1. 1
Encontro
Emily abriu a porta do café em que estivera sentada por quase uma
hora e saiu para o sol radiante de Los Angeles, que ofuscava seus olhos.
Parou, passou a mão pelos cabelos procurando os óculos escuros e os ajeitou
em cima do nariz. Ajeitou algumas sacolas nos braços e olhou para os lados,
imaginando qual seria a próxima loja.
Abriu a bolsa e sacou um pedaço de papel que continha a sua lista de
presentes. Decidiu deixar as sacolas no carro e voltar a pé pela Rodeo Drive,
em Beverly Hills, uma das principais ruas do bairro que ficava entre as ruas
Wilshireboulevard e Santa Monica Boulevard, afinal, andar três quarteirões não
lhe faria mal, já que era ali que ela encontraria a maior parte dos presentes de
natal.
Abriu a porta do carro e guardou as sacolas. Deu um suspiro. Estava
cansada. Desde às 10h da manhã estava percorrendo as ruas da cidade
fazendo compras. Olhou para si mesma: vestia short cáqui, uma blusa leve de
seda bege e calçava sandálias rasteiras. Estava confortável, mas o calor
estava muito forte e ela não tinha a menor paciência para compras.
Suspirando fundo, ela partiu para as compras e voltou para o carro
somente no fim da tarde, exausta. Decidiu parar para tomar algo refrescante na
Pacific Coast Highway, onde se sentou em um dos bares ao longo da calçada.
Olhou para cima e sorriu, distraída. Nunca em toda sua vida tinha assistido um
pôr do sol mais lindo que aquele da Califórnia.
Jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, tomando seu drink feito de
vodca e frutas relembrando como foi viver em Los Angeles. Ela nascera e
vivera na Inglaterra, em Birmingham até os 21 anos, quando terminara o curso
de Publicidade. Ela amava Londres, mas foi passar um ano em Los Angeles na
casa dos tios e nunca mais voltara ao Reino Unido. Apaixonou-se pela cidade à
primeira-vista.
Arrumou um emprego em uma grande agência de propaganda e sua
carreira deslanchou, participando de várias propagandas. Ganhava muito bem
2. 2
e acabou comprando seu próprio loft de dois andares em um excelente bairro,
um ambiente maravilhosamente bem decorado por ela mesma.
Enquanto relembrava a transição de sua vida quando chegou ali há dez
anos, Emily franzia a testa e sorria pra si mesma. Há poucos metros dali, um
homem não tirava os olhos dela. Ele a viu assim que ela se sentou e não
conseguiu mais tirar os olhos dela. Ela era pequena, possuía lindos cabelos
loiros que caíam como ondas espalhadas pelas costas. Sua pele era branca,
diferente das mulheres muito bronzeadas que viviam em Los Angeles.
Quando ela sorriu, ele viu belos dentes surgindo por entre seus lábios
tingidos de um batom cor de pele. Não viu seus olhos, pois estes estavam
protegidos pelos óculos. Não sabia o que havia o atraído, mas ele não
conseguia tirar os olhos dela.
Viu quando ela segurou a taça com o drink e ficou observando suas
mãos, desejando tocá-las. Assustou-se com o pensamento e virou a cabeça
para o outro lado. Pegou sua caneca de cerveja e tomou o restante do líquido
em um gole só e preparou-se para ir embora.
Levantou-se, deixou o dinheiro na mesa com uma boa gorjeta à
garçonete que o atendera, pegou as chaves do carro e virou-se, esbarrando
em alguma coisa.
Antes que se desse conta, seus braços seguraram a moça que ele
estava observando há pouco. Ele não tinha visto que ela se levantava e ambos
tropeçaram. Ela deixou cair algumas sacolas no chão e ele se abaixou para
ajuda-la, sorvendo o perfume que emanava de seus cabelos. Tinha o cheiro de
frutas cítricas.
Sentindo-se observada, Emily levantara os olhos para ele, puxando os
óculos para cima. Seus olhares se encontraram e ela se perdeu naqueles olhos
azuis profundos.
Ivan prendeu a respiração, sentindo algo como uma emoção
desconhecida, como se a conhecesse a vida toda. Os olhos dela eram cor de
3. 3
mel. A boca dela parecia macia e convidativa. No momento, ela mordia os
lábios e ele sentiu vontade de tocá-los.
Ficaram se fitando por um momento que parecia uma eternidade até
que ela, com o rosto corado, pediu desculpas.
- Por favor, me desculpe, eu vim andando distraída e....
- Não se preocupe, está tudo bem – soou a voz de Ivan, num inglês diferente.
Emily sentiu os pelos da nuca se arrepiarem. Ele ajudou-a a se levantar
e parecia que ambos não sabiam o que fazer, mas a verdade era que nenhum
deles queria ir embora.
- Você não quer tomar alguma coisa comigo? Perguntou-lhe Ivan.
- Ah, eu ...eu.... – Emily gaguejava.
Ivan tomou a sua mão macia na dele e insistiu.
- Fique, por favor!
Emily assentiu com a cabeça e sentou-se na mesa indicada, onde Ivan
estava sentado há pouco.
Suspirando fundo, ela ficou observando-o enquanto a garçonete
anotava os pedidos. Ele usava uma camisa branca, com os punhos dobrados
até o meio dos braços, que lhe destacavam a pele morena. Ele era alto, muito
alto. Ela se sentira uma anã quando ambos se levantaram do chão.
Vestia calça social azul escura. Provavelmente passara o dia usando
um terno e deixou a gravata e casaco no carro. Seus cabelos eram negros
como a noite, seus lábios eram bem desenhados. Mas o que mais chamara a
atenção dela eram os olhos. Ela podia passar o dia mergulhadanaquele azul
perfeito.
Assim que terminou os pedidos, Ivan levantou os olhos pra ela.
- Acho que agora podemos nos apresentar corretamente – ele falou
sorrindo.
Os dentes dele eram perfeitamente brancos e alinhados.
- Meu nome é Emily – ela disse, estendendo a mão para ele.
4. 4
Ele tomou sua mão e chegou mesmo a passar o polegar na pele dela
por alguns segundos, sorvendo a maciez de sua pele, o que a fez sentir um
leve tremor.
- Ivan, meu nome é Ivan.
- Você tem um sotaque diferente Ivan.
- Sim, eu sou brasileiro. E você é inglesa, certo?
- Sim, sou inglesa, mas vivo aqui há dez anos, e você?
- Também vim para Los Angeles há dez anos, ele respondeu sorrindo.
Ela correspondeu ao sorriso e ambos passaram a falar de si mesmos.
Quando deram-se conta, já havia passado duas horas e Emily olhou para o
pequeno relógio de ouro em seu pulso.
- Ivan, sinto muito, eu preciso ir embora. Nem vi a hora passar!
Sorrindo, ele respondeu:
- Nem eu.
Ele chamou a garçonete, pagou a conta e foram caminhando para o
estacionamento. Ivan levava as sacolas de Emily.
Ela abriu o carro, guardou as sacolas e virou-se para ele.
- Muito obrigada pela companhia, ela falou tímida.
Ele sorriu e segurou a sua mão entre as dele.
- O prazer é todo meu pequenina. Pode me dar o seu telefone pra
gente marcar algo numa hora dessas?
- Claro!
Trocaram os números e ele ajudou-a a entrar no carro. A vontade de
Ivan era de beijar-lhes os lábios, mas ele se conteve.
Emily acenou para ele e acelerou o carro, indo embora.
5. 5
II
Emily chegou em casa, guardou as sacolas e foi para o quarto. Ela
estava cansada, mas satisfeita. Nunca imaginou que o dia terminaria daquele
jeito, conhecendo um homem por acaso e gostara da sua companhia.
Entrou no banheiro e jogou as roupas que usara de dia no cesto. Ligou
a ducha e deixou-se ficar ali por 30 minutos, saboreando a água que escorria
por seus cabelos, rosto e corpo. Fechou os olhos e pensou em Ivan. Deu um
pequeno sorriso e lembrou de sua boca convidativa e em como os toques dele
eram seguros e gentis.
Seu corpo se arrepiou e ela sentiu um calor subindo-lhe pela espinha.
Os bicos dos seus seios ficaram eriçados e ela se pegou acariciando-os
gentilmente. Uma das mãos descia pelo corpo, como se pudesse transmitir o
toque de Ivan.
Meia-hora depois Emily se encaminhou para o quarto com o corpo
envolto em uma grande e macia toalha branca. Havia outra em seus cabelos.
Seu rosto estava corado e os olhos brilhavam. Abriu o armário e pegou uma
camisola de cor terra, que caiu em seu corpo como uma luva, macia e
refrescante.
Deitou-se e pegou um livro, mas o cansaço falou mais alto e em
poucos minutos, ela já estava dormindo.
Ivan chegou em seu apartamento e jogou as chaves no console da
entrada. Fora um dia cansativo, mas estava feliz por ter decidido parar para
tomar um drink e ter conhecido Emily. Aquela inglesa mexera com ele de uma
forma muito intensa.
Encaminhou-se para o quarto e foi direto para o banho. Enquanto a
água caía-lhe pelo corpo, ele continuava pensando no efeito de Emily sobre si.
O corpo não negava a atração por ela. Sua mão desceu até o sexo duro e
pulsante para aliviar-lhe o desejo.
6. 6
Emily acordou com a claridade atingindo-lhe os olhos. Suspirou
aborrecida. Devia ter fechado as cortinas, mas estava tão cansada, que nem se
lembrou disso.
Decidiu levantar e etiquetar os presentes. Faltava apenas três dias
para o natal. Este ano ela não ia para a Inglaterra encontrar a família. Ela ia
participar somente da confraternização da empresa. Fora convidada para
outras festas, mas preferia não ir.
Assim que terminou, foi para a cozinha, fez uma omelete para si, tomou
suco de laranja e foi arrumar o quarto. Estava terminando de arrumar sua cama
quando o celular tocou. Atendeu e ouviu uma voz profunda desejar-lhe bom
dia. Sabia quem era no momento que seu corpo tremeu. Ivan!
- Olá, bom dia!
- Tem algum compromisso para este fim de semana? Gostaria de
levar-lhe para um passeio.
Pensativa ela respondeu:
- Não, não fiz planos para hoje.
- Me passa o endereço e passo para te buscar em meia-hora, que tal?
Decidida, ela respondeu.
- Ótimo!
Passou-lhe o endereço e foi se arrumar. Colocou um short vermelho,
camiseta regata de seda branca, calçou sandálias rasteiras e trocou a bolsa
que usara no dia anterior. Passou somente um batom cor de boca, afinal não
gostava de maquiagem, preferia seu rosto ao natural.
Ivan dissera-lhe para levar roupas para o fim de semana e ela arrumou
tudo numa pequena mala. Desceu as escadas, arrumou a cozinha e foi até a
janela quando ouviu um carro parando. Era Ivan! Ele desceu e estava
maravilhoso de bermuda cáqui, camiseta branca e tênis brancos. Ela abriu a
porta assim que ele chegou e foram direto para o carro.
- Seu loft é muito bonito Emily. Os jardins são lindos e bem cuidados!
7. 7
- É um hobby que eu cuido com prazer. Quando voltarmos, vou
mostrar-lhe por dentro.
Ele lhe sorriu e ajudou-a a entrar no carro. Emily ficou encantada com o
gesto carinhoso e gentil.
Ivan passou em um supermercado, comprou algumas coisas e colocou
no porta-malas. Depois seguiram viagem até Malibu. Ivan estacionou o carro
em frente a uma pequena e charmosa casa com a metade das paredes de
vidro.
Entraram e colocaram as coisas em cima da bancada de granito da
cozinha. Emily estava encantada com a casa e andou por todos os cômodos
apreciando cada detalhe.
A sala possuía aconchegantes sofás e almofadões espalhados em um
piso de madeira quase todo coberto por tapetes persas. Em frente tinha uma
parede coberta de pedras onde possuía uma lareira e na parte de cima, um
televisor imenso. Os objetos de decoração pareciam ter sido escolhidos a dedo
e eram todos de bom gosto.
A cozinha era toda equipada com aparelhos modernos. Havia um
pequeno corredor onde ficava um cômodo repleto de jogos como mesa de
pingue-pongue e sinuca. Havia uma parede com uma biblioteca fantástica.
Emily deu uma olhada nos livros e ficou apaixonada pelas coleções. Ao lado
havia um banheiro simples, mas muito bonito.
Subiu as escadas e lá encontrou dois quartos. Um era provavelmente o
quarto de Ian, pois havia toques masculinos por toda parte. A cama era imensa
e ficava no centro do quarto. O closet continha roupas masculinas e no
banheiro, apenas um roupão. A um canto havia uma bela banheira. Tudo ali
era lindo e de bom gosto.
O segundo quarto provavelmente seria o que ela iria ocupar. Havia
uma cômoda ao canto e um aparelho de TV na parede de cima. A colcha da
imensa cama era branca e bordada com delicadas flores. O closet não estava
vazio, havia alguns vestidos e roupas íntimas nas gavetas. Emily abriu a
cômoda e guardou suas coisas. Foi ao banheiro onde distribuiu seus artigos de
8. 8
higiene na bancada da pia e olhou-se no espelho, pensativa, imaginando quem
seria a dona dos vestidos.
9. 9
III
Assim que desceu as escadas, ajudou Ivan guardar os mantimentos.
Ele havia comprado vinho, queijos diversos, biscoitos, pastas, legumes e folhas
para a salada, suco e carne.
- Que tal a gente nadar um pouco antes do almoço?
- Eu acho ótimo, está muito calor.
- Vou me trocar e te espero aqui embaixo ok?
- Claro! – ela respondeu subindo novamente as escadas.
Colocou um biquíni azul claro muito bonito e apertou os laços da parte
de baixo. Vestiu somente um short branco, calçou chinelos, colocou um chapéu
e arrumou uma sacola de praia com o protetor solar e uma toalha e desceu.
Ivan estava de bermuda branca e camiseta azul. Colocara um boné e
havia calçado chinelos. Ele observou-a descendo as escadas e ela notou o
brilho de admiração nos olhos dele. Ficou sem graça quando reparou que os
bicos dos seios haviam endurecido e que Ivan podia nota-los, já que ela não
usava nada por cima do biquíni.
Baixou os olhos e seguiu pela porta. A praia ficava há poucos metros.
Ambos estenderam as toalhas e correram para o mar como duas crianças.
Estava muito quente e eles passaram meia-hora se refrescando. Voltaram às
espreguiçadeiras e deixaram o sol secá-los naturalmente.
Emily pegou o protetor solar e começou a espalhar pelos braços. Ivan
se ofereceu para passar em suas costas e ela deixou. Quando suas mãos
tocaram o corpo dela, a eletricidade tomou conta dos dois. Ivan prendeu a
respiração e continuou a espalhar o protetor pelas costas dela. Podia ouvir a
respiração dela acelerada e sabia que também mexia com ela.
Ela deitou-se na espreguiçadeira e ele continuou espalhando o protetor
pelas pernas dela. Ele estava extremamente excitado. Emily virou o rosto para
o outro lado quando sentiu as mãos dele espalhando o creme em suas
10. 10
nádegas. Em certo momento, sentiu o dedo dele escorregando pelas beiradas
da calcinha do biquíni e respirou fundo, ao que ele ouviu.
Ela se remexia quase que imperceptivelmente, sentindo um desejo que
há muito não sentia. Fechou os olhos e dedicou-se a saborear aqueles
momentos.
-Emily....
Ela abriu os olhos assustada. A voz dele estava rouca....
- Vire-se! Vou passar na frente também.
Sem nada a dizer, ela se virou, entregando seu corpo às carícias dele.
O creme deslizava por suas mãos. Ela fechou os olhos novamente e
entreabriu os lábios de uma maneira sensual. A língua dela tocou os lábios
secos e Ivan sentiu vontade de beijá-la, mas não queria assustá-la.
Suas mãos passeavam pelas coxas e pernas. Quando chegaram até a
barriga, ele se demorou ali, sorvendo aquela sensação de triunfo. Suas mãos
subiram até o colo dela e deslizaram ao longo da pele dos seios que ficara
exposta. Os bicos endureceram ao seu toque e ele não se conteve. Abaixou a
cabeça e juntou os lábios aos dela.
Emily já esperava por aquilo. Correspondeu ao beijo e tocou-lhe a
nuca. Suas línguas se aprofundavam dentro da boca do outro numa carícia
muito sensual. O peito de Ivan tocou os seios de Emily e ele podia sentir os
bicos sensíveis ao seu toque. Colocou sua mão sobre eles para sentir-lhes a
dureza.
Ouviu Emily suspirando contra a sua boca e deitou-se ao seu lado. Sua
excitação foi percebida por ela, que se aconchegou mais ao corpo dele. A praia
era particular, mas ele não queria expô-la aos olhares. Tomou-lhe a mão e
levou-a para dentro de casa.
Assim que encostou a porta, subiu as escadas com ela e levou-a
diretamente ao seu quarto, deitando-a em sua cama. Em poucos segundos ele
tirou-lhe o biquíni e ela ficou completamente nua em seus braços. Ele também
se despiu e continuou trocando carinhos com ela.
11. 11
O corpo dela era macio. Ela não era muito magra, tinha lugar onde
pegar e apertar. Os seios eram grandes e firmes e os bicos rosados. Ele tocou-
lhe com a boca e sentiu a maciez endurecida entre os dentes.
Ela deu um longo suspiro e jogou a cabeça para trás, com os olhos
fechados.
- Abra os olhos Emily! – ele ordenou com voz firme e rouca.
Emily abriu os olhos, um pouco envergonhada do desejo que sentia.
Ivan olhou-a nos olhos.
- Quero que fique de olhos abertos. Quero saber como se sente e
quero que veja cada carícia que trocamos.
Assentindo com a cabeça, ela se entrega a mais um beijo profundo.
Ivan acariciou os cabelos dela. Eram lindos e macios. Ele começou a beijar-lhe
o pescoço, a mandíbula, o nariz, os olhos. Desceu pelo pescoço, se
demorando no vale entre os seios rígidos. A barriga dela era macia e Ivan
foram deixando um rastro de desejo até chegar ao triângulo no meio das
pernas dela.
Ali havia poucos pelos. Eram lisos, macios e castanhos. Ivan abriu os
lábios do sexo dela e sentiu-lhequente e úmida. Ela já estava pronta para
recebe-lo, mas ele queria mais. Beijou-lhe os pelos e sua boca deslizou pela
maciez úmida entre os lábios. Ela gemeu rouca. Ele passou a língua por toda a
sua umidade, sorvendo-lhe o gosto levemente salgado. Alcançou o botão que
estava duro no centro do seu prazer e segurou-lhe entre os dentes,
provocando, sugando, lambendo, mordendo.
O corpo dela tremia. O dele queria fundir-se ao dela. Abriu as pernas
dela e aprofundou-se em seu corpo em estocadas fortes. Pouco depois os dois
explodiram num glorioso orgasmo.
Ivan rolou para o lado dela e ficaram em silêncio até as suas
respirações voltarem ao normal. Ele apoiou um cotovelo na cama e beijou-se
os lábios com carinho. Ela estava linda. Ambos estavam suados. Ele pegou-a
pela mão e seguiu por uma porta que ela não tinha visto á saída do quarto.
12. 12
No terraço da casa havia uma piscina, uma imensa banheira de
hidromassagem e um ofurô. Ali havia também um banheiro repleto de toalhas.
Ivan desceu a escada da piscina com Emily no colo e ficaram brincando na
água por uma hora. Os dois se sentiam bem e estavam com os semblantes
tranquilos.
Saíram da piscina e deitaram nas espreguiçadeiras, deixando o sol
lamber os corpos nus. Emily estava quase cochilando quando ouviu Ivan
levantar-se.
- Fique deitada que vou aprontar o almoço para nós.
- Não. Eu quero ajuda-lo.
- Não. Fique aí. Daqui a pouco eu volto. Descanse!
Ela voltou a encostar a cabeça e cochilou, despertando somente
quando ouviu o barulho de pratos e copos. Ivan estava arrumando a mesa ao
lado da piscina com vinho tinto, salada de folhas e legumes e carne grelhada.
Emily sentiu o estômago roncar e riu.
Ambos comeram com vontade até se sentirem satisfeitos.
Conversaram sobre o trabalho de cada um, sobre o país em que nasceram, os
livros em comum, músicas, etc.
Logo depois Ivan segurou suas mãos e voltaram para a cama. Ficaram
abraçados até o sono chegar e dormiram até o sol começar a se pôr. Emily
acordou e olhou para Ivan. Ele a fitava, tranquilo. Ela deu-lhe um sorriso e
beijou-lhe os lábios. Ele puxou-a para si e a carregou para o terraço para
assistirem ao pôr do sol juntos.
Ambos se sentiam descansados e felizes. Ivan não queria que aquele
final de semana tivesse fim. Estava apaixonado por ela. E Emily não lhe era
indiferente. Também estava apaixonada por Ivan e não queria que aquele dia
acabasse.
Abraçados, deitaram-se na banheira de hidromassagem, curtindo o
belo pôr do sol. Quando o céu escureceu, eles estavam trocando carinhos
novamente. Ivan beija-lhe a boca com desejo. Emily correspondia. O toque de
13. 13
Ivan era de puro carinho e desejo. Ele sentou-se à beira da banheira e Emily
tomou-lhe o sexo na mão, acariciando-o com a mão e a boca. Sentiu quando o
desejo dele estava perto de explodir e puxou-o para dentro da banheira,
sentando-se em seu colo de frente para si.
Ali ela foi encaixando o seu corpo de maneira a senti-lo penetrando-a
por inteiro. Seus seios roçavam o peito dele e ele segurava-lhe a cintura,
beijando-a na boca com paixão.
Ambos voltaram a ter um orgasmo perfeito e demorado. Emily deixou-
se ficar ali no colo dele ainda sentindo-o dentro de si. Encostou sua cabeça no
ombro dele até suas respirações voltarem ao normal.
Ficaram por ali até sentirem fome e desceram junto até a cozinha, onde
preparam queijos e biscoitos e tomaram vinho. Foram tomar banho juntos
antes de dormirem e se jogaram na cama exaustos.
14. 14
IV
Ivan acordou primeiro e ficou observando Emily dormir. O rosto dela
estava sereno. Ela era linda e ele estava louco por ela. Não se sentia assim há
anos. Ele não era nenhum anjo, mas evitara relacionamentos longos após a
separação com sua ex-noiva há três anos. Ele nunca mais se permitiu sentir
qualquer tipo de sentimento mais profundo por outra mulher. Até então, tinha
saído com algumas mulheres e nunca tinha sentido essa atração que ele sentia
por Emily por nenhuma delas.
Emily abriu os olhos vagarosamente, sentindo-se observada. Abriu os
lábios em um sorriso e ficou pensando que há muito tempo não se sentia assim
tão feliz. Há dois anos terminara um relacionamento de um ano e saíra muito
machucada, quando ele pediu-lhe um tempo porque estava confuso.
Ela não deu-lhe um tempo. Ela deu-lhe a carta de alforria. Terminou
com ele no outro dia, pondo um ponto final numa relação desastrosa. Depois
disso, ela se entregou ao trabalho e teve somente relacionamentos
esporádicos, superficiais. E até então, nunca havia sentido essa atração tão
forte como sentiu por Ivan.
Ambos estavam um pouco assustados, porém felizes. Beijaram-se e
fizeram amor. Tomaram uma ducha juntos e foram à praia tomar sol. Na hora
do almoço, voltaram para casa de mãos dadas e fizeram o almoço.
Descansaram no terraço e voltaram ao quarto para descansarem.
O domingo estava acabando. Ambos acordaram se sentindo um pouco
melancólicos, mas decidiram aproveitar ao máximo o tempo que restava do fim
de semana. Ivan levou-a a um bar na grande orla de Malibu. Tomaram
champanhe, comeram à vontade e dançaram colados, trocando beijos e
carícias discretas.
Voltaram para casa de mãos dadas e decidiram passar a noite ali.
Ambos tinham horários flexíveis e nada de urgente para a segunda-feira.
Ligaram para as respectivas secretárias e pediram para desmarcar todos os
compromissos.
15. 15
Depois foram caminhar pela praia. Saíram descalços. Emily ainda
vestia o belo vestido preto que lhe caía pelo corpo como uma luva. Seus
cabelos estavam presos no alto da cabeça. Ivan vestia calça jeans e camisa
branca.
Andaram por um longo trecho trocando abraços e carinhos. Em certo
momento, pararam e trocaram um beijo profundo e sentaram-se, abraçados.
- Emily...
- Oi...
- Eu não quero que essa relação termine quando voltarmos à cidade.
- Nem eu!
- Gostaria de conhecer você melhor, saber sobre a sua família, seus
pais, seus irmãos, o que mais você gosta de fazer, como é o seu trabalho,
enfim, tudo!
- Também eu Ivan!
Trocaram outro beijo. Ambos se sentiam felizes e fitaram-se nos olhos,
cada um deles cheios de promessas...