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TAÍS FERREIRATAÍS FERREIRA
A escola no teatro eA escola no teatro e
o teatro na escolao teatro na escola
Universidade Federal de PelotasUniversidade Federal de Pelotas
Projeto Arte na EscolaProjeto Arte na Escola
14 de outubro de 2010.
Apresentando o estudo:Apresentando o estudo:
TeatroTeatro
infantilinfantil
EscolaEscola
CriançasCrianças
espectadorasespectadoras
TEATROTEATRO
ESTUDOSESTUDOS
CULTURAISCULTURAIS
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
 O teatro como componente curricular obrigatório no
ensino de Artes segundo a LDB 1996.
 O teatro presente tanto nos Parâmetros Curriculares
Nacionais para Ensino Fundamental e Médio,
como nas Orientações Pedagógicas para Ensino
Médio.
 O professor de teatro com formação específica
versus o professor unidocente e seu trabalho com e a
partir da linguagem teatral.
 A escola como cenário e principal mediação na
relação entre as crianças e a linguagem teatral.
 É através da escola que a maior parte das crianças
têm seus primeiros contatos com espetáculos
teatrais (ser espectador de teatro) e também as
primeiras experiências com a prática teatral (fazer
teatro).
Teatro para crianças: a hibridização com os discursosTeatro para crianças: a hibridização com os discursos
e conteúdos escolarese conteúdos escolares
 Em um fluxo de conteúdos, formas e interesses, interpenetrando
espaços físicos e muros, borrando fronteiras, articulando teatro e
escola, indelevelmente (e não impunemente), encontra-se o campo
do teatro infantil.
 Algumas características presentes nos artefatos teatrais
para crianças:
3. intuito didático e moralizante;
4. caráter comercial;
5. apropriação de discursos e temáticas dos conteúdos
curriculares da escola;
6. representação de personagens-criança baseados em
estereótipos de infância;
7. temáticas oníricas que tentam “preservar” as crianças da
realidade, entre outros.
Conceitos importantes para o entendimento daConceitos importantes para o entendimento da
relação das crianças espectadoras com a linguagemrelação das crianças espectadoras com a linguagem
teatral:teatral:
ProcessosProcessos
de recepçãode recepção
MúltiplasMúltiplas
mediaçõesmediações
ReceptorReceptor
ativoativo
Conceitos-chaveConceitos-chave
ESCOLA
FAMÍLIA
MÍDIA
CARACTERÍSTI
CAS FORMAIS,
TEXTUAIS E
LINGUISTICAS
DO
ESPETÁCULO CAPITAL
CULTURAL/
SIMBÓLICO
(REPERTÓRIO
ANTERIOR)
CONTEXTO
SÓCIO-ECON.-
CULTURAL
DOS
RECEPTORES
CONDIÇÕES
DO
MOMENTO DE
RECEPÇÃO
GÊNERO
RAÇA
CLASSE
SOCIAL
IDADE
ETC
ESPECTADOR
LEITOR
OUVINTE
RECEPTOR
MEDIAÇÕES
INSTITUCIONAIS
MEDIAÇÕES
LINGUISTICAS
MEDIAÇÕES
REFERENCIAIS
MEDIAÇÕES
SITUACIONAIS
MEDIAÇÕES
CONTEXTUAIS
MEDIAÇÕES
PESSOAIS
Entre o palco e a platéia: as mediaçõesEntre o palco e a platéia: as mediações
 Mediações contextuais –Mediações contextuais –
Guardas de trânsito emGuardas de trânsito em
motos iam parando osmotos iam parando os
carros para que ascarros para que as
crianças, em filas,crianças, em filas,
atravessassem as ruasatravessassem as ruas
 Mediações de referência –Mediações de referência –
Eu não gosto de filme deEu não gosto de filme de
mulherzinha!mulherzinha!
 Mediações pessoais ouMediações pessoais ou
repertório anterior –repertório anterior – UmaUma
pessoa fazendo ballet epessoa fazendo ballet e
depois vai na aula dedepois vai na aula de
teatrinhoteatrinho
Ju (8 anos) – Eu gostei do Palhaço porque
ele era divertido, ele é todo mole, daquela
parte do avião que ele cai, ele levanta e abre
a janela...
To (8 anos) – Ele é boiola.
Ju – Ele não é boiola!
Ju – Eu gostei da parte, que... como é
que é... aquela lá que eles tavam deitados
aí o Palhaço começa a abri as pernas,
aí levanta, aí ele cai
pra subir...
To – Eu achei o Palhaço muito fraquinho,
porque ele apanhou duma guria...
Eu – E menino não pode apanhar de guria?
Pi (7 anos)– Pode!
Ju – Eu dou soco em todo mundo!
Eu – Ninguém tem que apanhar de
ninguém, né?
To –Tem que rachar...
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Entre o palco e a platéia: as mediaçõesEntre o palco e a platéia: as mediações
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na relação entre asna relação entre as
crianças e o teatro:crianças e o teatro:
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escola e teatroescola e teatro
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mediadora –mediadora – Eu contei proEu contei pro
meu pai, ele disse: - Bah,meu pai, ele disse: - Bah,
mas isso daí não tava pramas isso daí não tava pra
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Eu – E TV, vocês gostam de assistir?
Todos – Ih... (afirmando)
Ka – Eu assisto um monte.
Me – Tu viu Histeria?
Am – Quando eu tenho que sair do meu
colégio, eu tenho que ir ligeirinho na minha
casa pra ver Malhação. Se eu perco um
capítulo de Malhação, eu me mato!
Eu – (risos)
Am – Eu adoro Malhação!!!
Me – Quem não adora?
Eu – Todos dias vocês assistem TV?
Me – Com certeza! Se eu fico um dia sem ver
TV, eu fico louco! Uma vez eu fiquei um mês.
Eu – Castigo?
Me – Tá louco. Minha mãe até tirou a TV
do nosso quarto, eu quase arranquei meus
cabelos. Ela disse até 30 de maio, só que
maio tinha 31 dias...
Eu – O que vocês lembram dos teatros
que já assistiram? O que que tinha?
Me (9 anos) – Coisas chatas.
Eu – Me, por que que é chato? Conta
pra mim.
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que demoooram muito pra chegar
até o fim. E têm umas partes que
são chatas por causa disso.
Eu – Mas chata como? Explica...
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Am (8 anos)– Claro, pra algumas
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Me – Pra mim é!
Pa (8 anos) – Pra mim também é.
Am – Videogame deixa a cabeça dos
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Ka (9 anos)– Videogame enjoa às vezes
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preferenciais de gêneropreferenciais de gênero
Eu – Se vocês pudessem mudar
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Pi – Eu botaria uma bela menina
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 O inusitado, o absurdo e o
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que era suspeito-vaca, aí no fim acabou a
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começaram ter duas cabeças na vaca...
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de mulher e saiu pelada pelo pasto e caiu
um balde de água na cabeça dela e ficou
verde... (risos) Aí ela usou cornos pintados
de verde e ia nascer um pé de feijão.
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Eu – Pi, como seria uma peça que tu ia gostar?
Pi (7 anos)– Ia ser uma peça sobre a paz e a
guerra. O nome da peça era Paz ou Guerra.
Ia ser cheia de crianças, elas viviam numa
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começaram a metralhar a casa. Três
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não eram mãe dela, aí ela um dia disse pros
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terra e vai ir pra outra. Só que eles foram
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tiveram a idéia de ir pro exército
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pode encostar, a gente ouve melhor, é tudo melhor
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através do teatro.
Bibliografia recomendada:Bibliografia recomendada:
 CARNEIRO NETO, Dib. Pecinha é a vovozinha! São Paulo: DBA,
2003.
 CONSELHO Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude. Disponível
em: <www.cbtij.org/>. página na Internet
 DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo:
HUCITEC, 2003.
 FERREIRA, Taís. A escola no teatro e o teatro na escola. Porto Alegre:
Mediação, 2007.
 ______. Pequena tragédia para crianças em um ato – das representações
de infâncias no teatro infantil. Revista Cena 4, DAD/IA/UFRGS, Porto
Alegre, 2006.
 ______. As infâncias no teatro para crianças. In: Revista Art&, n. 1,
abril 2004, São Paulo. Disponível em
<http://www.revista.art.br/trabalhos/pagina/02.htm>.
 ______. Infâncias e estereótipos - teatro para crianças. In: A Página da
Educação, n. 133, abril 2004, Lisboa/ Portugal. Disponível em
<http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=3080>.
 PUPO, Maria Lúcia B. No Reino da Desigualdade – Teatro infantil em São
Paulo nos anos setenta. São Paulo: Perspectiva, 1991.
 ______.Fronteiras etárias no teatro – da demarcação à abertura. Revista do
5o
Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau. Disponível em:
www.cbtij.org.br/arquivo/textos/pops/pop_rev5_mluciapupo.php’
 SANTOS, Vera Bertoni dos. Atenção! Crianças brincando! In: Cor, som e
movimento - a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da
criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 93-126
 ______. Brincadeira e conhecimento – Do faz-de-conta à representação
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A escola no teatro

  • 1. TAÍS FERREIRATAÍS FERREIRA A escola no teatro eA escola no teatro e o teatro na escolao teatro na escola Universidade Federal de PelotasUniversidade Federal de Pelotas Projeto Arte na EscolaProjeto Arte na Escola 14 de outubro de 2010.
  • 2. Apresentando o estudo:Apresentando o estudo: TeatroTeatro infantilinfantil EscolaEscola CriançasCrianças espectadorasespectadoras TEATROTEATRO ESTUDOSESTUDOS CULTURAISCULTURAIS EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO
  • 3.  O teatro como componente curricular obrigatório no ensino de Artes segundo a LDB 1996.  O teatro presente tanto nos Parâmetros Curriculares Nacionais para Ensino Fundamental e Médio, como nas Orientações Pedagógicas para Ensino Médio.  O professor de teatro com formação específica versus o professor unidocente e seu trabalho com e a partir da linguagem teatral.  A escola como cenário e principal mediação na relação entre as crianças e a linguagem teatral.  É através da escola que a maior parte das crianças têm seus primeiros contatos com espetáculos teatrais (ser espectador de teatro) e também as primeiras experiências com a prática teatral (fazer teatro).
  • 4. Teatro para crianças: a hibridização com os discursosTeatro para crianças: a hibridização com os discursos e conteúdos escolarese conteúdos escolares  Em um fluxo de conteúdos, formas e interesses, interpenetrando espaços físicos e muros, borrando fronteiras, articulando teatro e escola, indelevelmente (e não impunemente), encontra-se o campo do teatro infantil.  Algumas características presentes nos artefatos teatrais para crianças: 3. intuito didático e moralizante; 4. caráter comercial; 5. apropriação de discursos e temáticas dos conteúdos curriculares da escola; 6. representação de personagens-criança baseados em estereótipos de infância; 7. temáticas oníricas que tentam “preservar” as crianças da realidade, entre outros.
  • 5. Conceitos importantes para o entendimento daConceitos importantes para o entendimento da relação das crianças espectadoras com a linguagemrelação das crianças espectadoras com a linguagem teatral:teatral: ProcessosProcessos de recepçãode recepção MúltiplasMúltiplas mediaçõesmediações ReceptorReceptor ativoativo Conceitos-chaveConceitos-chave
  • 6. ESCOLA FAMÍLIA MÍDIA CARACTERÍSTI CAS FORMAIS, TEXTUAIS E LINGUISTICAS DO ESPETÁCULO CAPITAL CULTURAL/ SIMBÓLICO (REPERTÓRIO ANTERIOR) CONTEXTO SÓCIO-ECON.- CULTURAL DOS RECEPTORES CONDIÇÕES DO MOMENTO DE RECEPÇÃO GÊNERO RAÇA CLASSE SOCIAL IDADE ETC ESPECTADOR LEITOR OUVINTE RECEPTOR MEDIAÇÕES INSTITUCIONAIS MEDIAÇÕES LINGUISTICAS MEDIAÇÕES REFERENCIAIS MEDIAÇÕES SITUACIONAIS MEDIAÇÕES CONTEXTUAIS MEDIAÇÕES PESSOAIS
  • 7. Entre o palco e a platéia: as mediaçõesEntre o palco e a platéia: as mediações  Mediações contextuais –Mediações contextuais – Guardas de trânsito emGuardas de trânsito em motos iam parando osmotos iam parando os carros para que ascarros para que as crianças, em filas,crianças, em filas, atravessassem as ruasatravessassem as ruas  Mediações de referência –Mediações de referência – Eu não gosto de filme deEu não gosto de filme de mulherzinha!mulherzinha!  Mediações pessoais ouMediações pessoais ou repertório anterior –repertório anterior – UmaUma pessoa fazendo ballet epessoa fazendo ballet e depois vai na aula dedepois vai na aula de teatrinhoteatrinho Ju (8 anos) – Eu gostei do Palhaço porque ele era divertido, ele é todo mole, daquela parte do avião que ele cai, ele levanta e abre a janela... To (8 anos) – Ele é boiola. Ju – Ele não é boiola! Ju – Eu gostei da parte, que... como é que é... aquela lá que eles tavam deitados aí o Palhaço começa a abri as pernas, aí levanta, aí ele cai pra subir... To – Eu achei o Palhaço muito fraquinho, porque ele apanhou duma guria... Eu – E menino não pode apanhar de guria? Pi (7 anos)– Pode! Ju – Eu dou soco em todo mundo! Eu – Ninguém tem que apanhar de ninguém, né? To –Tem que rachar... Pi – Os homem! (risos)
  • 8. Entre o palco e a platéia: as mediaçõesEntre o palco e a platéia: as mediações  As mediações recorrentesAs mediações recorrentes na relação entre asna relação entre as crianças e o teatro:crianças e o teatro:  A intertextualidade entreA intertextualidade entre escola e teatroescola e teatro  A mediação da mídia e dasA mediação da mídia e das tecnologias digitais –tecnologias digitais – Videogame tu podeVideogame tu pode controlar, teatro não!controlar, teatro não!  A família (classe média)A família (classe média) mediadora –mediadora – Eu contei proEu contei pro meu pai, ele disse: - Bah,meu pai, ele disse: - Bah, mas isso daí não tava pramas isso daí não tava pra acontecer...acontecer... Eu – E TV, vocês gostam de assistir? Todos – Ih... (afirmando) Ka – Eu assisto um monte. Me – Tu viu Histeria? Am – Quando eu tenho que sair do meu colégio, eu tenho que ir ligeirinho na minha casa pra ver Malhação. Se eu perco um capítulo de Malhação, eu me mato! Eu – (risos) Am – Eu adoro Malhação!!! Me – Quem não adora? Eu – Todos dias vocês assistem TV? Me – Com certeza! Se eu fico um dia sem ver TV, eu fico louco! Uma vez eu fiquei um mês. Eu – Castigo? Me – Tá louco. Minha mãe até tirou a TV do nosso quarto, eu quase arranquei meus cabelos. Ela disse até 30 de maio, só que maio tinha 31 dias...
  • 9. Eu – O que vocês lembram dos teatros que já assistiram? O que que tinha? Me (9 anos) – Coisas chatas. Eu – Me, por que que é chato? Conta pra mim. Me – Porque às vezes, tem umas partes que demoooram muito pra chegar até o fim. E têm umas partes que são chatas por causa disso. Eu – Mas chata como? Explica... Me – Chata! (risos) Eu – Mas por que que é chato? Me – Ah, é porque eu não gosto de teatro. Eu – Tu não gosta de teatro? Me – Não. Eu – Tu prefere o que? Me – Prefiro videogame. Eu – Me, conta pra mim por que que videogame é mais legal do que teatro? Me – Porque videogame tu pode controlar, teatro não. Am – Tu viu como é, no teatro mostrava, computador é quase a mesma coisa que videogame, também não se joga muito. Me –Mas é bom videogame. Am (8 anos)– Claro, pra algumas pessoas videogame é melhor do que teatro. Me – Pra mim é! Pa (8 anos) – Pra mim também é. Am – Videogame deixa a cabeça dos guris um pouco desmiolada. Ka (9 anos)– Videogame enjoa às vezes porque a gente já sabe o que vai jogar, se a gente vai num teatro, a gente só vai saber o nome, a gente pode ir sempre ao teatro e sempre vai ser diferente. Eu – Nunca é o mesmo? Ka – Às vezes. Pa – No videogame tem a corrida, luta de... Am – É que no videogame tu escolhe...
  • 10. Algumas mediações desviantes, de ruptura ouAlgumas mediações desviantes, de ruptura ou transgressivas de uma (provável) leitura preferencial:transgressivas de uma (provável) leitura preferencial:  A Fadinha Assassina na FlorestaA Fadinha Assassina na Floresta Encantada dos AmoresEncantada dos Amores –– Rupturas com as posiçõesRupturas com as posições preferenciais de gêneropreferenciais de gênero Eu – Se vocês pudessem mudar alguma coisa na peça, o que vocês mudariam? To – Eu faria com que o Palhaço voasse! Pi – Eu botaria uma bela menina que seria eu, que ela fosse uma fadinha, que ela fosse assim de rosa, com o vestido todo rasgado embaixo... Eu – E o que que a fada faria na peça? Pi – A fada ia matar o Dr. Chip! Ju – Matar? Coitado! Pi – E também ia tirar a viseira do Léo...
  • 11.  O inusitado, o absurdo e o escatológico como mediações – vacas detetives, minhocas e cocôs voadores invadem a cena Ju (8 anos)– Eu gostaria que tivesse uma vaca, um pasto, aí ela tava comendo, aí a vaca foi pro brejo, depois a vaca ressuscitou, depois ela foi pro cemitério, depois ela morreu de novo, depois ressuscitou de novo... e a vaca no fim , morreu o espírito dela, a vaquinha linda.(risos) [ . . . ] Ju – Dois atores, tá? A vaca foi comer pasto e o pasto tava envenenado, aí depois ela conseguiu sobreviver, ela foi uma vaca detetive (risos) [ . . . ], aí ela viu aquele que era suspeito-vaca, aí no fim acabou a vaca casando com um humano, aí começaram ter duas cabeças na vaca... (risos) aí ela colocou um tênis, ela se vestiu de mulher e saiu pelada pelo pasto e caiu um balde de água na cabeça dela e ficou verde... (risos) Aí ela usou cornos pintados de verde e ia nascer um pé de feijão. (Enquanto contava esta história, Ju estava todo o tempo em tom de gozação, rindo e divertindo-se) Eu – Pi, como seria uma peça que tu ia gostar? Pi (7 anos)– Ia ser uma peça sobre a paz e a guerra. O nome da peça era Paz ou Guerra. Ia ser cheia de crianças, elas viviam numa velha casa com um pai, uma mãe e uma avó. Aí, um dia, chegaram os americanos e começaram a metralhar a casa. Três pessoas morreram, que era a vó, o pai e a mãe. E daí ela foi criada por pessoas que não eram mãe dela, aí ela um dia disse pros dois irmão dela: - A gente vai sair desta terra e vai ir pra outra. Só que eles foram pruma terra que era o Brasil, aí eles foram... To – Pra terra do Bin Laden! Pi – Eles foram pra África, eles tiveram que brigar na guerra em Israel, aí ela disse: - Aqui não dá pra viver! Aí os irmão dela tiveram a idéia de ir pro exército americano, trabalhar matando pessoas, eles ganhavam dinheiro. Aí a irmã mais velha disse assim: - Eu prefiro ver vocês pobre lá na África do que assassinos de outras pessoas. Aí eles morreram e ela começou aparecer uma ferida na cabeça dela.
  • 12. As experiências das crianças espectadoras com oAs experiências das crianças espectadoras com o teatro:teatro:  Mediações lingüísticas queMediações lingüísticas que atuaram nas experiências dasatuaram nas experiências das crianças com o espetáculo:crianças com o espetáculo: Relação direta entre espectadores e atores. Experiência como espectadores de palco italiano.
  • 13. Temática do espetáculo, a imaginação, através de cenas “coreografadas”. Cenas de ação, em que os personagens marcam corporal e gestualmente a trama. Elementos cênicos e visuais do espetáculo; expectativa de verossimilhança; personagens diferentes dos atores (máscara).
  • 14. Teatro é diferente ou igual a cinema, TV e circo?Teatro é diferente ou igual a cinema, TV e circo? Construções comparativas das crianças espectadoras entreConstruções comparativas das crianças espectadoras entre diferentes linguagens espetacularesdiferentes linguagens espetaculares.. Ma (5 anos) – Teatro é diferente da televisão porque na televisão eles gravam e no teatro não: eles se vestem, andam no palco e... apresentam. Ju (8 anos) – Eu acho que é bem diferente as pessoas. Porque assim: têm outras roupas, têm outros estilos, têm outras coisas. E não é igual a teatro. Teatro é mais realista. E circo não é assim tão realista.
  • 15. Eu – Teatro é diferente de TV e de cinema? Todos – Bem diferente! Ka – Quando a gente assiste TV, a gente não chega bem pertinho, daquela coisa que depois que termina encosta. Já se a gente vai no teatro, às vezes, depois que termina, a gente consegue encostar. Me – Ah, porque é mais legal televisão. Eu – Por que? Me – Porque tem efeitos especiais. Eu – E no teatro não tem efeitos especiais? Me – Com certeza não. Am – É diferente porque na TV não é ao vivo, e nem todas é a cores. No teatro é ao vivo, a gente pode encostar, a gente ouve melhor, é tudo melhor no teatro. Teatro é a pessoa, a gente vê as pessoas, assim, como é que eu posso explicar... porque é melhor! Não é TV, a gente pode encostar, pode ir lá ver como é que é quando termina o teatro. TV não, a gente tem vontade de encostar e a gente não pode.
  • 16. Expectativas e (re)conhecimento de especificidades eExpectativas e (re)conhecimento de especificidades e características da linguagem teatral:características da linguagem teatral: Expectativa do cômico:Expectativa do cômico: Am (8 anos)– No meu teatro ia ter osAm (8 anos)– No meu teatro ia ter os Palhaços alimentando osPalhaços alimentando os animais, todos brincando,animais, todos brincando, os filhos dos palhaços comos filhos dos palhaços com os animais. Ah! Sem esquecer:os animais. Ah! Sem esquecer: os palhaços tropeçando emos palhaços tropeçando em tudo que é lugar, caindo...tudo que é lugar, caindo... Expectativas relacionadas aoExpectativas relacionadas ao repertório anterior e outrasrepertório anterior e outras linguagenslinguagens espetaculares e audiovisuais.espetaculares e audiovisuais.
  • 17. (Re)conhecimento de características da linguagem(Re)conhecimento de características da linguagem teatral pelas crianças espectadoras:teatral pelas crianças espectadoras:  Conhecimento e diferenciação de gêneros e estilos em diferentes linguagens.  Percepção da provisoriedade, efemeridade e potencialidade improvisacional do teatro.  Necessidade de trabalho e elaboração prévia na construção de um espetáculo, modelos de uma “boa interpretação”.  Existência da máscara, de personagens (diferentes dos atores) envolvidos em ações e uma trama narrativa.  (Quase) silenciamento em relação aos processos de criação através do teatro.
  • 18. Bibliografia recomendada:Bibliografia recomendada:  CARNEIRO NETO, Dib. Pecinha é a vovozinha! São Paulo: DBA, 2003.  CONSELHO Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude. Disponível em: <www.cbtij.org/>. página na Internet  DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo: HUCITEC, 2003.  FERREIRA, Taís. A escola no teatro e o teatro na escola. Porto Alegre: Mediação, 2007.  ______. Pequena tragédia para crianças em um ato – das representações de infâncias no teatro infantil. Revista Cena 4, DAD/IA/UFRGS, Porto Alegre, 2006.  ______. As infâncias no teatro para crianças. In: Revista Art&, n. 1, abril 2004, São Paulo. Disponível em <http://www.revista.art.br/trabalhos/pagina/02.htm>.  ______. Infâncias e estereótipos - teatro para crianças. In: A Página da Educação, n. 133, abril 2004, Lisboa/ Portugal. Disponível em <http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=3080>.
  • 19.  PUPO, Maria Lúcia B. No Reino da Desigualdade – Teatro infantil em São Paulo nos anos setenta. São Paulo: Perspectiva, 1991.  ______.Fronteiras etárias no teatro – da demarcação à abertura. Revista do 5o Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau. Disponível em: www.cbtij.org.br/arquivo/textos/pops/pop_rev5_mluciapupo.php’  SANTOS, Vera Bertoni dos. Atenção! Crianças brincando! In: Cor, som e movimento - a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. p. 93-126  ______. Brincadeira e conhecimento – Do faz-de-conta à representação teatral. Porto Alegre: Mediação, 2002.