Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
A pesca e os seus avultados rendimentos marcaram decisivamente toda a História do Algarve, desde os tempos mais remotos até ao presente, com particular acento no início da política pombalina, que fez do sotavento e da foz do Guadiana o seu principal centro de polarização económica. A concentração demográfica na faixa litoral explica-se, quase exclusivamente pela riqueza e afabilidade destas águas, em cujos portos fundeavam embarcações oriundas dos mais variados quadrantes do globo.
Vila Real de Santo António no I Centenário do seu FundadorJosé Mesquita
1) O documento descreve as comemorações do centenário da morte do Marquês de Pombal em Vila Real de Santo António em 1882.
2) Uma comissão foi formada para organizar os eventos, incluindo um sarau literário-musical para inaugurar as comemorações.
3) O sarau contou com discursos sobre a vida e obra do Marquês de Pombal, bem como performances musicais.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
A pesca e os seus avultados rendimentos marcaram decisivamente toda a História do Algarve, desde os tempos mais remotos até ao presente, com particular acento no início da política pombalina, que fez do sotavento e da foz do Guadiana o seu principal centro de polarização económica. A concentração demográfica na faixa litoral explica-se, quase exclusivamente pela riqueza e afabilidade destas águas, em cujos portos fundeavam embarcações oriundas dos mais variados quadrantes do globo.
Vila Real de Santo António no I Centenário do seu FundadorJosé Mesquita
1) O documento descreve as comemorações do centenário da morte do Marquês de Pombal em Vila Real de Santo António em 1882.
2) Uma comissão foi formada para organizar os eventos, incluindo um sarau literário-musical para inaugurar as comemorações.
3) O sarau contou com discursos sobre a vida e obra do Marquês de Pombal, bem como performances musicais.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Novos documentos para a história do caminho realPedro Penteado
No século XVIII, o caminho entre Pederneira e São Martinho do Porto era essencial para o transporte de madeira, mas encontrava-se danificado. Em 1765, a Câmara de Pederneira solicitou ao rei D. José I que reparasse a calçada na ladeira da Barquinha para facilitar o transporte. O pedido foi confirmado por testemunhas locais e autorizado pelo monarca.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...José Mesquita
Este documento discute a economia agrária da região de Algarve em Portugal durante a transição do Antigo Regime para o Liberalismo entre 1790-1836. Analisa como a agricultura de Algarve dependia de fatores naturais e socioeconômicos e tinha duas orientações distintas entre a serra montanhosa e a planície costeira fértil. Explora como a agricultura de Algarve entrou em declínio no final do século XVIII e as potencialidades e desafios de desenvolvimento de uma economia agrária capitalista na região
Este documento descreve o porto de Sines em Portugal, fornecendo detalhes históricos, geográficos e hidrográficos. Sines era um importante porto no passado devido à sua localização costeira e condições naturais, mas atualmente tem limitações por causa de seu tamanho pequeno e exposição aos ventos do sul. Há planos para melhorar as instalações portuárias para aumentar seu uso.
1. O Porto de Leixões é um porto artificial construído no final do século XIX na foz do rio Leça, aproveitando três grupos de rochas (leixões).
2. Ao longo da história, a foz do Leça tem sido um importante ponto de comércio e interface portuário da região, desde a época romana.
3. No final do século XIX, com o aumento do tráfego naval, iniciou-se a construção do Porto de Leixões para servir como alternativa à Barra do Douro.
Charles ferguson ball a vida e os tempos do apóstolo pauloIbpaz Coxipo
1) O documento descreve a província da Cilícia e a cidade de Tarso, local de nascimento de Paulo. Tarso era um importante centro de comércio e cultura, com escolas renomadas que atraíam estudantes de todo o Império Romano.
2) Tarso possuía teatros, ginásios e infraestrutura portuária desenvolvida. Era um importante ponto de passagem entre a Ásia e a Europa.
3) Apesar de sua fama, nenhum dos ilustres cidadãos de Tarso alcançou a
Este documento discute a romanização tardia e peculiar do Noroeste de Portugal entre os séculos I a.C. e V d.C. A romanização foi um processo lento devido ao caráter conservador da região. No século IV havia uma população dispersa de pequenos agricultores vivendo em todas as planícies e vales, em contraste com as grandes explorações agrícolas encontradas em outras regiões. Braga e Chaves eram as maiores cidades, mas ainda pequenas em comparação com alguns castros.
O documento descreve a história de Paraty desde a descoberta da região em 1502 pelos portugueses até o século XX. Detalha a colonização inicial, o estabelecimento da vila no século XVII e seu crescimento econômico ligado ao porto até o declínio no século XIX com a abertura de novas rotas de transporte.
1) O documento descreve a história do Concelho de Sintra durante os períodos renascentista e barroco, quando foi um local favorito da corte real portuguesa.
2) D. Manuel I realizou grandes obras no Paço Real de Sintra e estabeleceu a vila como um local de recreio da corte após receber notícias importantes dos Descobrimentos portugueses.
3) Posteriormente, reinados como os de D. João III e D. Sebastião continuaram a trazer a corte a Sintra, embora de
1) O Porto de Lisboa foi um importante centro comercial durante a era dos Descobrimentos portugueses, recebendo produtos de todo o mundo.
2) No século XVI, o rei D. Manuel I iniciou obras para melhorar o porto, incluindo a construção de cais e armazéns.
3) A Ribeira das Naus, estaleiro naval em Lisboa, foi ampliada e empregava centenas de carpinteiros e calafates na construção de navios.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Este documento fornece um resumo histórico da cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro e descreve as atividades oferecidas pelo Museu Imperial localizado na cidade, incluindo visitas guiadas, espetáculos de luz e som, e informações sobre ingressos.
Luís Vaz de Camões é considerado o maior nome da literatura portuguesa. Escreveu poesias líricas, uma épica e peças teatrais. Teve uma vida repleta de incertezas, serviu como militar em África e foi exilado por 17 anos. Após seu retorno, publicou sua obra prima Os Lusíadas, porém morreu na miséria.
A síntese apresenta:
1. O plano histórico e poético da obra;
2. A invocação às ninfas do Tejo e a dedicatória a D. Sebastião;
3. O episódio do Conselho dos Deuses que determina o destino dos portugueses.
Genealogia do Acaraú -parte 01 - Nicodemos Araújo-Fonte: Municipio de Acaraú-...Acaraú pra Recordar
1) O documento descreve as origens de várias famílias que constituíram a base genealógica do município de Acarau, muitas das quais vieram de Portugal, Espanha e Itália no século XVIII.
2) Detalha onde essas famílias se estabeleceram inicialmente ao longo do rio Acarau e os nomes de alguns de seus membros pioneiros.
3) Fornece informações adicionais sobre a história do povoamento da região e sobre alguns indivíduos notáveis dessas famílias
Este documento descreve a história da família nobre portuguesa dos Portocarreiros, originária da Honra e Couto de Portocarreiro no século XII. Detalha suas propriedades originais na região de Marco de Canaveses e seus membros proeminentes ao longo dos séculos, incluindo o arcebispo de Braga João Viegas de Portocarreiro no século XIII. Também menciona os ramos da família que se estabeleceram na Espanha e seus brasões hereditários.
No dia 09 de Outubro pelas 14:30 procedeu-se à comemoração do 1.º Aniversário do Clube Nacional de Maximafilia na Beja.
Saliente-se ainda que esta comemoração realizou-se também em Lisboa existindo assim dois carimbos comemorativos.
O documento descreve as ambições expansionistas da França na Guiné Portuguesa no século XIX através de exploradores, comerciantes e missionários. Apesar de não haver provas de conspiração, suas ações visam enfraquecer o domínio português na região, como o estabelecimento de feitorias perto de prezídios portugueses. Defende que só homens fortes podem proteger a colônia de tais ameaças.
O documento descreve a conquista de Ceuta por D. João I de Portugal em 1415, marcando o início das grandes explorações marítimas portuguesas. O infante D. Henrique, duque de Vizeu, foi um grande incentivador destas explorações, fundando a escola de Sagres e enviando expedições que descobriram grande parte da costa ocidental africana entre 1418-1460. Sua influência foi decisiva para que Portugal eventualmente chegasse à Índia por mar sob o comando de Vasco da Gama.
1) O documento discute a fundação da cidade do Rio de Janeiro e a expulsão dos franceses da baía da Guanabara no século XVI. 2) Questiona a versão de que Américo Vespúcio tenha descoberto a baía e dado o nome à cidade. 3) Apresenta dúvidas sobre as motivações e a filiação religiosa do líder francês Villegaignon e sua intenção de estabelecer uma colônia na região.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
1) A Biblioteca Municipal de Faro foi fundada em 1902 com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural, contando atualmente com cerca de 17.000 volumes.
2) A biblioteca possui algumas raridades como seis incunábulos do século XV e obras de autores como Aristóteles e Vieira, porém carece de recursos humanos e materiais para apoiar estudantes e pesquisadores.
3) Localiza-se atualmente no antigo Convento da Assunção, mas enfrenta problemas como a falta de um diretor com habilitações
Novos documentos para a história do caminho realPedro Penteado
No século XVIII, o caminho entre Pederneira e São Martinho do Porto era essencial para o transporte de madeira, mas encontrava-se danificado. Em 1765, a Câmara de Pederneira solicitou ao rei D. José I que reparasse a calçada na ladeira da Barquinha para facilitar o transporte. O pedido foi confirmado por testemunhas locais e autorizado pelo monarca.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...José Mesquita
Este documento discute a economia agrária da região de Algarve em Portugal durante a transição do Antigo Regime para o Liberalismo entre 1790-1836. Analisa como a agricultura de Algarve dependia de fatores naturais e socioeconômicos e tinha duas orientações distintas entre a serra montanhosa e a planície costeira fértil. Explora como a agricultura de Algarve entrou em declínio no final do século XVIII e as potencialidades e desafios de desenvolvimento de uma economia agrária capitalista na região
Este documento descreve o porto de Sines em Portugal, fornecendo detalhes históricos, geográficos e hidrográficos. Sines era um importante porto no passado devido à sua localização costeira e condições naturais, mas atualmente tem limitações por causa de seu tamanho pequeno e exposição aos ventos do sul. Há planos para melhorar as instalações portuárias para aumentar seu uso.
1. O Porto de Leixões é um porto artificial construído no final do século XIX na foz do rio Leça, aproveitando três grupos de rochas (leixões).
2. Ao longo da história, a foz do Leça tem sido um importante ponto de comércio e interface portuário da região, desde a época romana.
3. No final do século XIX, com o aumento do tráfego naval, iniciou-se a construção do Porto de Leixões para servir como alternativa à Barra do Douro.
Charles ferguson ball a vida e os tempos do apóstolo pauloIbpaz Coxipo
1) O documento descreve a província da Cilícia e a cidade de Tarso, local de nascimento de Paulo. Tarso era um importante centro de comércio e cultura, com escolas renomadas que atraíam estudantes de todo o Império Romano.
2) Tarso possuía teatros, ginásios e infraestrutura portuária desenvolvida. Era um importante ponto de passagem entre a Ásia e a Europa.
3) Apesar de sua fama, nenhum dos ilustres cidadãos de Tarso alcançou a
Este documento discute a romanização tardia e peculiar do Noroeste de Portugal entre os séculos I a.C. e V d.C. A romanização foi um processo lento devido ao caráter conservador da região. No século IV havia uma população dispersa de pequenos agricultores vivendo em todas as planícies e vales, em contraste com as grandes explorações agrícolas encontradas em outras regiões. Braga e Chaves eram as maiores cidades, mas ainda pequenas em comparação com alguns castros.
O documento descreve a história de Paraty desde a descoberta da região em 1502 pelos portugueses até o século XX. Detalha a colonização inicial, o estabelecimento da vila no século XVII e seu crescimento econômico ligado ao porto até o declínio no século XIX com a abertura de novas rotas de transporte.
1) O documento descreve a história do Concelho de Sintra durante os períodos renascentista e barroco, quando foi um local favorito da corte real portuguesa.
2) D. Manuel I realizou grandes obras no Paço Real de Sintra e estabeleceu a vila como um local de recreio da corte após receber notícias importantes dos Descobrimentos portugueses.
3) Posteriormente, reinados como os de D. João III e D. Sebastião continuaram a trazer a corte a Sintra, embora de
1) O Porto de Lisboa foi um importante centro comercial durante a era dos Descobrimentos portugueses, recebendo produtos de todo o mundo.
2) No século XVI, o rei D. Manuel I iniciou obras para melhorar o porto, incluindo a construção de cais e armazéns.
3) A Ribeira das Naus, estaleiro naval em Lisboa, foi ampliada e empregava centenas de carpinteiros e calafates na construção de navios.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Este documento fornece um resumo histórico da cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro e descreve as atividades oferecidas pelo Museu Imperial localizado na cidade, incluindo visitas guiadas, espetáculos de luz e som, e informações sobre ingressos.
Luís Vaz de Camões é considerado o maior nome da literatura portuguesa. Escreveu poesias líricas, uma épica e peças teatrais. Teve uma vida repleta de incertezas, serviu como militar em África e foi exilado por 17 anos. Após seu retorno, publicou sua obra prima Os Lusíadas, porém morreu na miséria.
A síntese apresenta:
1. O plano histórico e poético da obra;
2. A invocação às ninfas do Tejo e a dedicatória a D. Sebastião;
3. O episódio do Conselho dos Deuses que determina o destino dos portugueses.
Genealogia do Acaraú -parte 01 - Nicodemos Araújo-Fonte: Municipio de Acaraú-...Acaraú pra Recordar
1) O documento descreve as origens de várias famílias que constituíram a base genealógica do município de Acarau, muitas das quais vieram de Portugal, Espanha e Itália no século XVIII.
2) Detalha onde essas famílias se estabeleceram inicialmente ao longo do rio Acarau e os nomes de alguns de seus membros pioneiros.
3) Fornece informações adicionais sobre a história do povoamento da região e sobre alguns indivíduos notáveis dessas famílias
Este documento descreve a história da família nobre portuguesa dos Portocarreiros, originária da Honra e Couto de Portocarreiro no século XII. Detalha suas propriedades originais na região de Marco de Canaveses e seus membros proeminentes ao longo dos séculos, incluindo o arcebispo de Braga João Viegas de Portocarreiro no século XIII. Também menciona os ramos da família que se estabeleceram na Espanha e seus brasões hereditários.
No dia 09 de Outubro pelas 14:30 procedeu-se à comemoração do 1.º Aniversário do Clube Nacional de Maximafilia na Beja.
Saliente-se ainda que esta comemoração realizou-se também em Lisboa existindo assim dois carimbos comemorativos.
O documento descreve as ambições expansionistas da França na Guiné Portuguesa no século XIX através de exploradores, comerciantes e missionários. Apesar de não haver provas de conspiração, suas ações visam enfraquecer o domínio português na região, como o estabelecimento de feitorias perto de prezídios portugueses. Defende que só homens fortes podem proteger a colônia de tais ameaças.
O documento descreve a conquista de Ceuta por D. João I de Portugal em 1415, marcando o início das grandes explorações marítimas portuguesas. O infante D. Henrique, duque de Vizeu, foi um grande incentivador destas explorações, fundando a escola de Sagres e enviando expedições que descobriram grande parte da costa ocidental africana entre 1418-1460. Sua influência foi decisiva para que Portugal eventualmente chegasse à Índia por mar sob o comando de Vasco da Gama.
1) O documento discute a fundação da cidade do Rio de Janeiro e a expulsão dos franceses da baía da Guanabara no século XVI. 2) Questiona a versão de que Américo Vespúcio tenha descoberto a baía e dado o nome à cidade. 3) Apresenta dúvidas sobre as motivações e a filiação religiosa do líder francês Villegaignon e sua intenção de estabelecer uma colônia na região.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
1) A Biblioteca Municipal de Faro foi fundada em 1902 com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural, contando atualmente com cerca de 17.000 volumes.
2) A biblioteca possui algumas raridades como seis incunábulos do século XV e obras de autores como Aristóteles e Vieira, porém carece de recursos humanos e materiais para apoiar estudantes e pesquisadores.
3) Localiza-se atualmente no antigo Convento da Assunção, mas enfrenta problemas como a falta de um diretor com habilitações
Artigo biobibliográfico sobre a obra literária deste poeta algarvio, falecido em 1989, e infelizmente já praticamente esquecido pelos seus comprovincianos. Consegui recentemente que a Câmara Municipal de Faro lhe atribuísse a designação de uma rua.
Este pequeno artigo é uma espécie de última homenagem à sua memória.
No I centenário do poeta Emiliano da CostaJosé Mesquita
Este documento descreve a vida e obra do poeta português Emiliano da Costa no ano do seu primeiro centenário da morte. Resume sua biografia, carreira como médico e poeta, e analisa sua poesia focada na natureza e cultura algarvia. Também sugere converter sua casa em museu em homenagem e preservar seu legado cultural.
Aquilo que verdadeiramente distingue a Imprensa, como órgão de comunicação social, é a sua capacidade de interferência pública e de consciencialização das massas. Em certos momentos da História da Humanidade, essas capacidades transformaram-se em elementos catalizadores, isto é, em princípios revolucionários conducentes à irrupção de uma nova ordem social. A implantação da República em Portugal, o regime republicano e a democracia plena, muito devem à força e perseverança da imprensa, nomeadamente dos órgãos regionais que propagandearam os novos ideais. É desses jornais e dessa luta pela conquista da liberdade que vamos tratar neste artigo, aqui colocado ao dispôr do grande público.
Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Este livro gira em torno duma espécie de viagem cósmica impulsionada à velocidade da luz pela força da palavra. A ideia incomensurável do universo físico está patente neste livro através da persistente alusão aos seus elementos constituintes, com particular acinte na luz solar, fonte e gérmen de vida, nos astros que integram o nosso sistema astronómico (estrelas, cometas, planetas, quasares), assim como nas figuras que compõem o nosso universo mítico, como a fénix, a cobra alada, a pedra filosofal, os grifos das trevas e os cavaleiros do apocalipse, os mitos da Esfinge, de Andrómeda e de Prometeu, enfim toda uma panóplia de aparente fantasia científica, que aqui é tratada e transmitida de forma etérea na volatilidade do verso poético.
Um Presépio Napolitano do século XVIII no museu de MoncarapachoJosé Mesquita
1) O documento descreve um presépio napolitano do século XVIII localizado no Museu Paroquial de Moncarapacho. 2) Os presépios napolitanos eram obras de arte altamente detalhadas que representavam cenas da vida cotidiana de Nápoles. 3) O presépio foi adquirido e restaurado pelo Padre Isidoro Domingos da Silva para o museu da sua paróquia.
Calou-se para sempre a voz da eloquência algarvia, o verbo da mediação cívica e da desinteressada ação política, que tudo fez para engrandecer a sua pátria natal. Foi um cidadão exemplar, humilde e desprovido de vaidades, que soube granjear o respeito dos seus conterrâneos e admiração pelos seus colegas e alunos. Acima de tudo foi um homem íntegro, desprendido de interesses, com um forte caráter e de princípios éticos que serviram de exemplo a todos os que o conheceram ou com ele conviveram. Como humanista e homem de cultura, deixou uma vincada imagem de erudição, atestada na vasta obra legada em livro, mas também nas conferências que pronunciou e nos congressos e colóquios, nacionais e internacionais, em que participou. Deixou-nos na memória a recordação do académico competente e do historiador proficiente, do jurista impoluto e do editor mecenas. Mas também guardamos dele o acrisolado amor regionalista e a convicção algarviísta que a todos compete imitar
Fonseca domingos, erudito poeta do povoJosé Mesquita
1) O documento presta homenagem ao poeta José Maria Fonseca Domingos, descrevendo sua personalidade e obra literária.
2) Fonseca Domingos era um poeta autodidata, progressista e admirador de movimentos libertadores. Ele possuía uma memória prodigiosa e conhecia bem a literatura e cultura portuguesa e mundial.
3) O documento também descreve as tertúlias literárias nas quais Fonseca Domingos participava, onde discutia ideias e criticava o consumismo, apesar de ser um fumador inveter
1) A poesia é descrita como uma sementeira de ideias e emoções que alimentam sonhos de liberdade.
2) O autor critica a poesia moderna por falta de alegria, nobreza e coragem, tornando-se hermética e incompreensível.
3) A poesia de Quina Faleiro é descrita como plena de beleza espiritual e perfeita compleição lírica, transmitindo uma profunda infelicidade e solidão através de imagens poéticas.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
Este documento descreve a breve estadia da poetisa Florbela Espanca na vila de Olhão, Algarve, em 1918. Florbela foi para o Algarve para melhorar sua saúde fragilizada após sofrer um aborto. Ela se instalou na aldeia de Quelfes, onde morava a irmã de seu marido, para se recuperar em um ambiente tranquilo e salubre. Embora curta, essa experiência no Algarve foi importante para que Florbela se recuperasse física e emocionalmente do aborto sofrido.
As primicias jornalísticas de mestre Aquilino Ribeiro no AlgarveJosé Mesquita
Poucos saberão certamente que o escritor Aquilino Ribeiro fez as suas primícias de publicista emérito no Algarve, mais precisamente na vila de Olhão, tendo escolhido para palco da sua estreia jornalística o semanário «O Cruzeiro do Sul», fundado e dirigido por José Marques Corpas Centeno, dedicado secretário da edilidade local e notável publicista. Trata-se de um pormenor biográfico, frequentemente descurado, que à primeira vista poderá parecer irrelevante mas que, no fundo, assume particular interesse para o roteiro literário e estilístico do autor do Malhadinhas. Por outro lado, constitui um elemento de insofismável orgulho para a História da Imprensa Algarvia, que de forma alguma se poderá desdenhar, sob pena de incorrermos num verdadeiro atentado à memória daquele que muito justamente se considera como o maior romancista português do século XX.
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
Este Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo.
O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...J. C. Vilhena Mesquita
a situação económica da agricultura algarvia foi sempre deficitária, mercê
dos baixos índices de produtividade e de rendimento, suscitados pela desigual
distribuição social da propriedade, pelo baixo investimento financeiro e
pelo atraso científico-tecnológico, que – desde o período de reestruturação
político-económica levado a cabo nos finais do séc. XVIII pelo consulado
pombalino – dependia da reformulação de novas estratégias para a potencialização
dos recursos endógenos. Além disso, os factores naturais de dinamismo
energético, como a amenidade climática, os recursos hídricos e a fertilidade
dos solos, só foram aproveitados na vigência do Liberalismo, e com especial
acuidade no declinar de Oitocentos. Acrescente-se, por fim, que o sector
dependia de factores extrínsecos, como a estrutura social da terra, a educação
agrícola, o investimento integrado e as leis de mercado, entre outros elementos
de fomento ou de desagregação do sector. Por outro lado, vemos que essa
dualidade se distribuía numa geo-economia do espaço entre a beira-mar e as
terras altas da serra algarvia.
Projecto de Encanamento da Barra de Tavira no Reino do Algarve em 1825José Mesquita
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal que levasse as águas do Rio Séqua diretamente para a foz, a fim de contornar o assoreamento que impedia o acesso de embarcações ao porto de Tavira. O projeto propunha construir uma barragem e um canal escavado para criar uma nova barra artificial. Apesar de aparentemente viável, o projeto provavelmente teria custos muito altos para a época.
1) Alhos Vedros foi palco de decisões importantes para a conquista de Ceuta em 1415 e refúgio do rei D. João I durante uma pandemia;
2) O município de Alhos Vedros teve um papel relevante nos Descobrimentos portugueses, fornecendo recursos naturais e humanos essenciais;
3) Instalações como o Complexo Real de Vale de Zebro, que produzia biscoito, e os estaleiros navais na Azinheira Velha contribuíram para a expansão
1) Alhos Vedros foi palco de decisões importantes para a conquista de Ceuta em 1415 e refúgio do rei D. João I durante uma pandemia; 2) O município de Alhos Vedros existia antes do século XIV e fornecia recursos naturais e humanos importantes para os Descobrimentos portugueses; 3) Instalações como fornos, estaleiros navais e complexos cerâmicos em Alhos Vedros apoiaram logisticamente as viagens marítimas de exploração portuguesas.
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...Artur Filipe dos Santos
Dos Santos, Artur Filipe (2014). “Manual de Hlistoria de Porto”. Porto: Edições Universidade Sénior Contemporânea, ISBN: 978-989-99005-0-9
http://artursantos.no.sapo.pt/
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1) O documento discute a arquitetura neoclássica no Rio de Janeiro durante o reinado de D. João VI, quando a corte portuguesa se mudou para o Brasil em 1808.
2) A chegada da família real transformou o Rio de Janeiro na nova capital e trouxe um grande crescimento urbano e populacional, criando desafios para a infraestrutura da cidade.
3) O legado arquitetural de D. João VI inclui obras como o Paço Imperial e a introdução de estilos arquitetônic
Este documento descreve a história do desenvolvimento das estradas na Madeira desde o século XIX até à atualidade. Começa com estradas primitivas e perigosas e avança para a construção da primeira estrada monumental no século XIX. Nos últimos 50 anos, a Madeira testemunhou a construção de vias rápidas e expressas que revolucionaram a mobilidade e contribuíram para o crescimento do turismo em toda a ilha.
Este documento fornece um resumo da descrição da cidade de Lisboa no século XVI. Ele destaca sete grandes monumentos construídos pelos reis portugueses, incluindo o Mosteiro dos Jerónimos, o Hospital de Todos-os-Santos, o Paço dos Estaus, o Armazém Público, a Alfândega Nova, a Casa da Índia e o Arsenal de Guerra. O documento também descreve as fontes de água, praças, ruas comerciais e mercados que tornavam Lisboa uma cidade pró
Este documento descreve a evolução urbana da cidade do Rio de Janeiro desde sua fundação em 1565 até meados do século XX. Ele aborda a fundação da cidade, seu crescimento inicial no Morro do Castelo, sua expansão para as planícies ao longo dos séculos XVII-XIX e as grandes reformas urbanas do século XX, incluindo a destruição do Morro do Castelo.
O documento descreve (1) o povoado fenício de Tavira entre os séculos VIII-VI a.C., que serviu como centro religioso e portuário na rota entre o Atlântico e Gibraltar, (2) sua possível destruição no século VI a.C. e abandono até ao século XI d.C., (3) a herança fenícia que perdurou até à dominação romana.
O Elevador Lacerda liga a Cidade Baixa à Cidade Alta de Salvador e é um dos principais pontos turísticos da cidade. A Lagoa do Abaeté é um dos cartões-postais de Itapoã, resultando do represamento de antigos rios. O Dique do Tororó é o único manancial natural tombado de Salvador, com uma lagoa de 110 mil metros quadrados.
Este documento descreve uma proposta de desenho urbano para a frente ribeirinha de Belém em Portugal. O plano inclui a criação de dois grandes espaços públicos, um junto à marina e outro marcado por uma estação fluvial, ligados por instalações de clubes, restaurantes e espaços comerciais. O plano também pretende revitalizar espaços esquecidos como a Praça das Preces e um plano inclinado através de redimensionamento e novas atividades.
O Aqueduto das Águas Livres foi construído no século XVIII para fornecer água potável à cidade de Lisboa, captando água de 58 nascentes ao longo de um percurso de 47km. Sua obra mais emblemática é a arcaria de 35 arcos sobre o vale de Alcântara, incluindo o Arco Grande de 65m de altura. O aqueduto forneceu água a Lisboa até 1974 através de uma extensa rede de chafarizes.
Vila Nova de Gaia tem origens antigas, remontando aos povos celtas e romanos. A cidade desenvolveu-se ao longo do Rio Douro e tornou-se conhecida no século XVIII como o local de armazenamento dos vinhos do Porto. Hoje, Vila Nova de Gaia atrai visitantes às suas caves históricas e ao património cultural ligado à produção de vinho ao longo da orla ribeirinha.
1) O documento descreve a história da cidade do Porto desde os povoados castrejos da Idade do Bronze até ao século XII;
2) No século XII, o bispo D. Hugo concedeu um foral aos moradores da cidade, trazendo um impulso ao desenvolvimento do burgo;
3) Nessa época, o Porto era um burgo episcopal organizado em torno da Sé Catedral, com ruas adaptadas à topografia da colina.
O documento descreve o Aqueduto de Santa Clara em Vila do Conde, construído entre 1628 e 1714 para abastecer o Convento de Santa Clara. Com mais de 5 km de extensão e 999 arcos, transportava água da região de Terroso até ao convento, embora atualmente reste apenas ruínas. Também menciona a importância histórica da construção de aquedutos pelos Romanos e o projeto não concluído de D. Sebastião para trazer água a Lisboa.
Apontamento da autoria de Pedro Falcão, na sua obra "Cascais Menino" sobre o seu projecto de reabertura da Ribeira das Vinhas, em Cascais, e reformulação da estrutura urbanística da Vila de Cascais.... Desenho do Arquitecto Rui da Palma Carlos sobre a ideia de Pedro Falcão.
O DESENVOLVIMENTO PORTUÁRIO PORTUGUÊS: AS PRIMEIRAS JUNTAS AUTÓNOMAS E O Iº ...Cláudio Carneiro
1. O documento discute o desenvolvimento dos portos portugueses no início do século XX, quando as Juntas Autónomas dos Portos passaram de duas para catorze entre 1914 e 1926 e o primeiro Plano Portuário Nacional foi implementado em 1929.
2. Nos inícios do século XX, os portos eram vistos apenas como pontos de entrada e saída de mercadorias e pessoas, sem uma visão integrada do setor portuário. Após a Primeira Guerra Mundial, Portugal percebeu a necessidade de reformar a administração e infra
O documento descreve a presença romana na Península Ibérica, incluindo a resistência inicial dos povos locais como os lusitanos. Detalha como os romanos eventualmente dominaram a região após dois séculos de luta, trazendo sua cultura e infraestrutura como estradas, pontes e aquedutos, muitos dos quais ainda existem hoje.
Este documento compara as freguesias de Cacilhas e Alvalade em Lisboa, Portugal. Fornece dados estatísticos sobre cada uma, incluindo população, densidade e características históricas. Também descreve os principais locais e órgãos de governo de cada freguesia.
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
O documento discute a oposição nacionalista ao rei D. Pedro IV no início do liberalismo português. Detalha como o país se dividiu entre partidários de D. Pedro e D. Miguel durante esta época turbulenta. Também descreve um dos maiores inimigos de D. Pedro, Joaquim António da Silva, conhecido como "Silva das Barbas", que distribuía panfletos difamatórios contra o rei.
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
O documento descreve as principais instituições reguladoras da fazenda pública no Algarve no início do período liberal em Portugal. Estas incluíam a Provedoria da Fazenda Pública, a Superintendência Geral dos Tabacos, o Corregedor e os Juízes de Fora, que supervisionavam a cobrança de impostos e a gestão financeira dos municípios. O documento também discute outros tributos como a sisa.
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
O Algarve, pelo evoluir dos acontecimentos políticos, que marcaram a primeira metade do séc. XIX, constituiu-se numa espécie de enclave revolucionário, liberal-constitucionalista, de
apoio e em consonância com a Junta Governativa do Porto. Se tivesse havido melhor coordenação de meios, e sobretudo mais apoio no efectivo castrense, a revolta cartista do eixo Porto-Algarve não teria desembocado no triste episódio da “belfastada”. O fracasso da “Revolta de Maio”, em 1828 no Algarve, contribuiu decisivamente para a usurpação miguelista e para a restauração do absolutismo, cujo clima persecutório acabaria por desencadear a guerra civil.
Na verdade, a prepotência miguelista deixou-se resvalar para os limites da insanidade política, num quotidiano excessivamente repressivo, vedando à nação os seus mais elementares direitos de cidadania. O autismo político do regime absolutista dividiu o país em dois projectos distintos – o do passado tradicionalista,
apostólico e legitimista; e o do futuro, liberal, constitucional e parlamentar. A grande diferença entre os dois projectos políticos incidia na concepção e cedência da liberdade, para transformar os vassalos em cidadãos.
O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828José Mesquita
Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
Depoimento memorialista sobre o convívio, a amizade e a vida académica desenvolvida ao longo de anos com o Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, eminente historiador, docente da universidade de Coimbra, deputado da 1ª Assembleia Constituinte após o 25 de Abril, e figura de relevo na sociedade portuguesa, no último quartel do século XX.
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
Durante as lutas liberais no século XIX, Loulé e o Algarve apoiaram amplamente as forças liberais devido à sua mentalidade cosmopolita moldada pelo comércio e à sua proximidade com o Porto, centro do movimento liberal. Embora não tenha participado ativamente nas revoluções iniciais, o Algarve expressou apoio à Constituição de 1826. Nas disputas entre absolutistas e liberais, os algarvios ficaram do lado dos liberais e de Pedro IV, apesar das questões de legitimidade de ambos os l
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O documento descreve o caso de Felipa de Sousa, uma mulher de Tavira, Portugal condenada pela Inquisição no Brasil colonial no século XVI pelo "pecado nefando da sodomia". Ela foi acusada junto com outra mulher após interrogatório forçado. Este foi o primeiro caso registrado de condenação por lesbianismo pela Inquisição nas Américas. O documento também fornece contexto histórico sobre a Inquisição e a sociedade colonial brasileira na época.
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
Entende-se por “Banha da Cobra” tudo aquilo que sendo um simples placebo, isto é, inócuo e inútil, se difunde e propaga publicamente como algo comprovadamente eficaz, seguro, poderoso e miraculosamente infalível. Para os lexicólogos significa algo que se publicita ou anuncia para endrominar incautos; um palavreado com o velado propósito de enganar os outros; uma proposta ou promessa de que não existe intenção de cumprir. Em suma, uma mentira, uma trapaça, um ludíbrio, uma vigarice. Hoje a expressão “banha da cobra” é usualmente empregue de modo pejorativo. E o "vendedor de banha da cobra" identifica alguém que é mentiroso, charlatão e de falsa índole. A banha da cobra é sempre a mesma, porque o prazer psicótico da fraude não se refreia perante a ganância de lucros tão arrebatadores. O que muda é a embalagem, isto é, o design e o marketing, porque a finalidade é sempre a mesma, sendo inclusivamente comum à mensagem hipocrática: submeter a dor e o sofrimento, vencer a doença. A diferença é que os charlatães visam apenas o lucro pelo embuste, enquanto os médicos e a medicina validam a ciência no confronto com a doença e o padecimento, na quimérica ilusão de triunfarem sobre a morte.
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
1. O documento discute as epidemias ao longo da história, incluindo a Peste Negra que matou metade da população européia no século XIV.
2. Ele define os termos infecção, epidemia e peste, explicando como as doenças se espalham.
3. O foco é nas epidemias de cólera no século XIX no Algarve, Portugal.
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
Desenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
Artigo científico sobre a acção político-militar de José Joaquim de Sousa Reis, depois transformado no herói popular que o vulgo designava por Remexido, famoso guerrilheiro que sustentou a causa miguelista até ao fim do período histórico conhecido por Setembrimo. Foi, e ainda é, uma das mais carismáticas figuras da história regional algarvia, retratado em diversas obras da literatura portuguesa, desde o séc. XIX até à actualidade.
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
Este documento descreve as tradições de Natal portuguesas. Apresenta as principais tradições como a queima do madeiro, a consoada, a missa do galo, o presépio, as janeiras e reis, e os cortejos dos reis magos. Explora as variações regionais destas tradições, especialmente no que diz respeito à gastronomia de Natal, e discute a origem e significado destas celebrações.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
Na esperança de encontrarmos as genuínas manifestações culturais do Natal, fomos até à serra algarvia, cujos lugarejos percorremos ao sabor e à aventura de seculares caminhos. Conversámos com anciãos de provecta idade, em diferentes “montes” e em esconsos sítios, mas também falámos com pessoas instruídas e alguns jovens, que nesta quadra retornam às suas origens familiares para passarem as suas férias natalícias. Depressa concluímos que as tradições antigas se perderam, e são já irrecuperáveis; que a juventude pouco se interessa com o passado e que despreza as tradições etnográficas; que a televisão, pela sua massificação telenovelesca, faz reter as pessoas em casa e retira o convívio social, perdendo-se também o diálogo familiar em torno da lareira, durante o qual se transmitiam aos jovens as estórias do romanceiro popular; que a carestia de vida exterminou quase por completo as visitas aos lares para estreitar relações… Consensual entre as diferentes gerações é a ideia de o Natal ser a época em que se recebem presentes, sendo, enfim, a consoada uma noite especialmente feliz, mas muito menos alegre do que a noite da Passagem de Ano.
Permanece ainda desse passado a Ceia de Natal, assim como a gastronomia tradicional, a reunião da família, o presépio e os grupos de cantadores populares, a que chamam «charolas», que animam as noites frias das janeiras e das reisadas.
O documento resume um discurso sobre o lançamento do livro de poemas "A Minha Rua", de Ernesto Silva. Em três frases:
1) Elogia o livro por perpetuar a cultura e memória de Aljezur através da poesia popular de Ernesto Silva.
2) Destaca a diversidade de temas abordados nos poemas, como a família, a terra e a filosofia de vida.
3) Parabeniza a Câmara Municipal por promover a cultura local através de obras como esta.
As origens e desenvolvimento do ensino em FaroJosé Mesquita
São intrinsecamente religiosas as origens do ensino em Portugal. E se nos primeiros tempos cabia aos Dominicanos, Beneditinos, Agostinianos a missão de educar, a partir de meados do século XVI o ensino tornara-se praticamente monopólio dos inacianos. A reforma Pombalina do ensino constitui a pedra basilar do nosso sistema educativo. Essa reforma atribuía a todas as cidades e vilas do reino uma escola de «aprender a ler, escrever e contar». Em 1836, Manuel da Silva Passos, procedeu ao reordenamento educativo, criando os Liceus Nacionais, as Escolas Médico-Cirúgicas, as Escolas Politécnica de Lisboa e do Porto, o Conservatório de Arte Dramática, as Academias de Belas Artes de Lisboa e do Porto, a Escola do Exército, etc. Nunca se tinha ido tão longe numa reforma educativa.
Em 1849 abriu portas o Liceu de Faro. Daí por diante, assiste-se à fundação das escolas de Desenho Industrial Pedro Nunes, a Escola Primária Superior, a Escola Normal Superior, a Escola Comercial e Industrial Tomás Cabreira, o Magistério Primário, a Escola de Hotelaria e Turismo, o Instituto Politécnico e a Universidade do Algarve.
Museu Antonino de Faro e o turismo no AlgarveJosé Mesquita
No contexto museológico da cidade de Faro assume particular interesse o Museu Antonino, que, reunindo características populares, perpectualiza justamente a memória de um dos mais antigos padroeiros desta cidade: Santo António. A ermida de Stº António do Alto, onde se acha inserido o Museu, situa-se na mais alta colina da cidade, que em tempos idos foi uma primitiva torre de vigia da costa (as conhecidas atalaias), que para contrariarem as constantes investidas dos corsários árabes davam o sinal de rebate chamando as populações a defenderem os seus haveres. Igualmente ali se verificaram sangrentas lutas, durante a guerra civil de 1832-1834, pela posse do mais estratégico ponto militar da cidade, facto esse que era há anos facilmente constatável pelos buracos das balas incrustadas nas paredes do edifício, mas que, infelizmente, são hoje irreconhecíveis devido aos trabalhos de reboco e restauro mandados executar pela edilidade.
O que mais impressiona em Aljezur é a pureza ambiental, e a beleza paisagística do casario que sobe até ao castelo, por entre ruelas estreitas e sinuosas, íngremes ladeiras no ardor da cal, que nos levam, no olhar atento da calçada acutilante, para as cumeadas do seu velho castelo árabe. Lá no alto, espraiando o olhar sobre o horizonte, depara-se-nos a várzea fértil, tricotada em viçosas leiras, o prateado reflexo do rio cristalino, a ebúrnea colina da Aldeia Nova, e a entrecortada linha verde da serra… Um quadro de ímpar beleza que nos faz sentir senhores do mundo, como nos tempos dos espatários conquistadores. A pureza ambiental é a pedra filosofal de Aljezur.
Este documento resume uma monografia escrita em 1950 pelo Dr. Manuel dos Santos Serra sobre o concelho de Albufeira. A monografia descreve detalhadamente as condições sociais, econômicas, demográficas e de saúde pública em Albufeira naquela época. O documento também compara esses dados com a situação atual, notando grandes diferenças devido ao crescimento do turismo.
António Rosa Mendes o historiador do Algarve ignoradoJosé Mesquita
1) O documento descreve a amizade de longa data entre José Carlos Vilhena Mesquita e o historiador António Rosa Mendes, que faleceu recentemente de forma inesperada.
2) Rosa Mendes destacou-se como um estudante culto e viajado e posteriormente como um proeminente historiador, professor, jornalista e político do Algarve.
3) Apesar de diferenças ideológicas na juventude, Mesquita e Rosa Mendes mantiveram uma forte amizade ao longo das
Slides Lição 12, Betel, Ordenança para amar o próximo, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Álcoois: compostos que contêm um grupo hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono saturado.
Aldeídos: possuem o grupo carbonila (C=O) no final de uma cadeia carbônica.
Cetonas: também contêm o grupo carbonila, mas no meio da cadeia carbônica.
Ácidos carboxílicos: caracterizados pelo grupo carboxila (-COOH).
Éteres: compostos com um átomo de oxigênio ligando duas cadeias carbônicas.
Ésteres: derivados dos ácidos carboxílicos, onde o hidrogênio do grupo carboxila é substituído por um radical alquila ou arila.
Aminas: contêm o grupo amino (-NH2) ligado a um ou mais átomos de carbono.
Esses são apenas alguns exemplos. Existem muitos outros grupos funcionais que definem as propriedades químicas e físicas dos compostos orgânicas.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Encanamento da barra de Tavira
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MUSEU MUNICIPAL DE TAVIRA
PALÁCIO DA GALERIA
2. 9 - «Projecto de Encanamento para a Barra de Tavira. Feito por Ordem de
S. M. Pela Commissão de Officiaes Engenheiros ao serviço no Reino do
Algarve, em 1825»
Commissão de Officiaes Engenheiros ao serviço no Reino do Algarve
1825
143 x 63cm
Documento cartográfico, manuscrito a tinta de carvão (?) aguarelado
(rosa, azul, amarelo) sobre papel espesso de polpa mecânica (?); suporte
composto por 3 folhas coladas.
Sociedade de Geografia de Lisboa, n.° de inventário: 6-D-9
Através da atenta observação deste esboço de carta geográfica, rapidamente
se compreende que se trata de um imaginoso plano do encanamento do rio
Séqua, directamente orientado para o seu leito de foz, obstando dessa forma
à estagnação económica em que havia mergulhado a cidade desde o séc. XVI,
mercê do assoreamento do rio e da inacessibilidade do seu porto comercial.
O projecto parece simples na sua planificação estrutural, e muito eficiente na
prossecução dos seus objectivos. De tal forma que, à primeira vista, evidencia
uma provável poupança nos custos de investimento, aplicando métodos de en
genharia que funcionalizavam com a estrutura orográfica do terreno, aprovei
tando os declives, os recursos envolventes e a própria conservação do ambiente
natural. A forma simples, e quase radical, como o projecto se apresenta, trans
mite desde logo uma enorme confiança no engenho humano e tecnológico,
sendo aqui rentabilizado num expoente muito próximo da sua máxima efici
ência. Pena é que não estivesse acompanhado do competente caderno de encar
gos, o que nos permitiria avaliar da sua possibilidade de execução prioritária.
O objectivo deste projecto consistia na construção de um canal que con
duzisse o caudal do rio directamente para a embocadura da sua foz, abrindo
assim uma barra artificial na zona conhecida por Bacia da Quatro Aguas (onde
fora originariamente a barra de Tavira). Deste modo encurtavam-se percursos e
evitavam-se os meandros em que se dispersava o leito natural do rio, condicio
nantes orográficas essas que, juntamente com as cheias de Inverno, facilitaram
o progressivo assoreamento do Séqua ao longo de séculos, impedindo o acesso
das embarcações mercantes de largo bojo e alta tonelagem ao porto comercial,
situado muito próximo do actual Jardim Público. Para esse efeito, projectava-se
construir um açude, aqui assinalado pelas letras G-H, em forma pontiaguda
e num ângulo obtuso, descaído de Este para Oeste, conforme à inclinação do
terreno e ao atrito natural das águas. Embora não seja explícito no desenho,
presume-se que esta represa não seria estanque, sendo talvez constituído por
comportas que permitiriam a penetração de parte das águas para Sul, em direc
ção ao sapal cuja curvatura em cotovelo quase estrangula o rio, situando-se nas
181
3. Fig. 1- «Projecto de Encanamento para a Barra deTavira. Feito por Ordem de S. M. Pela
Commissão de Officiaes Engenheiros ao serviço no Reino do Algarve, em 1825»
suas imediações alguns moinhos. O estabelecimento de comportas em forma
de guilhotina devia estar previsto no projecto, para melhor viabilizar o escoa
mento ou a retenção das águas, conforme o regime das marés ou, pontualmen
te, a força de impacto das cheias invernais. A ideia é genial e parece ser de fácil
viabilidade. Certamente o mais oneroso seria escavar o canal directo à Barra
de Tavira, que teria de ser aberto à força de braço ao longo de alguns milhares
de metros. Mas atendendo ao terreno pantanoso e à sua constituição arenosa,
não seria o esforço humano o pior dos entraves, mas antes a sua conservação
desassoreada, para cuja efectivação o canal teria de possuir uma profundidade e
largura muito consideráveis para a época. Por conseguinte, é de todo previsível
que os custos fossem demasiado avultados para satisfazer uma população e um
rendimento fiscal da actividade mercantil bastante escassos. Em todo o caso,
esta questão do assoreamento da Barra do rio Séqua tem sido, desde há séculos,
um forte indicador de desagregação demográfica e de recessão económica da
cidade deTavira, que desde o séc. XVI iniciou um longo percurso de estagnação
e de progressiva decadência, só muito recentemente atalhado, e impulsionado
num movimento inverso, pelo actual poder autárquico.
Salinas e Moinhos são alguns dos elementos de maior interesse económico
na época, razão pela qual claramente se distinguem neste esquiço cartográfico.
Repare-se que no debuxo arquitectónico a margem ocidental, a mais nobre e
habitada da cidade, termina pouco antes da denominada «Casa do Sal», na qual
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4. se registava a produção das salinas limítrofes e se cobrava o respectivo imposto,
principalmente quando se destinava à exportação. Pouco distante, na margem
direita, ficava a «Casa do Registo», um posto fiscal e alfandegário para as em
barcações que saíam do cais de acostagem. Repare-se também que o esboço de
encanamento do rio projectava-se numa linha secante à do próprio edifício,
impedindo o descaminho fiscal do sal e facilitando a acostagem das barcaças
de transporte dessa espécie de “ouro branco” do Algarve. Impõe-se acrescentar
que o sal era um produto muito procurado e altamente valorizado no merca
do externo, não só pela sua indispensabilidade na conservação dos alimentos,
como ainda pela sua coadjuvante aplicabilidade em certas indústrias, pelo que
a produção salífera no Algarve foi até praticamente ao dealbar do séc. XX uma
das maiores indústrias extractivas da região. Note-se que ainda hoje, apesar dos
seus baixos índices económicos, naquilo a que podemos chamar a “Balança
Comercial do Algarve”, o Sal continua a ter uma importância relativamente
significativa em Tavira, com a tão procurada «Flor do Sal», para fins gastro
nómicos, e em Loulé com as minas de sal gema, para fins industriais. Mas já
que falamos nas salinas, vê-se, pela carta do projecto de encanamento do rio,
que iriam perder-se as denominadas «Salinas do Desembargador», uma mercê
régia cujos rendimentos constituíam uma espécie de compensação financeira
para o exercício de apelo à Justiça, e que no passado privilegiou também a
magistratura alfandegária em Tavira.
A linha da margem ocidental do projectado canal além de viabilizar a acos
tagem na «Casa do Sal» também rentabilizaria o aqui denominado «Moinho
de Manuel António», também conhecido por Moinho do Aragão pertencente
a Manuel António das Chagas. Era uma avantajada azenha alicerçada em vários
arcos de volta inteira, dispostos em declive, por onde penetravam as águas da
maré, cuja força era aproveitada para fazer mover as pesadas mós que tritura
vam o trigo, o milho e outros cereais. E curioso notar que nesta Carta apenas
se registam quatro moinhos, o de «Manuel António» na margem esquerda, e
o «do Safio», pertencente a Manuel Martins da Conceição, o «da Vinha» de
que era proprietário Francisco José Marques Freire, e o «da Forca» pertença de
Dona Teresa Pestana, residente em Faro, todos instalados na margem direita. E
estranho que se assinalem tão poucos, pois sabe-se que existiam treze moinhos
registados no rio Séqua e anexados ao Reguengo de Tavira (sete na margem
direita e seis na esquerda), acerca dos quais as Cortes Constituintes delibera
ram, em 5-6-1822, isentá-los do pesado tributo (metade da sua produção)
que pagavam ao Convento da Estrela, em Lisboa. Felizmente a implantação do
Liberalismo e do regime parlamentar-constitucional pôs termo a todo o tipo de
privilégios e de imposições fiscais de carácter mais ou menos privado, libertan
do a circulação e a produção das cargas tributárias que, além de muito injustas,
serviam apenas para sustentar as classes não produtivas - o Clero e a Nobreza.
183
5. O assoreamento da barra de Tavira foi sempre um problema incontornável
e de difícil solução, em larga medida resultante da constituição lagunar e da
estrutura orográfica do terreno. O problema era de tal forma grave que a locali
zação da barra mudou várias vezes de local ao longo do tempo, comprovando-
se que o assoreamento era um fenómeno estrutural, derivado de toda a envol-
vência orográfica em que a mesma se achava inserida. Além disso, a restinga
dunar que percorre a costa algarvia desde Faro até Caceia, formando a hoje
designada Ria Formosa, e na qual se integra a “Ilha de Tavira”, tem contribuído
também para o assoreamento do rio Séqua, pois que nela esbarra, como se de
um tampão se tratasse, a foz daquele importante curso de água. Por isso é que
o assoreamento da barra tem constituído ao longo da história um forte impe
dimento ao desenvolvimento da cidade, cujo percurso cronológico importa
aqui fazer lembrar. A tradição de prosperidade económica do porto de Tavira
remonta ao reinado de D. Dinis, afirmando-se que nessa altura a sua azáfama
mercantil rivalizava com o de Lisboa. Praticamente toda a zona sotaventina do
Algarve, da foz do Guadiana ao Cabo de Sta Maria, dependia comercialmente
do porto de Tavira. Assim se explica que se tenha transformado também numa
Praça de Guerra, projectada para defender a linha costeira dos ataques corsários
e assegurar o abastecimento, e o auxílio marcial, às praças militares do Norte
de África.
A primeira notícia do assoreamento da barra de Tavira data de 1441,
quando os mercadores da cidade do Porto pediram ao Regente D. Pedro (o
famoso príncipe da “sete partidas”, um dos mais belos espíritos do renascen-
tismo europeu) que os isentasse da dízima portuária quando acostassem nas
praias próximas de Tavira, para carregarem mercadorias frescas, porque a barra
do rio estava tão assoreada que não permitia a entrada dos seus navios. Em
26-8-1506, um alvará de D. Manuel I, a instâncias da Câmara de Tavira, proibia
que se construíssem mais moinhos nas margens do rio, porque se suspeitava
que os mesmos ao reterem as águas nas suas azenhas embaraçavam a corrente
e contribuíam para o entulhamento do seu percurso natural. Em 1570 o rei
D. Sebastião, a pedido da vereação tavirense, proibiu os navios de carregarem
as frutas e outras mercancias fora do porto ou da barra de Tavira, obstando a
que desse modo, e sob a desculpa do entupimento do rio, fossem os mercado
res locais vender as suas produções a Aiamonte ou a outros portos andaluzes.
Curiosamente foi também o rei D. Sebastião quem mandou construir a For
taleza de St.° António na embocadura do rio para defender a barra, definindo
desse modo a sua localização, conforme aliás se comprova por este esboço de
carta geográfica na qual se regista a existência do respectivo Paiol, cuja dureza
de paredes garantiu a sua permanência séculos depois de nada existir que as
severasse a construção da dita fortaleza. Em 1639 o assoreamento da barra era
já intransponível, a tal ponto que um navio inglês com cerca de cem toneladas
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6. não pode entrar, ficando impedido de chegar ao porto de Tavira para carregar
azeite. Anos depois, em 1670, já a barra se tinha mudado, cada vez mais para
Levante, a cerca de três quilómetros da posição inicial, para o sítio da Gomeira,
na freguesia da Conceição, junto às Cabanas da Armação, o que se comprova
pelo facto de nessa data o regente, e futuro rei, D. Pedro II decretar, em nome
do irmão D. Afonso VI, a construção da Fortaleza de S. João, que dois anos
depois já cumpria as suas funções de defesa da barra. Além de perder profundi
dade, a barra “fugia” cada vez mais da cidade, o que originaria a transferência
dos pescadores para as praias de S. Luzia e das Cabanas da Conceição.
Repare-se que a barra não consta deste esboço de carta geográfica, preci
samente porque nessa altura já se havia transferido da Gomeira, para muito
próximo da Fortaleza de Caceia, isto é, já se havia mudado da própria circuns
crição concelhia. Esta questão do assoreamento do rio, como se vê pelas breves
referências aqui aduzidas, originou com o evoluir dos séculos o afastamento
da barra de Tavira, tornando-se, por isso, num problema estrutural que ori
ginou a decadência económica e demográfica da urbe tavirense. A carência
de um porto, amplo, seguro e acessível, na costa leste do Algarve, motivou o
Marquês de Pombal a fundar, ou a “restabelecer”, Vila Real de Santo António
como centro impulsionador e aglutinador das pescarias algarvias, sobretudo da
chamada “pesca rica” do atum e da corvina. É claro que o objectivo subjacente
à edificação daquela vila seria o de arrecadar os impostos que escapavam à
Coroa, desde que os pescadores sotaventinos procuraram obter nas praias de
Monte Gordo a acessibilidade e a liberdade de movimentos que não tinham
em Tavira. A nova ordem política estabelecida após a guerra-civil de 1832-34,
mas que no Algarve se prolongaria até 1840, trouxe um novo folgo às pescarias
algarvias, abolindo as pesadas imposições fiscais e impulsionando as relações
económicas com os portos mediterrânicos. Não admira pois que a decantada
questão do assoreamento do rio Séqua, e consequente afastamento da sua bar
ra, fosse em 1835 considerada como obra prioritária da autarquia tavirense.
Para a efectivação desse projecto o eng.° António Vaz Velho chegou mesmo a
inventar uma espécie de draga para abrir uma nova barra e remover as areias
que atrofiavam o percurso natural do rio. Mas as avultadas despesas que daí
resultariam não permitiram à autarquia levar por diante um desiderato que
nunca chegou a ser satisfeito. As acessibilidades entre o Algarve e o resto do país
fazia-se quase exclusivamente por via marítima, e fluvial na zona nordeste en
treVila Real St°António e Mértola, pelo que com o advento da «Regeneração» e
do período «Fontista» iniciou-se uma época de fomento económico mercê da
construção de novas vias de comunicação de terrestre, nomeadamente estradas
macadamizadas e caminhos de ferro. Em 1859 a antiga «estrada real» (que
marginava o litoral) foi substituída por uma nova via longitudinal que pratica
mente coincide com a actual 125. O comércio e o escoamento das produções
185
7. locais passou a efectuar-se por via terrestre, mas só a nível regional, porque a
maioria das exportações e dos contactos externos, nomeadamente com a ca
pital continuavam a fazer-se por via marítima através das carreiras em navio a
vapor iniciadas em 1862, cujos portos de atracagem seriam preferencialmente
Portimão, Faro eVila Real de Santo António, sendo proveniente desse tráfego o
grande crescimento económico experimentado nessas localidades. E claro que
o problema do assoreamento do rio Séqua e da deslocalização da barra deTavira
passou a ser cada vez menos premente quando em 1889 chegou o comboio
a Faro, estendendo-se progressivamente a via até Vila Real de Santo António,
terminada em 1906. Em todo o caso, o povo tavirense foi insistindo com as au
toridades centrais para que a obra se fizesse, concretizando as suas esperanças
com a implantação da República, pois que em 1918o eng.° Duarte Abecassis
(descendente de algarvios) elaborou o projecto de abertura da barra, para cuja
efectivação seria criada a «Junta Autónoma das obras da barra e porto de Tavi
ra», cujas obras se concluiriam em finais de 1926. O ciclone de 1941 arrasou
a velha barra, abrindo uma nova mais adiante a que chamaram “do Cochicho”.
Em 1961 a Junta Autónoma dos Portos do Sotavento do Algarve procedeu aos
trabalhos de reabertura da barra das Quatro Aguas, onde ainda hoje se mantém,
tal como estava projectada neste carta de 1825. [JCVM]
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