Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
Este documento apresenta roteiros de aulas para discutir a campanha "Conte até 10" nas escolas. O objetivo é promover a cultura de paz e prevenção da violência entre estudantes. Os planos de aula abordam temas como vida e morte, direitos e deveres dos adolescentes, violência escolar e bullying, e formas de enfrentamento da violência.
A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e particip...Jurjo Torres Santomé
1) O documento analisa as políticas neoliberais de escolha que reforçam uma sociedade hierarquizada onde a igualdade de oportunidades é um ideal distante.
2) Defende uma democracia dialogante onde as salas de aula garantam liberdade de expressão, recuperando a escola como espaço para se aprender a ser cidadão e criticar a sociedade.
3) Critica os que culpam as instituições escolares pelas crises econômicas, argumentando que a educação não é a única causa nem solução para os problemas
1. O cenário atual da alfabetização no Brasil revela que mais da metade dos alunos tem desempenho insuficiente em leitura, escrita e matemática ao final do 3o ano.
2. Isso está associado a altas taxas de reprovação e evasão escolar.
3. A Política Nacional de Alfabetização busca melhorar esses resultados com base em evidências científicas sobre como as crianças aprendem a ler e a escrever.
1) O artigo discute os complexos conceitos de igualdade e justiça escolar que informam as políticas compensatórias.
2) Há diferentes visões do que constitui uma escola justa, como ser puramente meritocrática ou compensar desigualdades sociais.
3) A igualdade de oportunidades por meio do mérito tem limites, pois desigualdades sociais influenciam o desempenho e tratamento dos alunos na escola.
O documento discute os fundamentos e funções da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. (1) A EJA visa reparar uma dívida histórica com aqueles que não tiveram acesso à educação básica, especialmente os grupos marginalizados. (2) A EJA busca proporcionar a alfabetização e letramento como direitos fundamentais para a participação social e econômica. (3) A educação escolar, embora limitada, pode ajudar a reduzir as desigualdades sociais ao universal
O documento apresenta um panorama da educação de jovens e adultos no Brasil. Descreve o contexto socioeconômico do país e o sistema educacional brasileiro. Fornece dados sobre as políticas públicas federais de educação básica para jovens e adultos, com ênfase nos programas de alfabetização.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Educação e desenvolvimento, estudo do CGEE sobre modelos educacionaisLuis Nassif
1. O documento discute desafios e avanços da educação brasileira para o desenvolvimento do país.
2. É organizado um fórum sobre educação e desenvolvimento com especialistas para debater como melhorar a educação considerando sua importância para o desenvolvimento social e econômico.
3. As questões discutidas incluem como conciliar educação para o mercado de trabalho e formação integral dos cidadãos, os desafios de cada nível educacional, e como adaptar a educação à sociedade digital.
Este documento apresenta roteiros de aulas para discutir a campanha "Conte até 10" nas escolas. O objetivo é promover a cultura de paz e prevenção da violência entre estudantes. Os planos de aula abordam temas como vida e morte, direitos e deveres dos adolescentes, violência escolar e bullying, e formas de enfrentamento da violência.
A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e particip...Jurjo Torres Santomé
1) O documento analisa as políticas neoliberais de escolha que reforçam uma sociedade hierarquizada onde a igualdade de oportunidades é um ideal distante.
2) Defende uma democracia dialogante onde as salas de aula garantam liberdade de expressão, recuperando a escola como espaço para se aprender a ser cidadão e criticar a sociedade.
3) Critica os que culpam as instituições escolares pelas crises econômicas, argumentando que a educação não é a única causa nem solução para os problemas
1. O cenário atual da alfabetização no Brasil revela que mais da metade dos alunos tem desempenho insuficiente em leitura, escrita e matemática ao final do 3o ano.
2. Isso está associado a altas taxas de reprovação e evasão escolar.
3. A Política Nacional de Alfabetização busca melhorar esses resultados com base em evidências científicas sobre como as crianças aprendem a ler e a escrever.
1) O artigo discute os complexos conceitos de igualdade e justiça escolar que informam as políticas compensatórias.
2) Há diferentes visões do que constitui uma escola justa, como ser puramente meritocrática ou compensar desigualdades sociais.
3) A igualdade de oportunidades por meio do mérito tem limites, pois desigualdades sociais influenciam o desempenho e tratamento dos alunos na escola.
O documento discute os fundamentos e funções da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. (1) A EJA visa reparar uma dívida histórica com aqueles que não tiveram acesso à educação básica, especialmente os grupos marginalizados. (2) A EJA busca proporcionar a alfabetização e letramento como direitos fundamentais para a participação social e econômica. (3) A educação escolar, embora limitada, pode ajudar a reduzir as desigualdades sociais ao universal
O documento apresenta um panorama da educação de jovens e adultos no Brasil. Descreve o contexto socioeconômico do país e o sistema educacional brasileiro. Fornece dados sobre as políticas públicas federais de educação básica para jovens e adultos, com ênfase nos programas de alfabetização.
Presentamos este nuevo número de la revista académica “Avances de Investigación”. Se incluyen distintos artículos e investigaciones en progreso efectuados por los estudiantes de la Maestría en Educación de la Facultad de Ciencias de la Educación de nuestra Universidad.
Entre las líneas de investigación que se han establecido en la Facultad, los estudiantes, han trabajado en la producción de trabajos diversos en la asignatura Culturas, Saberes y Prácticas, que tiene como uno de sus cometidos la elaboración de un artículo científico, como parte del fomento de la investigación y de la producción, asidas en la información proveniente, tanto del aula como de la bibliografía recomendada, dando lugar al manejo de terminología apropiada y relacionamiento en aspectos importantes como la interculturalidad, la inclusión, la pedagogía, el currículo, las tecnologías de la información en la educación, la educación comparada y las políticas educativas.
Los artículos que aquí se exponen refieren a problemas de la educación vinculados a las diversas problemáticas tanto locales, regionales y estaduales del lugar de residencia de los estudiantes. Desde esta perspectiva efectúan un enriquecedor aporte al campo de la educación, en términos generales, y al área de las Ciencias Humanas y Sociales de manera particular.
Los avances de investigación que aquí se presentan, fueron efectuados por estudiantes que abordaron temáticas distintas de manera novedosa y siempre dentro del correspondiente rigor científico, bajo la supervisión del Docente.
En este número, específicamente se han barajado temas correspondientes a las políticas públicas educativas, programas específicos, y las tecnologías educativas.
Educação e desenvolvimento, estudo do CGEE sobre modelos educacionaisLuis Nassif
1. O documento discute desafios e avanços da educação brasileira para o desenvolvimento do país.
2. É organizado um fórum sobre educação e desenvolvimento com especialistas para debater como melhorar a educação considerando sua importância para o desenvolvimento social e econômico.
3. As questões discutidas incluem como conciliar educação para o mercado de trabalho e formação integral dos cidadãos, os desafios de cada nível educacional, e como adaptar a educação à sociedade digital.
Inclusão dos alunos das comunidades ciganas...Jorge Pereira
Este documento discute a inclusão de alunos ciganos no sistema educativo português. Aponta que as taxas de absentismo e desistência destes alunos são altas, e que as políticas educacionais portuguesas não delineiam estratégias específicas para promover sua inclusão. Entrevistas com professores e famílias ciganas revelam desafios como falta de recursos, assiduidade e discriminação, mas também a importância percebida da educação.
Brasivianos perspectivas de uma educação intercultural ana goncalvesAna Katy Lazare
Este documento analisa a educação intercultural brasileira tendo como foco os imigrantes bolivianos na cidade de São Paulo. Ele discute como a globalização intensificou as desigualdades sociais e como a educação pode promover o respeito entre culturas. O autor realizou pesquisas em quatro escolas com alto número de alunos bolivianos para investigar sua inserção e se a educação é sensível à sua cultura.
"Novas políticas de vigilância e recentralização do poder e controlo em educa...Jurjo Torres Santomé
1) O artigo analisa as novas políticas educacionais neoliberais recentemente implementadas na Espanha, como a "Ley Orgánica de Calidad de la Educación".
2) Essas políticas enfatizam valores como competitividade e recentralizam o controle sobre conteúdos educacionais e avaliações.
3) Isso perpetua uma prática pedagógica que multiplica injustiças sociais e mantém as escolas divorciadas de objetivos democráticos.
Este documento discute a democratização do acesso à educação básica no Brasil. Aponta que o processo de democratização da escola foi marcado por tensões entre aqueles que defendiam sua abertura a todos versus aqueles que queriam mantê-la como privilégio de elite. Também ressalta que a expansão do acesso à educação não significou necessariamente melhora na qualidade do ensino oferecido.
O documento discute a educação de jovens e adultos no Brasil, com foco na alfabetização e capacitação ao longo da vida para o desenvolvimento individual, profissional e social. Apresenta os principais programas de educação de jovens e adultos ao longo da história e conclui que a alfabetização atual visa a formação cidadã.
Este documento descreve o Plano de Intervenção Cidadãos Competentes em Leitura e Escrita (PICCLE), que visa melhorar as competências de leitura e escrita dos alunos do 3o ciclo do ensino básico e do ensino secundário através de uma plataforma online. O PICCLE procura abordar problemas como altas taxas de retenção, desistência escolar e baixos níveis de literacia. A plataforma irá fornecer recursos e estratégias para professores, mediadores e fam
A ÁFRICA AUSENTE, MAIS UMA VEZ: POR UMA REVOLUÇÃO NO CAMPO DA FORMAÇÃO DE PRO...André Santos Luigi
1) O documento discute a importância de se ensinar a História da África na formação de professores para combater o racismo.
2) A lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino de História Afro-brasileira e da África, mas esses temas ainda são pouco abordados nos currículos e formação de professores.
3) É necessária uma revolução na formação de professores para que sejam capazes de ensinar a História da África de forma antirracista e que combata preconceitos.
O documento apresenta a história do Ensino Médio no Brasil desde o período imperial até os dias atuais, destacando os principais marcos e desafios. Resume os objetivos do Caderno I de contribuir para a reflexão sobre a realidade atual do Ensino Médio a partir de sua origem histórica e apresentar indicadores e desafios a serem enfrentados. As DCNEM sinalizam para um Ensino Médio focado na formação humana integral com base nos conhecimentos do trabalho, cultura, ciência e tecnologia.
Este documento é uma revista sobre Educação Infantil. A entrevista apresenta Jesús Palácios, professor da Universidade de Sevilha, que discute a história da Educação Infantil na Espanha. Há também reportagens sobre como ensinar crianças a gostar de ler e sobre sexualidade e sexismo na Educação Infantil.
Este documento discute a educação de jovens e adultos no Brasil ao longo das décadas. Apresenta os principais programas desenvolvidos pelo governo federal para alfabetização de adultos como o Mobral (1967-1985) e a Fundação Educar (1986-1990). Também destaca a importância da educação ao longo da vida para o desenvolvimento individual e profissionalização.
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...Alexandre António Timbane
O documento discute a presença da corrupção no sistema educativo angolano. Aponta que a corrupção reduz a qualidade do ensino e causa descrédito das escolas. Analisa os fatores que contribuem para a corrupção, como falta de investimento do governo em infraestrutura e formação de professores. Defende que o governo deve adotar políticas para melhorar o ensino e garantir o acesso gratuito e de qualidade à educação para todos.
O analfabetismo no brasil - Autor Tadeu KapronMaike Zaniolo
O documento discute a problemática do analfabetismo no Brasil, apontando que: (1) a taxa de analfabetismo entre jovens de 15 a 24 anos é de cerca de 2%, enquanto entre 10 e 14 anos é de 3%; (2) as causas incluem falta de escolas equipadas e localizadas para atender diferentes culturas; (3) o sistema educacional poderia estar em melhor situação se as escolas jesuítas tivessem sido expandidas no período colonial.
1) O documento discute os desafios pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil e a diversidade de sujeitos que compõem a EJA.
2) A EJA deve reconhecer a diversidade de grupos, incluindo negros, indígenas, mulheres, trabalhadores e idosos.
3) É necessária uma política pública abrangente para a EJA que promova a igualdade e combata a desigualdade histórica nesses grupos.
O currículo escolar e o exercício docente peranteJaime Carmona
Este documento discute as implicações da multiculturalidade para o currículo escolar e a formação de professores em Portugal. A sociedade portuguesa tornou-se mais multicultural no final do século XX devido à imigração. Isso levantou questões sobre como o currículo e as práticas docentes lidam com a diversidade cultural dos alunos e promovem a igualdade de oportunidades. Estudos mostraram a necessidade de reformas curriculares e pedagógicas para incluir as experiências de vida de todos os grupos culturais.
O documento descreve as políticas de educação de jovens e adultos no Brasil. Ele apresenta os principais documentos legais e diretrizes que regem a educação de jovens e adultos, os desafios atuais, as metas propostas pelo Plano Nacional de Educação para 2011-2020 e as estratégias para implementar as políticas de educação de jovens e adultos nos próximos anos.
Este documento propõe diretrizes para qualificar o ensino básico público no Brasil através de (1) aprender com experiências que deram certo, (2) mudar a maneira de ensinar para focar no raciocínio analítico, e (3) organizar a diversidade para permitir evolução em vez de uniformidade. O objetivo é construir um ensino que desenvolva as capacidades dos estudantes.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infantilSimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e o papel das políticas públicas de educação infantil. Apresenta diferentes concepções de infância ao longo do tempo e como elas são desiguais entre crianças ricas e pobres. Também analisa como as políticas públicas podem consolidar a educação infantil para promover o desenvolvimento das crianças.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, fazendo uma análise retrospectiva das políticas educacionais ao longo do século XX. A educação de adultos se tornou objeto de políticas educacionais nos anos 1940, com iniciativas como a Campanha Nacional de Educação de Adultos de 1947. Nos anos 1960, experiências como as de Paulo Freire introduziram um paradigma de educação popular e conscientizadora. Nos anos 1970, o programa Mobral promoveu a alfabetização em massa, porém de forma centralizada.
Este documento discute a literatura sobre violência, juventude e educação, enfatizando a importância da ética e educação de valores para políticas públicas. Também aborda o debate sobre o simbólico e o trabalho de Hannah Arendt sobre o relacionamento entre poder, violência e educação. Finalmente, defende a necessidade de estudos comparativos e análises conjuntas sobre esses temas.
O documento discute as características e desafios dos jovens da atualidade, incluindo seu uso frequente de mídias sociais, múltiplas tarefas ao mesmo tempo, e tendência de realizar atividades como relacionamentos, gravidez e uso de drogas mais cedo. Também aborda como a televisão pode influenciá-los a sempre quererem itens novos e de moda.
O documento discute as características e o papel da Geração Y na sociedade e no mercado de trabalho. A geração Y cresceu em um mundo globalizado e tecnológico, buscando harmonia entre vida pessoal e profissional. Eles usam mídias digitais para se comunicar e estão conquistando posições de liderança, mas podem ter conflitos com gerações mais velhas.
Inclusão dos alunos das comunidades ciganas...Jorge Pereira
Este documento discute a inclusão de alunos ciganos no sistema educativo português. Aponta que as taxas de absentismo e desistência destes alunos são altas, e que as políticas educacionais portuguesas não delineiam estratégias específicas para promover sua inclusão. Entrevistas com professores e famílias ciganas revelam desafios como falta de recursos, assiduidade e discriminação, mas também a importância percebida da educação.
Brasivianos perspectivas de uma educação intercultural ana goncalvesAna Katy Lazare
Este documento analisa a educação intercultural brasileira tendo como foco os imigrantes bolivianos na cidade de São Paulo. Ele discute como a globalização intensificou as desigualdades sociais e como a educação pode promover o respeito entre culturas. O autor realizou pesquisas em quatro escolas com alto número de alunos bolivianos para investigar sua inserção e se a educação é sensível à sua cultura.
"Novas políticas de vigilância e recentralização do poder e controlo em educa...Jurjo Torres Santomé
1) O artigo analisa as novas políticas educacionais neoliberais recentemente implementadas na Espanha, como a "Ley Orgánica de Calidad de la Educación".
2) Essas políticas enfatizam valores como competitividade e recentralizam o controle sobre conteúdos educacionais e avaliações.
3) Isso perpetua uma prática pedagógica que multiplica injustiças sociais e mantém as escolas divorciadas de objetivos democráticos.
Este documento discute a democratização do acesso à educação básica no Brasil. Aponta que o processo de democratização da escola foi marcado por tensões entre aqueles que defendiam sua abertura a todos versus aqueles que queriam mantê-la como privilégio de elite. Também ressalta que a expansão do acesso à educação não significou necessariamente melhora na qualidade do ensino oferecido.
O documento discute a educação de jovens e adultos no Brasil, com foco na alfabetização e capacitação ao longo da vida para o desenvolvimento individual, profissional e social. Apresenta os principais programas de educação de jovens e adultos ao longo da história e conclui que a alfabetização atual visa a formação cidadã.
Este documento descreve o Plano de Intervenção Cidadãos Competentes em Leitura e Escrita (PICCLE), que visa melhorar as competências de leitura e escrita dos alunos do 3o ciclo do ensino básico e do ensino secundário através de uma plataforma online. O PICCLE procura abordar problemas como altas taxas de retenção, desistência escolar e baixos níveis de literacia. A plataforma irá fornecer recursos e estratégias para professores, mediadores e fam
A ÁFRICA AUSENTE, MAIS UMA VEZ: POR UMA REVOLUÇÃO NO CAMPO DA FORMAÇÃO DE PRO...André Santos Luigi
1) O documento discute a importância de se ensinar a História da África na formação de professores para combater o racismo.
2) A lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino de História Afro-brasileira e da África, mas esses temas ainda são pouco abordados nos currículos e formação de professores.
3) É necessária uma revolução na formação de professores para que sejam capazes de ensinar a História da África de forma antirracista e que combata preconceitos.
O documento apresenta a história do Ensino Médio no Brasil desde o período imperial até os dias atuais, destacando os principais marcos e desafios. Resume os objetivos do Caderno I de contribuir para a reflexão sobre a realidade atual do Ensino Médio a partir de sua origem histórica e apresentar indicadores e desafios a serem enfrentados. As DCNEM sinalizam para um Ensino Médio focado na formação humana integral com base nos conhecimentos do trabalho, cultura, ciência e tecnologia.
Este documento é uma revista sobre Educação Infantil. A entrevista apresenta Jesús Palácios, professor da Universidade de Sevilha, que discute a história da Educação Infantil na Espanha. Há também reportagens sobre como ensinar crianças a gostar de ler e sobre sexualidade e sexismo na Educação Infantil.
Este documento discute a educação de jovens e adultos no Brasil ao longo das décadas. Apresenta os principais programas desenvolvidos pelo governo federal para alfabetização de adultos como o Mobral (1967-1985) e a Fundação Educar (1986-1990). Também destaca a importância da educação ao longo da vida para o desenvolvimento individual e profissionalização.
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...Alexandre António Timbane
O documento discute a presença da corrupção no sistema educativo angolano. Aponta que a corrupção reduz a qualidade do ensino e causa descrédito das escolas. Analisa os fatores que contribuem para a corrupção, como falta de investimento do governo em infraestrutura e formação de professores. Defende que o governo deve adotar políticas para melhorar o ensino e garantir o acesso gratuito e de qualidade à educação para todos.
O analfabetismo no brasil - Autor Tadeu KapronMaike Zaniolo
O documento discute a problemática do analfabetismo no Brasil, apontando que: (1) a taxa de analfabetismo entre jovens de 15 a 24 anos é de cerca de 2%, enquanto entre 10 e 14 anos é de 3%; (2) as causas incluem falta de escolas equipadas e localizadas para atender diferentes culturas; (3) o sistema educacional poderia estar em melhor situação se as escolas jesuítas tivessem sido expandidas no período colonial.
1) O documento discute os desafios pedagógicos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil e a diversidade de sujeitos que compõem a EJA.
2) A EJA deve reconhecer a diversidade de grupos, incluindo negros, indígenas, mulheres, trabalhadores e idosos.
3) É necessária uma política pública abrangente para a EJA que promova a igualdade e combata a desigualdade histórica nesses grupos.
O currículo escolar e o exercício docente peranteJaime Carmona
Este documento discute as implicações da multiculturalidade para o currículo escolar e a formação de professores em Portugal. A sociedade portuguesa tornou-se mais multicultural no final do século XX devido à imigração. Isso levantou questões sobre como o currículo e as práticas docentes lidam com a diversidade cultural dos alunos e promovem a igualdade de oportunidades. Estudos mostraram a necessidade de reformas curriculares e pedagógicas para incluir as experiências de vida de todos os grupos culturais.
O documento descreve as políticas de educação de jovens e adultos no Brasil. Ele apresenta os principais documentos legais e diretrizes que regem a educação de jovens e adultos, os desafios atuais, as metas propostas pelo Plano Nacional de Educação para 2011-2020 e as estratégias para implementar as políticas de educação de jovens e adultos nos próximos anos.
Este documento propõe diretrizes para qualificar o ensino básico público no Brasil através de (1) aprender com experiências que deram certo, (2) mudar a maneira de ensinar para focar no raciocínio analítico, e (3) organizar a diversidade para permitir evolução em vez de uniformidade. O objetivo é construir um ensino que desenvolva as capacidades dos estudantes.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infantilSimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e o papel das políticas públicas de educação infantil. Apresenta diferentes concepções de infância ao longo do tempo e como elas são desiguais entre crianças ricas e pobres. Também analisa como as políticas públicas podem consolidar a educação infantil para promover o desenvolvimento das crianças.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
Este artigo discute a situação atual da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, fazendo uma análise retrospectiva das políticas educacionais ao longo do século XX. A educação de adultos se tornou objeto de políticas educacionais nos anos 1940, com iniciativas como a Campanha Nacional de Educação de Adultos de 1947. Nos anos 1960, experiências como as de Paulo Freire introduziram um paradigma de educação popular e conscientizadora. Nos anos 1970, o programa Mobral promoveu a alfabetização em massa, porém de forma centralizada.
Este documento discute a literatura sobre violência, juventude e educação, enfatizando a importância da ética e educação de valores para políticas públicas. Também aborda o debate sobre o simbólico e o trabalho de Hannah Arendt sobre o relacionamento entre poder, violência e educação. Finalmente, defende a necessidade de estudos comparativos e análises conjuntas sobre esses temas.
O documento discute as características e desafios dos jovens da atualidade, incluindo seu uso frequente de mídias sociais, múltiplas tarefas ao mesmo tempo, e tendência de realizar atividades como relacionamentos, gravidez e uso de drogas mais cedo. Também aborda como a televisão pode influenciá-los a sempre quererem itens novos e de moda.
O documento discute as características e o papel da Geração Y na sociedade e no mercado de trabalho. A geração Y cresceu em um mundo globalizado e tecnológico, buscando harmonia entre vida pessoal e profissional. Eles usam mídias digitais para se comunicar e estão conquistando posições de liderança, mas podem ter conflitos com gerações mais velhas.
O documento discute o perfil dos jovens de hoje no Brasil, incluindo estatísticas demográficas, desafios como violência e preconceito, e opiniões de jovens sobre participação política, perspectivas profissionais, meio ambiente e outros tópicos.
O documento discute os desafios enfrentados por adolescentes modernos, incluindo a falta de limites em casa e na escola que pode levar à violência, a iniciação sexual precoce devido à falta de informação, e o fácil acesso a drogas na escola. Também aborda a forte influência da mídia e o excesso de informações que podem levar ao niilismo. Conclui que escola e família precisam trabalhar juntas para lidar com esses problemas.
O documento discute a adolescência como um período de despertar psíquico do Espírito influenciado pelo desenvolvimento biológico. Também aborda as características comuns da juventude como desejo de liberdade, descoberta da sexualidade e carência afetiva. Finalmente, enfatiza a importância de respeitar os jovens e proporcionar um ambiente acolhedor para seu amadurecimento.
Centralização e descentralização no sistema educativoPedro Barreiros
1. A centralização e descentralização não são virtudes ou defeitos em si mesmas, mas devem ser compreendidas no seu contexto histórico e social. Ambas podem contribuir para a democracia ou oligarquia.
2. No século XVIII surgiu a ideia de que o Estado deveria zelar pela instrução pública. Isto levou a uma tendência para a criação de sistemas educativos integrados, nacionais, homogéneos e controlados centralmente nos séculos XIX e XX.
3. Esta tendência não foi resultado
Educação na primeira república portuguesaInês Simão
O documento discute a importância dada à educação pelos republicanos portugueses da Primeira República. Eles viam a educação como essencial para promover o desenvolvimento individual e do país, combatendo o alto nível de analfabetismo. A escola passou a ser vista como local privilegiado para formar cidadãos e disseminar valores republicanos, como o laicismo. Foram criadas mais escolas e expandiu-se o ensino primário, secundário e superior.
1) O documento descreve a história da educação de adultos no Brasil desde o período colonial até a década de 1960.
2) Nos anos 1950 e 1960, houve um período de renovação com diversos programas e movimentos de educação de adultos.
3) A partir de 1964, com o golpe militar, muitos desses programas foram reprimidos, embora algumas práticas tenham continuado de forma dispersa.
Eliseu Padilha, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, defendeu em discurso que a educação deve ser a maior prioridade do país. Ele afirmou que o Brasil tem tido posições ruins nos rankings educacionais e que é necessária uma revolução no sistema de educação brasileiro para melhorar a competitividade da nação.
O documento discute as raízes ideológicas do pensamento educacional brasileiro e como a escola pública tem sido usada para manter a ordem social. A educação é vista como forma de disciplinar os pobres e negros, prevenir a criminalidade e promover os interesses econômicos do país. O texto analisa as ideias de Rui Barbosa, que defendia que a educação deveria incutir valores como obediência e amor ao trabalho.
1) O documento discute as demandas da educação no século 21 e como a educação pode responder a essas demandas.
2) Foi formada uma comissão pela UNESCO em 1993 para refletir sobre como a educação poderia responder às exigências do século 21.
3) A educação é vista como crucial para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade para enfrentar os desafios do futuro.
“A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização”....TatianeSaitu
1. O documento discute a importância da educação de jovens e adultos analfabetos ou com baixa escolarização no Brasil.
2. A educação de jovens e adultos tem enfrentado muitos desafios ao longo da história, como acesso limitado e sentimentos de desconforto em voltar à escola na idade adulta.
3. É necessário que a educação de jovens e adultos ocorra de forma flexível e inclusiva para atender às necessidades desta população.
O documento discute a importância da educação pública e gratuita para todos no Brasil. Defende que a escola primária deve formar hábitos de trabalho, sociabilidade, pensamento crítico e consciência, e por isso deve ser de tempo integral. Também sugere a municipalização do ensino primário para melhor adaptação às realidades locais.
O documento discute a importância da educação pública e gratuita para todos no Brasil. Defende que a escola primária deve ser municipalizada e de tempo integral para melhor formar hábitos nos estudantes. Também argumenta que o conceito de educação deve ser reestabelecido para além de apenas alfabetização, visando também a formação do caráter.
A construção historico social da infancia e as politicas públicas da ed infan...SimoneHelenDrumond
O documento discute a construção histórica da infância e as políticas públicas de educação infantil no Brasil. Apresenta como a modernidade contribuiu para a concepção da criança como ser distinto e importante, embora experiências de infância variem entre classes sociais. Também analisa como as políticas públicas podem promover o desenvolvimento das crianças de forma igualitária.
Convite 13° semana nacional em defesa e promoção da educação públicactpocoes
O documento descreve a 13a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que ocorrerá de 21 a 27 de abril de 2012. Durante a semana, serão discutidos temas como o piso salarial nacional do magistério, a carreira profissional dos professores e a destinação de 10% do PIB para educação, conforme proposto no Plano Nacional de Educação. A programação inclui atividades nas escolas e audiências públicas sobre esses assuntos.
Convite 13° semana nacional em defesa e promoção da educação públicaACTEBA
O documento descreve a 13a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que ocorrerá de 21 a 27 de abril de 2012. Durante a semana, serão discutidos temas como o piso salarial nacional do magistério, a carreira profissional dos professores e a destinação de 10% do PIB para educação, conforme proposto no Plano Nacional de Educação. A programação inclui atividades nas escolas e audiências públicas sobre esses assuntos.
Apostila 02 politicas publicas e adminsitração pública participativa diagrama...Janice Ribeiro de Souza
Refletir sobre as especificidades e desafios da política e
da gestão pública para a cultura implica em compreender os
conceitos que lhe servem de base, isto é, compreender o que
é cultura — ou serão culturas? —, o que é política, a quem
ela serve e que matizes há no modo de gestão. Este texto
apresenta alguns dos debates possíveis a respeito destas
questões, assumindo, no entanto, que não os únicos possíveis.
Por se tratarem de assuntos carregados de práticas políticas
cujos contornos estão inseridos nas visões de mundo que lhe
dão sentido, têm inevitavelmente um viés ideológico, como
qualquer outra possibilidade de debate teria.
Reconhecer estes vieses não fragiliza a discussão, nem
abdica do desafio de enfrentar as questões importantes
da gestão pública do nosso tempo, mas identifica de onde
parte o discurso e o propósito do debate, neste caso para o
fortalecimento e radicalização da democracia.
O documento discute os desafios da educação de jovens e adultos no Brasil, enfatizando a diversidade de sujeitos que compõem a EJA. Apresenta os diferentes grupos populacionais que devem ser considerados, incluindo jovens, adultos, idosos, indígenas, negros, mulheres e moradores de áreas rurais e urbanas. Também discute a importância de reconhecer a EJA como um direito universal e de superar desigualdades socioeducacionais.
Este artigo discute como a juventude mudou ao longo do tempo, de ser definida pelos mais velhos para ganhar autonomia e protagonizar mudanças sociais. Analisa como as gerações mais novas dos anos 1960 e 1970 inspiraram estudos sobre a sociedade contemporânea através de sua rebeldia. Também explora como a juventude atual lida com a precariedade laboral em contraste com sua capacidade de adaptação.
Ao longo das décadas, a visão sobre os alunos jovens e adultos foi evoluindo no Brasil. Inicialmente vistos como incapazes, passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direitos e aprendizagem, embora ainda seja necessário especificar os diversos grupos atendidos, como trabalhadores rurais e desempregados. Quanto à concepção de ensino, houve avanços como o reconhecimento da aprendizagem como diálogo, porém ainda há desafios como assegurar o direito de aprender ao long
Este documento é a Declaração de Hamburgo sobre Educação de Adultos, resultante da V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos. Ele reconhece a educação de adultos como um direito humano fundamental e chave para o século XXI, e define objetivos como alfabetização de adultos, educação continuada ao longo da vida, sustentabilidade ambiental e igualdade de gênero.
A Educação no Brasil no Período da Segunda RepúblicaDonizete Soares
Este documento descreve a educação no Brasil entre 1930-1945, um período de grandes transformações políticas e sociais. O texto destaca a centralização da política educacional sob o ministro Gustavo Capanema no Estado Novo, com a reforma do ensino secundário e técnico-industrial visando formar as elites e a classe trabalhadora. Também ressalta as desigualdades educacionais geradas no período colonial que perduraram nesse período.
A CONTRIBUIÇÃO EDUCACIONAL DO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE- MEBSilvani Silva
O documento discute as contribuições educacionais do Movimento de Educação de Base (MEB) no processo de formação de jovens e adultos no município de Tianguá-CE. O MEB surgiu na década de 1960 com o objetivo de oferecer educação popular e alfabetização para adultos por meio de métodos participativos e voltados para a realidade local. O estudo analisa como o MEB atuou em Tianguá, despertando a consciência política dos cidadãos e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
O documento discute a educação de adultos em Portugal. O entrevistado argumenta que (1) a educação de adultos não pode ser deixada ao mercado, (2) é necessário investimento no estado na educação popular, alfabetização e educação de adultos, e (3) há uma despolitização da educação que precisa ser enfrentada.
Semelhante a A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga (20)
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
O documento discute a oposição nacionalista ao rei D. Pedro IV no início do liberalismo português. Detalha como o país se dividiu entre partidários de D. Pedro e D. Miguel durante esta época turbulenta. Também descreve um dos maiores inimigos de D. Pedro, Joaquim António da Silva, conhecido como "Silva das Barbas", que distribuía panfletos difamatórios contra o rei.
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
O documento descreve as principais instituições reguladoras da fazenda pública no Algarve no início do período liberal em Portugal. Estas incluíam a Provedoria da Fazenda Pública, a Superintendência Geral dos Tabacos, o Corregedor e os Juízes de Fora, que supervisionavam a cobrança de impostos e a gestão financeira dos municípios. O documento também discute outros tributos como a sisa.
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
O Algarve, pelo evoluir dos acontecimentos políticos, que marcaram a primeira metade do séc. XIX, constituiu-se numa espécie de enclave revolucionário, liberal-constitucionalista, de
apoio e em consonância com a Junta Governativa do Porto. Se tivesse havido melhor coordenação de meios, e sobretudo mais apoio no efectivo castrense, a revolta cartista do eixo Porto-Algarve não teria desembocado no triste episódio da “belfastada”. O fracasso da “Revolta de Maio”, em 1828 no Algarve, contribuiu decisivamente para a usurpação miguelista e para a restauração do absolutismo, cujo clima persecutório acabaria por desencadear a guerra civil.
Na verdade, a prepotência miguelista deixou-se resvalar para os limites da insanidade política, num quotidiano excessivamente repressivo, vedando à nação os seus mais elementares direitos de cidadania. O autismo político do regime absolutista dividiu o país em dois projectos distintos – o do passado tradicionalista,
apostólico e legitimista; e o do futuro, liberal, constitucional e parlamentar. A grande diferença entre os dois projectos políticos incidia na concepção e cedência da liberdade, para transformar os vassalos em cidadãos.
O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828José Mesquita
Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
Depoimento memorialista sobre o convívio, a amizade e a vida académica desenvolvida ao longo de anos com o Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, eminente historiador, docente da universidade de Coimbra, deputado da 1ª Assembleia Constituinte após o 25 de Abril, e figura de relevo na sociedade portuguesa, no último quartel do século XX.
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
Durante as lutas liberais no século XIX, Loulé e o Algarve apoiaram amplamente as forças liberais devido à sua mentalidade cosmopolita moldada pelo comércio e à sua proximidade com o Porto, centro do movimento liberal. Embora não tenha participado ativamente nas revoluções iniciais, o Algarve expressou apoio à Constituição de 1826. Nas disputas entre absolutistas e liberais, os algarvios ficaram do lado dos liberais e de Pedro IV, apesar das questões de legitimidade de ambos os l
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O documento descreve o caso de Felipa de Sousa, uma mulher de Tavira, Portugal condenada pela Inquisição no Brasil colonial no século XVI pelo "pecado nefando da sodomia". Ela foi acusada junto com outra mulher após interrogatório forçado. Este foi o primeiro caso registrado de condenação por lesbianismo pela Inquisição nas Américas. O documento também fornece contexto histórico sobre a Inquisição e a sociedade colonial brasileira na época.
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
Entende-se por “Banha da Cobra” tudo aquilo que sendo um simples placebo, isto é, inócuo e inútil, se difunde e propaga publicamente como algo comprovadamente eficaz, seguro, poderoso e miraculosamente infalível. Para os lexicólogos significa algo que se publicita ou anuncia para endrominar incautos; um palavreado com o velado propósito de enganar os outros; uma proposta ou promessa de que não existe intenção de cumprir. Em suma, uma mentira, uma trapaça, um ludíbrio, uma vigarice. Hoje a expressão “banha da cobra” é usualmente empregue de modo pejorativo. E o "vendedor de banha da cobra" identifica alguém que é mentiroso, charlatão e de falsa índole. A banha da cobra é sempre a mesma, porque o prazer psicótico da fraude não se refreia perante a ganância de lucros tão arrebatadores. O que muda é a embalagem, isto é, o design e o marketing, porque a finalidade é sempre a mesma, sendo inclusivamente comum à mensagem hipocrática: submeter a dor e o sofrimento, vencer a doença. A diferença é que os charlatães visam apenas o lucro pelo embuste, enquanto os médicos e a medicina validam a ciência no confronto com a doença e o padecimento, na quimérica ilusão de triunfarem sobre a morte.
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
1. O documento discute as epidemias ao longo da história, incluindo a Peste Negra que matou metade da população européia no século XIV.
2. Ele define os termos infecção, epidemia e peste, explicando como as doenças se espalham.
3. O foco é nas epidemias de cólera no século XIX no Algarve, Portugal.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
Desenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
Artigo científico sobre a acção político-militar de José Joaquim de Sousa Reis, depois transformado no herói popular que o vulgo designava por Remexido, famoso guerrilheiro que sustentou a causa miguelista até ao fim do período histórico conhecido por Setembrimo. Foi, e ainda é, uma das mais carismáticas figuras da história regional algarvia, retratado em diversas obras da literatura portuguesa, desde o séc. XIX até à actualidade.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Este documento descreve as tradições de Natal portuguesas. Apresenta as principais tradições como a queima do madeiro, a consoada, a missa do galo, o presépio, as janeiras e reis, e os cortejos dos reis magos. Explora as variações regionais destas tradições, especialmente no que diz respeito à gastronomia de Natal, e discute a origem e significado destas celebrações.
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O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
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A JUVENTUDE e a EDUCAÇÃO
– da política da cigarra ao sacrifício da formiga
José Carlos Vilhena Mesquita
O conceito de Juventude, pela sua complexidade psico-fisiológica, é muito vasto e de difíceis contornos. Porém, é hoje consensual que o seu escalão etário oscila entre os 15 e os 25 anos, qualquer que seja o estatuto social, religioso e cultural em que se insere. Num cômputo universal o espectro etário da juventude está avaliado em 1092 milhões de pessoas, metade das quais já constituíram família ou estarão prestes a mudar de estatuto social. A maioria desses jovens vive em países subdesenvolvidos, inseridos na esfera de influência económica do chamado terceiro-mundo. Vivem em zonas rurais, com particular incidência na África, a sul do Saara, no sudoeste asiático e na Oceânia. Neste espectro humano cerca de 65 milhões do sexo masculino e 106 do feminino não sabem ler nem escrever, e pertencem a países pobres. Acresce a esta estimativa cerca de 95 milhões de jovens desempregados, sendo certo que em todo o mundo as taxas de desemprego entre os jovens é duas vezes superior à dos adultos.
Em Portugal cerca de 80% da população possui a educação básica e só a restante ascende aos níveis superiores de instrução especializada. A percentagem respeitante ao sector da juventude ronda os 30% da população residente, a maioria dos quais ocupados nos diversos sectores produtivos. Uma minoria dessa percentagem termina a sua fase de juventude nos bancos das universidades. Com efeito,
Juventude é um conceito universal e multicultural
2. A Juventude e a Educação – da política da cigarra e da formiga
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70% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos possui a instrução básica. Note-se que a escolaridade obrigatória estabelece-se desde o ensino primário até ao 9.º ano, passando a prescindir dessa obrigatoriedade a partir dos 15 anos, traduzindo-se a experiência dos últimos anos numa escala sempre crescente de incomplementaridade das expectativas nacionais de formação mínima educativa.
A política educativa, uma paixão socialista
Nestes últimos anos, os governos elegeram a educação como prioridade máxima nacional, propagandeando mesmo uma espécie de “paixão política” que marcaria o sentido nacional e os Orçamentos Gerais do Estado. Se efectivamente consistiu num investimento ou num simples processo de aplicação financeira, acumulador do índice da despesa nacional, é o que veremos na próxima década, sendo minha convicção que a verdade deverá encontrar- se a meio caminho das expectativas criadas pela máquina da propaganda nacional. Contudo, muito se irá alterar com a suposta panaceia de Bolonha, que, não melhorando o ensino nem desenvolvendo a ciência, terá certamente o positivo desfecho de poupar ao Estado muitos dos milhões de euros que até agora investia na Educação. Esperemos que as propinas baixem 25% do seu valor actual, porque é nessa percentagem que vai diminuir o tempo de frequência nas licenciaturas.
O grande defeito do actual processo de educação nacional está na estratégia de avaliação das expectativas gerais, que infelizmente se nivela pelos mais baixos índices, o que forçosamente cavará um fosso cada vez
A Teoria Evolutiva do Homem, vista pelo prisma da Educação
3. A Juventude e a Educação – da política da cigarra e da formiga
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maior entre as camadas instruídas e a mediocridade, à qual sobeja mesmo a mais elementar consciência cívica. O problema agudizou-se quando a mediocridade impante se aventurou à conquista dos partidos políticos, infiltrando-se nas chefias para sub-repticiamente empalmar o poder. Aquilo a que chamo a mediocridade aventureira expulsou da senda política e das esferas do poder os homens de bem, os mais instruídos e melhor intencionados, os mais honrados, impolutos e desinteressados das sinecuras da governança.
O exemplo do Ministério da Educação é paradigmático. Instalaram-se nos diversos gabinetes daquele Ministério uma clique de funcionários, especializados em Ciências da Educação e “coisas” afins, de que foi particular exemplo o Prof. Marçal Grilo, que foi quem no último quarto de século timonou a nau educativa da nação portuguesa. Os resultados estão à vista, mas parece que não têm sido os mais animadores. É o que acontece quando se misturam os interesses partidários com os interesses da Nação, e os rasteiros valores da política com a suprema grandeza da Ciência.
A educação auto-sustentada e a instrução popular
Pela experiência acumulada, nos mais de vinte anos que dedico à docência universitária, constato que raros são os alunos que leram integralmente uma obra de Camilo Castelo Branco, de Eça de Queirós, de Vitorino Nemésio ou de Jorge de Sena. Quando muito ouviram falar desses autores ou leram deles alguns textos, breves e parcelares, ficando na total ignorância em relação às suas obras.
Urge pois proceder à alfabetização cultural da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa
A educação é uma arma perigosa nas mãos da juventude
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nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres nas designadas Universidades da Terceira Idade.
É fácil incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
Em paralelo impõe-se uma política de familiarização dos estudantes e da classe média com a música, com a herança etnográfica do nosso património etnomusical, das danças e cantares, dos instrumentos e dos sons. Por outro lado, parece-me implícita a educação da preservação dos valores identificativos, como é o caso do património histórico, arquitectónico, artístico e cultural. A preservação e fruição dessa riqueza nacional não devem ser pertença exclusiva dos mais instruídos, mas antes da população em geral, através de uma política de divulgação e, vamos lá, do incentivo ao orgulho de ser português, na justa proporção do nosso contributo universal e da nossa rudimentar inserção europeia.
O autodidactismo deve ser fomentado desde tenra idade
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A gestão das prioridades
A viabilização deste programa de articulação da Cultura com a Educação deverá ser um dos prioritários objectivos do Estado. A “gestão das prioridades” em que se deve articular essa relação Cultura/Educação é que se tornará no principal papel do Estado, em sintonia com os poderes locais e com as Organizações Não Governamentais. Há, talvez, que voltar a recuperar o que é genuíno – não o que é fundamental – o que é caracteristicamente lusíada e tudo aquilo que constituem valores clássicos do humanismo ocidental, sem contudo marginalizar as vanguardas experimentais que optam por outras vias de criação, não divergente nem contrárias aos interesses gerais. Errado seria ver no vanguardismo a prioridade nacional em nome da livre criação artística e do subsídio-dependentismo, o qual forçosamente resultará em detrimento dos objectivos globais da educação, os quais julgamos que devem embasar numa solidez intelectual construída a partir da leitura dos autores e das obras em que se consubstanciou, ao longo dos séculos, a cultura portuguesa.
É preferível nas idades de formação intelectual ler Bernardim Ribeiro, Camões ou Cesário Verde, do que os poetas e escritores simbolistas, modernistas, surrealistas ou existencialistas, cujo discernimento socio-filosófico só se poderá aquilatar depois de adquirida uma sólida cultura geral. Nessa altura a descoberta dos movimentos vanguardistas tornar-se-à mais positiva e mais inteligível para o leitor, pois que está mais receptivo à aquisição da diferença e da mudança.
Nas escolas é preciso induzir os jovens à leitura sem que isso constitua necessariamente uma obrigação ou um parâmetro de avaliação exclusiva, o qual se deverá basear na liberdade de opção e de auto-análise. O aluno conforme a sua classe etária deverá ler quatro a cinco obras, de prosa ou de poesia por
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ano, para ir consolidando a sua instrução auto-sustentada. O recurso à memorização dos factos históricos, das regras gramaticais, dos basilares teoremas matemáticos e de certas fórmulas químicas, tem de ser exigido através duma maior responsabilização do aluno. As exigências de trabalho, de sacrifício e de competência, assim como as penalizações e reprovações terão de ser restabelecidas sem receio de atingirem índices elevados, de forma a criarmos novas gerações de excelência e de inquestionável responsabilidade cívica.
A defesa da língua e o combate à iliteracia
A forma pouco polida, descuidada, agressiva e despudorada como se tem usado a língua portuguesa, nomeadamente nos meios de comunicação social, quer por parte dos jornalistas, quer por parte dos artistas, escritores e políticos, é sintoma da nossa crescente iliteracia e da nossa progressiva insuficiência intelectual. Essa imagem de incompetência no elementar uso da linguagem tem contribuído em larga escala para o rebaixamento dos níveis de qualidade e de erudita aplicação da comunicação integrada. Cada vez mais se desvaloriza e se corrompe a língua portuguesa, através da introdução de estrangeirismos e de descabidos neologismos.
O regular ordenamento da expressão oral e, sobretudo, a exigente composição da escrita, contribuirá para o aperfeiçoamento do diálogo, da erudição e da respeitabilidade social. Só através do correcto uso da capacidade de expressão é que se poderá explanar a superioridade do pensamento. Pensa melhor quem traduz melhor, ou seja, as ideias poderão ser
A iliteracia confunde-se com analfabetismo potencial
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tanto ou melhor adquiridas quanto mais esclarecida e cristalina se tornar a comunicação. Para isso urge aperfeiçoar as capacidades de escrita nas classes estudantis. Isso adquire-se e entranha-se através da leitura que melhor se adapta ao seu nível etário e intelectual.
Lembro-me que no passado houve tentativas de popularização da cultura e da instrução através da edição de livros a baixo preço, com um discurso acessível, sintetizado e explícito. Foram disso exemplo a «Colecção Cosmos» e os «Cadernos da Seara Nova». Através deles aprenderam gerações de portugueses sem recursos financeiros para ocuparem os bancos universitários. O esforço de Bento de Jesus Caraça é paradigma desse programa de autodidactismo das classes trabalhadoras. Também por esse caminho fizeram ligeiras incursões alguns espíritos superiores como António Sérgio, Jaime Cortesão, Raul Proença e outros “searistas” ou “presencistas”.
O que acontece actualmente é que os alunos quando chegam às Universidades têem uma propensão natural para o generalismo, pois que assim foram treinados nos anos anteriores, com recurso ao ensino das línguas, da Filosofia, das Humanidades e das Ciências Exactas. O seu intelecto mostra- se disposto a derramar a atenção por várias matérias. Porém, na Universidade é logo conduzido para a focalização científica, para a especialização e para o particularismo. Desse modo contrai-se a sua avidez de aprendizagem, secciona-se e fulcraliza-se a sua formação científica em aspectos exclusivamente relacionados com a sua área de formação. Daí que
O livro é como o leite matinal que alimenta a nossa juventude
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os cursos das chamadas Ciências Exactas ou das Ciências Experimentais não optem por uma formação mais abrangente, no sentido de acompanharem a acumulação de conhecimentos com a sua integração e explicação no tempo social, no tempo político e no tempo cultural.
O desfasamento entre o ensino secundário e universitário é abissal. Contudo, nota-se hoje uma crescente aproximação do topo para a base. Parece-me que deveria ser ao contrário. Mais grave ainda é o nível cultural das licenciaturas antigas para as novas licenciaturas, que sendo cada vez maior só tem conduzido ao abaixamento da qualidade científica e das exigências de competência profissional. Com a reforma de Bolonha tudo se resumirá à queda da fasquia da qualidade, da exigência e da competência, numa rasoira da sumidade e numa entronização da mediocridade intra- europeia. Quem se vai aproveitar disso é o Reino Unido e os Estados Unidos da América, que assim irão superiorizar-se ao nosso baixo nível científico e à nossa inferior qualidade académica. Dantes era-mos pobres mas cultos, agora vamos continuar a ser pobres, mas cada vez mais ignorantes.
(Texto da conferência proferida em 19 de Março de 2002, no Hotel Mónaco, por convite do Rotary Clube de Faro)
A contestação estudantil ao Processo de Bolonha é transversal a toda a Europa.