes unidades: - Encouraçado "Tamandaré", - Canhoneira Mista "Forte de Coimbra", -
Canhoneiras de Rodas "Fernandes Vieira" - Canhoneiras de Rodas "Taquari"; - Navios-
Auxiliares: Monitores "Piaui", "Ceará", "Pará" e "Santa Catarina"; - Vapores de Rodas
"Corumbá" e "Antonio João". - A este grupo somavam-se, ainda, oito Lanchas a vapor, três
Pontões, dois pequenos Vapores, sendo um a hélice, três Chatas, uma Chalana e uma Lancha a
remos.
. Em 13/10/1932 foi criada a Primeira Companhia Regional de Fuzileiros Navais, que, a
partir de 1963, passou a denominar-se Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário e No ano
de 1933 se deu Criação do Comando Naval de Mato Grosso, que em 1945 passou a denominar-
se Sexto Distrito Naval, onde em 1966 é transferido para São Paulo, porém retorna para a cidade
de Ladário em 1975 e permanece até a presente data.
8. 3
Trabalhado do Arsenal - Ladário
Comandante do 6ºDN – Contra-Almirante Sergio Gago Guida
Diretoria do Arsenal de Marinha de Ladário
9. 4
O 3º BATALHÃO DE OPERAÇÕES RIBEIRINHAS – CASA DOS OPERAÇÕES
PANTANAL
Em 1932, o Decreto nº 21.957, de 13 de outubro, do Presidente Getúlio Vargas, criou a
Primeira Companhia Regional de Fuzileiros Navais, organizada no Rio de Janeiro. Embarcada
primeiramente no Vapor “Almirante Jaceguay” até Montevidéu e posteriormente no Navio-
Auxiliar “Uruguay”, chegou a Ladário em 5 de janeiro de 1933, sob o Comando do então
Segundo-Tenente (FN) Antônio Ferreira de Mello, ficando alojada, inicialmente, em um
barracão de madeira do Arsenal de Marinha de Ladário, sendo posteriormente transferida para
um prédio em precárias condições. Com o exaustivo trabalho dos Fuzileiros Navais, o local foi
aos poucos se transformando em uma instalação razoavelmente adaptada para habitação da
tropa.
Em 1942, finalmente, a Companhia transferiu-se para o prédio antes ocupado pela
Aviação Naval, onde até hoje permanece.
A primogênita das Regionais do CFN nasceu com os caracteres natos do entusiasmo,
desprendimento e espírito de sacrifício dos Fuzileiros, levando, ao deixar o lar na sede, a
esperança da família Cáqui, deixando, ao partir para as fronteiras, o exemplo e o justo orgulho
de nossa expansão.
Em 7 de março de 1963, o Decreto nº 51.811-A, alterou o nome da 1ª Cia Regional para
Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário, com as mesmas missões e finalidades da extinta
Primeira Companhia, tendo sido ampliados o seu efetivo e a sua estrutura organizacional,
passando a contar com uma Companhia de Fuzileiros e uma Companhia de Comando e
Serviços. Em 2002, a OM passou por nova reestruturação, recendo então sua 2ª Companhia de
Fuzileiros Navais.
Em 11 de dezembro de 2019, através da Portaria nº 360/MB, do Comandante da
Marinha, o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa) altera sua denominação
para 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas (3ºBtlOpRib) possuindo a missão de realizar
10. 5
Operações Ribeirinhas, Defesa de Portos e Terminais Fluviais, adestrar a tropa para Operação
de Resgate de Pessoal e Retomada de Instalações de Organizações Militares da MB, para
Operações de Garantia da Lei e da Ordem e para Operações no Pantanal, apoiar as ações de
segurança interna e firmar, em nível de especialização e aperfeiçoamento, Oficiais e Praças para
desempenharem tarefas operativas que lhes forem atribuídas pelo Comando do 6º Distrito
Naval, a fim de contribuir para a manutenção da capacidade operativa e a aplicação do Poder
Naval na sua área de jurisdição, de acordo com o Art. 2º da Portaria nº 233/MB de 20 de
setembro de 2017, do Comandante da Marinha
Prédio do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário em 1932, quando ainda pertencia à
Base de Aviação Naval.
Instalações já definitivas da 1ª Cia Regional em 1944
11. 6
ORIGEM DO CURSO EXPEDITO OPERAÇÕES PANTANAL
Até o ano de 1988, ainda não existia no Brasil, nenhum Adestramento voltado a habilitar
militares a atuarem na maior Planície Alagável do Planeta, que ocupa 150.355km2
do território
Nacional e possui um dos terrenos mais hostis. Somente em 1989, a Movimentação para
Adestramento (MOVAD) de Operações no Pantanal foi idealizado, pelo CT (FN)
ALEXANDRE DA ROCHA CORREIA, Oficial de Operações do então Grupamento de
Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa). Ele vislumbrou a necessidade de aprimorar os
conhecimentos dos nossos militares, em técnicas e em táticas empregadas na região do Pantanal
Mato-Grossense.
De 1989 a 1992, o estágio foi ministrado em forma de Movimentação para
Adestramento (MOVAD) apenas para os militares do GptFNLa, com a participação de uma
equipe de instrutores do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais
(BtlOpEspFuzNav).
O estágio foi normatizado pela portaria nº 083, de 19 de outubro de 1993, do Comando
do 6º Distrito Naval, sendo então tratado desta forma de 1993 a 1997. Buscou-se adequá-lo as
crescentes solicitações de vagas por outras unidades da Marinha do Brasil e Extra-Marinha,
tendo em vista a necessidade de transmitir as experiências adquiridas durante os estágios
anteriores.
Em 1996, foi enviado ao Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) uma
proposta para criação do Curso Expedito de Operações Pantanal, com duração de quatro
semanas, a qual foi aprovada e regulamentada como sendo de pré-comissão. O curso existiu no
período de 1998 a 2000.
12. 7
Um dos documentos que deram origem ao curso:
1. É fato, não possuir o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa) em seu efetivo, um número
adequado de elementos conhecedores do tipo de terreno, da flora e da fauna da região pantaneira.
2. Devido ao exposto, este Comando determinou ao Comandante do GptFNLa que realizasse um estudo
acerca da exequebilidade de ser ministrado um Estágio de Operações no Pantanal, estudo esse que nos
forneceu um parecer favorável e cujo resultado encontra-se no programa em anexo.
3. Para a colimação do citado estágio, que poderá ser realizado sem ônus para a Marinha, torna-se
entretanto, necessário o concurso do seguinte pessoal:
- 1 Oficial e 1 Sargento Comando Anfíbios; - 1 Oficial e 1 Sargento Reconhecimento Anfíbio; - 1 Oficial
e 1 Sargento Reconhecimento Terrestre; - 1 Oficial Mergulhador de Combate
Além disso, será impositivo uma aeronave de asa rotativa, a qual acordo contatos efetuados, poderá ser
fornecido pela Base Aérea de Campo Grande.
4. Concluindo, solicito a V. Ex.a
a devida autorização para reallizar, no período de 18 a 30/09/89, o
primeiro Estágio de Operações no Pantanal, bem como o destaque dos militares supracitados no referido
período.
13. 8
A partir de 2001 até 2006, com a extinção dos cursos de Pré-Comissão, passou a
chamar-se Estágio de Operações no Pantanal, e a partir de 20 de agosto de 2007, de acordo
com a Portaria 159, da Diretoria de Ensino da Marinha passou a denominar-se Curso Expedito
de Operações Pantanal (C-Exp-OPant), atendendo a crescente necessidade de aprimorar os
conhecimentos dos nossos militares, além de melhor capacitá-los, a combater no Ambiente
Operacional do Pantanal.No dia 22 de novembro de 1989 foram forjados os primeiros
Guerreiros, portanto, em alusão ao êxito dos primeiros Operações Pantanal, nesta data é
comemorado o Dia do Guerreiro do Pantanal.
Até o C-Exp-OPant 19/1, já foram formados 799 Operações Pantanal de diferentes
forças e países, preparados para operar no ambiente pantaneiro, conforme a tabela a seguir:
FORÇA OFICIAIS SO/SGT/CB/SD OUTROS TOTAL
MARINHA DO BRASIL 38 623 - 661
EXÉRCITO BRASILEIRO 49 52 - 101
POLÍCIA MILITAR 02 12 - 14
POLÍCIA CIVIL - - 01 01
BOMBEIRO 01 - - 01
BOLÍVIA 13 03 - 16
PARAGUAI 02 02 - 04
URUGUAI 01 - - 01
TOTAL 106 692 01 799
14. 9
NOSSO AMBIENTE OPERACIONAL - O PANTANAL
O Pantanal Mato-Grossense, uma das mais exuberantes e diversificadas reservas
naturais do planeta, está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto
Paraguai. Sua área é de aproximadamente 140.000 km², medida estimada pelos estudiosos que
explicam que dificilmente pode ser estabelecido um cálculo exato de suas dimensões, por em
vários pontos ser muito difícil estabelecer onde começa e onde termina o Pantanal e as regiões
que o circundam, além de a cada fechamento de ciclo de estações de seca e de águas o Pantanal
se modifica. Abrange cerca de 65% do território do estado de Mato Grosso do Sul e 35% do
Mato Grosso.
Considerado no ano de 2000, como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da
Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
apresenta o rio Paraguai e seus afluentes como principais vias de transporte e de comunicação,
permitindo o acesso a vastas áreas inóspitas de baixa atividade produtiva. Além disso, possui
riquezas imensuráveis materializadas pela reserva de água doce, pela biodiversidade e pelas
riquezas minerais existentes em seu subsolo. Apesar da denominação “Pantanal”, sua área não
exibe características de pântano, charcos estagnados ou os lodaçais traiçoeiros, e sim uma
imensa planície sedimentar que sofre inundações periódicas, gerando uma sucessão espacial de
Imagem da cheia no Pantanal
15. 10
lagoas e de campos alagados, facilitados pela própria composição estrutural da região do
Pantanal que apresenta raras elevações isoladas, geralmente chamadas de serras e morros, e
ricas em depressões rasas.
O ecossistema Pantaneiro é muito rico e diversificado, abrigando uma grande
quantidade de espécies, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Os animais mais
conhecidos são: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, piranha, piraputanga, piau,
piavuçu, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco prego, veado-campeiro, lobo guará,
cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, cágados, jabutis, cobras (boca de sapo e
sucuri-amarela, coral-verdadeira, boca-de-sapo) e pássaros (tucanos, garças, papagaios, araras,
emas, gaviões). Há ainda o Tuiuiú, a ave símbolo do Pantanal. A Flora pantaneira é um conjunto
de cinco regiões distintas: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco
(argentino, paraguaio e boliviano).
Rio Paraguai
16. 11
A vegetação do Pantanal não é homogênea e há um padrão diferente de flora de acordo
com o solo e a altitude. Nas partes mais baixas, predominam as gramíneas, que são áreas de
pastagens naturais para o gado. O Rio Paraguai, coluna vertebral e talvegue mestre do sistema
de drenagem da estrutura regional do Pantanal, nasce na Chapada dos Parecis, no Planalto
Central Brasileiro, encerrando seu percurso em território nacional na foz do Rio Apa. Após
encontrar o rio Apa, adentra terras paraguaias, até desembocar no Rio Paraná, na fronteira com
a Argentina, próximo à cidade de Corrientes. A maior parte das atividades econômicas da
região, e até mesmo a vida das pessoas, são determinadas pelas enchentes e vazantes do Rio
Paraguai. Essas cheias e vazantes são determinadas pelas chuvas nas cabeceiras do rio e de seus
afluentes, quase todos nos Planaltos Mato-Grossense e Central, nada tendo a ver com o degelo
dos Andes, como no rio Amazonas. Durante os períodos de cheia em seu percurso essas águas
alimentam um sem número de bacias e lagos marginais evitando que o nível do rio atinja valores
extremos, atuando assim como elemento regulador. De maneira similar, na seca, são essas
bacias e lagos marginais que fornecem águas para o rio evitando uma seca mais severa. Com a
subida das águas, grande quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza e
transportada a distâncias consideráveis. Representados, principalmente, por massas de
vegetação flutuante e marginal e por animais mortos na enchente, esses restos, durante a
vazante, são depositados nas margens e praias dos rios, lagoas e banhados e, após rápida
Sucuri na Área de Sobrevivência
17. 12
decomposição, passam a constituir o elemento fertilizador do solo, capaz de garantir a enorme
diversidade de tipos vegetais lá existente.
O Complexo do Pantanal do Brasil, ou simplesmente Pantanal Brasileiro, inicia no
norte, na Fazenda Barra do Ixu, localizada na margem direita do rio Paraguai, acima da cidade
de Cáceres, MT, e termina ao Sul, na confluência do rio Apa com o rio Paraguai, abaixo da
cidade de Porto Murtinho, MS. Formado por onze sub-regiões: Cáceres, Poconé, Barão de
Melgaço, Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral, Aquidauana, Miranda, Nabileque e Porto
Murtinho. Essas sub-regiões são distintas, delimitadas e quantificadas conforme as diferenças
de características hidrológicas, relevo, solo e vegetação. A participação estadual e municipal na
composição da área fisiográfica do Pantanal apresenta dezesseis municípios, sendo sete
municípios no Estado de Mato Grosso, ocupando 35,36% da área do Pantanal, e nove
municípios no Estado de Mato Grosso do Sul, ocupando 64,64% da área do Pantanal. A sub-
região do Paraguai agrega o município de Ladário, onde está localizada as instalações físicas
do 3ºBatalhão de Operações Ribeirinhas. O município de Corumbá abrange as sub-regiões
Paraguai, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral e Nabileque, sendo juntamente com o Barão de
Melgaço, os municípios que possuem a maior área de seu território no Pantanal, 95,6% e 99,2%,
Serra do Amolar: localizada entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS), a maior em
altitude e extensão (80km). As montanhas de certa forma, ajudam a represar a
água, originando a formação de duas grandes bacias - Baía Infinita e Baía do
Burro - e três grande Lagoas - Lagoa Mandioré, lagoa Gaíva e Lagoa Uberaba.
18. 13
respectivamente. Por outro lado, Bodoquena, Lambari D’Oeste, Sonora e Ladário são os
municípios que possuem a menor área de seu território no Pantanal, com 1,8%, 15,9%, 16,7%
e 17,5%, respectivamente. Com relação à participação na formação da área do Pantanal,
Corumbá, Poconé, Cáceres e Aquidauana participam com 44,74%, 10,21%, 10,11% e 9,36%,
respectivamente. Isto significa que apenas estes quatro municípios contribuem com 74,42% na
formação da área do Pantanal, ou seja, 102.823 km2 de área. Já os municípios de Bodoquena,
Ladário, Lambari D’Oeste e Sonora têm, respectivamente, as menores contribuições de área na
formação do Pantanal, totalizando 0,8%, ou 1.103 km2
. Cabe destacar que a maior sub-região
é a do Paiaguás, com 27.082 km2
ou 19,6% da área do Pantanal. Em seguida vêm as sub-regiões
da Nhecolândia (19,48%), Barão de Melgaço (13,15%) e Poconé (11,63%). Desta maneira,
somente estas quatro sub-regiões ocupam 63,86%, ou 88.236 km2
de área do Pantanal. A menor
sub-região do Pantanal é a do Abobral, com 2.833 km2
(2,05%) de área, seguida de Porto
Murtinho e Miranda, com 2,78% e 3,17%, respectivamente.
Rio Paraguai
19. 14
SÍMBOLOS
Com a finalidade de apresentar informações a respeito dos símbolos que representam os
Operações no Pantanal:
1. BREVÊ E BRASÃO DO CURSO EXPEDITO OPERAÇÕES PANTANAL:
Ostentado no peito com orgulho por todos Operações Pantanal, como símbolo de uma
vitória pessoal e profissional, possui os seguintes elementos:
• Coroa de louros: A planta representava a vitória na Grécia e na Roma antigas. A origem do
símbolo está na mitologia comum a ambas as culturas. Segundo ela, o Deus Apolo teria se
apaixonado pela linda ninfa Dafne, mas ela não nutria o mesmo sentimento por ele e fugiu
para as montanhas, tentando escapar da sua perseguição. Dafne acabou pedindo proteção a
seu pai, o deus Peneio, que optou por transformá-la num loureiro: foi assim que a ninfa
venceu Apolo. A cora era oferecida aos generais que voltavam vitoriosos das batalhas e
também era o prêmio dado aos atletas vencedores das Olimpíadas O símbolo indicava a
pessoa que detinha o controle total sobre o exército.
• Âncora: maciça, pesada e de alta resistência, durante a navegação em curso, quando ocorre
a necessidade de parar, seja para dar uma pausa no trajeto ou manter a estabilidade da
Primeiro Distintivo e Primeiro Brevê
20. 15
embarcação, em momentos de turbulência, a âncora é lançada n’água para mantê-la firme.
Além de simbolizar a Marinha do Brasil, também está associada à força, equilíbrio e
confiança, mesmo dos desafios.
• Jacaré-do-pantanal (Caiman yacare): É encontrado desde o norte da Argentina até o sul da
bacia Amazônica, mas corre principalmente no Pantanal, sendo um dos seus símbolos. Sua
dieta é principalmente composta de peixes, caramujos e insetos. Tem sua morada nas águas,
com incrível força muscular e muita agilidade. É quando subjuga qualquer presa, com o
aval de uma mandíbula sem igual, cauda serrilhada e pés com garras poderosas, podendo
atingir até 3 metros de comprimento.
2. GORRO MARROM:
O uso desta simples peça de uniforme motiva e diferenciam os militares que demonstraram
profissionalismo, vibração e tenacidade para concluírem o Curso Expedito de Operações no
Pantanal (C-Exp-OPant), merecendo o devido destaque entre os demais militares. Além disso, cria
uma motivação para que outros tentem trilhar o caminho do aprimoramento profissional.
A cor marrom é a simbolização da cor das águas do Rio Paraguai, o qual é a espinha dorsal
do Pantanal, palco principal das Operações Ribeirinhas na área de jurisdição do Comando do 6º
21. 16
Distrito Naval. Foram nestas águas marrons, testemunhas de importantes feitos históricos da
Marinha do Brasil, durante a Guerra do Paraguai, que foi travada a Batalha Naval do Riachuelo,
batalha decisiva neste que foi o mais importante evento bélico da História do Brasil. Desta forma,
o gorro marrom se constitui, também, uma justa homenagem dos “Operações no Pantanal”, também
conhecidos como “Jacarezinhos”, aos feitos heroicos daqueles homens que lutaram na Batalha
Naval do Riachuelo, reconhecendo-os como exemplos e lembrando seus atos em prol de nossa
liberdade.
3. MOEDA DE 30 ANOS
Em comemoração aos 30 anos de Curso de Operações Pantanal, que ocorreram quase que
de forma ininterrupta, com exceção da edição de 90, totalizando assim 30 turnos formados, foi
confeccionada a Moeda Comemorativa de 30, um presente aos Operações Pantanal que serviam no
Batalhão no ano de 2019.
22. 17
4. FACÃO OPERAÇÕES PANTANAL
Por muitos séculos, as melhores tropas do mundo, estão associados a facas e facões que os
identificam como as facas de trincheira utilizadas no combate corpo a corpo na Primeira Guerra
Mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, outras similares também foram produzidas, para uso
dos Comandos e de outras tropas de Elite, sendo a mais conhecida a faca de luta Fairbairn Sykes.
O Facão Operações Pantanal, com o brevê estampado em sua guarda e em seu pomo, foi
fabricado pela empresa ZAKHAROV FACAS ARTESANAIS e é o símbolo de um dos principais
instrumentos de trabalho e combate do Guerreiro Pantaneiro.
Facão Operações Pantanal: “O projeto e o desenvolvimento de armas e armaduras
representaram o teste mais vital para a engenhosidade e a perícia humana, pois a vida de
quem as usava poderia depender inteiramente da confiabilidade, precisão ou resistência das
armas.”
23. 18
5. ORAÇÃO DO GUERREIRO DO PANTANAL
Senhor, vós que fizestes do dilúvio, ressurgir a terra,
Criastes dessas entranhas, o Pantanal,
Com insetos e espinheiros,
O perigo das matas,
O calor e a friagem,
As enchentes
E o segredo das águas.
Mas senhor, só vós sois Deus
A última luz do universo.
Transformai as forças da natureza,
No poder, do seu próprio defensor:
Fazei explodir a coragem.
Multiplicar a força, e consolidar a fé.
Pois aqui senhor,
Da mistura da lama e sangue, do passado,
Empunhando o aço, de divina têmpera,
Criastes o Guerreiro do Pantanal,
A subjugar o invasor, e o adverso.
Pantanal
24. 19
O CURSO
Com a finalidade de adestrar Militares a operar no complexo ambiente do Pantanal,
aplicando as técnicas de sobrevivência e técnicas especiais, executando operações contra forças
regulares e irregulares, de forma a aprimorar o conhecimento da doutrina de emprego da tropa
em ambiente pantaneiro. O Curso Expedito de Operações Pantanal capacita militares a:
• Operar embarcações de pequeno porte, assim como realizar sua manutenção;
• Conhecer e aplicar técnicas de tiro de combate, embarcado, instintivo diurno e
noturno e reagir de pronta-resposta, seja pelo fogo ou corpo a corpo, diante de
ações fortuitas e aproximadas do inimigo;
• Resistir a esforços físicos, orgânicos e psicológicos de forma intensa e
prolongada;
• Utilizar as técnicas de Primeiros Socorros;
Instrução de Tiro Instintivo Diurno
25. 20
• Dominar técnicas natatórias de emprego militar no meio aquático do Pantanal;
• Orientar e Navegar;
• Manusear os diferentes aparelhos militares de comunicação utilizados na região;
• Transpor todos tipos de obstáculos impostos pelo ambiente e terreno;
Instrução de Orientação no Morro do Urucum
Instrução de Comunicações
26. 21
• Conhecer os equipamentos especiais militares;
• Conhecer e manusear os armamentos utilizados no ambiente pantaneiro;
• Realizar Operações com Aeronaves, como balizamento, de Helicóptero, técnicas
de Equipe de Manobra e de reconhecimento e infiltrações por Helocasting, Fast
Hope e Rappel;
• Conhecer a fauna e flora e sobreviver no Pantanal mantendo a higidez;
• Planejar e comandar ações de patrulha em nível Pelotão e Grupo de Combate e
• Executar Operações Ribeirinhas, prover a segurança durante o deslocamento da
Força-Tarefa Ribeirinha (ForTaRib) para a área de operações e projetar-se sobre
margens hostis.
Adestramento de Infiltração por Rappel na Captação em Corumbá
27. 22
AS FORJAS DOS OPERAÇÕES PANTANAL
O curso explora uma boa parte dos tipos de terrenos encontrados no Pantanal, ocorrendo
adestramentos e missões na Nhecolândia, Rio Paraguai, seus corixos e afluentes, região de
Albuquerque e na Área de Adestramento do Rabicho, possibilitando assim, o Combatente do
Pantanal, conhecer um pouco da diferença das sub regiões encontradas neste ambiente
operacional.
ÁREA DE ADESTRAMENTO DO RABICHO – A TERRA DOS DEUSES
HISTÓRIA: Saladeiros, assim eram chamadas as fazendas que salgavam carne para
fazer o charque. Às margens do Rio Paraguai há muitas fazendas que faziam isso, e que hoje se
tornaram pousadas, pontos de parada e até mesmo unidade militar que contam sua história para
quem navega no Rio Paraguai. A indústria saladeril na Região de Corumbá tem início nos idos
em 1917, com a fundação da Fazenda Firme pelo Dr. José de Barros Maciel. Com a chegada de
seu cunhado e seus irmãos, abriram saladeiros e atuaram no comércio de compra e venda de
gado. A partir de 1920, criaram a Firma Barros & Cia Ltda. em seguida arrendaram a Saladeiro
do Rebojo, iniciando-se as atividades de pecuária na região. Em 1930, Paulino Gomes da Silva,
associado ao capital da Barros & Cia Ltda, funda com um grupo de fazendeiros a firma Paulino
Gomes Cia Ltda. e abre a Charqueada Barrinhos num lugar chamado Rabicho. As charqueadas
eram fundadas à beira do Rio Paraguai, facilitando o embarque do produto para Montevidéu,
por via fluvial. O charque corumbaense era vendido aos comerciantes exportadores que o
enviavam para Cuba, por ser de superior qualidade e mais bem preparado, enquanto o charque
proveniente do Uruguai seguia para o Rio Grande do Sul. Quando veio a grande crise mundial
e a revolução de 1930, os saladeiros entraram numa fase difícil, sofrendo as consequências
dessas e de outras crises que se sucederam no Brasil. Após esses acontecimentos o material
produzido pelas charqueadas não mais era vendido ao Rio Grande do Sul por exportadores
Uruguaios, por decisão do então Presidente Getúlio Vargas que proibia a entrada de produtos
28. 23
importados na região. Os Saladeiros de Corumbá passaram então a negociar diretamente com
o mercado do Estado do Rio de Janeiro, enviando o material para Santos, via férrea utilizando
a NOB. A partir de 1942, os produtos foram direcionados para novos mercados, que foram
endereçados para o Nordeste, via Porto de Santos (PROENÇA, 1997). O período de 1938 a
1952 foi considerado muito bom para a agroindústria corumbaense. A partir de 1952, o negócio
começou a cair até atingir sua decadência total em 1954, quando da chegada dos novos e
promissores frigoríficos, abertos no Estado de São Paulo, que ficaram liberados para fabricar a
charque da parte dianteira do boi. Com essa forte concorrência, os Saladeiros de Corumbá
fecharam as portas. Com o fechamento dos Saladeiros a pecuária da região voltou a ficar
somente atrelada aos invernistas de São Paulo e aos intermediários desses invernistas, que
vinham comprar o boi magro, em pé, especulando e pagando preços que lhes eram
convenientes. Os Saladeiros vendiam, além do charque, todas as outras partes do gado tais
como: couro, chifre, crina, ossos, sebo coado, língua defumada, etc. (PROENÇA, Augusto
César. Pantanal: Gente, Tradição e História. 3º Edição, UFMS Editora, 1997.).
Indústria do Charque
29. 24
O RABICHO E A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA: A Região conhecida como
Rabicho, às margens do Rio Paraguai, teve um importante papel na Guerra da Tríplice Aliança,
quando da Retomada de Corumbá, ocupada por tropas de Solano Lopes de janeiro de 1865 a
13 de junho de 1867, período que permaneceram como senhores absolutos da navegação no
Rio Paraguai, de sua foz até a foz do Rio São Lourenço. Neste período sua população foi
maltratada, sofrendo as maiores humilhações, danos irreparáveis, morais e materiais, espoliação
de seus bens, sendo igualmente destruídas as fortificações, depredados e devastados os
povoados. Há duas passagens da história onde são mencionadas a localidade Rabicho nos
trechos do Livro O Homem e a Terra da escritora Lélia Rita E. Figueiredo Ribeiro (1993), por
ocasião do episódio da Retomada de Corumbá, onde a fala de Lécio Gomes de Souza (Lécio
Gomes de Sousa - escritor Sul-matogrossense - em memória) verbaliza a localidade Rabicho:
“... daí, por ter-se extraviado um dos oficiais, com o seu pelotão, teve a
coluna de prosseguir cautelosamente, até o Rabicho. Reagrupada a
tropa, na manhã de 13, oculta pela vegetação espessa, a marcha iniciou-
se rumo a Corumbá...”
Este episódio diz respeito ao deslocamento das tropas do Ten. Cel. Antônio Maria
Coelho que recebeu o comando da operação de combate com 400 homens, embarcados em
igarités2 (conforme figura abaixo), comboiados pelos vapores: Antônio João, Corumbá, Jauru,
Cuiabazinho e Alfa. Esta força deslocou-se de Cuiabá até o Rio Paraguai e posteriormente até
chegar em um dos afluentes conhecido como Paraguai-Mirim, que desemboca suas águas no
Rio Paraguai nas proximidades do Rabicho que fica a jusante de Ladário, onde as tropas
brasileiras desembarcaram e se preparam para a retomada da Cidade de Corumbá. O outro
episódio foi após a retomada de Corumbá:
“... Na vila, havia um surto de varíola e cólera, que muito fazia sofrer a
população, já bastante castigada pelos maus- tratos de mais de dois anos
30. 25
de dominação. Por isso mesmo, não convinha à tropa permanecer muito
tempo no local, pois a maior parte dos homens não era vacinada, e corria
o risco, de contrair a doença epidêmica. Desta forma, depois da chegada
do Presidente Couto Magalhães, (23 de junho) no dia seguinte, tendo
enterrado os mortos, as forças regressaram ao Rabicho, e lá tomando de
novo os igarités, seguiram de volta rumo ao Alegre, sob a proteção do
vapor Antônio João...”
AQUISIÇÃO DA FAZENDA RABICHO PELA MB: A Fazenda Rabicho,
antigamente denominada "São João da Boa Vista", foi um importante estabelecimento
comercial no século XX, situado às margens do Rio Paraguai tinha como principal atividade o
abate de reses para a fabricação de charque e outros produtos de exportação, seu último
proprietário foi o Senhor Flavio Páscoa Teles Menezes, advogado e pecuarista. Hoje as ruínas,
de boa parte sede, contam um pouco da história de dias gloriosos de uma fazenda.
Pintura retrata a partida de militares e civis cuiabanos para retomar Corumbá
31. 26
A Fazenda Rabicho foi adquirida pela Marinha do Brasil em 16 de janeiro de 1995, na
ocasião representada na pessoa do Contra-Almirante Antonio Fernandes Pereira, então
Comandante do 6º Distrito Naval, o qual recebeu autorização para representar a Marinha,
através da Portaria nº 0683, de 25 de outubro de 1994, do então Ministro da Marinha, Almirante
de Esquadra IVAN DA SILVEIRA SERPA. Após a finalização da aquisição a fazenda passou
a ser chamada de Área de Adestramento do Rabicho (AAR).
O valor da aquisição foi da ordem de R$ 1.170.000,00 (um milhão e cento e setenta mil
reais), divididos em doze prestações de R$ 90.000,00, com uma entrada de mesmo valor.
O que existe hoje do antigo saladeiro a Marinha do Brasil procura restaurar e preservar
com o intuito de manter viva a sua história. São barracões, casas, maquinário antigo e até mesmo
uma escola que era utilizada pelos filhos dos trabalhadores da fazenda. A Área de Adestramento
do Rabicho possui uma área de 20.377,50 hectares, o que equivale em torno de 203 km², e um
perímetro de 78 km, sendo 40 km de perímetro fluvial e 38 terrestres, e demarcado por oito
marcos. (Pesquisa realizada pelo CT (AFN) ROGÉRIO LOBÃO DE OLIVEIRA – In
Memoriam)
Monitor Parnaíba navegando próximo à Área de Adestramento do Rabicho
32. 27
IMPORTÂNCIA DA AAR: Grande parte dos adestramentos realizados pelo
3ºBatalhão de Operações Ribeirinhas ocorrem na Área de Adestramento do Rabicho, assim
como boa parcela do curso. A área conta com alojamento para os militares, pista de obstáculos,
acesso ao Rio Paraguai, onde são efetuados exercícios como Helocasting, Pista de tiro de
combate, local de pouso de helicópteros, diferentes itinerários para realização de pista de
orientação, pista de reação e uma recém reformada pista de sobrevivência, com armadilhas de
caça e pesca, exposição de frutos e animais da região e os mais diferentes abrigos.
Pista de Sobrevivência na AAR
34. 29
NHECOLÂNDIA
Itinerário certo para os alunos do C-Exp-OPant, sendo a segunda maior sub-região do
Pantanal, ocupando 19,48% de seu território. Delimitado ao norte pelo Rio Taquari, ao sul pelo
Rio Negro e à leste pelo planalto adjacente da Serra de Maracaju. Geometricamente a área em
questão, está associada a um triângulo isósceles com um lado de 300 km e dois lados com 212
km cada um e possui quase a área atual do Estado do Sergipe. Ficou conhecida como o
ELDORADO DA PECUÁRIA, pois possui características ambientais, ideias para criação
bovina, sendo terras planas, de modo geral de baixa fertilidade e arenosas; precipitações
concentradas nos meses de outubro a março com índices que variam, em média, de 1.000 a
3.000 mm anuais e a enchente de rios não tem influência sobre a pecuária, enchente apenas nas
proximidades. As fazendas são em sua grande maioria interioranas e as pastagens são
abundantes. Em 11 de março de 1880, o cacerense Joaquim Eugênio Gomes da Silva, alcunha
de Nheco, um dos pioneiros desbravadores da região dos pantanais, funda a fazenda Firme, com
176.853ha (8% do território total da Nhecolândia) e seu descendente Augusto César Proença
relata no livro Pantanal, gente, tradição e história: "O local era uma tapera suja de bamburros
e caraguatás. Tinha alguns esteios fincados, cobertos por ervas daninhas, cruzes espalhadas
dentro do capão, cacos de telhas, ossos de animais, pedaços de potes de barros. Tinha também
uma figueira copada no meio do lago macegoso e alagado, ao lado da qual Nheco e os
camaradas fizeram um poço, muito mais tarde durante um período de seca. A história dessa
fazenda começa aqui. Não é história de luta armada para conquista de uma terra. Não é a
história de ambições desmedidas, de mando, de poder, de extermínio. Será mais uma história
de bravura, de desapego ao conforto e à comodidade que as cidades ofereciam àquela época.
Será a história de uma gente simples nos seus dizeres e fazeres. Otimista para enfrentar um
ambiente tão rude e inóspito, distante dos centros civilizados. Será o reencontro com o passado
35. 30
de um povo que soube lutar por uma causa, construir e persistir numa região. A região que se
chamaria Nhecolândia, em homenagem ao seu fundador".
O ambiente é bastante explorado na fase de operações e é um excelente terreno para pôr
em prática os conhecimentos adquiridos durante o curso, como orientação e navegação, além
de proporcionar ao aluno a oportunidade de conhecer de perto uma grande parcela da fauna do
Pantanal.
Turno 12/1 realizando Patrulha na Região da Nhecolândia
Comitiva pantaneira na região da Nhecolândia, retira o gado das
áreas de inundação com a chegada da chuva
36. 31
TRILHA DA CAVEIRA
Localizada na Morraria do Rabichão, possui comprimento de 13,5km que alterna entre
locais de mata fechada, subidas e descidas, clareiras, árvores caídas e trilha semi-limpa. Era
utilizada por fazendeiros da região e atualmente é itinerário certo dos alunos do Curso Expedito
Operações Pantanal. A passagem pela trilha ocorre nos momentos finais do curso e é sagrado
uma foto do turno na área do mangueiral em seu interior. A origem do nome refere-se às
dificuldades do terreno, pois ali, só os fortes sairão.
Trilha da Caveira na Morraria do Rabichão
Foto na clareira conhecida como laje na Trilha da Caveira –
Turno 19/1
TRILHA DA CAVEIRA
37. 32
COMANDANTES DO GPTFNLA/3ºBTLOPRIB DESDE A CRIAÇÃO DO CURSO
a. GptFNLa:
• CF(FN) JOSÉ GUSTAVO POPPE DE FIGUEIREDO - De 23 Fev 89 a 16 Fev 90
• CF(FN) FERNANDO PARODI NETO - De 16 Fev 90 a 14 Jun 91
• CMG(FN) PEDRO MARTINS DE VARGAS FILHO - De 14 Jun 91 a 11 Fev 93
• CF(FN) HELIO DE SOUZA PINGUELLI - De 11 Fev 93 a 14 Fev 95
• CF (FN) JORGE PESSOA TAVARES FIGUEIRA - De 14 Fev 95 a 15 Fev 96
• CMG(FN) JORGE MENDES BENTINHO - De 15 Fev 96 a 20 Fev 97
• CMG(FN) FERNANDO ANTONIO DE SIQUEIRA RIBEIRO - De 20 Fev 97 a 20 Fev 98
• CF(FN) COSME JOSÉ ALVES - De 20 Fev 98 a 22 Fev 99
• CMG(FN) OSWALDO QUEIROZ DE CASTRO - De 22 Fev 99 a 22 Fev 00
• CF(FN) JOSÉ ALVARO DA COSTA DONATO - De 22 Fev 00 a 22 Fev 01
• CF(FN) WALMIR LIMA COSTA - De 22 Fev 01 a 22 Fev 02
• CF(FN) RAIMUNDO LOPES CAMARGOS FILHO - De 22 Fev 02 a 20 Fev 03
• CF(FN) YERSON DE OLIVEIRA NETO - De 20 Fev 03 a 18 Fev 04
• CF(FN) EDSON DA SILVA SOUZA - De 18 Fev 04 a 14 Fev 05
• CF(FN) MARCO AURÉLIO VAZ COSTA - De 14 Fev 05 a 17 Fev 06
• CF(FN) REMYLSON HENRIQUE DE SOUZA LAPORT - De 17 Fev 06 a 16 Fev 07
38. 33
• CF(FN) JONATAS MAGALHÃES PORTO - De 16 Fev 07 a 13 Fev 08
• CF(FN) FRANCISCO ROZENDO DE ANDRADE NETO - De 13 Fev 08 a 12 Fev 09
• CMG(FN) ALVARO FRANCISCO CABRAL BARREIRA - De 12 Fev 09 a 12 Fev 10
• CF(FN) LUIS HENRIQUE ROCHA DE CHADES - De 12 Fev 10 a 11 Fev 11
• CF(FN) FREDERICO ANTONIO KHOURY REBELLO - De 11 Fev 11 a 14 Fev 12
• CF(FN) ANTONIO RICARDO ZANY - De 14 Fev 12 a 01 Fev 13
• CF(FN) MARCELO FREIRE LANZARO - De 01 Fev 13 a 14 Fev 14
• CF(FN) HAROLDO JOSÉ MARTINS BUENO DE PAIVA - De 14 Fev 14 a 10 Fev 15
• CF(FN) FÁBIO MONTENEGRO DELMAS - De 10 Fev 15 a 04 Fev 16
• CF(FN) JOE YUSA - De 04 Fev 16 a 16 Fev 17
• CF(FN) ANDRE DOMINGUEZ FREITAS - De 16 Fev 17 a 20 Fev 18
• CF(FN) CLAUDIO ZUPO VALENTE - De 20 Fev 18 a 22 Fev 19
• CF(FN) ANDERSON VERAS MARQUES – De 22 Fev 19 a 11 Dez 19
b. 3ºBtlOpRib:
• CF(FN)ANDERSON VERAS MARQUES – De 11 Dez 19 a 20 Fev 20
• CF(FN)ALBERTO LUIS DA COSTA SANTOS – ATUAL
39. 34
GALERIA DE COMANDANTES OPERAÇÕES PANTANAL
Poucos tiveram a sorte e a felicidade pessoal de servir neste Batalhão, passar pela forja do Curso
Expedito Operações Pantanal e posteriormente voltar para comandar esta Organização Militar, uma das
mais operativas do País e com os militares mais bem adaptados e capacitados à operar em seu ambiente
operacional, fruto do alto nível que o curso se encontra.
CF(FN) JOE YUSA
Comando: FEV2016 – FEV2017
Turno: 98/1
Número OpPant: 224
40. 35
CF(FN) CLAUDIO ZUPO
VALENTE
Comando: FEV2018 – FEV2019
Turno: 07/1
Número OpPant: 512
CF(FN) ALBERTO LUIS DA
COSTA SANTOS
Comando: ATUAL
Turno: 01/1
Número OpPant: 320
41. 36
ANEXO A: RELAÇÃO DE TODOS OPERAÇÕES PANTANAL
TURNO 89/1
2ºTEN (C-QC-FN) BENJAMIN DA SILVA KUKLINSKI (In Memoriam) Op. Pant. 001
CB-FN-IF NIORO ASSAD Op. Pant. 002
CB-FN-IF RINALDO GRILLO DE SOUZA Op. Pant. 003
SD-FN OCIMAR MENDES DA CUNHA Op. Pant. 004
SD-FN RIALDO FONTES GALLEANO Op. Pant. 005
SD-FN LUIZ AUGUSTO NARCISO Op. Pant. 006
SD-FN WILLIANS COELHO WOUNNSOSCKY Op. Pant. 007
SD-FN CELSO RODRIGUES DA SILVA Op. Pant. 008
SD-FN ALEXANDRE LINO FERREIRA Op. Pant. 009
SD-FN WALTENCIR SAMPAIO DE MIRANDA Op. Pant. 010
SD-FN ADEMAR LEMOS Op. Pant. 011
SD-FN HERLAN RIBEIRO Op. Pant. 012
SD-FN WILSON DA COSTA MONTEIRO Op. Pant. 013
SD-FN OSÓRIO XAVIER JUNIOR Op. Pant. 014
SD-FN IRINEU BENTO GRANCE Op. Pant. 015
SD-FN DIMAS CAVALCANTI DE CARVALHO Op. Pant. 016
SD-FN MARIO MARCIO PAIVA MEDINA Op. Pant. 017
SD-FN JOSÉ ROBERTO FERREIRA Op. Pant. 018
SD-FN JOACYR RAMALHO DE OLIVEIRA Op. Pant. 019
SD-FN JOSÉ PAULO DA SILVA COSTA Op. Pant. 020
42. 37
SD-FN DEGMAR ESCOBAR FERREIRA Op. Pant. 021
SD-FN ELIAS APARECIDO RODRIGUES DE CAMPOS Op. Pant. 022
SD-FN MARCOS CESAR SAMPAIO DE MIRANDA Op. Pant. 023
Turno e equipe de Instrução do Turno 89/1
Turno 89/1 na entrada do então Grupamento de Fuzileiros Navais de
Ladário
44. 39
Convite para formatura da Turma de 89:
“O Comandante do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário sentir-se-á honrado
com a presença de V. Exa
. e Exma
. família à Cerimônia Militar da formatura da TURMA
89 do “ADESTRAMENTO DE OPERAÇÕES PANTANAL.
LOCAL: GRUPAMENTO DE FUZILEIROS NAVAIS DE LADÁRIO
DIA: 01 de dezembro de 1989.
HORA: 10:00 horas”
45. 40
Homenagem da TURMA 89:
“O sol da liberdade que brilhou no céu da Pátria, queremos vê-lo sempre a iluminar os teus lindos
campos, os teus bosques, os teus rios, o teu Pantanal. Por isso nos dispomos a preparar-nos,
técnica, física, profissional e moralmente, para que se a clava forte da Justiça se erguer contra a
mão gentil possamos defende-la e honrá-la aqui, ao teu lado, belo e rico – O PANTANAL.
Pantanal. A tua flora e fauna passamos a conhecer, ao teu clima nos sujeitamos, aos teus rios e
corixos navegamos, o teu povo nós amamos e respeitamos. A você PANTANAL, juramos amar e
defender.”
“ADSUMUS PANTANAL”
47. 42
TURNO 91/1
2ºTEN (QC-FN) ANTONIO ALVES LIMA Op. Pant. 024
2ºSG-FN-IF ONILSON NOGUEIRA DE CAMPOS Op. Pant. 025
3ºSG-FN-IF ANTONIO FERNANDO SABETTI Op. Pant. 026
CB-FN-IF JOSUÉ FRANCISCO DE CAMPOS Op. Pant. 027
SD-FN PAULO CEZAR MARTINS Op. Pant. 028
SD-FN ISABELINO MARTINEZ SOBRINHO Op. Pant. 029
SD-FN JAMIR DA ROSA FILHO (In memoriam) Op. Pant. 030
SD-FN OSVALDINO MASSABI SEVERINO Op. Pant. 031
SD-FN WALLYSTHON LUIZ COELHO WOUNNSOSCKY Op. Pant. 032
SD-FN MARIO NEY DA SILVA OLIVEIRA Op. Pant. 033
SD-FN CARLOS MIRANDA DE OLIVEIRA (In memoriam) Op. Pant. 034
SD-FN MARCELO VELASQUEZ RAMOS Op. Pant. 035
SD-FN JOILSON FERNANDES Op. Pant. 036
SD-FN JOSE ANDRÉ EVANGELISTA Op. Pant. 037
SD-FN ODILSON SILVA DE OLIVEIRA Op. Pant. 038
SD-FN MARCELO SORETZ Op. Pant. 039
SD-FN JOEL FAGUNDES DA SILVA Op. Pant. 040
SD-FN MAURICIO DUARTE TEIXEIRA Op. Pant. 041
SD-FN IRLANDO FERNANDES FILHO Op. Pant. 042
SD-FN GILSON CUNHA DOS SANTOS Op. Pant. 043
SD-FN LUIZ WANDERLEY GAISKI DA FONSECA Op. Pant. 044
SD-FN ANTONIO CARLOS TOLEDO DA CRUZ Op. Pant. 045
SD-FN EVALDO SALLES Op. Pant. 046
48. 43
SD-FN ADMILSON ROSA DO NASCIMENTO Op. Pant. 047
SD-FN CARLOS ALBERTO RODRIGUES DE AMORIM Op. Pant. 048
Cerimonial – Turno 91/1
Turno 91/1 em frente ao “Giz”
49. 44
TURNO 92/1
1ºTEN (FN) ROBERTO MACHADO CARDOSO Op. Pant. 049
2ºTEN (AFN) RICARDO APARECIDO DE SANTANA Op. Pant. 050
2ºTEN RENATO Op. Pant. 051
3ºSG-FN-IF JESUINO DE SOUZA ROCHA Op. Pant. 052
3ºSG MACEDO Op. Pant. 053
3ºSG AMARAL Op. Pant. 054
CB-FN-IF JOBERTH CAVALCANTE DO NASCIMENTO Op. Pant. 055
CB-FN-IF NEY ANTÔNIO DO ESPÍRITO SANTO Op. Pant. 056
CB-FN-IF GONÇALO RODRIGUES FERREIRA Op. Pant. 057
CB-FN-IF DIVINO CRIST RIBEIRO DE SOUZA Op. Pant. 058
SD-FN GENILSON LEMOS TEIXEIRA Op. Pant. 059
SD-FN MÁRIO MÁRCIO BISPO RODRIGUES Op. Pant. 060
SD-FN JOSÉ RICARDO ALVES DE MELO Op. Pant. 061
SD-FN IVANILSON LEMOS VERA Op. Pant. 062
SD-FN GÉRSON LUIZ DOS SANTOS Op. Pant. 063
SD-FN WANDIR PINTO DA SILVA JUNIOR Op. Pant. 064
SD-FN JOSÉ ROBERTO RODRIGUES VEIGA Op. Pant. 065
SD-FN ROBSON DA SILVA SANTOS Op. Pant. 066
SD-FN PEDRO MAURO REGENOLD Op. Pant. 067
SD-FN ADEMILSON SEBASTIÃO ALVES Op. Pant. 068
SD-FN IDENILSO HURTADO DE ANDRADE Op. Pant. 069
SD-FN EDER LÚCIO DELGADO DE MORAES Op. Pant. 070
SD-FN GILSON DIAS DUARTE Op. Pant. 071
SD-FN WILSON ROMERO DA CONCEIÇÃO Op. Pant. 072
50. 45
SD-FN JURANDY LUIZ DE CARVALHO JUNIOR Op. Pant. 073
SD-FN TAYRONE JORGE DE CAMPOS Op. Pant. 074
SD-FN FRANCINAUDO SILVA GONÇALVES Op. Pant. 075
SD-FN JUCINEY MAURO FRANÇA Op. Pant. 076
Turno 92/1 em instrução de obtenção de água e fogo
Turno 92/1 em instrução de eliminação de sentinelas
51. 46
TURNO 93/1
1ºTEN CABRERA Op. Pant. 077
1ºTEN (FN) LUIS MANOEL DE CAMPOS MELLO Op. Pant. 078
1ºTEN (FN) MARCELO GONÇALVES PALMA Op. Pant. 079
2ºTEN (AFN) VANDERLEI FREITAS DA COSTA Op. Pant. 080
2ºTEN LICINIO Op. Pant. 081
2ºTEN CÂNDIDO Op. Pant. 082
2ºSG RENATO Op. Pant. 083
2ºSG VIDAL Op. Pant. 084
2ºSG SALAZAR Op. Pant. 085
2ºSG DA COSTA Op. Pant. 086
2ºSG-FN-IF ENIO MAGALHÃES DE PAIVA Op. Pant. 087
2ºSG-FN-CN ACIDINO MENDES FILHO Op. Pant. 088
2ºSG CÉLIO Op. Pant. 089
CB-FN-EF RAMÃO DAMIÃO BRAGA Op. Pant. 090
SD-FN CABRAL Op. Pant. 091
SD-FN JOSÉ RENATO CAÇÃO Op. Pant. 092
SD-FN EDSON JÚNIOR NEVES LENGRUBER Op. Pant. 093
SD-FN JOELSO DIAS NÓBREGA Op. Pant. 094
SD-FN WILSON DE JESUS BERNARDO LIMA Op. Pant. 095
SD-FN LUIZ HENRIQUE PAREDES MENDES Op. Pant. 096
SD-FN VALDEMIR FLORES VELASQUES Op. Pant. 097
SD-FN ROBERTO DA ANUNCIAÇÃO Op. Pant. 098
SD-FN OSMARCO FARIAS MENDES Op. Pant. 099
SD-FN JAIR RODRIGUES Op. Pant. 100
SD-FN JOSÉ CARLOS FARIAS DE AQUINO Op. Pant. 101
SD-FN EDSON DA SILVA MEIRA Op. Pant. 102
SD-FN MILTON DA COSTA GARCIA Op. Pant. 103
SD-FN REGINALDO DA SILVA CONCEIÇÃO Op. Pant. 104
SD-FN ARNALDO EVANGELISTA JÚNIOR Op. Pant. 105
SD-FN MARCIO TUPINAMBÁ ALVES DE LIMA Op. Pant. 106
52. 47
Turno 93/1 – Consumo de alimento de origem vegetal
Turno 93/1 em instrução de explosivos
53. 48
TURNO 94/1
CT (FN) JOSÉ CALIXTO DOS SANTOS JÚNIOR Op. Pant. 107
2ºTEN (AFN) CLÁUDIO AUGUSTO SATHER SOARES Op. Pant. 108
2ºTEN (AFN) HAMILTON ARAÚJO DO NASCIMENTO Op. Pant. 109
2ºSG-FN-IF EDSON RAMON CASTELO Op. Pant. 110
3ºSG-FN-IF NOREMBERG NATALINO SPÍNDOLA Op. Pant. 111
SD-FN EDNIL COELHO DE ALMEIDA Op. Pant. 112
SD-FN JOÃO BATISTA FRANÇA Op. Pant. 113
SD-FN GILSON DIAS DA MOTA Op. Pant. 114
SD-FN RONIVALDO SIQUEIRA Op. Pant. 115
SD-FN JOILSON DE ARRUDA BRITO Op. Pant. 116
SD-FN MARCELO LOPO Op. Pant. 117
SD-FN SERGIO LISBOA Op. Pant. 118
SD-FN ROGÉRIO DE OLIVEIRA GOMES Op. Pant. 119
SD-FN ADALBERTO DOS SANTOS CARVALHO Op. Pant. 120
SD-FN SIDNEY FRANCO DE CASTRO Op. Pant. 121
SD-FN ROMEU UREY GONZALES Op. Pant. 122
SD-FN CELSO SOARES CASTELO Op. Pant. 123
SD-FN DE OLIVEIRA Op. Pant. 124
SD-FN ALEX SANDRO FONSECA BELTRÃO SILVA Op. Pant. 125
SD-FN HUDSON COELHO VITAL Op. Pant. 126
SD-FN MARCIONEY OJEDA DE MAGALHÃES Op. Pant. 127
SD-FN ROGÉRIO DE ALMEIDA MARINHO Op. Pant. 128
SD-FN UBIRAJARA FEITOSA DO NASCIMENTO Op. Pant. 129
SD-FN LUCIANO MACUELHO DE SOUZA (In Memoriam) Op. Pant. 130
SD-FN ADILSON BILL VEIGA AMARAL Op. Pant. 131
54. 49
SD-FN HERMAN DE MORAES BATISTA Op. Pant. 132
SD-FN GLAUCO TAQUES Op. Pant. 133
SD-FN MARCELO GODOFREDO Op. Pant. 134
Turno 94/1 em frente ao “Giz”
Turno 94/1 – Instrução de Motores de Popa
55. 50
TURNO 95/1
1ºTEN GLADISTONE CORLOTE DOS SANTOS Op. Pant. 135
1ºTEN FERNANDO JAVIER BILBAO ORTEGA Op. Pant. 136
2ºTEN (FN) VICTOR SOUSA ABREU Op. Pant. 137
2ºTEN (AFN) ENNES FERNANDO DA SILVA Op. Pant. 138
2ºTEN ALEXANDRE MELLO PEREIRA Op. Pant. 139
2ºTEN CESAR DO AMARAL SALES Op. Pant. 140
3ºSG-FN AV LUIZ CLÁUDIO DE SOUZA TRINDADE Op. Pant. 141
3ºSG-FN-IF WALNIR DOUGLAS DOS SANTOS Op. Pant. 142
CB-FN-IF MANOEL BARROS DE SANTANA Op. Pant. 143
CB-FN-IF CARLOS LÍDIO PINTO DE ARRUDA Op. Pant. 144
SD-FN ALVINO ROQUE ARRUDA DE OLIVEIRA Op. Pant. 145
SD-FN LUIZ MELCHÍADES DA S. GONÇALVES (In Memoriam) Op. Pant. 146
SD-FN JOILSON ARTEAGA COELHO Op. Pant. 147
SD-FN NATAL ANTUNES CHALEGA Op. Pant. 148
SD-FN ARILSON SILVA DUARTE Op. Pant. 149
SD-FN FRANK OALLANS RODRIGUES IBRAHIM Op. Pant. 150
SD-FN MARCÍLIO ZECHETO Op. Pant. 151
SD-FN PAULO RENATO BARBATO TAFAREL Op. Pant. 152
SD-FN ANDRÉ BADINO COELHO Op. Pant. 153
SD-FN OSWALDO MILITÃO DE OLIVEIRA FILHO Op. Pant. 154
SD-FN CLÁUDIO CESAR SPINDOLA Op. Pant. 155
SD-FN JEAN DA SILVA MEIRA Op. Pant. 156
SD-FN LUIZ HENRIQUE ARANDA BRAGA Op. Pant. 157
SD-FN MARCOS RANGEL NEVES SANABRIA Op. Pant. 158
SD-FN NIVALDO BATISTA GOMES Op. Pant. 159
SD-FN FÉLIX CHAVES CAVALCANTE NETO Op. Pant. 160
SD-FN WAGNER BASUALDO Op. Pant. 161
SD-FN RODINEY JOAQUIM ALVES DE AQUINO Op. Pant. 162
SD-FN JOSÉ CARLOS BATISTA GOMES Op. Pant. 163
SD-FN RONALDO CAMPOS DA SILVA Op. Pant. 164
SD-FN CHRISTIAN DE SOUZA GONÇALVES Op. Pant. 165
87. 82
TURNO 11/1
CAP LÚCIO ARAÚJO AIRES Op. Pant. 617
1ºTEN BRIVALDO LUIZ LOPES SILVA Op. Pant. 618
2ºTEN FELIPE SILVÉRIO BARBOSA Op. Pant. 619
2ºTEN BRYANN IBRAHIM FATTAH Op. Pant. 620
2ºTEN JÚLIO JORGE B. DE CARVALHO NUNES Op. Pant. 621
2ºTen (IM) IGOR C. GONÇALVES DE OLIVEIRA Op. Pant. 622
1ºSG-FN-MU AILSON MUNIZ VIANA Op. Pant. 623
2ºSG-FN-MU EUDES PAULO DE ARAÚJO Op. Pant. 624
2ºSG SILVIO VITORINO DE OLIVEIRA Op. Pant. 625
3ºSG MOACIR SEIXAS SAMPAIO Op. Pant. 626
3ºSG FREED SIQUEIRA DE AZEREDO ANDRÉ Op. Pant. 627
3ºSG BRUNO ALBUQUERQUE CAZUCA (In Memoriam) Op. Pant. 628
3ºSG KLÉBER FRANCO DA SILVA Op. Pant. 629
3ºSG BRUNO DOMINGOS DA SILVA Op. Pant. 630
3ºSG-EP ANTÔNIO LAU DA SILVA FILHO Op. Pant. 631
SD-FN SONY S. OLIVEIRA DA COSTA Op. Pant. 632
SD-FN LUÍS OTÁVIO YOVIO RODRIGUES Op. Pant. 633
SD-FN PAULO CÉSAR O. DOS SANTOS Op. Pant. 634
SD-FN FERNANDO S. VARGAS APONTE Op. Pant. 635
SD-FN RODRIGO A. PONTES DA SILVA Op. Pant. 636
SD-FN LAILSON DE ALMADA SÁ Op. Pant. 637
SD-FN ALEXANDRE DOS SANTOS TORRES Op. Pant. 638
SD-FN ANDRÉ LUIS BRAGA SANTOS Op. Pant. 639
SD-FN DAVID DENIS DA SILVA DA COSTA Op. Pant. 640
88. 83
Turno 11/1 – Instrução na Pista de Sobrevivência
Turno 11/1 em instrução de confecção de peçonha no Tanque Tático
89. 84
TURNO 12/1
1ºSG ANTONIO J. DE ANDRADE BRAGA Op. Pant. 641
3ºSG HEVERTON LUIS DA SILVA VIEIRA Op. Pant. 642
3ºSG-FN-IF ROGERIO VERAS PEREIRA Op. Pant. 643
3ºSG-FN-EF LUIZ GUSTAVO RAMOS CORDEIRO Op. Pant. 644
3ºSG EMANUEL LIMA BOBADILHA Op. Pant. 645
3ºSG YURI FERREIRA DE ARAÚJO Op. Pant. 646
CB-FN-MO GLEDSON SOARES PEREIRA Op. Pant. 647
CB-FN-MO RENAN DA SILVA FERREIRA Op. Pant. 648
SD-FN MUNYR LUNA BARION Op. Pant. 649
SD-FN JOSÉ DE NAZARÉ CUNHA ARAÚJO Op. Pant. 650
MN-QPA GUSTAVO DOS SANTOS VIEIRA Op. Pant. 651
SD-FN BRUNO SILVA ROMUALDO Op. Pant. 652
SD-FN IGOR ARAUJO SILVA DE JESUS Op. Pant. 653
SD-FN LUIMAR DE FARIAS SOARES Op. Pant. 654
SD-FN JANIEL LOURENÇO DA SILVA Op. Pant. 655
SD-FN MAYLSON M. SANTOS DA SILVA Op. Pant. 656
SD-FN VINÍCIUS HELENO DE FRANÇA Op. Pant. 657
SD-FN IVAN PUCK NOGUEIRA Op. Pant. 658
SD-FN WIGLISON Z. BARBOSA MOREIRA Op. Pant. 659
SD-FN LUIZ HENRIQUE LEITE DA SILVA Op. Pant. 660
SD-FN MARKSON R. SILVA DOS SANTOS Op. Pant. 661
SD-FN VILMAR ELIAS FONSECA SANTOS Op. Pant. 662
SD-FN ROBERTO ALEXANDRE DA SILVA Op. Pant. 663
SD-FN JOFFER DUARTE TORRES Op. Pant. 664
SD-FN CARLOS E. REZENDE MELO Op. Pant. 665
95. 90
TURNO 15/1
ASP DEMÉTRIO GOMES DE JESUS (In Memoriam) Op. Pant. 707
ASP ERNILSON RODRIGUES GOMES Op. Pant. 708
1ºSG-FN-MO DIORGE FERREIRA DE ARAÚJO Op. Pant. 709
2ºSG-AV-MV EDILSON MAICÁ Op. Pant. 710
SG WILSON BERNARDO SANABRIA OZUNA Op. Pant. 711
3ºSG-FN-EF RONALDO DUTRA GOMES Op. Pant. 712
CB-FN-IF ICARO GONÇALVES LACÉ Op. Pant. 713
CB-FN-IF DOUGLAS DA SILVA CABRAL CARDOSO Op. Pant. 714
CB-FN-IF LEANDRO BENITEZ DA SILVA Op. Pant. 715
CB-ES FÁBIO SEVERIANO DOS SANTOS Op. Pant. 716
CB-FN-IF THELIO TRINDADE DE MORAES Op. Pant. 717
SD-FN JEFFERSON DOUGLAS OLIVEIRA DOS SANTOS Op. Pant. 718
SD-FN LEVI ISMAEL DE ARRUDA PINTO Op. Pant. 719
SD-FN VINICIUS SILVA DA COSTA Op. Pant. 720
SD-FN JEFFERSON CRISPINIANO DA CUNHA Op. Pant. 721
SD-FN RODOLFO DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA Op. Pant. 722
SD-FN LUIZ DAS NEVES PINTO NETO Op. Pant. 723
SD-FN EDERSON LIMA DE CARVALHO Op. Pant. 724
SD-FN ALEF MOACIR MARTINS SILVA Op. Pant. 725
SD-FN PAULO VICTOR GONÇALVES ASSUNÇÃO Op. Pant. 726
SD-FN JONATHAN FERREIRA ORTIZ Op. Pant. 727
SD-FN ROBERTO GYL BASTOS DE SOUZA Op. Pant. 728
SD-FN JOÃO LUCAS DE ABREU CARVALHO Op. Pant. 729
SD-FN MAX ANDERSON DA SILVA TARGINO Op. Pant. 730
SD-FN JOÃO PEDRO DE FREITAS LIMA Op. Pant. 731
96. 91
O Tanque Tático é uma sala de aula – Turno 15/1
O Operações Pantanal domina o ambiente aquático – Turno 15/1
97. 92
TURNO 16/1
3ºSG-FN-MU ALAN FLÁVIO LIMA CHAVES Op. Pant. 732
3ºSG WAGNER DIAS MARTINS FILHO Op. Pant. 733
CB-FN-CN GIORGIO RODRIGO MOUTINHO DE ARAÚJO Op. Pant. 734
CB-FN-IF EDUARDO ALEXANDRE O. SANTANA Op. Pant. 735
CB-FN-IF JONATHAN ARANDA DA SILVA Op. Pant. 736
SD-FN LUCAS SANTOS DIAS Op. Pant. 737
SD-FN PEDRO HENRIQUE AZEVEDO MARTINS Op. Pant. 738
SD-FN CAIQUE RICARDO SILVA FIQUEIREDO Op. Pant. 739
SD-FN CARLOS GOMES DA SILVA BASSANI Op. Pant. 740
SD-FN LUIZ FELIPE MOES SERAFIM CALIXTO Op. Pant. 741
SD-FN KELSON DE PAULA OLIVEIRA Op. Pant. 742
SD-FN LUCIANO COSTA DOS SANTOS Op. Pant. 743
SD-FN JULIO EDUARDO ARAÚJO ROMAN Op. Pant. 744
SD-FN WILLIAN DA SILVA VICTÓRIO Op. Pant. 745
SD-FN OEBERTON DOS SANTOS SOARES Op. Pant. 746
SD-FN CLEYTON NUNES DA SILVA Op. Pant. 747
SD-FN JORDEMAR VILAS VIEIRA Op. Pant. 748
SD-FN RUHAN CHAVES BUENO Op. Pant. 749
SD-FN DIONE SANTANA RAMOS Op. Pant. 750
SD-FN GABRIEL CÉZAR DE ANDRADE DUARTE Op. Pant. 751
SD-FN CHRISTIAN DOS SANTOS BISPO Op. Pant. 752
SD-FN LUÃ MATHEUS DUARTE DOS SANTOS Op. Pant. 753
ALF GUIDO PACO CALSINA Op. Pant. 754
SG ELUIS BRIAN YUJRA MANZANEDA Op. Pant. 755
98. 93
Turno 16/1 em instrução
Instrução de tratamento, manejo e transporte de vítimas em combate –
Turno 16/1
99. 94
TURNO 17/1
2ºSG KLEBER MARTINS Op. Pant. 756
3ºSG DANIEL SOARES PINTO Op. Pant. 757
AGENTE ABNER FELIPE DINIZ COSTA Op. Pant. 758
CB-FN-IF VAGNER PAIXÃO SANTOS Op. Pant. 759
CB-FN-IF EVERSON SANTIAGO DE AQUINO Op. Pant. 760
SD-FN LUCAS DA SILVA COSTA Op. Pant. 761
SD-FN MIKE VARGAS DA SILVA Op. Pant. 762
SD-FN ODIVALDO VIEIRA SOARES Op. Pant. 763
SD-FN VICTOR GUIMARÃES FEITOSA Op. Pant. 764
SD-FN WESLEY SOARES PEIXOTO Op. Pant. 765
SD-FN WILLIANS PEREIRA TARDIVO Op. Pant. 766
SD-FN WEBERSON SOARES DE ARRUDA Op. Pant. 767
SD-FN ALFREDO FERREIRA DA SILVA Op. Pant. 768
SD-FN JOSE FRANCISCO FELIX N. NETO Op. Pant. 769
SD-FN LUCAS NETO GOMES DA SILVA Op. Pant. 770
MN-QPA GABRIEL KNAUF NEVES Op. Pant. 771
Turno 17/1 confeccionando caixão de areia