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Alçando Vôo...



       Ana andava de um lado pro outro do aeroporto esperando chamarem seu
vôo. Estava ansiosa. Já esperava há mais de duas horas na sala vip. Uma
atendente serviu-lhe um copo de vodca com lichia, o que foi bom para acalmá-la.



       Encaminhou-se até um dos sofás, sentou-se e cruzou as belas pernas.
Tomou um gole do drink e reparou impaciente, nas outras pessoas. Havia um
homem mais velho, cabelos brancos, óculos de grau e terno escuro. Ele tomava
whisky calmamente. Provavelmente seu vôo estava no horário.



       Havia uma mulher que aparentava ter uns 40 anos de idade. Ela era muito
bonita. Alta, loira, muito bem vestida e bem maquiada, usava uma belíssima bolsa
de grife. Ela estava sentada calmamente lendo uma revista.



       - Será que só eu estou nervosa assim com o atraso do vôo? [ela pensou
consigo mesma]



       Abriu sua maleta de couro marrom e tirou seu IPad. Começou a ler um
relatório, mas em menos de dez minutos, se sentiu entediada novamente.
Guardou tudo, fechou a maleta e levantou-se, impaciente.



       Sentiu seu pé enroscar em algo e já ia chegando ao chão com um belo
tombo, quando braços firmes seguraram os seus. Ainda assustada, ela olhou pra
cima e viu um belo par de olhos verdes fitando seus olhos.




                                        1
Inconscientemente ela passou a língua pelos lábios vagarosamente,
fazendo o homem dar um pequeno sorriso sensual.



         - Me desculpe e obrigada por me segurar! [ela disse a ele enquanto erguia
o corpo, sem graça].



         - Sem problema, não se preocupe, foi um prazer! [ele respondeu bem-
humorado]. - Meu nome é Marcio! [ele falou estendendo suas longas mãos para
ela].



         A pequena mão de Ana se perdeu dentro das mãos daquele homem. Ela
estava tremendo, não sabia se pelo tombo ou de raiva pela quase queda.



         - Ah sim, Marcio. Meu nome é Ana.

         - Está com o vôo atrasado?

         - Sim, há mais de duas horas, ela respondeu fazendo um biquinho que fê-
lo sorrir.

         - Posso me sentar com você? [perguntou ele]

         Sem a menor vontade de conversar, ela respondeu educadamente: -
Claro! Sente-se!



         Ele se sentou e ela ficou observando seu corpo. Ele usava uma camisa
azul e por dentro, usava uma camiseta branca que contrastava maravilhosamente
bem com sua pele branca. Seus cabelos eram ralos e grisalhos. E ele usava
também um cavanhaque que lhe dava um aspecto sensual. Usava uma calça
jeans escura e calçava um sapatênis azul escuro. Ele também carregava uma
maleta parecida com a sua, também de couro, mas de cor preta.



                                         2
Ele era alto e forte. Possuía uma elegância natural. Seu sorriso era lindo,
tinha dentes perfeitos. Tinha mãos de pianista ou mãos que costumavam acariciar
horas e horas um corpo feminino.



        Desconcertada com seus pensamentos, ela olhou para cima e seu rosto
corou violentamente. Marcio estava encarando-a e sabia que ela estava
Analisando seu corpo. Ela podia jurar que ele sabia o que ela estava pensando.



        Virou sua cabeça para o outro lado e pegou seu drink, demorando-se ali
com o guardanapo, enquanto seu rosto voltava ao normal.



        - Então Ana, para onde está indo? [ele perguntou]

        - Para São Paulo, e você?

        - Ah, é mesmo? [ele sorria] Também estou indo para lá. Aliás, eu moro lá.

        - Ah... er.... você estava aqui a trabalho?

        - Sim e era para eu ter voltado ontem, mas surgiram alguns problemas e
deixei pra tomar o vôo de hoje. Acho que tive sorte, afinal [ele falou sorrindo].

        Abaixando um pouco os olhos, ela respondeu:

        - Sorte?

        - Sim! [ele sorriu enigmático]

        - Ah....

        - Você não quer beber algo Marcio? [ela perguntou mudando de assunto]

        - Claro, eu te acompanho, o que está tomando?

        - Vodca com lichia.

        - Ótimo, vou fazer o pedido.




                                          3
Marcio levantou um dos braços fazendo um sinal para a atendente e Ana
não conseguia tirar os olhos dele. Sabia que ele tinha consciência do que estava
provocando nela, mas sabia que ela também provocava algo diferente nele.



          Enquanto bebiam, conversavam amenidades. Os olhos de Marcio não se
desviavam dos olhos cor de mel dela, deixando-a agitada e nervosa. Seu olhar
tinha uma força surpreendente, que a excitava de uma maneira muito forte. Às
vezes, inconscientemente, suas mãos se tocavam, provocando faíscas em seus
corpos.



          Em certo momento, os cabelos loiros de Ana caíram sobre seu rosto
encobrindo seu rosto e Marcio os afastou carinhosamente, ajeitando-os atrás de
suas orelhas delicadas. Ana sentiu uma vontade louca de beijar os dedos dele.
Não tinha como negar o que ambos sentiam.



          Estavam conversando há bastante tempo quando chamaram o vôo deles.
Suspirando entre aliviada e frustrada, Ana levantou-se, pegou sua maleta e sentiu
Marcio ajeitando o casaco em suas costas tocando-a com mãos quentes.



          Parecia que ele fazia de propósito. Não era um simples toque. Ele apertou
de leve seus ombros e ficou algum segundo atrás dela, o que parecia uma
eternidade. O calor que emanava de seu corpo fez com que a pele de Ana se
arrepiasse.



          Sabendo o que estava causando, Marcio encostou um pouco mais o corpo
no dela, permitindo assim, que ela soubesse que ele também estava excitado com
a proximidade dos dois.




                                          4
Passando novamente a língua nos lábios, ela fitou os olhos dele e tocou
levemente sua mão, ousadamente sinalizando ali um mundo de promessas que só
os dois entendiam.



        Encaminharam-se vagarosamente até o avião. A energia que emanava
dos dois era intensa. Tomaram o corredor e entraram no avião, sempre trocando
olhares que só eles entendiam. Ele a guiava segurando seu cotovelo. Ela se
deixava guiar, com mil coisas passando por sua cabeça.



        O vôo estava vazio, o que facilitou a escolha das poltronas. Eles se
sentaram mais ao fundo, próximos ao banheiro da aeronave. Ana sentou-se
próximo à janela e Marcio ao seu lado. Para sorte dos dois, ninguém sentou nas
poltronas vazias ao lado deles e nem à frente.



        Depois de fazerem o pedido dos drinks, Marcio encostou sua cabeça na
poltrona e virou-se para ela:

        – Consegue sentir isso, não é?

        Fingindo não entender, ela responde: - Isso o que?

        Segurando em seu queixo, ele a fita com os olhos brilhantes.

        - Ana, você sabe do que eu estou falando. Quer que eu seja mais explícito
do que já estou sendo? [ele falou isso e baixou seus olhos até a parte de baixo do
seu jeans]



        Sem se conter, Ana acompanhou seu olhar e se deparou com o membro
duro dele parecendo querer saltar da calça.



        - Não sei o que dizer....



                                         5
- Não diga nada! [ele falou tomando a sua mão na dele e levando-a
diretamente ao seu membro latejante]. Apenas sinta!



        Ela fechou os olhos ao sentir a excitação que causava nele.



        O avião levantou vôo no exato momento em que ela abria o zíper da calça
dele. Segurou seu membro com firmeza e olhou em seus olhos. Ele deu-lhe um
sorriso que a deixava embriagada. Ele gostava do que ela fazia ele sentir. Chegou
perto dela e beijou seus lábios.



        A princípio o beijo foi doce, delicado. Era como se ambos buscassem
apenas sentir o gosto um do outro para então partirem para uma viagem louca.
Suas línguas já não agüentavam o desejo. Elas se percorriam dentro da boca do
outro loucamente, como se quisessem engolir uma a outra.



        Enquanto sugava sua língua com volúpia, a mão dele escorregou até a
blusa que ela usava. Por cima do tecido, seu dedo alcançou o bico de um dos
seus seios e acariciou-o vagarosamente com o polegar fazendo-a gemer baixinho.



        Ele levantou o braço da poltrona que os separava e chegou mais perto
dela. O tecido da blusa exibia o bico rosado e duro. Ele abaixou a cabeça e
percorreu vagarosamente com a língua o mesmo caminho que seus dedos fizeram
há poucos segundos, deixando o tecido molhado com sua saliva.



        Abriu alguns botões de sua blusa e sua língua quente deixou um rastro
molhado    em    sua   pele,   fazendo-a       arrepiar.   Suas   coxas   se   separam
inconscientemente por causa do calor que emanava do centro do seu prazer. Ela
segurou seus cabelos, impedindo-o de deixar seus seios.


                                           6
Querendo proporcionar o mesmo prazer a ele, ela continuou acariciando
seu membro com firmeza. Ele estava muito duro. A parte de cima estava brilhando
e soltava um fio de líquido transparente que logo viria quente e viscoso. Ele
gemeu em seu ouvido e sussurrou: - Ana, eu acho que vou explodir de tanto
desejo.



          Colocando o dedo em seus lábios, ela o silenciou: - eu também, mas nem
pense em parar agora!



          – Eu não quero parar Ana! [respondeu ele]



          Marcio estendeu sua mão esquerda entre as coxas dela, deixando-lhe o
rosto vermelho, os bicos dos seios arrepiados e seu corpo tremendo.

          - Agora você vai ver o que farei com você Ana!

          - Simmmm!



          Os dedos dele acariciaram seu sexo por cima da calcinha, sentindo a sua
umidade. Afastou-a para o lado vagarosamente. Logo tocou os lábios, sentindo-os
lisos, sem pelos. Ele sorriu, olhando para o rosto da mulher que estava mexendo
loucamente com os seus desejos.



          Abrindo um pouco mais as pernas, ela expõe seu sexo aos dedos dele. A
princípio ele acariciou seu clitóris, que logo ficou inchado e duro ao seu toque. Ela
estava muito molhada, deixando os dedos dele melados com seu líquido.




                                          7
Ele levantou o braço e acariciou os lábios dela com os dedos molhados e
logo após, passou a língua pelos lábios dela, fazendo ambos gemerem. Aquilo era
incrível. Sentir o gosto do sexo dela misturado ao beijo dos dois era perfeito!



        Quando ela abriu os lábios para falar algo, ele aproveitou para aprofundar
dois dedos de uma vez dentro dela. O que quer que ela fosse falar, ficou perdido
no meio de um gemido alto, abafado rapidamente pelos lábios dele.



        Ao mesmo tempo, os dedos dele entravam e saíam com rapidez de dentro
dela, o que fez com que ela abaixasse a cabeça. Passou a língua vagarosamente
na cabeça do membro dele, fazendo-a sentir o tremor latejante de desejo.



        A boca dela era pequena, delicada, macia e conseguia proporcionar-lhe
um prazer indescritível. Ela subia e descia a boca em seu membro, fazendo-o
gemer gostoso, o que a deixava mais excitada. Ambos estavam prestes a ter um
orgasmo maravilhoso.



        A saia dela estava grudada nos quadris, expondo seu sexo aos olhos dele.
Os dedos se agitavam em seu clitóris inchado... entravam e saíam de dentro
dela... enquanto ela sugava-lhe com um desejo indescritível. Ele segurava sua
cabeça contra seu sexo, não deixando-a desistir de completar o trabalho.



        Até que ambos fizeram um movimento silencioso e entenderam que
chegara o momento. Ela estendeu as pernas num espasmo alucinante. A boca
dos dois se espremia, num esforço para silenciarem seus gritos.



        Ela abriu a boca enquanto segurava o sexo que jorrava o líquido quente.
Sentiu pela primeira vez o gosto do gozo de um homem. Achou delicioso! Não


                                          8
queria deixar uma gota se perder e o lambeu de cima a baixo, o que o fez admirar
aquela mulher ainda mais.



       Não sabiam quanto tempo havia se passado até que eles caíssem em si
pelo lugar em que estavam. Arrumaram-se o melhor que puderam e levantaram as
mãos, juntos, sorrindo um para o outro, ao pedirem uma bebida à moça que
atendia aos passageiros bem à frente.



       As bebidas chegaram. Os dois sorveram o primeiro copo com sofreguidão.
O cheiro de sexo impregnava o corpo dos dois, o ambiente, mas aquele cheiro os
excitava ainda mais.



       Ana precisava ir ao banheiro. Pediu licença a Marcio e ele, oferecendo-lhe
um meio-sorriso, aproveitou e subiu uma das mãos pela coxa dela e tocou
levemente seu sexo por cima calcinha encharcada, enquanto ela se espremia
passando por entre as poltronas.



       O rosto dela ficou vermelho. Ele já conhecia sua expressão quando ficava
excitada. Era tudo tão louco! Tão pouco tempo e sentia como se a conhecesse há
muito tempo. Uma ruga de preocupação apareceu em sua testa. Ele queria mais,
muito mais. E algo no fundo do seu peito lhe dizia que não era apenas sexo. Mas
outra coisa o preocupava. Ele namorava outra mulher há cinco anos e pela
primeira vez, uma mulher que ele mal conhecia o fazia repensar sobre seus
sentimentos.



       Enquanto isso, Ana entrou no banheiro e se lavou de maneira rápida.
Tirou a calcinha molhada e guardou na bolsa, mas não ia colocar outra, já que




                                        9
estava em sua mala guardada no compartimento acima de sua poltrona. Molhou o
rosto, refez a leve maquiagem, ajeitou a blusa e a saia e saiu.

          Assim que chegou perto de sua poltrona e o viu, ela se arrepiou inteira. Já
estava um pouco incomodada com tanto desejo que esse homem provocava nela,
afinal, nunca tinham se visto. Mas desta vez, apenas desta vez, ela não queria ser
a garota certinha. Ela queria extravasar o seu desejo e ter uma relação louca com
esse homem que mexia com seus 29 sentidos.



          Reparando no rosto dela quando ela chegou do banheiro, ele se levantou
pra ela passar e juntou seu corpo ao dela, tocando carinhosamente seu queixo.



          - Ana, você está bem?

          - Sim, sim, estou sim, por que?

          - Notei uma leve preocupação no seu rosto.

          - Eu estava pensando em outra coisa, mas já passou.

          - Está certo. Agora é a minha vez, ele disse apontando para o banheiro.



          Sorrindo, nervosa, ela se sentou. Arrumou algumas coisas que estavam
espalhadas pelo chão e ficou pensando no desejo que aquele homem
proporcionava a ela. Ele era alto, muito bonito. Tinha o sorriso mais lindo que ela
já conhecera. Sabia deixar uma mulher louca, sabia os lugares certos onde tocar e
quando tocar.



          - Será que ele tem uma namorada, esposa? Ela perguntou a si mesma. Ah
claro que tinha... bonito como era, não poderia estar só, ela pensou mordendo os
lábios.




                                            10
E foi assim que Marcio a encontrou quando voltou a se sentar.

        - Alguma coisa te incomoda não é?

        - Não, claro que não!

        - Tem algo sim Ana, eu conheço seu rosto!

        - Ah, você não conhece não. Ela respondeu sorrindo.

        - Você só morde os lábios assim quando algo a preocupa.

        - E como pode ter certeza disso?

        - Eu estive te observando por mais de duas horas enquanto você andava
de um lado pro outro na sala vip do aeroporto, ele disse sorrindo.

        - Ah, tava me espionando é? Ela perguntou entre sorrindo e um pouco
incomodada com o fato de alguém estar observando-a sem que ela notasse.

        - Não, eu estava te observando... te achei uma linda mulher! Tem os olhos
maravilhosos!

        - Obrigada, você também é muito bonito [Ela respondeu dando uma risada
gostosa].

        - Gosto da sua voz rouca, ele falou.

        - E você me deixa sem graça Marcio.

        Ele levantou a mão e passou carinhosamente pelo rosto dela.

        - Gosto também dos seus lábios, do seu sorriso, dos seus cabelos loiros,
do perfume do seu corpo, ainda mais quando está excitada, como agora. Ele disse
isso e desceu a mão, tocando levemente o bico arrepiado de seu seio esquerdo
por cima da blusa.

        - Marcio... ela chamou rouca.

        - Sim, Ana, diga!

        Ele abriu dois botões da blusa dela e passou os dedos pela pele macia
dos seus seios.



                                        11
- Eu quero você! [ela falou]

       - Eu também quero você! Vem comigo. Ele falou e levantou-se, segurando
a mão dela.

       - Seu maluco, para onde vamos?

       - Ao banheiro [ele respondeu rindo, parecendo um menino].



       Eles olharam para os lados. O vôo estava quase vazio, ninguém prestava
atenção nos dois. Entraram rapidamente no banheiro e deram uma risada,
parecendo duas crianças, mas pararam rapidamente quando se fitaram nos olhos.



       Ela encostou-se à parede e começou a desabotoar a camisa dele,
descendo a boca pelo pescoço até chegar aos mamilos. Ele acariciou os cabelos
dela, fechando os olhos, sentindo aquela boca gostosa lambendo o seu peito. Ele
a queria. Pensando nisso, puxou-a de encontro ao seu corpo com o braço atrás
das costas dela e desceu as mãos até o seu bumbum.



       Tomou-lhe a boca num beijo cheio de desejo, molhado, excitado. Sugou a
língua dela, mordeu, lambeu. Puxou-lhe a saia para cima e viu que ela não havia
colocado a calcinha. Aquilo o excitou profundamente. Rapidamente suspendeu ela
em seu colo e encostou seu corpo à parede.



       - Meu Deus Ana, que desejo é esse que estou sentindo por você?

       - Não fale nada, apenas faça!! Deixa eu te sentir inteiro dentro de mim,
vem!

       Ele não pensou duas vezes, enquanto ela abraçava o corpo dele com as
pernas, ele segurou seu membro duro e guiou pra dentro dela. Quando se sentiu




                                      12
inteiro dentro dela, ele segurou a bunda dela e empurrou seu corpo pequeno e
delicado contra a parede. Os gemidos dela o excitavam.



        Ela revirava os olhos... mordia os lábios... apertava as pernas ao redor
dele como se não quisesse que ele saísse de dentro dela. A cada estocada dele,
ela gemia e mordia os lábios, se esforçando pra não gritar.



        Seus seios roçavam os mamilos dele, fazendo seus bicos ficarem duros e
excitados. Sentia suas costas baterem com força na parede, mas a dor se juntava
à excitação e ela não queria que aquilo terminasse.



        O banheiro era muito pequeno, mas ele deu uma olhada ao redor,
querendo encontrar uma solução para que pudesse usufruir ao máximo do desejo
louco que ela o fazia sentir.



        Viu uma pilha de toalhas embaixo da pequena pia e sem sair de dentro
dela, pegou duas. Ana tinha os olhos fechados e mordia os lábios com força. Ele
sorriu. Era uma boa hora para fazer o que queria.



        Segurou os braços dela pra cima e prendeu-os no porta-toalhas, não
dando chance pra ela fugir, mesmo que ela quisesse, o que não era o caso. Tirou
seu membro de dentro dela e abriu bem suas pernas. Os olhos dela brilharam
quando se deu conta do que aconteceria.



        Ele se abaixou e sugou seu sexo com força, introduzindo a língua dentro
dela com muito desejo. Ela tava quase gozando, mas ele não queria lhe dar este
prazer agora. Ele sorria com uma cara de mau que a excitava terrivelmente. De




                                        13
repente, ele olhou pra ela e começou a acariciar seu clitóris com os dedos...
somente olhando nos olhos dela.



        Ela gemia, mas não desviava o olhar. Ela queria mais, muito mais e esse
homem era capaz de dar-lhe um prazer nunca antes sentido. Sabendo
exatamente o que ela estava pensando, ele introduziu um dedo dentro dela. Viu
que ela queria mais e introduziu um segundo dedo dentro dela. Acariciou-a
internamente e sentiu suas carnes quentes e escorregadias. A Sensação era
maravilhosa e ele queria tanto aquela mulher que queria machucá-la para que ela
nunca mais pudesse sentir prazer com outro a não ser com ele. Ele queria-a para
si, somente para si e pra mais ninguém.



        O leve pensamento de que outro homem poderia estar no lugar dele
causou-lhe uma raiva muito grande. Sem pensar, enfiou três dedos dentro dela e
começou movimentá-los com força, fazendo-a morder os lábios para não gemer
mais alto. Retirou os dedos e guiou seu membro para dentro dela e socou fundo,
ao mesmo tempo que acariciava seu clitóris.



        Sabia que podia estar machucando-a, mas sabia também que ela estava
gostando e muito. Suspendeu seu bumbum ainda dentro dela e com os dedos
ainda molhados, enfiou dois dedos de uma vez dentro do seu ânus, ao mesmo
tempo que a beijava, já imaginando que ela gritaria.



        Tirou os dedos e viu que ela sangrava um pouco, mas viu também a
decepção nos seus olhos quando retirou os dedos. Enfiou os dedos novamente e
sentiu eles sendo sugados pra dentro dela, ao mesmo tempo em que seu sexo era
sugado pelo sexo dela. Aquilo estava deixando ele louco.




                                          14
Ela murmurava palavras desconexas, mas ele sentiu o exato momento em
que ela ia ter o orgasmo e aumentou mais as estocadas do seu membro e dos
dedos dentro dela. Ela mordia os lábios a ponto de machucá-los, tamanho esforço
para não gritar.



         Ele levantou a cabeça e lambeu o filete de sangue que surgiu nos lábios
dela e introduziu sua língua dentro da boca dela, beijando-a com ardor. O gosto
dos dois estava misturado ao sangue e nenhum dos dois se importou, ao
contrário, eles ficavam cada vez mais excitados com a maneira que um dava
prazer para o outro.



         Vendo-a tão entregue e tão excitada, ele gozou profundamente dentro
dela. Não imaginava que havia espaço para tanto líquido. Assim que terminou de
jorrar dentro dela, ainda duro, virou-a de costas pra ele e mergulhou seu membro
de uma vez no ânus dela, fazendo-a morder seus dedos com força para segurar o
grito.



         Ele sentia um novo gozo se aproximando e socou com mais força dentro
dela, sentindo suas carnes se abrindo ao toque do seu membro grosso e duro.



         Não agüentando mais segurar, ele gemeu alto, a ponto dela tapar sua
boca num susto inesperado. Gotas se suor escorriam por seus rostos e corpos,
fazendo-a sentir vontade de lambê-lo inteiro.



         Não se contendo, ela passou a língua pelo seu rosto, pelo seu peito, tórax
e foi baixando até a barriga dele. O gosto salgado a excitava bastante. Soltando
os braços dela, ele a abraçou com força, passando a língua pelo seu pescoço e
lambendo o suor salgado e perfumado. Sentia vontade de apertar seu corpo e



                                        15
quebrar ao meio diante do que ela estava fazendo com ele, mas ele mal sabia que
ela sentia o mesmo.



       Beijaram-se desta vez com delicadeza. Se lavaram na pequena pia e
antes de saírem, ele a puxou para si e falou olhando em seus olhos:



       - Ana, esta não será a última vez que nos encontramos!!!

       Ela sorriu e o fitou com os olhos marejados de lágrimas.

       Sentindo uma emoção incomum, encostou sua testa na dela e ficaram
esperando a respiração voltar ao normal.

       - Ana....

       - pssiii não fale nada!

       - Não fique chateada...

       - Não estou chateada Marcio... estou surpresa com tudo que você me fez
sentir. Nem eu mesma sabia que tanta violência me causasse tanto desejo.

       - Machuquei você?

       - Sim, mas o desejo falou mais alto e tive o melhor orgasmo de toda minha
vida. Não posso descrever o que me fez sentir!

       - Ana, eu também não posso. Só quero me perder dentro de você e sentir
seu gozo pro resto da vida.

       - Não existe resto da vida para nós Marcio, afinal, mal nos conhecemos.

       - Mas podemos nos conhecer melhor e quem sabe podemos ter um
relacionamento.

       - Um relacionamento? Você não tem alguém? [perguntou ela surpresa]

       Com o semblante sério e os olhos turvos, ele respondeu:




                                       16
- Não vou mentir pra você Ana. Tenho uma namorada há cinco anos, mas
nem de longe ela me faz sentir o que estou sentindo por você.

        Um pouco decepcionada, ela abriu a porta do banheiro e saiu pelo
corredor até suas poltronas.

        - Ana...[ele falou tocando-a gentilmente no ombro]

        Virando o rosto para trás, ela responde, com os olhos em chamas:

        - Então pronto Marcio, se já tem alguém, fique com ela e me esqueça.

        Segurando seus pulsos com força, Marcio encostou seu corpo ao dela,
num apelo desesperado.

        - Não Ana, não quero perder isso que me faz sentir.

        - Pois vai perder Marcio. Não quero ter um caso e nem quero um homem
comprometido. Sou sozinha e se um homem quiser me conquistar, ele tem que
estar disposto a isso.

        Ele sentiu tanta raiva que segurou sua cabeça e beijou-a, mordendo com
força o seu lábio inferior.

        - Você está me machucando Marcio. Ela falou, acusando-o e tocando
seus lábios de leve.

        - Sim, te machuquei Ana e quero te machucar muito ainda.



        Passou a língua pelos lábios dela e lambeu o sangue. Aquilo a fez tremer
de desejo, mas não podia se envolver mais do que já havia se envolvido. Queria
voltar para casa e esquecer tudo aquilo.



        Sentaram-se e ficaram em silêncio por longo tempo. Ambos perdidos em
seus próprios pensamentos. Assim que o avião pousou, Ana pegou suas coisas
apressadamente. Queria sair correndo. Queria fugir do que estava sentindo.




                                           17
- Me espere por favor! Preciso do seu contato!

        Olhando para as mãos que seguravam seu braço esquerdo, Ana olhou
para ele com os olhos tristes.

        - Marcio, acho melhor não. Você é uma pessoa comprometida e não quero
estragar isso entre vocês.

        - Você acha mesmo que tudo vai continuar na mesma entre eu e ela com
tudo que aconteceu aqui? Você realmente me acha um canalha que sai comendo
todas as mulheres que caem à minha frente?



        - Não sei o que pensar Marcio. Olha, não me arrependo de nada que
aconteceu aqui, mas acabou! Vamos continuar nossas vidas como se nunca
tivéssemos nos conhecido.

        - Não, por favor. Do que você tem medo afinal?

        Desviando o olhar do dele, Ana respondeu:

        - Não tenho medo de nada. Sou uma mulher ocupada. Não tenho tempo
para casos.

        Apertando seu braço com força, ele respondeu:

        - Também não quero um caso, eu quero você, somente você!

        Pegando suas coisas, ela lhe deu as costas e se encaminhou para o
corredor, deixando-o para trás, parado, atônito.

        Não posso deixá-la partir assim!! [ele pensou e saiu correndo atrás dela]

        Olhou para o corredor cheio de gente e ficou desesperado. As pessoas se
amontoavam à sua frente, impedindo-o de andar mais rápido. Seus olhos foram
encobertos por uma nuvem escura. Seu coração batia forte.



        - Será que tudo que aconteceu não significou nada para ela? [pensou
novamente]


                                         18
Saiu caminhando pelo aeroporto até o veículo que o esperava. Ao colocar
sua maleta dentro do carro, sentiu calor, tirou o casaco e viu um papel caindo do
bolso. Era um cartão: Ana Cazarinni – Arquiteta. Sem se conter, ele entrou no
carro segurando o cartão sem deixar de fitá-lo, sorrindo.



        Não vira quando ela colocou o cartão em seu bolso e ao mesmo tempo,
não entendia porque ela saíra correndo. Sentiu o corpo cansado. Estava viajando
há 18 dias e estava louco para chegar em seu apartamento.



        Enquanto isso, Ana tomou um táxi e pediu ao motorista para levá-la até o
hotel. Ela se sentia confusa. Queria ter ficado com Marcio, mas ao mesmo tempo,
não sabia se devia, afinal, ele tinha uma namorada de longa data.



        Ana já havia sido traída e a dor que sentira deixara-lhe marcas emocionais
profundas. Chegara no apartamento do namorado para fazer-lhe uma surpresa e o
encontrou na cama com outra mulher.



        Nunca mais o vira! Ela era decidida! Mas sofreu bastante tempo se
entregando somente ao trabalho que amava. Ela era uma arquiteta renomada em
sua cidade. Sua sala ficava num belo edifício no centro da cidade e lhe rendia um
excelente lucro, que lhe permitia viajar para o exterior e ter tudo que queria.



        Sua casa era linda. Levara dois anos desenhando-a e mais três anos
construindo-a. Ela era grande e confortável. As portas e janelas eram de vidro
temperado, que permitia a entrada da claridade do dia e a visão das estrelas à
noite. Os móveis eram de muito bom gosto e qualidade. Quando chegava de uma
viagem a negócios, ela sempre sorria ao abrir a porta e mergulhar em seu mundo.




                                          19
Há dois anos não namorava e não saia de casa a não ser para um jantar
de negócios ou reunião em família. Seu trabalho era a sua vida, ela amava o que
fazia. Tinha prazer em passar noites e noites em cima de sua prancha de
desenho.



        O táxi parou em frente ao melhor hotel de São Paulo e um carregador
apanhou sua pequena mala. Ela segurou o casaco, pegou a maleta e se
encaminhou à recepção. Logo foi levada ao quarto e se jogou de costas na cama,
pensando em tudo que tinha acontecido no vôo de Brasília à São Paulo.



        Enquanto isso, Marcio abria a porta de seu apartamento. Estava com as
cortinas fechadas. Ele ligou a luz e colocou a maleta em cima do aparador ao lado
da porta. Jogou o casaco nas costas de uma poltrona confortável e se jogou no
sofá.



        Não conseguia tirar Ana da cabeça. Ela era uma mulher espetacular.
Levantou a mão e sentiu o cheiro dela impregnado em sua pele. Sorriu para si
mesmo e fitou novamente o cartão que ainda estava em suas mãos.



        - Eu ainda vou te ver Ana!




                                       20
Um barulho no corredor fê-la acordar. Estava tão cansada que acabou
pegando no sono assim que se jogou na cama quando chegou. Levantou-se e foi
tirando a roupa até o caminho do banheiro. Se jogou para dentro do banheiro e
ligou o chuveiro bem quente, deixando o cansaço escorrer junto com a água. Seus
cabelos grudaram no rosto e ela os tirou delicadamente, fazendo-a se lembrar de
Marcio.



          Soltando um gemido de angústia, ela sentiu seus seios endurecendo e um
calor percorrer seu corpo. Encostando seu corpo na parede, ela fecha os olhos e
deixa a mão percorrer seu corpo, pensando no que ela e Marcio tinham sentido.
Em poucos minutos o orgasmo toma conta de si. Logo ela desliga o chuveiro, se
enrola na toalha e sai do banheiro.



          As pernas estavam trêmulas. Sentou-se na cama suspirando. Fitou o
espelho à sua frente e deixou cair a toalha. Seus olhos brilhavam, sua boca estava
inchada. Seu corpo estava todo marcado pelas mãos de Marcio. Ela sorriu. Ficou
imaginando quando e se ele iria encontrar o seu cartão. Ao mesmo tempo que ela
queria que ele encontrasse, ela tinha medo de novamente se envolver com ele e
causar uma ruptura dolorida em sua vida.



          Suspirando novamente, ela começou a secar o cabelo pensando no jantar
que teria logo mais com um grande cliente. Tinha que pensar na reunião. Daria
mais uma olhada nos projetos e focaria sua mente no cliente.




                                        21
Marcio abriu os olhos... ainda estava no sofá e acabou pegando no sono.
Levanto-se com dificuldade e foi até seu quarto tirando a roupa. Precisava de um
banho! Separou uma roupa e colocou-a em cima da cama. Entrou no chuveiro e
fechou os olhos, deixando a água quente terminar de acordá-lo. Pensou em Ana e
no que ela fizera ele sentir.



        Lembrou do gosto de sua pele e logo soltou um gemido rouco e baixo,
sentindo seu corpo endurecer. Sua mão desceu até o seu membro e logo um
orgasmo tomava conta do seu corpo. Desligou o chuveiro, se enrolou na toalha e
caminhou até o closet. O celular tocou, assustando-o. Era Sara, sua namorada.



        Estavam juntos há cinco anos. Se conheceram por intermédio de amigos
de longa data, todos advogados. O assunto fluiu normalmente enquanto tomavam
uns drinks. Quando ela se levantou pra ir embora, ele ofereceu-lhe uma carona,
ao que ela aceitou prontamente, enviando-lhe um belo sorriso.



        No caminho da casa dela, foram conversando e descobriram algumas
afinidades. Assim que chegaram, ela convidou-o para tomar um último drink e ali
começou o relacionamento dos dois.



        Sara era alta, magra e tinha cabelos castanhos e curtos. Tinha os olhos
grandes e negros. Sua pele era morena, pois ela gostava de nadar e o fazia todos
os dias. Ela era extrovertida e chamava atenção por onde passava, com sua voz
de tom um pouco alto e forte.



        Com o tempo, ela e Marcio se tornaram muito amigos. Ele trabalhava com
três dos maiores sócios de advocacia do Brasil e Sara, do outro lado da cidade,
também sócia em uma grande empresa.



                                       22
Ambos viajavam muito e se viam muito pouco. Eles entendiam o trabalho
um do outro e não se importavam com isso. O sexo entre eles era morno. Sara
não permitia certas intimidades e Marcio se contentava com o que tinha, afinal,
não tinha tempo para pensar em outras mulheres e em seus desejos mais
secretos.



       Esses pensamentos fizeram-no pensar novamente em Ana e no que
sentiram há poucas horas. O sexo entre ele e Ana foi perfeito. Nunca havia estado
antes com uma mulher como ela e agora sentia medo de perdê-la. Desviando os
pensamentos, vestiu uma camisa branca e calça jeans de um azul escuro.
Colocou a carteira no bolso de trás da calça, pegou as chaves do carro e saiu do
apartamento, fechando a porta atrás de si. Ia buscar Sara para jantarem juntos.



       Ana deu uma última checada no espelho, gostando do que via. Seu rosto
estava com pouca maquiagem, do jeito que ela gostava. Usava um pouco de pó
no tom de sua pele. As maçãs do rosto estavam levemente rosadas e seus olhos
pintados com delineador e sombra preta. Nos lábios, apenas um batom cor de
boca, deixando-os com um brilho natural.



       Dando um passo para trás, ajeitou o vestido preto de paetê colado ao seu
corpo. Ela não era magra, tinha o corpo mediano. Odiava malhar e mal tinha
tempo para se alimentar. A única coisa que ela fazia era evitar comer bobagens e
cuidar da pele e dos cabelos, sedosos e bem cortados logo abaixo do ombro.
Virou-se, pegou a carteira e tomou o elevador até a recepção onde o táxi a
esperava.



       Não tinha o costume de se arrumar tanto para uma reunião com clientes,
mas aquela ocasião era especial. Eles iam aprovar o seu projeto em um dos




                                        23
restaurantes mais cobiçados da cidade e era preciso ir muito bem arrumada.
Entrou no táxi, deu o endereço ao motorista e seguiram pela avenida.



        Ana encostou sua cabeça no banco, sem prestar atenção à paisagem,
afinal, sempre ia à São Paulo e conhecia muito bem aquelas ruas. Fechou os
olhos e pensou em Marcio. O que será que ele estava fazendo àquela hora?
Suspirou quando o carro parou em frente ao Restaurante, acertou com o motorista
e foi conduzida pela hostess até a mesa que estava ocupada por cinco pessoas.



        Cravou um sorriso no rosto, mostrando seus belos dentes brancos e
cumprimentou as pessoas. Depois de uma hora fechando o negócio, pediram o
jantar. Ana estava feliz, afinal se dedicara àquele projeto por seis meses. O cliente
estava satisfeito e chegara até a fazer uma proposta para Ana morar em São
Paulo, mas ela se recusou gentilmente.



        Terminando o jantar, eles se levantaram e foram ao ambiente dançante do
Restaurante. Ana estava cansada e gostaria de voltar para o hotel, mas não podia
negar o pedido dos clientes. Sentaram-se e eles pediram uma garrafa do melhor
champagne para comemorar o projeto.



        Ana estava sorrindo e com os olhos brilhando pelo reconhecimento do seu
trabalho, quando sentiu um par de olhos cravados em cima de si. Olhou para os
lados e seu olhar foi diretamente à mesa à frente, onde estava Marcio e uma
mulher, provavelmente sua namorada.



        Ana sentiu seu corpo retesar e sentiu o sangue sumir de seu rosto. Marcio
a olhava, embevecido. Ela estava linda! [ele pensou]. Os cabelos loiros caiam-lhe




                                         24
pelos ombros como anéis dourados. O vestido destoava do tom de sua pele,
conferindo-lhe charme extra às suas sardas à mostra.



       Por   outro    lado,   Ana   levou    a   taça   de   champagne   aos   lábios
vagarosamente, lembrando do que havia acontecido com os dois. Marcio soube
exatamente quando ela pensou sobre eles, pois viu seus olhos brilhando e sua
língua passando levemente pelos lábios. Ele se remexeu na cadeira, inquieto. O
que ele mais gostaria naquele momento era de levantar-se, ir até a mesa onde
Ana se encontrava e puxá-la para si, dando-lhe um beijo molhado e apaixonado.



       Ana desviou os olhos dele e analisou a moça que o acompanhava.
Provavelmente era a namorada. Sua mão estava pousada à mesa, brincando com
o guardanapo enquanto conversam. Ela era alta, magra, tinha os cabelos curtos e
lindos olhos. Ana achou-a atraente e sentiu vontade de ir embora.



       Desviou o olhar da mesa de Marcio e, educadamente, se despediu dos
clientes, alegando cansaço da viagem. Levantou-se, e, sem olhar para trás,
caminhou devagar até a porta do Restaurante, solicitando um táxi.



       Sentiu uma mão segurando-lhe o braço e virou para trás abruptamente.

       - Mas o que... ?

       - Calma, sou eu!

       - Marcio, você está louco? Deixou sua namorada na mesa sozinha te
esperando?

       - Ana, eu precisava falar com você novamente! Eu tinha que te ver!

       Ana suspirou e baixou a cabeça.

       - Marcio....



                                            25
- Não Ana, é sério! Precisamos nos encontrar! Quando você pretende
voltar pra sua cidade?

        - Tenho umas coisas pra resolver aqui até o fim de semana...

        - Podemos nos falar amanhã?

        - Está bem Marcio. Me liga amanhã, agora volte pra mesa e pra sua....
namorada.

        Marcio notou a leve pausa na sua voz trêmula e chegou seu corpo mais
perto do dela.

        - Marcio, não....

        Ah meu Deus, Ana! Eu estou ficando louco! Não paro de pensar em você
um minuto que seja! Ainda sinto o cheiro da tua pele, o gosto da tua boca...

        - Marcio, pare!



        Desvencilhando-se do seu braço, Ana entrou no táxi e pediu para o
motorista deixá-la no Hotel. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Se sentiu
indefesa. O que era aquele sentimento que tomava conta do seu ser?



        Marcio ficou parado, olhando o táxi sumir de sua vista. Respirou fundo e
entrou novamente no Restaurante. Sara, notando-o inquieto, perguntou:



        - Marcio, aconteceu alguma coisa? Você saiu correndo...

        - Não aconteceu nada. Vi um amigo e saí para cumprimentá-lo.

        - Certo. Mas estou te achando estranho hoje.

        - Está tudo bem Sara. Vamos embora?

        - Vamos, claro! Você deve estar cansado da viagem.

        - Sim, realmente preciso descansar. [sua mente estava em Ana]


                                        26
Levantaram-se e Marcio tomou seu braço, encaminhando-a até a porta do
Restaurante, onde o manobrista fora pegar o seu carro.




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Ana tirou o vestido e pendurou no armário. Foi ao banheiro, tomou um
banho rápido, escovou os dentes e se arrumou para dormir. Levantou os olhos e
se olhou no espelho. A mulher que estava à sua frente tinha os olhos assustados
e tristes.



         Virando-se abruptamente, ela apagou a luz, fechou a porta e foi para a
cama. Sentou-se e tentou trabalhar para ocupar sua mente, mas não conseguiu.
Fechou o Laptop e pegou um livro. Após duas páginas, notou que não estava
lendo mais nada.



         Jamais iria imaginar que encontraria Marcio novamente e tão rápido. Ele
estava lindo. Seu perfume a embriagara. Seus olhos presos aos dela, sua boca ali
ao seu alcance. A vontade era de beijá-lo ali mesmo, sem se importar com as
consequências. E algo lhe dizia que ele pensara o mesmo!



         Apagou o abajur e ficou pensando no que fazer, caso ele ligasse no dia
seguinte. Não sabia se deveria falar com ele e ao mesmo tempo, sentiu uma
vontade imensa de vê-lo. Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque na
porta.



         - Mas que droga...? Não pedi nada!

         Levantou-se e abriu a porta, já respondendo...

         - Eu não pedi...

         Marcio estava encostado preguiçosamente no batente da porta. Ana levou
um susto.

         - Marcio...

         - Ana, desculpe acordá-la, mas eu precisava vê-la ainda hoje!



                                         28
- Mas... e sua namorada... ela.. ?

       - xiiiu.... ele disse, colocando um dedo em cima dos seus lábios.

       Empurrou-a delicadamente para o lado e fechou a porta atrás de si.

       Segurou sua mão. Ana estava trêmula.

       - Ana, me perdoe, não quero te deixar assim. Mas eu estou muito nervoso,
precisava conversar com você.



       Marcio disse isso e saiu caminhando pelo quarto, passando as mãos
nervosamente pelos cabelos.



       Ana ainda estava encostada à porta. Tinha medo de dar um passo e cair.
Sentiu as pernas trêmulas. Não sabia o que falar! Seu coração batia forte.



       Marcio parou no meio do quarto e voltou o corpo, olhando novamente para
Ana. Ela usava uma camisola curta de seda preta. Suas coxas eram bonitas e
suas pernas bem torneadas. Seus mamilos estavam endurecidos de encontro ao
tecido e ele deu alguns passos pra frente, puxando-a de encontro ao seu corpo,
abraçando-a com força.



       - Ah Ana, eu precisava muito de você!

       - Marcio...

       - Eu sei! Eu sei que tudo está muito confuso. Sei que a gente se conhece
há menos de 24 horas, mas quero que pense no que a gente sentiu. Isso é fora do
normal, isso nunca me aconteceu. Eu só penso em você! Eu quero você! E pra
sempre!




                                        29
Surpresa, Ana olhou para cima com os olhos cheios de lágrimas. Marcio
tomou seus lábios trêmulos com os seus, num beijo delicado, cheio de carinho e
porque não, amor.



        Aquele pensamento mexeu com ele, que afastou-se dela.

        - Ana, amanhã eu vou falar com a Sara!

        - Marcio, você tem certeza disso? [perguntou ela insegura]

        - É a maior certeza que eu tenho nessa vida!

        - Mas Marcio, vocês estão juntos há mais de cinco anos... será que o que
sentimos um pelo outro não é apenas uma paixão avassaladora, daquelas que....

        - Não Ana!

        Segurou-a pelos dois braços.



        - Eu estou sim, apaixonado por você. Mas é algo além disso. Pela primeira
vez na vida eu quero mais, pela primeira vez na vida, senti que quero mais. O meu
relacionamento com a Sara é um relacionamento morno, mais de amizade. Não
fazemos sexo há meses. Ela viaja muito e eu também. Quando nos encontramos,
falamos somente dos casos que estamos trabalhando e nos acostumamos a isso.



        Só agora eu vejo que eu preciso de mais. Não! Eu precisava. Era você.
Era de você que eu precisava. A gente não escolhe o que acontece Ana! Tudo foi
mágico, perfeito! Nossos corpos se encaixam como nenhum outro. Você cabe no
meu colo, falou sorrindo.



        Ana sorriu, ainda trêmula. Era muito bom pra ser verdade! Ela também
sentia o mesmo. Nem mesmo com o seu ex-namorado, sentiu-se daquela
maneira. O sexo era bom entre os dois, mas era só isso, sexo. Teve uma época



                                        30
que ela achou que o amava, mas depois de dois meses, ela mal pensava nele.
Sentiu que era uma dependência mais emocional.



        Segurando-a pela mão, Marcio leva-a até a cama e sentam-se lado a lado,
em silêncio. Ele acaricia sua mão, achando-a linda e macia. Os dedos dela eram
delicados. Beijou todos os seus dedos, fazendo-a sentir um arrepio percorrendo
seu corpo.



        Marcio queria-a para si, mas não queria assustá-la novamente como
aconteceu no avião. Precisava mostrar a ela o que estava sentindo. Levantou-se e
colocou-a em pé de frente pra ele. Deslizou vagarosamente a alça fina de sua
camisola pelos ombros.



        Ana nada falava. Apenas se olhavam nos olhos.



        Passou a língua pelos lábios ressequidos, quando sentiu a camisola
deslizar para o chão. Nem viu quando suas mãos começaram a despi-lo. Logo
ambos estavam nus e tremendo, apesar dos corpos em chamas.



        Marcio tomou-a no colo e carregou-a até a cama, encostando-a
delicadamente nos travesseiros. Beijou seus lábios com ternura. Acariciou seu
rosto. Ela sorriu, se sentindo a mulher mais feliz do mundo.



        Ele sorriu de volta e puxou-a para cima de si, fazendo os corpos se
encostarem dos pés à cabeça. Tomou-lhe novamente os lábios e sentiu-a
mordiscando-lhes os seus. Suas mãos acariciavam um ao outro de uma maneira,
inicialmente lenta.




                                        31
Deitou-a na cama e virou-se por cima dela. Seus lábios tremiam de desejo
um pelo outro. Ele beijou-a novamente e foi descendo os lábios vagarosamente,
tomando um dos seios à boca. Ouviu seu gemido baixo. Ele sabia exatamente do
que ela gostava.



          Seus lábios deixaram um dos seios e desceu por sua barriga. Voltou
novamente e tomou o outro seio, sugando e mordiscando-lhe o bico duro. O corpo
dela se contorcia embaixo do seu. Sua mão deslizou para baixo indo de encontro
ao centro de seu prazer. Tocou-a gentilmente e, surpreso, sentiu-a totalmente
molhada.



          Sorrindo, ele acariciou-a intimamente, devagar, sentindo seu corpo se
contorcer. Seus lábios estavam inchados. Ela estava linda. Ela era linda! Ele
precisava estar com ela, sentir-se dentro dela. Afastando as suas coxas, ele guia
seu membro para dentro dela, que entrou deslizando por entre suas carnes
quentes.



          Seu corpo foi de encontro ao corpo dela e ele ouviu-a gemer mais alto.
Parou e ficou observando-a. Viu quando ela abriu os olhos torturados.



          - Marcio, não pare!

          Não vou parar meu amor.



          Novamente jogou seu corpo de encontro ao corpo dela, fechou os olhos e
aprofundou os movimentos até que ambos gritassem juntos, numa explosão de
êxtase.




                                         32
Marcio aguardou alguns minutos até que seus corações voltassem ao
normal. Beijou-a na boca, girou seu corpo e puxou o corpo dela num abraço.
Ambos suspiraram ao mesmo tempo, fazendo-os darem uma pequena risada.



       Acariciando seus cabelos, ambos pegaram no sono. Um leve sorriso
dançava nos lábios de ambos e seus semblantes denotavam o relaxamento total
dos corpos saciados.




                                    33
Ana levantou os braços e se espreguiçou, sem abrir os olhos. Deu um
sorriso. Sentiu cheiro de café. Seu estômago fez um barulho engraçado. Não
queria acordar. Sentia-se maravilhosa! Ouviu um barulho de chuveiro, abriu os
olhos e levantou-se indo ao encontro de Marcio.



         Ela abraçou-o por trás, beijando-lhe as costas. Ele sorriu, acariciando seus
braços. Virou-se, deu-lhe um beijo apaixonado e perguntou:

         - Bom dia meu amor, como dormiu?

         - Bom dia. Dormi muiiito bem e você?

         - Eu também. Dormi como há muito tempo não dormia, totalmente
relaxado e... feliz!



         Ana encostou a cabeça em seu peito e ficou brincando com os pelos dele.

         - Senti um cheirinho de café. Acho que estou com fome, e você?

         Sorrindo, ele respondeu:

         - Já pedi o nosso café amor, eu ia terminar o banho e levar na cama pra
você.

         - Oh que lindo e carinhoso da sua parte!

         - Vai dizer que nunca fizeram isso pra você?

         - Sim, já. Mas não desta maneira, eu me sentindo assim tão apaixonada.

         - Eu também!



         Segurou-lhe o queixo e deu-lhe um profundo e apaixonado beijo. Suas
línguas se cruzavam em um duelo molhado e quente. Sentiu quando o membro
dele ficou duro e encostou seu corpo mais ao dele.




                                         34
As mãos dele tomaram seus seios, acariciando-os gentilmente. Tomou-a
no colo, encostou seu corpo à parede e sem avisar, aprofundou seu membro para
dentro dela, que o recebeu feliz e molhada.



        Ela amava se sentir daquele jeito. O membro dele preenchia totalmente
suas carnes. Seus seios roçavam os mamilos dele enquanto seus corpos se
encontravam com rapidez, trazendo um orgasmo delicioso, onde terminaram com
um beijo.



        Enrolou o corpo dela com uma grande toalha e carregou-a até a cama.
Sentou-a gentilmente, recostada nos travesseiros e foi até a mesa buscar a
bandeja de café da manhã.



        Marcio passou geléia numa pequena torrada e colocou na boca de Ana.
Sorriu quando a viu engolir a torrada numa mordida. Ela pegou um pedaço de bolo
e colocou na boca dele, trazendo os dedos até a boca, lambendo o restinho do
bolo.



        Ele achou aquilo incrivelmente sexy, apesar dela ter feito aquele gesto
incoscientemente. Ela parecia uma criança. Comeram tudo e ele levantou-se para
guardar a bandeja na mesa. Voltou para a cama e abraçou-a.



        - Você não vai trabalhar hoje? [ela perguntou]

        - Não! Hoje eu quero passar o dia com você, aqui, na cama. [respondeu
ele sorrindo]

        Ela sorriu de volta e abraçou-o, colando seu corpo ao dele. Abriu a boca
de sono. Ele sorriu, cobriu os dois e logo pegaram no sono novamente.




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Alçando Vôo Rumo ao Prazer

  • 1. Alçando Vôo... Ana andava de um lado pro outro do aeroporto esperando chamarem seu vôo. Estava ansiosa. Já esperava há mais de duas horas na sala vip. Uma atendente serviu-lhe um copo de vodca com lichia, o que foi bom para acalmá-la. Encaminhou-se até um dos sofás, sentou-se e cruzou as belas pernas. Tomou um gole do drink e reparou impaciente, nas outras pessoas. Havia um homem mais velho, cabelos brancos, óculos de grau e terno escuro. Ele tomava whisky calmamente. Provavelmente seu vôo estava no horário. Havia uma mulher que aparentava ter uns 40 anos de idade. Ela era muito bonita. Alta, loira, muito bem vestida e bem maquiada, usava uma belíssima bolsa de grife. Ela estava sentada calmamente lendo uma revista. - Será que só eu estou nervosa assim com o atraso do vôo? [ela pensou consigo mesma] Abriu sua maleta de couro marrom e tirou seu IPad. Começou a ler um relatório, mas em menos de dez minutos, se sentiu entediada novamente. Guardou tudo, fechou a maleta e levantou-se, impaciente. Sentiu seu pé enroscar em algo e já ia chegando ao chão com um belo tombo, quando braços firmes seguraram os seus. Ainda assustada, ela olhou pra cima e viu um belo par de olhos verdes fitando seus olhos. 1
  • 2. Inconscientemente ela passou a língua pelos lábios vagarosamente, fazendo o homem dar um pequeno sorriso sensual. - Me desculpe e obrigada por me segurar! [ela disse a ele enquanto erguia o corpo, sem graça]. - Sem problema, não se preocupe, foi um prazer! [ele respondeu bem- humorado]. - Meu nome é Marcio! [ele falou estendendo suas longas mãos para ela]. A pequena mão de Ana se perdeu dentro das mãos daquele homem. Ela estava tremendo, não sabia se pelo tombo ou de raiva pela quase queda. - Ah sim, Marcio. Meu nome é Ana. - Está com o vôo atrasado? - Sim, há mais de duas horas, ela respondeu fazendo um biquinho que fê- lo sorrir. - Posso me sentar com você? [perguntou ele] Sem a menor vontade de conversar, ela respondeu educadamente: - Claro! Sente-se! Ele se sentou e ela ficou observando seu corpo. Ele usava uma camisa azul e por dentro, usava uma camiseta branca que contrastava maravilhosamente bem com sua pele branca. Seus cabelos eram ralos e grisalhos. E ele usava também um cavanhaque que lhe dava um aspecto sensual. Usava uma calça jeans escura e calçava um sapatênis azul escuro. Ele também carregava uma maleta parecida com a sua, também de couro, mas de cor preta. 2
  • 3. Ele era alto e forte. Possuía uma elegância natural. Seu sorriso era lindo, tinha dentes perfeitos. Tinha mãos de pianista ou mãos que costumavam acariciar horas e horas um corpo feminino. Desconcertada com seus pensamentos, ela olhou para cima e seu rosto corou violentamente. Marcio estava encarando-a e sabia que ela estava Analisando seu corpo. Ela podia jurar que ele sabia o que ela estava pensando. Virou sua cabeça para o outro lado e pegou seu drink, demorando-se ali com o guardanapo, enquanto seu rosto voltava ao normal. - Então Ana, para onde está indo? [ele perguntou] - Para São Paulo, e você? - Ah, é mesmo? [ele sorria] Também estou indo para lá. Aliás, eu moro lá. - Ah... er.... você estava aqui a trabalho? - Sim e era para eu ter voltado ontem, mas surgiram alguns problemas e deixei pra tomar o vôo de hoje. Acho que tive sorte, afinal [ele falou sorrindo]. Abaixando um pouco os olhos, ela respondeu: - Sorte? - Sim! [ele sorriu enigmático] - Ah.... - Você não quer beber algo Marcio? [ela perguntou mudando de assunto] - Claro, eu te acompanho, o que está tomando? - Vodca com lichia. - Ótimo, vou fazer o pedido. 3
  • 4. Marcio levantou um dos braços fazendo um sinal para a atendente e Ana não conseguia tirar os olhos dele. Sabia que ele tinha consciência do que estava provocando nela, mas sabia que ela também provocava algo diferente nele. Enquanto bebiam, conversavam amenidades. Os olhos de Marcio não se desviavam dos olhos cor de mel dela, deixando-a agitada e nervosa. Seu olhar tinha uma força surpreendente, que a excitava de uma maneira muito forte. Às vezes, inconscientemente, suas mãos se tocavam, provocando faíscas em seus corpos. Em certo momento, os cabelos loiros de Ana caíram sobre seu rosto encobrindo seu rosto e Marcio os afastou carinhosamente, ajeitando-os atrás de suas orelhas delicadas. Ana sentiu uma vontade louca de beijar os dedos dele. Não tinha como negar o que ambos sentiam. Estavam conversando há bastante tempo quando chamaram o vôo deles. Suspirando entre aliviada e frustrada, Ana levantou-se, pegou sua maleta e sentiu Marcio ajeitando o casaco em suas costas tocando-a com mãos quentes. Parecia que ele fazia de propósito. Não era um simples toque. Ele apertou de leve seus ombros e ficou algum segundo atrás dela, o que parecia uma eternidade. O calor que emanava de seu corpo fez com que a pele de Ana se arrepiasse. Sabendo o que estava causando, Marcio encostou um pouco mais o corpo no dela, permitindo assim, que ela soubesse que ele também estava excitado com a proximidade dos dois. 4
  • 5. Passando novamente a língua nos lábios, ela fitou os olhos dele e tocou levemente sua mão, ousadamente sinalizando ali um mundo de promessas que só os dois entendiam. Encaminharam-se vagarosamente até o avião. A energia que emanava dos dois era intensa. Tomaram o corredor e entraram no avião, sempre trocando olhares que só eles entendiam. Ele a guiava segurando seu cotovelo. Ela se deixava guiar, com mil coisas passando por sua cabeça. O vôo estava vazio, o que facilitou a escolha das poltronas. Eles se sentaram mais ao fundo, próximos ao banheiro da aeronave. Ana sentou-se próximo à janela e Marcio ao seu lado. Para sorte dos dois, ninguém sentou nas poltronas vazias ao lado deles e nem à frente. Depois de fazerem o pedido dos drinks, Marcio encostou sua cabeça na poltrona e virou-se para ela: – Consegue sentir isso, não é? Fingindo não entender, ela responde: - Isso o que? Segurando em seu queixo, ele a fita com os olhos brilhantes. - Ana, você sabe do que eu estou falando. Quer que eu seja mais explícito do que já estou sendo? [ele falou isso e baixou seus olhos até a parte de baixo do seu jeans] Sem se conter, Ana acompanhou seu olhar e se deparou com o membro duro dele parecendo querer saltar da calça. - Não sei o que dizer.... 5
  • 6. - Não diga nada! [ele falou tomando a sua mão na dele e levando-a diretamente ao seu membro latejante]. Apenas sinta! Ela fechou os olhos ao sentir a excitação que causava nele. O avião levantou vôo no exato momento em que ela abria o zíper da calça dele. Segurou seu membro com firmeza e olhou em seus olhos. Ele deu-lhe um sorriso que a deixava embriagada. Ele gostava do que ela fazia ele sentir. Chegou perto dela e beijou seus lábios. A princípio o beijo foi doce, delicado. Era como se ambos buscassem apenas sentir o gosto um do outro para então partirem para uma viagem louca. Suas línguas já não agüentavam o desejo. Elas se percorriam dentro da boca do outro loucamente, como se quisessem engolir uma a outra. Enquanto sugava sua língua com volúpia, a mão dele escorregou até a blusa que ela usava. Por cima do tecido, seu dedo alcançou o bico de um dos seus seios e acariciou-o vagarosamente com o polegar fazendo-a gemer baixinho. Ele levantou o braço da poltrona que os separava e chegou mais perto dela. O tecido da blusa exibia o bico rosado e duro. Ele abaixou a cabeça e percorreu vagarosamente com a língua o mesmo caminho que seus dedos fizeram há poucos segundos, deixando o tecido molhado com sua saliva. Abriu alguns botões de sua blusa e sua língua quente deixou um rastro molhado em sua pele, fazendo-a arrepiar. Suas coxas se separam inconscientemente por causa do calor que emanava do centro do seu prazer. Ela segurou seus cabelos, impedindo-o de deixar seus seios. 6
  • 7. Querendo proporcionar o mesmo prazer a ele, ela continuou acariciando seu membro com firmeza. Ele estava muito duro. A parte de cima estava brilhando e soltava um fio de líquido transparente que logo viria quente e viscoso. Ele gemeu em seu ouvido e sussurrou: - Ana, eu acho que vou explodir de tanto desejo. Colocando o dedo em seus lábios, ela o silenciou: - eu também, mas nem pense em parar agora! – Eu não quero parar Ana! [respondeu ele] Marcio estendeu sua mão esquerda entre as coxas dela, deixando-lhe o rosto vermelho, os bicos dos seios arrepiados e seu corpo tremendo. - Agora você vai ver o que farei com você Ana! - Simmmm! Os dedos dele acariciaram seu sexo por cima da calcinha, sentindo a sua umidade. Afastou-a para o lado vagarosamente. Logo tocou os lábios, sentindo-os lisos, sem pelos. Ele sorriu, olhando para o rosto da mulher que estava mexendo loucamente com os seus desejos. Abrindo um pouco mais as pernas, ela expõe seu sexo aos dedos dele. A princípio ele acariciou seu clitóris, que logo ficou inchado e duro ao seu toque. Ela estava muito molhada, deixando os dedos dele melados com seu líquido. 7
  • 8. Ele levantou o braço e acariciou os lábios dela com os dedos molhados e logo após, passou a língua pelos lábios dela, fazendo ambos gemerem. Aquilo era incrível. Sentir o gosto do sexo dela misturado ao beijo dos dois era perfeito! Quando ela abriu os lábios para falar algo, ele aproveitou para aprofundar dois dedos de uma vez dentro dela. O que quer que ela fosse falar, ficou perdido no meio de um gemido alto, abafado rapidamente pelos lábios dele. Ao mesmo tempo, os dedos dele entravam e saíam com rapidez de dentro dela, o que fez com que ela abaixasse a cabeça. Passou a língua vagarosamente na cabeça do membro dele, fazendo-a sentir o tremor latejante de desejo. A boca dela era pequena, delicada, macia e conseguia proporcionar-lhe um prazer indescritível. Ela subia e descia a boca em seu membro, fazendo-o gemer gostoso, o que a deixava mais excitada. Ambos estavam prestes a ter um orgasmo maravilhoso. A saia dela estava grudada nos quadris, expondo seu sexo aos olhos dele. Os dedos se agitavam em seu clitóris inchado... entravam e saíam de dentro dela... enquanto ela sugava-lhe com um desejo indescritível. Ele segurava sua cabeça contra seu sexo, não deixando-a desistir de completar o trabalho. Até que ambos fizeram um movimento silencioso e entenderam que chegara o momento. Ela estendeu as pernas num espasmo alucinante. A boca dos dois se espremia, num esforço para silenciarem seus gritos. Ela abriu a boca enquanto segurava o sexo que jorrava o líquido quente. Sentiu pela primeira vez o gosto do gozo de um homem. Achou delicioso! Não 8
  • 9. queria deixar uma gota se perder e o lambeu de cima a baixo, o que o fez admirar aquela mulher ainda mais. Não sabiam quanto tempo havia se passado até que eles caíssem em si pelo lugar em que estavam. Arrumaram-se o melhor que puderam e levantaram as mãos, juntos, sorrindo um para o outro, ao pedirem uma bebida à moça que atendia aos passageiros bem à frente. As bebidas chegaram. Os dois sorveram o primeiro copo com sofreguidão. O cheiro de sexo impregnava o corpo dos dois, o ambiente, mas aquele cheiro os excitava ainda mais. Ana precisava ir ao banheiro. Pediu licença a Marcio e ele, oferecendo-lhe um meio-sorriso, aproveitou e subiu uma das mãos pela coxa dela e tocou levemente seu sexo por cima calcinha encharcada, enquanto ela se espremia passando por entre as poltronas. O rosto dela ficou vermelho. Ele já conhecia sua expressão quando ficava excitada. Era tudo tão louco! Tão pouco tempo e sentia como se a conhecesse há muito tempo. Uma ruga de preocupação apareceu em sua testa. Ele queria mais, muito mais. E algo no fundo do seu peito lhe dizia que não era apenas sexo. Mas outra coisa o preocupava. Ele namorava outra mulher há cinco anos e pela primeira vez, uma mulher que ele mal conhecia o fazia repensar sobre seus sentimentos. Enquanto isso, Ana entrou no banheiro e se lavou de maneira rápida. Tirou a calcinha molhada e guardou na bolsa, mas não ia colocar outra, já que 9
  • 10. estava em sua mala guardada no compartimento acima de sua poltrona. Molhou o rosto, refez a leve maquiagem, ajeitou a blusa e a saia e saiu. Assim que chegou perto de sua poltrona e o viu, ela se arrepiou inteira. Já estava um pouco incomodada com tanto desejo que esse homem provocava nela, afinal, nunca tinham se visto. Mas desta vez, apenas desta vez, ela não queria ser a garota certinha. Ela queria extravasar o seu desejo e ter uma relação louca com esse homem que mexia com seus 29 sentidos. Reparando no rosto dela quando ela chegou do banheiro, ele se levantou pra ela passar e juntou seu corpo ao dela, tocando carinhosamente seu queixo. - Ana, você está bem? - Sim, sim, estou sim, por que? - Notei uma leve preocupação no seu rosto. - Eu estava pensando em outra coisa, mas já passou. - Está certo. Agora é a minha vez, ele disse apontando para o banheiro. Sorrindo, nervosa, ela se sentou. Arrumou algumas coisas que estavam espalhadas pelo chão e ficou pensando no desejo que aquele homem proporcionava a ela. Ele era alto, muito bonito. Tinha o sorriso mais lindo que ela já conhecera. Sabia deixar uma mulher louca, sabia os lugares certos onde tocar e quando tocar. - Será que ele tem uma namorada, esposa? Ela perguntou a si mesma. Ah claro que tinha... bonito como era, não poderia estar só, ela pensou mordendo os lábios. 10
  • 11. E foi assim que Marcio a encontrou quando voltou a se sentar. - Alguma coisa te incomoda não é? - Não, claro que não! - Tem algo sim Ana, eu conheço seu rosto! - Ah, você não conhece não. Ela respondeu sorrindo. - Você só morde os lábios assim quando algo a preocupa. - E como pode ter certeza disso? - Eu estive te observando por mais de duas horas enquanto você andava de um lado pro outro na sala vip do aeroporto, ele disse sorrindo. - Ah, tava me espionando é? Ela perguntou entre sorrindo e um pouco incomodada com o fato de alguém estar observando-a sem que ela notasse. - Não, eu estava te observando... te achei uma linda mulher! Tem os olhos maravilhosos! - Obrigada, você também é muito bonito [Ela respondeu dando uma risada gostosa]. - Gosto da sua voz rouca, ele falou. - E você me deixa sem graça Marcio. Ele levantou a mão e passou carinhosamente pelo rosto dela. - Gosto também dos seus lábios, do seu sorriso, dos seus cabelos loiros, do perfume do seu corpo, ainda mais quando está excitada, como agora. Ele disse isso e desceu a mão, tocando levemente o bico arrepiado de seu seio esquerdo por cima da blusa. - Marcio... ela chamou rouca. - Sim, Ana, diga! Ele abriu dois botões da blusa dela e passou os dedos pela pele macia dos seus seios. 11
  • 12. - Eu quero você! [ela falou] - Eu também quero você! Vem comigo. Ele falou e levantou-se, segurando a mão dela. - Seu maluco, para onde vamos? - Ao banheiro [ele respondeu rindo, parecendo um menino]. Eles olharam para os lados. O vôo estava quase vazio, ninguém prestava atenção nos dois. Entraram rapidamente no banheiro e deram uma risada, parecendo duas crianças, mas pararam rapidamente quando se fitaram nos olhos. Ela encostou-se à parede e começou a desabotoar a camisa dele, descendo a boca pelo pescoço até chegar aos mamilos. Ele acariciou os cabelos dela, fechando os olhos, sentindo aquela boca gostosa lambendo o seu peito. Ele a queria. Pensando nisso, puxou-a de encontro ao seu corpo com o braço atrás das costas dela e desceu as mãos até o seu bumbum. Tomou-lhe a boca num beijo cheio de desejo, molhado, excitado. Sugou a língua dela, mordeu, lambeu. Puxou-lhe a saia para cima e viu que ela não havia colocado a calcinha. Aquilo o excitou profundamente. Rapidamente suspendeu ela em seu colo e encostou seu corpo à parede. - Meu Deus Ana, que desejo é esse que estou sentindo por você? - Não fale nada, apenas faça!! Deixa eu te sentir inteiro dentro de mim, vem! Ele não pensou duas vezes, enquanto ela abraçava o corpo dele com as pernas, ele segurou seu membro duro e guiou pra dentro dela. Quando se sentiu 12
  • 13. inteiro dentro dela, ele segurou a bunda dela e empurrou seu corpo pequeno e delicado contra a parede. Os gemidos dela o excitavam. Ela revirava os olhos... mordia os lábios... apertava as pernas ao redor dele como se não quisesse que ele saísse de dentro dela. A cada estocada dele, ela gemia e mordia os lábios, se esforçando pra não gritar. Seus seios roçavam os mamilos dele, fazendo seus bicos ficarem duros e excitados. Sentia suas costas baterem com força na parede, mas a dor se juntava à excitação e ela não queria que aquilo terminasse. O banheiro era muito pequeno, mas ele deu uma olhada ao redor, querendo encontrar uma solução para que pudesse usufruir ao máximo do desejo louco que ela o fazia sentir. Viu uma pilha de toalhas embaixo da pequena pia e sem sair de dentro dela, pegou duas. Ana tinha os olhos fechados e mordia os lábios com força. Ele sorriu. Era uma boa hora para fazer o que queria. Segurou os braços dela pra cima e prendeu-os no porta-toalhas, não dando chance pra ela fugir, mesmo que ela quisesse, o que não era o caso. Tirou seu membro de dentro dela e abriu bem suas pernas. Os olhos dela brilharam quando se deu conta do que aconteceria. Ele se abaixou e sugou seu sexo com força, introduzindo a língua dentro dela com muito desejo. Ela tava quase gozando, mas ele não queria lhe dar este prazer agora. Ele sorria com uma cara de mau que a excitava terrivelmente. De 13
  • 14. repente, ele olhou pra ela e começou a acariciar seu clitóris com os dedos... somente olhando nos olhos dela. Ela gemia, mas não desviava o olhar. Ela queria mais, muito mais e esse homem era capaz de dar-lhe um prazer nunca antes sentido. Sabendo exatamente o que ela estava pensando, ele introduziu um dedo dentro dela. Viu que ela queria mais e introduziu um segundo dedo dentro dela. Acariciou-a internamente e sentiu suas carnes quentes e escorregadias. A Sensação era maravilhosa e ele queria tanto aquela mulher que queria machucá-la para que ela nunca mais pudesse sentir prazer com outro a não ser com ele. Ele queria-a para si, somente para si e pra mais ninguém. O leve pensamento de que outro homem poderia estar no lugar dele causou-lhe uma raiva muito grande. Sem pensar, enfiou três dedos dentro dela e começou movimentá-los com força, fazendo-a morder os lábios para não gemer mais alto. Retirou os dedos e guiou seu membro para dentro dela e socou fundo, ao mesmo tempo que acariciava seu clitóris. Sabia que podia estar machucando-a, mas sabia também que ela estava gostando e muito. Suspendeu seu bumbum ainda dentro dela e com os dedos ainda molhados, enfiou dois dedos de uma vez dentro do seu ânus, ao mesmo tempo que a beijava, já imaginando que ela gritaria. Tirou os dedos e viu que ela sangrava um pouco, mas viu também a decepção nos seus olhos quando retirou os dedos. Enfiou os dedos novamente e sentiu eles sendo sugados pra dentro dela, ao mesmo tempo em que seu sexo era sugado pelo sexo dela. Aquilo estava deixando ele louco. 14
  • 15. Ela murmurava palavras desconexas, mas ele sentiu o exato momento em que ela ia ter o orgasmo e aumentou mais as estocadas do seu membro e dos dedos dentro dela. Ela mordia os lábios a ponto de machucá-los, tamanho esforço para não gritar. Ele levantou a cabeça e lambeu o filete de sangue que surgiu nos lábios dela e introduziu sua língua dentro da boca dela, beijando-a com ardor. O gosto dos dois estava misturado ao sangue e nenhum dos dois se importou, ao contrário, eles ficavam cada vez mais excitados com a maneira que um dava prazer para o outro. Vendo-a tão entregue e tão excitada, ele gozou profundamente dentro dela. Não imaginava que havia espaço para tanto líquido. Assim que terminou de jorrar dentro dela, ainda duro, virou-a de costas pra ele e mergulhou seu membro de uma vez no ânus dela, fazendo-a morder seus dedos com força para segurar o grito. Ele sentia um novo gozo se aproximando e socou com mais força dentro dela, sentindo suas carnes se abrindo ao toque do seu membro grosso e duro. Não agüentando mais segurar, ele gemeu alto, a ponto dela tapar sua boca num susto inesperado. Gotas se suor escorriam por seus rostos e corpos, fazendo-a sentir vontade de lambê-lo inteiro. Não se contendo, ela passou a língua pelo seu rosto, pelo seu peito, tórax e foi baixando até a barriga dele. O gosto salgado a excitava bastante. Soltando os braços dela, ele a abraçou com força, passando a língua pelo seu pescoço e lambendo o suor salgado e perfumado. Sentia vontade de apertar seu corpo e 15
  • 16. quebrar ao meio diante do que ela estava fazendo com ele, mas ele mal sabia que ela sentia o mesmo. Beijaram-se desta vez com delicadeza. Se lavaram na pequena pia e antes de saírem, ele a puxou para si e falou olhando em seus olhos: - Ana, esta não será a última vez que nos encontramos!!! Ela sorriu e o fitou com os olhos marejados de lágrimas. Sentindo uma emoção incomum, encostou sua testa na dela e ficaram esperando a respiração voltar ao normal. - Ana.... - pssiii não fale nada! - Não fique chateada... - Não estou chateada Marcio... estou surpresa com tudo que você me fez sentir. Nem eu mesma sabia que tanta violência me causasse tanto desejo. - Machuquei você? - Sim, mas o desejo falou mais alto e tive o melhor orgasmo de toda minha vida. Não posso descrever o que me fez sentir! - Ana, eu também não posso. Só quero me perder dentro de você e sentir seu gozo pro resto da vida. - Não existe resto da vida para nós Marcio, afinal, mal nos conhecemos. - Mas podemos nos conhecer melhor e quem sabe podemos ter um relacionamento. - Um relacionamento? Você não tem alguém? [perguntou ela surpresa] Com o semblante sério e os olhos turvos, ele respondeu: 16
  • 17. - Não vou mentir pra você Ana. Tenho uma namorada há cinco anos, mas nem de longe ela me faz sentir o que estou sentindo por você. Um pouco decepcionada, ela abriu a porta do banheiro e saiu pelo corredor até suas poltronas. - Ana...[ele falou tocando-a gentilmente no ombro] Virando o rosto para trás, ela responde, com os olhos em chamas: - Então pronto Marcio, se já tem alguém, fique com ela e me esqueça. Segurando seus pulsos com força, Marcio encostou seu corpo ao dela, num apelo desesperado. - Não Ana, não quero perder isso que me faz sentir. - Pois vai perder Marcio. Não quero ter um caso e nem quero um homem comprometido. Sou sozinha e se um homem quiser me conquistar, ele tem que estar disposto a isso. Ele sentiu tanta raiva que segurou sua cabeça e beijou-a, mordendo com força o seu lábio inferior. - Você está me machucando Marcio. Ela falou, acusando-o e tocando seus lábios de leve. - Sim, te machuquei Ana e quero te machucar muito ainda. Passou a língua pelos lábios dela e lambeu o sangue. Aquilo a fez tremer de desejo, mas não podia se envolver mais do que já havia se envolvido. Queria voltar para casa e esquecer tudo aquilo. Sentaram-se e ficaram em silêncio por longo tempo. Ambos perdidos em seus próprios pensamentos. Assim que o avião pousou, Ana pegou suas coisas apressadamente. Queria sair correndo. Queria fugir do que estava sentindo. 17
  • 18. - Me espere por favor! Preciso do seu contato! Olhando para as mãos que seguravam seu braço esquerdo, Ana olhou para ele com os olhos tristes. - Marcio, acho melhor não. Você é uma pessoa comprometida e não quero estragar isso entre vocês. - Você acha mesmo que tudo vai continuar na mesma entre eu e ela com tudo que aconteceu aqui? Você realmente me acha um canalha que sai comendo todas as mulheres que caem à minha frente? - Não sei o que pensar Marcio. Olha, não me arrependo de nada que aconteceu aqui, mas acabou! Vamos continuar nossas vidas como se nunca tivéssemos nos conhecido. - Não, por favor. Do que você tem medo afinal? Desviando o olhar do dele, Ana respondeu: - Não tenho medo de nada. Sou uma mulher ocupada. Não tenho tempo para casos. Apertando seu braço com força, ele respondeu: - Também não quero um caso, eu quero você, somente você! Pegando suas coisas, ela lhe deu as costas e se encaminhou para o corredor, deixando-o para trás, parado, atônito. Não posso deixá-la partir assim!! [ele pensou e saiu correndo atrás dela] Olhou para o corredor cheio de gente e ficou desesperado. As pessoas se amontoavam à sua frente, impedindo-o de andar mais rápido. Seus olhos foram encobertos por uma nuvem escura. Seu coração batia forte. - Será que tudo que aconteceu não significou nada para ela? [pensou novamente] 18
  • 19. Saiu caminhando pelo aeroporto até o veículo que o esperava. Ao colocar sua maleta dentro do carro, sentiu calor, tirou o casaco e viu um papel caindo do bolso. Era um cartão: Ana Cazarinni – Arquiteta. Sem se conter, ele entrou no carro segurando o cartão sem deixar de fitá-lo, sorrindo. Não vira quando ela colocou o cartão em seu bolso e ao mesmo tempo, não entendia porque ela saíra correndo. Sentiu o corpo cansado. Estava viajando há 18 dias e estava louco para chegar em seu apartamento. Enquanto isso, Ana tomou um táxi e pediu ao motorista para levá-la até o hotel. Ela se sentia confusa. Queria ter ficado com Marcio, mas ao mesmo tempo, não sabia se devia, afinal, ele tinha uma namorada de longa data. Ana já havia sido traída e a dor que sentira deixara-lhe marcas emocionais profundas. Chegara no apartamento do namorado para fazer-lhe uma surpresa e o encontrou na cama com outra mulher. Nunca mais o vira! Ela era decidida! Mas sofreu bastante tempo se entregando somente ao trabalho que amava. Ela era uma arquiteta renomada em sua cidade. Sua sala ficava num belo edifício no centro da cidade e lhe rendia um excelente lucro, que lhe permitia viajar para o exterior e ter tudo que queria. Sua casa era linda. Levara dois anos desenhando-a e mais três anos construindo-a. Ela era grande e confortável. As portas e janelas eram de vidro temperado, que permitia a entrada da claridade do dia e a visão das estrelas à noite. Os móveis eram de muito bom gosto e qualidade. Quando chegava de uma viagem a negócios, ela sempre sorria ao abrir a porta e mergulhar em seu mundo. 19
  • 20. Há dois anos não namorava e não saia de casa a não ser para um jantar de negócios ou reunião em família. Seu trabalho era a sua vida, ela amava o que fazia. Tinha prazer em passar noites e noites em cima de sua prancha de desenho. O táxi parou em frente ao melhor hotel de São Paulo e um carregador apanhou sua pequena mala. Ela segurou o casaco, pegou a maleta e se encaminhou à recepção. Logo foi levada ao quarto e se jogou de costas na cama, pensando em tudo que tinha acontecido no vôo de Brasília à São Paulo. Enquanto isso, Marcio abria a porta de seu apartamento. Estava com as cortinas fechadas. Ele ligou a luz e colocou a maleta em cima do aparador ao lado da porta. Jogou o casaco nas costas de uma poltrona confortável e se jogou no sofá. Não conseguia tirar Ana da cabeça. Ela era uma mulher espetacular. Levantou a mão e sentiu o cheiro dela impregnado em sua pele. Sorriu para si mesmo e fitou novamente o cartão que ainda estava em suas mãos. - Eu ainda vou te ver Ana! 20
  • 21. Um barulho no corredor fê-la acordar. Estava tão cansada que acabou pegando no sono assim que se jogou na cama quando chegou. Levantou-se e foi tirando a roupa até o caminho do banheiro. Se jogou para dentro do banheiro e ligou o chuveiro bem quente, deixando o cansaço escorrer junto com a água. Seus cabelos grudaram no rosto e ela os tirou delicadamente, fazendo-a se lembrar de Marcio. Soltando um gemido de angústia, ela sentiu seus seios endurecendo e um calor percorrer seu corpo. Encostando seu corpo na parede, ela fecha os olhos e deixa a mão percorrer seu corpo, pensando no que ela e Marcio tinham sentido. Em poucos minutos o orgasmo toma conta de si. Logo ela desliga o chuveiro, se enrola na toalha e sai do banheiro. As pernas estavam trêmulas. Sentou-se na cama suspirando. Fitou o espelho à sua frente e deixou cair a toalha. Seus olhos brilhavam, sua boca estava inchada. Seu corpo estava todo marcado pelas mãos de Marcio. Ela sorriu. Ficou imaginando quando e se ele iria encontrar o seu cartão. Ao mesmo tempo que ela queria que ele encontrasse, ela tinha medo de novamente se envolver com ele e causar uma ruptura dolorida em sua vida. Suspirando novamente, ela começou a secar o cabelo pensando no jantar que teria logo mais com um grande cliente. Tinha que pensar na reunião. Daria mais uma olhada nos projetos e focaria sua mente no cliente. 21
  • 22. Marcio abriu os olhos... ainda estava no sofá e acabou pegando no sono. Levanto-se com dificuldade e foi até seu quarto tirando a roupa. Precisava de um banho! Separou uma roupa e colocou-a em cima da cama. Entrou no chuveiro e fechou os olhos, deixando a água quente terminar de acordá-lo. Pensou em Ana e no que ela fizera ele sentir. Lembrou do gosto de sua pele e logo soltou um gemido rouco e baixo, sentindo seu corpo endurecer. Sua mão desceu até o seu membro e logo um orgasmo tomava conta do seu corpo. Desligou o chuveiro, se enrolou na toalha e caminhou até o closet. O celular tocou, assustando-o. Era Sara, sua namorada. Estavam juntos há cinco anos. Se conheceram por intermédio de amigos de longa data, todos advogados. O assunto fluiu normalmente enquanto tomavam uns drinks. Quando ela se levantou pra ir embora, ele ofereceu-lhe uma carona, ao que ela aceitou prontamente, enviando-lhe um belo sorriso. No caminho da casa dela, foram conversando e descobriram algumas afinidades. Assim que chegaram, ela convidou-o para tomar um último drink e ali começou o relacionamento dos dois. Sara era alta, magra e tinha cabelos castanhos e curtos. Tinha os olhos grandes e negros. Sua pele era morena, pois ela gostava de nadar e o fazia todos os dias. Ela era extrovertida e chamava atenção por onde passava, com sua voz de tom um pouco alto e forte. Com o tempo, ela e Marcio se tornaram muito amigos. Ele trabalhava com três dos maiores sócios de advocacia do Brasil e Sara, do outro lado da cidade, também sócia em uma grande empresa. 22
  • 23. Ambos viajavam muito e se viam muito pouco. Eles entendiam o trabalho um do outro e não se importavam com isso. O sexo entre eles era morno. Sara não permitia certas intimidades e Marcio se contentava com o que tinha, afinal, não tinha tempo para pensar em outras mulheres e em seus desejos mais secretos. Esses pensamentos fizeram-no pensar novamente em Ana e no que sentiram há poucas horas. O sexo entre ele e Ana foi perfeito. Nunca havia estado antes com uma mulher como ela e agora sentia medo de perdê-la. Desviando os pensamentos, vestiu uma camisa branca e calça jeans de um azul escuro. Colocou a carteira no bolso de trás da calça, pegou as chaves do carro e saiu do apartamento, fechando a porta atrás de si. Ia buscar Sara para jantarem juntos. Ana deu uma última checada no espelho, gostando do que via. Seu rosto estava com pouca maquiagem, do jeito que ela gostava. Usava um pouco de pó no tom de sua pele. As maçãs do rosto estavam levemente rosadas e seus olhos pintados com delineador e sombra preta. Nos lábios, apenas um batom cor de boca, deixando-os com um brilho natural. Dando um passo para trás, ajeitou o vestido preto de paetê colado ao seu corpo. Ela não era magra, tinha o corpo mediano. Odiava malhar e mal tinha tempo para se alimentar. A única coisa que ela fazia era evitar comer bobagens e cuidar da pele e dos cabelos, sedosos e bem cortados logo abaixo do ombro. Virou-se, pegou a carteira e tomou o elevador até a recepção onde o táxi a esperava. Não tinha o costume de se arrumar tanto para uma reunião com clientes, mas aquela ocasião era especial. Eles iam aprovar o seu projeto em um dos 23
  • 24. restaurantes mais cobiçados da cidade e era preciso ir muito bem arrumada. Entrou no táxi, deu o endereço ao motorista e seguiram pela avenida. Ana encostou sua cabeça no banco, sem prestar atenção à paisagem, afinal, sempre ia à São Paulo e conhecia muito bem aquelas ruas. Fechou os olhos e pensou em Marcio. O que será que ele estava fazendo àquela hora? Suspirou quando o carro parou em frente ao Restaurante, acertou com o motorista e foi conduzida pela hostess até a mesa que estava ocupada por cinco pessoas. Cravou um sorriso no rosto, mostrando seus belos dentes brancos e cumprimentou as pessoas. Depois de uma hora fechando o negócio, pediram o jantar. Ana estava feliz, afinal se dedicara àquele projeto por seis meses. O cliente estava satisfeito e chegara até a fazer uma proposta para Ana morar em São Paulo, mas ela se recusou gentilmente. Terminando o jantar, eles se levantaram e foram ao ambiente dançante do Restaurante. Ana estava cansada e gostaria de voltar para o hotel, mas não podia negar o pedido dos clientes. Sentaram-se e eles pediram uma garrafa do melhor champagne para comemorar o projeto. Ana estava sorrindo e com os olhos brilhando pelo reconhecimento do seu trabalho, quando sentiu um par de olhos cravados em cima de si. Olhou para os lados e seu olhar foi diretamente à mesa à frente, onde estava Marcio e uma mulher, provavelmente sua namorada. Ana sentiu seu corpo retesar e sentiu o sangue sumir de seu rosto. Marcio a olhava, embevecido. Ela estava linda! [ele pensou]. Os cabelos loiros caiam-lhe 24
  • 25. pelos ombros como anéis dourados. O vestido destoava do tom de sua pele, conferindo-lhe charme extra às suas sardas à mostra. Por outro lado, Ana levou a taça de champagne aos lábios vagarosamente, lembrando do que havia acontecido com os dois. Marcio soube exatamente quando ela pensou sobre eles, pois viu seus olhos brilhando e sua língua passando levemente pelos lábios. Ele se remexeu na cadeira, inquieto. O que ele mais gostaria naquele momento era de levantar-se, ir até a mesa onde Ana se encontrava e puxá-la para si, dando-lhe um beijo molhado e apaixonado. Ana desviou os olhos dele e analisou a moça que o acompanhava. Provavelmente era a namorada. Sua mão estava pousada à mesa, brincando com o guardanapo enquanto conversam. Ela era alta, magra, tinha os cabelos curtos e lindos olhos. Ana achou-a atraente e sentiu vontade de ir embora. Desviou o olhar da mesa de Marcio e, educadamente, se despediu dos clientes, alegando cansaço da viagem. Levantou-se, e, sem olhar para trás, caminhou devagar até a porta do Restaurante, solicitando um táxi. Sentiu uma mão segurando-lhe o braço e virou para trás abruptamente. - Mas o que... ? - Calma, sou eu! - Marcio, você está louco? Deixou sua namorada na mesa sozinha te esperando? - Ana, eu precisava falar com você novamente! Eu tinha que te ver! Ana suspirou e baixou a cabeça. - Marcio.... 25
  • 26. - Não Ana, é sério! Precisamos nos encontrar! Quando você pretende voltar pra sua cidade? - Tenho umas coisas pra resolver aqui até o fim de semana... - Podemos nos falar amanhã? - Está bem Marcio. Me liga amanhã, agora volte pra mesa e pra sua.... namorada. Marcio notou a leve pausa na sua voz trêmula e chegou seu corpo mais perto do dela. - Marcio, não.... Ah meu Deus, Ana! Eu estou ficando louco! Não paro de pensar em você um minuto que seja! Ainda sinto o cheiro da tua pele, o gosto da tua boca... - Marcio, pare! Desvencilhando-se do seu braço, Ana entrou no táxi e pediu para o motorista deixá-la no Hotel. Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Se sentiu indefesa. O que era aquele sentimento que tomava conta do seu ser? Marcio ficou parado, olhando o táxi sumir de sua vista. Respirou fundo e entrou novamente no Restaurante. Sara, notando-o inquieto, perguntou: - Marcio, aconteceu alguma coisa? Você saiu correndo... - Não aconteceu nada. Vi um amigo e saí para cumprimentá-lo. - Certo. Mas estou te achando estranho hoje. - Está tudo bem Sara. Vamos embora? - Vamos, claro! Você deve estar cansado da viagem. - Sim, realmente preciso descansar. [sua mente estava em Ana] 26
  • 27. Levantaram-se e Marcio tomou seu braço, encaminhando-a até a porta do Restaurante, onde o manobrista fora pegar o seu carro. 27
  • 28. Ana tirou o vestido e pendurou no armário. Foi ao banheiro, tomou um banho rápido, escovou os dentes e se arrumou para dormir. Levantou os olhos e se olhou no espelho. A mulher que estava à sua frente tinha os olhos assustados e tristes. Virando-se abruptamente, ela apagou a luz, fechou a porta e foi para a cama. Sentou-se e tentou trabalhar para ocupar sua mente, mas não conseguiu. Fechou o Laptop e pegou um livro. Após duas páginas, notou que não estava lendo mais nada. Jamais iria imaginar que encontraria Marcio novamente e tão rápido. Ele estava lindo. Seu perfume a embriagara. Seus olhos presos aos dela, sua boca ali ao seu alcance. A vontade era de beijá-lo ali mesmo, sem se importar com as consequências. E algo lhe dizia que ele pensara o mesmo! Apagou o abajur e ficou pensando no que fazer, caso ele ligasse no dia seguinte. Não sabia se deveria falar com ele e ao mesmo tempo, sentiu uma vontade imensa de vê-lo. Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque na porta. - Mas que droga...? Não pedi nada! Levantou-se e abriu a porta, já respondendo... - Eu não pedi... Marcio estava encostado preguiçosamente no batente da porta. Ana levou um susto. - Marcio... - Ana, desculpe acordá-la, mas eu precisava vê-la ainda hoje! 28
  • 29. - Mas... e sua namorada... ela.. ? - xiiiu.... ele disse, colocando um dedo em cima dos seus lábios. Empurrou-a delicadamente para o lado e fechou a porta atrás de si. Segurou sua mão. Ana estava trêmula. - Ana, me perdoe, não quero te deixar assim. Mas eu estou muito nervoso, precisava conversar com você. Marcio disse isso e saiu caminhando pelo quarto, passando as mãos nervosamente pelos cabelos. Ana ainda estava encostada à porta. Tinha medo de dar um passo e cair. Sentiu as pernas trêmulas. Não sabia o que falar! Seu coração batia forte. Marcio parou no meio do quarto e voltou o corpo, olhando novamente para Ana. Ela usava uma camisola curta de seda preta. Suas coxas eram bonitas e suas pernas bem torneadas. Seus mamilos estavam endurecidos de encontro ao tecido e ele deu alguns passos pra frente, puxando-a de encontro ao seu corpo, abraçando-a com força. - Ah Ana, eu precisava muito de você! - Marcio... - Eu sei! Eu sei que tudo está muito confuso. Sei que a gente se conhece há menos de 24 horas, mas quero que pense no que a gente sentiu. Isso é fora do normal, isso nunca me aconteceu. Eu só penso em você! Eu quero você! E pra sempre! 29
  • 30. Surpresa, Ana olhou para cima com os olhos cheios de lágrimas. Marcio tomou seus lábios trêmulos com os seus, num beijo delicado, cheio de carinho e porque não, amor. Aquele pensamento mexeu com ele, que afastou-se dela. - Ana, amanhã eu vou falar com a Sara! - Marcio, você tem certeza disso? [perguntou ela insegura] - É a maior certeza que eu tenho nessa vida! - Mas Marcio, vocês estão juntos há mais de cinco anos... será que o que sentimos um pelo outro não é apenas uma paixão avassaladora, daquelas que.... - Não Ana! Segurou-a pelos dois braços. - Eu estou sim, apaixonado por você. Mas é algo além disso. Pela primeira vez na vida eu quero mais, pela primeira vez na vida, senti que quero mais. O meu relacionamento com a Sara é um relacionamento morno, mais de amizade. Não fazemos sexo há meses. Ela viaja muito e eu também. Quando nos encontramos, falamos somente dos casos que estamos trabalhando e nos acostumamos a isso. Só agora eu vejo que eu preciso de mais. Não! Eu precisava. Era você. Era de você que eu precisava. A gente não escolhe o que acontece Ana! Tudo foi mágico, perfeito! Nossos corpos se encaixam como nenhum outro. Você cabe no meu colo, falou sorrindo. Ana sorriu, ainda trêmula. Era muito bom pra ser verdade! Ela também sentia o mesmo. Nem mesmo com o seu ex-namorado, sentiu-se daquela maneira. O sexo era bom entre os dois, mas era só isso, sexo. Teve uma época 30
  • 31. que ela achou que o amava, mas depois de dois meses, ela mal pensava nele. Sentiu que era uma dependência mais emocional. Segurando-a pela mão, Marcio leva-a até a cama e sentam-se lado a lado, em silêncio. Ele acaricia sua mão, achando-a linda e macia. Os dedos dela eram delicados. Beijou todos os seus dedos, fazendo-a sentir um arrepio percorrendo seu corpo. Marcio queria-a para si, mas não queria assustá-la novamente como aconteceu no avião. Precisava mostrar a ela o que estava sentindo. Levantou-se e colocou-a em pé de frente pra ele. Deslizou vagarosamente a alça fina de sua camisola pelos ombros. Ana nada falava. Apenas se olhavam nos olhos. Passou a língua pelos lábios ressequidos, quando sentiu a camisola deslizar para o chão. Nem viu quando suas mãos começaram a despi-lo. Logo ambos estavam nus e tremendo, apesar dos corpos em chamas. Marcio tomou-a no colo e carregou-a até a cama, encostando-a delicadamente nos travesseiros. Beijou seus lábios com ternura. Acariciou seu rosto. Ela sorriu, se sentindo a mulher mais feliz do mundo. Ele sorriu de volta e puxou-a para cima de si, fazendo os corpos se encostarem dos pés à cabeça. Tomou-lhe novamente os lábios e sentiu-a mordiscando-lhes os seus. Suas mãos acariciavam um ao outro de uma maneira, inicialmente lenta. 31
  • 32. Deitou-a na cama e virou-se por cima dela. Seus lábios tremiam de desejo um pelo outro. Ele beijou-a novamente e foi descendo os lábios vagarosamente, tomando um dos seios à boca. Ouviu seu gemido baixo. Ele sabia exatamente do que ela gostava. Seus lábios deixaram um dos seios e desceu por sua barriga. Voltou novamente e tomou o outro seio, sugando e mordiscando-lhe o bico duro. O corpo dela se contorcia embaixo do seu. Sua mão deslizou para baixo indo de encontro ao centro de seu prazer. Tocou-a gentilmente e, surpreso, sentiu-a totalmente molhada. Sorrindo, ele acariciou-a intimamente, devagar, sentindo seu corpo se contorcer. Seus lábios estavam inchados. Ela estava linda. Ela era linda! Ele precisava estar com ela, sentir-se dentro dela. Afastando as suas coxas, ele guia seu membro para dentro dela, que entrou deslizando por entre suas carnes quentes. Seu corpo foi de encontro ao corpo dela e ele ouviu-a gemer mais alto. Parou e ficou observando-a. Viu quando ela abriu os olhos torturados. - Marcio, não pare! Não vou parar meu amor. Novamente jogou seu corpo de encontro ao corpo dela, fechou os olhos e aprofundou os movimentos até que ambos gritassem juntos, numa explosão de êxtase. 32
  • 33. Marcio aguardou alguns minutos até que seus corações voltassem ao normal. Beijou-a na boca, girou seu corpo e puxou o corpo dela num abraço. Ambos suspiraram ao mesmo tempo, fazendo-os darem uma pequena risada. Acariciando seus cabelos, ambos pegaram no sono. Um leve sorriso dançava nos lábios de ambos e seus semblantes denotavam o relaxamento total dos corpos saciados. 33
  • 34. Ana levantou os braços e se espreguiçou, sem abrir os olhos. Deu um sorriso. Sentiu cheiro de café. Seu estômago fez um barulho engraçado. Não queria acordar. Sentia-se maravilhosa! Ouviu um barulho de chuveiro, abriu os olhos e levantou-se indo ao encontro de Marcio. Ela abraçou-o por trás, beijando-lhe as costas. Ele sorriu, acariciando seus braços. Virou-se, deu-lhe um beijo apaixonado e perguntou: - Bom dia meu amor, como dormiu? - Bom dia. Dormi muiiito bem e você? - Eu também. Dormi como há muito tempo não dormia, totalmente relaxado e... feliz! Ana encostou a cabeça em seu peito e ficou brincando com os pelos dele. - Senti um cheirinho de café. Acho que estou com fome, e você? Sorrindo, ele respondeu: - Já pedi o nosso café amor, eu ia terminar o banho e levar na cama pra você. - Oh que lindo e carinhoso da sua parte! - Vai dizer que nunca fizeram isso pra você? - Sim, já. Mas não desta maneira, eu me sentindo assim tão apaixonada. - Eu também! Segurou-lhe o queixo e deu-lhe um profundo e apaixonado beijo. Suas línguas se cruzavam em um duelo molhado e quente. Sentiu quando o membro dele ficou duro e encostou seu corpo mais ao dele. 34
  • 35. As mãos dele tomaram seus seios, acariciando-os gentilmente. Tomou-a no colo, encostou seu corpo à parede e sem avisar, aprofundou seu membro para dentro dela, que o recebeu feliz e molhada. Ela amava se sentir daquele jeito. O membro dele preenchia totalmente suas carnes. Seus seios roçavam os mamilos dele enquanto seus corpos se encontravam com rapidez, trazendo um orgasmo delicioso, onde terminaram com um beijo. Enrolou o corpo dela com uma grande toalha e carregou-a até a cama. Sentou-a gentilmente, recostada nos travesseiros e foi até a mesa buscar a bandeja de café da manhã. Marcio passou geléia numa pequena torrada e colocou na boca de Ana. Sorriu quando a viu engolir a torrada numa mordida. Ela pegou um pedaço de bolo e colocou na boca dele, trazendo os dedos até a boca, lambendo o restinho do bolo. Ele achou aquilo incrivelmente sexy, apesar dela ter feito aquele gesto incoscientemente. Ela parecia uma criança. Comeram tudo e ele levantou-se para guardar a bandeja na mesa. Voltou para a cama e abraçou-a. - Você não vai trabalhar hoje? [ela perguntou] - Não! Hoje eu quero passar o dia com você, aqui, na cama. [respondeu ele sorrindo] Ela sorriu de volta e abraçou-o, colando seu corpo ao dele. Abriu a boca de sono. Ele sorriu, cobriu os dois e logo pegaram no sono novamente. 35
  • 36. [Talvez eu possa continuar a história...] 36