Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Este documento resume las características físicas y psicológicas de cuatro especies humanas ancestrales importantes: Homo habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis y Homo sapiens. Detalla su origen, tamaño cerebral, altura, características físicas y psicológicas clave. Explica también la importancia del bipedismo en la evolución humana y los cambios esqueléticos que permitieron esta forma de locomoción.
Filosofia contemporânea - Introdução e Positivismo. Joseney Mattos
O documento discute: (1) A Revolução Francesa e os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade; (2) O surgimento do capitalismo na Europa ocidental no século XVIII e a Revolução Industrial; (3) Os conflitos entre burgueses e trabalhadores gerados pela exploração do trabalho no capitalismo industrial.
I. O documento é uma prova de filosofia para alunos do 1o ano do ensino médio sobre os primeiros filósofos gregos e o surgimento da filosofia.
II. A prova contém questões sobre os primeiros filósofos, a passagem da mentalidade mítica para o pensamento racional na Grécia Antiga e a importância da linguagem para o desenvolvimento humano.
III. As questões abordam tópicos como os fatores que contribuíram para o surgimento da filosofia na Grécia, a investigação da nature
El documento describe las características del ser humano (Homo sapiens), incluyendo su capacidad para el lenguaje, la lógica, las matemáticas, la escritura, la música, la ciencia y la tecnología. También explica que los seres humanos evolucionaron de otros homininos como Ardipithecus y Australopithecus, y que las líneas evolutivas de los humanos y los chimpancés se separaron hace entre 5-7 millones de años.
Revisão – filosofia 2º bimestre (3º Ano)João Marcelo
O documento discute os seguintes temas: 1) Existencialismo e como defende a responsabilidade individual pelos atos; 2) Eros e Tânatos como pulsões fundamentais da existência humana segundo Freud; 3) A estrutura do aparelho psíquico em Id, Ego e Superego.
El documento resume las ideas de Louis Althusser sobre la educación como un aparato ideológico del estado que reproduce las relaciones de producción capitalista. Althusser argumenta que la escuela enseña sumisión a través de la reproducción de la calificación y la ideología dominante, asegurando así la producción continua de una fuerza de trabajo competente y obediente.
O documento discute as diferenças entre filosofia, mito e outros tipos de conhecimento. A filosofia é uma forma de pensamento baseada na inteligência humana que leva ao pensamento, enquanto o mito é uma narrativa imaginária para explicar coisas. A filosofia mantém uma relação complexa com o mito na Grécia Antiga, onde o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar, mas também se desvincula do mito de forma gradual.
I. O documento apresenta uma definição de mito e afirmações sobre a origem e natureza da filosofia.
II. A questão discute quais afirmações sobre mito e filosofia estão corretas de acordo com a definição e textos apresentados.
III. A concepção de Deleuze sobre a filosofia é que os filósofos criam conceitos para compreender e resolver problemas, e não apenas contemplam ou refletem sobre eles.
Este documento resume las características físicas y psicológicas de cuatro especies humanas ancestrales importantes: Homo habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis y Homo sapiens. Detalla su origen, tamaño cerebral, altura, características físicas y psicológicas clave. Explica también la importancia del bipedismo en la evolución humana y los cambios esqueléticos que permitieron esta forma de locomoción.
Filosofia contemporânea - Introdução e Positivismo. Joseney Mattos
O documento discute: (1) A Revolução Francesa e os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade; (2) O surgimento do capitalismo na Europa ocidental no século XVIII e a Revolução Industrial; (3) Os conflitos entre burgueses e trabalhadores gerados pela exploração do trabalho no capitalismo industrial.
I. O documento é uma prova de filosofia para alunos do 1o ano do ensino médio sobre os primeiros filósofos gregos e o surgimento da filosofia.
II. A prova contém questões sobre os primeiros filósofos, a passagem da mentalidade mítica para o pensamento racional na Grécia Antiga e a importância da linguagem para o desenvolvimento humano.
III. As questões abordam tópicos como os fatores que contribuíram para o surgimento da filosofia na Grécia, a investigação da nature
El documento describe las características del ser humano (Homo sapiens), incluyendo su capacidad para el lenguaje, la lógica, las matemáticas, la escritura, la música, la ciencia y la tecnología. También explica que los seres humanos evolucionaron de otros homininos como Ardipithecus y Australopithecus, y que las líneas evolutivas de los humanos y los chimpancés se separaron hace entre 5-7 millones de años.
Revisão – filosofia 2º bimestre (3º Ano)João Marcelo
O documento discute os seguintes temas: 1) Existencialismo e como defende a responsabilidade individual pelos atos; 2) Eros e Tânatos como pulsões fundamentais da existência humana segundo Freud; 3) A estrutura do aparelho psíquico em Id, Ego e Superego.
El documento resume las ideas de Louis Althusser sobre la educación como un aparato ideológico del estado que reproduce las relaciones de producción capitalista. Althusser argumenta que la escuela enseña sumisión a través de la reproducción de la calificación y la ideología dominante, asegurando así la producción continua de una fuerza de trabajo competente y obediente.
O documento discute as diferenças entre filosofia, mito e outros tipos de conhecimento. A filosofia é uma forma de pensamento baseada na inteligência humana que leva ao pensamento, enquanto o mito é uma narrativa imaginária para explicar coisas. A filosofia mantém uma relação complexa com o mito na Grécia Antiga, onde o pensamento filosófico necessita do mito para se expressar, mas também se desvincula do mito de forma gradual.
I. O documento apresenta uma definição de mito e afirmações sobre a origem e natureza da filosofia.
II. A questão discute quais afirmações sobre mito e filosofia estão corretas de acordo com a definição e textos apresentados.
III. A concepção de Deleuze sobre a filosofia é que os filósofos criam conceitos para compreender e resolver problemas, e não apenas contemplam ou refletem sobre eles.
Aquilo que verdadeiramente distingue a Imprensa, como órgão de comunicação social, é a sua capacidade de interferência pública e de consciencialização das massas. Em certos momentos da História da Humanidade, essas capacidades transformaram-se em elementos catalizadores, isto é, em princípios revolucionários conducentes à irrupção de uma nova ordem social. A implantação da República em Portugal, o regime republicano e a democracia plena, muito devem à força e perseverança da imprensa, nomeadamente dos órgãos regionais que propagandearam os novos ideais. É desses jornais e dessa luta pela conquista da liberdade que vamos tratar neste artigo, aqui colocado ao dispôr do grande público.
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
Este Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo.
O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
As primicias jornalísticas de mestre Aquilino Ribeiro no AlgarveJosé Mesquita
Poucos saberão certamente que o escritor Aquilino Ribeiro fez as suas primícias de publicista emérito no Algarve, mais precisamente na vila de Olhão, tendo escolhido para palco da sua estreia jornalística o semanário «O Cruzeiro do Sul», fundado e dirigido por José Marques Corpas Centeno, dedicado secretário da edilidade local e notável publicista. Trata-se de um pormenor biográfico, frequentemente descurado, que à primeira vista poderá parecer irrelevante mas que, no fundo, assume particular interesse para o roteiro literário e estilístico do autor do Malhadinhas. Por outro lado, constitui um elemento de insofismável orgulho para a História da Imprensa Algarvia, que de forma alguma se poderá desdenhar, sob pena de incorrermos num verdadeiro atentado à memória daquele que muito justamente se considera como o maior romancista português do século XX.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...J. C. Vilhena Mesquita
a situação económica da agricultura algarvia foi sempre deficitária, mercê
dos baixos índices de produtividade e de rendimento, suscitados pela desigual
distribuição social da propriedade, pelo baixo investimento financeiro e
pelo atraso científico-tecnológico, que – desde o período de reestruturação
político-económica levado a cabo nos finais do séc. XVIII pelo consulado
pombalino – dependia da reformulação de novas estratégias para a potencialização
dos recursos endógenos. Além disso, os factores naturais de dinamismo
energético, como a amenidade climática, os recursos hídricos e a fertilidade
dos solos, só foram aproveitados na vigência do Liberalismo, e com especial
acuidade no declinar de Oitocentos. Acrescente-se, por fim, que o sector
dependia de factores extrínsecos, como a estrutura social da terra, a educação
agrícola, o investimento integrado e as leis de mercado, entre outros elementos
de fomento ou de desagregação do sector. Por outro lado, vemos que essa
dualidade se distribuía numa geo-economia do espaço entre a beira-mar e as
terras altas da serra algarvia.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
1) A Biblioteca Municipal de Faro foi fundada em 1902 com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural, contando atualmente com cerca de 17.000 volumes.
2) A biblioteca possui algumas raridades como seis incunábulos do século XV e obras de autores como Aristóteles e Vieira, porém carece de recursos humanos e materiais para apoiar estudantes e pesquisadores.
3) Localiza-se atualmente no antigo Convento da Assunção, mas enfrenta problemas como a falta de um diretor com habilitações
Artigo biobibliográfico sobre a obra literária deste poeta algarvio, falecido em 1989, e infelizmente já praticamente esquecido pelos seus comprovincianos. Consegui recentemente que a Câmara Municipal de Faro lhe atribuísse a designação de uma rua.
Este pequeno artigo é uma espécie de última homenagem à sua memória.
No I centenário do poeta Emiliano da CostaJosé Mesquita
Este documento descreve a vida e obra do poeta português Emiliano da Costa no ano do seu primeiro centenário da morte. Resume sua biografia, carreira como médico e poeta, e analisa sua poesia focada na natureza e cultura algarvia. Também sugere converter sua casa em museu em homenagem e preservar seu legado cultural.
1) A poesia é descrita como uma sementeira de ideias e emoções que alimentam sonhos de liberdade.
2) O autor critica a poesia moderna por falta de alegria, nobreza e coragem, tornando-se hermética e incompreensível.
3) A poesia de Quina Faleiro é descrita como plena de beleza espiritual e perfeita compleição lírica, transmitindo uma profunda infelicidade e solidão através de imagens poéticas.
Um Presépio Napolitano do século XVIII no museu de MoncarapachoJosé Mesquita
1) O documento descreve um presépio napolitano do século XVIII localizado no Museu Paroquial de Moncarapacho. 2) Os presépios napolitanos eram obras de arte altamente detalhadas que representavam cenas da vida cotidiana de Nápoles. 3) O presépio foi adquirido e restaurado pelo Padre Isidoro Domingos da Silva para o museu da sua paróquia.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Calou-se para sempre a voz da eloquência algarvia, o verbo da mediação cívica e da desinteressada ação política, que tudo fez para engrandecer a sua pátria natal. Foi um cidadão exemplar, humilde e desprovido de vaidades, que soube granjear o respeito dos seus conterrâneos e admiração pelos seus colegas e alunos. Acima de tudo foi um homem íntegro, desprendido de interesses, com um forte caráter e de princípios éticos que serviram de exemplo a todos os que o conheceram ou com ele conviveram. Como humanista e homem de cultura, deixou uma vincada imagem de erudição, atestada na vasta obra legada em livro, mas também nas conferências que pronunciou e nos congressos e colóquios, nacionais e internacionais, em que participou. Deixou-nos na memória a recordação do académico competente e do historiador proficiente, do jurista impoluto e do editor mecenas. Mas também guardamos dele o acrisolado amor regionalista e a convicção algarviísta que a todos compete imitar
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Fonseca domingos, erudito poeta do povoJosé Mesquita
1) O documento presta homenagem ao poeta José Maria Fonseca Domingos, descrevendo sua personalidade e obra literária.
2) Fonseca Domingos era um poeta autodidata, progressista e admirador de movimentos libertadores. Ele possuía uma memória prodigiosa e conhecia bem a literatura e cultura portuguesa e mundial.
3) O documento também descreve as tertúlias literárias nas quais Fonseca Domingos participava, onde discutia ideias e criticava o consumismo, apesar de ser um fumador inveter
Este livro gira em torno duma espécie de viagem cósmica impulsionada à velocidade da luz pela força da palavra. A ideia incomensurável do universo físico está patente neste livro através da persistente alusão aos seus elementos constituintes, com particular acinte na luz solar, fonte e gérmen de vida, nos astros que integram o nosso sistema astronómico (estrelas, cometas, planetas, quasares), assim como nas figuras que compõem o nosso universo mítico, como a fénix, a cobra alada, a pedra filosofal, os grifos das trevas e os cavaleiros do apocalipse, os mitos da Esfinge, de Andrómeda e de Prometeu, enfim toda uma panóplia de aparente fantasia científica, que aqui é tratada e transmitida de forma etérea na volatilidade do verso poético.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
Este documento descreve a breve estadia da poetisa Florbela Espanca na vila de Olhão, Algarve, em 1918. Florbela foi para o Algarve para melhorar sua saúde fragilizada após sofrer um aborto. Ela se instalou na aldeia de Quelfes, onde morava a irmã de seu marido, para se recuperar em um ambiente tranquilo e salubre. Embora curta, essa experiência no Algarve foi importante para que Florbela se recuperasse física e emocionalmente do aborto sofrido.
Este documento discute a origem do órgão da Sé de Faro e apresenta três teorias principais:
1) O órgão foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701 e enviado para Portugal.
2) Foi encomendado pelo Cabido da Sé de Faro em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa, que o instalou em 1716.
3) Permanecem dúvidas sobre a origem do órgão, uma vez que não foram encontrados documentos conclusivos como contratos.
Este documento fornece um resumo da história da exploração arqueológica da Palestina e de como as descobertas arqueológicas iluminaram o entendimento da Bíblia. Desde os primeiros peregrinos cristãos, a região atraiu o interesse de muitos que buscavam entender melhor a história bíblica através de vestígios no local. No século XIX, exploradores começaram escavações científicas que revelaram inscrições e artefatos importantes, como a Pedra de Mesha,
Aquilo que verdadeiramente distingue a Imprensa, como órgão de comunicação social, é a sua capacidade de interferência pública e de consciencialização das massas. Em certos momentos da História da Humanidade, essas capacidades transformaram-se em elementos catalizadores, isto é, em princípios revolucionários conducentes à irrupção de uma nova ordem social. A implantação da República em Portugal, o regime republicano e a democracia plena, muito devem à força e perseverança da imprensa, nomeadamente dos órgãos regionais que propagandearam os novos ideais. É desses jornais e dessa luta pela conquista da liberdade que vamos tratar neste artigo, aqui colocado ao dispôr do grande público.
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
Este Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo.
O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
As primicias jornalísticas de mestre Aquilino Ribeiro no AlgarveJosé Mesquita
Poucos saberão certamente que o escritor Aquilino Ribeiro fez as suas primícias de publicista emérito no Algarve, mais precisamente na vila de Olhão, tendo escolhido para palco da sua estreia jornalística o semanário «O Cruzeiro do Sul», fundado e dirigido por José Marques Corpas Centeno, dedicado secretário da edilidade local e notável publicista. Trata-se de um pormenor biográfico, frequentemente descurado, que à primeira vista poderá parecer irrelevante mas que, no fundo, assume particular interesse para o roteiro literário e estilístico do autor do Malhadinhas. Por outro lado, constitui um elemento de insofismável orgulho para a História da Imprensa Algarvia, que de forma alguma se poderá desdenhar, sob pena de incorrermos num verdadeiro atentado à memória daquele que muito justamente se considera como o maior romancista português do século XX.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...J. C. Vilhena Mesquita
a situação económica da agricultura algarvia foi sempre deficitária, mercê
dos baixos índices de produtividade e de rendimento, suscitados pela desigual
distribuição social da propriedade, pelo baixo investimento financeiro e
pelo atraso científico-tecnológico, que – desde o período de reestruturação
político-económica levado a cabo nos finais do séc. XVIII pelo consulado
pombalino – dependia da reformulação de novas estratégias para a potencialização
dos recursos endógenos. Além disso, os factores naturais de dinamismo
energético, como a amenidade climática, os recursos hídricos e a fertilidade
dos solos, só foram aproveitados na vigência do Liberalismo, e com especial
acuidade no declinar de Oitocentos. Acrescente-se, por fim, que o sector
dependia de factores extrínsecos, como a estrutura social da terra, a educação
agrícola, o investimento integrado e as leis de mercado, entre outros elementos
de fomento ou de desagregação do sector. Por outro lado, vemos que essa
dualidade se distribuía numa geo-economia do espaço entre a beira-mar e as
terras altas da serra algarvia.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
1) A Biblioteca Municipal de Faro foi fundada em 1902 com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural, contando atualmente com cerca de 17.000 volumes.
2) A biblioteca possui algumas raridades como seis incunábulos do século XV e obras de autores como Aristóteles e Vieira, porém carece de recursos humanos e materiais para apoiar estudantes e pesquisadores.
3) Localiza-se atualmente no antigo Convento da Assunção, mas enfrenta problemas como a falta de um diretor com habilitações
Artigo biobibliográfico sobre a obra literária deste poeta algarvio, falecido em 1989, e infelizmente já praticamente esquecido pelos seus comprovincianos. Consegui recentemente que a Câmara Municipal de Faro lhe atribuísse a designação de uma rua.
Este pequeno artigo é uma espécie de última homenagem à sua memória.
No I centenário do poeta Emiliano da CostaJosé Mesquita
Este documento descreve a vida e obra do poeta português Emiliano da Costa no ano do seu primeiro centenário da morte. Resume sua biografia, carreira como médico e poeta, e analisa sua poesia focada na natureza e cultura algarvia. Também sugere converter sua casa em museu em homenagem e preservar seu legado cultural.
1) A poesia é descrita como uma sementeira de ideias e emoções que alimentam sonhos de liberdade.
2) O autor critica a poesia moderna por falta de alegria, nobreza e coragem, tornando-se hermética e incompreensível.
3) A poesia de Quina Faleiro é descrita como plena de beleza espiritual e perfeita compleição lírica, transmitindo uma profunda infelicidade e solidão através de imagens poéticas.
Um Presépio Napolitano do século XVIII no museu de MoncarapachoJosé Mesquita
1) O documento descreve um presépio napolitano do século XVIII localizado no Museu Paroquial de Moncarapacho. 2) Os presépios napolitanos eram obras de arte altamente detalhadas que representavam cenas da vida cotidiana de Nápoles. 3) O presépio foi adquirido e restaurado pelo Padre Isidoro Domingos da Silva para o museu da sua paróquia.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
Calou-se para sempre a voz da eloquência algarvia, o verbo da mediação cívica e da desinteressada ação política, que tudo fez para engrandecer a sua pátria natal. Foi um cidadão exemplar, humilde e desprovido de vaidades, que soube granjear o respeito dos seus conterrâneos e admiração pelos seus colegas e alunos. Acima de tudo foi um homem íntegro, desprendido de interesses, com um forte caráter e de princípios éticos que serviram de exemplo a todos os que o conheceram ou com ele conviveram. Como humanista e homem de cultura, deixou uma vincada imagem de erudição, atestada na vasta obra legada em livro, mas também nas conferências que pronunciou e nos congressos e colóquios, nacionais e internacionais, em que participou. Deixou-nos na memória a recordação do académico competente e do historiador proficiente, do jurista impoluto e do editor mecenas. Mas também guardamos dele o acrisolado amor regionalista e a convicção algarviísta que a todos compete imitar
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Fonseca domingos, erudito poeta do povoJosé Mesquita
1) O documento presta homenagem ao poeta José Maria Fonseca Domingos, descrevendo sua personalidade e obra literária.
2) Fonseca Domingos era um poeta autodidata, progressista e admirador de movimentos libertadores. Ele possuía uma memória prodigiosa e conhecia bem a literatura e cultura portuguesa e mundial.
3) O documento também descreve as tertúlias literárias nas quais Fonseca Domingos participava, onde discutia ideias e criticava o consumismo, apesar de ser um fumador inveter
Este livro gira em torno duma espécie de viagem cósmica impulsionada à velocidade da luz pela força da palavra. A ideia incomensurável do universo físico está patente neste livro através da persistente alusão aos seus elementos constituintes, com particular acinte na luz solar, fonte e gérmen de vida, nos astros que integram o nosso sistema astronómico (estrelas, cometas, planetas, quasares), assim como nas figuras que compõem o nosso universo mítico, como a fénix, a cobra alada, a pedra filosofal, os grifos das trevas e os cavaleiros do apocalipse, os mitos da Esfinge, de Andrómeda e de Prometeu, enfim toda uma panóplia de aparente fantasia científica, que aqui é tratada e transmitida de forma etérea na volatilidade do verso poético.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
Este documento descreve a breve estadia da poetisa Florbela Espanca na vila de Olhão, Algarve, em 1918. Florbela foi para o Algarve para melhorar sua saúde fragilizada após sofrer um aborto. Ela se instalou na aldeia de Quelfes, onde morava a irmã de seu marido, para se recuperar em um ambiente tranquilo e salubre. Embora curta, essa experiência no Algarve foi importante para que Florbela se recuperasse física e emocionalmente do aborto sofrido.
Este documento discute a origem do órgão da Sé de Faro e apresenta três teorias principais:
1) O órgão foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701 e enviado para Portugal.
2) Foi encomendado pelo Cabido da Sé de Faro em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa, que o instalou em 1716.
3) Permanecem dúvidas sobre a origem do órgão, uma vez que não foram encontrados documentos conclusivos como contratos.
Este documento fornece um resumo da história da exploração arqueológica da Palestina e de como as descobertas arqueológicas iluminaram o entendimento da Bíblia. Desde os primeiros peregrinos cristãos, a região atraiu o interesse de muitos que buscavam entender melhor a história bíblica através de vestígios no local. No século XIX, exploradores começaram escavações científicas que revelaram inscrições e artefatos importantes, como a Pedra de Mesha,
O documento introduz o tema da magia, definindo-a como o uso de meios pretensamente sobrenaturais para alcançar resultados declarados impossíveis por outros meios. A introdução também discute brevemente como a magia era vista na Idade Média e no século XX. O autor argumenta que a magia deve ser estudada de forma séria e científica, livre de preconceitos.
O documento descreve diferentes tipos de marcas usadas para indicar a propriedade de livros, como ex-libris, assinaturas e carimbos. Exemplifica cada tipo com imagens de marcas encontradas em livros da Biblioteca Central da UFRGS.
Influência da Cultura Holandesa no Brasil - História da ArteCarson Souza
O documento descreve a expedição de artistas holandeses como Albert Eckhout e Franz Post ao Nordeste brasileiro no século XVII sob a liderança de Maurício de Nassau. Eckhout e Post produziram centenas de obras documentando a fauna, flora e etnias locais. Suas obras foram publicadas no livro Rerum per Octennuim in Brasilia de Gaspar Barlaeus e muitas estão hoje no Museu Nacional da Dinamarca.
Este documento discute a representação do meridiano do Tratado de Tordesilhas no planisférico de Cantino de 1502. Apresenta uma descrição detalhada do mapa e sua importância histórica como a primeira representação gráfica do território brasileiro. Questiona a tese de que o mapa prova a existência da expedição de Américo Vespúcio ao Brasil em 1501, apontando contradições entre o relato de Vespúcio e as informações contidas no mapa.
Este documento apresenta um resumo da tradição textual medieval sobre Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Discute-se as principais narrativas escritas sobre sua vida e feitos, como as Crônicas Breves de Santa Cruz de Coimbra e o Livro de Linhagens do Conde D. Pedro. Estas narrativas variam ligeiramente em detalhes e ordem dos eventos, porém todas descrevem os principais momentos da vida de Afonso Henriques, como a Batalha de São Mamede, a conquista de Santarém e a vit
Exposição de ex-libris e marcas de propriedade de livros do Departamento de Obras Raras da Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Livros proibidos 50 anos do fim do index librorum prohibitorumEugenio Hansen, OFS
Este documento descreve uma exposição na Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sobre os 50 anos desde o fim do Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros proibidos mantida pela Igreja Católica. A exposição inclui exemplares raros de obras que foram banidas, como os Ensaios de Montaigne e o Discurso do Método de Descartes. O documento fornece detalhes sobre a história do Index e sua abolição pelo Papa Paulo VI em 1966.
Este documento descreve uma exposição realizada na Biblioteca Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul sobre os 50 anos desde o fim do Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros proibidos mantida pela Igreja Católica. A exposição incluiu obras que foram banidas pela lista ao longo dos 400 anos que esteve ativa, cobrindo temas como protestantismo, ciência, filosofia e literatura considerada "lasciva". O documento fornece detalhes sobre a criação e evolução da lista ao longo do tempo, até sua rev
1) Leonardo da Vinci realizou estudos anatômicos entre 1485 e 1515 em Milão e Roma, dissecando mais de 30 corpos. Seus manuscritos foram dispersos após sua morte.
2) No século 16, Pompeo Leoni compilou alguns manuscritos em dois volumes, sendo um deles o Codice Atlantico. No século 17, outros manuscritos foram para a Inglaterra.
3) Os estudos anatômicos de Leonardo permaneceram pouco conhecidos até o final do século 19, quando foram public
- O documento discute manuscritos e documentos antigos relacionados à maçonaria, incluindo os Old Charges, que continham as antigas obrigações dos maçons operativos. Muitos desses manuscritos históricos foram perdidos ou destruídos ao longo dos séculos. O documento fornece detalhes sobre alguns manuscritos importantes que sobreviveram e estão arquivados em bibliotecas ao redor do mundo.
Rinascita formação e história dos instrumentosRinascitapmc
O documento descreve a história da flauta doce, desde suas origens há 35 mil anos como flautas de osso e marfim até seu apogeu nos séculos XVI-XVIII. A flauta doce declinou no século XVIII com o surgimento da orquestra clássica, mas renasceu no século XIX graças a pesquisadores como Arnold Dolmetsch. Hoje a flauta doce é um instrumento importante para a música antiga e contemporânea.
Rinascita formação e história dos instrumentosRinascitapmc
A flauta doce é um dos instrumentos mais antigos, com exemplos datando de 35 mil anos atrás. Durante a Idade Média, a flauta doce evoluiu para ter sete buracos e foi usada em conjuntos. No Renascimento, fabricantes produziram conjuntos de flautas doces em tamanhos diferentes e o primeiro método para o instrumento foi publicado. A flauta doce barroca foi modificada para ter maior extensão e timbre. No século XVIII, a flauta doce declinou em
30 minutos de sua vida em troca da eternidade o caminho dos mortos no papir...Jose Renato Dos Santos
O documento descreve o Livro dos Mortos do Antigo Egito, incluindo sua origem, estrutura e propósito. O Livro dos Mortos continha fórmulas e encantamentos para ajudar o falecido a passar pelo julgamento de Osíris e se tornar um espírito glorificado capaz de viajar com o deus sol. Seu objetivo principal era fornecer aos mortos os meios de obter a sobrevivência no mundo dos mortos através de prece, regeneração e domínio das forças divinas.
Biblioteca do Convento de Mafra inês branco 4ºbCristina Calado
A biblioteca do Convento de Mafra possui cerca de 36.000 volumes de vários séculos, incluindo obras raras como a Crónica de Nuremberga. Localiza-se no 4o andar da ala nascente do convento e cobre uma área de 85m x 9,5m.
O documento descreve a expedição do conde Maurício de Nassau ao Nordeste brasileiro no século XVII e o trabalho dos pintores Albert Eckhout e Franz Post que o acompanharam. Eckhout e Post produziram centenas de desenhos e pinturas retratando a fauna, flora, paisagens e etnias locais. Suas obras serviram para ilustrar o livro "Rerum per Octennium in Brasilia", uma crônica da expedição.
Este documento é uma introdução à tragédia Antígona de Sófocles. Resume a história do mito sobre o qual se baseia a peça, analisa sua estrutura e discute a data provável de sua composição entre 441-442 a.C.
O documento discute a importância da ciência e tecnologia no Brasil e traça um breve esboço de seu desenvolvimento desde a descoberta do país. Apresenta definições de ciência e tecnologia e descreve como a vinda da família real portuguesa em 1808 estimulou o estudo da natureza brasileira por cientistas europeus e a criação de escolas de ensino superior, beneficiando o desenvolvimento científico no Brasil.
Registro simplificado das marcas do Espírito Santo ao longo da história do cristianismo.
Uma resposta aos cessacionistas que negam a atualidade dos dons espirituais na igreja moderna.
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
O documento discute a oposição nacionalista ao rei D. Pedro IV no início do liberalismo português. Detalha como o país se dividiu entre partidários de D. Pedro e D. Miguel durante esta época turbulenta. Também descreve um dos maiores inimigos de D. Pedro, Joaquim António da Silva, conhecido como "Silva das Barbas", que distribuía panfletos difamatórios contra o rei.
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
O documento descreve as principais instituições reguladoras da fazenda pública no Algarve no início do período liberal em Portugal. Estas incluíam a Provedoria da Fazenda Pública, a Superintendência Geral dos Tabacos, o Corregedor e os Juízes de Fora, que supervisionavam a cobrança de impostos e a gestão financeira dos municípios. O documento também discute outros tributos como a sisa.
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
O Algarve, pelo evoluir dos acontecimentos políticos, que marcaram a primeira metade do séc. XIX, constituiu-se numa espécie de enclave revolucionário, liberal-constitucionalista, de
apoio e em consonância com a Junta Governativa do Porto. Se tivesse havido melhor coordenação de meios, e sobretudo mais apoio no efectivo castrense, a revolta cartista do eixo Porto-Algarve não teria desembocado no triste episódio da “belfastada”. O fracasso da “Revolta de Maio”, em 1828 no Algarve, contribuiu decisivamente para a usurpação miguelista e para a restauração do absolutismo, cujo clima persecutório acabaria por desencadear a guerra civil.
Na verdade, a prepotência miguelista deixou-se resvalar para os limites da insanidade política, num quotidiano excessivamente repressivo, vedando à nação os seus mais elementares direitos de cidadania. O autismo político do regime absolutista dividiu o país em dois projectos distintos – o do passado tradicionalista,
apostólico e legitimista; e o do futuro, liberal, constitucional e parlamentar. A grande diferença entre os dois projectos políticos incidia na concepção e cedência da liberdade, para transformar os vassalos em cidadãos.
O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828José Mesquita
Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
Depoimento memorialista sobre o convívio, a amizade e a vida académica desenvolvida ao longo de anos com o Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, eminente historiador, docente da universidade de Coimbra, deputado da 1ª Assembleia Constituinte após o 25 de Abril, e figura de relevo na sociedade portuguesa, no último quartel do século XX.
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
Durante as lutas liberais no século XIX, Loulé e o Algarve apoiaram amplamente as forças liberais devido à sua mentalidade cosmopolita moldada pelo comércio e à sua proximidade com o Porto, centro do movimento liberal. Embora não tenha participado ativamente nas revoluções iniciais, o Algarve expressou apoio à Constituição de 1826. Nas disputas entre absolutistas e liberais, os algarvios ficaram do lado dos liberais e de Pedro IV, apesar das questões de legitimidade de ambos os l
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O documento descreve o caso de Felipa de Sousa, uma mulher de Tavira, Portugal condenada pela Inquisição no Brasil colonial no século XVI pelo "pecado nefando da sodomia". Ela foi acusada junto com outra mulher após interrogatório forçado. Este foi o primeiro caso registrado de condenação por lesbianismo pela Inquisição nas Américas. O documento também fornece contexto histórico sobre a Inquisição e a sociedade colonial brasileira na época.
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
Entende-se por “Banha da Cobra” tudo aquilo que sendo um simples placebo, isto é, inócuo e inútil, se difunde e propaga publicamente como algo comprovadamente eficaz, seguro, poderoso e miraculosamente infalível. Para os lexicólogos significa algo que se publicita ou anuncia para endrominar incautos; um palavreado com o velado propósito de enganar os outros; uma proposta ou promessa de que não existe intenção de cumprir. Em suma, uma mentira, uma trapaça, um ludíbrio, uma vigarice. Hoje a expressão “banha da cobra” é usualmente empregue de modo pejorativo. E o "vendedor de banha da cobra" identifica alguém que é mentiroso, charlatão e de falsa índole. A banha da cobra é sempre a mesma, porque o prazer psicótico da fraude não se refreia perante a ganância de lucros tão arrebatadores. O que muda é a embalagem, isto é, o design e o marketing, porque a finalidade é sempre a mesma, sendo inclusivamente comum à mensagem hipocrática: submeter a dor e o sofrimento, vencer a doença. A diferença é que os charlatães visam apenas o lucro pelo embuste, enquanto os médicos e a medicina validam a ciência no confronto com a doença e o padecimento, na quimérica ilusão de triunfarem sobre a morte.
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
1. O documento discute as epidemias ao longo da história, incluindo a Peste Negra que matou metade da população européia no século XIV.
2. Ele define os termos infecção, epidemia e peste, explicando como as doenças se espalham.
3. O foco é nas epidemias de cólera no século XIX no Algarve, Portugal.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
Desenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
Artigo científico sobre a acção político-militar de José Joaquim de Sousa Reis, depois transformado no herói popular que o vulgo designava por Remexido, famoso guerrilheiro que sustentou a causa miguelista até ao fim do período histórico conhecido por Setembrimo. Foi, e ainda é, uma das mais carismáticas figuras da história regional algarvia, retratado em diversas obras da literatura portuguesa, desde o séc. XIX até à actualidade.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
Este documento descreve as tradições de Natal portuguesas. Apresenta as principais tradições como a queima do madeiro, a consoada, a missa do galo, o presépio, as janeiras e reis, e os cortejos dos reis magos. Explora as variações regionais destas tradições, especialmente no que diz respeito à gastronomia de Natal, e discute a origem e significado destas celebrações.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
Na esperança de encontrarmos as genuínas manifestações culturais do Natal, fomos até à serra algarvia, cujos lugarejos percorremos ao sabor e à aventura de seculares caminhos. Conversámos com anciãos de provecta idade, em diferentes “montes” e em esconsos sítios, mas também falámos com pessoas instruídas e alguns jovens, que nesta quadra retornam às suas origens familiares para passarem as suas férias natalícias. Depressa concluímos que as tradições antigas se perderam, e são já irrecuperáveis; que a juventude pouco se interessa com o passado e que despreza as tradições etnográficas; que a televisão, pela sua massificação telenovelesca, faz reter as pessoas em casa e retira o convívio social, perdendo-se também o diálogo familiar em torno da lareira, durante o qual se transmitiam aos jovens as estórias do romanceiro popular; que a carestia de vida exterminou quase por completo as visitas aos lares para estreitar relações… Consensual entre as diferentes gerações é a ideia de o Natal ser a época em que se recebem presentes, sendo, enfim, a consoada uma noite especialmente feliz, mas muito menos alegre do que a noite da Passagem de Ano.
Permanece ainda desse passado a Ceia de Natal, assim como a gastronomia tradicional, a reunião da família, o presépio e os grupos de cantadores populares, a que chamam «charolas», que animam as noites frias das janeiras e das reisadas.
O documento resume um discurso sobre o lançamento do livro de poemas "A Minha Rua", de Ernesto Silva. Em três frases:
1) Elogia o livro por perpetuar a cultura e memória de Aljezur através da poesia popular de Ernesto Silva.
2) Destaca a diversidade de temas abordados nos poemas, como a família, a terra e a filosofia de vida.
3) Parabeniza a Câmara Municipal por promover a cultura local através de obras como esta.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
O órgão da sé de faro
1. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
1
José Carlos Vilhena Mesquita
O ORGÃO DA SÉ DE FARO
– do pouco que se sabe ao muito que se presume.
Publicado na obra A Música Uma Tradição Algarvia,
edição da Delegação Regional do Sul da Secretaria de Estado da Cultura, Faro, 1989, pp. 103-110
2. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
2
O ORGÃO DA SÉ DE FARO
– do pouco que se sabe ao muito que se presume.
À entrada da Sé de Faro, junto ao coro alto na nave esquerda, constitui uma
surpreendente presença o belo e majestoso móvel, de proporções agigantadas, encimado
por três anjos de perceptível traço joanino, dos quais se desprendem filigranas de talha
dourada que emolduram um resplandecente conjunto artístico, de tonalidade acharoada,
ornamentado por cenas bucólicas de inspiração chinesa.
Trata-se do Órgão Grande da Sé Catedral de Faro, peça invejável e de reconhecível
ancestralidade, cuja inserção no contexto do património musical algarvio assume lugar
cimeiro e até de particular relevo no acervo artístico português. Não foi, pois, com
imerecida exaltação que publicamente salientamos a sua magnífica factura e rara beleza,
considerando-o como uma das mais atractivas e apreciadas jóias artísticas da Sé de
Faro.1
Atraídas pelo seu valor artístico prenderam-se as atenções de alguns estudiosos e
investigadores. Não muitos, porém os suficientes
para deixarem em aberto algumas dúvidas para
ulteriores e mais aturadas investigações.
Com efeito, em torno deste notável
exemplar da nossa arte musical gerou-se uma
questão de capital importância, que consiste, tão
simplesmente, na sua origem cronológica e na
consequente aquisição do mesmo por parte do
cabido farense. O desconhecimento deste
pormenor é, por si, suficiente para fazer
desmoronar algumas das opiniões formuladas sobre o assunto e, com isso, obrigar a
reformular as investigações precedentes.
Não dispondo de elementos seguros que possam contrariar, ou refutar, os actuais
conhecimentos, limitar-me-ei apenas a equacionar as teses perfilhadas pelos
investigadores que com maior probidade analisaram o tema.
Numa ordem de pertinente sequência destacamos três autores: Luís Artur Esteves
Pereira, José António Pinheiro e Rosa e o Prof. Doutor Marcello Martiniano Pereira.
1
Vide J. C. Vilhena Mesquita, "Um órgão joanino na Sé de Faro. Persistem algumas dúvidas acerca do seu construtor", in
«Diário de Notícias», de 24-4-1984.
Sé de Faro (gravura antiga), construída no séc. XIII
3. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
3
I. Um órgão de "interesse europeu", supostamente construído pelo mestre
alemão Arp Schnitger.
O primeiro dos citados estudiosos publicou no semanário farense «Correio do Sul»
um artigo, de que se ditou separata2
, onde sustenta que a autoria do órgão da Sé de Faro
deveria atribuir-se ao famoso organista hamburguês Arp Schnitger (1648-1719).
Fundamenta a sua teoria nas semelhanças existentes com um outro órgão situado em
Cappel, uma pequena cidade alemã a sul da foz do Elba, que teria sido, com toda a
certeza, construído por Arp Schnitger. A concepção funcional deste órgão é quase
idêntica ao de Faro, com a torreta central de cinco faces e sete tubos flautados, torretas
laterais triangulares de sete tubos cada, apresentando nos
espaços intermédios pequenos tubos, alguns deles apenas
ornamentais, como é o caso dos "cónegos".3
O método comparativo, quer do traço artístico quer da
composição técnica, parece constituir o único meio utilizado por
Esteves Pereira para instruir a sua teoria. Faltou-lhe, porém, a
hombridade de revelar que a 10 de Outubro de 1964, ou seja 5
anos antes de escrever este artigo, havia escrito uma carta ao Dr.
Gustav Fock, musicólogo e especialista na arte do órgão na
Alemanha do Norte, na qual lhe pedia informações acerca de
Arp Schnitger. Respondeu-lhe este erudito alemão em 26 de
Outubro, afirmando que um organista de Groninga, chamado
Siwert Meijer4
publicara em 1853 uma série de artigos
biográficos sobre Arp Schnitger, alicerçados nos manuscritos
deixados por aquele célebre organeiro. Receava, porém, que esses documentos já não
existissem. De qualquer modo, afirmava que Neijer transcrevera uma nota onde
Schnitger registara a seguinte mensagem: «1701... dois órgãos construídos, cada um
com 12 registos, dois teclados e um fole. Ambos enviados a Portugal».5
2
L. A. Esteves Pereira, O Órgão da Sé de Faro, Faro, separata do «Correio do Sul», 1969.
3
Cf. Idem, op. cit., p. 5.
4
Siwert Meijer foi um organista de merecimento que exerceu a sua profissão na cidade de Groninga, pelo menos desde
1850. De apreciável cultura intelectual a ele se deve um desenvolvido trabalho sobre a vida e obra de Arp Schnitger,
subordinado ao título "Contribuição para a história da construção do órgão", publicado em 1853-1854 no jornal «Caecilia,
Allgemeen muzikaal tijdschrift van Nederland» que se editava em Utreque. Para a elaboração deste trabalho, serviu-se de
vários manuscritos alemães do próprio Schnitger, pertencentes a uma família de organeiros de apelido Freytag. Os artigos de
Siwert Meijer revelam-se de grande interesse, mas infelizmente receia-se que a documentação por ele consultada se tenha
perdido.
5
Vide Marcello Martiniano Ferreira, Arp Schnitger, dois órgãos congéneres de 1701. Suas destinações atuais e
características técnicas 2 vols., dissertação de Doutoramento, dactilografado, Roma, Instituto Pontifício de Musica Sacra,
1984-1985, vol. I, pp. 37-38, onde se publica, em francês, a carta do Dr. Gustav Fock.
Sebastian Bach, emérito
organista, preferia os órgãos
fabricados por Arp Snitger
4. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
4
Ainda na mesma missiva o Dr. Gustav Fock informava o seu correspondente de
que o Dr. Rudolph Reuter da Universidade de Muenster lhe revelara, por ter observado
in loco, «que na Catedral de Faro existia um órgão de estilo nórdico, mas parecera-lhe
que este possuía mais de 12 registos. Contudo, disseram-lhe em Faro que o órgão teria
vindo da Holanda».6
Acontece que nenhum destes esclarecimentos prestados pelo Dr.Fock se encontram
citados no artigo de L.A.Esteves Pereira, atitude que sendo deselegante é também
incompreensível para um investigador da sua
envergadura.
Por outro lado, o Dr. Ayres de Carvalho,
mercê das investigações a que procedia e mais
tarde materializaria em livro7
, revelou-lhe a
descoberta dos contratos notariais de Ioanes
Henriques Ulemcamp8
, para a construção de
dois órgãos; o primeiro dos quais, datado de
27-8-1711, dizia respeito à Igreja de S.
Francisco em Lisboa9
e o segundo, datado de
25-11-1721, ao convento do Carmo na mesma
cidade.10
Muito embora estas datas não fossem
concludentes, entendeu Esteves Pereira que os
dois órgãos, de S. Francisco (1711) e da Sé de
Faro (1716), correspondiam àqueles que Arp
Schnitger teria enviado para Portugal. Apesar
de incorrecta, esta dedução parece lógica,
porque Esteves Pereira, no intuito de lhe dar
maior credibilidade, omitiu no seu trabalho a
data de 1701 que, como vimos atrás, constitui o ano da construção de dois órgãos
enviados por Arp Schnitger. Mais inexacto ainda é o facto de Esteves Pereira remeter
para nota de rodapé as informações prestadas pelo Dr. Gustav Fock, como presumível
suporte da "concordância" de datas – o que pela carta acima transcrita se comprova
precisamente o contrário. Além disso, nos contratos referidos ficava explícito que a
construção dos mesmos seria, unicamente, da responsabilidade de Ulemcamp, para além
6
Idem, op. cit., vol. I, p. 38.
7
A. Ayres de Carvalho, Documentário artístico do primeiro quartel de setecentos exarado nas notas dos Tabeliães de
Lisboa, Braga, 1973, separata da revista «Bracara Augusta», vol. XXVIII, nºs 63 a 75.
8
Sobre João Henriques Ulemcamp podem-se obter alguns informes biográficos na obra de Ernesto Vieira, Diccionario
biographico de musicos portugueses, 2 vols., Lisboa, 1900, p. 489.
9
ANTT, Cartório Notarial, nº 11, Livro 18, 1711, fls. 94-95.
10
ANTT, Cartório Notarial, nº 9-A, Livro 381, 1721, fls. 68vº-69vº.
Órgão da Sé de Faro, construído por Arp Schnitger
5. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
5
de que o de S. Francisco possui 20 registos e não 12 como os que Schnitger mandou
para o nosso país em 1701.
A principal razão que levou Esteves Pereira a admitir a autoria de Arp Schnitger
prende-se com o facto de ter lido uma mensagem assinada por C. David11
– que se
encontrava colada junto à ombreira da porta que dá acesso ao interior da caixa do órgão
– na qual se afirma o seguinte:
"Este órgão foi encomendado
pelo Revmº Cabido desta Cate-
dral no anno de 1715 ao orga-
neiro João Henriques, residente
em Lisboa o qual veio colo-
cal-o em 1716.
No anno de 1767 foi aumen-
tado com jogos novos e (novos) re-
gistos entre os quaes foi [pos-]
to o d'echo e contra echo pe-
lo organeiro Pascoal.
Foi limpo e afinado nos annos
de 1722, 1775,1814 e ultimo
no mez de Agosto de 1874 pelo
organeiro hespanhol D. Fran-
cisco Alcaide.
No compartimento inferior deixo
[???]..............................
C. David"12
Como se constata, as informações aí contidas são bastante preciosas para o
esclarecimento da (presumível) origem, data de aquisição e autoria do órgão. O ano de
1716, que também se encontra gravado na caixa do mesmo, parece confirmar uma
"encomenda" feita pelo Cabido de Faro a um organeiro de nome João Henriques.
Bastou essa referência para que Esteves Pereira supusesse tratar-se do organeiro alemão
Johannes Heinhrich Hulemkamph, cuja adaptação para português redundara em João
Henriques Ulemcampo. Acontece que Arp Schnitger tivera entre os seus colaboradores
precisamente este Hulemkamph, resultando daqui a hipótese deste organeiro ter vindo
11
Trata-se do cónego António Fernandes da Cruz David, que nasceu em Faro a 22-7-1834 e era filho de Manuel Fernandes
David, natural de Pedrógão, da diocese de Coimbra, e de Maria Theodora da Cruz, natural de Faro. Curiosamente, o pai
viera para esta cidade aprender o ofício de Farmacêutico no Colégio dos Carmelitas Descalços.
No Arquivo da Câmara Eclesiástica de Faro, Livro dos Empregados Eclesiásticos, consta que se ordenou presbítero em
19-9-1857; foi Ajudador da Sé de Faro desde 1858 até 2-4-1865, ano em que foi promovido a Encomendado na Reitoria,
voltando a Ajudador na Sé desde 8-1 até 24-10-1866, altura em que foi Encomendado para a Igreja de S. Pedro. Todavia,
em 1866, já era Cónego. Faleceu a 12-12-1889.
12
Transcrito por L. A. Esteves Pereira, op. cit., p. 3.
6. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
6
para Portugal no princípio do século XVIII acompanhado dos tais órgãos enviados pelo
seu mestre. No entanto, voltamos a lembrar que nos contratos relativos aos órgãos de S.
Francisco e do Carmo é o nome de João Henriques que unicamente aparece citado. De
qualquer modo, ainda que todas estas hipóteses possam corresponder à verdade e
mesmo que na concepção estrutural dos órgãos existam fortes semelhanças com os seus
congéneres alemães, parece-me algo forçada a atribuição da autoria a Arp Schnitger.
Em suma, a tese de Esteves Pereira poderá esquematizar-se da seguinte forma:
a) O escrito colado no órgão de Faro e assinado por C. David comprova a data de
1716.
b) O nome de João Henriques deveria corresponder ao do organeiro hamburguês
Hulemkamph, construtor dos órgãos de S. Francisco e do Convento do Carmo em
Lisboa.
c) Sabendo-se que, nos princípios do século XVIII, Arp Schnitger enviou para
Portugal dois órgãos e que Hulemkamph era seu colaborador directo, fácil se torna
admitir que a construção do mesmo tenha pertencido àquele mestre alemão.
d) A semelhança existente com o órgão de Cappel, da comprovada autoria de Arp
Schnitger, indicia um construtor comum. A análise técnica do órgão de Faro parece
indicar uma origem alemã.
Não obstante tudo quanto ficou dito, permanece em aberto a questão por inteiro,
visto não terem sido aduzidas provas concludentes.
E o certo é que tanto Esteves Pereira como os investigadores que a seguir iremos
referir ainda não descobriram o contrato, o recibo ou a nota de encomenda do órgão
pelo cabido farense, documentos que poderiam revelar definitivamente as suas origens.
II. A dúvida criteriosa impregna o espírito
hermenêutico da História.
– A tese de Pinheiro e Rosa.
O conhecido investigador e académico José António
Pinheiro e Rosa, após ter lido o estudo de Esteves Pereira,
escreveu no semanário farense «Folha do Domingo» uma série
de artigos subordinados ao título "E o mudo falou... O órgão da Sé de Faro"13
. Com base
nos livros capitulares (Acórdãos do Cabido e Contas da Fábrica da Santa Sé Catedral)
o autor concluiu que nenhuma destas fontes documentais comprova a encomenda de um
órgão efectuada pelo Revmº Cabido de Faro a João Henriques, que o teria vindo colocar
13
Ver «Folha do Domingo» de 18 de Outubro a 15 de Novembro de 1969.
7. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
7
nesta Sé Catedral em 1716. Bem pelo contrário, nos livros capitulares transparece a
existência do(s) órgão(s) desde 1628 e com referência a certos detalhes que inibem
quaisquer hipóteses de substituição do mesmo nos séculos seguintes. Ficariam, deste
modo, refutadas as informações apensas pelo cónego Cruz David no interior da caixa
daquele instrumento.
Relativamente à inscrição de "1716" – gravada a ouro no próprio órgão – admite
que teria sido ali incrustada pelo pintor Francisco Correia em 1751 durante a vacância
da Sé, «por saber que, nesse ano, o órgão tinha sido colocado no seu coreto, transferido
do coro, onde a princípio estivera, tendo os foles no coreto por cima do baptistério, que
só após o terramoto [de 1722] passaram para o fundo do coro, onde agora estão».14
Referindo-se à tese de Esteves Pereira contesta-lhe, ainda, a comparação
estabelecida com o órgão de Cappel, por esta se fundamentar em razões de semelhança
que lhe parecem algo forçadas e até inexistentes. Com efeito, Pinheiro e Rosa sustenta
que as diferenças entre ambos são notórias e até acentuadamente distintas:
1º A caixa do órgão de Faro é nitidamente uma peça artística que deverá remontar
ao reinado de D. João V, sendo quase certa a intervenção de pintores e entalhadores
portugueses.
2º Do meio da fachada até à base, as
duas caixas são diferentes do órgão de
Cappel.
3º A pintura e a douradura datam de
1751, conforme se atesta nos livros
capitulares.
4º A divisão dos registos do positivo
de peito, embora de fabrico alemão,
deveria ser originária do século XVII. De
qualquer modo, as reformas operadas pelo
organeiro italiano D. Pascoal Caetano
Oldovini, pouco depois do terramoto até
1779, alteraram substancialmente o
processo dos registos, embora sem
conseguir modificar a qualidade
«aveludada do próprio som».15
De qualquer modo, a tão criteriosa
quanto inquietante incerteza em que Pinheiro e Rosa se mantinha inamovível prende-se,
única e exclusivamente, com a falta de provas documentais que asseverem a compra do
14
J. A. Pinheiro e Rosa, A Catedral do Algarve e o seu Cabido. Sé em Faro, 2 vols., Faro, separata dos «Anais do
Município de Faro», 1983-1984, vol. I, p. 81.
15
J.A. Pinheiro e Rosa, Órgãos, organistas e organeiros no Algarve dos séculos XVII a XX, Lisboa, Instituto Português do
Património Cultural, 1987, pp. 9-10.
O Prof. Pinheiro e Rosa, nos anos sessenta, tocando
órgão na Igreja de São Lourenço de Almancil
8. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
8
órgão de Faro. Estranha sobremaneira aquele investigador que a aquisição de tão
preciosa quanto avultada peça da nossa arte musical não tenha ficado registada nos
livros capitulares. Por outro lado, interroga-se sobre o destino que teria tido o órgão (ou
órgãos) que os documentos referenciam desde 1628.
Apesar de tudo, Pinheiro e Rosa não parecia interessado em alimentar polémicas,
frisando até que não pretendia contestar a possibilidade do órgão da Sé de Faro ter sido
construído por Arp Schnitger e de João Henriques Ulemcamp ter servido de
intermediário no negócio da compra do mesmo. Não vale a pena desmanchar prazeres
enquanto não aparecer o tal recibo ou uma prova fidedigna da sua aquisição – diríamos
nós pelo autor!
III. A reformulação da hipótese inicial origina uma dissertação de
doutoramento.
O mais recente investigador que a este assunto dedicou a sua atenção foi o Prof.
Doutor Marcello Martiniano Ferreira16
, que na sua dissertação de doutoramento,
defendida em Roma, desenvolve uma perspicaz cadeia de raciocínios e argumentos
lógicos, fundamentados na investigação histórica e, sobretudo, na constituição técnico-
estrutural do órgão, a ponto de concluir que existem fortes semelhanças (quase uma
duplicação) com um seu congénere na Sé de Mariana, no estado de Minas Gerais, no
Brasil.
Trata-se, com efeito, de um estudo sério e cientificamente conduzido, que tivemos
a oportunidade de apreciar atentamente na edição dactilografada apresentada ao
Instituto de Musica Sacra de Roma. A opinião com que ficamos é a de que constitui um
esforço imenso para provar que o órgão da Sé de Mariana – que o autor conhece ao
pormenor – era uma espécie de "irmão gémeo" do de Faro. A expressão é do próprio
autor. Mas, para que assim pudesse ser considerado, impunha-se saber quem teria sido o
"pai", o que o autor não conseguiu apurar com toda a certeza, senão através de
aproximações de semelhança técnica que o induziram a atribuir a mesma identidade,
autoria ou "paternidade".
Mas vejamos as razões que levaram o Prof. M. M. Ferreira a interessar-se pelo
órgão de Faro.
Em primeiro lugar, este organista brasileiro e especialista em música sacra estudou
em pormenor o órgão da Sé de Mariana, sobre cujo passado histórico decidiu elaborar
16
Marcello Martiniano Ferreira nasceu em Ponte Nova, no estado de Minas Gerais, Brasil, a 27-11-1932. Estudou no
colégio Salesiano, onde fez o seu noviciado, e frequentou a classe de piano da Prof.ª Helena Lodi em Belo Horizonte.
Exerceu o múnus religioso no Rio de Janeiro em cuja Universidade se diplomou em piano, seguindo depois para Roma onde
se especializaria em órgão no Instituto Pontifício Superior de Música Sacra. Obteria ainda o curso de cravo no
Conservatório de St.ª Cecília. Especializou-se em órgão e cravo na "Schola Cantorum" de Paris, na Escola Superior de
Música em Munique, em Haarlem na Holanda e em Perusa na Itália. No Instituto Pontifício de Musica Sacra, em Roma,
defendeu, a 18-4-1985, a sua Tese Doutoral que foi aprovada com distinção e louvor.
9. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
9
um trabalho de carácter académico. Surgiu, assim, a ideia de realizar a sua dissertação
de doutoramento. Contudo, o seu orientador de tese sugeriu-lhe que encetasse uma
estratégia de investigação com base no método comparativo, na medida em que sendo o
órgão de Mariana da (suposta) autoria de Arp Schnitger outros encontraria, certamente,
da mesma origem na Alemanha. Aquela sugestão ficaria ainda mais reforçada quando o
organista e musicólogo Helmut Winter – que em 11-5-1974 viera inaugurar o órgão de
Faro depois do seu restauro na empresa holandesa D. A. Flentrop de Zaandam,
efectuado entre 1972 e 1974 a expensas da Fundação Caloustre Gulbenkian – o
informou que na capital do Algarve existia um órgão muito semelhante ao de Cappel.
Sabendo-se que este último era da autoria de Arp Schnitger e que o de Mariana se
atribuía ao mesmo construtor, fácil se tornou deduzir que o de Faro, pelas semelhanças
artísticas existentes com os anteriores, seria da mesma origem.
E, de facto, o Prof. M. M. Ferreira
após ter procedido a minuciosas análises
comparativas entre os dois órgãos, do
Brasil e do Algarve, concluiu que
pertenciam ambos ao mesmo construtor.
Mas, se umas vezes essas semelhanças
eram quase evidentes, noutras, porém,
diferiam substancialmente, o que o autor
procurou tornear, justificando-as através
dos restauros e acrescentamentos
introduzidos em 1767 por D. Pascoal
Caetano Oldovini, cujas alterações técnicas
não seriam conhecidas ou utilizadas na
Alemanha.
Muito embora a obra do Prof. M. M.
Ferreira se possa considerar de grande
mérito, especialmente pelo facto de se
estribar em numerosos documentos (a
maioria dos quais já haviam sido
compulsados por Pinheiro e Rosa), o certo
é que lhe faltam provas concludentes
acerca da data original do órgão, o que, no
caso, contraria bastante os pressupostos e
objectivos primaciais da própria tese.
Deixamos, acima, explícito, e de forma resumida, que pertencem a Pinheiro e Rosa
alguns dos argumentos que a posteriori viriam a constituir fundamentais objecções à
tese do investigador brasileiro. Por consequência, a refutação desses argumentos
deveria transformar-se nos pilares de sustentação da obra do Prof. M. M. Ferreira.
Vejamos, então, como o doutorando procurou contrariar o seu involuntário
opositor:
Órgão da Igreja de Mariana da autoria de Arp Schnitger
10. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
10
1. Apesar de nos livros capitulares – dos «Acórdãos» e da «Fábrica» – se constatar
a existência do(s) órgão(s) desde o séc. XVII, nada obsta a que no princípio da centúria
seguinte se tivesse adquirido um novo, para substituir outro velho.
2. Muito embora as fontes documentais não refiram a encomenda do órgão novo –
tanto em 1715 como nos anos anteriores ou posteriores a essa data – não significa isso
que a aquisição não se tivesse efectuado, devido às seguintes razões:
a) Os livros capitulares registam os movimentos económicos de forma muito
sintetizada, incompleta e até truncada em vários lugares. Como prova disso refere que
em 1747 o cónego Bartolomeu Gárfias apresentou ao Cabido um requerimento a pedir
justificação testemunhal de acórdãos tomados no livro que compreende o período de
1701 a 1718, cujas páginas foram arrancadas, mais concretamente as folhas 63-64 e 87-
88.17
b) Confirma-se esta situação em 1715 através da falta de registo dos acórdãos de
13-3 a 17-4, de 26-4 a 12-6 e de 22-6 a 16-12-1715. Também não se transcreveram nos
livros competentes os acórdãos de 29-12-1715 a 20-2-1716, de 4-3 a 23-5, de 20-6 a 8-
8, de 6-10 a 27-10, e, igualmente, nada consta entre Novembro e 12-12-1716.
c) Estes lapsos cronológicos são deveras estranhos quando se sabe que o Cabido
farense se reunia todas as 5ª feiras, não sendo de admitir tão longos hiatos como os que
aconteceram no último semestre de 1715. Além disso, nesse ano a falta de assentos no
livro dos acórdãos totaliza cerca de oito meses e meio. E no ano de 1716 a soma das
lacunas ou interrupções totaliza cerca de sete meses. Apesar de entre 1710 e 1715 se
verificar uma situação de Sé vaga, nada poderá desculpar tão grandes falhas.
d) Muitas das portarias que obrigavam o Tesoureiro a pagamentos de certo vulto
não foram transcritas nos livros dos Acórdãos ou da Fábrica, por constituírem em si
mesmos aquilo a que se chama “papéis avulsos”, sendo previsível que com o decorrer
dos tempos se tivessem perdido. Por isso, a compra do órgão poderia constar numa
dessas portarias.
e) Nos livros da Fábrica não se deveria inscrever a compra do órgão, visto tratar-se
de uma despesa que estaria fora da administração ordinária da Sé. Importa esclarecer
que nesses livros apenas se deveriam citar as despesas relacionadas com as obras de
restauro ou de instalação dos bens patrimoniais. Por isso, as obras do coro alto neles
registadas em 1716 parecem indiciar a instalação do novo órgão: «as verbas registadas
com obras no coro alto nesta época (1716) só se explicam cabalmente como
consequência das modificações que o novo órgão impôs na distribuição do espaço do
coro: nova varanda (coreto), alargamento do espaço para os cónegos e para os
cantores, etc».18
17
Arquivo da Sé de Faro, Livros dos Acórdãos, 1747, doc. avulso. Neste requerimento o cónego Bartolomeu Gárfias
queixa-se não só do arranque de folhas como também de não terem sido escritos vários acórdãos tomados nessa época.
18
Marcello Martiniano Ferreira, op. cit., vol. I, p. 48.
11. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
11
Os documentos que confirmam estas obras revelam que as mesmas se prolongaram
por mais de dois anos.19
f) Nas referidas fontes documentais, a partir de 1716, apenas constam dois assentos
de despesa relacionados com o órgão, o que contrasta com os frequentes gastos
efectuados em anos anteriores. Esta situação parece sugerir que a partir daí o órgão seria
outro, provavelmente novo. Saliente-se que o primeiro caso ocorreu em 172220
, por
causa do terramoto21
, que obrigou à sua afinação, e em 1743 por precisar de um
conserto de que resultaria um melhoramento.22
Apesar de todas estas justificações, que pretendem substanciar a confirmação
lógica da data de 1716 como originária do órgão (corroborando, assim, o letreiro do
cónego David e a inscrição dourada colocada acima da tampa do someiro do órgão
positivo de peito), nada se acrescenta de concreto e indubitável acerca desta tão simples
quanto imprescindível interrogação: Quem pagou o órgão? E quem lhe descobrir a
resposta poderá confirmar ou aniquilar a tese do Prof. M. M. Ferreira!
Na impossibilidade de poder resolver esta questão, o autor adianta algumas
hipóteses que, por enquanto, aguardam ratificação ou refutação documental. Vejamos
quais são essas hipóteses:
1. Tal como D. João V ofereceu
à Sé de Mariana um órgão, também
o poderia ter feito à Catedral de
Faro, até pelo facto de ambos serem
tão parecidos que se poderiam
considerar "gémeos". Mas se não foi
o rei o ofertante, podia tê-lo sido a
Rainha, a cuja Casa pertencia, como
se sabe, a cidade de Faro. Talvez,
ainda no âmbito destas hipóteses, se
possa acrescentar a intercepção
favorável do Secretário de Estado, Cardeal D. João da Mota e Silva, que tinha um
19
Arquivo da Sé de Faro, Livro da Contadoria, 1716, fl. 86vº, onde se regista a verba de 354$420 réis para pagar aos
oficiais que trabalharam nas obras do coro.
Idem, Livro da Fábrica, 1717-1718, fls. 34-35, nas quais se refere o dispêndio de 114$750 réis para acabar de fazer a
obra do coro.
20
Arquivo da Sé de Faro, Livro dos Acórdãos, 1718-1730, fls. 62-62vº, acórdão de 18-6-1722, onde se refere o pagamento
de 15 moedas de 4$800 réis cada a um afinador, por causa da chuva que se infiltrou pelas fendas provocadas pelo terramoto
e caiu sobre o órgão.
21
Em 1716 tudo parece indicar que o órgão grande foi instalado no coreto da nave lateral norte, o que se confirma em 1722,
visto que na altura do sismo então ocorrido fez-se sentir um forte vendaval que inundou de água os foles do órgão,
precisando, por isso, de ser afinado. Já agora, refira-se que o terramoto de 1722 fez ruir o arco do coro alto da Sé e
provocou vários outros estragos, sobretudo na torre-fortaleza.
22
Arquivo da Sé de Faro, Livro dos Acórdãos, 1743-1746, fls. 10-10vº, acórdão de 10-5-1743, no qual se afirma que o
órgão necessitava de 24 cléricos e de trombetas na fachada, importando isso na quantia de 14 moedas de ouro.
Igreja de Mariana, construída no séc. XVIII em estilo Barroco
12. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
12
irmão, Pedro da Mota e Silva, como cónego da Sé de Faro. Aliás em 1715-1716 andava
este Pedro da Mota em Lisboa a proceder a diligências encomendadas pelo Cabido,
podendo-se atribuir a este cónego (que também haveria de ser Secretário de Estado) um
provável pedido de oferta dum órgão para a Sé de Faro.
[Mas o Prof. M.M. Ferreira não descobriu nem conhece quaisquer documentos que
comprovem ou indiciem a veracidade destas hipóteses. Se alguma delas tivesse ocorrido
certamente o Cabido agradeceria, por escrito, tão avultada dádiva.]
2. Outra hipótese seria a doação do órgão por parte de um benemérito, eclesiástico
ou leigo.
[Mas quem? A troco de quê? Por que razão?]
3. Podia admitir-se a compra do órgão com os remanescentes dos "foros dos
órgãos", pois que, na verdade, estes existiam como receita do Cabido para a sustentação
dos organistas, reparações, etc. E se assim fosse não teria o Cabido que agradecer a
ninguém.
[Esta hipótese tem lógica; porém,
o rendimento desses foros não parece
ter sido muito substancial, para além
de que sempre se despendia uma boa
parte nos vencimentos dos organistas e
até nas reparações ocorridas antes de
1716, o que põe de parte a hipótese de
poupanças desde longa data.]
4. O Cabido podia ter comprado o
órgão com verbas que não fossem da
«Fábrica», no que podia contar com a
ajuda da «Mesa Episcopal» [se esta
não estivesse exaurida. Também neste
caso a hipótese parece improvável].
*
* *
Provas documentais? Não há, ou
pelo menos ainda ninguém as
encontrou. Só uma aturada investigação
nos livros do Corpo Cronológico e da
Chancelaria de D. João V, guardados na Torre do Tombo, ou no Arquivo de Mafra
(rico em documentação que se prende com a história da música no séc. XVIII), poderia
concorrer para aclarar estas questões.
Órgão da Sé de Faro, igualmente da autoria de Arp Schnitger
13. O ORGÃO DA SÉ DE FARO
13
Pessoalmente, creio que as minuciosas pesquisas efectuadas por Pinheiro e Rosa e
pelo Prof. M. M. Ferreira no Arquivo Eclesiástico de Faro, fazem supor que a prova
documental, relativa à aquisição do órgão da Sé, deverá ser procurada noutros locais e
noutras fontes, pois é de presumir uma colaboração financeira externa ao Cabido para
este efeito. Enquanto não se descobrir o recibo de pagamento, ou um documento que
comprove a doação do órgão, ninguém poderá afirmar, de forma incontestável, que a
sua autoria pertence a Arp Schnitger, ou que nesta Sé Catedral foi o mesmo instalado
em 1716.
De qualquer modo, e depois de termos lido com certo cuidado a tese do Prof. M.
M. Ferreira, não podemos deixar de concordar que os órgãos de Mariana e de Faro são
muito parecidos. Como o órgão de Cappel, na Alemanha, é da autoria de Arp Schnitger
e possui algumas semelhanças com estes dois, parece lógico admitir que também eles
pertenceriam ao talento do mestre germânico. Todavia, uma coisa é o parecer e outra o
ser. As razões aduzidas pelos investigadores aqui citados, apesar do respeito que nos
merecem, carecem, no entanto, de um alicerçamento documental, capaz de sustentar,
sem quaisquer tibiezas, as suas teorias.
Muito particularmente, estou em crer que o órgão é de facto do século XVIII e
poderá ser até de 1716; mas duvido que pertença a Arp Schnitger. Só a descoberta de
melhores provas poderá, repito, desvendar este imbróglio.
Para terminar, não posso deixar de remeter os estudiosos interessados na técnica
musical dos órgãos setecentistas para a dissertação de doutoramento do Prof. M. M.
Ferreira, que, neste aspecto particular, reputo de brilhante. A apreciação dos elementos
constitutivos dos dois instrumentos e a qualidade do som por eles obtidos é, nesta obra,
analisada até ao mais ínfimo pormenor, seguindo os trâmites duma metodologia
bastante rigorosa. O facto de se tratar de uma obra de índole académica, que se reveste
de particular interesse para o estudo do património musical algarvio, merece da nossa
parte o maior apreço e satisfação.