SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 83
Baixar para ler offline
00045

BENETTI 140 ANOS: EXCELÊNCIA ITALIANA

ISSN 1980-9794

EXPEDIÇÃO ORIENTE
BENETTI 140 ANOS

PRAZER,
GLAMOUR
E AVENTURA

9 771980 97 903 7

00040

9 771980 97903 7

NAVEGAR É PRECISO

NAVEGAR É PRECISO

TODAS AS EMOÇÕES A BORDO
DOS VELEIROS

PERFIL NUMARINE

PERFIL NUMARINE

O TINO TURCO
PARA NAVEGAÇÃO

ANO 08

E MAIS, NA SEÇÃO PERFIL, 4 EMBARCAÇÕES:

N°40
2013

COLUNNA 285

CORSAIR 32

TRITON 345

FLY 420 VIRTESS
Editorial

Experimente

A

imagem de um veleiro, real – navegando ou
ancorado – ou mesmo emoldurada numa bela
foto ou quadro, remete-nos imediatamente a um
universo de paz e liberdade. Foi exatamente esse
o universo que vivenciamos durante os trabalhos
dessa edição da Perfil Náutico, procurando levar a você leitor
todas as emoções de velejar. É claro que essas sensações só
podem ser sentidas estando a bordo de um veleiro. Por isso,
para quem pretende ter um veleiro, nossa dica é experimentar o
máximo possível até decidir qual o melhor barco para você e ter
bons motivos para tirar o veleiro da parede.
Velejar é, talvez, a palavra mais comum entre os integrantes
da Família Schurmann. Em uma reportagem especial eles nos
contam tudo sobre a próxima aventura: a Expedição Oriente,
a bordo do veleiro Kat. Para inspirar ainda mais, fomos conferir
os preparativos da Rolex Ilhabela Sailing Week, a semana de vela
que completa quatro décadas em Ilhabela. Como ninguém é de
ferro, aproveitamos para dar uma esticadinha até o interior de
São Paulo, em São Luiz do Paraitinga, uma cidade que reaparece
no cenário turístico depois de ser abalada pelas águas das chuvas
e pelos desmoronamentos.
Do Mundo Náutico trazemos a cobertura do aniversário de
140 anos da Benetti, a movimentação do Nordeste Motorshow
no Recife (PE), o fim de semana de gala Ferretti Weekend e uma
curiosidade: grandes clubes de futebol que surgiram na água,
com as regatas de remo.
Na seção Perfil, duas embarcações brasileiras, Colunna 285 e
Triton 345, e duas estrangeiras, Chris-Craft Corsair 32 e Bavaria
Fly 420 Virtess. Visitamos também o estaleiro Numarine em
sua sede asiática com vista para a Europa. As dependências da
Numarine na Turquia são como mergulhos numa cultura náutica
rica e profunda.

CONSELHO DIRETOR
Aldo Alfredo Malucelli aldo@grupocanal.com.br
Carlos Alberto Gomes carlos@grupocanal.com.br
José “Juca“ Kulling jose.juca@grupocanal.com.br
Luiz Alfredo Malucelli luiz@grupocanal.com.br
DEPTO. DE JORNALISMO

EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcelo Fabiani (Buda)

marcelo.buda@grupocanal.com.br

DRT-PR / 6633
REDAÇÃO Leo Suzuki

leonardo.suzuki@grupocanal.com.br
EDIÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO
REVISÃO

DRT-PR / 8276
Lumen Design
(Lais Glück)
João Batista Ribeiro

COLABORAM NESSA EDIÇÃO
Alisson Diniz, Amanda Kasecker, Família Muller, Guilherme Aquino,
Ilza Vinagre, Jorge Nasseh, Kos Evans, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella
Malucelli, Thais Zago.
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Gráfica Monalisa
DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA
FC Comercial Distribuidora Ltda.
CENTRAL DE PUBLICIDADE
COMERCIAL comercial@grupocanal.com.br
(41) 3331 8300
JOSÉ “JUCA” KOLLING jose.juca@grupocanal.com.br

Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho,
82.110-040, Curitiba - PR.
Fone (41) 3331 8300
Fax (41) 3331 8305

Revista Perfil Náutico
Rádio Mix Curitiba - 91,3 MHz
91 Rock Web www.91rock.com.br
Artigos assinados não representam
necessariamente a opinião da revista.
As imagens sem créditos foram
fornecidas para divulgação.
Revista Perfil Náutico, ano 8, no 40, é uma publicação
da Editoral CANAL/mid, divisão de mídia
do Grupo CANAL/com. Todos os direitos reservados.
FALE COM A GENTE
redacao@perfilnautico.com.br

Bons ventos, boa leitura
Marcelo Buda

CANAL TÉCNICO
Envie sua pergunta para
canaltecnico@perfilnautico.com.br
ASSINATURA
assinatura@perfilnautico.com.br
PERFIL NÁUTICO NA INTERNET
www.perfilnautico.com.br

8  PERFILNÁUTICO
Índice
CANAL
12
64
74
78

LEITOR
NÁUTICO
DÉCOR
CONSTRUTOR

MUNDO NÁUTICO
22 Aniversário Benetti

Estaleiro italiano comemora 140 anos

28 Nordeste Motorshow
Setor náutico ganha espaço
no Recife (PE)

32 Clubes de regatas e futebol

CAPA
46

Navegar é preciso
Prazeres e emoções
a bordo de veleiros

PERFIL
81

Colunna 285

89

Corsair 32

97

Triton 345

105

Fly 420 Virtess

113

Numarine

A origem de grandes times
foi no remo

Projeto exclusivo do estaleiro, a
pedido dos clientes

38 Ferretti Weekend

Um fim de semana de gala
para privilegiados

NESTA EDIÇÃO
14

Lancha clássica da americana
Chris-Craft é repaginada

NEWS

Novidades do segmento náutico

122 eSTILO

Personalidade e bom gosto

124 Expedição Oriente

Novidade da Way Brasil, para
famílias exigentes

A nova aventura
da Família Schurmann

130 Rolex Ilhabela Sailing Week
Quatro décadas de vela
no litoral paulista

136 esporte

Luxo alemão da Bavaria navegando
em águas brasileiras

Competições na água esquentaram
o início do ano

142 Turismo

São Luiz do Paraitinga

148 PLANETA ÁGUA

Para limpar o plástico dos oceanos

150 GOURMET

Bacalhau como se faz na fazenda

10  PERFILNÁUTICO

Estaleiro turco prepara-se para o
futuro, também no Brasil
Canal do Leitor

CAPA
Sem falar de sua potência nas
águas. Um sonho de consumo.
Alexandre Rocha Granato

Muito interessante a relação de custo e benefício proporcionada
pelas embarcações de 35 e 36 pés mostradas na matéria. Quase um
manual, com sete opções incríveis para quem deseja comprar ou
trocar de barco. Denis Alencar

Parabéns pela última edição.
É realmente um prazer ver a
qualidade editorial da revista.
Sucesso a todos!

Sou fascinada por mergulho
e me identifiquei muito com a
matéria nas Ilhas Maldivas. O
fundo do mar é um universo
maravilhoso. As imagens estão
belíssimas!
Thais Branco

Felipe Furquim (CEO da loja de
equipamentos náuticos Regatta)

Ótimas informações sobre o
Salão Náutico de Istambul.
Fiquei curioso sobre o iate de 78
pés da Numarine e encantado
com os detalhes dos barcos
estilo vintage lá expostos.
Marcelo de Melo Pereira

Parabéns aos nossos bravos
guerreiros Beto Pandiani e Igor
Bely. Percorrer 5 mil milhas
náuticas em um catamarã sem
cabine não é para qualquer um.
Embarquei nessa travessia junto
com eles, acompanhando pelo
Tumblr. Foi de arrepiar!
Paula Ferreira Martins

Um verdadeiro espetáculo essa
540 Sundancer, da Sea Ray, com
design clean e contemporâneo.

Acho que o governo brasileiro
não tem de pensar duas vezes
para implantar essa política de
pagar pelo consumo individual
da água. A falta de água é
realidade em todo o mundo e
precisamos nos conscientizar.
Pablo Cavalcanti

FALE CONOSCO
Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redacao@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br.
As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do
espaço disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações.

12  PERFILNÁUTICO
News

armada é first no brasil
A First Yacht e o estaleiro catarinense
Armada agora são parceiros
comerciais. As lanchas Armada, de
30 a 44 pés, passam a ser vendidas
com exclusividade por intermédio
dos representantes da First Yacht,
em toda a costa brasileira. Por meio
dessa operação, o estaleiro pretende
reforçar a sua presença nas várias
regiões brasileiras, especialmente nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Bahia e na Região Sul. A First Yacht
já tem em seu portfólio as renomadas
marcas italianas Azimut Yachts e
Atlantis e passa agora a atender a
Armada para todo o Brasil.
Armada 300M Cabrio

UM GIGANTE DA AZIMUT

Design de Stefano Righini e decoração de Carlo Galeazzi
A Azimut Grande 100 foi o maior
barco em exposição no Rio Boat
Show 2013. O estaleiro italiano
com sede no Brasil, em Itajaí (SC),
apresentou oito embarcações de
suas prestigiadas marcas
no evento.

14  PERFILNÁUTICO

A Azimut Grande 100 é um
iate de 31 metros que integra
a linha de megaiates Benetti/
Azimut Grande. Desenhado por
Stefano Righini e com os arranjos
interiores de Carlo Galeazzi,
reflete uma personalidade única

e dinâmica, marca registrada da
coleção dos megaiates planantes do
grupo Azimut Benetti.
Outras duas embarcações da Azimut
estavam entre as maiores da feira: a
Azimut 88 e a Azimut 82.
News

RIO BOAT SHOW 2013
A organização da 16ª edição
do Rio Boat Show, evento
encerrado no dia 1º de maio,
divulgou o balanço geral
do salão. Segundo os dados
divulgados, um total de R$ 276
milhões foi gerado em negócios.
Realizada no Píer Mauá, a
feira contou com cerca de 130
expositores e aproximadamente
230 barcos expostos, no mar e
em terra firme. As tradicionais
palestras também fizeram parte
da programação. Pela primeira
vez o salão teve um pavilhão
dedicado exclusivamente a
empresas americanas, como
estaleiros e fabricantes de
equipamentos náuticos.
R$ 276 milhões em negócios

FS YACHTS
COMEMORA
VENDAS
Representante da Região Sul
do país, o estaleiro catarinense
FS Yachts comemorou a venda
recorde de embarcações no Rio
Boat Show 2013: foram 52 lanchas
vendidas durante os sete dias de
feira. Renato Gonçalves, diretor
comercial do estaleiro, falou que
lançamento da FS 180 superou as
expectativas, com 18 unidades
vendidas. A FS Yachts lançará
uma lancha de 27 pés ao fim deste
ano e pretende expandir sua rede
de revendedores agora para as
Regiões Norte e Nordeste
do Brasil.

16  PERFILNÁUTICO

52 lanchas vendidas no RBS
News

DE BARRA BONITA A TRÊS LAGOAS

Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná: 14 dias, 12 cidades
Em julho acontece a quarta
edição do Cruzeiro Hidrovia
Tietê-Paraná, organizado
pela Associação Brasileira
de Velejadores de Cruzeiro –
ABVC. O passeio de 14 dias tem
o objetivo de levar adultos e
jovens para uma experiência
cultural única e enriquecedora,

conhecendo de um ponto de vista
diferente, pelo rio, os atrativos
turísticos das cidades ribeirinhas,
seus costumes e folclores, sabores
coloniais e sua importância
histórica. A flotilha passará
por 12 cidades, entre clubes
náuticos, marinas, condomínios
e atracadouros públicos. Em

cada parada será oferecida uma
palestra a toda a comunidade ou
aos seus associados, demonstrando
o potencial turístico fluvial da
hidrovia e suas belezas. A largada
será no dia 6 de julho, em Barra
Bonita (SP) e a chegada no dia 20
de julho na cidade de Três Lagoas,
já no Mato Grosso do Sul.

CINEMA NACIONAL EM CRUZEIRO
O navio MSC Orchestra será
cenário para o longa-metragem
S.O.S – Mulheres ao Mar, filme
que contará com a presença de
Giovanna Antonelli, Reynaldo
Gianecchini, Thalita Carauta. A
equipe embarcou para a Itália,
onde serão gravadas as cenas
em terra, e na sequência fará
a gravação do material em um
cruzeiro pelo Mediterrâneo.
O MSC Orchestra, que
estará no Brasil a partir de
novembro, tem capacidade
para 3.223 hóspedes e conta
com 16 andares. As gravações
ocorrerão nos bares, na
discoteca, no teatro e em um
dos cinco restaurantes.

18  PERFILNÁUTICO

As filmagens acontecem no MSC Orchestra
News

VIP EM MIAMI

Mimos exclusivos para hóspedes
O W South Beach Hotel &
Residences, em Miami, Flórida,
escolheu a dedo 26 das suas mais
exclusivas suítes e elevou-as a
outro nível. Agora, os hóspedes
que reservarem sua estadia em
uma das suítes vips do

W South Beach irão desfrutar de
vários serviços e mimos exclusivos,
incluindo um serviço dedicado de
concierge vip, o W Insider – que está
por dentro de tudo o que acontece
no hotel e na cidade e pode fazer
reservas nos restaurantes, boates

JULHO NA
PATAGÔNIA ARGENTINA

Geleira de Perito Moreno, em El Calafate

20  PERFILNÁUTICO

e eventos mais badalados, alugar
barcos para passeios e providenciar
qualquer outro desejo
do hóspede.

Mais informações:
www.wsouthbeach.com/vip-suites.

Um dos destinos mais exóticos
de toda América, a belíssima
Patagônia Argentina, conhecida
pelos experts em viagens como
o Himalaia da América do
Sul, é a dica para as férias de
julho. Entre as atrações para os
turistas estão a incrível geleira
de Perito Moreno, localizada em
El Calafate. O famoso glaciar
é conhecido pelo espetáculo
oferecido pela mãe natureza,
onde os blocos de gelo se
rompem e despencam sobre
os lagos de cor azul-turquesa.
Em Ushuaia os viajantes terão
a oportunidade de conhecer
o magnífico Parque Nacional
Tierra del Fuego.

Mais informações:
FREEWAY: www.freeway.tur.br
MUNDO NÁUTICO

benetti 140 anos

Excelência italiana
Um dos mais antigos construtores de iates de luxo a motor do mundo,
o estaleiro Benetti, está celebrando 140 anos de existência
Por Alisson Diniz

22  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

23
MUNDO NÁUTICO

benetti 140 anos

Uma história que começou em 1873 com o veleiro Barcobestia

A

empresa fundada
por Lorenzo
Benetti, hoje
uma das mais
famosas e bem
conceituadas do mundo, começou
construindo barcos de madeira
usados para transporte e comércio
internacional. Isso lá pelos idos
de 1873, na cidade de Viareggio
na Itália, onde Lorenzo abriu seu
primeiro estaleiro e construiu o
veleiro “Barcobestia", usado para
o transporte local e internacional.
Depois da morte de Lorenzo,

A BENETTI FOI A
PRIMEIRA A PERCEBER
O POTENCIAL
DE MATERIAIS
COMPOSTOS PARA A
CONSTRUÇÃO DE IATES
seus dois filhos, Gino e Emilio
assumiram a gestão do estaleiro.
Eles mudaram seu nome para

Projetistas do passado, olhando para o futuro

24  PERFILNÁUTICO

Valores tradicionais e tecnologia avançada
Fratelli Benetti e rapidamente
construíram e consolidaram uma
reputação de construtores de veleiros
comerciais que se estendeu muito
além do Mediterrâneo. Mas o século
20 foi um período de turbulência,
agitação e revolução tecnológica.
Após a Segunda Guerra Mundial,
as embarcações à vela comerciais
construídas com madeira começaram
a ficar obsoletas. A Fratelli Benetti
poderia tornar-se uma raridade
industrial ou desaparecer. Em vez
disso, ela foi adaptada aos tempos,
mudou de direção e começou a

Lorenzo Benetti

produzir embarcações de recreio
de aço.
Depois de abandonar a madeira, o
estaleiro Benetti foi o primeiro a
perceber o potencial de materiais
compostos para a produção de iates
e, no início dos anos 1960, iniciou
a transição de barcos de metal para
de aço e de alumínio e os primeiros
iates de luxo começaram a ser
produzidos, sendo o Nabila um dos
mais famosos, com 86 metros de
comprimento.

Atualmente é sinônimo de tradição
e inovação, estilo e qualidade,
adjetivos que moldam a missão e
a cultura da empresa. Tudo para
satisfazer as necessidades cada vez
mais complexas dos mais exigentes
proprietários em todo o mundo.
"Este ano não é apenas o 140º
aniversário do Benetti, é também
o 10º aniversário da aquisição do
Estaleiro Livorno”, comenta Ing
Vincenzo Poerio – CEO da Benetti.

“Nós planejamos um calendário
extenso de eventos que culminaram
em junho em Portofino com um
exclusivo fim de semana junto
com os nossos clientes de todo o
mundo. Proprietários que não vêm
até nós para comprar um iate que
está pronto, mas para construir um
junto conosco, a fim de expressar
plenamente a sua personalidade e
viver um verdadeiro relacionamento
com o mar.”

GRUPO AZIMUT BENETTI
Em 1985 a Benetti sofre uma
grande alteração. O construtor de
barcos Azimut Yachts adquiriu o
estaleiro naval, trouxe uma nova
gestão e transformou a Benetti,
modernizando-a e introduzindo
a tecnologia avançada que
conhecemos hoje. A Benetti tornouse um estaleiro prospectivo e
inovador, mas que mantém seus
valores tradicionais de experiência,
habilidade e uma paixão por um
bom artesanato.

Em 1979 o megaiate Nabila é lançado

PERFILNÁUTICO 

25
MUNDO NÁUTICO

benetti 140 anos

Com o maior crescimento entre
todos os outros concorrentes de
megaiates, a Benetti é um ícone de
elegância incomparável focada na
combinação de design atemporal,
de classe mundial, qualidade e
atenção aos detalhes. Cada iate
Benetti oferece personalização.
Ao longo dos anos o estaleiro
cresceu e mudou, não seguindo,
mas antecipando os tempos. A
Benetti produz iates que estão
bem estabelecidos e à altura da
excelência italiana: elegantes,
exclusivos e extremamente bem
trabalhados. “Os clientes que se
aproximam de nós com ideias e
expectativas são como um desafio
e um estímulo contínuo”, diz
Vincenzo Poerio. “Nossa missão é
fazer todos os detalhes perfeitos,
sem concessões ao compromisso,
seu sucesso se torna nosso. Este
nível de qualidade e paixão é nosso
único caminho para os próximos
140 anos de sucesso.”
Com 140 anos de história, o
estaleiro Benetti tem cerca de
300 modelos barcos construídos,

Uma das fábricas da Benetti na Itália, em Darsena

BENETTI DO FUTURO
Como parte das comemorações
dos 140 anos a Benetti apresentou
projetos de barcos para os
próximos dez anos. O Design
Innovation Benetti envolveu
designers de renome internacional,
a fim de criar novos conceitos
para barcos personalizados de
50 a 90 metros. No total, 27 estão

sendo apresentados, são expoentes
da singularidade da Benetti com
um olho para o futuro. O iate Jolly
Roger de 65 metros, desenhado por
Ludovica e Roberto Palomba, é um
dos projetos mais inovadores, com
um visual dinâmico e elegante. Os
deques são apoiados por um sistema
que permite o uso de grandes
janelas, reinterpretando o elemento
de poder típico da Benetti.

140 ANOS DE
HISTÓRIA E CERCA
DE 300 MODELOS
CONSTRUÍDOS
instalações que cobrem mais de
300 mil metros quadrados em
seis estaleiros localizados na
Itália. São 34 iates em construção
no momento, incluindo um
megaiate de 90 metros. Estes
fatos e números demonstram de
forma inequívoca a dinâmica de
crescimento e o perfil dos clientes
da Benetti, o que dá confiança
irrestrita à marca.

26  PERFILNÁUTICO

Iate Jolly Roger, desenhado por Ludovica e Roberto Palomba
MUNDO NÁUTICO

nordeste motorshow

Espaço na feira dedicado ao segmento náutico foi novidade para a região

SUCESSO EM SUA
PRIMEIRA EDIÇÃO
Em quatro dias de feira, o Nordeste Motorshow, salão internacional de
veículos de duas e quatro rodas e náutico, atraiu mais de 41 mil pessoas

A
Por Leo Suzuki

primeira edição
do Nordeste
MotorShow
foi sucesso de
público e de
negócios em
todos os setores. Mais de 41.200
pessoas passaram pelo Centro de
Convenções de Pernambuco, em
Olinda, durante os quatro dias de
feira – de 25 a 28 de abril deste ano.
O salão internacional de veículos
de duas rodas, quatro rodas e

28  PERFILNÁUTICO

MAIS DE 41 mil
PESSOAS PASSARAM
PELO CENTRO DE
CONVENÇÕES DE
PERNAMBUCO, EM
OLINDA

náutico consolidou Pernambuco
na rota das grandes feiras
internacionais.
O segmento náutico foi uma
grande novidade para a região,
expandindo o público e atraindo
novos olhares para o setor que só
faz crescer no Nordeste, a exemplo
de outras regiões do Brasil.
A área destinada aos barcos e seus
acessórios foi responsável por
cerca de 15% do público presente
no evento, segundo a organização.

“Reunimos todas as tendências
em um só lugar”, disse o diretor
da Nordeste MotorShow, Rodrigo
Rumi. “Os mercados dos setores
expostos no evento estarão
aquecidos nos próximos meses e
por se tratar da primeira edição
acreditamos que abrimos uma
excelente plataforma de vendas.”
Ao todo, oito expositores do setor
náutico estiveram presentes no
evento: os estaleiros Atymar,
Ecomariner, Fibrasmar e Royal
Mariner; as lojas Centro Náutico
Nordeste, Da Fonte Náutica e
Shark Boats; e a marina Porto do
Mar. Os estaleiros Ecomariner
e Royal Mariner fizeram um
balanço bastante positivo e
já confirmaram presença na
próxima edição da feira. “Foi
um sucesso”, disse Rodrigo
Cardoso, da Ecomariner. “Um
evento muito produtivo que

PERFILNÁUTICO 

29
MUNDO NÁUTICO

nordeste motorshow
movimentou o mercado náutico com
certeza.” De acordo com Vinícius
Rangel, gerente comercial da
Fibrasmar, o Nordeste MotorShow veio
confirmar o crescimento do mercado
náutico na região. “Além de possibilitar
um aumento nas vendas, em um
período em que a sazonalidade reduz a
demanda.”
No segmento quatro rodas, o estande
da Chevrolet foi um dos que mais
chamaram a atenção do público. Além

AO TODO, OITO
EXPOSITORES DO SETOR
NÁUTICO ESTIVERAM
PRESENTES NO EVENTO
de exibir o popular Camaro amarelo, a
montadora promoveu um show ao vivo
com três cantores e dançarinos.
A montadora Volkswagen trouxe para
o Nordeste MotorShow alguns de seus
modelos com o intuito de dar mais
visibilidade à marca, como a Amarok,
o Fusca e a Tiguan. A participação
da JAC Motors no evento também
foi bastante satisfatória, destacando
no estande o J2 — que, com quatro
meses de lançamento, está entre os
carros importados mais vendidos
do Brasil. A Citroën levou para o
Nordeste MotorShow o DS5. A BMW
participou do evento representada pela
Plena Comércio de Veículos Ltda. e
comemorou o sucesso obtido.
O salão foi organizado pela Reed
Exhibitions Alcantara Machado e a
segunda edição já tem data prevista
para acontecer em 2014, entre 24 e 27 de
abril. “Além das marcas presentes neste
ano, novos expositores já reservam
espaço no salão”, disse o gerente do
evento, Diego Montenegro.

30  PERFILNÁUTICO
MUNDO NÁUTICO

clubes de regatas e futebol

chutes e
remadas

Entre os 20 clubes que disputam a
série A do Campeonato Brasileiro,
quatro deles nasceram do remo, um
outro, por exemplo, sofreu forte
influência do remo em seu escudo,
o Corinthians. Flamengo, Botafogo,
Vasco da Gama e Náutico, antes de
calçarem chuteiras e marcarem seus
primeiros gols, surgiram de fortes
remadas e disputadas regatas.
Assim como o futebol, o remo
também foi trazido da Europa para
o Brasil, neste caso por um grupo
de imigrantes alemães, em 1880.
Com a chegada de Miller, muitas
dessas agremiações de regatas
aderiram à novidade do esporte
bretão e passaram a montar equipes
de futebol. O Flamengo, tradicional
clube de regatas, que em 1900
conquistou a regata que comemorava
o quadricentenário do descobrimento
do Brasil e levou para sua galeria o
Troféu Jarra Tropon, sua primeira
grande conquista internacional,

passou a manter um time de
futebol, assim como outros
clubes que se dividiram entre o
popular remo e o novo esporte. A
popularidade inverteu-se e o futebol
ganhou proporções que nem Charles
Miller poderia imaginar. A rivalidade

ENTRE OS 20 CLUBES
QUE DISPUTAM
A SÉRIE A DO
CAMPEONATO
BRASILEIRO, QUATRO
DELES NASCERAM
DO REMO
de alguns clubes, como dos cariocas
Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo,
passou das raias para os gramados.

Antes de brilharem nos gramados, alguns clubes brasileiros
de futebol iniciaram na água, como clubes de regatas
Por Alisson Diniz

E

m maio começou o campeonato
brasileiro de futebol. Até o final
do ano 20 clubes disputam
o título de melhor time do
esporte mais popular do Brasil
em 2013. O que nem todo mundo sabe é que
alguns desses clubes brasileiros, em sua
origem ou em registros históricos, tiveram
outro esporte, bem menos popular, como
a principal atração esportiva entre seus
associados e torcedores: o remo.

32  PERFILNÁUTICO

A mudança na preferência dos brasileiros
começou quando Charles Miller
desembarcou no Brasil em 18 de fevereiro
de 1894, depois de um período de estudos
na Inglaterra. Ele trouxe na bagagem duas
bolas de futebol, um livro de regras e uma
bomba para encher bolas. Clubes náuticos
espalhavam-se pelo Brasil e Charles mal
sabia que transformaria os costumes e a
cultura de um país.

Equipe de remo do Vasco da Gama de 1951

PERFILNÁUTICO 

33
MUNDO NÁUTICO

clubes de regatas e futebol

das raias para os estádios
Botafogo

FLAMENGO

VASCO

NáUTICO

O Botafogo foi o primeiro
clube, dentre os que disputam o
Brasileirão, a começar sua história
gloriosa como clube de regatas. Num
encontro entre 16 homens no primeiro dia
de julho de 1894, nascia o Club de Regatas
Botafogo. Entre as lendas do clube, que
teve os futebolistas Garrincha, Zagallo e
Jairzinho, está a embarcação Diva, vencedora
em todas as 22 regatas que disputou. Os
primeiros chutes começaram em outro
clube, o Botafogo Football Club, fundado em
1904. Somente no dia 8 de dezembro de 1942
houve a fusão do Club de Regatas Botafogo
e do Botafogo FootBall Club. Nascia então
o Botafogo de Futebol e Regatas, o clube da
estrela solitária.

O Clube de Regatas Flamengo nasceu em
1895 com o nome de Grupo de Regatas do
Flamengo, sua primeira embarcação, batizada
de Pherusa, foi adquirida por 400 réis depois que
uma vaquinha feita entre alguns atletas: Mario Espínola,
José Agostinho Pereira da Cunha, Felisberto Laport, Nestor
de Barros e José Feliz da Cunha Menezes.

No dia 21 de agosto de 1898
foi fundado Club de Regatas
Vasco da Gama. Sessenta e
dois homens reuniram-se em uma
sala da Sociedade Dramática Filhos
de Talma e fundaram uma associação
para a prática do remo. Em sua
maioria portugueses, inspiraramse nas celebrações dos 400 anos da
descoberta do caminho marítimo
para as Índias e batizaram a nova
agremiação com o nome do navegador
português Vasco da Gama, que
heroicamente alcançou esse feito.
Nascia ali o Vasco da Gama.

O Club Náutico Capibaribe, entre os que
disputam o Brasileirão de futebol em
2013, foi o último dos clubes de remo a ser
fundado. Apesar de a data oficial de sua fundação ser dia 7
de abril de 1901, sua história teve o início em 1897. Depois de
terminada a Revolta de Canudos, os recifenses receberiam
as tropas pernambucanas. Como parte da programação
que recepcionaria os soldados do estado estava uma grande
regata, para o dia 21 de novembro daquele ano, com os
atletas do clube Recreio Fluvial, que faziam excursões do Rio
Capibaribe até os bairros Poço da Panela e Apipucos. Mais
tarde, o Recreio Fluvial uniu-se ao Clube dos Pimpões, e
surgiu assim o Club Naútico Capibaribe. No dia 14 de julho de
1909, os estatutos do clube foram modificados em assembleia,
estendendo as atividades esportivas e o futebol foi inserido
oficialmente no clube.

Dois clubes fundiram-se e surgiu o Botafogo
de Futebol e Regatas

botafogo

Um dos maiores feitos dos remadores rubro-negros
aconteceu em 1932 e foi completar a travessia Rio-Santos
em cinco dias, participaram os atletas Ângelo Gammaro,
Everardo Peres da Silva, Alfredo Correia e Antônio Rebelo
Júnior. Uma curiosidade é que os apelidos, muito comuns
nos dias de hoje entre os jogadores de futebol, já faziam
parte dos costumes dos remadores. Antônio Rebelo Júnior
era chamado de O Engole Garfo e Alfredo Correia era o
Boca Larga.

Equipe do Flamengo da década de 80 e Fabiana Beltrame,
um dos grandes nomes do remo nacional

flamengo

Duas gerações do remo do Vasco:
1953 e 2009

vasco

Remos do Náutico:
anos 60 e 2013

náutico

c
R

34  PERFILNÁUTICO

F

PERFILNÁUTICO 

35
MUNDO NÁUTICO

clubes de regatas e futebol

corinthians

REGATAS CARIOCAS

O futebol sempre foi
prioridade no Sport
Club Corinthians
Paulista. Entretanto, em 1933 o
clube implantou uma equipe de
remo em seu quadro de modalidades
esportivas. Devido a isso, o escudo do
clube sofreu uma modificação. Foram
acrescentados um par de remos e uma
âncora, mantidos desde então. A artefinal é de autoria do pintor Francisco
Rebolo Gonsales, ex-jogador do
Corinthians. Para explicar o apelido
de Timão, existem duas versões: uma
diz que o apelido veio em decorrência
de uma confusão. Após ser incluído
o remo e a âncora no escudo do
clube, muitos achavam que as partes
formavam um timão de navio. A outra
versão afirma que, em 1966, o clube
enfrentava um jejum de 12 anos sem
títulos e o então presidente Wadih
Helu resolveu montar um timaço para
dar fim ao jejum. Jornais passaram
a publicar manchetes chamando o
Corinthians de “timão”. Mas o time
não vingou, a torcida adversária
entoava nas arquibancadas o grito de
“cadê timão?” e o apelido foi pegando.
Essa equipe conquistou apenas o
torneio Rio-São Paulo de 66, título
divido com Santos, Vasco e Botafogo,
que chegaram empatados na primeira
posição.

A Enseada de Botafogo era a preferida dos
esportistas. A água relativamente calma e a
proximidade com o centro da cidade, onde
estavam as sedes da maioria dos clubes,
consagraram o local. Na praia, uma estreita faixa
de areia recebia os barcos após as regatas, tendo
à sua volta um público empolgado, cuja presença
conferia mais brilho aos eventos. O Pavilhão de
Passos testemunhou inúmeros eventos, como o
primeiro Campeonato de Remadores do Brasil,
em 1911, disputado com barcos de quatro remos
e vencido pelo Rio de Janeiro, e uma regata
internacional em 1922, em comemoração ao
centenário da Independência. A partir de 1927,
as competições seriam disputadas na Lagoa
Rodrigo de Freitas, levando a seu abandono
e desaparecimento. Suas imagens, contudo,
permanecem como testemunho do nascimento do
esporte como atividade popular e indissociável
da vida moderna do Rio de Janeiro.

H I ANS
IN T

1910

36  PERFILNÁUTICO

U L IISTA
UL ST
PA
PA

C
C.. C OR
S . C OR

CORINTHIANS

Enseada de Botafogo, ponto tradicional das maiores
regatas de remo do Rio de Janeiro
MUNDO NÁUTICO

evento ferretti

Luiza Possi e Ed Motta foram atrações para os convidados

família ferretTi
Em sete dias, evento reúne vips na 1ª Ferretti Weekend
Por Leo Suzuki

Desfile do estilista Carlos Miele

38  PERFILNÁUTICO

O anfitrião Marcio Christiansen ao lado de Ray Bretas e Carlos Mieli, e a bordo de um Ferretti

C

om o objetivo de oferecer
conforto e exclusividade
de atendimento aos seus
atuais e futuros clientes,
o Ferrettigroup Brasil
promoveu entre os dias 25 de abril
e 1º de maio a primeira edição
da Ferretti Weekend. Estiveram
presentes mais de 150 famílias que
compõem o Club Famiglia Ferretti,
além de banqueiros, presidentes de
empresas e personalidades da alta
sociedade.
O evento foi realizado no
Portobello Resort, na região de
Mangaratiba, no Rio de Janeiro.
“Estamos procurando cada vez
mais proporcionar aos clientes
experiências com a marca para
que ele possa recordar desses
momentos para sempre”, ressalta
o gerente de Marketing do
Ferrettigroup Brasil e idealizador
do evento, Ricardo Kurtz. Em
sete dias de puro luxo e glamour,

os vips puderam desfrutar
de shows musicais exclusivos
com Luiza Possi, Ed Motta, Leo
Maia e Vanessa Jackson. Na
ocasião, os convidados também
se deslumbraram com o desfile
de moda do renomado estilista
brasileiro Carlos Miele. Um ateliê
de costura foi estruturado no local,
onde Miele criava, na hora, roupas
para os participantes.

O EVENTO FOI
rEALIZADO NO
PORTOBELLO rESORT,
NA REGIÃO DE
MANGARATIBA (RJ)
Para manter sempre a boa forma,
o evento disponibilizou oficinas de
esportes com importantes nomes
do setor, como o tenista Ricardo

Melo, o jogador de vôlei Tande e
os craques do futebol Serginho
Chulapa e Vampeta. O menu foi
comandado pelo chef de cozinha
francês Claude Troigros, que além
de cozinhar ministrou oficinas
gastronômicas. “Nosso objetivo
não foi atender 4 mil pessoas às
pressas, mas atender muito bem as
400 mais importantes”, comenta
Marcio Christiansen, CEO do
Ferrettigroup Brasil.
Durante toda essa programação
exclusiva, o Ferrettigroup deixou
à disposição seis modelos de
iate – 530, 620, 660, 700, 750 e
830 – aportados para visitação e
passeios pelas águas cristalinas de
Mangaratiba.
Para saber mais sobre o Ferretti
Weekend e até mesmo participar
das próximas edições, acesse
ferrettiweekend.com.br ou ligue
para (11) 3552 4000.

PERFILNÁUTICO 

39
MUNDO NÁUTICO

evento ferretti
530: A embarcação pode atingir até 32 nós de velocidade
máxima e 28 nós em cruzeiro. Tem capacidade para 14
pessoas a bordo e acomodação para seis pessoas mais um
tripulante. O diferencial da 530 é o sistema opcional ARG
(Anti Rolling Gyro), que reduz 50% das oscilações laterais
quando o barco está ancorado.

620: A grande área social, tanto no convés
principal quanto na parte externa, é o diferencial
da Ferretti 620. A lancha vem equipada com dois
motores Man V8 900 CR. Sua autonomia máxima
é de 320 milhas náuticas (590 km).

660: As janelas e vigias da 660 são amplas, garantindo
bom uso da luz natural para iluminar os ambientes
internos. A lancha possui quase 20 metros de
comprimento e tem capacidade para 18 pessoas. No
pernoite, acomoda seis pessoas em três espaçosas
cabines.

os seis modelos do ferretti weekend
700: A lancha foi projetada com um conceito
ecológico. Duas baterias de gel alemãs de 2 mil
ampères permitem deixar desligado o gerador
por até 24 horas, proporcionando aos passageiros
momentos únicos de silêncio.

750: O design clássico da 750 alia a personalidade forte
e a elegância dos tons quentes. O modelo foi projetado
para aqueles que gostam de espaço interior e esplêndida
decoração.

830: Alguns dos destaques da 830 é o flybridge
e a cozinha que acompanha o mesmo padrão de
uma residência luxuosa. Além do amplo quarto
principal, a lancha possui duas cabines de
hóspede e uma cabine vip com cama de casal.

40  PERFILNÁUTICO
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

A vida é melhor
com velas içadas

Tradição, prazer, glamour e aventura estão a bordo dos veleiros quase
sempre. Não importa o tamanho do casco nem a dimensão da vela. Paz,
silêncio, mar, sol e horizonte compõem a moldura deste mosaico de
emoções, claro, em condições normais de temperatura e pressão
Por Guilherme Aquino

42  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

43
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

O

vento e a água estão ali,
à disposição dos iatistas,
e não discriminam
ninguém. Eles são os
mesmos para todos. É
difícil encontrar uma integração,
uma interação maior entre o homem
e as forças da natureza que não seja
aquela proporcionada pela navegação
em um barco a vela.
No mar, mesmo com todas as
suas armadilhas, o iatista usa os
elementos a seu favor, sempre, em
quaisquer condições de vento e
corrente. Um veleiro singra entre
dois ambientes que alimentam a vida
no planeta: o ar e a água. O barco
a vela é o elo destes dois elementos
fundamentais e dos quais captura a
energia para se deslocar seguindo a
rota traçada pelo comandante.
E neste jogo de forças é o raciocínio
humano que faz a diferença.
É ele quem determina a busca pela
melhor angulação possível para uma
navegação perfeita. O barco a vela
é o intérprete de um maravilhoso
diálogo entre o homem e a natureza.
E dizem que, ao longo do tempo, o
barco adquire a personalidade do seu
comandante. É sob um céu estrelado
e um mastro como firmamento que o
esplendor de uma embarcação a vela
reluz mais ainda.

Antiguidades à parte
Os veleiros históricos chegam aos
nossos dias impregnados de maresia
e sabor de conquista de tempo e
dinheiro. A arte da construção
naval de porto ganha impulso no
começo do século 16, graças aos
ricos comerciantes holandeses. A
navegação, como passatempo e lazer,
nasce nos Países Baixos, por óbvias
razões, devido ao inconveniente e
frio vizinho, o Mar do Norte, sempre
pronto a provocar inundações em
terras abaixo do seu nível.

44  PERFILNÁUTICO

A infinidade de canais deu à
Holanda o know-how e a primazia
do pioneirismo na navegação de
cabotagem, a princípio, realizada
em águas internas por segurança,
através dos “jaghts” que serviam tanto
para o transporte de mercadorias
quanto de passageiros. E pouco a
pouco passaram a transportar apenas
o proprietário e amigos em dias de
festa e lazer, a bordo do pequeno
veleiro com apenas um mastro... Dali
a cultura náutica desportiva iria parar
nas águas da realeza britânica, do
outro lado do Canal da Mancha, no
Estreito de Solent, na ilha de Wight.
A pronúncia da palavra “jaght”, de
origem alemã, aproximava-se de
“yacht”, e desta derivação semântica e
traduzida nasceria o vocábulo “iate”.
De lá para a então colônia americana,
na margem oposta do Oceano
Atlântico, seria apenas uma questão
de tempo, pouco tempo.
A passagem do temor reverencial

O BARCO A VELA É
O ELO ENTRE DOIS
ELEMENTOS: A ÁGUA
E O VENTO
ao prazer absoluto do homem
com relação ao mar levou tempo e
consumiu três séculos e parte da
riqueza acumulada numa época de
grande fermentação capitalista. O
turismo florescia e a navegação de
cruzeiro, um privilégio para poucos,
ganhava força com a presença de
industriais e banqueiros que investiam
muito dinheiro na construção de
embarcações de vanguarda que, de
uma maneira ou de outra, deveriam
ajudar em seus negócios. Ter um
veleiro era e, ao bem da verdade,
ainda é, uma questão de “status

PERFILNÁUTICO 

45
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

symbol”, da série “eu sou o barco
que tenho”. No final do século
19, na Europa e nos Estados
Unidos, o grau de influência de
uma personalidade local ainda
podia ser medido em função do
tamanho do veleiro usado como
“o metro do poder”. Este rito
de amadurecimento começou
lentamente quando se descobriu
que a Terra não era quadrada e
que a linha do horizonte não era
a fronteira entre o início e o fim
do mundo nem era povoada por
monstros marinhos.
Atualmente, o único monstro
aquático que se conhece, além
do famigerado, escorregadio e
mal visto Ness, é o gigantesco
AC72 pés, criado para a Copa
América de vela deste ano. O
megacatamarã, longo em 22
metros e largo em outros 14, com
a vela rígida e alta de 40 metros,
já cobrou um trágico pedágio – o
campeão olímpico Andrew “Bart”
Simpson, tático da equipe sueca
Artemis, pagou com a vida uma
acidental capotagem durante os
treinos na Baía de São Francisco,
Estados Unidos. Um valor
caro demais para compensar a
ousadia e audácia dos iatistas –
recompensados a peso de ouro,
mas indispostos a arriscarem a
vida a bordo de uma embarcação
movida por uma superfície vélica
de 260 metros quadrados, rígida
como a asa de um avião, voando
baixo com um mínimo de vento,
e multiplicando por três a sua
velocidade. Este monstro pode
alcançar 40 nós por hora e cada
um dos cinco tripulantes usa um
capacete e traz uma garrafa de
oxigênio junto ao colete salvavidas. Mas estas medidas de
segurança não foram suficientes
para o inglês “Bart”. E algumas
delas devem ser revistas.

46  PERFILNÁUTICO

Catamarã AC72 da equipe Emirates New Zealand

Copa América é
referência
Por ser a competição naútica
mais antiga e disputada do
mundo, a primeira edição foi em
1870, a Copa América é também
um fio condutor da história da
navegação esportiva a vela e, por
consequência, um condensado
dos melhores e maiores projetos
navais do mundo. Não por
acaso, guardadas as devidas
proporções, todas as regatas são
uma escotilha de visibilidade
para os estaleiros e, ao mesmo
tempo, um banco de provas para
testar a resistência, a velocidade,
o deslocamento e a estabilidade
das embarcações, fatores
fundamentais na avaliação de
um veleiro. Nelas, os cruzeiristas
de fim de semana torcem pelos
regatistas, numa clara distinção
social de classes naúticas que tem

a ver mais com a personalidade
do armador do que com a sua
conta bancária.
Uma minoria da elite lança-se
em aventuras como a Vendée
Globe, volta ao mundo sem
escalas, ou a famosa Volvo
Race, pelos três oceanos. E, se
os catamarãs da Copa América

O FUTURO:
MATERIAL E
TECNOLOGIA
representam o futuro, em termos
de material e tecnologia – uma
campanha na competição está
orçada em 100 milhões de
dólares –, o presente à disposição
dos amantes da vela custa bem
menos e proporciona outros
tipos de prazeres.

Lagoon 620: robusto, confortável e seguro

Beneteau
Um catamarã especial e feito para
quem não tem pressa de chegar é
um dos cartões de visita do estaleiro
francês CNB, do grupo Beneteau.
Neste segmento de barco, versões
“owner” e “charter”, os franceses
são imbatíveis. Ainda que a origem
do catamarã seja americana e a
embarcação mais moderna jamais
construída também tenha nascido
nos Estados Unidos, a tradição é
francesa. Robustos, confortáveis e
seguros, eles são uma casa flutuante
com um tanto de energia renovável a
bordo, reduzindo ao mínimo uma das
questões cruciais dos barcos a vela, ou
seja, a produção e o armazenamento
de eletricidade. A nova geração
da série Lagoon foi inteiramente
remodelada pelos arquitetos navais
Marc van Pteghem e Vincente Laurito
Prévost, responsáveis por muitas
vitórias no circuito internacional de
catamarãs, incluindo a Copa América
de 2010, quando o trimarã americano
Oracle, equipado com a vela rígida,
bateu o catamarã suíço Alinghi. E
isto confirma o quanto os regatistas
“trabalham” para a segurança e o
conforto dos cruzeiristas. O Lagoon,
não por acaso, nasceu da divisão de
pesquisa tecnológica avançada do
estaleiro Jeanneau 30 anos atrás.
PERFILNÁUTICO 

47
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

O modelo 469 é uma das meninas dos olhos da Jeanneau

A flotilha da Dufour é capitaneada pelo imponente 450 Grand Large

Jeanneau

Dufour

Os franceses também não ficam atrás
quando o tema é veleiro veloz, elegante
e sofisticado. A gama de Sun Odyssey,
da Jeanneau, é um dos exemplos
que devem ser admirados. O modelo
469 é uma das meninas dos olhos do
estaleiro e que fez muito sucesso nas
últimas edições dos Salões Náuticos de
Gênova e de Cannes. A reboque deste
sucesso navega o 41 DS, projetado para
dar ao proprietário a sensação de ter
nas mãos um luxuoso barco maior, de
45 pés. Aliás, a criativa distribuição
dos espaços internos deste estaleiro
aposta na estratégia

A concorrência interna francesa
é grande. E o estaleiro Dufour é a
prova viva de que na disputa de
mercado acabam ganhando todos,
clientes e fabricantes. Ainda na
onda dos prêmios internacionais
recebidos pelo veleiro Dufour 36,
de “Best Crossover”, concedido
pela revista Sailing World
Magazine, e o European Yacht of
the Year, o estaleiro anunciou a sua
presença na Transquadra, a série
de regatas oceânicas, entre elas a
Barcelona-Martinica, com escala
na Madeira. A Dufour já apresentou
dez barcos de 36 pés. Eles vão estar
disponíveis para os velejadores
solitários ou em dupla, como prevê
o regulamento.

	

SUN ODYSSEY DA
JEANNEAU, VELEIROS
ADMIRÁVEIS
de elaborar um espaço suficiente e
transformá-lo em algo que pareça ser
bem maior. Tudo é limado e embutido
ao extremo, assim o espaço útil acaba
sempre ganhando um “upgrade”. E,
de olho nos vizinhos competidores, a
Jeunneau revelou que no próximo mês
de setembro vai lançar o seu Sun Fast
3600, e não deve ser um acaso.

48  PERFILNÁUTICO

O reconhecimento ao projeto 36 é
uma resposta do mercado a uma
embarcação híbrida, que pode ser
usada para cruzeiro ou para regata,
de acordo com as modificações
realizadas pelo proprietário
momentos antes de zarpar do
porto.
Na base em La Rochelle, templo
natural dos veleiros e iatistas do
país, o engenheiro Michel Dufour
empresta o seu sobrenome a um

sofisticado estaleiro que produz
uma das embarcações de maior
prestígio entre os membros da
comunidade náutica internacional.
Uma flotilha digna de ser
capitaneada pelo imponente 450
Grand Large equipado por duas
cabines de armador, cozinha, sala
e mesa de jogos apoiados sobre
um fundo escavado à medida para
“esconder” tudo aquilo que não é
essencial ou que não deve ficar à
mostra.

MICHEL DUFOUR
EMPRESTA SEU
SOBRENOME AO
SOFISTICADO
ESTALEIRO
Naturalmente, entre uma escotilha
e outra estão os armários e
dispensas criados para aproveitar
cada centímetro quadrado da
embarcação empurrada por uma
superfície vélica de 94 metros
quadrados.
PERFILNÁUTICO 

49
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

O estaleiro Del Pardo celebra 35 anos com seu 43 pés

Vision 46 da Bavaria: computador de bordo facilita manobras

Bavaria e Grand Soleil
No campo das regatas e nas
rotas dos cruzeiros, os estaleiros
Bavaria, alemão, o Cantiere del
Pardo, italiano, não ficam a ver
navios, franceses, em sua maioria.
O estaleiro Del Pardo, construtor
do Grand Soleil, está celebrando
35 anos de atividades e em grande
estilo comemora o sucesso do seu
novo 43 pés.
As linhas elegantes e extremamente
fluidas escondem um casco
realizado com a mais moderna
tecnologia com o uso de fibra
de carbono e com a técnica de
sandwich. Assim o veleiro garante
maior resistência às forças em jogo,
além de ser mais leve e, por isso
mesmo, mais veloz.

50  PERFILNÁUTICO

A cozinha em L e as três cabines com
dois banheiros fazem do Grand Soleil
43 um dos grandes protagonistas da
temporada que começa neste verão
europeu.

um pouco mais preguiçoso.
O computador de bordo realiza as
manobras apenas com um toque de
botão. O cipoal de cabos e escotas é
coisa do passado. As embarcações
são de fácil leitura.

O BARCO E A VELA
IRÃO SEMPRE NA
DIREÇÃO DE UM JUSTO
EQUILÍBRIO

Cruzeiros e regatas

Já a casa alemã Bavaria traz o rigor
germânico das linhas recheado com
tecnologia de ponta e imerso num
ambiente arejado e iluminado. Os
Vision 42 e 46 facilitam a vida de
qualquer marinheiro de primeira
viagem ou de um velho lobo do mar

Enfim, as opções são muitas
e variadas. Elas são apenas a
ponta do iceberg. Por exemplo, a
escolha do tipo de vela depende da
navegação. Se for para cruzeiro,
uma das opções é de Spectra ou
Dracon por terem vida mais longa,
serem mais econômicas e simples
de confeccionar. No caso das
velas para regata, existem outras
possibilidades, como kevlar, fibra
de carbono, vectram, bem mais
caras e, paradoxalmente, frágeis,
pois precisam ser dobradas com
muita atenção. E não importa se o

iatista navega com o vento a favor
ou contra. O barco e a vela irão
sempre na direção de um justo
equilíbrio. É preciso apenas estar
muito atento para não subestimar
as forças da natureza. “Entre um
casco que flutua, quero dizer,
um barco que possa navegar, e
um veleiro pronto para enfrentar
o oceano, existe um mundo
inteiro: uma multidão de detalhes
para arrumar, transcuráveis e
desprezíveis em zonas portuárias,
mas que se torna um capital no
mar. Uma lista interminável de
coisas para comprar, ajustar,
conservar e prever. E no mar,
mesmo que se tenha previsto
tudo, o imprevisível estará.” Este
é um trecho do livro “60.000
Milhas a Vela”, da iatista francesa e
profetisa dos sete mares Françoise
Moitessier, dona de uma vida
percorrida entre a água e o vento.

PERFILNÁUTICO 

51
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

O CORPO, O BARCO,
A NATUREZA
O velejador, antes de tudo, tem espírito desbravador. Um aventureiro em
busca do incerto e do desconhecido
Por Marcelo Buda

52  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

53
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

Veleiro Tangata Manu, de Ricardo Amatucci

V

elejar é uma atividade
que mistura emoção
e risco, o qual
deve sempre estar
controlado. É o prazer
emocional, ao mesmo tempo
racional, de controle da natureza.
O interesse pela prática da vela
surge, na grande maioria das vezes,
na infância ou na adolescência.
É quando sensações inéditas,
novos sentidos e significados são
descobertos e acompanharão o
jovem iniciante em todas as etapas
da sua vida, seja no barco a vela ou
pelos caminhos em terra firme.
João Calmon, mais conhecido
como Janjão Calmon, proprietário
do veleiro Sweet, um Cal 9.2 de
30 pés, conta que, nos anos 40,
ele e um amigo juntaram suas
economias, fruto de mesada dos
pais, compraram um pequeno
veleiro e começaram a velejar
na represa de Guarapiranga, em
São Paulo. “Nunca mais parei de

54  PERFILNÁUTICO

velejar, até agora, no alto dos meus
77 anos”, orgulha-se Janjão. “O
prazer de velejar traz a curtição
de chegar aos poucos e a liberdade
que sempre me leva ao primeiro
passeio de saveiro. Sempre
que estou no meu veleiro sinto
uma grande alegria.” Travessia
inesquecível? Foram tantas,
responde Janjão. “Atravessar o
Atlântico, talvez Lisboa-Santos
com escala na Ilha da Madeira.”

O PRAZER DO
VELEJADOR ESTÁ
EM ENFRENTAR
SITUAÇÕES DIFÍCEIS,
ASSUMIDAS COM
PERÍCIA
O prazer ao velejar surge não
apenas da sensação de vento no

Marina Bracuhy, em Angra dos Reis (RJ)

rosto, do sol, do céu azul e do banho
de mar em paisagens paradisíacas.
Para o velejador esses prazeres
podem ser bastante agradáveis para
seus passageiros convidados, mas
não o suficiente para ele, que quer
mais: o melhor vento, a melhor
rota, os caminhos mais inusitados,
aquela ilha escondida, aquele ponto
desconhecido e, sempre, o melhor
destino. O prazer de descobrir do
velejador está em enfrentar situações
difíceis, devidamente assumidas com
perícia e enorme satisfação.
Até que Ricardo Amatucci e sua
esposa, Diana, chegassem ao mar
foram alguns anos de aventuras.
“Éramos espeleólogos”, conta
Ricardo. “Após o casamento ficamos
preguiçosos, até que retomamos
nossa vida – digamos – de
aventuras.” O casal, influenciado
pelo pai e pelo avô de Diana, ficou
tentado a conhecer como era isso de
velejar. Os dois fizeram um curso de
vela, alugaram veleiros, velejaram

com diversas pessoas, compraram
pequeno veleiro e, com outro maior,
o Tangata Manu, de 30 pés, em 2009
fizeram uma travessia até Santa
Catarina e em 2010 até Salvador,
passando por Abrolhos. “Levamos
nossa filha, então com nove anos
para todas as viagens. Hoje estamos
vendendo o veleiro para comprar um
maior.” Onde eles vão parar? Caribe?
Europa? “Aonde a paixão pelo mar e o
vento nos levar.”
É claro que para sentir prazer em
velejar não é necessário se aventurar
pelos sete mares e dar uma volta ao
mundo. Um simples passeio pela
costa pode ser bastante agradável, um
fim de semana navegando pode ser
memorável, mas quem nunca sonhou
em sair pelo mundo? Longe de tudo,
perto de si!

Qual o tamanho?
Há um veleiro adequado para cada
uso. Um barco para passeios curtos

de fins de semana não serve
para cruzeiros longos de vários
dias. Veleiros desenhados para
competições não têm o conforto
necessário para a família. Fazer
ajustes e adaptações pode ser

PARA ESCOLHER
O VELEIRO
CERTO, O IDEAL É
EXPERIMENTAR O
MÁXIMO POSSÍVEL
perigoso e colocar em risco a
segurança dos tripulantes.
Para escolher o veleiro certo, o
ideal é experimentar o máximo
possível. Se você não tem
experiência com veleiros, a dica
é começar alugando. Em uma
rápida busca pela internet você

encontrará diversas empresas
de charter que oferecem veleiros
para aluguel. Conversar com
velejadores experientes também é
fundamental.
Se estiver pronto para comprar o
seu veleiro, deve saber para qual
finalidade o barco será usado.
Assim, já tem também a resposta
para as três primeiras perguntas:
Qual o tamanho certo? Quantas
pessoas irão velejar e pernoitar?
Por onde e por quanto tempo irá
navegar? Quanto maior o veleiro, a
tendência é que mais seguro e mais
confortável ele seja. Um veleiro de
23 pés acomoda duas pessoas; um
de 30 pés, três pessoas; um de 40
pés, quatro pessoas; um de 50 pés,
seis pessoas.
A seguir a Perfil Náutico apresenta
uma lista de veleiros que
atualmente são comercializados no
Brasil. A lista é grande, aproveite e
experimente.
PERFILNÁUTICO 

55
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

A

Jeanneau apresentou
recentemente ao
mercado brasileiro
dois modelos da
linha Sun Odyssey,
assinados pelo projetista francês
Philippe Briand. Fundado em 1957,
o estaleiro francês é um dos líderes
mundiais na construção de veleiros,
entre eles os da linha Sun Odyssey.
O Jeanneau Sun Odyssey 379 possui
como principal característica a
opção de quilha curta com bolina
pivotante, possibilitando o acesso
a regiões de baixas profundidades,
muito comum em nossa costa nas
Regiões Nordeste e Sul do país.
Este diferencial, em conjunto
com seu leme duplo, torna este
veleiro capaz de ser encalhado em
praias e permanecer estável sobre
sua quilha. Já o Jeanneau Sun
Odyssey 509 conta com uma ótima

Sun Odyssey 379

JEANNEAU

NOVIDADES DA LINHA SUN ODYSSEY
RECÉM-CHEGADAS AO BRASIL

OS DOIS MODELOS
DA JEANNEAU LEVAM
A ASSINATURA DO
PROJETISTA FRANCÊS
PHILIPPE BRIAND
plataforma de popa, amplo salão
central com uma inovadora cozinha
integrada, uma surpreendente
cabine de proa e ainda a opção
do sistema “360 docking”, que
possibilita mover o barco usando
um pequeno joystick.

Salão e cozinha do modelo 379

NONNONONONONONO
NONNONONONONONO
NONNONONONONONO

SERVIÇO

Sun Odyssey 509

56  PERFILNÁUTICO

JEANNEAU NO BRASIL:
MD - BALLY - MARDIESEL
SITE: www.md-bally.com.br
TELEFONE: (21) 2543 1131

A cabine de proa e o amplo salão da 509

PERFILNÁUTICO 

57
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

A

Delphia Yachts foi
fundada em 1990
pelos irmãos Piotr
e Wojciech Kot. É
um dos maiores
estaleiros da Polônia, produzindo
para toda a Europa e para os
Estados Unidos. No Brasil são
diversos os modelos disponíveis,
todos são veleiros destinados à
família, oferecendo alto nível de
conforto para as estadias mais
longas a bordo. O Delphia 33.3
tem um banheiro espaçoso e duas
cabines duplas com excelentes
acomodações de luxo. Vale
destacar a cozinha bem equipada
e o salão espaçoso do Delphia
40.3, que possui três confortáveis
cabines. O salão possui uma
mesa para até oito pessoas.

Delphia 40.3

DELPHIA YACHTS

SENTIMENTO DE LIBERDADE
COM SOTAQUE POLONÊS

NO BRASIL A
DELPHIA TEM
DIVERSOS MODELOS
DISPONÍVEIS, TODOS
DESTINADOS À
FAMÍLIA

Delphia 33.3: duas cabines duplas

Cozinha bem equipada e o salão espaçoso do Delphia 40.3

O Delphia 47 é o carro-chefe da
família Delphia. Disponível em
duas versões, com três ou cinco
cabines. O interior moderno
e elegante possui um salão
iluminado e arejado, além de
estar equipado com uma cozinha
muito bem planejada.

SERVIÇO

Delphia 47

58  PERFILNÁUTICO

DELPHIA YACHTS NO BRASIL:
FORUM MARINE
SITE: www.forummarine.com
TELEFONE: (21) 2158 1084

Delphia 47, o carro-chefe da família Delphia: três ou cinco cabines

PERFILNÁUTICO 

59
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

M

ichel Dufour fundou o
estaleiro Dufour em La
Rochelle, na França,
em 1964, pensando no
velejador que aprecia
as emoções da vela, bem como o
conforto das comodidades a bordo.
O Dufour 335 é o menor veleiro do
estaleiro e conta com um cockpit
fantástico e um espaço interno muito
bom. O Dufour 36 tem dupla vocação:
cruzeiro e regatas. É rápido, mas com
design atraente e layout interior e
exterior funcional. O Dufour Grand
Large 410 foi projetado para seduzir
tanto proprietário como tripulação. A
área do leme foi ajustada para facilitar

Dufour 335, o menor veleiro do estaleiro

DUFOUR: AS EMOÇÕES
DA VELA COM O
CONFORTO DAS
COMODIDADES A BORDO
a tarefa do comandante enquanto os
convidados têm à disposição uma
cabine espaçosa, largos passadiços
laterais e uma bela plataforma de proa.
E o Dufour 500 chama a atenção pelo
grande espaço interno, com opcional

dufour YACHTS

40 ANOS DE PAIXÃO E MUITO MAIS

O Dufour Grand Large 410 seduz o proprietário e a tripulação
de três ou quatro cabines. A
cozinha é dividida em dois
ambientes. O cockpit traseiro
também é dividido em área de
navegação e área de relaxamento.
A mesa do cockpit transforma-se
em uma cozinha ao ar livre, com
direito a churrasqueira.

SERVIÇO

Dufour 36: dupla vocação: cruzeiro e regatas

60  PERFILNÁUTICO

Dufour 500, espaço interno com três ou quatro cabines

DUFOUR YACHTS NO BRASIL:
DESCOBRE VENTOS
SITE: www.descobreventos.com.br
TELEFONE: (21) 2158 1100

PERFILNÁUTICO 

61
CAPA

NAVEGAR É PRECISO

A

história da Beneteau
começou em 1884 na
França, no cais do Croixde-Vie, em Vendée,
quando o arquiteto
naval Benjamin Beneteau construiu
os primeiros arrastões a vela para
os pescadores. Desde o primeiro
barco de sardinha, o estaleiro tem
se caracterizado pela inovação que
caminha ao lado da paixão pela vela.
O Oceanis 41 está no centro de toda a
flotilha Oceanis, com o seu design e
casco que permitem maior velocidade
e conforto. O Oceanis 48 é um veleiro
que integra funcionalidade com beleza.
Na versão de duas ou três cabines, tem
excelente nível de conforto. E o Oceanis
55 é o mais recente lançamento. Foi

O ESTALEIRO TEM
SE CARACTERIZADO
PELA INOVAÇÃO QUE
CAMINHA AO LADO DA
PAIXÃO PELA VELA

bENETeAU

eleito o melhor veleiro acima de 50
pés no Miami Boat Show 2013. Em
cinco versões, de três a cinco cabines,

ESTALEIRO FRANCÊS PRESTES A COMPLETAR
130 ANOS DE INOVAÇÃO

Oceanis 41: no centro da flotilha

Oceanis 48: funcionalidade e beleza
com dois a quatro banheiros, o
espaço interno foi privilegiado e
as grandes janelas garantem um
interior bem iluminado e arejado.
A plataforma de popa retrátil
estende-se ao nível da água,
garantindo mais aproveitamento
em dias de lazer.

SERVIÇO
BENETEAU NO BRASIL:
SITE: www.beneteau.com.br
TELEFONE: (21) 3478 0045

Oceanis 55: o mais recente lançamento

62  PERFILNÁUTICO

Salão do Oceanis 48

SAILING IMS:
SITE: www.sailingims.com.br
TELEFONE: (21) 3154 9990
PERFILNÁUTICO 

63
Canal Náutico

farmácia a bordo

remédios naturais

No mar é sempre importante estar prevenido e saber como
buscar soluções, caseiras ou não, para problemas comuns

Bicho
geográfico:

A

Gelo. Use uma
toalha e um
saco plástico e
amarre em cima da
coceira. Quanto
mais cedo melhor,
já que o bicho
geográfico morre
de frio.

ssim como em
casa, no barco
é necessário
ter um kit
para socorros.
Afinal, mesmo aproveitando
momentos de lazer, ninguém
está livre de acidentes,
queimaduras do sol, de águaviva ou ferimentos, causados
por um espinho de ouriço-domar, por exemplo. Para que as
pessoas possam aproveitar os
passeios em regiões isoladas
de hospitais e atendimento
médico, uma minifarmácia a
bordo é essencial e, em alguns
casos, obrigatória.

Armazenamento dos
remédios
Devido a temperaturas altas
e umidade acima de 75%,
remédios podem estragar em
um mês, mesmo quando sua
validade é de dois anos. A dica
é guardar medicamentos em
compartimentos herméticos.
Verifique a validade dos
remédios a cada mês e faça a
troca se necessário.
Um kit de primeiros-socorros
deve conter analgésico,
pomadas para queimaduras
e antibacterianas, água
oxigenada, antissépticos,
gaze, ataturas de crepe,
esparadrapo, tesoura e pinça.
Se o barco for grande, acima de
15 passageiros, a Marinha exige
que a sua farmácia de bordo
contenha os seguintes itens:

64  PERFILNÁUTICO

kit náutico
de primeiros socorros
Ácido acetilsalicílico	
Álcool	
Loção de camomila 	
Colírio de clorofenicol	
Antisséptico de timeroBal	
Água boricada	
Água oxigenada 	
Xilocaína	

alívio da dor
assepsia
irritações na pele
infecção ocular

Cloroquina ou mefloquina	
	
	
Clorpromazina	
Antiácido de hidróxido
de alumínio	
Hidróxido de magnésio	
Iodeto de potássio	

Hidratação:

Diarreia:

Água sem gás
ou água de
coco.

Coco verde novo
ou soro caseiro
(uma colher de
sal e duas de
açúcar em
1 litro de água).

para malária
(somente em áreas
de risco)
contra enjoo

Picada de insetos:
Água salgada ou
cebola.

para os olhos
para ferimentos
anestesia local

para indigestão
expectorante

Curativos tipo band-aid
(3 caixas)
Ataduras de crepe
Ataduras de gaze
Cotonetes e esparadrapo

livro de primeiros socorros

Vômito, enjoo:
Termômetro clínico
talas diversas
Bacia de 20 cm de diâmetro
Copos descartáveis
Tesoura reta de 12 cm
Bolsa térmica para água
Torniquete
desinfetante doméstico

Ferimento:
Lavar com água e sabão
de coco e passar iodo
ou Merthiolate.

Assadura:

Manter-se alimentado.
90% dos enjoos por
balanço do mar são
agravados pela falta
de alimentação.

Pomada de própolis.

PERFILNÁUTICO 

65
Canal Náutico

aos pescadores dE Plantão
A nova linha de sonares e
combos PiranhaMax, da Sonar
Humminbird, é ideal para a pesca
esportiva e para os esportes de
recreio. Os equipamentos com
tecnologia de ponta apresentam
tela brilhante modelo Color TFT,
GPS com trackplotting, leitura
de velocidade e profundidade,
além de temperatura de água
e identificação de estruturas e
peixes em cores. São indicados
para uso em barcos de
pequeno e médio porte.

www.aquabrazil.com.br

conjunto tenax

PILOTANDO COM
ESTILO E CONFORTO
O novo banco de piloto Dragonfly, da marca
italiana Besenzoni, foi um projeto minimalista. No
conceito do design, linhas simples dão praticidade
e funcionalidade ao equipamento. O banco possui
assento basculante e braços que podem ser ajustados
manualmente. E, para contribuir com a decoração
da embarcação, o cliente pode escolher cores,
estofamentos e até as formas da costura.

www.besenzoni.it
Os botões Tenax não oxidam, pois são feitos com
bronze niquelado. São ideais para a fixação de
toldos, capotas e coberturas. As peças possuem
sistema de fechamento adequado para tecido,
couro e tapetes e são utilizadas nas indústrias
náutica, automobilística e aeronáutica. Além disso,
seu travamento é automático e sua liberação rápida.
O conjunto é composto por botão, arruela e pino.

www.formulaimport.com.br

66  PERFILNÁUTICO
O motor V12-1650, da
fabricante MAN Truck & Bus
AG, com construção compacta,
impressiona tecnicamente
por proporcionar conforto e
eficiência. Com binário de 5.520
newtons metros a 1.200 rotações
por minuto, tem potência
suficiente em baixas rotações
e é silencioso nas velocidades
médias. O motor foi desenvolvido
para proprietários de iates com
comprimentos até 100 pés, que
gostam de viajar e percorrer
trajetos mais longos.

Canal Náutico

Canal Náutico

ASSINATURA DIGITAL
EM ALTO-MAR

POTENTE E SILENCIOSO

O Certificado Digital é
um serviço que permite a
pessoas e empresas assinarem
documentos e autorizarem
transações de forma segura
e sustentável, de qualquer
parte do mundo. Basta um
computador com acesso à
internet. O primeiro contrato
digital com validade jurídica
em alto-mar foi assinado pelo
velejador Beto Pandiani, por
meio do Portal de Assinaturas
Certisign, que patrocinou
sua última aventura com o
companheiro Igor Bely na
travessia do Atlântico.

www.man-engines.com

ww.certisign.com.br

POTÊNCIA COM
CUSTO JUSTO
A nova linha de motores da Toyama Marine
traz excelente relação custo-benefício, alta
tecnologia e facilidade de utilização e de
manutenção. Seis modelos de popa, de dois
tempos e refrigerados a água, compõem
a linha. Este que você vê na imagem é o
modelo TM 9.8 TS. Bom para o cliente que
quer mais força e potência na navegação.
O equipamento, de 9,8 HP, é composto por
uma marcha à frente, ré e neutro com um
consumo aproximado de 5,1 litros/hora.

www.toyama.com.br

68  PERFILNÁUTICO

LUZ PARA TODA OBRA
A lanterna Super Cree
LED, da LDU do Brasil,
garante luz mais branca,
possui maior durabilidade
e é essencial para passeios
e aventuras ao ar livre. O
equipamento possui dois
níveis de iluminação, zoom
de 2000X e alcance de 150
metros para você enxergar
o que está bem adiante.
O produto tem uma alça
que facilita o transporte
e também pode virar um
miniabajur por meio de um
compartimento de
luz regulável.

www.ldudobrasil.com.br

PERFILNÁUTICO 

69
www.nautilus-hausboote.de

EASYPATH NA
WEB

Terrenos à beira d’água estão
custosos, mas dentro da água
o negócio sai de graça – até
porque água não tem dono.
A empresa alemã Nautilus
Hausboote, especializada nas
inovações das casas náuticas,
oferece imóveis, com pouco
mais de 30 metros quadrados,
em qualquer ponto desejado
de um lago ou represa. A
casa pode ficar ancorada
de maneira provisória ou
permanente. O cliente é
quem manda. Inovação que
surpreende!

MERGULHE EM
UM SONHO

SEGURANÇA NA
VELOCIDADE	

Canal Náutico

Canal Náutico

CASA DA ÁGUA

A Seascooter GTS da Sea-Doo é diversão garantida
para um mergulho dos sonhos. O equipamento,
que atinge até 4,5 quilômetros por hora e vai até
30 metros de profundidade, é projetado para o
uso em água salgada. A bateria possui autonomia
de até uma hora e meia em aceleração normal e 30
minutos com aceleração máxima. A Seascooter
tem sistema de segurança anti-choque, prevenção
de superaquecimento e hélice selado.

Esse é
o mais
novo modelo de
colete salva-vidas da Ativa.
O equipamento, que alia segurança, estilo e
conforto, foi desenvolvido para esportes aquáticos
de alta velocidade. O colete é testado e certificado
pela Marinha do Brasil. O produto está à venda em
três cores: preto, vermelho e laranja.

PLANEJAMENTO DE
REVISÃO ON-LINE	
www.regatta.com.br

www.ativanautica.com.br

A MAIS RÁPIDA DO MUNDO
Os acessórios náuticos da marca EasyPath agora
também podem ser comprados com facilidade e
garantia pela internet. A empresa disponibiliza toda
sua linha de produtos em seu mais novo canal na
web. Vale a pena acessá-lo no conforto de sua casa e
realizar compras direto com o fabricante. A loja online aceita todos os cartões de crédito e também há a
possibilidade de efetuar o pagamento por meio
de boleto bancário.

www.easypathstore.com.br

A Volvo Penta Brasil oferece aos seus clientes
a “Revisão Planejada Volvo Penta”. Em uma
página na internet, a empresa disponibiliza uma
consulta instantânea dos valores dos serviços,
peças e lubrificantes das quatro primeiras revisões
programadas para motores de embarcações de lazer.
A ferramenta on-line visa a oferecer comodidade
aos clientes da marca e à padronização de valores em
todo o território nacional.

www.volvopenta.com.br

A Mercedes-Benz lançou no Miami
Boat Show deste ano a Cigarrete AMG
Electric Drive Concept. A lancha
elétrica de 38 pés é inspirada na
Mercedes SLS AMG Electric e usa a
mesma motorização do automóvel.
Por isso foi considerada a lancha
mais rápida do mundo, chegando
a 160 quilômetros por hora. A nova
embarcação foi criada em parceria
com a Mercedes AMG – divisão de
performance da montadora alemã – e
a equipe de corrida Cigarrete Racing.
A lancha não emite poluente.

www.cigaretteracing.com

70  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

71
Canal Náutico

O SUPERIATE PREDADOR

Projetado pelo renomado designer
italiano Christian Grande, o
Acapulco 55 foi idealizado para as
pessoas que amam fortes emoções
e velocidade em alto-mar. O
superiate, de 55 metros, com
design inspirado nos predadores

UM NOVO
CONCEITO
DO FUTURO
www.luizdebasto.com

72  PERFILNÁUTICO

selvagens, destaca-se pela ampla
proa: espaço ideal para um
lazer completo que abriga uma
grande piscina. No interior do
Acapulco, Grande criou cores
que contrastam com materiais
e superfícies com brilho que se

O designer brasileiro Luiz de Basto
apresentou recentemente em seu
site o projeto Quartz 55M. O iate
de 55 metros de comprimento
total possui curvas suaves e é
considerado um novo conceito
para o futuro. Com janelas do
chão ao teto, o Quartz 55 lembra
uma caixa de vidro e foi inspirado
por modernos arranha-céus. A

alternam com o piso fosco. O teto
tem tons de bronze. Um verdadeiro
espetáculo de atitude!

www.christiangrande.com

construção deste iate, segundo o
designer, é “perfeitamente viável,
com um custo que não excede
projetos convencionais do mesmo
tamanho”. No entanto, o desafio
da engenharia para sua realização
está na quantidade de vidro e nas
partes móveis. Tais elementos são
destaques do projeto, tornando-o
único.
A LOJA-CONCEITO – AINDA
SEM NOME ESTABELECIDO –
DEVE INAUGURAR EM JULHO
DESTE ANO, EM SÃO PAULO
e iluminação e automação são
alguns dos diferenciais da loja-

conceito. Além disso, também
terá o serviço de reforma de
embarcações.
Segundo Tânia, a loja será uma
amostra de decoração com tudo
de que o cliente precisa para
personalizar seu barco e decorar
sua casa, por fora e por dentro.

SERVIÇO
Para mais informações sobre o novo empreendimento de Tânia Ortega, ligue
para (11) 4193-3643 ou envie e-mail para tania@tuttoabordo.com.br.

Tânia Ortega, grandes projetos para a Ferretti

ASAS À Imaginação
A designer de interiores do grupo Ferretti Brasil, Tânia Ortega, alça novos rumos e
conta com exclusividade à Perfil Náutico sobre o seu empreendimento próprio
Por Leo Suzuki
Ela sempre foi apaixonada pelo
mar. Seu pai adorava pescar
e vivia no litoral norte de São
Paulo. Seu irmão era velejador e
sonhava em dar a volta ao mundo.
Por ironia do destino, casouse com um velejador. Formada
em Design de Interiores, Tânia
Ortega consolidou sua história
trabalhando no departamento
de marketing do Grupo Ferretti
Brasil.
Durante 20 anos de contrato
exclusivo com o estaleiro, a

74  PERFILNÁUTICO

DE UMA FAMÍLIA
APAIXONADA PELO MAR,
POR IRONIA DO DESTINO
TÂNIA CASOU-SE COM UM
VELEJADOR
designer foi responsável por
decorar grandes projetos e
consequentemente adquiriu
prestígio suficiente para ousar em
sua carreira profissional.
Para Tânia, cada trabalho realizado

é único. “Meu maior projeto de
destaque é sempre o último”,
destaca a designer, que projeta
um empreendimento próprio,
trabalhando com diversas marcas
que abrangem o mercado de
decoração em embarcações,
corporações e residenciais,
além de atender profissionais de
arquitetura e design.

Conforto e requinte, marcas registradas da designer

“Resolvi criar asas e trabalhar
com outras marcas também, com
o mesmo carinho que sempre tive
com a Ferretti.”

PERFILNÁUTICO 

75

Canal Décor

Canal Décor

A loja-conceito – ainda sem nome
estabelecido – deve inaugurar em
julho deste ano, em São Paulo,
na Alameda Gabriel Monteiro da
Silva, local onde estão situadas as
melhores lojas de decoração do
Brasil. O empreendimento é uma
parceria entre as empresas Tutto a
Bordo - a qual Tânia representa -,
Avantime e Sergio Fahrer Design
Mobiliário. Linha de tecidos
importados de alta qualidade,
linhos italianos, revestimentos
austríacos, pisos sofisticados
Canal Décor

PERSONALIZAÇÃO
EXCLUSIVA DA SESSA
A coleção inspirada nas ondas
e nas profundezas do mar,
do designer Fábio Rotella, foi
projetada exclusivamente para
a personalização dos barcos do

estaleiro italiano Sessa Marine. As
estampas, que foram apresentadas
neste ano durante o Design Week
de Milão, arrancaram suspiros
dos visitantes. Na mostra, cada
ambiente decorativo contou
com uma cenografia teatral,
que continha sereias dançantes

Canal décor

decoração náutica e sofisticação a bordo

DURABILIDADE E
FUNCIONALIDADE
Os metais Docol possuem
uma cobertura biníquel
que garante maior durabilidade
em ambientes com elevado índice de
salinidade atmosférica, como regiões litorâneas
e em embarcações. Os produtos passam por testes de
corrosão em laboratório e apresentam resistência de 200
horas em câmara salina – ultrapassando a norma brasileira,
que é de 144 horas, e a europeia, de 180 horas. Ótima opção
para deixar sua embarcação ainda mais bonita e funcional.

www.docol.com.br

76  PERFILNÁUTICO

e motores suspensos com grandes
peixes. A criação também é uma
grande homenagem de Rotella ao
cineasta francês Georges Méliès.

www.sessamarine.com.br

PEQUENOS LUXUOSOS
Projetos de interiores sofisticados
e personalizados, com a mesma
qualidade e requinte dos grandes
iates, é tendência no mercado náutico
contemporâneo. E é essa novidade que
o escritório catarinense Sarah Penido
Arquitetura vem implementando. Seus
projetos, em lanchas de 27 a 50 pés, são
focados na inovação e na tecnologia,
proporcionando aos seus clientes
conforto em um ambiente luxuoso.
O escritório já apresentou seus
trabalhos em grandes eventos náuticos,
como Rio Boat Show, São Paulo Boat
Show e Exponáutica.

www.sarahpenido.com
Uma pequena faísca pode se tornar um incêndio em minutos

fogo a bordo
Por Jorge Nasseh

O

s historiadores
acusam Nero de ter
posto fogo em Roma
e matado a mãe,
um exagero. Talvez
seja em parte verdade. Mas, sem
testemunhas, os historiadores
da época, especialmente Tácito
e Seutônio, com os salários
atrasados, não pouparam o
imperador lunático. No ano 64
d.C., durante cinco dias, o fogo
destruiu mais da metade da cidade
com um número incalculável de
mortos.
Dizem que Nero gostaria de
fazer uma reforma arquitetônica
em Roma e remover boa parte
dos prédios e barracas de um
“camelódromo” perto do seu

78  PERFILNÁUTICO

palácio e mandou atear fogo em
tudo. O mais provável, porém,
é que nestas construções de
madeira, ocupadas por escravos
e prostitutas, que usavam fogo
para cozinhar, iluminar e aquecer
o ambiente, o incêndio tenha se
iniciado acidentalmente. Depois
que o fogo começou, um vento
forte o fez se alastrar em minutos.

PARA OCORRER FOGO A
BORDO SÃO NECESSÁRIOS
TRÊS ELEMENTOS:
CALOR, COMBUSTÍVEL E
COMBURENTE
Dizem, inclusive, que, do terraço
do palácio, vendo a cidade em

chamas, Nero começou a tocar sua
lira, mas isso também não deve ser
verdade.
A situação é bem parecida
quando um barco de fibra ou de
madeira pega fogo. Nada como
uma mistura de fiação elétrica
e combustível, condimentados
por água, sal e vento, para uma
pequena faísca se tornar um
incêndio em minutos. Para ocorrer
fogo a bordo são necessários três
elementos: calor, combustível e
comburente, este normalmente
é o oxigênio. Vapores do tanque,
vazamentos nas mangueiras e
porão sujo misturam-se com
o ar criando uma atmosfera
explosiva na casa de máquinas
ou no porão da lancha. A fonte

Outra situação séria é um curtocircuito cujo calor gerado queime
matérias inflamáveis próximas. A
lista é grande: tecidos, forrações,
carpetes, espumas, tintas, adesivos.
Circuitos mal dimensionados,
não acondicionados em material à
prova de fogo, espaguetes plásticos,
terminais mal fixados são fontes
certas de problemas, pois do outro
lado você tem fogão elétrico, secador
de cabelo, micro-ondas, alimentação
de terra. Caso mal instalados, em
locais com pouca ventilação, a
temperatura pode ficar tão alta
que algum material em volta pode
inflamar e gerar um grande incêndio
em segundos.
Uma pesquisa da guarda costeira
americana mostra que 90% das
ocorrências de fogo são geradas por
três problemas que os estaleiros
deveriam evitar. Mais da metade
são relacionados aos sistemas de
corrente contínua, como baterias,
cabos de conexões e ligação, fiação
de bomba de porão ou mesmo a
abrasão da fiação passando por locais
onde haja vibração ou contato com
equipamentos metálicos que podem
cortar a fiação. Cabos conectores
de energia de terra também estão

na lista. O segundo problema
mais frequente é o péssimo
dimensionamento da ventilação
da praça de máquinas que eleva
a temperatura até uma possível
combustão. Não são raros os casos

TRÊS PROBLEMAS QUE OS
ESTALEIROS DEVERIAM
EVITAR SÃO RESPONSÁVEIS
POR 90% DAS OCORRÊNCIAS
DE FOGO
em que o sistema já começou
a derreter até que alguém abra
a porta ou tampa da praça de
máquinas. O oxigênio que entra e
BUM!!!!

O último caso são os vazamentos
de combustível no porão.
Frequentes em tanques de
combustível, mangueiras de
alimentação e retorno, que não
cumprem as determinações de
estanqueidade e testes da norma
NBR 14574 da ABNT.
As determinações para evitar
fogo a bordo não só dependem
da qualificação do estaleiro, mas
do conhecimento dos donos de
barcos em saber se os sistemas
elétricos, tanques e alimentação
de combustível estão de acordo
com a Norman 3 (Norma da
Autoridade Marítima Brasileira)
e a NBR 14574 (Norma Brasileira
para Construção de Embarcações
em Fibra de Vidro).

Vapores, vazamentos e porão sujo: uma atmosfera explosiva

PERFILNÁUTICO 

79

Construtor
Canal do Construtor

Canal do Construtor
Canal do Construtor

de ignição para iniciar o fogo pode
ser um grande curto-circuito, uma
pequena centelha ou um local com
temperatura acima do ponto de
fulgor do combustível. Eliminando
qualquer um dos elementos não há
fogo. Manter as tampas abertas não
é muito chique, mas ajuda muito,
pois a ventilação e a renovação do ar
não deixam a mistura inflamável se
concentrar a níveis que permitam
ocorrer a combustão. Uma mistura
muito pobre dificilmente inflama,
assim como um ambiente onde só
tenha vapor de combustível não
inflamaria por falta de oxigênio, mas
é melhor não arriscar, pois o oxigênio
está em todo lugar.
colunna 285
www.colunna.com.br

barcos nacionais e importados, que navegam em águas brasileiras

Índice
Nesta edição fomos buscar duas embarcações brasileiras, uma do Rio de Janeiro e outra de
São José dos Pinhais – na Região Metropolitana de Curitiba. A carioca Colunna 285 é a lancha
que estava faltando no catálogo do estaleiro Colunna, um projeto realizado a pedido de
clientes. A Triton 345 é novinha em folha. Trata-se do oitavo modelo lançado pelo estaleiro
paranaense Way Brasil, que agora coloca no mercado uma lancha ideal para a família.
De fora do Brasil trazemos outros dois barcos, um americano e outro alemão, ambos disponíveis
no mercado nacional. A americana Chris-Craft, conhecida por seus barcos clássicos, remodelou
a Corsair 32, apresentou-a no salão náutico de Cannes em setembro de 2012 e agora a traz
para o Brasil. O estaleiro alemão Bavaria também chega com uma nova embarcação: a Fly
420 Virtess, que no início do ano recebeu nada menos do que o PowerBoat Europeu.
E, da Turquia, você vai conhecer o perfil do estaleiro Numarine, que também promete novidades para o
público brasileiro. Fomos a Gebze, ao lado de Istambul, conversar com Omar Malaz, o dono do estaleiro.
Ele não tem a pretensão de conquistar o mundo, mas faz o possível para explorar novos mares.

81

Colunna 285

O novo barco de 28 pés foi lançado a pedido dos clientes

89

Corsair 32

97

Triton 345

105
113
80  PERFILNÁUTICO

A versão 2013 do iate que dá continuidade
à lenda Chris-Craft

Um barco fabricado para a família

Fly 420 Virtess

O primeiro dono brasileiro pode ser você

Numarine

Escritório asiático com vista para a
Europa e olhos para o Brasil

28,5 pés e capacidade para dez pessoas

A lancha que
estava faltando
De olho nas necessidades dos seus clientes, a
Colunna lançou seu novo barco de 28 pés
Por Amanda Kasecker

PERFILNÁUTICO 

81
colunna 285

Itens para personalização ao gosto do cliente

O

estaleiro Colunna Yachts está fechando
seu leque. Depois de quase 20 anos de
experiência no mercado náutico e de
ter barcos de 23, 32 e 43 pés, a empresa
resolveu lançar aquele que estava
faltando. Em outubro de 2012, foi lançada no São
Paulo Boat Show a Sport Cruiser 285, uma 28,5 pés
com capacidade para dez pessoas.

82  PERFILNÁUTICO

A 285 PODE SER
EQUIPADA COM UM
OU DOIS MOTORES DE
RABETA, A GASOLINA OU
A DIESEL, DE 300 A 440 HP

Com projeto inteiramente exclusivo da Colunna, a
lancha vem para suprir as necessidades daqueles que
querem um barco maior para passeio e pernoite ou
então dos que preferem algo mais acessível, prático,
mas sem perder estilo nem conforto.
A Sport Cruiser 285 pode ser equipada com um ou
dois motores de rabeta, a gasolina ou a diesel, de 300
a 440 HP, garantindo boa navegabilidade. Além disso,
foi criada com um alto padrão de estilo e qualidade,

visíveis na montagem das cabines. Com espaço interno
bem aproveitado, quatro pessoas podem pernoitar
na lancha, que ainda possui mais de 30 itens para
personalização. Tudo ao gosto do cliente.

ALTO PADRÃO DE ESTILO E
QUALIDADE, VISÍVEIS NA
MONTAGEM DAS CABINES
PERFILNÁUTICO 

83
colunna 285

Ao gosto do cliente
Eduardo Colunna explica que, depois de passar pela
experiência de produzir barcos de tantos tamanhos, a
empresa identificou que havia um público carente de
barcos com cerca de 28 pés. São aquelas pessoas que
prezam por qualidade, já têm um barco menor e estão
precisando de um maior, mas ainda não encaram algo
tão grande, como uma de 35 ou 40 pés.

CASCO FEITO com
MATERIAIS DE PRIMEIRA
LINHA, ALTAMENTE
RESISTENTEs NA
LAMINAÇÃO

Criada a pedido dos clientes Colunna
“O comprador dessa lancha é exigente e sofisticado
em termos de qualidade e durabilidade; um público
que tem barcos menores e quer um maior”, identifica
o empreendedor. “Foi uma necessidade de mercado.
Nós tínhamos um modelo de 23,5 pés e outro de 32,5
pés e existia uma lacuna muito grande entre esses dois
modelos. Nossos clientes nos pediram muito um barco
desse tamanho (28,5 pés) e, mediante este principal
fator, desenvolvemos este novo projeto de grande
sucesso.”

84  PERFILNÁUTICO

Assim surgiu a Colunna Sport Cruiser 285. Seu projeto
foi desenvolvido pelo estaleiro em um trabalho de
seis meses que partiu do zero. “O projeto e o design
começaram do zero e são uma exclusividade da
empresa Colunna Yachts”, explica Eduardo Colunna.
“Não nos baseamos em nenhum outro barco da
categoria. Foi algo pensado somente por nós.”
O resultado de tanta dedicação foi uma lancha com
amplo solário de proa, confortáveis espaços para

PERFILNÁUTICO 

85
colunna 285

dormir e muitos itens para personalização.
“A Colunna realizou diversas pesquisas no
mercado para avaliar a concorrência e verificar
o que há de melhor no mercado para atender
às necessidades do nosso cliente, no arranjo do
cockpit, no espaço interno da cabine... o barco foi
projetado com o que há de melhor no mercado”,
conta o empresário.
Na área externa, o primeiro destaque fica por
conta do encosto do banco do piloto. Ele é
rebatível, o que possibilita pilotar a lancha em pé
ou sentado. Isso, de acordo com Colunna, ainda
permite que se tenha um enorme solário de popa,
um grande compartimento criado na popa, logo
abaixo do solário, e ainda um bom espaço na casa
de máquina, proporcionando conforto para a
realização de revisões mecânicas. Um dos itens
opcionais desta área da lancha é a churrasqueira
elétrica, que deixa os dias muito mais proveitosos
e com um jeitinho brasileiro.

O PROJETO FOI
DESENVOLVIDO PELO
ESTALEIRO EM UM TRABALHO
DE SEIS MESES QUE PARTIU
DO ZERO

Pé-direito da cabine e do banheiro entre os maiores da categoria
E, por falar em design, esse é um dos pontos
essenciais da parte interna da 285. Nesse quesito,
o que se observa de predominante na lancha é
utilização inteligente de espaços. O barco possui
uma cabine com sofá que vira cama, uma cama
à meia-nau e um banheiro. Tanto o pé-direito
da cabine como o do banheiro são os maiores da
categoria, segundo Colunna.
Um detalhe da cabine interessante é que toda a

Outro destaque é o casco da 285. “É feito de
materiais de primeira linha: gel, resina, tecidos de
fibra de vidro, reforço com colmeia de polietileno,
formando um ‘sandwich’ altamente resistente na
laminação”, define o proprietário do estaleiro.
“Ainda é possível ousar na decoração, que é
opcional e da escolha do cliente.”
Como diferencial tecnológico, Colunna diz que
uma das coisas que realmente fazem a diferença
é que os produtos são feitos com materiais de
primeira linha, com alta qualidade estrutural e
de um acabamento de requinte e design moderno.
“Na confecção dos barcos Colunna são utilizados
materiais de alta tecnologia, como a colmeia de
abelha (Honey Comb) aplicada em placas no piso,
paredes e laterais de todo o casco como medida de
reforço, caracterizando um produto mais leve e de
alta resistência.”

86  PERFILNÁUTICO

QUALIDADE ESTRUTURAL,
ACABAMENTO DE REQUINTE
E DESIGN MODERNO
iluminação é feita com LED, tendo baixo consumo
de energia. Outro ponto positivo são os tecidos
utilizados na confecção do estofamento da cabine
interna: resistente a intempéries; ou seja, material
náutico resistente a mofo e a raios ultravioleta.
Na área externa, diversos itens opcionais

PERFILNÁUTICO 

87
colunna 285

CORSAir 32
www.americanboat.com.br

Cabine com sofá que vira cama
A cama à meia-nau é ambientada com grandes janelas
de vidro nas laterais do casco, várias vigias e gaiuta,
que permitem excelente ventilação na cabine. A cama
ainda pode ser transformada em sofá, criando uma
sala. Logo ao lado, há espaço para uma geleira com
capacidade de 130 litros e ainda um compartimento
à parte para receber uma caixa térmica sem que
atrapalhe o espaço interno da lancha.

SERVIÇO
COLUNNA YACHTS
SITE: www.colunna.com.br
TELEFONE: (11) 4366 2800

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m

COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m

BOCA MÁXIMA: 2,85 m

Corsair 32, lançada em setembro de 2012
BOCA: 2,85 m

TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 200 L / 280 L (opcional)
TANQUE DE ÁGUA: 100 L
CALADO DO CASCO: 0,50 m
PASSAGEIROS: 10 diurno / 4 noturno
ÂNGULO “V” DA POPA (DEADRISE): 21°
PESO APROXIMADO DO CASCO SEM MOTOR: 2.300 kg
ALTURA DA CABINE: 1,81 m
Perfil

Planta
Externa
Planta
Interna

CLÁSSICO E
CONTEMPORÂNEO
A VERSÃO 2013 DA CORSAIR 32 DÁ CONTINUIDADE AO PERFIL DA MARCA
CHRIS-CRAFT, O LENDÁRIO ESTALEIRO QUE NAVEGA COM ESTILO DESDE 1874
Por Leo Suzuki

88  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

89
CORSAir 32

A

companhando a tradição e o renome
do lendário estaleiro americano ChrisCraft, a nova Corsair 32 foi remodelada
e lançada oficialmente no mercado em
setembro de 2012 durante o Cannes Boat
Show. Em fevereiro, deste ano, a lancha foi um dos
alvos de atenção do público em sua estreia no Miami
Boat Show. Com quase 11 metros de comprimento
total, a Corsair 32 carrega o DNA da Chris-Craft, pois,
segundo seu presidente, Steve Heese, a linha Corsair
foi construída pela necessidade de preencher a série
de convés fechado da marca. No Brasil, o distribuidor
exclusivo dos barcos Chris-Craft é a empresa American

90  PERFILNÁUTICO

A linha preenche a série de convés fechado da marca

NO BRASIL, O
DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO
DOS BARCOS CHRIS-CRAFT
É A EMPRESA AMERICAN
BOAT, LOCALIZADA EM
JOINVILLE (SC)

Boat, localizada no bairro Cubatão, em Joinville, Santa
Catarina. O diretor comercial da American Boat,
Guilherme Weber, comenta que a Corsair 32 se destaca
por características como agilidade, esportividade,
navegabilidade e conforto. “Oferece mais conforto que
um barco de 25 pés e conta com a mesma esportividade
de um barco de 36 pés.”
Fortalecendo a história da marca americana, que desde
1874 vem ditando tendências no mundo náutico, a
Corsair 32 alia robustez e design contemporâneo com
os melhores acabamentos e materiais disponíveis

no mercado. O iate é uma ótima opção para os
aventureiros de plantão, que gostam de embarcar
em alto-mar durante a noite, ou para os mais
tranquilos, que preferem apenas passar algumas
horas de deslumbre à luz do sol. Como a maioria das
embarcações, a Corsair 32 é personalizável. O cliente
pode escolher os motores, os itens opcionais e uma
infinidade de opções de cores interiores e exteriores,
como o novo Metallic Cashmere – presente no iate das
fotos. Além disso, há a possibilidade de se fazer uma
pintura personalizada, na qual se misturam as cores,
deixando o barco com o estilo do cliente.

PERFILNÁUTICO 

91
CORSAir 32

Clássico e funcional
As linhas externas da Corsair 32 são clássicas, marca
registrada do estaleiro Chris-Craft. Na proa, há uma
claraboia, para facilitar a ventilação natural do interior,
e o teto solar, que percorre toda a extensão da proa,
permitindo a entrada de luz natural. O solário de popa,
com almofadas removíveis, acomoda confortavelmente
duas pessoas. A plataforma de popa, feita de teca
envernizada, possui chuveiro com água quente e fria,
além de escada retrátil, que permite fácil acesso para
um mergulho em alto-mar. No convés, sofá em forma
de U que pode ser utilizado tanto para um banho de sol
quanto para os momentos em família, pois o assento

LINHAS EXTERNAS CLÁSSICAS,
MARCA REGISTRADA DO
ESTALEIRO CHRIS-CRAFT
dianteiro, próximo à escotilha do motor, esconde uma
mesa de cockpit feita de madeira teca. No posto de
comando, uma poltrona para o copiloto, localizada em
frente à porta de acesso da cabine, e outra para o piloto,
no lado estibordo – com geladeira acoplada na parte
inferior –, acomodando duas pessoas.

ÓTIMA OPÇÃO, TANTO PARA
NAVEGAÇÃO EM ALTO-MAR
DURANTE A NOITE QUANTO
PARA ALGUMAS HORAS À LUZ
DO SOLn

92  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

93
CORSAir 32

A lendária Chris-Craft
	
A história da marca iniciou-se em 1874, quando
Christopher Columbus Smith, com apenas 13 anos,
construiu seu primeiro barco de madeira para caçar
patos. Em 1930, a Chris-Craft tornou-se o maior
construtor mundial de barcos a motor. Smith foi o
pioneiro em alcançar o limite das possibilidades em
suas primeiras embarcações. A empresa impulsionou o
piloto Gar Wood a uma série de recordes de velocidade
e, consequentemente, adquiriu uma popularidade sem
precedentes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Chris-Craft
construiu cerca de 12 mil barcos de patrulha, lançou
utilitários e veículos de resgate para a Marinha e para o
Exército dos Estados Unidos. No período pós-guerra, a
empresa expandiu a produção de barcos de madeira e

Versatilidade na cabine, com mesa para refeições
A parte interna da Corsair 32 abriga uma luxuosa
cabine com cama em V, que hospeda duas pessoas
no pernoite. Vem equipada com um televisor de tela
plana de 22 polegadas e sistema de som ambiente. Os
armários na versão padrão são de madeira cerejeira e
podem ser personalizados com até três combinações de
cores. A cozinha é equipada com fogão, micro-ondas e
geladeira, e o banheiro é completo.

UM ÍCONE AMERICANO.
A EMPRESA CONQUISTOU
CLIENTES FAMOSOS E
ESTRELAS DE HOLLYWOODn

Os motores de centro-rabeta, a gasolina, na versão
padrão, são da Mercury, modelo 377 MAG, com 300 HP
de potência cada um. Na versão personalizada, há uma
gama de opções para equipar o iate, podendo chegar
até dois motores de 430 HP com o modelo Mercury
8.2. A única opção de motorização a diesel é o modelo
Volvo D4, com 300 HP. O tanque de combustível tem
capacidade para 700 litros.

Duas camas de solteiro em V transformam-se em cama de casal

94  PERFILNÁUTICO

lançou uma gama totalmente nova de barcos de recreio,
aguardando as prosperidades dos anos de 1950. Na época,
a Chris-Craft tinha 159 modelos de barcos de madeira
para praticamente todo tipo de busca de lazer na água.

Armários de madeira cerejeira podem ser personalizados

PERFILNÁUTICO 

95
triton 345

CORSAir 32

www.waybrasil.com.br

Na proa, teto solar e uma claraboia, para ventilação e iluminação da cabine
O nome Chris-Craft tornou-se um ícone americano.
A empresa conquistou clientes famosos e estrelas
de Hollywood, como Katharine Hepburn, Martin
Dean, Elvis Presley e Frank Sinatra. Os barcos eram
os melhores disponíveis no mercado e tinham o
diferencial da fácil operação.
Em 1955, a marca começou a fabricar barcos de fibra
de vidro. A partir de 1960, a empresa passou por uma
série de reestruturações societárias e mudanças de
propriedade. Neste período a Shields & Company and
National Automotive Fibers a comprou.

Atualmente, a Chris-Craft é uma empresa privada
sediada em Sarasota, na Flórida. Embora já não mais
construa barcos com cascos de madeira, esta matériaprima ainda é uma característica importante em todos
os barcos Chris-Craft. A lendária marca representa
uma verdadeira história americana pela ousadia em
estabelecer novas tendências para o mercado náutico.

SERVIÇO
SITE: www.americanboat.com.br
TELEFONE: (47) 3205 7000
Triton 345: espaço para todos

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m
BOCA: 3,10 m

COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m
BOCA: 3,10 m
DESLOCAMENTO: 5.420 kg
CAPACIDADE DE COMBUSTÍVEL: 700 L
CAPACIDADE DE ÁGUA: 132 L
ÂNGULO DE POPA: 22°
CALADO MÁXIMO: 99 cm
Perfil

Planta
Externa
Planta
Interna

Um barco de família
Seguindo a filosofia familiar, o estaleiro Way Brasil
apresenta seu mais novo barco: a Triton 345
Por Amanda Kasecker

96  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

97
triton 345

D

e família para famílias. O estaleiro Way Brasil
produz, entre outras, as embarcações com a
marca Triton Boats, desenvolvidas para o lazer
das famílias mais exigentes. É exatamente
essa a filosofia que vem sendo seguida há
quase 30 anos. Com uma história de muito trabalho e amor
pelo mercado náutico, o estaleiro hoje é reconhecido pela
qualidade, pela segurança e pela inteligência nos projetos, que
sempre prezam pelo aproveitamento de espaço e excelente
custo-benefício.

98  PERFILNÁUTICO

HÁ QUASE 30 ANOS
FABRICANDO
LANCHAS PARA O
LAZER DAS FAMÍLIAS
MAIS EXIGENTES

PERFILNÁUTICO 

99
triton 345

A caçula prodígio
“A Triton 345 é um barco destinado a todos aqueles que
amam o mar e sentem o prazer em navegar dentro de
uma excelente embarcação”, define Allan P. Cechelero,
filho de José Maria e responsável pelo departamento de
marketing da Way Brasil. “Ela é reconhecida como um
barco para a família, pelo conforto no espaço externo
e no interno, tendo bastante área para convivência,
aproveitamento do sol e descanso.”
Seguindo o princípio da Triton 360, pouca coisa muda
na 345, além do óbvio: o tamanho. “A navegabilidade
do modelo 360 já é excelente, sendo assim trabalhamos

para que este novo modelo (345) também tivesse uma boa
navegação”, comenta José Maria Cechelero. “Para isso
aproveitamos o casco da 360 e fizemos pequenos ajustes,
mantendo as características para uma boa navegação.”

“PENSAMOS EM APROVEITAR
AO MÁXIMO, PARECENDO UM
BARCO MAIOR” - Jóse Maria Cechelero Jr.
Ainda de acordo com o proprietário da Way Brasil,
os espaços externo e interno foram as principais
características pensadas no projeto. “Pensamos em
aproveitar ao máximo, parecendo um barco maior,

O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca
Seguindo os mesmos conceitos que mantém desde o
surgimento de seu primeiro barco da linha Triton, no
ano 2000, a Way Brasil lançou recentemente a Triton
345. O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca.
De acordo com o proprietário do estaleiro, José Maria
Cechelero Jr., a nova lancha surgiu da necessidade de
alguns clientes. Além disso, segundo ele, o próprio
mercado pedia um modelo nesta faixa de tamanho.
Antes da 345, o estaleiro tinha um intervalo grande
entre os tamanhos de suas lanchas: pulava de 29 pés
para 36 pés. E foi justamente a 360, de 36 pés, a grande
inspiração para José Maria, que demorou cerca de dez
meses para desenvolver o projeto da 345.

100  PERFILNÁUTICO

“Nós diminuímos e readequamos o modelo da Triton
360”, revela.
A 360 surgiu em 2009 como um verdadeiro presente de
aniversário para a Way Brasil. O estaleiro acabava de
completar 25 anos desde o seu surgimento com projetos
de kits de buggy de fibra de vidro e apresentou no Rio
Boat Show daquele ano uma lancha com capacidade
para 12 pessoas durante o dia e cinco em pernoite,
camarote fechado, banheiro com box exclusivo e
cozinha com tampo de granito. Como uma grande
família, em que sempre cabe mais um, a Way Brasil
procurou inserir todas essas qualidades na 345.

Versatilidade do salão: cama vira sofá com mesa

A TRITON 345 É RECONHECIDA PELO CONFORTO NO ESPAÇO
EXTERNO E NO INTERNO

PERFILNÁUTICO 

101
triton 345
Outro detalhe que faz o barco parecer maior é o pédireito de 1,95 metro. Inclusive o banheiro tem ótima
altura e o box para banho é fechado. Um detalhe é
que desde a criação do menor modelo da marca – o de
20 pés – a Way Brasil fez questão de dar uma atenção
especial ao espaço do banheiro.
As janelas são panorâmicas e o solário de proa tem
encosto regulável. A cozinha vem equipada com
armários superior, inferior e gavetas, e os itens
eletrônicos estão dentro dos opcionais. São eles:
geladeira, micro-ondas, fogão, além de outros, como
televisão, ar-condicionado e churrasqueira em inox.
A personalização do barco é feita de acordo com o
gosto do cliente, incluindo opções de pintura especial,
estofamento, cor da lâmina da madeira e outros.
Já na área externa, o convés e cockpit tem a opção de
abrigar um amplo solar de popa ou então pode-se fazer
um fechamento com uma geleira. Também tem muitos
sofás bem distribuídos.

Sucesso desde o lançamento
A Triton 345 foi sucesso desde seu pré-lançamento. No
São Paulo Boat Show 2012 foi feito o lançamento do seu
projeto e na ocasião seis unidades já foram vendidas.
Agora, após o lançamento oficial no Rio Boat Show, o
número subiu para 13.

Opção da cabine à meia-nau fechada

Acima: banheiro. Abaixo: decoração personalizada

e isso fica bem exemplificado no banheiro e
nas cabines. Além disso, priorizamos um novo
design externo que atendesse à evolução e à
modernidade do mercado com linhas mais
agressivas e harmônicas.”

CAPACIDADE PARA
12 PESSOAS, SENDO
QUATRO PARA PERNOITE
De fato, o aproveitamento de espaços fica bem
evidenciado. A lancha tem capacidade para 12
pessoas e acomoda até quatro para pernoite em
duas camas de casal, sendo uma de proa e uma
de meia-nau, tendo esta última a possibilidade
de ter fechamento em madeira, dando maior
privacidade.

102  PERFILNÁUTICO

Cama de casal da cabine à meia-nau

PERFILNÁUTICO 

103
BAVARIA FLY 420 VIRTESS

triton 345

www.descobreventos.com.br

Os principais compradores têm sido os próprios clientes
da marca. “Eles vêm crescendo junto com a nossa
marca e nos pediram um barco maior para continuarem
fiéis”, afirma o proprietário da Way Brasil.	

Um pouco de história... de hobby a
negócio
Apesar de a marca Triton ter surgido no mercado
náutico apenas no ano 2000, a história do estaleiro Way
Brasil é bem mais antiga. Na década de 80, o engenheiro
mecânico José Maria Cechelero Jr. começou a explorar
o mercado com a fabricação de diversos produtos com
a fibra de vidro. O início, em um pequeno barracão em
Curitiba, foi quase que um hobby. José Maria resolveu
se aventurar confeccionando um molde de buggy. Não
foi preciso muito tempo para que começasse a testar seu
negócio na água. Em 1995 surge o Estaleiro Way Brasil
com os barcos da família Quest, destinados à pesca.
O negócio deu certo e cinco anos depois começaram
a ser criados os barcos da linha Triton. Hoje são oito
modelos, de 20 a 36 pés. Atualmente a empresa conta
com 65 funcionários.

SERVIÇO
SITE: www.waybrasil.com.br
TELEFONE: (41) 3278 7433

Sucesso desde o pré-lançamento

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO: 10,45 m

COMPRIMENTO TOTAL: 10,45 m

BOCA: 3,25 m

BOCA: 3,25 m

PESO: 3.500 kg
CAPACIDADE DIA: 12 pessoas
CAPACIDADE NOITE: 4 pessoas
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 360 L
TANQUE DE ÁGUA: 200 L
MOTORIZAÇÃO GASOLINA: 1x380 HP a 2x300 HP
MOTORIZAÇÃO DIESEL: 1x350 HP a 2x220 HP
Perfil

Planta
Externa
Planta
Interna

Fly 420 Virtess: design, segurança e manuseamento a bordo

O alemão quer
invadir sua praia
O estaleiro alemão Bavaria acaba de ganhar prêmios
pela sua nova linha Virtess. A boa novidade é que o dono
do primeiro modelo da linha no Brasil pode ser você
Por Amanda Kasecker

104  PERFILNÁUTICO

PERFILNÁUTICO 

105
BAVARIA FLY 420 VIRTESS

O

mais puro luxo europeu ao alcance dos
brasileiros. O estaleiro alemão Bavaria
recebeu no início de 2013 o Powerboat
Europeu do Ano por sua nova embarcação
com flybridge. No Boot Düsseldorf, quem
brilhou na noite de gala Flagship foi a Fly 420 Virtess.
Design, segurança e manuseamento a bordo estavam
entre os principais critérios de teste.

106  PERFILNÁUTICO

O prazer de pilotar com “os cabelos ao vento”

O ESTALEIRO ALEMÃO
BAVARIA RECEBEU
NO INÍCIO DE 2013 O
POWERBOAT EUROPEU
DO ANO

Jens Ludmann, diretor-geral da Bavaria, comemorou.
“Vencer o Powerboat Europeu do Ano com a nossa nova
flybridge é um marco importante na história do nosso
estaleiro.”

A principal diferença entre os dois é visível no próprio
nome: a Coupé não possui o flybridge. Para compensar,
foi projetado um teto panorâmico para que se tenha a
mesma sensação de pilotar com “os cabelos ao vento”.

A Fly 420 Virtess faz parte da linha de luxo do estaleiro
alemão, que inclusive já tem um segundo modelo: a
Coupé 420 Virtess, lançada alguns meses depois da Fly.

A boa notícia para os brasileiros é que todo esse luxo já
está ao nosso alcance. A Descobre Ventos, empresa que
representa a Bavaria (motor) no Brasil há pouco

PERFILNÁUTICO 

107
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40
Revista Perfil Náutico ed 40

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revista Perfil Náutico ed 35
Revista Perfil Náutico ed 35Revista Perfil Náutico ed 35
Revista Perfil Náutico ed 35Perfil Náutico
 
Revista Perfil Náutico ed 30
Revista Perfil Náutico ed 30Revista Perfil Náutico ed 30
Revista Perfil Náutico ed 30Perfil Náutico
 
Revista Perfil Náutico ed 39
Revista Perfil Náutico ed 39Revista Perfil Náutico ed 39
Revista Perfil Náutico ed 39Perfil Náutico
 
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...Ricardo Ribeiro
 
A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
A verdadeira história da cachaça - Messias CavalcanteA verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
A verdadeira história da cachaça - Messias CavalcanteSá Editora
 
Mapa de Pernambuco (IBGE)
Mapa de Pernambuco (IBGE)Mapa de Pernambuco (IBGE)
Mapa de Pernambuco (IBGE)Darlan Zurc
 
Circuito corridas 2011 res
Circuito corridas 2011   resCircuito corridas 2011   res
Circuito corridas 2011 resBruno Cirilo
 
Circuito corridas res 25 1-11
Circuito corridas res 25 1-11Circuito corridas res 25 1-11
Circuito corridas res 25 1-11Bruno Cirilo
 
Guia do Capitão Bombarco
Guia do Capitão BombarcoGuia do Capitão Bombarco
Guia do Capitão BombarcoMiriane Morais
 
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora Refinaria
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora RefinariaDiscurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora Refinaria
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora RefinariaGiovanni Sandes
 
Canções de capoeira
Canções de capoeiraCanções de capoeira
Canções de capoeiraDenis
 
Balizamento Costeiro - Biguaçu
Balizamento Costeiro -  BiguaçuBalizamento Costeiro -  Biguaçu
Balizamento Costeiro - BiguaçuBruno Wildner
 

Mais procurados (18)

Perfil Náutico ed. 46
Perfil Náutico ed. 46Perfil Náutico ed. 46
Perfil Náutico ed. 46
 
PerfilNautico45
PerfilNautico45PerfilNautico45
PerfilNautico45
 
Revista Perfil Náutico ed 35
Revista Perfil Náutico ed 35Revista Perfil Náutico ed 35
Revista Perfil Náutico ed 35
 
Revista Perfil Náutico ed 30
Revista Perfil Náutico ed 30Revista Perfil Náutico ed 30
Revista Perfil Náutico ed 30
 
Revista Perfil Náutico ed 39
Revista Perfil Náutico ed 39Revista Perfil Náutico ed 39
Revista Perfil Náutico ed 39
 
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...
A importância da presença de portugal nas reuniões da comissão baleeira inter...
 
A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
A verdadeira história da cachaça - Messias CavalcanteA verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
A verdadeira história da cachaça - Messias Cavalcante
 
Mapa de Pernambuco (IBGE)
Mapa de Pernambuco (IBGE)Mapa de Pernambuco (IBGE)
Mapa de Pernambuco (IBGE)
 
Circuito corridas 2011 res
Circuito corridas 2011   resCircuito corridas 2011   res
Circuito corridas 2011 res
 
Circuito corridas res 25 1-11
Circuito corridas res 25 1-11Circuito corridas res 25 1-11
Circuito corridas res 25 1-11
 
Guia do Capitão Bombarco
Guia do Capitão BombarcoGuia do Capitão Bombarco
Guia do Capitão Bombarco
 
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora Refinaria
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora RefinariaDiscurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora Refinaria
Discurso de Dilma em Pernambuco fala em Petrobras, mas ignora Refinaria
 
Canções de capoeira
Canções de capoeiraCanções de capoeira
Canções de capoeira
 
1207
12071207
1207
 
Balizamento Costeiro - Biguaçu
Balizamento Costeiro -  BiguaçuBalizamento Costeiro -  Biguaçu
Balizamento Costeiro - Biguaçu
 
Tratado do bacalhau
Tratado do bacalhauTratado do bacalhau
Tratado do bacalhau
 
Princess atlas de cruzeiro 2018 - 2019
Princess   atlas de cruzeiro 2018 - 2019Princess   atlas de cruzeiro 2018 - 2019
Princess atlas de cruzeiro 2018 - 2019
 
Cunard atlas de cruzeiro 2018 2019
Cunard   atlas de cruzeiro 2018 2019Cunard   atlas de cruzeiro 2018 2019
Cunard atlas de cruzeiro 2018 2019
 

Semelhante a Revista Perfil Náutico ed 40

Revista Perfil Náutico ed 38
Revista Perfil Náutico ed 38Revista Perfil Náutico ed 38
Revista Perfil Náutico ed 38Perfil Náutico
 
Revista Perfil Náutico ed 36
Revista Perfil Náutico ed 36Revista Perfil Náutico ed 36
Revista Perfil Náutico ed 36Perfil Náutico
 
Revista Perfil Náutico ed 34
Revista Perfil Náutico ed 34Revista Perfil Náutico ed 34
Revista Perfil Náutico ed 34Perfil Náutico
 
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTO
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTOREVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTO
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTOHelio Rodrigues Ribeiro
 
O Bacalhoeiro 2ª Edição
O Bacalhoeiro 2ª EdiçãoO Bacalhoeiro 2ª Edição
O Bacalhoeiro 2ª EdiçãoTiago Neves
 
Apresentação Final NG Urbanismo e Mobilidade
Apresentação Final NG Urbanismo e MobilidadeApresentação Final NG Urbanismo e Mobilidade
Apresentação Final NG Urbanismo e MobilidadeHugo Rodrigues
 
Marinha De Guerra Portuguesa
Marinha De Guerra PortuguesaMarinha De Guerra Portuguesa
Marinha De Guerra PortuguesaJoão Torres
 
Os Fuzileiros Navais na História do Brasil
Os Fuzileiros Navais na História do BrasilOs Fuzileiros Navais na História do Brasil
Os Fuzileiros Navais na História do BrasilFalcão Brasil
 
O Mensageiro do Algarve n.º 11
O Mensageiro do Algarve n.º 11O Mensageiro do Algarve n.º 11
O Mensageiro do Algarve n.º 11mensageiro2013
 
Dossiê módulo 4 canoagem - pedro loureiro
Dossiê módulo 4   canoagem - pedro loureiroDossiê módulo 4   canoagem - pedro loureiro
Dossiê módulo 4 canoagem - pedro loureiroVera Filipa Silva
 

Semelhante a Revista Perfil Náutico ed 40 (20)

Revista Perfil Náutico ed 38
Revista Perfil Náutico ed 38Revista Perfil Náutico ed 38
Revista Perfil Náutico ed 38
 
Revista Perfil Náutico ed 36
Revista Perfil Náutico ed 36Revista Perfil Náutico ed 36
Revista Perfil Náutico ed 36
 
Revista Perfil Náutico ed 34
Revista Perfil Náutico ed 34Revista Perfil Náutico ed 34
Revista Perfil Náutico ed 34
 
Marinistas 27
Marinistas 27Marinistas 27
Marinistas 27
 
Grandes veleiros voltam ao Tejo
Grandes veleiros voltam ao TejoGrandes veleiros voltam ao Tejo
Grandes veleiros voltam ao Tejo
 
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTO
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTOREVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTO
REVISTA NÁUTICA SUDESTE - EDIÇÃO DE AGOSTO
 
O Bacalhoeiro 2ª Edição
O Bacalhoeiro 2ª EdiçãoO Bacalhoeiro 2ª Edição
O Bacalhoeiro 2ª Edição
 
O bacalhoeiro
O bacalhoeiroO bacalhoeiro
O bacalhoeiro
 
Apresentação Final NG Urbanismo e Mobilidade
Apresentação Final NG Urbanismo e MobilidadeApresentação Final NG Urbanismo e Mobilidade
Apresentação Final NG Urbanismo e Mobilidade
 
Postais Máximos do Algarve (Concelho de Olhão)
Postais Máximos do Algarve (Concelho de Olhão)Postais Máximos do Algarve (Concelho de Olhão)
Postais Máximos do Algarve (Concelho de Olhão)
 
Apostila curso-basico-de-vela
Apostila curso-basico-de-velaApostila curso-basico-de-vela
Apostila curso-basico-de-vela
 
Convenção de Vendas
Convenção de VendasConvenção de Vendas
Convenção de Vendas
 
Marinha De Guerra Portuguesa
Marinha De Guerra PortuguesaMarinha De Guerra Portuguesa
Marinha De Guerra Portuguesa
 
VIAGENS S/A
VIAGENS S/AVIAGENS S/A
VIAGENS S/A
 
Outubro 2013
Outubro 2013Outubro 2013
Outubro 2013
 
362 an 13_dezembro_2011.ok
362 an 13_dezembro_2011.ok362 an 13_dezembro_2011.ok
362 an 13_dezembro_2011.ok
 
Os Fuzileiros Navais na História do Brasil
Os Fuzileiros Navais na História do BrasilOs Fuzileiros Navais na História do Brasil
Os Fuzileiros Navais na História do Brasil
 
O Mensageiro do Algarve n.º 11
O Mensageiro do Algarve n.º 11O Mensageiro do Algarve n.º 11
O Mensageiro do Algarve n.º 11
 
Dossiê módulo 4 canoagem - pedro loureiro
Dossiê módulo 4   canoagem - pedro loureiroDossiê módulo 4   canoagem - pedro loureiro
Dossiê módulo 4 canoagem - pedro loureiro
 
marinharia.pdf
marinharia.pdfmarinharia.pdf
marinharia.pdf
 

Revista Perfil Náutico ed 40

  • 1. 00045 BENETTI 140 ANOS: EXCELÊNCIA ITALIANA ISSN 1980-9794 EXPEDIÇÃO ORIENTE BENETTI 140 ANOS PRAZER, GLAMOUR E AVENTURA 9 771980 97 903 7 00040 9 771980 97903 7 NAVEGAR É PRECISO NAVEGAR É PRECISO TODAS AS EMOÇÕES A BORDO DOS VELEIROS PERFIL NUMARINE PERFIL NUMARINE O TINO TURCO PARA NAVEGAÇÃO ANO 08 E MAIS, NA SEÇÃO PERFIL, 4 EMBARCAÇÕES: N°40 2013 COLUNNA 285 CORSAIR 32 TRITON 345 FLY 420 VIRTESS
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Editorial Experimente A imagem de um veleiro, real – navegando ou ancorado – ou mesmo emoldurada numa bela foto ou quadro, remete-nos imediatamente a um universo de paz e liberdade. Foi exatamente esse o universo que vivenciamos durante os trabalhos dessa edição da Perfil Náutico, procurando levar a você leitor todas as emoções de velejar. É claro que essas sensações só podem ser sentidas estando a bordo de um veleiro. Por isso, para quem pretende ter um veleiro, nossa dica é experimentar o máximo possível até decidir qual o melhor barco para você e ter bons motivos para tirar o veleiro da parede. Velejar é, talvez, a palavra mais comum entre os integrantes da Família Schurmann. Em uma reportagem especial eles nos contam tudo sobre a próxima aventura: a Expedição Oriente, a bordo do veleiro Kat. Para inspirar ainda mais, fomos conferir os preparativos da Rolex Ilhabela Sailing Week, a semana de vela que completa quatro décadas em Ilhabela. Como ninguém é de ferro, aproveitamos para dar uma esticadinha até o interior de São Paulo, em São Luiz do Paraitinga, uma cidade que reaparece no cenário turístico depois de ser abalada pelas águas das chuvas e pelos desmoronamentos. Do Mundo Náutico trazemos a cobertura do aniversário de 140 anos da Benetti, a movimentação do Nordeste Motorshow no Recife (PE), o fim de semana de gala Ferretti Weekend e uma curiosidade: grandes clubes de futebol que surgiram na água, com as regatas de remo. Na seção Perfil, duas embarcações brasileiras, Colunna 285 e Triton 345, e duas estrangeiras, Chris-Craft Corsair 32 e Bavaria Fly 420 Virtess. Visitamos também o estaleiro Numarine em sua sede asiática com vista para a Europa. As dependências da Numarine na Turquia são como mergulhos numa cultura náutica rica e profunda. CONSELHO DIRETOR Aldo Alfredo Malucelli aldo@grupocanal.com.br Carlos Alberto Gomes carlos@grupocanal.com.br José “Juca“ Kulling jose.juca@grupocanal.com.br Luiz Alfredo Malucelli luiz@grupocanal.com.br DEPTO. DE JORNALISMO EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcelo Fabiani (Buda) marcelo.buda@grupocanal.com.br DRT-PR / 6633 REDAÇÃO Leo Suzuki leonardo.suzuki@grupocanal.com.br EDIÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO REVISÃO DRT-PR / 8276 Lumen Design (Lais Glück) João Batista Ribeiro COLABORAM NESSA EDIÇÃO Alisson Diniz, Amanda Kasecker, Família Muller, Guilherme Aquino, Ilza Vinagre, Jorge Nasseh, Kos Evans, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella Malucelli, Thais Zago. IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Monalisa DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA FC Comercial Distribuidora Ltda. CENTRAL DE PUBLICIDADE COMERCIAL comercial@grupocanal.com.br (41) 3331 8300 JOSÉ “JUCA” KOLLING jose.juca@grupocanal.com.br Rua Jorge Cury Brahim, 712, Pilarzinho, 82.110-040, Curitiba - PR. Fone (41) 3331 8300 Fax (41) 3331 8305 Revista Perfil Náutico Rádio Mix Curitiba - 91,3 MHz 91 Rock Web www.91rock.com.br Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. As imagens sem créditos foram fornecidas para divulgação. Revista Perfil Náutico, ano 8, no 40, é uma publicação da Editoral CANAL/mid, divisão de mídia do Grupo CANAL/com. Todos os direitos reservados. FALE COM A GENTE redacao@perfilnautico.com.br Bons ventos, boa leitura Marcelo Buda CANAL TÉCNICO Envie sua pergunta para canaltecnico@perfilnautico.com.br ASSINATURA assinatura@perfilnautico.com.br PERFIL NÁUTICO NA INTERNET www.perfilnautico.com.br 8  PERFILNÁUTICO
  • 6. Índice CANAL 12 64 74 78 LEITOR NÁUTICO DÉCOR CONSTRUTOR MUNDO NÁUTICO 22 Aniversário Benetti Estaleiro italiano comemora 140 anos 28 Nordeste Motorshow Setor náutico ganha espaço no Recife (PE) 32 Clubes de regatas e futebol CAPA 46 Navegar é preciso Prazeres e emoções a bordo de veleiros PERFIL 81 Colunna 285 89 Corsair 32 97 Triton 345 105 Fly 420 Virtess 113 Numarine A origem de grandes times foi no remo Projeto exclusivo do estaleiro, a pedido dos clientes 38 Ferretti Weekend Um fim de semana de gala para privilegiados NESTA EDIÇÃO 14 Lancha clássica da americana Chris-Craft é repaginada NEWS Novidades do segmento náutico 122 eSTILO Personalidade e bom gosto 124 Expedição Oriente Novidade da Way Brasil, para famílias exigentes A nova aventura da Família Schurmann 130 Rolex Ilhabela Sailing Week Quatro décadas de vela no litoral paulista 136 esporte Luxo alemão da Bavaria navegando em águas brasileiras Competições na água esquentaram o início do ano 142 Turismo São Luiz do Paraitinga 148 PLANETA ÁGUA Para limpar o plástico dos oceanos 150 GOURMET Bacalhau como se faz na fazenda 10  PERFILNÁUTICO Estaleiro turco prepara-se para o futuro, também no Brasil
  • 7. Canal do Leitor CAPA Sem falar de sua potência nas águas. Um sonho de consumo. Alexandre Rocha Granato Muito interessante a relação de custo e benefício proporcionada pelas embarcações de 35 e 36 pés mostradas na matéria. Quase um manual, com sete opções incríveis para quem deseja comprar ou trocar de barco. Denis Alencar Parabéns pela última edição. É realmente um prazer ver a qualidade editorial da revista. Sucesso a todos! Sou fascinada por mergulho e me identifiquei muito com a matéria nas Ilhas Maldivas. O fundo do mar é um universo maravilhoso. As imagens estão belíssimas! Thais Branco Felipe Furquim (CEO da loja de equipamentos náuticos Regatta) Ótimas informações sobre o Salão Náutico de Istambul. Fiquei curioso sobre o iate de 78 pés da Numarine e encantado com os detalhes dos barcos estilo vintage lá expostos. Marcelo de Melo Pereira Parabéns aos nossos bravos guerreiros Beto Pandiani e Igor Bely. Percorrer 5 mil milhas náuticas em um catamarã sem cabine não é para qualquer um. Embarquei nessa travessia junto com eles, acompanhando pelo Tumblr. Foi de arrepiar! Paula Ferreira Martins Um verdadeiro espetáculo essa 540 Sundancer, da Sea Ray, com design clean e contemporâneo. Acho que o governo brasileiro não tem de pensar duas vezes para implantar essa política de pagar pelo consumo individual da água. A falta de água é realidade em todo o mundo e precisamos nos conscientizar. Pablo Cavalcanti FALE CONOSCO Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redacao@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br. As mensagens devem ser enviadas à redação e à equipe técnica com identificação do autor, endereço e telefone. Em virtude do espaço disponível, os textos podem ser resumidos ou editados. A revista reserva-se o direito de publicar ou não as colaborações. 12  PERFILNÁUTICO
  • 8. News armada é first no brasil A First Yacht e o estaleiro catarinense Armada agora são parceiros comerciais. As lanchas Armada, de 30 a 44 pés, passam a ser vendidas com exclusividade por intermédio dos representantes da First Yacht, em toda a costa brasileira. Por meio dessa operação, o estaleiro pretende reforçar a sua presença nas várias regiões brasileiras, especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e na Região Sul. A First Yacht já tem em seu portfólio as renomadas marcas italianas Azimut Yachts e Atlantis e passa agora a atender a Armada para todo o Brasil. Armada 300M Cabrio UM GIGANTE DA AZIMUT Design de Stefano Righini e decoração de Carlo Galeazzi A Azimut Grande 100 foi o maior barco em exposição no Rio Boat Show 2013. O estaleiro italiano com sede no Brasil, em Itajaí (SC), apresentou oito embarcações de suas prestigiadas marcas no evento. 14  PERFILNÁUTICO A Azimut Grande 100 é um iate de 31 metros que integra a linha de megaiates Benetti/ Azimut Grande. Desenhado por Stefano Righini e com os arranjos interiores de Carlo Galeazzi, reflete uma personalidade única e dinâmica, marca registrada da coleção dos megaiates planantes do grupo Azimut Benetti. Outras duas embarcações da Azimut estavam entre as maiores da feira: a Azimut 88 e a Azimut 82.
  • 9. News RIO BOAT SHOW 2013 A organização da 16ª edição do Rio Boat Show, evento encerrado no dia 1º de maio, divulgou o balanço geral do salão. Segundo os dados divulgados, um total de R$ 276 milhões foi gerado em negócios. Realizada no Píer Mauá, a feira contou com cerca de 130 expositores e aproximadamente 230 barcos expostos, no mar e em terra firme. As tradicionais palestras também fizeram parte da programação. Pela primeira vez o salão teve um pavilhão dedicado exclusivamente a empresas americanas, como estaleiros e fabricantes de equipamentos náuticos. R$ 276 milhões em negócios FS YACHTS COMEMORA VENDAS Representante da Região Sul do país, o estaleiro catarinense FS Yachts comemorou a venda recorde de embarcações no Rio Boat Show 2013: foram 52 lanchas vendidas durante os sete dias de feira. Renato Gonçalves, diretor comercial do estaleiro, falou que lançamento da FS 180 superou as expectativas, com 18 unidades vendidas. A FS Yachts lançará uma lancha de 27 pés ao fim deste ano e pretende expandir sua rede de revendedores agora para as Regiões Norte e Nordeste do Brasil. 16  PERFILNÁUTICO 52 lanchas vendidas no RBS
  • 10. News DE BARRA BONITA A TRÊS LAGOAS Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná: 14 dias, 12 cidades Em julho acontece a quarta edição do Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná, organizado pela Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro – ABVC. O passeio de 14 dias tem o objetivo de levar adultos e jovens para uma experiência cultural única e enriquecedora, conhecendo de um ponto de vista diferente, pelo rio, os atrativos turísticos das cidades ribeirinhas, seus costumes e folclores, sabores coloniais e sua importância histórica. A flotilha passará por 12 cidades, entre clubes náuticos, marinas, condomínios e atracadouros públicos. Em cada parada será oferecida uma palestra a toda a comunidade ou aos seus associados, demonstrando o potencial turístico fluvial da hidrovia e suas belezas. A largada será no dia 6 de julho, em Barra Bonita (SP) e a chegada no dia 20 de julho na cidade de Três Lagoas, já no Mato Grosso do Sul. CINEMA NACIONAL EM CRUZEIRO O navio MSC Orchestra será cenário para o longa-metragem S.O.S – Mulheres ao Mar, filme que contará com a presença de Giovanna Antonelli, Reynaldo Gianecchini, Thalita Carauta. A equipe embarcou para a Itália, onde serão gravadas as cenas em terra, e na sequência fará a gravação do material em um cruzeiro pelo Mediterrâneo. O MSC Orchestra, que estará no Brasil a partir de novembro, tem capacidade para 3.223 hóspedes e conta com 16 andares. As gravações ocorrerão nos bares, na discoteca, no teatro e em um dos cinco restaurantes. 18  PERFILNÁUTICO As filmagens acontecem no MSC Orchestra
  • 11. News VIP EM MIAMI Mimos exclusivos para hóspedes O W South Beach Hotel & Residences, em Miami, Flórida, escolheu a dedo 26 das suas mais exclusivas suítes e elevou-as a outro nível. Agora, os hóspedes que reservarem sua estadia em uma das suítes vips do W South Beach irão desfrutar de vários serviços e mimos exclusivos, incluindo um serviço dedicado de concierge vip, o W Insider – que está por dentro de tudo o que acontece no hotel e na cidade e pode fazer reservas nos restaurantes, boates JULHO NA PATAGÔNIA ARGENTINA Geleira de Perito Moreno, em El Calafate 20  PERFILNÁUTICO e eventos mais badalados, alugar barcos para passeios e providenciar qualquer outro desejo do hóspede. Mais informações: www.wsouthbeach.com/vip-suites. Um dos destinos mais exóticos de toda América, a belíssima Patagônia Argentina, conhecida pelos experts em viagens como o Himalaia da América do Sul, é a dica para as férias de julho. Entre as atrações para os turistas estão a incrível geleira de Perito Moreno, localizada em El Calafate. O famoso glaciar é conhecido pelo espetáculo oferecido pela mãe natureza, onde os blocos de gelo se rompem e despencam sobre os lagos de cor azul-turquesa. Em Ushuaia os viajantes terão a oportunidade de conhecer o magnífico Parque Nacional Tierra del Fuego. Mais informações: FREEWAY: www.freeway.tur.br
  • 12. MUNDO NÁUTICO benetti 140 anos Excelência italiana Um dos mais antigos construtores de iates de luxo a motor do mundo, o estaleiro Benetti, está celebrando 140 anos de existência Por Alisson Diniz 22  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  23
  • 13. MUNDO NÁUTICO benetti 140 anos Uma história que começou em 1873 com o veleiro Barcobestia A empresa fundada por Lorenzo Benetti, hoje uma das mais famosas e bem conceituadas do mundo, começou construindo barcos de madeira usados para transporte e comércio internacional. Isso lá pelos idos de 1873, na cidade de Viareggio na Itália, onde Lorenzo abriu seu primeiro estaleiro e construiu o veleiro “Barcobestia", usado para o transporte local e internacional. Depois da morte de Lorenzo, A BENETTI FOI A PRIMEIRA A PERCEBER O POTENCIAL DE MATERIAIS COMPOSTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE IATES seus dois filhos, Gino e Emilio assumiram a gestão do estaleiro. Eles mudaram seu nome para Projetistas do passado, olhando para o futuro 24  PERFILNÁUTICO Valores tradicionais e tecnologia avançada Fratelli Benetti e rapidamente construíram e consolidaram uma reputação de construtores de veleiros comerciais que se estendeu muito além do Mediterrâneo. Mas o século 20 foi um período de turbulência, agitação e revolução tecnológica. Após a Segunda Guerra Mundial, as embarcações à vela comerciais construídas com madeira começaram a ficar obsoletas. A Fratelli Benetti poderia tornar-se uma raridade industrial ou desaparecer. Em vez disso, ela foi adaptada aos tempos, mudou de direção e começou a Lorenzo Benetti produzir embarcações de recreio de aço. Depois de abandonar a madeira, o estaleiro Benetti foi o primeiro a perceber o potencial de materiais compostos para a produção de iates e, no início dos anos 1960, iniciou a transição de barcos de metal para de aço e de alumínio e os primeiros iates de luxo começaram a ser produzidos, sendo o Nabila um dos mais famosos, com 86 metros de comprimento. Atualmente é sinônimo de tradição e inovação, estilo e qualidade, adjetivos que moldam a missão e a cultura da empresa. Tudo para satisfazer as necessidades cada vez mais complexas dos mais exigentes proprietários em todo o mundo. "Este ano não é apenas o 140º aniversário do Benetti, é também o 10º aniversário da aquisição do Estaleiro Livorno”, comenta Ing Vincenzo Poerio – CEO da Benetti. “Nós planejamos um calendário extenso de eventos que culminaram em junho em Portofino com um exclusivo fim de semana junto com os nossos clientes de todo o mundo. Proprietários que não vêm até nós para comprar um iate que está pronto, mas para construir um junto conosco, a fim de expressar plenamente a sua personalidade e viver um verdadeiro relacionamento com o mar.” GRUPO AZIMUT BENETTI Em 1985 a Benetti sofre uma grande alteração. O construtor de barcos Azimut Yachts adquiriu o estaleiro naval, trouxe uma nova gestão e transformou a Benetti, modernizando-a e introduzindo a tecnologia avançada que conhecemos hoje. A Benetti tornouse um estaleiro prospectivo e inovador, mas que mantém seus valores tradicionais de experiência, habilidade e uma paixão por um bom artesanato. Em 1979 o megaiate Nabila é lançado PERFILNÁUTICO  25
  • 14. MUNDO NÁUTICO benetti 140 anos Com o maior crescimento entre todos os outros concorrentes de megaiates, a Benetti é um ícone de elegância incomparável focada na combinação de design atemporal, de classe mundial, qualidade e atenção aos detalhes. Cada iate Benetti oferece personalização. Ao longo dos anos o estaleiro cresceu e mudou, não seguindo, mas antecipando os tempos. A Benetti produz iates que estão bem estabelecidos e à altura da excelência italiana: elegantes, exclusivos e extremamente bem trabalhados. “Os clientes que se aproximam de nós com ideias e expectativas são como um desafio e um estímulo contínuo”, diz Vincenzo Poerio. “Nossa missão é fazer todos os detalhes perfeitos, sem concessões ao compromisso, seu sucesso se torna nosso. Este nível de qualidade e paixão é nosso único caminho para os próximos 140 anos de sucesso.” Com 140 anos de história, o estaleiro Benetti tem cerca de 300 modelos barcos construídos, Uma das fábricas da Benetti na Itália, em Darsena BENETTI DO FUTURO Como parte das comemorações dos 140 anos a Benetti apresentou projetos de barcos para os próximos dez anos. O Design Innovation Benetti envolveu designers de renome internacional, a fim de criar novos conceitos para barcos personalizados de 50 a 90 metros. No total, 27 estão sendo apresentados, são expoentes da singularidade da Benetti com um olho para o futuro. O iate Jolly Roger de 65 metros, desenhado por Ludovica e Roberto Palomba, é um dos projetos mais inovadores, com um visual dinâmico e elegante. Os deques são apoiados por um sistema que permite o uso de grandes janelas, reinterpretando o elemento de poder típico da Benetti. 140 ANOS DE HISTÓRIA E CERCA DE 300 MODELOS CONSTRUÍDOS instalações que cobrem mais de 300 mil metros quadrados em seis estaleiros localizados na Itália. São 34 iates em construção no momento, incluindo um megaiate de 90 metros. Estes fatos e números demonstram de forma inequívoca a dinâmica de crescimento e o perfil dos clientes da Benetti, o que dá confiança irrestrita à marca. 26  PERFILNÁUTICO Iate Jolly Roger, desenhado por Ludovica e Roberto Palomba
  • 15. MUNDO NÁUTICO nordeste motorshow Espaço na feira dedicado ao segmento náutico foi novidade para a região SUCESSO EM SUA PRIMEIRA EDIÇÃO Em quatro dias de feira, o Nordeste Motorshow, salão internacional de veículos de duas e quatro rodas e náutico, atraiu mais de 41 mil pessoas A Por Leo Suzuki primeira edição do Nordeste MotorShow foi sucesso de público e de negócios em todos os setores. Mais de 41.200 pessoas passaram pelo Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, durante os quatro dias de feira – de 25 a 28 de abril deste ano. O salão internacional de veículos de duas rodas, quatro rodas e 28  PERFILNÁUTICO MAIS DE 41 mil PESSOAS PASSARAM PELO CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO, EM OLINDA náutico consolidou Pernambuco na rota das grandes feiras internacionais. O segmento náutico foi uma grande novidade para a região, expandindo o público e atraindo novos olhares para o setor que só faz crescer no Nordeste, a exemplo de outras regiões do Brasil. A área destinada aos barcos e seus acessórios foi responsável por cerca de 15% do público presente no evento, segundo a organização. “Reunimos todas as tendências em um só lugar”, disse o diretor da Nordeste MotorShow, Rodrigo Rumi. “Os mercados dos setores expostos no evento estarão aquecidos nos próximos meses e por se tratar da primeira edição acreditamos que abrimos uma excelente plataforma de vendas.” Ao todo, oito expositores do setor náutico estiveram presentes no evento: os estaleiros Atymar, Ecomariner, Fibrasmar e Royal Mariner; as lojas Centro Náutico Nordeste, Da Fonte Náutica e Shark Boats; e a marina Porto do Mar. Os estaleiros Ecomariner e Royal Mariner fizeram um balanço bastante positivo e já confirmaram presença na próxima edição da feira. “Foi um sucesso”, disse Rodrigo Cardoso, da Ecomariner. “Um evento muito produtivo que PERFILNÁUTICO  29
  • 16. MUNDO NÁUTICO nordeste motorshow movimentou o mercado náutico com certeza.” De acordo com Vinícius Rangel, gerente comercial da Fibrasmar, o Nordeste MotorShow veio confirmar o crescimento do mercado náutico na região. “Além de possibilitar um aumento nas vendas, em um período em que a sazonalidade reduz a demanda.” No segmento quatro rodas, o estande da Chevrolet foi um dos que mais chamaram a atenção do público. Além AO TODO, OITO EXPOSITORES DO SETOR NÁUTICO ESTIVERAM PRESENTES NO EVENTO de exibir o popular Camaro amarelo, a montadora promoveu um show ao vivo com três cantores e dançarinos. A montadora Volkswagen trouxe para o Nordeste MotorShow alguns de seus modelos com o intuito de dar mais visibilidade à marca, como a Amarok, o Fusca e a Tiguan. A participação da JAC Motors no evento também foi bastante satisfatória, destacando no estande o J2 — que, com quatro meses de lançamento, está entre os carros importados mais vendidos do Brasil. A Citroën levou para o Nordeste MotorShow o DS5. A BMW participou do evento representada pela Plena Comércio de Veículos Ltda. e comemorou o sucesso obtido. O salão foi organizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e a segunda edição já tem data prevista para acontecer em 2014, entre 24 e 27 de abril. “Além das marcas presentes neste ano, novos expositores já reservam espaço no salão”, disse o gerente do evento, Diego Montenegro. 30  PERFILNÁUTICO
  • 17. MUNDO NÁUTICO clubes de regatas e futebol chutes e remadas Entre os 20 clubes que disputam a série A do Campeonato Brasileiro, quatro deles nasceram do remo, um outro, por exemplo, sofreu forte influência do remo em seu escudo, o Corinthians. Flamengo, Botafogo, Vasco da Gama e Náutico, antes de calçarem chuteiras e marcarem seus primeiros gols, surgiram de fortes remadas e disputadas regatas. Assim como o futebol, o remo também foi trazido da Europa para o Brasil, neste caso por um grupo de imigrantes alemães, em 1880. Com a chegada de Miller, muitas dessas agremiações de regatas aderiram à novidade do esporte bretão e passaram a montar equipes de futebol. O Flamengo, tradicional clube de regatas, que em 1900 conquistou a regata que comemorava o quadricentenário do descobrimento do Brasil e levou para sua galeria o Troféu Jarra Tropon, sua primeira grande conquista internacional, passou a manter um time de futebol, assim como outros clubes que se dividiram entre o popular remo e o novo esporte. A popularidade inverteu-se e o futebol ganhou proporções que nem Charles Miller poderia imaginar. A rivalidade ENTRE OS 20 CLUBES QUE DISPUTAM A SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO, QUATRO DELES NASCERAM DO REMO de alguns clubes, como dos cariocas Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, passou das raias para os gramados. Antes de brilharem nos gramados, alguns clubes brasileiros de futebol iniciaram na água, como clubes de regatas Por Alisson Diniz E m maio começou o campeonato brasileiro de futebol. Até o final do ano 20 clubes disputam o título de melhor time do esporte mais popular do Brasil em 2013. O que nem todo mundo sabe é que alguns desses clubes brasileiros, em sua origem ou em registros históricos, tiveram outro esporte, bem menos popular, como a principal atração esportiva entre seus associados e torcedores: o remo. 32  PERFILNÁUTICO A mudança na preferência dos brasileiros começou quando Charles Miller desembarcou no Brasil em 18 de fevereiro de 1894, depois de um período de estudos na Inglaterra. Ele trouxe na bagagem duas bolas de futebol, um livro de regras e uma bomba para encher bolas. Clubes náuticos espalhavam-se pelo Brasil e Charles mal sabia que transformaria os costumes e a cultura de um país. Equipe de remo do Vasco da Gama de 1951 PERFILNÁUTICO  33
  • 18. MUNDO NÁUTICO clubes de regatas e futebol das raias para os estádios Botafogo FLAMENGO VASCO NáUTICO O Botafogo foi o primeiro clube, dentre os que disputam o Brasileirão, a começar sua história gloriosa como clube de regatas. Num encontro entre 16 homens no primeiro dia de julho de 1894, nascia o Club de Regatas Botafogo. Entre as lendas do clube, que teve os futebolistas Garrincha, Zagallo e Jairzinho, está a embarcação Diva, vencedora em todas as 22 regatas que disputou. Os primeiros chutes começaram em outro clube, o Botafogo Football Club, fundado em 1904. Somente no dia 8 de dezembro de 1942 houve a fusão do Club de Regatas Botafogo e do Botafogo FootBall Club. Nascia então o Botafogo de Futebol e Regatas, o clube da estrela solitária. O Clube de Regatas Flamengo nasceu em 1895 com o nome de Grupo de Regatas do Flamengo, sua primeira embarcação, batizada de Pherusa, foi adquirida por 400 réis depois que uma vaquinha feita entre alguns atletas: Mario Espínola, José Agostinho Pereira da Cunha, Felisberto Laport, Nestor de Barros e José Feliz da Cunha Menezes. No dia 21 de agosto de 1898 foi fundado Club de Regatas Vasco da Gama. Sessenta e dois homens reuniram-se em uma sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma e fundaram uma associação para a prática do remo. Em sua maioria portugueses, inspiraramse nas celebrações dos 400 anos da descoberta do caminho marítimo para as Índias e batizaram a nova agremiação com o nome do navegador português Vasco da Gama, que heroicamente alcançou esse feito. Nascia ali o Vasco da Gama. O Club Náutico Capibaribe, entre os que disputam o Brasileirão de futebol em 2013, foi o último dos clubes de remo a ser fundado. Apesar de a data oficial de sua fundação ser dia 7 de abril de 1901, sua história teve o início em 1897. Depois de terminada a Revolta de Canudos, os recifenses receberiam as tropas pernambucanas. Como parte da programação que recepcionaria os soldados do estado estava uma grande regata, para o dia 21 de novembro daquele ano, com os atletas do clube Recreio Fluvial, que faziam excursões do Rio Capibaribe até os bairros Poço da Panela e Apipucos. Mais tarde, o Recreio Fluvial uniu-se ao Clube dos Pimpões, e surgiu assim o Club Naútico Capibaribe. No dia 14 de julho de 1909, os estatutos do clube foram modificados em assembleia, estendendo as atividades esportivas e o futebol foi inserido oficialmente no clube. Dois clubes fundiram-se e surgiu o Botafogo de Futebol e Regatas botafogo Um dos maiores feitos dos remadores rubro-negros aconteceu em 1932 e foi completar a travessia Rio-Santos em cinco dias, participaram os atletas Ângelo Gammaro, Everardo Peres da Silva, Alfredo Correia e Antônio Rebelo Júnior. Uma curiosidade é que os apelidos, muito comuns nos dias de hoje entre os jogadores de futebol, já faziam parte dos costumes dos remadores. Antônio Rebelo Júnior era chamado de O Engole Garfo e Alfredo Correia era o Boca Larga. Equipe do Flamengo da década de 80 e Fabiana Beltrame, um dos grandes nomes do remo nacional flamengo Duas gerações do remo do Vasco: 1953 e 2009 vasco Remos do Náutico: anos 60 e 2013 náutico c R 34  PERFILNÁUTICO F PERFILNÁUTICO  35
  • 19. MUNDO NÁUTICO clubes de regatas e futebol corinthians REGATAS CARIOCAS O futebol sempre foi prioridade no Sport Club Corinthians Paulista. Entretanto, em 1933 o clube implantou uma equipe de remo em seu quadro de modalidades esportivas. Devido a isso, o escudo do clube sofreu uma modificação. Foram acrescentados um par de remos e uma âncora, mantidos desde então. A artefinal é de autoria do pintor Francisco Rebolo Gonsales, ex-jogador do Corinthians. Para explicar o apelido de Timão, existem duas versões: uma diz que o apelido veio em decorrência de uma confusão. Após ser incluído o remo e a âncora no escudo do clube, muitos achavam que as partes formavam um timão de navio. A outra versão afirma que, em 1966, o clube enfrentava um jejum de 12 anos sem títulos e o então presidente Wadih Helu resolveu montar um timaço para dar fim ao jejum. Jornais passaram a publicar manchetes chamando o Corinthians de “timão”. Mas o time não vingou, a torcida adversária entoava nas arquibancadas o grito de “cadê timão?” e o apelido foi pegando. Essa equipe conquistou apenas o torneio Rio-São Paulo de 66, título divido com Santos, Vasco e Botafogo, que chegaram empatados na primeira posição. A Enseada de Botafogo era a preferida dos esportistas. A água relativamente calma e a proximidade com o centro da cidade, onde estavam as sedes da maioria dos clubes, consagraram o local. Na praia, uma estreita faixa de areia recebia os barcos após as regatas, tendo à sua volta um público empolgado, cuja presença conferia mais brilho aos eventos. O Pavilhão de Passos testemunhou inúmeros eventos, como o primeiro Campeonato de Remadores do Brasil, em 1911, disputado com barcos de quatro remos e vencido pelo Rio de Janeiro, e uma regata internacional em 1922, em comemoração ao centenário da Independência. A partir de 1927, as competições seriam disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas, levando a seu abandono e desaparecimento. Suas imagens, contudo, permanecem como testemunho do nascimento do esporte como atividade popular e indissociável da vida moderna do Rio de Janeiro. H I ANS IN T 1910 36  PERFILNÁUTICO U L IISTA UL ST PA PA C C.. C OR S . C OR CORINTHIANS Enseada de Botafogo, ponto tradicional das maiores regatas de remo do Rio de Janeiro
  • 20. MUNDO NÁUTICO evento ferretti Luiza Possi e Ed Motta foram atrações para os convidados família ferretTi Em sete dias, evento reúne vips na 1ª Ferretti Weekend Por Leo Suzuki Desfile do estilista Carlos Miele 38  PERFILNÁUTICO O anfitrião Marcio Christiansen ao lado de Ray Bretas e Carlos Mieli, e a bordo de um Ferretti C om o objetivo de oferecer conforto e exclusividade de atendimento aos seus atuais e futuros clientes, o Ferrettigroup Brasil promoveu entre os dias 25 de abril e 1º de maio a primeira edição da Ferretti Weekend. Estiveram presentes mais de 150 famílias que compõem o Club Famiglia Ferretti, além de banqueiros, presidentes de empresas e personalidades da alta sociedade. O evento foi realizado no Portobello Resort, na região de Mangaratiba, no Rio de Janeiro. “Estamos procurando cada vez mais proporcionar aos clientes experiências com a marca para que ele possa recordar desses momentos para sempre”, ressalta o gerente de Marketing do Ferrettigroup Brasil e idealizador do evento, Ricardo Kurtz. Em sete dias de puro luxo e glamour, os vips puderam desfrutar de shows musicais exclusivos com Luiza Possi, Ed Motta, Leo Maia e Vanessa Jackson. Na ocasião, os convidados também se deslumbraram com o desfile de moda do renomado estilista brasileiro Carlos Miele. Um ateliê de costura foi estruturado no local, onde Miele criava, na hora, roupas para os participantes. O EVENTO FOI rEALIZADO NO PORTOBELLO rESORT, NA REGIÃO DE MANGARATIBA (RJ) Para manter sempre a boa forma, o evento disponibilizou oficinas de esportes com importantes nomes do setor, como o tenista Ricardo Melo, o jogador de vôlei Tande e os craques do futebol Serginho Chulapa e Vampeta. O menu foi comandado pelo chef de cozinha francês Claude Troigros, que além de cozinhar ministrou oficinas gastronômicas. “Nosso objetivo não foi atender 4 mil pessoas às pressas, mas atender muito bem as 400 mais importantes”, comenta Marcio Christiansen, CEO do Ferrettigroup Brasil. Durante toda essa programação exclusiva, o Ferrettigroup deixou à disposição seis modelos de iate – 530, 620, 660, 700, 750 e 830 – aportados para visitação e passeios pelas águas cristalinas de Mangaratiba. Para saber mais sobre o Ferretti Weekend e até mesmo participar das próximas edições, acesse ferrettiweekend.com.br ou ligue para (11) 3552 4000. PERFILNÁUTICO  39
  • 21. MUNDO NÁUTICO evento ferretti 530: A embarcação pode atingir até 32 nós de velocidade máxima e 28 nós em cruzeiro. Tem capacidade para 14 pessoas a bordo e acomodação para seis pessoas mais um tripulante. O diferencial da 530 é o sistema opcional ARG (Anti Rolling Gyro), que reduz 50% das oscilações laterais quando o barco está ancorado. 620: A grande área social, tanto no convés principal quanto na parte externa, é o diferencial da Ferretti 620. A lancha vem equipada com dois motores Man V8 900 CR. Sua autonomia máxima é de 320 milhas náuticas (590 km). 660: As janelas e vigias da 660 são amplas, garantindo bom uso da luz natural para iluminar os ambientes internos. A lancha possui quase 20 metros de comprimento e tem capacidade para 18 pessoas. No pernoite, acomoda seis pessoas em três espaçosas cabines. os seis modelos do ferretti weekend 700: A lancha foi projetada com um conceito ecológico. Duas baterias de gel alemãs de 2 mil ampères permitem deixar desligado o gerador por até 24 horas, proporcionando aos passageiros momentos únicos de silêncio. 750: O design clássico da 750 alia a personalidade forte e a elegância dos tons quentes. O modelo foi projetado para aqueles que gostam de espaço interior e esplêndida decoração. 830: Alguns dos destaques da 830 é o flybridge e a cozinha que acompanha o mesmo padrão de uma residência luxuosa. Além do amplo quarto principal, a lancha possui duas cabines de hóspede e uma cabine vip com cama de casal. 40  PERFILNÁUTICO
  • 22. CAPA NAVEGAR É PRECISO A vida é melhor com velas içadas Tradição, prazer, glamour e aventura estão a bordo dos veleiros quase sempre. Não importa o tamanho do casco nem a dimensão da vela. Paz, silêncio, mar, sol e horizonte compõem a moldura deste mosaico de emoções, claro, em condições normais de temperatura e pressão Por Guilherme Aquino 42  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  43
  • 23. CAPA NAVEGAR É PRECISO O vento e a água estão ali, à disposição dos iatistas, e não discriminam ninguém. Eles são os mesmos para todos. É difícil encontrar uma integração, uma interação maior entre o homem e as forças da natureza que não seja aquela proporcionada pela navegação em um barco a vela. No mar, mesmo com todas as suas armadilhas, o iatista usa os elementos a seu favor, sempre, em quaisquer condições de vento e corrente. Um veleiro singra entre dois ambientes que alimentam a vida no planeta: o ar e a água. O barco a vela é o elo destes dois elementos fundamentais e dos quais captura a energia para se deslocar seguindo a rota traçada pelo comandante. E neste jogo de forças é o raciocínio humano que faz a diferença. É ele quem determina a busca pela melhor angulação possível para uma navegação perfeita. O barco a vela é o intérprete de um maravilhoso diálogo entre o homem e a natureza. E dizem que, ao longo do tempo, o barco adquire a personalidade do seu comandante. É sob um céu estrelado e um mastro como firmamento que o esplendor de uma embarcação a vela reluz mais ainda. Antiguidades à parte Os veleiros históricos chegam aos nossos dias impregnados de maresia e sabor de conquista de tempo e dinheiro. A arte da construção naval de porto ganha impulso no começo do século 16, graças aos ricos comerciantes holandeses. A navegação, como passatempo e lazer, nasce nos Países Baixos, por óbvias razões, devido ao inconveniente e frio vizinho, o Mar do Norte, sempre pronto a provocar inundações em terras abaixo do seu nível. 44  PERFILNÁUTICO A infinidade de canais deu à Holanda o know-how e a primazia do pioneirismo na navegação de cabotagem, a princípio, realizada em águas internas por segurança, através dos “jaghts” que serviam tanto para o transporte de mercadorias quanto de passageiros. E pouco a pouco passaram a transportar apenas o proprietário e amigos em dias de festa e lazer, a bordo do pequeno veleiro com apenas um mastro... Dali a cultura náutica desportiva iria parar nas águas da realeza britânica, do outro lado do Canal da Mancha, no Estreito de Solent, na ilha de Wight. A pronúncia da palavra “jaght”, de origem alemã, aproximava-se de “yacht”, e desta derivação semântica e traduzida nasceria o vocábulo “iate”. De lá para a então colônia americana, na margem oposta do Oceano Atlântico, seria apenas uma questão de tempo, pouco tempo. A passagem do temor reverencial O BARCO A VELA É O ELO ENTRE DOIS ELEMENTOS: A ÁGUA E O VENTO ao prazer absoluto do homem com relação ao mar levou tempo e consumiu três séculos e parte da riqueza acumulada numa época de grande fermentação capitalista. O turismo florescia e a navegação de cruzeiro, um privilégio para poucos, ganhava força com a presença de industriais e banqueiros que investiam muito dinheiro na construção de embarcações de vanguarda que, de uma maneira ou de outra, deveriam ajudar em seus negócios. Ter um veleiro era e, ao bem da verdade, ainda é, uma questão de “status PERFILNÁUTICO  45
  • 24. CAPA NAVEGAR É PRECISO symbol”, da série “eu sou o barco que tenho”. No final do século 19, na Europa e nos Estados Unidos, o grau de influência de uma personalidade local ainda podia ser medido em função do tamanho do veleiro usado como “o metro do poder”. Este rito de amadurecimento começou lentamente quando se descobriu que a Terra não era quadrada e que a linha do horizonte não era a fronteira entre o início e o fim do mundo nem era povoada por monstros marinhos. Atualmente, o único monstro aquático que se conhece, além do famigerado, escorregadio e mal visto Ness, é o gigantesco AC72 pés, criado para a Copa América de vela deste ano. O megacatamarã, longo em 22 metros e largo em outros 14, com a vela rígida e alta de 40 metros, já cobrou um trágico pedágio – o campeão olímpico Andrew “Bart” Simpson, tático da equipe sueca Artemis, pagou com a vida uma acidental capotagem durante os treinos na Baía de São Francisco, Estados Unidos. Um valor caro demais para compensar a ousadia e audácia dos iatistas – recompensados a peso de ouro, mas indispostos a arriscarem a vida a bordo de uma embarcação movida por uma superfície vélica de 260 metros quadrados, rígida como a asa de um avião, voando baixo com um mínimo de vento, e multiplicando por três a sua velocidade. Este monstro pode alcançar 40 nós por hora e cada um dos cinco tripulantes usa um capacete e traz uma garrafa de oxigênio junto ao colete salvavidas. Mas estas medidas de segurança não foram suficientes para o inglês “Bart”. E algumas delas devem ser revistas. 46  PERFILNÁUTICO Catamarã AC72 da equipe Emirates New Zealand Copa América é referência Por ser a competição naútica mais antiga e disputada do mundo, a primeira edição foi em 1870, a Copa América é também um fio condutor da história da navegação esportiva a vela e, por consequência, um condensado dos melhores e maiores projetos navais do mundo. Não por acaso, guardadas as devidas proporções, todas as regatas são uma escotilha de visibilidade para os estaleiros e, ao mesmo tempo, um banco de provas para testar a resistência, a velocidade, o deslocamento e a estabilidade das embarcações, fatores fundamentais na avaliação de um veleiro. Nelas, os cruzeiristas de fim de semana torcem pelos regatistas, numa clara distinção social de classes naúticas que tem a ver mais com a personalidade do armador do que com a sua conta bancária. Uma minoria da elite lança-se em aventuras como a Vendée Globe, volta ao mundo sem escalas, ou a famosa Volvo Race, pelos três oceanos. E, se os catamarãs da Copa América O FUTURO: MATERIAL E TECNOLOGIA representam o futuro, em termos de material e tecnologia – uma campanha na competição está orçada em 100 milhões de dólares –, o presente à disposição dos amantes da vela custa bem menos e proporciona outros tipos de prazeres. Lagoon 620: robusto, confortável e seguro Beneteau Um catamarã especial e feito para quem não tem pressa de chegar é um dos cartões de visita do estaleiro francês CNB, do grupo Beneteau. Neste segmento de barco, versões “owner” e “charter”, os franceses são imbatíveis. Ainda que a origem do catamarã seja americana e a embarcação mais moderna jamais construída também tenha nascido nos Estados Unidos, a tradição é francesa. Robustos, confortáveis e seguros, eles são uma casa flutuante com um tanto de energia renovável a bordo, reduzindo ao mínimo uma das questões cruciais dos barcos a vela, ou seja, a produção e o armazenamento de eletricidade. A nova geração da série Lagoon foi inteiramente remodelada pelos arquitetos navais Marc van Pteghem e Vincente Laurito Prévost, responsáveis por muitas vitórias no circuito internacional de catamarãs, incluindo a Copa América de 2010, quando o trimarã americano Oracle, equipado com a vela rígida, bateu o catamarã suíço Alinghi. E isto confirma o quanto os regatistas “trabalham” para a segurança e o conforto dos cruzeiristas. O Lagoon, não por acaso, nasceu da divisão de pesquisa tecnológica avançada do estaleiro Jeanneau 30 anos atrás. PERFILNÁUTICO  47
  • 25. CAPA NAVEGAR É PRECISO O modelo 469 é uma das meninas dos olhos da Jeanneau A flotilha da Dufour é capitaneada pelo imponente 450 Grand Large Jeanneau Dufour Os franceses também não ficam atrás quando o tema é veleiro veloz, elegante e sofisticado. A gama de Sun Odyssey, da Jeanneau, é um dos exemplos que devem ser admirados. O modelo 469 é uma das meninas dos olhos do estaleiro e que fez muito sucesso nas últimas edições dos Salões Náuticos de Gênova e de Cannes. A reboque deste sucesso navega o 41 DS, projetado para dar ao proprietário a sensação de ter nas mãos um luxuoso barco maior, de 45 pés. Aliás, a criativa distribuição dos espaços internos deste estaleiro aposta na estratégia A concorrência interna francesa é grande. E o estaleiro Dufour é a prova viva de que na disputa de mercado acabam ganhando todos, clientes e fabricantes. Ainda na onda dos prêmios internacionais recebidos pelo veleiro Dufour 36, de “Best Crossover”, concedido pela revista Sailing World Magazine, e o European Yacht of the Year, o estaleiro anunciou a sua presença na Transquadra, a série de regatas oceânicas, entre elas a Barcelona-Martinica, com escala na Madeira. A Dufour já apresentou dez barcos de 36 pés. Eles vão estar disponíveis para os velejadores solitários ou em dupla, como prevê o regulamento. SUN ODYSSEY DA JEANNEAU, VELEIROS ADMIRÁVEIS de elaborar um espaço suficiente e transformá-lo em algo que pareça ser bem maior. Tudo é limado e embutido ao extremo, assim o espaço útil acaba sempre ganhando um “upgrade”. E, de olho nos vizinhos competidores, a Jeunneau revelou que no próximo mês de setembro vai lançar o seu Sun Fast 3600, e não deve ser um acaso. 48  PERFILNÁUTICO O reconhecimento ao projeto 36 é uma resposta do mercado a uma embarcação híbrida, que pode ser usada para cruzeiro ou para regata, de acordo com as modificações realizadas pelo proprietário momentos antes de zarpar do porto. Na base em La Rochelle, templo natural dos veleiros e iatistas do país, o engenheiro Michel Dufour empresta o seu sobrenome a um sofisticado estaleiro que produz uma das embarcações de maior prestígio entre os membros da comunidade náutica internacional. Uma flotilha digna de ser capitaneada pelo imponente 450 Grand Large equipado por duas cabines de armador, cozinha, sala e mesa de jogos apoiados sobre um fundo escavado à medida para “esconder” tudo aquilo que não é essencial ou que não deve ficar à mostra. MICHEL DUFOUR EMPRESTA SEU SOBRENOME AO SOFISTICADO ESTALEIRO Naturalmente, entre uma escotilha e outra estão os armários e dispensas criados para aproveitar cada centímetro quadrado da embarcação empurrada por uma superfície vélica de 94 metros quadrados. PERFILNÁUTICO  49
  • 26. CAPA NAVEGAR É PRECISO O estaleiro Del Pardo celebra 35 anos com seu 43 pés Vision 46 da Bavaria: computador de bordo facilita manobras Bavaria e Grand Soleil No campo das regatas e nas rotas dos cruzeiros, os estaleiros Bavaria, alemão, o Cantiere del Pardo, italiano, não ficam a ver navios, franceses, em sua maioria. O estaleiro Del Pardo, construtor do Grand Soleil, está celebrando 35 anos de atividades e em grande estilo comemora o sucesso do seu novo 43 pés. As linhas elegantes e extremamente fluidas escondem um casco realizado com a mais moderna tecnologia com o uso de fibra de carbono e com a técnica de sandwich. Assim o veleiro garante maior resistência às forças em jogo, além de ser mais leve e, por isso mesmo, mais veloz. 50  PERFILNÁUTICO A cozinha em L e as três cabines com dois banheiros fazem do Grand Soleil 43 um dos grandes protagonistas da temporada que começa neste verão europeu. um pouco mais preguiçoso. O computador de bordo realiza as manobras apenas com um toque de botão. O cipoal de cabos e escotas é coisa do passado. As embarcações são de fácil leitura. O BARCO E A VELA IRÃO SEMPRE NA DIREÇÃO DE UM JUSTO EQUILÍBRIO Cruzeiros e regatas Já a casa alemã Bavaria traz o rigor germânico das linhas recheado com tecnologia de ponta e imerso num ambiente arejado e iluminado. Os Vision 42 e 46 facilitam a vida de qualquer marinheiro de primeira viagem ou de um velho lobo do mar Enfim, as opções são muitas e variadas. Elas são apenas a ponta do iceberg. Por exemplo, a escolha do tipo de vela depende da navegação. Se for para cruzeiro, uma das opções é de Spectra ou Dracon por terem vida mais longa, serem mais econômicas e simples de confeccionar. No caso das velas para regata, existem outras possibilidades, como kevlar, fibra de carbono, vectram, bem mais caras e, paradoxalmente, frágeis, pois precisam ser dobradas com muita atenção. E não importa se o iatista navega com o vento a favor ou contra. O barco e a vela irão sempre na direção de um justo equilíbrio. É preciso apenas estar muito atento para não subestimar as forças da natureza. “Entre um casco que flutua, quero dizer, um barco que possa navegar, e um veleiro pronto para enfrentar o oceano, existe um mundo inteiro: uma multidão de detalhes para arrumar, transcuráveis e desprezíveis em zonas portuárias, mas que se torna um capital no mar. Uma lista interminável de coisas para comprar, ajustar, conservar e prever. E no mar, mesmo que se tenha previsto tudo, o imprevisível estará.” Este é um trecho do livro “60.000 Milhas a Vela”, da iatista francesa e profetisa dos sete mares Françoise Moitessier, dona de uma vida percorrida entre a água e o vento. PERFILNÁUTICO  51
  • 27. CAPA NAVEGAR É PRECISO O CORPO, O BARCO, A NATUREZA O velejador, antes de tudo, tem espírito desbravador. Um aventureiro em busca do incerto e do desconhecido Por Marcelo Buda 52  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  53
  • 28. CAPA NAVEGAR É PRECISO Veleiro Tangata Manu, de Ricardo Amatucci V elejar é uma atividade que mistura emoção e risco, o qual deve sempre estar controlado. É o prazer emocional, ao mesmo tempo racional, de controle da natureza. O interesse pela prática da vela surge, na grande maioria das vezes, na infância ou na adolescência. É quando sensações inéditas, novos sentidos e significados são descobertos e acompanharão o jovem iniciante em todas as etapas da sua vida, seja no barco a vela ou pelos caminhos em terra firme. João Calmon, mais conhecido como Janjão Calmon, proprietário do veleiro Sweet, um Cal 9.2 de 30 pés, conta que, nos anos 40, ele e um amigo juntaram suas economias, fruto de mesada dos pais, compraram um pequeno veleiro e começaram a velejar na represa de Guarapiranga, em São Paulo. “Nunca mais parei de 54  PERFILNÁUTICO velejar, até agora, no alto dos meus 77 anos”, orgulha-se Janjão. “O prazer de velejar traz a curtição de chegar aos poucos e a liberdade que sempre me leva ao primeiro passeio de saveiro. Sempre que estou no meu veleiro sinto uma grande alegria.” Travessia inesquecível? Foram tantas, responde Janjão. “Atravessar o Atlântico, talvez Lisboa-Santos com escala na Ilha da Madeira.” O PRAZER DO VELEJADOR ESTÁ EM ENFRENTAR SITUAÇÕES DIFÍCEIS, ASSUMIDAS COM PERÍCIA O prazer ao velejar surge não apenas da sensação de vento no Marina Bracuhy, em Angra dos Reis (RJ) rosto, do sol, do céu azul e do banho de mar em paisagens paradisíacas. Para o velejador esses prazeres podem ser bastante agradáveis para seus passageiros convidados, mas não o suficiente para ele, que quer mais: o melhor vento, a melhor rota, os caminhos mais inusitados, aquela ilha escondida, aquele ponto desconhecido e, sempre, o melhor destino. O prazer de descobrir do velejador está em enfrentar situações difíceis, devidamente assumidas com perícia e enorme satisfação. Até que Ricardo Amatucci e sua esposa, Diana, chegassem ao mar foram alguns anos de aventuras. “Éramos espeleólogos”, conta Ricardo. “Após o casamento ficamos preguiçosos, até que retomamos nossa vida – digamos – de aventuras.” O casal, influenciado pelo pai e pelo avô de Diana, ficou tentado a conhecer como era isso de velejar. Os dois fizeram um curso de vela, alugaram veleiros, velejaram com diversas pessoas, compraram pequeno veleiro e, com outro maior, o Tangata Manu, de 30 pés, em 2009 fizeram uma travessia até Santa Catarina e em 2010 até Salvador, passando por Abrolhos. “Levamos nossa filha, então com nove anos para todas as viagens. Hoje estamos vendendo o veleiro para comprar um maior.” Onde eles vão parar? Caribe? Europa? “Aonde a paixão pelo mar e o vento nos levar.” É claro que para sentir prazer em velejar não é necessário se aventurar pelos sete mares e dar uma volta ao mundo. Um simples passeio pela costa pode ser bastante agradável, um fim de semana navegando pode ser memorável, mas quem nunca sonhou em sair pelo mundo? Longe de tudo, perto de si! Qual o tamanho? Há um veleiro adequado para cada uso. Um barco para passeios curtos de fins de semana não serve para cruzeiros longos de vários dias. Veleiros desenhados para competições não têm o conforto necessário para a família. Fazer ajustes e adaptações pode ser PARA ESCOLHER O VELEIRO CERTO, O IDEAL É EXPERIMENTAR O MÁXIMO POSSÍVEL perigoso e colocar em risco a segurança dos tripulantes. Para escolher o veleiro certo, o ideal é experimentar o máximo possível. Se você não tem experiência com veleiros, a dica é começar alugando. Em uma rápida busca pela internet você encontrará diversas empresas de charter que oferecem veleiros para aluguel. Conversar com velejadores experientes também é fundamental. Se estiver pronto para comprar o seu veleiro, deve saber para qual finalidade o barco será usado. Assim, já tem também a resposta para as três primeiras perguntas: Qual o tamanho certo? Quantas pessoas irão velejar e pernoitar? Por onde e por quanto tempo irá navegar? Quanto maior o veleiro, a tendência é que mais seguro e mais confortável ele seja. Um veleiro de 23 pés acomoda duas pessoas; um de 30 pés, três pessoas; um de 40 pés, quatro pessoas; um de 50 pés, seis pessoas. A seguir a Perfil Náutico apresenta uma lista de veleiros que atualmente são comercializados no Brasil. A lista é grande, aproveite e experimente. PERFILNÁUTICO  55
  • 29. CAPA NAVEGAR É PRECISO A Jeanneau apresentou recentemente ao mercado brasileiro dois modelos da linha Sun Odyssey, assinados pelo projetista francês Philippe Briand. Fundado em 1957, o estaleiro francês é um dos líderes mundiais na construção de veleiros, entre eles os da linha Sun Odyssey. O Jeanneau Sun Odyssey 379 possui como principal característica a opção de quilha curta com bolina pivotante, possibilitando o acesso a regiões de baixas profundidades, muito comum em nossa costa nas Regiões Nordeste e Sul do país. Este diferencial, em conjunto com seu leme duplo, torna este veleiro capaz de ser encalhado em praias e permanecer estável sobre sua quilha. Já o Jeanneau Sun Odyssey 509 conta com uma ótima Sun Odyssey 379 JEANNEAU NOVIDADES DA LINHA SUN ODYSSEY RECÉM-CHEGADAS AO BRASIL OS DOIS MODELOS DA JEANNEAU LEVAM A ASSINATURA DO PROJETISTA FRANCÊS PHILIPPE BRIAND plataforma de popa, amplo salão central com uma inovadora cozinha integrada, uma surpreendente cabine de proa e ainda a opção do sistema “360 docking”, que possibilita mover o barco usando um pequeno joystick. Salão e cozinha do modelo 379 NONNONONONONONO NONNONONONONONO NONNONONONONONO SERVIÇO Sun Odyssey 509 56  PERFILNÁUTICO JEANNEAU NO BRASIL: MD - BALLY - MARDIESEL SITE: www.md-bally.com.br TELEFONE: (21) 2543 1131 A cabine de proa e o amplo salão da 509 PERFILNÁUTICO  57
  • 30. CAPA NAVEGAR É PRECISO A Delphia Yachts foi fundada em 1990 pelos irmãos Piotr e Wojciech Kot. É um dos maiores estaleiros da Polônia, produzindo para toda a Europa e para os Estados Unidos. No Brasil são diversos os modelos disponíveis, todos são veleiros destinados à família, oferecendo alto nível de conforto para as estadias mais longas a bordo. O Delphia 33.3 tem um banheiro espaçoso e duas cabines duplas com excelentes acomodações de luxo. Vale destacar a cozinha bem equipada e o salão espaçoso do Delphia 40.3, que possui três confortáveis cabines. O salão possui uma mesa para até oito pessoas. Delphia 40.3 DELPHIA YACHTS SENTIMENTO DE LIBERDADE COM SOTAQUE POLONÊS NO BRASIL A DELPHIA TEM DIVERSOS MODELOS DISPONÍVEIS, TODOS DESTINADOS À FAMÍLIA Delphia 33.3: duas cabines duplas Cozinha bem equipada e o salão espaçoso do Delphia 40.3 O Delphia 47 é o carro-chefe da família Delphia. Disponível em duas versões, com três ou cinco cabines. O interior moderno e elegante possui um salão iluminado e arejado, além de estar equipado com uma cozinha muito bem planejada. SERVIÇO Delphia 47 58  PERFILNÁUTICO DELPHIA YACHTS NO BRASIL: FORUM MARINE SITE: www.forummarine.com TELEFONE: (21) 2158 1084 Delphia 47, o carro-chefe da família Delphia: três ou cinco cabines PERFILNÁUTICO  59
  • 31. CAPA NAVEGAR É PRECISO M ichel Dufour fundou o estaleiro Dufour em La Rochelle, na França, em 1964, pensando no velejador que aprecia as emoções da vela, bem como o conforto das comodidades a bordo. O Dufour 335 é o menor veleiro do estaleiro e conta com um cockpit fantástico e um espaço interno muito bom. O Dufour 36 tem dupla vocação: cruzeiro e regatas. É rápido, mas com design atraente e layout interior e exterior funcional. O Dufour Grand Large 410 foi projetado para seduzir tanto proprietário como tripulação. A área do leme foi ajustada para facilitar Dufour 335, o menor veleiro do estaleiro DUFOUR: AS EMOÇÕES DA VELA COM O CONFORTO DAS COMODIDADES A BORDO a tarefa do comandante enquanto os convidados têm à disposição uma cabine espaçosa, largos passadiços laterais e uma bela plataforma de proa. E o Dufour 500 chama a atenção pelo grande espaço interno, com opcional dufour YACHTS 40 ANOS DE PAIXÃO E MUITO MAIS O Dufour Grand Large 410 seduz o proprietário e a tripulação de três ou quatro cabines. A cozinha é dividida em dois ambientes. O cockpit traseiro também é dividido em área de navegação e área de relaxamento. A mesa do cockpit transforma-se em uma cozinha ao ar livre, com direito a churrasqueira. SERVIÇO Dufour 36: dupla vocação: cruzeiro e regatas 60  PERFILNÁUTICO Dufour 500, espaço interno com três ou quatro cabines DUFOUR YACHTS NO BRASIL: DESCOBRE VENTOS SITE: www.descobreventos.com.br TELEFONE: (21) 2158 1100 PERFILNÁUTICO  61
  • 32. CAPA NAVEGAR É PRECISO A história da Beneteau começou em 1884 na França, no cais do Croixde-Vie, em Vendée, quando o arquiteto naval Benjamin Beneteau construiu os primeiros arrastões a vela para os pescadores. Desde o primeiro barco de sardinha, o estaleiro tem se caracterizado pela inovação que caminha ao lado da paixão pela vela. O Oceanis 41 está no centro de toda a flotilha Oceanis, com o seu design e casco que permitem maior velocidade e conforto. O Oceanis 48 é um veleiro que integra funcionalidade com beleza. Na versão de duas ou três cabines, tem excelente nível de conforto. E o Oceanis 55 é o mais recente lançamento. Foi O ESTALEIRO TEM SE CARACTERIZADO PELA INOVAÇÃO QUE CAMINHA AO LADO DA PAIXÃO PELA VELA bENETeAU eleito o melhor veleiro acima de 50 pés no Miami Boat Show 2013. Em cinco versões, de três a cinco cabines, ESTALEIRO FRANCÊS PRESTES A COMPLETAR 130 ANOS DE INOVAÇÃO Oceanis 41: no centro da flotilha Oceanis 48: funcionalidade e beleza com dois a quatro banheiros, o espaço interno foi privilegiado e as grandes janelas garantem um interior bem iluminado e arejado. A plataforma de popa retrátil estende-se ao nível da água, garantindo mais aproveitamento em dias de lazer. SERVIÇO BENETEAU NO BRASIL: SITE: www.beneteau.com.br TELEFONE: (21) 3478 0045 Oceanis 55: o mais recente lançamento 62  PERFILNÁUTICO Salão do Oceanis 48 SAILING IMS: SITE: www.sailingims.com.br TELEFONE: (21) 3154 9990 PERFILNÁUTICO  63
  • 33. Canal Náutico farmácia a bordo remédios naturais No mar é sempre importante estar prevenido e saber como buscar soluções, caseiras ou não, para problemas comuns Bicho geográfico: A Gelo. Use uma toalha e um saco plástico e amarre em cima da coceira. Quanto mais cedo melhor, já que o bicho geográfico morre de frio. ssim como em casa, no barco é necessário ter um kit para socorros. Afinal, mesmo aproveitando momentos de lazer, ninguém está livre de acidentes, queimaduras do sol, de águaviva ou ferimentos, causados por um espinho de ouriço-domar, por exemplo. Para que as pessoas possam aproveitar os passeios em regiões isoladas de hospitais e atendimento médico, uma minifarmácia a bordo é essencial e, em alguns casos, obrigatória. Armazenamento dos remédios Devido a temperaturas altas e umidade acima de 75%, remédios podem estragar em um mês, mesmo quando sua validade é de dois anos. A dica é guardar medicamentos em compartimentos herméticos. Verifique a validade dos remédios a cada mês e faça a troca se necessário. Um kit de primeiros-socorros deve conter analgésico, pomadas para queimaduras e antibacterianas, água oxigenada, antissépticos, gaze, ataturas de crepe, esparadrapo, tesoura e pinça. Se o barco for grande, acima de 15 passageiros, a Marinha exige que a sua farmácia de bordo contenha os seguintes itens: 64  PERFILNÁUTICO kit náutico de primeiros socorros Ácido acetilsalicílico Álcool Loção de camomila Colírio de clorofenicol Antisséptico de timeroBal Água boricada Água oxigenada Xilocaína alívio da dor assepsia irritações na pele infecção ocular Cloroquina ou mefloquina Clorpromazina Antiácido de hidróxido de alumínio Hidróxido de magnésio Iodeto de potássio Hidratação: Diarreia: Água sem gás ou água de coco. Coco verde novo ou soro caseiro (uma colher de sal e duas de açúcar em 1 litro de água). para malária (somente em áreas de risco) contra enjoo Picada de insetos: Água salgada ou cebola. para os olhos para ferimentos anestesia local para indigestão expectorante Curativos tipo band-aid (3 caixas) Ataduras de crepe Ataduras de gaze Cotonetes e esparadrapo livro de primeiros socorros Vômito, enjoo: Termômetro clínico talas diversas Bacia de 20 cm de diâmetro Copos descartáveis Tesoura reta de 12 cm Bolsa térmica para água Torniquete desinfetante doméstico Ferimento: Lavar com água e sabão de coco e passar iodo ou Merthiolate. Assadura: Manter-se alimentado. 90% dos enjoos por balanço do mar são agravados pela falta de alimentação. Pomada de própolis. PERFILNÁUTICO  65
  • 34. Canal Náutico aos pescadores dE Plantão A nova linha de sonares e combos PiranhaMax, da Sonar Humminbird, é ideal para a pesca esportiva e para os esportes de recreio. Os equipamentos com tecnologia de ponta apresentam tela brilhante modelo Color TFT, GPS com trackplotting, leitura de velocidade e profundidade, além de temperatura de água e identificação de estruturas e peixes em cores. São indicados para uso em barcos de pequeno e médio porte. www.aquabrazil.com.br conjunto tenax PILOTANDO COM ESTILO E CONFORTO O novo banco de piloto Dragonfly, da marca italiana Besenzoni, foi um projeto minimalista. No conceito do design, linhas simples dão praticidade e funcionalidade ao equipamento. O banco possui assento basculante e braços que podem ser ajustados manualmente. E, para contribuir com a decoração da embarcação, o cliente pode escolher cores, estofamentos e até as formas da costura. www.besenzoni.it Os botões Tenax não oxidam, pois são feitos com bronze niquelado. São ideais para a fixação de toldos, capotas e coberturas. As peças possuem sistema de fechamento adequado para tecido, couro e tapetes e são utilizadas nas indústrias náutica, automobilística e aeronáutica. Além disso, seu travamento é automático e sua liberação rápida. O conjunto é composto por botão, arruela e pino. www.formulaimport.com.br 66  PERFILNÁUTICO
  • 35. O motor V12-1650, da fabricante MAN Truck & Bus AG, com construção compacta, impressiona tecnicamente por proporcionar conforto e eficiência. Com binário de 5.520 newtons metros a 1.200 rotações por minuto, tem potência suficiente em baixas rotações e é silencioso nas velocidades médias. O motor foi desenvolvido para proprietários de iates com comprimentos até 100 pés, que gostam de viajar e percorrer trajetos mais longos. Canal Náutico Canal Náutico ASSINATURA DIGITAL EM ALTO-MAR POTENTE E SILENCIOSO O Certificado Digital é um serviço que permite a pessoas e empresas assinarem documentos e autorizarem transações de forma segura e sustentável, de qualquer parte do mundo. Basta um computador com acesso à internet. O primeiro contrato digital com validade jurídica em alto-mar foi assinado pelo velejador Beto Pandiani, por meio do Portal de Assinaturas Certisign, que patrocinou sua última aventura com o companheiro Igor Bely na travessia do Atlântico. www.man-engines.com ww.certisign.com.br POTÊNCIA COM CUSTO JUSTO A nova linha de motores da Toyama Marine traz excelente relação custo-benefício, alta tecnologia e facilidade de utilização e de manutenção. Seis modelos de popa, de dois tempos e refrigerados a água, compõem a linha. Este que você vê na imagem é o modelo TM 9.8 TS. Bom para o cliente que quer mais força e potência na navegação. O equipamento, de 9,8 HP, é composto por uma marcha à frente, ré e neutro com um consumo aproximado de 5,1 litros/hora. www.toyama.com.br 68  PERFILNÁUTICO LUZ PARA TODA OBRA A lanterna Super Cree LED, da LDU do Brasil, garante luz mais branca, possui maior durabilidade e é essencial para passeios e aventuras ao ar livre. O equipamento possui dois níveis de iluminação, zoom de 2000X e alcance de 150 metros para você enxergar o que está bem adiante. O produto tem uma alça que facilita o transporte e também pode virar um miniabajur por meio de um compartimento de luz regulável. www.ldudobrasil.com.br PERFILNÁUTICO  69
  • 36. www.nautilus-hausboote.de EASYPATH NA WEB Terrenos à beira d’água estão custosos, mas dentro da água o negócio sai de graça – até porque água não tem dono. A empresa alemã Nautilus Hausboote, especializada nas inovações das casas náuticas, oferece imóveis, com pouco mais de 30 metros quadrados, em qualquer ponto desejado de um lago ou represa. A casa pode ficar ancorada de maneira provisória ou permanente. O cliente é quem manda. Inovação que surpreende! MERGULHE EM UM SONHO SEGURANÇA NA VELOCIDADE Canal Náutico Canal Náutico CASA DA ÁGUA A Seascooter GTS da Sea-Doo é diversão garantida para um mergulho dos sonhos. O equipamento, que atinge até 4,5 quilômetros por hora e vai até 30 metros de profundidade, é projetado para o uso em água salgada. A bateria possui autonomia de até uma hora e meia em aceleração normal e 30 minutos com aceleração máxima. A Seascooter tem sistema de segurança anti-choque, prevenção de superaquecimento e hélice selado. Esse é o mais novo modelo de colete salva-vidas da Ativa. O equipamento, que alia segurança, estilo e conforto, foi desenvolvido para esportes aquáticos de alta velocidade. O colete é testado e certificado pela Marinha do Brasil. O produto está à venda em três cores: preto, vermelho e laranja. PLANEJAMENTO DE REVISÃO ON-LINE www.regatta.com.br www.ativanautica.com.br A MAIS RÁPIDA DO MUNDO Os acessórios náuticos da marca EasyPath agora também podem ser comprados com facilidade e garantia pela internet. A empresa disponibiliza toda sua linha de produtos em seu mais novo canal na web. Vale a pena acessá-lo no conforto de sua casa e realizar compras direto com o fabricante. A loja online aceita todos os cartões de crédito e também há a possibilidade de efetuar o pagamento por meio de boleto bancário. www.easypathstore.com.br A Volvo Penta Brasil oferece aos seus clientes a “Revisão Planejada Volvo Penta”. Em uma página na internet, a empresa disponibiliza uma consulta instantânea dos valores dos serviços, peças e lubrificantes das quatro primeiras revisões programadas para motores de embarcações de lazer. A ferramenta on-line visa a oferecer comodidade aos clientes da marca e à padronização de valores em todo o território nacional. www.volvopenta.com.br A Mercedes-Benz lançou no Miami Boat Show deste ano a Cigarrete AMG Electric Drive Concept. A lancha elétrica de 38 pés é inspirada na Mercedes SLS AMG Electric e usa a mesma motorização do automóvel. Por isso foi considerada a lancha mais rápida do mundo, chegando a 160 quilômetros por hora. A nova embarcação foi criada em parceria com a Mercedes AMG – divisão de performance da montadora alemã – e a equipe de corrida Cigarrete Racing. A lancha não emite poluente. www.cigaretteracing.com 70  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  71
  • 37. Canal Náutico O SUPERIATE PREDADOR Projetado pelo renomado designer italiano Christian Grande, o Acapulco 55 foi idealizado para as pessoas que amam fortes emoções e velocidade em alto-mar. O superiate, de 55 metros, com design inspirado nos predadores UM NOVO CONCEITO DO FUTURO www.luizdebasto.com 72  PERFILNÁUTICO selvagens, destaca-se pela ampla proa: espaço ideal para um lazer completo que abriga uma grande piscina. No interior do Acapulco, Grande criou cores que contrastam com materiais e superfícies com brilho que se O designer brasileiro Luiz de Basto apresentou recentemente em seu site o projeto Quartz 55M. O iate de 55 metros de comprimento total possui curvas suaves e é considerado um novo conceito para o futuro. Com janelas do chão ao teto, o Quartz 55 lembra uma caixa de vidro e foi inspirado por modernos arranha-céus. A alternam com o piso fosco. O teto tem tons de bronze. Um verdadeiro espetáculo de atitude! www.christiangrande.com construção deste iate, segundo o designer, é “perfeitamente viável, com um custo que não excede projetos convencionais do mesmo tamanho”. No entanto, o desafio da engenharia para sua realização está na quantidade de vidro e nas partes móveis. Tais elementos são destaques do projeto, tornando-o único.
  • 38. A LOJA-CONCEITO – AINDA SEM NOME ESTABELECIDO – DEVE INAUGURAR EM JULHO DESTE ANO, EM SÃO PAULO e iluminação e automação são alguns dos diferenciais da loja- conceito. Além disso, também terá o serviço de reforma de embarcações. Segundo Tânia, a loja será uma amostra de decoração com tudo de que o cliente precisa para personalizar seu barco e decorar sua casa, por fora e por dentro. SERVIÇO Para mais informações sobre o novo empreendimento de Tânia Ortega, ligue para (11) 4193-3643 ou envie e-mail para tania@tuttoabordo.com.br. Tânia Ortega, grandes projetos para a Ferretti ASAS À Imaginação A designer de interiores do grupo Ferretti Brasil, Tânia Ortega, alça novos rumos e conta com exclusividade à Perfil Náutico sobre o seu empreendimento próprio Por Leo Suzuki Ela sempre foi apaixonada pelo mar. Seu pai adorava pescar e vivia no litoral norte de São Paulo. Seu irmão era velejador e sonhava em dar a volta ao mundo. Por ironia do destino, casouse com um velejador. Formada em Design de Interiores, Tânia Ortega consolidou sua história trabalhando no departamento de marketing do Grupo Ferretti Brasil. Durante 20 anos de contrato exclusivo com o estaleiro, a 74  PERFILNÁUTICO DE UMA FAMÍLIA APAIXONADA PELO MAR, POR IRONIA DO DESTINO TÂNIA CASOU-SE COM UM VELEJADOR designer foi responsável por decorar grandes projetos e consequentemente adquiriu prestígio suficiente para ousar em sua carreira profissional. Para Tânia, cada trabalho realizado é único. “Meu maior projeto de destaque é sempre o último”, destaca a designer, que projeta um empreendimento próprio, trabalhando com diversas marcas que abrangem o mercado de decoração em embarcações, corporações e residenciais, além de atender profissionais de arquitetura e design. Conforto e requinte, marcas registradas da designer “Resolvi criar asas e trabalhar com outras marcas também, com o mesmo carinho que sempre tive com a Ferretti.” PERFILNÁUTICO  75 Canal Décor Canal Décor A loja-conceito – ainda sem nome estabelecido – deve inaugurar em julho deste ano, em São Paulo, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, local onde estão situadas as melhores lojas de decoração do Brasil. O empreendimento é uma parceria entre as empresas Tutto a Bordo - a qual Tânia representa -, Avantime e Sergio Fahrer Design Mobiliário. Linha de tecidos importados de alta qualidade, linhos italianos, revestimentos austríacos, pisos sofisticados
  • 39. Canal Décor PERSONALIZAÇÃO EXCLUSIVA DA SESSA A coleção inspirada nas ondas e nas profundezas do mar, do designer Fábio Rotella, foi projetada exclusivamente para a personalização dos barcos do estaleiro italiano Sessa Marine. As estampas, que foram apresentadas neste ano durante o Design Week de Milão, arrancaram suspiros dos visitantes. Na mostra, cada ambiente decorativo contou com uma cenografia teatral, que continha sereias dançantes Canal décor decoração náutica e sofisticação a bordo DURABILIDADE E FUNCIONALIDADE Os metais Docol possuem uma cobertura biníquel que garante maior durabilidade em ambientes com elevado índice de salinidade atmosférica, como regiões litorâneas e em embarcações. Os produtos passam por testes de corrosão em laboratório e apresentam resistência de 200 horas em câmara salina – ultrapassando a norma brasileira, que é de 144 horas, e a europeia, de 180 horas. Ótima opção para deixar sua embarcação ainda mais bonita e funcional. www.docol.com.br 76  PERFILNÁUTICO e motores suspensos com grandes peixes. A criação também é uma grande homenagem de Rotella ao cineasta francês Georges Méliès. www.sessamarine.com.br PEQUENOS LUXUOSOS Projetos de interiores sofisticados e personalizados, com a mesma qualidade e requinte dos grandes iates, é tendência no mercado náutico contemporâneo. E é essa novidade que o escritório catarinense Sarah Penido Arquitetura vem implementando. Seus projetos, em lanchas de 27 a 50 pés, são focados na inovação e na tecnologia, proporcionando aos seus clientes conforto em um ambiente luxuoso. O escritório já apresentou seus trabalhos em grandes eventos náuticos, como Rio Boat Show, São Paulo Boat Show e Exponáutica. www.sarahpenido.com
  • 40. Uma pequena faísca pode se tornar um incêndio em minutos fogo a bordo Por Jorge Nasseh O s historiadores acusam Nero de ter posto fogo em Roma e matado a mãe, um exagero. Talvez seja em parte verdade. Mas, sem testemunhas, os historiadores da época, especialmente Tácito e Seutônio, com os salários atrasados, não pouparam o imperador lunático. No ano 64 d.C., durante cinco dias, o fogo destruiu mais da metade da cidade com um número incalculável de mortos. Dizem que Nero gostaria de fazer uma reforma arquitetônica em Roma e remover boa parte dos prédios e barracas de um “camelódromo” perto do seu 78  PERFILNÁUTICO palácio e mandou atear fogo em tudo. O mais provável, porém, é que nestas construções de madeira, ocupadas por escravos e prostitutas, que usavam fogo para cozinhar, iluminar e aquecer o ambiente, o incêndio tenha se iniciado acidentalmente. Depois que o fogo começou, um vento forte o fez se alastrar em minutos. PARA OCORRER FOGO A BORDO SÃO NECESSÁRIOS TRÊS ELEMENTOS: CALOR, COMBUSTÍVEL E COMBURENTE Dizem, inclusive, que, do terraço do palácio, vendo a cidade em chamas, Nero começou a tocar sua lira, mas isso também não deve ser verdade. A situação é bem parecida quando um barco de fibra ou de madeira pega fogo. Nada como uma mistura de fiação elétrica e combustível, condimentados por água, sal e vento, para uma pequena faísca se tornar um incêndio em minutos. Para ocorrer fogo a bordo são necessários três elementos: calor, combustível e comburente, este normalmente é o oxigênio. Vapores do tanque, vazamentos nas mangueiras e porão sujo misturam-se com o ar criando uma atmosfera explosiva na casa de máquinas ou no porão da lancha. A fonte Outra situação séria é um curtocircuito cujo calor gerado queime matérias inflamáveis próximas. A lista é grande: tecidos, forrações, carpetes, espumas, tintas, adesivos. Circuitos mal dimensionados, não acondicionados em material à prova de fogo, espaguetes plásticos, terminais mal fixados são fontes certas de problemas, pois do outro lado você tem fogão elétrico, secador de cabelo, micro-ondas, alimentação de terra. Caso mal instalados, em locais com pouca ventilação, a temperatura pode ficar tão alta que algum material em volta pode inflamar e gerar um grande incêndio em segundos. Uma pesquisa da guarda costeira americana mostra que 90% das ocorrências de fogo são geradas por três problemas que os estaleiros deveriam evitar. Mais da metade são relacionados aos sistemas de corrente contínua, como baterias, cabos de conexões e ligação, fiação de bomba de porão ou mesmo a abrasão da fiação passando por locais onde haja vibração ou contato com equipamentos metálicos que podem cortar a fiação. Cabos conectores de energia de terra também estão na lista. O segundo problema mais frequente é o péssimo dimensionamento da ventilação da praça de máquinas que eleva a temperatura até uma possível combustão. Não são raros os casos TRÊS PROBLEMAS QUE OS ESTALEIROS DEVERIAM EVITAR SÃO RESPONSÁVEIS POR 90% DAS OCORRÊNCIAS DE FOGO em que o sistema já começou a derreter até que alguém abra a porta ou tampa da praça de máquinas. O oxigênio que entra e BUM!!!! O último caso são os vazamentos de combustível no porão. Frequentes em tanques de combustível, mangueiras de alimentação e retorno, que não cumprem as determinações de estanqueidade e testes da norma NBR 14574 da ABNT. As determinações para evitar fogo a bordo não só dependem da qualificação do estaleiro, mas do conhecimento dos donos de barcos em saber se os sistemas elétricos, tanques e alimentação de combustível estão de acordo com a Norman 3 (Norma da Autoridade Marítima Brasileira) e a NBR 14574 (Norma Brasileira para Construção de Embarcações em Fibra de Vidro). Vapores, vazamentos e porão sujo: uma atmosfera explosiva PERFILNÁUTICO  79 Construtor Canal do Construtor Canal do Construtor Canal do Construtor de ignição para iniciar o fogo pode ser um grande curto-circuito, uma pequena centelha ou um local com temperatura acima do ponto de fulgor do combustível. Eliminando qualquer um dos elementos não há fogo. Manter as tampas abertas não é muito chique, mas ajuda muito, pois a ventilação e a renovação do ar não deixam a mistura inflamável se concentrar a níveis que permitam ocorrer a combustão. Uma mistura muito pobre dificilmente inflama, assim como um ambiente onde só tenha vapor de combustível não inflamaria por falta de oxigênio, mas é melhor não arriscar, pois o oxigênio está em todo lugar.
  • 41. colunna 285 www.colunna.com.br barcos nacionais e importados, que navegam em águas brasileiras Índice Nesta edição fomos buscar duas embarcações brasileiras, uma do Rio de Janeiro e outra de São José dos Pinhais – na Região Metropolitana de Curitiba. A carioca Colunna 285 é a lancha que estava faltando no catálogo do estaleiro Colunna, um projeto realizado a pedido de clientes. A Triton 345 é novinha em folha. Trata-se do oitavo modelo lançado pelo estaleiro paranaense Way Brasil, que agora coloca no mercado uma lancha ideal para a família. De fora do Brasil trazemos outros dois barcos, um americano e outro alemão, ambos disponíveis no mercado nacional. A americana Chris-Craft, conhecida por seus barcos clássicos, remodelou a Corsair 32, apresentou-a no salão náutico de Cannes em setembro de 2012 e agora a traz para o Brasil. O estaleiro alemão Bavaria também chega com uma nova embarcação: a Fly 420 Virtess, que no início do ano recebeu nada menos do que o PowerBoat Europeu. E, da Turquia, você vai conhecer o perfil do estaleiro Numarine, que também promete novidades para o público brasileiro. Fomos a Gebze, ao lado de Istambul, conversar com Omar Malaz, o dono do estaleiro. Ele não tem a pretensão de conquistar o mundo, mas faz o possível para explorar novos mares. 81 Colunna 285 O novo barco de 28 pés foi lançado a pedido dos clientes 89 Corsair 32 97 Triton 345 105 113 80  PERFILNÁUTICO A versão 2013 do iate que dá continuidade à lenda Chris-Craft Um barco fabricado para a família Fly 420 Virtess O primeiro dono brasileiro pode ser você Numarine Escritório asiático com vista para a Europa e olhos para o Brasil 28,5 pés e capacidade para dez pessoas A lancha que estava faltando De olho nas necessidades dos seus clientes, a Colunna lançou seu novo barco de 28 pés Por Amanda Kasecker PERFILNÁUTICO  81
  • 42. colunna 285 Itens para personalização ao gosto do cliente O estaleiro Colunna Yachts está fechando seu leque. Depois de quase 20 anos de experiência no mercado náutico e de ter barcos de 23, 32 e 43 pés, a empresa resolveu lançar aquele que estava faltando. Em outubro de 2012, foi lançada no São Paulo Boat Show a Sport Cruiser 285, uma 28,5 pés com capacidade para dez pessoas. 82  PERFILNÁUTICO A 285 PODE SER EQUIPADA COM UM OU DOIS MOTORES DE RABETA, A GASOLINA OU A DIESEL, DE 300 A 440 HP Com projeto inteiramente exclusivo da Colunna, a lancha vem para suprir as necessidades daqueles que querem um barco maior para passeio e pernoite ou então dos que preferem algo mais acessível, prático, mas sem perder estilo nem conforto. A Sport Cruiser 285 pode ser equipada com um ou dois motores de rabeta, a gasolina ou a diesel, de 300 a 440 HP, garantindo boa navegabilidade. Além disso, foi criada com um alto padrão de estilo e qualidade, visíveis na montagem das cabines. Com espaço interno bem aproveitado, quatro pessoas podem pernoitar na lancha, que ainda possui mais de 30 itens para personalização. Tudo ao gosto do cliente. ALTO PADRÃO DE ESTILO E QUALIDADE, VISÍVEIS NA MONTAGEM DAS CABINES PERFILNÁUTICO  83
  • 43. colunna 285 Ao gosto do cliente Eduardo Colunna explica que, depois de passar pela experiência de produzir barcos de tantos tamanhos, a empresa identificou que havia um público carente de barcos com cerca de 28 pés. São aquelas pessoas que prezam por qualidade, já têm um barco menor e estão precisando de um maior, mas ainda não encaram algo tão grande, como uma de 35 ou 40 pés. CASCO FEITO com MATERIAIS DE PRIMEIRA LINHA, ALTAMENTE RESISTENTEs NA LAMINAÇÃO Criada a pedido dos clientes Colunna “O comprador dessa lancha é exigente e sofisticado em termos de qualidade e durabilidade; um público que tem barcos menores e quer um maior”, identifica o empreendedor. “Foi uma necessidade de mercado. Nós tínhamos um modelo de 23,5 pés e outro de 32,5 pés e existia uma lacuna muito grande entre esses dois modelos. Nossos clientes nos pediram muito um barco desse tamanho (28,5 pés) e, mediante este principal fator, desenvolvemos este novo projeto de grande sucesso.” 84  PERFILNÁUTICO Assim surgiu a Colunna Sport Cruiser 285. Seu projeto foi desenvolvido pelo estaleiro em um trabalho de seis meses que partiu do zero. “O projeto e o design começaram do zero e são uma exclusividade da empresa Colunna Yachts”, explica Eduardo Colunna. “Não nos baseamos em nenhum outro barco da categoria. Foi algo pensado somente por nós.” O resultado de tanta dedicação foi uma lancha com amplo solário de proa, confortáveis espaços para PERFILNÁUTICO  85
  • 44. colunna 285 dormir e muitos itens para personalização. “A Colunna realizou diversas pesquisas no mercado para avaliar a concorrência e verificar o que há de melhor no mercado para atender às necessidades do nosso cliente, no arranjo do cockpit, no espaço interno da cabine... o barco foi projetado com o que há de melhor no mercado”, conta o empresário. Na área externa, o primeiro destaque fica por conta do encosto do banco do piloto. Ele é rebatível, o que possibilita pilotar a lancha em pé ou sentado. Isso, de acordo com Colunna, ainda permite que se tenha um enorme solário de popa, um grande compartimento criado na popa, logo abaixo do solário, e ainda um bom espaço na casa de máquina, proporcionando conforto para a realização de revisões mecânicas. Um dos itens opcionais desta área da lancha é a churrasqueira elétrica, que deixa os dias muito mais proveitosos e com um jeitinho brasileiro. O PROJETO FOI DESENVOLVIDO PELO ESTALEIRO EM UM TRABALHO DE SEIS MESES QUE PARTIU DO ZERO Pé-direito da cabine e do banheiro entre os maiores da categoria E, por falar em design, esse é um dos pontos essenciais da parte interna da 285. Nesse quesito, o que se observa de predominante na lancha é utilização inteligente de espaços. O barco possui uma cabine com sofá que vira cama, uma cama à meia-nau e um banheiro. Tanto o pé-direito da cabine como o do banheiro são os maiores da categoria, segundo Colunna. Um detalhe da cabine interessante é que toda a Outro destaque é o casco da 285. “É feito de materiais de primeira linha: gel, resina, tecidos de fibra de vidro, reforço com colmeia de polietileno, formando um ‘sandwich’ altamente resistente na laminação”, define o proprietário do estaleiro. “Ainda é possível ousar na decoração, que é opcional e da escolha do cliente.” Como diferencial tecnológico, Colunna diz que uma das coisas que realmente fazem a diferença é que os produtos são feitos com materiais de primeira linha, com alta qualidade estrutural e de um acabamento de requinte e design moderno. “Na confecção dos barcos Colunna são utilizados materiais de alta tecnologia, como a colmeia de abelha (Honey Comb) aplicada em placas no piso, paredes e laterais de todo o casco como medida de reforço, caracterizando um produto mais leve e de alta resistência.” 86  PERFILNÁUTICO QUALIDADE ESTRUTURAL, ACABAMENTO DE REQUINTE E DESIGN MODERNO iluminação é feita com LED, tendo baixo consumo de energia. Outro ponto positivo são os tecidos utilizados na confecção do estofamento da cabine interna: resistente a intempéries; ou seja, material náutico resistente a mofo e a raios ultravioleta. Na área externa, diversos itens opcionais PERFILNÁUTICO  87
  • 45. colunna 285 CORSAir 32 www.americanboat.com.br Cabine com sofá que vira cama A cama à meia-nau é ambientada com grandes janelas de vidro nas laterais do casco, várias vigias e gaiuta, que permitem excelente ventilação na cabine. A cama ainda pode ser transformada em sofá, criando uma sala. Logo ao lado, há espaço para uma geleira com capacidade de 130 litros e ainda um compartimento à parte para receber uma caixa térmica sem que atrapalhe o espaço interno da lancha. SERVIÇO COLUNNA YACHTS SITE: www.colunna.com.br TELEFONE: (11) 4366 2800 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m BOCA MÁXIMA: 2,85 m Corsair 32, lançada em setembro de 2012 BOCA: 2,85 m TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 200 L / 280 L (opcional) TANQUE DE ÁGUA: 100 L CALADO DO CASCO: 0,50 m PASSAGEIROS: 10 diurno / 4 noturno ÂNGULO “V” DA POPA (DEADRISE): 21° PESO APROXIMADO DO CASCO SEM MOTOR: 2.300 kg ALTURA DA CABINE: 1,81 m Perfil Planta Externa Planta Interna CLÁSSICO E CONTEMPORÂNEO A VERSÃO 2013 DA CORSAIR 32 DÁ CONTINUIDADE AO PERFIL DA MARCA CHRIS-CRAFT, O LENDÁRIO ESTALEIRO QUE NAVEGA COM ESTILO DESDE 1874 Por Leo Suzuki 88  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  89
  • 46. CORSAir 32 A companhando a tradição e o renome do lendário estaleiro americano ChrisCraft, a nova Corsair 32 foi remodelada e lançada oficialmente no mercado em setembro de 2012 durante o Cannes Boat Show. Em fevereiro, deste ano, a lancha foi um dos alvos de atenção do público em sua estreia no Miami Boat Show. Com quase 11 metros de comprimento total, a Corsair 32 carrega o DNA da Chris-Craft, pois, segundo seu presidente, Steve Heese, a linha Corsair foi construída pela necessidade de preencher a série de convés fechado da marca. No Brasil, o distribuidor exclusivo dos barcos Chris-Craft é a empresa American 90  PERFILNÁUTICO A linha preenche a série de convés fechado da marca NO BRASIL, O DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO DOS BARCOS CHRIS-CRAFT É A EMPRESA AMERICAN BOAT, LOCALIZADA EM JOINVILLE (SC) Boat, localizada no bairro Cubatão, em Joinville, Santa Catarina. O diretor comercial da American Boat, Guilherme Weber, comenta que a Corsair 32 se destaca por características como agilidade, esportividade, navegabilidade e conforto. “Oferece mais conforto que um barco de 25 pés e conta com a mesma esportividade de um barco de 36 pés.” Fortalecendo a história da marca americana, que desde 1874 vem ditando tendências no mundo náutico, a Corsair 32 alia robustez e design contemporâneo com os melhores acabamentos e materiais disponíveis no mercado. O iate é uma ótima opção para os aventureiros de plantão, que gostam de embarcar em alto-mar durante a noite, ou para os mais tranquilos, que preferem apenas passar algumas horas de deslumbre à luz do sol. Como a maioria das embarcações, a Corsair 32 é personalizável. O cliente pode escolher os motores, os itens opcionais e uma infinidade de opções de cores interiores e exteriores, como o novo Metallic Cashmere – presente no iate das fotos. Além disso, há a possibilidade de se fazer uma pintura personalizada, na qual se misturam as cores, deixando o barco com o estilo do cliente. PERFILNÁUTICO  91
  • 47. CORSAir 32 Clássico e funcional As linhas externas da Corsair 32 são clássicas, marca registrada do estaleiro Chris-Craft. Na proa, há uma claraboia, para facilitar a ventilação natural do interior, e o teto solar, que percorre toda a extensão da proa, permitindo a entrada de luz natural. O solário de popa, com almofadas removíveis, acomoda confortavelmente duas pessoas. A plataforma de popa, feita de teca envernizada, possui chuveiro com água quente e fria, além de escada retrátil, que permite fácil acesso para um mergulho em alto-mar. No convés, sofá em forma de U que pode ser utilizado tanto para um banho de sol quanto para os momentos em família, pois o assento LINHAS EXTERNAS CLÁSSICAS, MARCA REGISTRADA DO ESTALEIRO CHRIS-CRAFT dianteiro, próximo à escotilha do motor, esconde uma mesa de cockpit feita de madeira teca. No posto de comando, uma poltrona para o copiloto, localizada em frente à porta de acesso da cabine, e outra para o piloto, no lado estibordo – com geladeira acoplada na parte inferior –, acomodando duas pessoas. ÓTIMA OPÇÃO, TANTO PARA NAVEGAÇÃO EM ALTO-MAR DURANTE A NOITE QUANTO PARA ALGUMAS HORAS À LUZ DO SOLn 92  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  93
  • 48. CORSAir 32 A lendária Chris-Craft A história da marca iniciou-se em 1874, quando Christopher Columbus Smith, com apenas 13 anos, construiu seu primeiro barco de madeira para caçar patos. Em 1930, a Chris-Craft tornou-se o maior construtor mundial de barcos a motor. Smith foi o pioneiro em alcançar o limite das possibilidades em suas primeiras embarcações. A empresa impulsionou o piloto Gar Wood a uma série de recordes de velocidade e, consequentemente, adquiriu uma popularidade sem precedentes. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Chris-Craft construiu cerca de 12 mil barcos de patrulha, lançou utilitários e veículos de resgate para a Marinha e para o Exército dos Estados Unidos. No período pós-guerra, a empresa expandiu a produção de barcos de madeira e Versatilidade na cabine, com mesa para refeições A parte interna da Corsair 32 abriga uma luxuosa cabine com cama em V, que hospeda duas pessoas no pernoite. Vem equipada com um televisor de tela plana de 22 polegadas e sistema de som ambiente. Os armários na versão padrão são de madeira cerejeira e podem ser personalizados com até três combinações de cores. A cozinha é equipada com fogão, micro-ondas e geladeira, e o banheiro é completo. UM ÍCONE AMERICANO. A EMPRESA CONQUISTOU CLIENTES FAMOSOS E ESTRELAS DE HOLLYWOODn Os motores de centro-rabeta, a gasolina, na versão padrão, são da Mercury, modelo 377 MAG, com 300 HP de potência cada um. Na versão personalizada, há uma gama de opções para equipar o iate, podendo chegar até dois motores de 430 HP com o modelo Mercury 8.2. A única opção de motorização a diesel é o modelo Volvo D4, com 300 HP. O tanque de combustível tem capacidade para 700 litros. Duas camas de solteiro em V transformam-se em cama de casal 94  PERFILNÁUTICO lançou uma gama totalmente nova de barcos de recreio, aguardando as prosperidades dos anos de 1950. Na época, a Chris-Craft tinha 159 modelos de barcos de madeira para praticamente todo tipo de busca de lazer na água. Armários de madeira cerejeira podem ser personalizados PERFILNÁUTICO  95
  • 49. triton 345 CORSAir 32 www.waybrasil.com.br Na proa, teto solar e uma claraboia, para ventilação e iluminação da cabine O nome Chris-Craft tornou-se um ícone americano. A empresa conquistou clientes famosos e estrelas de Hollywood, como Katharine Hepburn, Martin Dean, Elvis Presley e Frank Sinatra. Os barcos eram os melhores disponíveis no mercado e tinham o diferencial da fácil operação. Em 1955, a marca começou a fabricar barcos de fibra de vidro. A partir de 1960, a empresa passou por uma série de reestruturações societárias e mudanças de propriedade. Neste período a Shields & Company and National Automotive Fibers a comprou. Atualmente, a Chris-Craft é uma empresa privada sediada em Sarasota, na Flórida. Embora já não mais construa barcos com cascos de madeira, esta matériaprima ainda é uma característica importante em todos os barcos Chris-Craft. A lendária marca representa uma verdadeira história americana pela ousadia em estabelecer novas tendências para o mercado náutico. SERVIÇO SITE: www.americanboat.com.br TELEFONE: (47) 3205 7000 Triton 345: espaço para todos ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m BOCA: 3,10 m COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m BOCA: 3,10 m DESLOCAMENTO: 5.420 kg CAPACIDADE DE COMBUSTÍVEL: 700 L CAPACIDADE DE ÁGUA: 132 L ÂNGULO DE POPA: 22° CALADO MÁXIMO: 99 cm Perfil Planta Externa Planta Interna Um barco de família Seguindo a filosofia familiar, o estaleiro Way Brasil apresenta seu mais novo barco: a Triton 345 Por Amanda Kasecker 96  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  97
  • 50. triton 345 D e família para famílias. O estaleiro Way Brasil produz, entre outras, as embarcações com a marca Triton Boats, desenvolvidas para o lazer das famílias mais exigentes. É exatamente essa a filosofia que vem sendo seguida há quase 30 anos. Com uma história de muito trabalho e amor pelo mercado náutico, o estaleiro hoje é reconhecido pela qualidade, pela segurança e pela inteligência nos projetos, que sempre prezam pelo aproveitamento de espaço e excelente custo-benefício. 98  PERFILNÁUTICO HÁ QUASE 30 ANOS FABRICANDO LANCHAS PARA O LAZER DAS FAMÍLIAS MAIS EXIGENTES PERFILNÁUTICO  99
  • 51. triton 345 A caçula prodígio “A Triton 345 é um barco destinado a todos aqueles que amam o mar e sentem o prazer em navegar dentro de uma excelente embarcação”, define Allan P. Cechelero, filho de José Maria e responsável pelo departamento de marketing da Way Brasil. “Ela é reconhecida como um barco para a família, pelo conforto no espaço externo e no interno, tendo bastante área para convivência, aproveitamento do sol e descanso.” Seguindo o princípio da Triton 360, pouca coisa muda na 345, além do óbvio: o tamanho. “A navegabilidade do modelo 360 já é excelente, sendo assim trabalhamos para que este novo modelo (345) também tivesse uma boa navegação”, comenta José Maria Cechelero. “Para isso aproveitamos o casco da 360 e fizemos pequenos ajustes, mantendo as características para uma boa navegação.” “PENSAMOS EM APROVEITAR AO MÁXIMO, PARECENDO UM BARCO MAIOR” - Jóse Maria Cechelero Jr. Ainda de acordo com o proprietário da Way Brasil, os espaços externo e interno foram as principais características pensadas no projeto. “Pensamos em aproveitar ao máximo, parecendo um barco maior, O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca Seguindo os mesmos conceitos que mantém desde o surgimento de seu primeiro barco da linha Triton, no ano 2000, a Way Brasil lançou recentemente a Triton 345. O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca. De acordo com o proprietário do estaleiro, José Maria Cechelero Jr., a nova lancha surgiu da necessidade de alguns clientes. Além disso, segundo ele, o próprio mercado pedia um modelo nesta faixa de tamanho. Antes da 345, o estaleiro tinha um intervalo grande entre os tamanhos de suas lanchas: pulava de 29 pés para 36 pés. E foi justamente a 360, de 36 pés, a grande inspiração para José Maria, que demorou cerca de dez meses para desenvolver o projeto da 345. 100  PERFILNÁUTICO “Nós diminuímos e readequamos o modelo da Triton 360”, revela. A 360 surgiu em 2009 como um verdadeiro presente de aniversário para a Way Brasil. O estaleiro acabava de completar 25 anos desde o seu surgimento com projetos de kits de buggy de fibra de vidro e apresentou no Rio Boat Show daquele ano uma lancha com capacidade para 12 pessoas durante o dia e cinco em pernoite, camarote fechado, banheiro com box exclusivo e cozinha com tampo de granito. Como uma grande família, em que sempre cabe mais um, a Way Brasil procurou inserir todas essas qualidades na 345. Versatilidade do salão: cama vira sofá com mesa A TRITON 345 É RECONHECIDA PELO CONFORTO NO ESPAÇO EXTERNO E NO INTERNO PERFILNÁUTICO  101
  • 52. triton 345 Outro detalhe que faz o barco parecer maior é o pédireito de 1,95 metro. Inclusive o banheiro tem ótima altura e o box para banho é fechado. Um detalhe é que desde a criação do menor modelo da marca – o de 20 pés – a Way Brasil fez questão de dar uma atenção especial ao espaço do banheiro. As janelas são panorâmicas e o solário de proa tem encosto regulável. A cozinha vem equipada com armários superior, inferior e gavetas, e os itens eletrônicos estão dentro dos opcionais. São eles: geladeira, micro-ondas, fogão, além de outros, como televisão, ar-condicionado e churrasqueira em inox. A personalização do barco é feita de acordo com o gosto do cliente, incluindo opções de pintura especial, estofamento, cor da lâmina da madeira e outros. Já na área externa, o convés e cockpit tem a opção de abrigar um amplo solar de popa ou então pode-se fazer um fechamento com uma geleira. Também tem muitos sofás bem distribuídos. Sucesso desde o lançamento A Triton 345 foi sucesso desde seu pré-lançamento. No São Paulo Boat Show 2012 foi feito o lançamento do seu projeto e na ocasião seis unidades já foram vendidas. Agora, após o lançamento oficial no Rio Boat Show, o número subiu para 13. Opção da cabine à meia-nau fechada Acima: banheiro. Abaixo: decoração personalizada e isso fica bem exemplificado no banheiro e nas cabines. Além disso, priorizamos um novo design externo que atendesse à evolução e à modernidade do mercado com linhas mais agressivas e harmônicas.” CAPACIDADE PARA 12 PESSOAS, SENDO QUATRO PARA PERNOITE De fato, o aproveitamento de espaços fica bem evidenciado. A lancha tem capacidade para 12 pessoas e acomoda até quatro para pernoite em duas camas de casal, sendo uma de proa e uma de meia-nau, tendo esta última a possibilidade de ter fechamento em madeira, dando maior privacidade. 102  PERFILNÁUTICO Cama de casal da cabine à meia-nau PERFILNÁUTICO  103
  • 53. BAVARIA FLY 420 VIRTESS triton 345 www.descobreventos.com.br Os principais compradores têm sido os próprios clientes da marca. “Eles vêm crescendo junto com a nossa marca e nos pediram um barco maior para continuarem fiéis”, afirma o proprietário da Way Brasil. Um pouco de história... de hobby a negócio Apesar de a marca Triton ter surgido no mercado náutico apenas no ano 2000, a história do estaleiro Way Brasil é bem mais antiga. Na década de 80, o engenheiro mecânico José Maria Cechelero Jr. começou a explorar o mercado com a fabricação de diversos produtos com a fibra de vidro. O início, em um pequeno barracão em Curitiba, foi quase que um hobby. José Maria resolveu se aventurar confeccionando um molde de buggy. Não foi preciso muito tempo para que começasse a testar seu negócio na água. Em 1995 surge o Estaleiro Way Brasil com os barcos da família Quest, destinados à pesca. O negócio deu certo e cinco anos depois começaram a ser criados os barcos da linha Triton. Hoje são oito modelos, de 20 a 36 pés. Atualmente a empresa conta com 65 funcionários. SERVIÇO SITE: www.waybrasil.com.br TELEFONE: (41) 3278 7433 Sucesso desde o pré-lançamento ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS COMPRIMENTO: 10,45 m COMPRIMENTO TOTAL: 10,45 m BOCA: 3,25 m BOCA: 3,25 m PESO: 3.500 kg CAPACIDADE DIA: 12 pessoas CAPACIDADE NOITE: 4 pessoas TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 360 L TANQUE DE ÁGUA: 200 L MOTORIZAÇÃO GASOLINA: 1x380 HP a 2x300 HP MOTORIZAÇÃO DIESEL: 1x350 HP a 2x220 HP Perfil Planta Externa Planta Interna Fly 420 Virtess: design, segurança e manuseamento a bordo O alemão quer invadir sua praia O estaleiro alemão Bavaria acaba de ganhar prêmios pela sua nova linha Virtess. A boa novidade é que o dono do primeiro modelo da linha no Brasil pode ser você Por Amanda Kasecker 104  PERFILNÁUTICO PERFILNÁUTICO  105
  • 54. BAVARIA FLY 420 VIRTESS O mais puro luxo europeu ao alcance dos brasileiros. O estaleiro alemão Bavaria recebeu no início de 2013 o Powerboat Europeu do Ano por sua nova embarcação com flybridge. No Boot Düsseldorf, quem brilhou na noite de gala Flagship foi a Fly 420 Virtess. Design, segurança e manuseamento a bordo estavam entre os principais critérios de teste. 106  PERFILNÁUTICO O prazer de pilotar com “os cabelos ao vento” O ESTALEIRO ALEMÃO BAVARIA RECEBEU NO INÍCIO DE 2013 O POWERBOAT EUROPEU DO ANO Jens Ludmann, diretor-geral da Bavaria, comemorou. “Vencer o Powerboat Europeu do Ano com a nossa nova flybridge é um marco importante na história do nosso estaleiro.” A principal diferença entre os dois é visível no próprio nome: a Coupé não possui o flybridge. Para compensar, foi projetado um teto panorâmico para que se tenha a mesma sensação de pilotar com “os cabelos ao vento”. A Fly 420 Virtess faz parte da linha de luxo do estaleiro alemão, que inclusive já tem um segundo modelo: a Coupé 420 Virtess, lançada alguns meses depois da Fly. A boa notícia para os brasileiros é que todo esse luxo já está ao nosso alcance. A Descobre Ventos, empresa que representa a Bavaria (motor) no Brasil há pouco PERFILNÁUTICO  107