O documento conta a história de um circo imaginado por Lucy, onde diferentes personagens ensinam sobre inclusão e direitos humanos. A domadora maltrata o leão Alex, mas o palhaço intervém para defendê-lo, prometendo cuidar do animal daqui para frente.
4. CENA 1 : LUCY ENCONTRA O LIVRO
LUCY: Huummmm, que soninho! Ah, vocês estão aí? Olá meus amiguinhos, meu nome é Lucy, e
eu tenho assim de anos (faz o número 8 com a mão), aqui é o porão da casa da minha vó Lorena,
e já passou da hora de dormir pra mim, que coisa chata, odeio quando a mamãe me manda
dormir cedo, tenho tantas coisas pra fazer!!!
Hoje levantei escondida da cama pra pegar um biscoito, só não contem pra minha mamãe, mas
virei na porta errada e acabei vindo parar aqui no porão, que é meio escuro, meio empoeirado,
me da um medinho, mas parece que tem muitas coisas legais pra descobrir por aqui!
Olha esse baú que legal..... deve ser do Antigo Egito lá dos Faraós (ou outro lugar qualquer) deve
ter viajado as índias, desbravado os mares, esse baú pode ter sido do Imperador da Terra do
Nunca, ou do Pedro Alvares Cabral, aquele cara que descobriu uma coisa importante, o que era
mesmo pessoal? Ahhhhh é o Brasil HAHAHAHAHAHAHA
O que será que tem aqui dentro? Hummmmmm, olha só tem um livro! Eu gosto muito de ler, me
leva pra lugares que eu nunca imaginei conhecer, qual será a história desse livro?
Vamos ver, que legal é sobre direitos humanos, fala sobre coisas que todas as pessoas deveriam
conhecer, e ter acesso, mas pera aí, é a história de um circo com direitos humanos? UM CIRCO?
(nega, aqui seria interessante uma definição bem sucinta sobre direitos humanos, nem que seja
do dicionário).
Lucy encontra o casaco, a cartola e a bengala.
6. CENA 2: LUCY – MESTRE DE CERIMÔNIAS
TAMBORES RUFANDO: Lucy veste o casaco, coloca a cartola, empunha a bengala e se
transforma.
LUCY: Imagina só se esse circo fosse meu!! Ia ter palhaços, malabaristas, marmelada,
pipoca, algodão doce, amendoimmmmm, não. Não ia ter alface, as saladas seriam feitas
de sorvete! No meu circo, o seu sorriso paga o espetáculo, e eu começaria assim:
LUCY MC: Respeitável Público, o Maravilhoso circo da LUCY, dá boas vindas a tooooodos
que estão aqui, crianças e crianços, baixinhos e baixinhas, peixinhos e peixinhas, chama o
vovô, a vovó, a titia, a mamãe, o papai, o cachorro, o papagaio, todos seus amiguinhos,
traga todo mundo, porque hoje vocês vão ver um show, cheio de mágia, suspense, coisas
estranhas, animais animalescos, pessoas apessoadas, amizade entre amigos, e atrações
fantásticaaaaaaaaaas! Muita alegria e animação que hoje a noite vai ser de muita
diversão.
Apresento a vocês os incríveis e inigualáveis NOME DOS PLHAÇOS os palhaços mais
engraçados desse país e dessa cidade e desse circo e dessa sala, ah é só tem eles mesmo...
8. CENA 3: PALHAÇOS
LUCY: Nesse circo de muitos palhaços, vou desfazendo os laços. Tragam as taças, vou
misturar as raças, abaixo o preconceito. Vamos rir, vamos ser felizes! Será que ainda tem
jeito?
LUCY: No circo, feliz, Chupando balas...Seria muito mais legal se os malabares fossem doces
e a vida fosse mais suave, não se abalem amiguinhos, Olha o malabarista chegando!!!
10. CENA 4: MALABARISTAS
A cena se inicia com o Felipe, que irá estar em uma cadeira de rodas (ou muleta) em um
sinaleiro. Por causa de sua deficiência o Felipe não sabe fazer nenhum truque e não ganha
dinheiro de ninguém.
Felipe: Poxa vida, todos os dias eu venho pedir esmola nesse sinaleiro e nunca me ajudam!
A Paola trabalha em um circo próximo ao sinaleiro e todos os dias observa o Felipe pedindo
esmola. Um dia a Paola fica inconformada com a situação do Felipe e resolve falar com ele.
Paola: Oi menino, como é seu nome?
Felipe: Oi moça, meu nome é A DEFINIR.
Paola: Que nome bonito! Eu passo todos os dias por aqui e nunca vi ninguém te dando
esmola. Nenhuma criança merece essa vida! Você sabe fazer algum truque?
Felipe: Não sei não moça!
Paola: Hmmm, se você quiser eu posso te ensinar, ai você poderia trabalhar no circo comigo!
O que acha da ideia?
Felipe: EU ADOREI, quando podemos começar?
Paola: Agora mesmo!
A Paola começa a ensinar o Felipe a fazer truques, no início e Felipe vai deixar as bolas
ficarem caindo toda hora, porém no final ele faz tudo certinho.
11. Paola: Nossa Felipe, você é muito bom! Nasceu para trabalhar no circo! Agora que você já
sabe fazer truques quer trabalhar no circo comigo??
Felipe: Claro que quero, eu iria ficar muito feliz se pudesse trabalhar comigo ! Muito
obrigado pela oportunidade, se não fosse por você eu iria passar o resto da minha vida
sendo infeliz e nunca poderia tirar minha família da miséria !
Paola: Que isso Felipe, não precisa me agradecer ! Todas as pessoas, por mais pobres,
infelizes ou diferentes que sejam merecem uma chance, uma oportunidade !
LUCY: Gente, olha que legal o que aconteceu, todos os dias vemos cenas como essas, de um
amigo nosso ou uma pessoa desconhecida que precisa de ajudar e não ajudamos por pura
preguiça, graças à ______________ o ______________ pôde mudar o seu destino e se
tornou um famoso malabarista! Todas as pessoas merecem uma oportunidade para serem
felizes, para crescerem na vida. E infelizmente algumas pessoas não conseguem fazer isso
sozinhas, cabe a cada um de nós, ajudar do jeito que a gente pode! Assim, quando a gente
precisar, sempre vai ter alguém ali, pronto pra retribuir o favor!
LUCY: Mas e agora a próxima atração vai tirar o ar de vocês, se você tem o coração fraco
tape os olhos, os ouvidos e segure seus gritos, direto da savana africana, direto do coração
do rei leão, do país das maravilhas... ahhh sei lá de onde ela veio, mas pensa num lugar
estranho! AAAAAAAAAAAAAAA MONGAAAA! Ou melhor, mulher barbada ou homem
maravilha...
13. CENA 5: MULHER BARBADA
A Luana estará sentada em algum lugar do palco. A mulher barbada entra triste e
cabisbaixa e inicia-se o diálogo.
Mulher Barbada: Boa noite crianças. Hoje eu estou muito triste sabia. Eu queria ser uma
mulher bonita, linda, mas não sou. Ninguém gosta de mim. Olhem minha barba, acham ela
bonita? (preciso de um não da plateia) Olhem minha voz, é muito grossa e feia, não é?
(preciso de outro não aqui) Olhem meu cabelo, feio também. Pois é, queria ser parecida
com aquela mocinha que está sentada ali. Tão bonita e inteligente, todos gostam e
conversam com ela, tem bastante amigos e sempre esta feliz.
LUANA: Boa noite, ouvi suas lamentações. Você é uma mulher bonita, qual é o seu
problema?
Mulher Barbada: Não me sinto bem com meu corpo, tenho uma barba grande e feia, o
cabelo comprido e todo arrepiado, sou muito gordinha.
LUANA: você não deve se preocupar com isso. As pessoas não são todas iguais. Cada uma
é de um jeito. Uns são gordinhos, outros magrinhos, uns cabeludos outros carecas, mas
isso não é motivo de tristeza, porque não devemos julgar as pessoas pela sua aparência.
Todas as pessoas devem ser tratadas bem, independente disso.
Mulher Barbada: Mas todas as crianças tiram sarro de mim, fazem piadas, e não gostam
de ser minhas amigas. Isso é muito triste.
14. LUANA: não de bola para o que os outros dizem, você deve ser feliz do jeito que você é,
mas se você quiser eu posso te ajudar, você quer?
Mulher Barbada: Claro que sim.
LUANA: Então sente aqui, que vou fazer uma mágica com você.
- a luz se apaga, tem alguns flashes, pode ser de maquina fotográfica mesmo e logo se
ascende. Quando a luz acende e a mulher barbada não está mais no palco.
LUANA: Oi crianças, fiz desaparecer a mulher barbada pra gente poder conversar um
pouquinho. Crianças, vamos ajudar ela a ser mais feliz? (VAMOSSSS) Então vamos gostar
dela gordinha, com cabelão e barba? SIMMMMM. Então vou trazer ela de volta e vocês vão
me ajudar a fazer ela uma menina feliz.
- a luz se apaga, tem alguns flashes, pode ser de maquina fotográfica mesmo e logo se
ascende. Quando a luz acende e a mulher barbada aparece.
Mulher Barbada: Mas o que aconteceu? Você não mudou nada em mim.
LUANA: Claro que não. Não mudei você, mas mudei as crianças. Agora todas vão gostar de
você e achar você super bonita.
15. Mulher Barbada: então agora você acha que todas as criancinhas vão gostar de mim e do
jeito que eu sou?
LUANA: É claro, pergunte a eles.
Mulher Barbada: E aí pessoal, vocês acham minha barba bonita? (preciso de um sim aqui. A
Luana sinaliza que sim para a plateia com a mão) Vocês gostam do meu cabelo? (preciso de
um sim aqui. A Luana sinaliza que sim para a plateia com a mão).
Que bom....agora sou uma menina feliz e posso ir para a escolinha, estudar bastante e fazer
amiguinhos.
LUCY: As vezes nos sentimos feios e inseguros, e a gente acha que tem que ser lindo, e ser
maravilhoso, e as meninas querem parecer a barbie e os meninos querem ser o super man,
mas nem todo mundo é igual, mas todo mundo pode ser bonito, por dentro e por fora, se
você se aceitar assim, do jeitinho que é, e aceitar os outros do jeito que eles são. Um mundo
com pessoas diferentes é muito mais bonito do que se todo mundo fosse pagodeiro e loiro,
né?
LUCY: Mas o que mais será que tem no circo? AH é! Animais fantásticos, fogo e acrobacias,
chegou a hora do rei da selva, quem é o rei da selva? (crianças respondendo: LEÃO) sim, ele
mesmo e sua incrível domadora ______________, e o sábio ______________ (macaco).
17. CENA 6: DOMADORA
Roteiro – Domador – Direito dos Animais
Marília quando entra no palco fica olhando de um lado para o outro procurando Alex –
Alex cadê você?.... Alex? ... Cadê você?
Depois de 5 segundos, Alex chega correndo e dá as patas para sua domadora.
Após pegar as patas de Alex, Marília diz – Vamos treinar meu leãozinho fofo?
Alex fica feliz e abre um sorriso no rosto e diz – Sim
Marília então corre para um lado do palco e chama Alex – Alex vem cá.
Alex entusiasmado corre em direção a sua domadora
Marília diz – Muito bom Alex (depois de dizer isso, a domadora passa a mão na cabeça
dele).
Marília diz – Agora vou jogar essa bolinha e você corre para pegar. A domadora joga. Alex
fica olhando para a bolinha e não faz nada.
Marília diz – Alex vai (Espera uns 5 segundos)
Marília diz – Vai Alex (Espera mais 5 segundos)
Marília diz – Alex você quer ir por bem ou por mal?
Alex olha para a cara de sua domadora e não faz nada.
18. Então, nesse momento tira do bolso seu chicote e dá umas chicoteadas em Alex.
Alex grita – AIAIAIAIAIAI
O palhaço ouve os barulhos do chicote e os gritos do leão e a aparece no canto na cena
(sem reagir).
Marília, sem paciência, grita – Alex, não gosto de gente preguiçosa e com corpo mole.
Vamos.
Alex não reage.
Então, a domadora dá mais uma chicoteada.
Alex grita – AIAIAIAIAIAIAI
Nesse momento, o palhaço corre em direção ao Alex e diz – O que pensa que está fazendo
com o Alex?
Marília diz – Esse animal está muito preguiçoso hoje, ele não quer treinar.
Palhaço diz – Mas não precisa bater no pobre coitado, ele só deve estar cansado.
Marília diz – Cansado de que? Ele não faz nada o dia todo
Palhaço diz – Ontem ele trabalhou muito
Marília diz - Ontem é ontem, hoje é hoje
Nesse momento Alex participa da discussão e diz - Estou muito cansado
19. Palhaço diz olhando para a cara da domadora - Viu?
Marília diz - Ele está de corpo mole apenas. (Nesse momento ela dá mais uma chicoteada)
Alex grita - AIAIAIAIAIAI
Palhaço grita - PAREEEEE
Palhaço diz - Nunca mais faça isso, (a partir desse momento, o palhaço aponta para o leão e
continua falando) o Alex é apenas um animal, e nós seres humanos temos que cuidar dele.
Palhaço diz – Você está bem Alex?
Alex – Um pouco, estou com muidas dores
Palhaço diz – A partir de hoje, vou cuidar todos os dias de você Alex, você é um leão
adorável por todo mundo e jamais pode ser maltratado.
Alex diz - Obrigado
Marília - Ele é meu leão
Palhaço - Agora é meu, você não tratou bem ele, eu vou cuidar dele a partir de hoje
Marília saí da cena do palco
Palhaço diz - Alex vamos brincar?
Alex diz - Desculpe, estou cansado, agora vou dormir.
20. LUCY: (já que não está bem explícito o que acontece nessa cena, se ela é expulsa ou não,
faço essa parte quando souber)
“De chicote e cara feia domador fica mais forte Meia volta, volta e meia, meia vida, meia
morte Terminando seu batente de repente a fera some Domador que era valente noutras
feras se consome seu amor indiferente, vira sua vida e sua fome”
LUCY: Agora, outra atração internacionalmente interessante vinda diretamente do mundo
verde, eles tem muita habilidade, concentração e equilíbrio para exercer essa função,
assim como nós precisamos ter em nossas vidas, para que tudo o que façamos seja bem
feito e a mamãe e o papai fiquem felizes e nos encham de amor e carinho. Com vocês
amiguinhos e amiguinhos no trapézio, os irmãos Green! Venham venham para o palco!
22. CENA 7: TRAPEZISTAS
Os três trapezistas entram em cena. Dois deles (Giancarlo e Rodrigo) são irmãos, sendo Gian
o adotado. Ainda, Douglas é filho de um turco e uma mexicana que moram no Brasil.
Naturalmente, ele compartilha da cultura de seus pais. Dessa forma temos a questão de
inserção cultural e a da adoção.
Entram em cena e cumprimentam o público, se apresentam e iniciam o espetáculo.
Em meio à apresentação, Gian erra alguns movimentos. Rodrigo vai se irritando a cada erro.
Depois de uns três movimentos errados, Rodrigo o critica:
Rodrigo- Cara, você não sabe fazer nada! Você sempre erra quando a gente vai se
apresentar!
Gian- Desculpa... Eu me esforço, mas é difícil.
R- (bravo) Não é não! Como que eu consigo fazer certo?
G- Não sei...
R- Tinha que ser adotado mesmo! Foi um erro dos meus pais terem te adotado. Você só faz
besteira.
G- (triste) É isso que você pensa de mim? Todos esses anos e você não gosta de mim só
porque eu sou adotado?
R- Você devia ter ficado naquele orfanato!
G- Mas aí eu não teria família...
R- Não interessa! Agora vai pra lá e não me atrapalha...
Gian se afasta e fica no canto olhando.
Douglas intervém.
23. Douglas- Oh, gente! Que isso? Não brigue com ele... Vocês são irmãos. Não podem brigar.
R- Ele não é meu irmão! Ele é adotado.
D- Adotado? O que é que tem? Isso não é problema... É seu irmão sim! Quando uma
criança é adotada, os pais a amam do mesmo jeito. E é esse sentimento em família que
torna vocês irmãos.
G- É! O pai e a mãe sempre me diziam que me amavam tanto quanto você.
D- Tá vendo?
R- Ah! Por que pessoas adotam crianças? (cruza os braços e fecha a cara)
D- Pode ser por muitos motivos, como: solidão, porque dá pra escolher se o filho vai ser
menino ou menina ou pra ajudar algumas crianças que não tem casa.
G- É... Eu não tinha casa quando eu era criança...
D- Vocês não brincavam juntos quando eram menores?
R- Sim... A gente jogava futebol, videogame...
D- E você gostava?
R- Sim...
D- Então, por que você tá brigando com ele?
R- Porque ele queria as minhas coisas. Eu tinha que dividir com ele tudo o que eu ganhava!
Até o pai e a mãe ficavam mais tempo com ele do que comigo...
D- Mas é assim que funciona a vida de irmãos. Eles têm que aprender a dividir as coisas,
inclusive o tempo dos pais. Olha, eu tenho dois irmãos e uma irmã. Todos nós sabemos
dividir uns com os outros.
R- Vocês não brigam?
24. D- Claro que a gente briga! Mas no fim nos entendemos e fica tudo bem.
G- Você nasceu aonde mesmo?
D- Na Turquia.
G- Por que tantos irmãos?
D- Porque no meu país as famílias que têm vários filhos são vistas como mais felizes.
G- Que legal!
D- É...
R- (voltando à conversa, interessado) Nossa, que estranho! Bem diferente daqui do Brasil,
né?
D- Completamente.
G- E o que mais é diferente lá no seu país?
D- Ah, tem a comida, as roupas, o jeito de falar, a religião e muitas outras coisas...
G- Caramba!
Douglas volta-se para o Rodrigo e pergunta:
D- Então, você vai para de brigar com ele porque ele é adotado?
R- Bom... Pensando bem, acho que eu estava errado. Ele é meu irmão sim...
D- É assim que se fala!
R- Mas cara, eu fiquei curioso... Como as pessoas te tratam quando sabem que você é de
uma cultura diferente?
D- Muita gente não gosta de ficar perto de mim. Não falam comigo porque me acham
estranho.
25. G- Mas por quê? Só porque alguém tem hábitos diferentes dos nossos não quer dizer que
sejam piores. São apenas diferentes.
R- Você tem razão. Imagina como seria se a gente fosse pro país dele? (aponta pro Douglas)
Nós é que seríamos os estranhos.
G- Isso mesmo... (olha pro Douglas) Cara, acho muito legal isso. Quero saber mais sobre sua
cultura.
D- Beleza. Eu posso ensinar depois... oh gente, valeu pelo apoio. Todos riem e voltam a se
apresentar.
LUCY: Uma das melhores coisas da vida são os irmãos, pra quem não tem irmãos de
sangue, tem os amiguinhos, que são irmãos de vida, e muitas vezes menosprezamos essas
criaturinhas que fazem nossa vida tão melhor, temos que amar nossos amigos como se
fossem nossos irmãos, e tratar com carinho os nossos irmãos como se fossem nossos
melhores amigos.
LUCY: Na vida, precisamos o tempo todo de equilíbrio, entre sermos bons e maus, diversão
e responsabilidade, e quem melhor pra nos ensinar sobre isso ou nos dar umas dicas do
que os Equilibristas?
27. CENA 8: EQUILIBRISTAS
LUCY: Essa é Joana, ela acabou de entrar para o meu circo, e se esforça muito para tentar se
equilibrar na corda bamba, ser equilibrista é um grande sonho...
Tamires encena algumas tentativas como se estivesse mostrando as inúmeras vezes que a
equilibrista se esforçou para conseguir entrar no elenco circo.
Assim que ela consegue entrar pro Circo ela fica feliz e começa a treinar.
Na ponta da corda olha para baixo
EQUILIBRISTA: - Será que eu consigo desta vez? Eles falam que eu devia ir embora por que
não sirvo para isso, mas é meu sonho...
Enquanto o palhaço com anos de experiência conversa com a domadora sobre como a
menina nova é burra e não sabe fazer nada direito.
PALHAÇO: - Sabe eu queria que ela caísse como da outra vez, mas que agora se quebre
inteira, HAHAHAHAHAHAHA
Domadora:
- É ela não sabe fazer nada, só incomoda, olha lá palhaço, olha, nem se equilibrar coma a
vara ela consegue...
28. A equilibrista nova no circo, tem que conviver com este tipo de situação todos os dias.
(Nesse ato, poderíamos fazer um jogo de luzes para demonstrar que os dias estão passando,
por exemplo, luz alta e luz baixa como se fosse dia e noite...)
Equilibrista: - Eu treino todos os dias e não tenho valor para ninguém, será que eu sou tão
ruim assim? Se eu cair e morrer eles nem vão sentir a minha falta, se for embora quem que
vai querer saber de mim? O que eu irei fazer da minha vida? - mais uma vez tentando se
manter em pé na corda bamba, ela cai e chorando com dor por ter caido ela fica, sozinha
escutando a zoação do palhaço e da domadora.
O palhaço mau se segura de tanto rir e falar o quanto a equilibrista é burra.
Enquanto a domadora, vem de encontro a equilibrista e a insulta dizendo:
- Você não sabe fazer nada, se enxergue você não sabe se equilibrar e é imensa de gorda! É
isso que você é gorda!
Claro que por ser um velho palhaço ranzinza e triste, seu humor já deixou de ser engraçado e
agora com palavras ásperas incita a domadora a ofender a pobre menina que apenas quer
ser uma equilibrista, durante os insultos deles
a equilibrista desiste do sonho dela por ter sido atacada pelos próprios colegas do circo, e vai
embora.
29. (Nesse último ato, a equilibrista vai largar a barra de equilíbrio como se estivesse “matando”
o sonho dela, tendo em vista que o bullying quando chega ao seu extremo faz com que a
vítima também se mate).
LUCY:
LUCY: E agora a última atração, e nem por isso é menos importante que as outras, de lá do sul
do mundo, a maior mágica do sudeste do fim do universo, aquela que faz o mistereme ficar
no chinelo, que faz os pelos do braço de arrepiarem, com um truque nunca antes visto, a
incrível ________________ e sua maravilhosa assistente _________________.
31. CENA 9: MÁGICO
O mágico inicia interagindo com as crianças...
MÁGICO: Olá crianças, tudo bem? (Espera as crianças responderem :D)
MÁGICO: Hoje é um dia muito especial, e vou fazer uma pergunta muito importante pra
vocês, pode ser? (Espera as crianças responderem :D) Mas vocês precisam me prometer que
vão dizer a verdade, ok? (Espera as crianças responderem :D)
MÁGICO: Quem aqui já quis ser invisível levanta a mão pra eu ver! (Espera reação das
crianças :D) Nossa, quanta gente! Eu também já quis ser invisível sabia? (Pode interagir com
1 ou duas crianças perguntando o porque de ela querer ser invisível) Pra poder fugir da
mamãe e do papai quando eles brigarem com a gente, para poder ir brincar quando eu
tivesse vontade, pra poder comer a sobremesa antes do almoço e também nós sempre
poderíamos ganhar no pique-esconde! Seria muuuuito legal, vocês não acham?
MÁGICO: E vocês sabiam que existem várias pessoas que são invisíveis? (Espera crianças
responderem :D) Hoje eu vou mostrar pra vocês quem são estas pessoas e eu tenho certeza
que você já viu uma pessoa que é invisível! Acreditam? Mas para me ajudar a mostrar isso
para vocês, eu vou chamar aqui uma pessoa muito legal, vocês sabem quem é? (Espera
crianças responderem :D) Bom, como vocês já sabem, eu sou a mágica do nosso Circo e o
que todo mágico tem que ter além da Cartola e da Varinha? Vocês não sabem? Vou contar
então, é um assistente! Vocês me ajudam a chamar a minha assistente? Sim? Então vamos
lá, eu vou contar até 3 e quando eu disser JÁ vocês gritam bem alto comigo: ASSISTENTEEEE!
Pode ser? Então combinado...
1,2,3 eeee JÁ... ASSISTENTEE!
32. MÁGICO: Acho que ela não ouviu, nós temos que chamar bem alto, porque ela não ouve
muito bem sabe?! Vamos de volta...
1,2,3, eeee JÁ... ASSISTENTEEE!
ASSISTENTE entre em cena correndo e diz: Desculpa o atraso, é que eu estava terminando
de me arrumar e aí... (começa a “tagarelar”)
MÁGICO interrompe a ASSISTENTE e diz: Então pessoal essa é a minha assistente! Digam
um oi pra ela beeem alto! (Crianças dizem OIII, junto com o mágico)
ASSISTENTE: Olá crianças, é um prazer estar com vocês aqui, espero que vocês gostem do
nosso número de mágica!
MÁGICO: Agora que tudo que eu preciso está aqui, varinha, cartola e assistente! Podemos
começar o número de mágica da noite! Crianças, vocês lembram do que eu disse no início?
Que eu mostraria a vocês quem são as pessoas invisíveis? Então este é o momento, vocês
precisam prestar muito atenção ok?! Minha assistente vai me ajudar neste incrível número!
ASSISTENTE: Ahhh, eu não quero ficar invisível, você vai me fazer desaparecer!!!
MÁGICO: Calma, vai dar tudo certo!
MÁGICO: Vamos lá, fique atrás deste pano mágico...
33. ASSISTENTE: Tudo bem...
(Neste momento, é preciso ter “um pano preto” para que a assistente possa “se trocar
atrás”, pois ela estará com uma roupa que seja básica, para poder colocar por cima a roupa
de gari...
Enquanto isso o mágico interage com as crianças...
MÁGICO: É...é....iiiii, acho que esqueci as palavras mágicas gente :c E agora? Será que vocês
poderiam me ajudar a lembrar? (Espera algumas crianças interagirem :D)
MÁGICO: Abra-te césamo! Hadouken! Abracabum!
Que outras palavras mágicas crianças? (Por favor, obrigado, com licença) Essas também são
palavras mágicas sabiam? Então, acho que está bom né?
Vamos lá...ABRACADABRA!
(Neste momento o pano preto cai e a ASSISTENTE está vestida de gari)
34. ASSISTENTE dá alguns passos à frente e diz:
Vocês sabiam que eu sou invisível? Mas não gostaria de ser... Eu fico sempre sozinha, ninguém
me dá um bom dia, boa tarde e boa noite, ás vezes eu fico o dia todo limpando a cidade e
parece que ninguém me percebe... Sou invisível para a maioria de vocês, porque quando
passam por mim, fingem que eu nem existo... E quero que vocês saibam que eu tenho alguns
amigos que também são invisíveis, vários deles... Ás vezes, vocês vão passear pelas ruas, e
passam por diversas pessoas iguais a mim e amigos meus e não se importam, nem olham
para nós... como se nós não existíssemos! Nem sequer percebem a nossa presença...Passo
muito tempo deixando a cidade de vocês limpa, para que vocês desfrutem de um lugar legal...
E sabe, o que é pior? Vocês dão bom dia para sua professora e para seus amigos...Será que eu
sou assim, tão diferente deles? Será que eu poderia algum dia ganhar um cumprimento?
(Depois desta fala a ASSISTENTE fica de costas para o público)
35. MÁGICO: E aí crianças, vocês gostariam de ser invisíveis como nossa amiga aqui?
Permitam-me fazer uma pergunta incômoda... Se encontrarmos casualmente uma pessoa
que consideramos importante, bem sucedida aos olhos da sociedade, a tratamos da
mesma forma que tratamos, ou deixamos de tratar, um gari, por exemplo? Essa pessoa,
também seria invisível aos nossos olhos? Passaríamos reto ao nos encontrar com o
prefeito, com alguém importante da nossa área, ou com o diretor da escola onde
estudamos? Não tentaríamos pelo menos, um sorriso, ou um bom dia? Pois é, será então
que tratamos as pessoas de maneira igual? É interessante pensar nisso, porque na lógica
do mundo, nós colocamos como mais importantes aqueles que têm mais poder, mais
dinheiro e mais status... Aqueles que mandam e as pessoas obedecem, aqueles que
pedem e imediatamente são servidos... Mas precisamos ser diferentes, tentar ir na
contramão do que a maioria das pessoas dizem, e tentarmos tratar todas as pessoas a
nossa volta de forma igual... Conseguiram entender?
ASSISTENTE: Espero que depois de hoje, quando eu encontrar algum de vocês por aí, eu
possa ser vista e deixar de ser invisível...
MÁGICO: Bom crianças, por hoje é só! Até a próxima!
37. CENA 10: ENCERRAMENTO
LUCY:
Frases que eu tenho que colocar no meu encerramento:
O mundo é uma escola, a vida é o circo coberto por retalhos de amor.
E quando o circo pega fogo somos os animais na jaula, mas você só quer algodão doce...
Até o palhaço mais alegre do circo, pode chorar em um dia de folga.
39. Equipe Técnica
Equipe Assistentes
Alimentação Natália Karen Sidnei Juliana Micheli
Cenário Romeu Maicon Felipe Luana Juliano
Iluminação José
Figurino Beatriz Fernanda Wellington Matheus Luana
Foto Luana
Maquilagem Heloíza Luana Marcela Jessica José
Música Thiago
40. Agradecimentos
Pro-Fê querida !!!
... É difícil expressar toda nossa gratidão, por tantos
momentos especiais e de aprendizado que vivenciamos
com você!
Obrigado por nos trazer à luz tantas coisas que não
sabíamos e nos ensinar sempre a pensarmos “fora da
caixinha” , e a nos importarmos mais com o outro e
sermos realmente humanos.
Desejamos SUCESSO nesta nova fase de tua vida!!!
Turma 1 NA